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BEM ESTAR ANIMAL BOVINOS DE LEITE E CORTE VACAS LEITEIRAS Seleção genética para alta produção: (~ 18000 kg por lactação/± 50 litros por dia) - Susceptibilidade a infecções aumentada (mastite, laminite) - Doenças metabólicas/fome - Úberes grandes, desconforto, anormalidades no andar, problemas nos cascos/membros SISTEMAS DE CRIAÇÃO Tie stall: Confinamento total durante o período produtivo das vacas leiteiras Vantagens: Vacas limpas Fácil mecanização Trabalho confortável dos funcionários Possibilidade de maior atenção a todos os animais Manejo prático (principalmente rebanhos menores) Desafios: Alto custo de construção das instalações Dificuldades em prender e soltar os animais Trabalhoso se não for utilizado manejo mecanizado Redução na oportunidade de exercício pelas vacas (aumento do estresse) Poucas possibilidades de separação de vacas por lotes (maior possibilidade de estresse) Free stall: Vacas ficam soltas dentro de uma área cercada, sendo parte dividida em baias individuais, onde os animais permanecem lado a lado, forradas com cama que pode ser areia ou borracha triturada. As baias são destinadas ao descanso dos animais e a outra parte da instalação é destinada para a alimentação e exercícios. Vantagens: Fácil mecanização Custo operacional econômico Vacas permanecem mais limpas Animais se exercitam regularmente Menor área de repouso necessária quando comparada com a de repouso coletivo Alta flexibilidade para organizar diferentes manejos de alimentação e grupos de animais Desafios: Maior competição Custo de construção alto Menor atenção individual Vacas mais sujas se houver falha no manejo de limpeza Compost barn: Sistema de confinamento em que a cama é feita com material de compostagem. Os animais ficam soltos e podem caminhar livremente dentro do galpão, visando melhorar o conforto e bem-estar e, assim, melhorar os índices de produtividade do rebanho. As instalações permitem aos animais maior liberdade de movimentos e um espaço onde podem deitar naturalmente. Vantagens: Menor odor dos dejetos Reduz o estresse térmico Aumenta a detecção de cio Diminui problemas de casco Diminui a incidência de moscas Vacas possuem maior liberdade para se movimentar e deitar Desafios: Dificuldade no manejo da cama Dificuldade em encontrar material para a cama Loose housing: O confinamento dos animais ocorre em estábulos com área de repouso coletiva de terra batida ou concretada, coberta por uma camada de cama (palha de trigo, palha de arroz, areia, esterco desidratado, cepilho de madeira e outros materiais). Embora confinados, os animais ficam em áreas livres para exercícios com áreas cobertas para se protegerem do sol forte, chuva e ventos frios. Neste sistema a alimentação e a ordenha ocorrem em áreas ou galpões separados. Vantagens: Menor custo de construção Facilidade da detecção de animais no cio Animais livres para expressar seu comportamento natural (correr, deitar) Desafios: Pode apresentar infestação de moscas Problemas com o escoamento de dejetos da cama Aspectos significativos para esse sistema são o bem- estar animal aprimorado, a criação de estruturas esteticamente agradáveis, a integração ambiental aprimorada, as emissões mais baixas de amônia e a viabilidade econômica. Criação a campo: Vantagens: Menor custo de produção (viabilidade econômica) Animais livres para expressar seu comportamento natural (correr, deitar, socializar) Desafios: Mão-de-obra Área da propriedade Manejo intensivo da pastagem Suplementação e complementação alimentar Pastagens com potencial produtivo alto e boa qualidade Criação a campo com suplementação: Principais problemas: baias insuficientes – muito tempo em pé especialmente novilhas. Desenho inadequado das baias: desconforto, dificuldade para se deitar, cama/concreto sujo e mastite (comprimento, largura, altura do degrau, área para se levantar, ausência de cama) Concreto liso: escorregões Uso de silagem: dejetos úmidos, ácidos, doenças de casco Práticas de BEA na propriedade: Sombreamento eficiente Controlar a temperatura do ambiente Evitar agressividade no manejo das vacas Água fresca de qualidade com acesso fácil Evitar movimentação excessiva dos animais Fornecer piso ideal para que não haja desgaste de cascos Umidade Ventilação Temperatura do ar Tipo de manejo realizado Número de animais por área Qualificação dos trabalhadores Qualidade e manutenção das instalações Área disponível, limpeza e manutenção em cochos e bebedouros Mortalidade Ocorrência de doenças Problemas locomotores Comportamentos anormais Elevados níveis de cortisol e outros hormônios indicadores de estresse TERNEIROS/BEZERROS Separação dos bezerros/terneiros das mães no momento do parto ou logo após: Perda de contato materno, sistema imune imaturo doenças. Fatores de risco na saúde de bezerras em rebanhos leiteiros: falha na transmissão de imunidade passiva, infecções umbilicais, condições higiênicas das instalações, ingestão de fezes, alta densidade, moscas, carrapatos e