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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS MARIA DO CARMO PINHO SOUSA A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA ESCOLA MUNICIPAL INÁCIO VIEIRA DE SÁ OEIRAS-PI 2021 MARIA DO CARMO PINHO SOUSA A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA ESCOLA MUNICIPAL INÁCIO VIEIRA DE SÁ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para avaliação da disciplina de TCC II do Curso de Licenciatura Plena em Letras Português da Universidade Federal do Piauí. Orientador (a): Baltazar Campos Cortez OEIRAS- PI 2021 TERMO DE APROVAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL II NA ESCOLA MUNICIPAL INÁCIO VIEIRA DE SÁ MARIA DO CARMO PINHO SOUSA Monografia aprovada como requisito parcial à obtenção do título de Graduada em Letras Português, Curso de Licenciatura Plena em Letras Português, da Universidade Federal do Piauí, pela seguinte banca examinadora: Aprovado em: _____/_____/______ Profº. Esp. Baltazar Campos Cortez Orientador Profª. Profª. Dedico meu trabalho em especial a Deus o nosso criador. AGRADECIMENTOS Agradecimento eterno a Deus, pois sem a sua sabedoria nada disso estaria sendo concretizado, não somente por essa conquista, mas por tudo, Ele, que é meu maior mestre. Gratidão, essa é a palavra. Ao meu esposo pelo seu incentivo e apoio durante esta jornada de universidade, obrigada por tudo. À minha mãe, minha heroína, minha fonte de inspiração obrigada pelo apoio nos momentos de cansaço e desânimo. Ao meu pai João Gomes de Pinho (in memoriam) que sempre me incentivou a buscar a realização dos sonhos, que souberam me passar valores de vida, contribuindo para que eu me tornasse uma pessoa melhor a cada dia. Aos meus queridos filhos pelo o carinho e apoio, foi por eles que impulsionei a ir em frente. A minha neta Eloá, um presente de Deus que veio para iluminar a minha vida e colocar um sorriso no rosto, trouxe-me alegria me dando ânimo para continuar diante do cansaço físico e emocional. Obrigada à minha nora, meus irmãos e sobrinhos pela vibração de energia positiva e por se alegrarem com a minha conquista. A companheira de curso e minha sobrinha Maria Isabel por todo carinho, atenção e apoio você foi o meu braço direito, contribuindo valiosamente para a minha vitória para a nossa vitória acadêmica. Ao professor orientador Baltazar Cortez pela a sua orientação e empenho dedicado na elaboração deste trabalho. A todos os profissionais da instituição por contribuir com essa conquista. Quando se tem um objetivo na vida é preciso ter foco, determinação e força para nunca desistir. As dificuldades passam, as lutas sempre existirão, mas a vitória é certa para aqueles que não desistem e colocam Deus à frente de seus sonhos. Helenice Cunha RESUMO Esse trabalho tem como objeto de estudo, A importância da literatura no ensino fundamental II na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, e o objetivo principal desta pesquisa é conhecer a prática da literatura na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, bem como discutir a importância da leitura, as características do ato de ler e o papel do professor na formação do leitor crítico, caracterizar a pratica da leitura no ambiente escolar e a importância de se ter um espaço a ela destinado e ainda expor as análises e as observações realizadas na escola pesquisada. O estudo foi realizado com base em uma pesquisa bibliográfica que será apresentada na fundamentação teórica, enfocando as ideias de diversos autores da área. capacidade de envolver o leitor por inteiro, apelando para suas emoções, fantasias e intelecto. E também uma pesquisa de campo de caráter qualitativo e quantitativo, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário que foi lançado a 06 professores do ensino fundamental II, na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, no período de 15/01/2021 a 25/01/2021, através de um questionário enviado através da redes sociais, tendo em vista que a escola está atuando com atividades remostas. Durante a realização desta pesquisa na escola mencionada, foi possível verificar que os professores buscam metodologias para que os alunos adquiram o hábito da leitura. Entendem que fazer o aluno ler é algo trabalhoso até tornar-se um prazer, é buscando despertar esse sentimento, que se recorre à literatura na escola, pois ela tem a Palavras-Chave: Literatura, Papel do Professor, Incentivo à leitura. ABSTRACT This work has as object of study, The importance of literature in elementary school II at the Inácio Vieira de Sá Municipal School, and the main objective of this research is to know and understand the practice of literature at the Inácio Vieira de Sá Municipal School, as well as to discuss the importance of reading, the characteristics of the act of reading and the role of the teacher in the formation of the critical reader, characterize the practice of reading in the school environment and the importance of having a space for it and also exposing the analyzes and observations made in the researched school. The study was carried out based on a bibliographic research that will be presented in the theoretical basis, focusing on the ideas of several authors in the area. ability to fully engage the reader, appealing to their emotions, fantasies and intellect. And also a qualitative and quantitative field research, using as a data collection instrument a questionnaire that was launched to 06 teachers of elementary school II, at the Municipal School Inácio Vieira de Sá, in the period from 01/15/2021 to 25/01/2021, through a questionnaire sent through social networks, considering that the school is working with remitted activities. While conducting this research at the school mentioned, it was possible to verify that teachers seek methodologies so that students acquire the habit of reading. They understand that making the student read is laborious until it becomes a pleasure, it is seeking to awaken that feeling, which is resorted to literature at school, because it has the Key words: Literature, Teacher's Role, Encouraging reading. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................9 2 A IMPORTANCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR..........................11 3.METODOLOGIA................................................................................................................15 3.1 Local de estudo.........................................................................................................15 3.2 Coleta de dados.........................................................................................................16 3.3 Aspectos éticos, sujeitos da pesquisa e riscos associados.........................................16 3.4 Análise dos dados......................................................................................................174 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................17 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27 9 1INTRODUÇÃO O presente trabalho tem com o tema A Importância da Literatura no Ensino Fundamental II na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, no Município de Colônia do Piauí-PI, e foi motivado pela falta do hábito de leitura nos alunos de 6º ao 9º ano na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, visto que, a leitura dentro da literatura estimula o aluno atraindo-o para o mundo fantástico das histórias encontradas nos livros, pois na sala de aula o professor deve trabalhar a literatura, traçando seu objetivo de buscar um momento de leitura prazerosa, analisando quais recursos podem ser usados, sem perder o caráter lúdico. O tema escolhido se justifica pelo fato de que há uma preocupação constante no cotidiano da prática docente em despertar nos alunos o interesse e o gosto pela leitura usando a literatura para conseguir abrir caminhos através da reflexão junto aos professores, para que tenham confiança em desenvolver estas competências com efetiva compreensão e responsabilidade, onde a leitura é um meio importante para o desenvolvimento da criatividade, imaginação podendo se tornar mais atrativa se colocada de uma maneira diferente, e possibilitando despertar mais o público infantil. O objetivo principal desta pesquisa é conhecer a prática da literatura na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, bem como discutir a importância da leitura, as características do ato de ler e o papel do professor na formação do leitor crítico, caracterizar a pratica da leitura no ambiente escolar e a importância de se ter um espaço a ela destinado e ainda expor as análises e as observações realizadas na escola pesquisada. Pois é através da leitura que a pessoa amadurece sua forma de pensar e de ver o mundo. Além do conhecimento adquirido pela leitura, o indivíduo que lê é capaz de transmitir aquilo que aprendeu, de dialogar, debater. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá no município de Colônia do Piauí-PI, onde foi aplicado um questionário com perguntas fechadas com alternativas, para investigar juntamente com os professores língua portuguesa da referida escola sobre a importância da literatura na formação de leitores. A pesquisa foi primeiramente bibliográfica, onde se buscou-se diversos tipos de fontes como: livros, revistas, projetos políticos pedagógicos das escolas do município, sites, artigos e monografias que tratem do tema com cientificidade. Essa pesquisa é de natureza aplicada, pois é o método científico que envolve a aplicação prática da ciência. Quanto aos objetivos ela é explicativa, pois ela é realizada como uma tentativa de conectar as ideias, de modo a compreender as causas e efeitos de determinado fenômeno. É onde pesquisadores tentam explicar o que está acontecendo. Quanto aos procedimentos ela é bibliográfica e de campo, onde a pesquisa bibliográfica consiste na etapa 10 inicial de todo o trabalho científico ou acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da investigação proposta a partir de determinado tema e a pesquisa de campo corresponde à observação, coleta, análise e interpretação de fatos e fenômenos que ocorrem dentro de seus nichos, cenários e ambientes naturais de vivência. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, pois o objetivo é compreender os fenômenos através da coleta de dados numéricos, apontando preferências, comportamentos e outras ações dos indivíduos que pertencem a determinado grupo ou sociedade. E o universo da pesquisa foi a Escola Municipal Inácio Vieira de Sá. Contudo esse estudo irá possibilitar o conhecimento sobre utilização da literatura pelo professor, suas estratégias diante da formação integral desses alunos, bem como importância e a responsabilidade que cada educador tem de auxiliar cada aluno neste processo inicial da aquisição da leitura, referenciando também a prática de leitura no ensino fundamental, e contribuir para o conhecimento acadêmico e dos profissionais da área a fim de possibilitar uma maior compreensão sobre está temática servindo de base para futuras pesquisas e no aperfeiçoamento sobre a importância da literatura na formação de leitores. 