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Parafusos, fixadores e projeto de junções não permanentes MEC033 – Elementos de Máquinas 01 Prof. Dr. Edmundo Abreu e Lima Engenharia Mecânica – FEAR – UPF Sumário 1. Padrões de rosca e definições 2. Parafusos de potência 3. Tensões em roscas 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 2 Introdução • Métodos típicos de fixação utilizam parafusos de porca, porcas, parafusos de cabeça, rebites, retentores, dispositivos de travamento, pinos, chavetas, entre outros. • O projeto deve prever um número mínimo de fixadores: Peso e Custo. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 3 Fabricação de parafusos e porcas. Aplicações 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 4 Aplicações 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 5 Aplicações 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 6 Formas padronizadas de roscas 18/0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 7 Rosqueado Múltiplo • Corresponde ao número de entradas ou fio sucessivos de uma rosca. • L - Comprimento da rosca ou avanço - distância que uma rosca avançará axialmente com uma revolução da porca. • p – passo – distância entre dois filetes (crista ou raiz) sucessivas de rosca. • UNC – passo grosso • UNF – passo fino - vibrações 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 8 Equações básicas • Avanço: 𝐿 = 𝑛𝑒 ∙ 𝑝 • Diâmetro primitivo: 𝑑𝑝 = 𝑝 2 + 𝑑𝑟 𝑑𝑝 = 𝑑 − 𝑝 2 • L – avanço; • ne – número de entradas; • p – passo; • dp – diâmetro primitivo; • dr – diâmetro de raiz; • d – diâmetro nominal. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 9 Especificação de um parafuso 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 10 Área sob tração - At • Se uma barra rosqueada é submetida a uma carga de tração pura, é de se esperar que sua resistência seja limitada pela área do seu diâmetro menor. • Experimentos mostram que a sua resistência à tração e definida pela média dos diâmetros menor e primitivo. 𝐴𝑡 = 𝜋 4 𝑑𝑝 + 𝑑𝑟 2 2 • Os valores de At são encontrados nas tabelas 15-1 e 15-2. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 11 Tabela 15-1 - Diâmetros, Áreas e Passos - UNS 18/ 0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 12 Tabela 15-1 - Diâmetros, Áreas e Passos - ISO 18/ 0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 13 Parafusos de Potência 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 14 Parafusos de Potência • Também conhecidos como parafusos de avanço, são utilizados para converter movimento rotacional em movimento linear em atuadores, máquinas de produção, macacos e outros. • São capazes de levantar e mover grandes cargas, sendo necessárias roscas muito fortes. • Alguns perfis de rosca foram padronizados para essas aplicações. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 15 Perfis para roscas de potência 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 16 Funcionamento 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 17 Tabela 15-3 - Diâmetros, Áreas e Passos - ACME 18/ 0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 18 Calculando o Torque - Roscas quadradas • Torque para levantar a carga 𝑇𝑢 = 𝑃 𝑑𝑝 2 𝜇 𝜋 𝑑𝑝 + 𝐿 𝜋 𝑑𝑝 − 𝜇𝐿 + 𝜇𝑐 𝑃 𝑑𝑐 2 • Torque para abaixar a carga 𝑇𝑑 = 𝑃 𝑑𝑝 2 𝜇 𝜋 𝑑𝑝 − 𝐿 𝜋 𝑑𝑝 + 𝜇𝐿 + 𝜇𝑐 𝑃 𝑑𝑐 2 • Tu - Torque para elevar a carga • P - Carga a elevar/baixar • dp - diâmetro primitivo • μ - coef. fricção rosca • L – avanço • Td - Torque para baixar a carga • dc - diâmetro colar • μc - coef. fricção colar 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 19 Calculando o Torque - Roscas ACME • Torque para levantar a carga 𝑇𝑢 = 𝑃 𝑑𝑝 2 𝜇 𝜋 𝑑𝑝 + 𝐿 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝜋 𝑑𝑝 𝑐𝑜𝑠𝛼 − 𝜇𝐿 + 𝜇𝑐 𝑃 𝑑𝑐 2 • Torque para abaixar a carga 𝑇𝑑 = 𝑃 𝑑𝑝 2 𝜇 𝜋 𝑑𝑝 − 𝐿 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝜋 𝑑𝑝 𝑐𝑜𝑠𝛼 + 𝜇𝐿 + 𝜇𝑐 𝑃 𝑑𝑐 2 • α - ângulo inclinação