parasitas, promiscuidade faixas etárias, ambiente com higiene precária, ventilação deficiente, qualidade da água e do alimento, qualidade do ar, estresse, baixo estatus nutricional. Gaiolas de vitelo: Desconforto físico Deficiências nutricionais (fibra, ferro) Doenças e infecções (pneumonia, doenças intestinais) Restrição do comportamento normal (oral, locomotor, social) BOVINOS – MUTILAÇÕES Descorna, castração, marcação, corte de cauda. VACAS LEITEIRAS Alimento e conforto ⇨ vacas são alimentadas de acordo com um equilíbrio nutricional ideal composto de grãos e forragens conservadas e são ordenhadas três vezes ao dia, usando uma plataforma rotativa de 80 posições, que permite ordenhar em média mais de 500 vacas por hora. ■ Água abundante disponível ■ Camas de areia mantidas limpas e secas ■ Limpeza constante dos corredores de circulação ■ Sistema de refrigeração com ventiladores e aspersores de água para reduzir o calor no verão SISTEMAS DE CRIAÇÃO – GADO DE CORTE Extensivo, Semi-extensivo, Intensivo e Semi-intensivo. ■ Acesso à água ■ Áreas de descanso ■ Manejo do rebanho ■ Alimentação adequada ■ Condições das instalações ■ Mutilações ■ Transporte ■ Problemas de parto (fetos muito grandes) ■ Restrição de comportamento normal e desconforto em sistemas intensivos Critérios ou variáveis mensuráveis para o bem-estar de gado de corte: ■ Aspecto físico ■ Comportamento ■ Taxa de morbidade ■ Respostas ao manejo ■ Taxas de mortalidade ■ Eficiência reprodutiva ■ Alterações no peso e condição corporal ■ Complicações devido à procedimentos de rotina no manejo 1. Biossegurança e saúde animal: - biossegurança e prevenção de doenças - gestão da saúde animal 2. Aspectos ambientais: - ambiente térmico (estresse por calor ou frio) - iluminação - qualidade do ar - ruídos - nutrição - piso, camas, superfícies de descanso e áreas ao ar livre - ambiente social - densidade populacional - proteção contra predadores 3. Manejo: - seleção genética - manejo reprodutivo - colostro - desmame - práticas de manejo dolorosas: - castração - descorna (eliminação botão germinal) - esterilização (ovariectomia) - caudectomia - identificação - manejo e inspeção - formação e treinamento de pessoal - planos de emergência - localização, construções e equipamentos - sacrifício humanitário Sistema intensivo: Estratégias de manejo para melhorar BEA: ■ Familiarização prévia dos animais ■ Redução do número de animais por lote ■ Aumento da área por animal (m2/animal) ■ Facilidade para acessar o cocho ■ Manejosbásicos (limpeza periódica de bebedouros, saúde) ■ Disponibilidade de sombra e espaço adequado de área de cocho por animal Transporte rodoviário de bovinos: fatores: ■ Mistura ■ Nutrição animal ■ Tempo de trânsito ■ Condições de carga ■ Condições climáticas ■ Experiência do motorista ■ Estado de saúde e condição física ■ Segregação de sexos e classes de peso em compartimentos separados Animais ⇨ comem uma combinação de suplementos baratos de milho, proteína e gordura (muitas vezes fabricado a partir de outros bovinos), e drogas para engordá-los de forma rápida e eficiente. Milhares de cabeças de gado em um pequeno pedaço de terra produzem uma quantidade exorbitante de resíduos com nitrogênio e fósforo que o tornam inútil como fertilizante. As propriedades criam "lagoas de esterco" (lagoas ou reservatórios cheios de lixo tóxico). Musculatura dobrada – raça Belgian Blue ■ A raça Belgian Blue possui uma mutação natural no gene que codifica a miostatina (regula crescimento muscular). A miostatina truncada fica inativa ⇨ “hiperplasia da musculatura esquelética” (aumento da massa muscular ± 20%). ■ A mutação também interfere na deposição de gordura, resultando em uma carne mais magra. ■ Parição natural difícil. BEM ESTAR DE OVINOS E CAPRINOS Animais gregários (altamente sociais), não agressivos, que experimentam medo, ansiedade e frustração durante manejos simples e que não se adaptam bem a confinamentos. Instalações ⇨ possibilidade de acesso a áreas externas, proteção contra temperaturas extremas e controle do clima, espaço suficiente, higiene, regime de luz e ventilação adequadas. Ovinos/caprinos (negligência devido ao baixo valor): - Fome, doenças e parasitas em consequência da falta de profilaxia e tratamento (claudicação, moscas, pneumonia) - Superlotação Mutilações ⇨ castração, corte de cauda, transferência cirúrgica de embriões Mutilações ⇨ “mulesing” Literatura científica sobre aprendizado, cognição, emoções, personalidade e complexidade social em ovinos ⇨ evidenciam capacidades complexas: - Inúmeras funções executivas do lobo pré-frontal consideradas similares a dos primatas; - Capacidade considerável para distinguir e identificar rostos de outras ovelhas e humanos; - Gama de emoções simples a complexas, incluindo viés de julgamento e formas de contágio emocional; - Personalidades distintas; - Fortes laços entre mães e filhotes ⇨ relacionamentos que moldam os grupos sociais, além da disponibilidade e distribuição de alimentos.
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