11 2 A IMPORTANCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR O mundo está vivenciando a Era da Informatização, uma era que enfatiza a tela e faz com que as crianças (de todas as idades) deixem de se interessar pelos livros, e busquem outros meios para passarem o tempo, como filmes, televisão e computadores pessoais. Sendo assim, Bloom (2001) diz que o e-book (livro em formato digital) começa a ser uma alternativa para o livro impresso. Pois a tirania da tela ameaça qualquer ordem na qual se prefere o valor literário e a sensatez humana ao fluxo constante de informações. Mas isso não significa que o valor do livro está deixando de existir, assim como sua importância para a educação. Ao contrário, é evidente que os professores, pais e escola precisam incentivar a prática da leitura. Bloom (2001) acredita que o relacionamento das crianças solitárias com os melhores livros não se extinguirá com facilidade, pois esse relacionamento remonta há muito tempo. Porém talvez seja ilusão acreditar que esse relacionamento dure caso não se tome medidas inteligentes por parte da escola juntamente com a família. Não basta oferecer às crianças livros em quantidade, ou ficar apenas nas leituras obrigatórias, a criança precisa perceber e sentir de verdade que a leitura é um elemento essencial para a vida. Somente assim será possível continuar acreditando na formação de leitores e principalmente em leitores literários, pois o gosto pela leitura não acaba. O problema está em como os livros são apresentados para as crianças, ainda mais num cenário cheio de outros atrativos tecnológicos como o de hoje. Em muitos casos, na escola, o grande problema na verdade não é a falta de interesse da criança pela leitura, mas sim do educador que leva o livro até o aluno. Se um professor não gosta de ler ou não sabe como apresentar um bom livro a um aluno, dificilmente ele conseguirá fazer alguém gostar de ler. O incentivo a leitura é de suma importância, pois a criança precisa saber que a leitura é uma entrada fantástica para um mundo cheio de fantasias, encantos e -por que não - realidades. Bloom (2001, p. 21), reforça essa ideia de que ainda existem crianças que se interessam pela leitura como ele mesmo quando criança “quando menino, cada vez que me apaixonava por um poema eu o lia repetidas vezes sem parar, até o saber de cor. Depois andava sozinho, dentro ou fora de casa, para poder ter o prazer de o declamar incessantemente para mim mesmo. Vi crianças que ainda fazem isso”. O professor ao trabalhar com a leitura deve ter consciência da necessidade de utilizar uma variedade significativa de livros, dos quais, é claro, ele conheça e sejam considerados 12 ideais para o aprendizado e a construção do saber. Mas há, também, a necessidade de se saber mais sobre o que se lê e de quem se lê, ou seja, o autor, pois apesar de existir a possibilidade de se notar as marcas e o estilo de um autor em um capítulo de um romance, um conto ou um poema fica evidente. Quando um professor amplia o campo de estudo, ele aprofunda, assim, o conhecimento da obra literária, da posição do criador. Dando mais sentido ao trabalho literário desenvolvido em sala de aula. Mesmo ciente de que trabalhar com literatura não é tarefa simples e da dificuldadee desinteresse que alguns alunos têm (até pelo despreparo dos professores em alguns casos), o professor deve ter a leitura literária como hábito em sala de aula. Uma criança que lê, não somente será um adulto mais preparado e consciente, como também, já é uma criança diferenciada. A visão de mundo, a capacidade de leitura e interpretação de textos, a capacidade de criar, imaginar são alguns dos benefícios que ela adquire com a leitura. E se educada desde cedo a ler literatura ela desenvolverá ainda mais essas e outras habilidades, como por exemplo, “ler nas entrelinhas”. Segundo Colomer (2007, p. 31) “[...] o objetivo da educação literária é, em primeiro lugar, o de contribuir para a formação da pessoa, uma formação que aparece ligada indissoluvelmente à construção da sociabilidade e realizada através da confrontação com textos [...]”. Nesse sentido, a literatura revela o homem enquanto homem, sem distinção ou qualificação. Para Proença Filho (1969), ela surge sempre onde há um povo que vive e sente, ou seja, cultura, língua e literatura estão estreitamente ligadas. A leitura literária é um tipo especial de leitura. Pereira (2012), diz que sua especificidade decorre, sobretudo, das características do texto literário. E ela pode ser valorizada como uma manifestação humana que merece lugar entre as práticas culturais de nossa sociedade. Se perguntarmos a qualquer educador sobre o que se pretende quando leva o livro à infância, a resposta será sempre a mesma: queremos criar nos pequenos o hábito de ler. Em outras palavras, pretendemos que a criança tenha, pela vida afora, a literatura como forma de enriquecimento. (MEIRELLES, 2010, p. 1). A definição do que é Literatura não é tarefa fácil. Talvez seja essa uma das dificuldades que os professores sentem ao trabalhar com a leitura literária: Não saberem exatamente com o que estão trabalhando e muito menos como trabalhar. A literatura, como qualquer arte, vai além da informação. É também formativa, cria emoções e prazer. Proporciona oportunidades únicas de encontro do indivíduo consigo mesmo e com os outros. Ela conduz a criança ao desenvolvimento do seu intelecto, da personalidade, satisfazendo suas necessidades e aumentando sua 13 capacidade crítica. Por meio da literatura a criança pode ter suas dúvidas, em relação a tantas perguntas, respondidas, encontrar novas ideias para solucionar questões e instigar a curiosidade do leitor. Nesse processo, ouvir histórias tem uma importância que vai além do prazer, pois a criança pode conhecer coisas novas, o que proporcionará a construção da linguagem, da oralidade, de valores e sentimentos, os quais ajudarão