rosca 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 20 Observações quanto ao torque • Pode ocorrer casos em que o avanço L é grande ou o fator de fricção é pequeno, e a carga baixe por si mesma. • Nestes casos, Td será negativo ou zero. • Quando Td > 0, se diz que o parafuso e Autobloqueante. • Autobloqueio – Roscas quadradas 𝜇 ≥ 𝐿 𝜋 𝑑𝑝 • Autobloqueio – Roscas ACME 𝜇 ≥ 𝐿 𝜋 𝑑𝑝 cos 𝛼 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 21 Eficiência • Considerando que o atrito e nulo [μ = 0], temos que: 𝑒 = 𝑇 𝑠𝑒𝑚 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 𝑇 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜 = 𝑇0 𝑇 𝑒 = 𝑃 𝐿 2𝜋 𝑇 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 22 Parafusos de esfera 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 23 Exemplo 15-1 Considere um parafuso Acme, de entrada simples 1,25’’ – 5, suportando uma carga axial de 1000 lbf. O diâmetro médio do colar é de 1,75 in. As roscas são lubricados com óleo. O atrito de deslizamento é de 0,15 e o atrito de rolamento é 0,02. Determine os torques de levantamento e abaixamento, bem como a eficiência do parafuso de potencia de rosca Acme. • Há autotravamento? • Qual é a contribuição do atrito de colar comparativamente ao de rosca se o colar possui (a) atrito de deslizamento? (b) atrito de rolamento? 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 24 Tensões em Roscas 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 25 Tensões em roscas • Quando uma porca engaja em um parafuso, teoricamente todos os filetes de rosca devem compartilhar a carga. • Imprecisões no espaçamento dos filetes fazem com que praticamente toda a carga seja carregada pelo primeiro par de filetes. • O procedimento conservativo assume o pior caso em que um par de filetes suporta toda carga. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 26 Tensão axial • Parafusos de potência podem sofrer tração ou compressão. • Parafusos de fixação normalmente são sujeitos apenas a tração. • Para tensões compressivas, deve-se verificar a possibilidade de flambagem do fuso. 𝜎𝑡 = 𝐹 𝐴𝑡 • F – carga aplicada • At – área de tensão de tração. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 27 Flambagem do fuso 𝐹 𝐴 = 𝑆𝑦 − 𝑆𝑦 2𝜋 𝑙 𝑘 2 1 𝐶 𝐸 𝑘 = 𝑙 𝐴 Extremidade C teórico C carga conhecida Fixa-livre ¼ ¼ Articulada-articulada 1 1 Fixa-articulada 2 1,2 Fixa-fixa 4 1,2 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 28 • A - área • Sy - tensão de escoamento • C – const. de extremidade • E - módulo de elasticidade • l – comprimento livre • k – raio de giração Tensão torcional • O pior caso considera que o torque total e aplicado na seção circular do parafuso e apenas a área de diâmetro menor resiste a esse torque. 𝜏 = 16𝑇 𝜋 𝑑𝑟3 • T - torque • dr - diâmetro interno ou de raiz 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 29 Falha por cisalhamento • Um possível modo de falha por cisalhamentoenvolve o rasgamento de filetes de rosca tanto na porca quanto do parafuso. • Se os materiais são dúcteis, uma falha completa requer que todos os filetes de rosca sejam rasgados. • Se os materiais são frágeis pode-se imaginar cada filete assumindo toda carga por turnos ate que haja fratura e o trabalho seja repassado para o próximo filete. • A área sob cisalhamento pode ser expressa em termos do número de filetes engajados. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 30 Área sob cisalhamento • Para um único filete de rosca, no diâmetro menor: 𝐴𝑠 = 𝜋 𝑑𝑟 𝑤𝑖 𝑝 • Para um único filete de rosca, no diâmetro maior: 𝐴𝑠 = 𝜋 𝑑 𝑤𝑜 𝑝 • p - passo • wi ;wo - porcentagem do passo Esta área pode ser multiplicada pelo número de filetes engajados. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 31 Tensão de cisalhamento • A tensão por cisalhamento é obtida por: 𝜏𝑠 = 𝐹 𝐴𝑠 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 32 Comprimento mínimo de porca • Se uma porca for suficientemente longa, a carga necessária para rasgar os filetes excederá o valor da carga requerida para falhar sob tração. • Para quaisquer roscas UNS/ISO ou ACME com d≤1in, uma parte do comprimento de rosca de pelo menos 0,5d terá uma resistência ao rasgamento maior que a resistência à tração do parafuso. • Para diâmetros maiores, usa-se um comprimento maior que 0,6d. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 33 Exemplo 8-1 Budynas • Um parafuso de potência de rosca quadrada tem um diâmetro maior de 32mm e passo de 4mm, com roscas duplas. Os dados fornecidos incluem: μ = μc = 0,08; dc = 40mm, F = 6,4kN por parafuso. a) Encontre o torque requerido para levantar e baixar a carga. b) Verifique se ha autobloqueio. c) Encontre a eficiência durante a elevação da carga. d) Encontre as tensões axial e torcional. e) Encontre a tensão sob cisalhamento. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 34 Parafusos de Fixação 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 35 Parafusos de Fixação • Elementos utilizados para realizar a fixação de duas ou mais peças. • O comprimento de um parafuso sempre é medido a partir da parte de baixo da cabeça. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 36 Classificação • Um mesmo parafuso pode receber um nome diferente dependendo de seu uso. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 37 Parafusos atarrachantes • Fixadores que fazem o próprio furo, abrindo caminho ou fazem as próprias roscas. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 38 Tipos de cabeças 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 39 Tipos de porcas 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 40 Porcas de travamento 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 41 Arruelas • Tem a finalidade de aumentar a área de contato entre a cabeça do parafuso ou porca e a parte sujeitada, além de proteger o parafuso de rebarbas e contato direto com a peça ou concentradores de tensão. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 42 Observações • O comprimento ideal de um parafuso é aquele no qual somente uma ou duas roscas se projetam para fora da porca após o aperto. • Rebarbas ou extremidades afiadas de furos podem danificar os parafusos, por isso sempre devem ser usadas arruelas sob a cabeça do parafuso. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 43 Resistência de parafusos 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 44 Resistência do parafuso • A propriedade mais importante para a seleção de um parafuso padronizado é a sua resistência de prova Sp. • Corresponde a tensão sobre a qual o parafuso começa a apresentar deformação permanente. • É próxima porém inferior a resistência de escoamento do material. • O valor tabelado corresponde a resistência mínima observada em um determinado número de ensaios. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 45 Resistência de prova • Corresponde ao limite de proporcionalidade do parafuso 𝑆𝑝 = 𝐹𝑝 𝐴𝑡 • Sp - Resistência de prova; • Fp - Carga de prova; • At - Área de tensão de tração. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 46 Especificações SAE 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 47 Especificações ISO 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 48 Pré-carga e rigidez 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 49 Pré-carga em junções de tração Pré-carga – 75% a 90% de Sp 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 50 Função da pré carga 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 51 Junção em tração - Nomenclatura • d - diâmetro do parafuso • L - comp. do fixador • LT - comp. rosq. parafuso • l - comp. de agarre 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 52 • ld - comp. não rosq. junção • lt - comp. rosqueado junção • t - espessura da arruela • H - altura da porca Comprimento rosqueado (LT) do parafuso • Sistema métrico: 𝐿𝑇 = 2𝑑 + 6𝑚𝑚 𝐿 ≤ 125 𝑑 ≤ 48 2𝑑 + 12𝑚𝑚 125 ≤ 𝐿 ≤ 200 2𝑑 + 25𝑚𝑚 𝐿 > 200𝑚𝑚 • Sistema americano (polegadas): 𝐿𝑇 = 2𝑑 + 1 4 𝑖𝑛 𝐿 ≤ 6𝑖𝑛 2𝑑 + 1 2 𝐿 > 6𝑖𝑛 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 53 Outros comprimentos • Comprimento mínimo parafuso: 𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝑙 + 𝐻 + 𝑝 • Comprimento da porção não rosqueada da junção: 𝑙𝑑 = 𝐿 − 𝐿𝑇 • Comprimento da porção rosqueada da junção 𝑙𝑡 = 𝑙 − 𝑙𝑑 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 54 Arredondar sempre para cima, usando a tabela A15 - Série de Renard Rigidez Coeficiente de rigidez do parafuso (kb) 𝑘𝑏 = 𝐴𝑑 𝐴𝑡 𝐸 𝐴𝑑 𝑙𝑡 + 𝐴𝑡 𝑙𝑑 • Ad – área de diâmetro maior (nominal) • E –módulo de elasticidade do material 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 55 Rigidez Coeficiente de rigidez do elemento (km) • Para um material de geometria cilíndrica: 𝑘𝑚 = 𝐴𝑚 𝐸 𝑙 • Para mais dois materiais diferentes em série: 1 𝑘𝑚 = 𝑙1 𝐴𝑚1𝐸1 + 𝑙2 𝐴𝑚2𝐸2 • Am – área efetiva de material 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 56 Comportamento sob carga estática 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 57 Componentes de carga • A carga externa se divide em duas componentes: uma absorvida pelo material (Pm) e uma absorvida pelo parafuso (Pb). 𝑃 = 𝑃𝑏 + 𝑃𝑚 • A constante de rigidez da junção corresponde a fração da carga externa que é absorvida pelo parafuso: 𝐶 = 𝑘𝑏 𝑘𝑏 + 𝑘𝑚 • Logo, a porção da carga externa carregada pelo parafuso é: 𝑃𝑏 = 𝐶𝑃 • E a porção da carga externa carregada pelos membros: 𝑃𝑚 = 1 − 𝐶 𝑃 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 58 Resultantes • A carga resultante no material é: 𝐹𝑚 = 𝐹𝑖 − 𝑃𝑚 • A carga resultante no parafuso é: 𝐹𝑏 = 𝐹𝑖 + 𝑃𝑏 1 8 /0 2 /2 01 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 59 Coeficientes de segurança • Tensão máxima de tração: 𝜎𝑡 = 𝐹𝑏 𝐴𝑡 • Coeficiente de segurança contra falha por escoamento: 𝑁𝑦 = 𝑆𝑦 𝜎𝑡 • Carga P0 requerida para a separação da junta: 𝑃0 = 𝐹𝑖 1 − 𝐶 • Coeficiente de segurança contra a separação da junta: 𝑁𝑠𝑒𝑝 = 𝑃0 𝑃 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 60 Exemplo 15-2 • Determine o tamanho adequado e um valor de pre- carga para junta mostrada na figura. Encontre seu coeficiente de segurança à falha por escoamento e separação da junta. Determine o valor ótimo da pré- carga como uma porcentagem da resistência de prova de maneira a maximizar os fatores de segurança. • As dimensões da junta são: D = 1in e l = 2in. • A carga aplicada é P = 2000lb. • Ambas as pecas sujeitados são de Aço. Os efeitos das flanges na rigidez serão ignoradas. • Uma pré-carga de 90% da resistência de prova do parafuso deve ser aplicada em uma primeira tentativa. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 61 Ny e Nsep vs % Sp 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 62 Métodos de determinação de rigidez de elementos 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 63 Rigidez de elementos A maior parte da junções terá os materiais unidos através de meios contínuos, onde os parafusos são distribuídos sobre a superfície. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 64 Que quantidade de material deve ser incluída no cálculo da rigidez do material? Teoria do frusto cônico • A tensão é maior sob a linha de centro do parafuso e diminui à medida que se afasta lateralmente da linha de centro. • O calculo real não é definido, e existem diversas teorias de aproximação. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 65 Distribuição de tensões e deformações via MEF 18/0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 66 Método do Cone de Pressão de Rostcher • De dados experimentais, sabe-se que o ângulo do cone de pressão é de 30° e o diâmetro de face de arruela D = 1,5d. • O coeficiente de rigidez para cada frusto cônico e dado por: 𝑘𝑚𝑖 = 0,5774 𝜋 𝐸 𝑑 𝑙𝑛 1,155𝑡 + 𝐷 − 𝑑 𝐷 + 𝑑 1,155𝑡 + 𝐷 + 𝑑 𝐷 − 𝑑 • E - módulo de elasticidade do material • t - espessura do material • d - diâmetro do parafuso • D - diâmetro de face da arruela 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 67 MEF de Wileman • Pode ser usada uma simplificação quando as arruelas são padronizadas e os membros são de mesmo material. 