na sua formação pessoal. Para Zilberman (1987, p. 22), a literatura procede da seguinte forma ela sintetiza por meio dos recursos da ficção, uma realidade, que tem amplos pontos de contato com o que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais exacerbada que seja a fantasia do escritor ou mais distanciadas e diferentes as circunstâncias de espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma da sua sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o destinatário atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas dificuldades e soluções, ajudando-o, pois, a conhecê- lo melhor. O professor precisa estar ciente de que a literatura tem seu jeito próprio e particular de trabalhar a realidade, de levar uma mensagem até o leitor. Seja por meio de contos, fábulas ou até poesias ela faz com que a criança compreenda a sua realidade, o contexto em que vive e, ao mesmo tempo, possa descobrir um mundo de fantasias. Ou seja, a literatura proporciona à criança um sentido ao mundo real explorando a sua imaginação e criatividade, tornando assim as histórias mais atrativas. Entre o mundo imaginário criado pela linguagem literária e o mundo real, existem sempre vínculos, pois jamais a ficção literária se pode desprender da realidade empírica. O mundo real é a matriz primordial e mediata da obra literária, mas a linguagem literária não se refere imediatamente a esse mundo, não o denota: ela institui efetivamente uma realidade própria, um heterocosmo com estrutura e dimensões específicas. Não se trata de uma deformação do real, mas sim da criação de uma realidade nova que mantém sempre uma relação significativa com o real objetivo. (SILVA, 1968, p. 28). Para Lajolo (1987), a literatura pode ser considerada como objeto de criação. Pois ela dá existência plena ao que, sem ela, ficaria no caos do inomeado e, consequentemente, do não existente para cada um. E, o que é fundamental, ao mesmo tempo em que cria, aponta para o provisório da criação. Levando esse pensamento para a sala de aula, é possível dizer que as produções escritas ou até orais dos alunos podem ser consideradas como obras literárias (considerando suas limitações, é claro). 14 O professor precisa incentivar que o aluno escreva, reproduza textos, ou até pensamentos, sejam estes orais ou escritos. Lajolo (1987), afirma que a obra literária é uma estrutura, um sistema de elementos interligados, assim como um objeto social. Para que ela exista, é preciso que alguém a escreva e que outro alguém a leia. Ela só existe enquanto obra neste intercâmbio social. Será que são literatura os poemas adormecidos em gavetas e pastas pelo mundo afora, os romances que a falta de oportunidade impediu que fossem publicados, as peças de teatro que, como dizia Fernando Pessoa, jamais encontrarão ouvidos de gente? Será que tudo isso é literatura? E, se não é, porque não é? Para uma coisa ser considerada literatura tem de ser escrita? Tem de ser editada? Tem de ser impressa em um livro e vendida ao público? (LAJOLO, 1987, p. 14). As histórias que a literatura conta não precisam ser verdadeiras. Assim como, também, não precisam ser inverídicas. Uma obra literária tem como característica, segundo Silva (1968), a criação imaginária de sua própria realidade, em que a palavra dá vida a um universo de ficção. A sua verdade é uma verdade de coerência e não correspondência, pois consiste numa necessidade interna e não em algo verificável externamente. Dessa forma,o leitor-aluno deve ser visto como um sujeito ativo, que cria, reproduz, imagina, e também, porque cabe a ele não só a tarefa de descobrir “o significado” do texto na hora da leitura, mas inferir sentidos a partir de sua interação com o mesmo. Escrever literatura é um exercício da imaginação. Assim também é ler. Temos de tomar a imaginação para aplicar numa história se quisermos enxergar todas as suas possibilidades; caso contrário trata-se apenas de alguém que fez alguma coisa. Assim, na formação de cada cidadão deve ser analisado o nível de interesse em cada tipo de leitura. Visto que, de acordo com os PCNs: A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, descodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas. (PCN, 1998, pp. 69:70) Sendo de grande importância o trabalho do próprio professor em orientar esse tipo de leitura literária, onde não se busca apenas uma mera decodificação de palavras e letras, mas sim, uma compreensão detalhada do assunto, bem como sua linguagem, contexto e referências. 15 Observa-se que é através da atividade de leitura que o aluno ativará o lugar social, suas vivências, suas relações com ooutros, os valores de sua comunidade e seus conhecimentos textuais. “A leitura e a produção de sentido são atividades orientadas por nossa bagagem sociocognitiva: conhecimentos da língua e das coisas do mundo (lugares sociais, crenças, valores e vivências.” (KOCH e ELIAS, 2008, p.21) De acordo com Carvalho (2015, p. 10): Em sala de aula, o professor deve considerar o aluno-leitor e seus conhecimentos, sabendo que esses conhecimentos são diferentes de um aluno para outro, o que significar aceitar que cada aluno possui características e conhecimentos armazenados na memória de forma individualizada, consequentemente, há também uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação ao mesmo texto. Porém, no que diz respeito ao aluno-leitor, segundo Braga e Silvestre (2009, p. 22): É o leitor quem cria, constrói o sentido a partir de seus conhecimentos, em sua expectativa e em sua intenção de leitura. No caso do aluno, porém, a intensão é do professor. Quem deseja que a leitura seja feita porque é importante, necessária para a explicitação de um assunto, para a ampliação de um conhecimento, ou por qualquer outro motivo, é o professor. Só ele pode transformar o que precisa ser lido em algo significativo e prazeroso. (BRAGA e SILVESTRE, 2009, p. 22). A leitura, é um caminho essencial para a formação de um bom leitor e a motivação para a leitura deve partir do princípio da necessidade de aprender sobre um assunto pré-definido pelo professor, na qual facilitará o entendimento de alguns conteúdos. Portanto, o professor de língua portuguesa precisa valorizar a importância da leitura para o ensino. Dessa forma, criar mecanismos capazes de formar um leitor capaz de processar, criticar, contradizer ou avaliar as informações diante de si, como também que saiba desfrutar, que dê sentido e significado ao que lê. Esse tipo de leitura é importante porque “põe em foco o leitor e seus conhecimentos em interação com o autor e o texto para construção de sentido...” (KOCH e ELIAS, 2008, p. 13). 3 METODOLOGIA A presente pesquisa de natureza quanti/qualitativa, foi realizada na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, sendo que a para a realização desse estudo contou-se com a participação de professores que atuam com a disciplina de língua portuguesa de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II da escola supra citada. 16 3.1 Local de estudo A presente pesquisa foi realizada na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, localizada na zona rural da Cidade de Colônia do Piauí-PI. E também foram feitos estudos bibliográficos com materiais de revistas, livros, artigos, sites da internet, dentre outros. A Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, está localizada no povoado Oitis, S/N número, município de Colônia do Piauí, é mantida e administrada pelo PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e tem como parceria a Secretaria de Educação, tem como gestor o senhor Franciel Soares. A mesma foi inaugurada em 1968 com 962, 25 m² de área construída, sua origem da escola que tem este nome ocorreu por conta de um dos primeiros habitantes da comunidade que fundou a escola em sua residência o senhor Inácio Vieira de Sá, com o passar dos anos, houve a construção de novas salas, mudando se para o centro da comunidade, passando a ser administrada pelo o município. Atualmente conta com o número de 202 alunos, com faixa etária de 3 (três) a 18 (dezoito) anos de idade , atende os níveis de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e II .A estrutura física é distribuída em 16 blocos sendo 09 (nove) salas de aulas, 01(uma)cantina,01 (um) depósito, 03(três) banheiros um para uso dos professores e dois coletivos feminino e masculino, 01(uma) sala que funciona como direção ,sala de professores e secretaria 01 (uma) sala AEE, 01 (um pátio para recreação e 01 (uma) quadra para a realização das atividades físicas. A escola já possui acessibilidade para dar condições de acesso aos deficientes. O público atendido nesta instituição a maioria pertence a famílias de baixa renda, outras moram em locais distantes onde os alunos usam o transporte escolar para terem o acesso escolar, a maioria são mantidas por programas de governo como: bolsa famílias. Outros veem a escola como um espaço onde a aprendizagem e o conhecimento é de fundamental importância para os mesmos possam ter uma vida melhor. 3.2 Coleta de dados A coleta de dados foi feita através de 01 questionário, sendo um aplicado para professores de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de Língua Portuguesa dessas turmas na Escola Municipal Inácio Vieira de Sá que oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II dessa instituição. Em detrimento das aulas estarem sendo com atividades remotas, esse questionário foi feito com questões objetivas com alternativas fechadas, sendo que o questionário foi aplicado de forma remota também, ou seja, através das redes sociais, onde foi enviando via whatsapp e 17 email em um documento do word e enviado para os professores e da mesma forma eles enviaram com as respostas. Com isso, pode-se fazer a análise dos danos necessários para essa pesquisa. 3.3 Análise dos dados Os dados coletados foram tabulados e contabilizados em gráficos ou tabelas e com as respectivas discussões sobre as questões levantadas durante o questionário. E posteriormente a análise dos dados será feita as considerações finais das perguntas do questionário. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste trabalho pesquisou-se sobre A importância da literatura no ensino fundamental II na escola municipal Inácio Vieira de Sá, neste capítulo serão apresentados os resultados do estudo realizados através da análise de dados adquiridos a partir do questionário aplicado para professores de 6º ao 9º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Inácio Viera de Sá. Sendo assim os gráficos abaixo retratam o que chamaram a atenção com relação as respostas dos questionários realizados com os professores. Entre os 06 professores entrevistados da Escola Municipal Inácio Vieira de Sá, 05 são do sexo feminino e 01 do sexo masculino, estão entre uma faixa etária de 36 a 47 anos, suas formações são em: Letras Português, Ciências Biológicas, Pedagogia, História e Computação. Gráfico 01 - A importância da leitura (literatura) no plano de aula dos professores A escola e os professores são os agentes capazes de, além de despertar na criança o gosto pela leitura de maneira generalizada, ou seja, despertar pelos diversos gêneros textuais que devem ser apresentados aos alunos no decorrer de sua trajetória educacional, apresentar desde os primeiros anos escolares a leitura literária. Com base nesse pensamento, analise os dados do gráfico a seguir. 18 Fonte: autora, 2021. Com base nos dados do gráfico acima, 40% dos professores entrevistados afirmam que a leitura e considerada como instrumento libertador, já que por intermédio, a sociedade de uma forma geral, e os indivíduos de uma forma especifica, tem subsídios para compreender e transformar a sua realidade, e 20% afirmam que a leitura torna o ser humano mais crítico participativo e humano, além de despertar a imaginação e a criatividade. Assim, o trabalho com leitura parece estar em um novo patamar nas escolas nos últimos anos. Os professores compreendem a função da leitura em suas diferentes modalidades: leitura pelo professor, leitura pelo aluno, leitura compartilhada, leitura para apresentar aos outros. Gráfico 02 - Abordagem feita para que o aluno compreenda o papel da literatura em seu dia-a-dia. A literatura demonstra o que a gente imagina do mundo, das expectativas de futuro, de como enxergar o passado, de maneira que possa projetar, imaginar um futuro cada vez mais evolutivo. Assim é necessário analisar o gráfico abaixo. 20% 80% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Importância da Leitura (Literatura)no plano de aula Importância da Leitura (Literatura) A leitura torna o ser humano mais critico participativo e humano, além de despertar a imaginação e a criatividade. A leitura serve apenas para ampliar o conhecimento de quem a faz. A leitura e considerada como instrumento libertador, já que por intermédio, a sociedade de uma forma geral, e os indivíduos de uma forma especifica, tem subsídios para compreender e transformar a sua realidade. 19 Fonte: autora, 2021. Na análise do gráfico acima, 90% dos professores entrevistados afirmam que o papel da literatura no dia a dia se dá por meio da leitura reflexiva e interpretativa, enquanto que apenas 10% afirma que ela se dá fazendo com que seu leitor viajar pelo imaginário, além de possibilitar a compreensão do mundo, oferecendo estímulos para compreendê-lo e modifica-lo. A partir da leitura o indivíduo é capaz de compreender melhor sua realidade e seu papel como sujeito nela inserido. Os textos, especialmente os literários, são capazes de recriar as informações sobre a humanidade, vinculando o leitor aos indivíduos de outros tempos. Ler consiste em ver as coisas diferentes, coisas dantes nunca vistas, entregar-se ao texto abandonar- se nele e não apenas apropriar-se dele para nossos fins. As pessoas crescem lendo e são permanentemente leitoras em formação, recebendo a cada etapa de sua vida uma nova carga significativa para os conhecimentos já acumulados por suas leituras anteriores. Gráfico 03 - Apresentação dos dados produzidos pelos alunos durante a leitura escolhida ou indicada. O ato de ler corresponde ao processo de apreensão da realidade que cerca o indivíduo. Essa realidade se revela ao leitor através de variadas linguagens. Portanto, o ato de ler não diz respeito à apreensão da realidade somente através da leitura do texto escrito: é a interpretação do pensamento expresso por símbolos da escrita com a vivência e a afetividade do leitor. É na apresentação dos dados que se pode verificar o que foi compreendido pelos alunos leitores, com base nisso, analise os dados do gráfico abaixo. 10% 90% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% O Papel da Literatura no dia a dia. O papel da Literatura no dia a dia Por meio da leitura reflexiva e interpretativa. Através de ações que comtemple a sua realidade ou fotos e acontecimentos. Fazendo seu leitor viajar pelo imaginário, além de possibilitar a compreensão do mundo, oferecendo estímulos para compreendê-lo e modifica-lo. 20 Fonte: autora, 2021. No gráfico acima, pode se perceber que a apresentação dos dados produzidos pelos alunos durante a leitura escolhida ou indicada é feita segundo 90% dos professores entrevistados através da apresentação oral e escrita e 10% dizem que é através da ficha de leitura. Nestes resultados pode-se observar que os professores nem sempre procuram explorar metodologias diferenciadas e mais motivadoras na coleta de dados na leitura escolhida pelos alunos ou quando são indicadas pelos mesmos. Quando se fala em investigar o que se diz do texto do aluno, refere-se não apenas aos julgamentos e discursos pontuais sobre um certo texto, mas também às práticas que se engendram a partir dele. Tratando-se especificamente de interpretação, à luz de uma concepção discursiva de linguagem, temos que este é um processo de retorno ao interindividual. Gráfico 04 –A frequência com que os alunos são incentivados a leitura. A escola deve desenvolver programas que incentivam a leitura de seus alunos, oferecendo obras atualizadas, criativas e que despertam o interesse dos alunos e ainda promovem competições e outras atividades lúdicas que incentivam os alunos a procurarem por obras que possam ser utilizadas nessas atividades. Analise o gráfico a seguir. 10% 90% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Apresentação de dados da leitura escolhida Apresentação de dados da leitura Através da ficha de leitura. Resumo da obra em questão. Apresentação oral e escrita. 21 Fonte: autora, 2021. Em relação à frequência com que os alunos são incentivados à leitura, mostra que 90% dos professore afirmam que os alunos são incentivados a leitura uma vez por semana, e 10% afirmam que incentivam seus alunos duas vezes por semana. A pesquisa reforça a tese de que o hábito de leitura é uma construção que vem da infância, e que o papel dos pais é essencial. Vê-se que os alunos tiveram influência de seus professores a formação do gosto pela leitura. Gráfico 05 –O acervo bibliográfico da escola atende as expectativas dos alunos? Na biblioteca escolar, a promoção da leitura é realizada, a fim de formar um número sempre maior de leitores. Através da leitura, o acesso às informações é difundido, integrando sempre mais os alunos ao ambiente no qual estão inseridos, proporcionando maior entendimento das questões do cotidiano e possibilitando o pensamento crítico em relação às atividades e fatores que os permeiam. Assim, é importante analisar os dados a seguir. 90% 10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% A frequência com que os alunos são incentivados a leitura. Frequência de leitura Uma vez por semana Duas vezes ao mês Uma vez por mês 22 Fonte: autora, 2021. Em relação à opinião dos professores o acervo bibliográfico da escola atende as expectativas dos alunos, onde 80% afirmam que as obras ainda são poucas e em uma linguagem não atualizada, enquanto que apenas 20% afirmam que as obras lá existentes são de bom conteúdo e agradam os alunos. A biblioteca escolar é um dos locais da escola que favorece de forma intensa o aprendizado dos estudantes. É um centro ativo de informações, equipado com recursos e materiais específicos para servir como parte do ensino/aprendizagem e complemento da sala de aula. É o lugar onde as informações estão armazenadas e disponibilizadas para responder e suprir as dúvidas existentes de toda a comunidade escolar. Gráfico 06 – O que o poder público poderia fazer para o incentivo à leitura? Os Programas, Projetos e Campanhas do Governo Federal apresentam objetivos bem definidos no que diz respeito ao incentivo à leitura, embora não há análise de dados concretos que comprovem a eficácia dessas ações. Analise o gráfico a seguir. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Acervo Bibliográfico Acervo Bibliográfico Sim, as obras lá existente são de bom conteúdo e agradam os alunos. Não, as obras são poucas e em uma linguagem não atualizada. 23 Fonte: autora, 2021. O gráfico acima mostra o que o Poder Público além de montar bibliotecas que contemplem as expectativas dos educandos, deve possuir espaços itinerantes dentro das escolas, e também fornecer regularmente obras literárias atualizadas as bibliotecas, assim, o poder público deve montar bibliotecas nas escolas, que contemplam as expectativas dos educandos, procurando criar espaços adequados para que o aluno faça leituras com conforto e está sempre procurando atualizar as bibliotecas. Portanto é necessário que as escolas busquem sempre pela melhoria do incentivo à leitura e escrita no País, e para isso é necessário visar três perspectivas para as quais devem tornar seu olhar: o governo, a escola e o próprio lar. Esses três constituem os principais pilares e não acontecem separadamente. Gráfico 07 - Na opinião dos professores a leitura por prazer deveria ser incentivado dentro da escola? Destinar momentos para as crianças e jovens escolherem livros que querem ler de acordo com os seus gostos também ajuda a ampliar o interesse pela leitura. Mas, para os estudantes que têm maior resistência a leitura, a liberdade de escolha é ainda mais importante. Nesta etapa o incentivo, vale ler gibi, jornal de esporte, revistas jovens ou escolher um livro com poucas páginas. Quando o próprio aluno menos esperar, ele estará lendo com prazer e esse ato se tornará um hábito nasua rotina escolar e pessoal. Com isso é importante observar o gráfico a seguir. 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Poder público e o incentivo à leitura. Poder Público e o incentivo à leitura Montar bibliotecas que comtemple as expectativas dos educando. Possuir espaços itinerantes dentro das escolas. Fornecer regulamente obras literárias atualizadas as bibliotecas. Todas as alternativas. 24 Fonte: autora, 2021. Observa-se no gráfico acima que em relação a opinião dos professores sobre a leitura por prazer a ser incentivado dentro da escola, todos os professores defendem que quando o incentivando se sente livre para fazer suas próprias escolhas à leitura se torna prazerosa. E a leitura não pode estar relacionada a algo desgastante para o aluno, pois as pequenas distrações do dia a dia irão fazer com que ele perca a atenção no que está lendo. Gráfico 08 - Qual a sugestão dos professores para que o gosto pela literatura possa acontecer? A leitura passa a ter uma significação no processo de ensino-aprendizagem, despertando nos alunos o interesse e o prazer em ler. Tem que coloca-los como participantes e coautores dos projetos de leituras tornando-os mais ativos, mais presentes e mais contextualizados com o ambiente da leitura. Eles são consultados para a elaboração dos projetos de incentivo à leitura, estando mais ligados à biblioteca e a enxergando como parte essencial do seu crescimento acadêmico e profissional. O gráfico a seguir mostra essa sugestão. 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Leitura por prazer dentro da escola Título do Gráfico Sim, quando o incentivando se sente livre para fazer suas próprias escolhas à leitura se torna prazerosa. Não, pois nem sempre o indivíduo consegui realizar a escolha certa. 25 Fonte: autora, 2021. Em relação à sugestão para que o gosto para a literatura possa acontecer, 80% dos professores afirmam que é necessário montar espaços para a leitura dentro das salas de aulas com obras atrativas e 20% afirmam que é preciso deixar que os alunos escolha suas próprias literaturas, deixando que os mesmos tragam textos de sua preferência e trabalharem vários gêneros ao mesmo tempo. O prazer que a leitura proporciona e o hábito de ler necessita de estímulo e motivação. A prática da leitura é uma atividade indispensável para a busca pelo conhecimento e para a formação de um indivíduo crítico perante sociedade. Os alunos necessitam de atrativos para que possam enxergar a biblioteca como parte integrante de sua formação, contribuindo assim para o seu desenvolvimento no contexto escolar. A mesma deve ser inserida como extensão da sala de aula, oferecendo condições aos alunos de organização de ideias, raciocínio e exposição do aprendizado obtido através da leitura, associando o ato de ler e a busca pelo conhecimento ao desenvolvimento pedagógico e literário. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% A sugestão para o gosto pela literatura Sugestão para o gosto pela literarura Deixar que os alunos escolha suas próprias literaturas, deixando que os mesmos tragam textos de sua preferência e trabalharem vários gêneros ao mesmo tempo. Deixar que os alunos tenham acesso direto com o acervo bibliográfico da escola. Montar espaços para leitura dentro das salas de aulas com obras atrativas. 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ampliar os conhecimentos acerca da importância da literatura no ensino fundamental II, sua natureza, seu processo e consequência para a vida das crianças e dos adolescentes, revela- se fundamental a todos os professores que desejam oferecer um ensino de qualidade. É sabido que a leitura é um dos pilares da educação escolar, e é no ambiente escolar que as práticas de leitura e escrita são sistematizadas formalmente. Desse modo, “a escola pode colaborar na formação do leitor, e sua colaboração será maior ou menor na dependência dos pressupostos que fundamentam o seu currículo” (MOLINA, 1992, p.12). Dessa forma, a leitura será um processo de fluição natural, permitindo que professores e alunos se juntem numa atividade criativa, que desenvolve o senso crítico. E nesse desenvolvimento há um esforço de desalienação do leitor, possibilitando-lhe acercar-se do real e liberta-se de forma estereotipadas de ver o mundo. Essa fluição natural só acontecerá quando os pais, professores e escolas trabalharem de forma integrada, desenvolvendo atividades que estimulem na criança o gosto pela leitura; atividades como participação na feira de livros, estimulando a criança a frequentar a biblioteca, visitar livrarias ou simplesmente deixar ao seu alcance o maior número possível de livros de literatura. Pode-se notar que os professores procuram incutir em seus alunos que ler é uma forma de ver o mundo, mas que essa leitura ultrapassa os limites da visão física para se inscrever na ótica da fantasia. Com a lente da imaginação, o leitor viaja pelo mundo da leitura com direito à leitura de mundo, papel que a literatura infantil desempenha com maestria. Com isso pode-se concluir que, quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz, maior será a probabilidade dessa criança tornar-se um adulto leitor e ainda partindo do pressuposto de que o hábito da leitura é um processo constante, que se inicia na infância e continua pela vida afora. Durante a realização desta pesquisa na escola mencionada, foi possível verificar que os professores buscam metodologias para que os alunos adquiram o hábito da leitura. Entendem que fazer o aluno ler é algo trabalhoso até tornar-se um prazer, é buscando despertar esse sentimento, que se recorre à literatura na escola, pois ela tem a capacidade de envolver o leitor por inteiro, apelando para suas emoções, fantasias e intelecto. Diante disto, vale muito sensibilizar os professores de língua portuguesa, principalmente, os da escola que serviu de base para este estudo, quanto à importância de um trabalho bem articulado e pensado sobre a importância da literatura nas aulas de língua 27 portuguesa. Como poderemos ter futuros leitores se no presente não se realiza um trabalho em sala de aula com a literatura, ou quando o faz, é de forma simplista, ou seja, um trabalho com textos fragmentados e quase sempre ligados ao estudo de questões formais da nossa língua? Por fim, o estudo que viabilizou a elaboração dessa monografia tem caráter preliminar, pois servirá de subsídio para novas pesquisas acerca da temática relacionada a:importância da literatura no ensino fundamental II. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRAGA, Regina Maria; e SILVESTRE, Maria de Fátima. Construindo o leitor competente: atividades de leitura interativa para sala de aula. São Paulo: Global, 2009. BLOOM, Harold (Org.). Contos e poemas para crianças extremamente inteligentes de todas as idades. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. CARVALHO, Damiana Maria de. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA LITERÁRIA PARA O ENSINO. ENTRELETRAS, Araguaína/TO, v. 6, n. 1, p.6-21 ,jan/jun. 2015 (ISSN 2179-3948 – online) COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007. 207 p. KOCH, Ingedore Villaça.; e ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008. LAJOLO, Marisa. O texto não é pretexto. In: ZILBERMAN, Regina. Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. Porto Alegre: Ática, 1982. p. 51- 62. MEIRELLES, Elisa (Ed.). Literatura do 1º ao 5º ano: ajude os alunos a ler com autonomia. Disponível em: . Acesso em: 17 nov. 2019. MOLINA, Olga. Ler para aprender: desenvolvimento de habilidades de estudo. São Paulo: E.P.U., 1992. PEREIRA, Mara Elisa Matos. Literatura infantil e infanto-juvenil. Disponível em: Acesso em: 18 nov. 2019. PROENÇAFILHO, Domício. Estilos de época na literatura. 2. ed. Rio de Janeiro: Liceu, 1969. SILVA, Vítor Manuel de Aguiar e. Teoria da literatura. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1968. ZILBERMAN, Regina et al. (Org.). Leitura em crise na escola: as alternativas do professor. 6. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.
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