𝑘𝑚 𝐸𝑑 = 𝐴 𝑒 𝐵𝑑 𝑙 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 68 MEF de Cornwell Estudou 4424 combinações de diâmetro do parafuso, espessura da junta, espessura e material de placas. Seu método determina o coeficiente de rigidez da junta C. É necessário a determinação de alguns parâmetros: 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 69 • Aspecto de junta (j) 𝑗 = 𝑑 𝑙 • Razão módulo parafuso (r) 𝑟 = 𝐸𝑚𝑎𝑡 𝐸𝑝𝑎𝑟 • Razão de espessura (t) 𝑡 = 𝑇𝐿 𝑇𝐿 + 𝑇𝐻 • TL - espessura da chapa com E mais baixo • TH - espessura da chapa com E mais alto MEF de Cornwell - Junta de mesmo material • Para 0,1 ≥ 𝑗 ≥ 2 e 0,35 ≥ 𝑟 ≥ 1,0 determina-se que 𝐶 = 𝐶𝑟 onde: 𝐶𝑟 = 𝑝3𝑟3 + 𝑝2𝑟2 + 𝑝1𝑟 + 𝑝0 • pi é função de j (tabela 15-8): 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 70 MEF de Cornwell - Junta materiais diferentes • Para materiais diferentes, o coeficiente C é dado por: 𝐶 = 𝐶𝐻 + (𝑡 + 𝛼𝐶𝑡)(𝐶𝐿 − 𝐶𝐻) • CL - coef. rigidez da chapa com modulo Young mais baixo • CH - coef. rigidez da chapa com modulo Young mais alto • Ambos obtidos através da equação de Cr 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 71 MEF de Cornwell - Junta materiais diferentes 𝛼 é um fator de correção obtido pela equação: α = 𝑒 0,0598 ln 𝑗 3+0,1385 ln 𝑗 2−0,4350 ln 𝑗 −2,3516 Ct é função de t, dado por: • Se j=0,1 𝐶𝑡 = 𝑞5𝑡 5 + 𝑞4𝑡 4 + 𝑞3𝑡 3 + 𝑞2𝑡 2 + 𝑞1𝑡 + 𝑞0 • Se j≠0,1 𝐶𝑡 = 𝑞3𝑡 3 + 𝑞2𝑡 2 + 𝑞1𝑡 + 𝑞0 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 72 qi 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 73 Exemplo 8.2 (Budynas) Duas placas de aço de 12mm de espessura com um módulo de elasticidade de 207GPa são fixadas por dois parafusos de diâmetro 12mm, com uma arruela de 2mm de espessura sob a porca. Encontre o coeficiente de rigidez do parafuso, dos elementos e da junção. Utilize os métodos do frustro cônico, MEF de Willeman e MEF de Cornwell. Compare os resultados. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 74 Rigidez de retentores 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 75 Junções com retentores • Gaxetas - Artefatos usados para vedação, que impedem, entre duas peças unidas, a passagem de líquidos, gases ou partículas sólidas. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 76 Gaxetas confinadas • Permitem que as faces duras fiquem em contato, fazendo com que a junta se comporte como se não houvesse gaxeta. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 77 Gaxetas não confinadas • Um corpo relativamente mole separa as superfícies, e a gaxeta contribui para a constante de mola da junta. • A exceção das gaxetas de cobre, as constantes dos materiais são tão baixos que dominam a rigidez da junta e km pode ser considerado igual a kg. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 78 Módulo de elasticidade de materiais de gaxeta 18/ 0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 79 Recomendações • Deve-se manter a uniformidade da pressão na gaxeta. • Os parafusos devem ter espaçamento entre 3 a 6 diâmetros nominais. • A distância da borda deve ficar entre 1,5 a 2 vezes o diâmetro do parafuso. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 80 Exemplo 15-4 • Uma câmara de pressão é selada por uma gaxeta sujeitada por meio de oito parafusos pré-carregados. • Determine a rigidez do material e a constante de junta para os dois projetos do conjunto mostrados na figura, com uma gaxeta confinada e outro com uma gaxeta não confinada. Também determine as cargas resultantes no parafuso e material. • O diâmetro do cilindro: Dp = 4in. • O diâmetro do cilindro de parafusos é Dbc = 5,5in. • O diâmetro externo da flange Df = 7,25in. • Os oito parafusos são tipo 3/8 – 16 UNC 2,25 in, igualmente espaçados no círculo de parafusos. • O comprimento da junta é de 1,875 in. • A espessura da gaxeta e de 0,125in. • A pressão no cilindro é de 1500Psi. • A tampa é fabricada em alumínio (t = 1,125in) e o cilindro é fabricado em aço (t = 0,75in). • O material da gaxeta é borracha. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 81 Exemplo 15-4 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 82 Torque de montagem 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 83 Torque de montagem • Tem a função de garantir o pré- carregamento adequado para a junção. • Deve-se usar um torquímetro, uma chave de torque pneumáticaou estimar o numero de voltas no aperto (método do giro). 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 84 Torque requerido para pré-carga • Uma estimativa do torque requerido para a pré-carga pode ser obtido por: 𝑇𝑖 = 𝐹𝑖 𝑑𝑝 2 𝜇 + tan 𝜆 cos 𝛼 cos 𝛼 − 𝜇 tan 𝜆 + 𝐹𝑖 1 + 1,5 𝑑 4 𝜇𝑐 • Pode-se atribuir um coeficiente de torque K: 𝐾 = 0,5 𝜇 + tan 𝜆 cos 𝛼 cos 𝛼 − 𝜇 tan 𝜆 + 0,625𝜇𝑐 • E a equação do torque pode ser resumida para: 𝑇𝑖 = 𝐾 𝐹𝑖 𝑑 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 85 Coeficiente de torque • Se 𝜇 e 𝜇𝑐 = 0,15; então K = 0,20 • Em geral, 𝜇 e 𝜇𝑐 estão perto de 0,15 • Budynas (2005) recomenda usar os valores da tabela 8-15, e quando a condição não for declarada, usar K = 0,20 • Norton recomenda usar K = 0,21 para roscas lubricadas. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 86 Torquímetro • Método mais conveniente, porém menos preciso. Efetua-se a leitura direta do torque no mostrador. • Considera-se um erro de aproximadamente 30% na pré- carga aplicada. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 87 Chave pneumática • Pressão da catraca regulada pelo ar. • Produz resultados mais precisos do que torquímetro. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 88 Método do aperto da porca • Girar a porca um determinado número de vezes irá deformar o parafuso em uma quantidade conhecida. • Ajuste-Apertado - Tão apertado quanto uma pessoa possa apertar usando uma chave padrão. • Após essa condição, todo giro adicional produz tração útil no parafuso. • Deve-se contar a fração de voltas a partir do aperto adequado. • Em geral, 1/2 volta após o aperto adequado. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 89 Parafuso de torque limitado 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 90 Exemplo 15-3 • Encontre o torque requerido para uma pré-carga de 4011 lbf . • Parafuso 5/16-UNC 2A, grau 5-1, comprimento 2,5 in. • Suponha roscas lubricadas e um coeficiente de atrito de 0,15 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 91 Exemplo 8-3 (Budynas) Um parafuso ¾ in 16 x 2 ½ de grau 5 é submetido a uma carga P de 6kip em uma junção de tração. A tração inicial do parafuso é Fi = 25kip. As rigidezes do parafuso e da junção são kb = 6,50 e km = 13,8 respectivamente. a) Determine as tensões de pré-carga e da carga de serviço no parafuso. Encontre o coeficiente de segurança contra falha por escoamento e contra a separação da junta. b) Especifique o torque necessário para desenvolver a pré-carga. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 92 Exemplo 8-4 (Budynas) A figura ao lado mostra uma seção transversal da conexão de um vaso de pressão de ferro fundido de grau 25. Um total de N parafusos de porca são usados para resistir a uma força de separação de 36kip. a) Determine kb, km e C. b) Encontre o número de parafusos necessários para um fator de projeto Ny = 2 em que os parafusos podem ser reutilizados quando a conexão for desmontada. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 93 Junções carregadas em cisalhamento 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 94 Junções parafusadas e rebitadas carregadas em cisalhamento O projeto para conexões parafusadas e rebitadas, nos quais perigos à vida humana estão envolvidos, são regulados por diversas normas (códigos de construção). • Caldeira e vasos de pressão - NR 13 e NBR 16.035 • Estruturas Metálicas - NBR 8800 • American Institute of Steel Construction (AISC) - Códigos de construção do Handbook da AISC • American Society of Mechanical Engineers (ASME) – Boiler Construction Code O projetista deve estar atento a estas normas. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 95 Conexão carregada em cisalhamento A figura ao lado mostra uma junta carregada em cisalhamento. Esta junta pode falhar de diversas maneiras, dentre elas: • Flexão • Cisalhamento • Tração nos membros • Esmagamento - parafusos e membros • Rasgamento por cisalhamento • Rasgamento por tração 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 96 Falha por flexão • Momento fletor: 𝑀 = 𝐹𝑡 2 • Tensão de flexão 𝜎 = 𝑀𝑐 𝐼 • F - Forca de cisalhamento • t - Espessura da junta 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 97 Falha por cisalhamento puro • Tensão cisalhante: 𝜏 = 𝐹 𝐴 • F - Forca de cisalhamento • A - Área da seção transversal de todos os parafusos/rebites 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 98 Ruptura dos membros ou chapas por tração pura • Tensão de tração 𝜎 = 𝐹 𝐴 • F - Forca de cisalhamento • A - Área transversal líquida da chapa 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 99 Esmagamento do rebite ou chapas • Os valores exatos são desconhecidos, em virtude da superfície cilíndrica. • A tensão de esmagamento é computada por: 𝜎 = 𝐹 𝐴 = 𝐹 𝑑 𝑡 • F - Forca de cisalhamento • A - Área projetada de um único parafuso • d – diâmetro nominal do parafuso • t – espessura da chapa mais fina da junção 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 100 Cisalhamento da borda • Esta falha é evitada espaçando o parafuso a pelo menos 1,5 vezes o diâmetro nominal do parafuso da borda da chapa. • A tensão de cisalhamento na borda pode ser calculada por: 𝜏 = 𝐹 𝐴 = 𝐹 2 𝑡 𝑎 • t - espessura da chapa • a - distancia da borda da chapa atá a borda do furo 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 101 Exemplo 8-6 • Duas barras de aço 1018 laminadas a frio são unidas topo a topo com duas chapas de ligação de ½ in também de aço 1018 laminadas a frio, usando quatro parafusos grau 5, como está representado na figura ao lado. • Para um fator de projeto Ny = 1,5 estime a carga estática F que pode ser transmitida sem os parafusos perderem a pré-carga. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 102 Junções com carregamento excêntrico 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 103 Junções com carregamento excêntrico • Viga sujeita a um carregamento de flexão. A viga e fixada aos membros verticais nas extremidades com parafusos. • Viga estaticamente carregada, com as extremidades engastadas e reações de momento e força em cada extremidade. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 104 Análise local das reações O ponto central de rotação situa-se no centroide da distribuição dos parafusos. • A1 - A5 - Áreas das seções transversais de um grupo de pinos, parafusos ou rebites • G - centroide de rotação da junção • As coordenadas do centroide são dadas por: 𝑥 = 𝑖=1 𝑛 𝐴𝑖𝑥𝑖 𝑖=1 𝑛 𝐴𝑖 𝑦 = 𝑖=1 𝑛 𝐴𝑖𝑦𝑖 𝑖=1 𝑛 𝐴𝑖 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 105 Análise local das reações • Cisalhamento Primário 𝐹𝑖 ′ = 𝑅𝑉 𝑛 Onde: • Rv - Reação vertical • n - numero de parafusos • F’i - carga direta de cisalhamento primário em cada parafuso 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 106 Análise local das reações • Cisalhamento Secundário𝐹′′𝑖 = 𝑀𝑅 𝑟𝑖 𝑖=1 𝑛 𝑟𝑖 2 • Onde: • MR - Momento resultante • F’’i - Carga de cisalhamento secundário • ri - distancia radial até o centroide da junção 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 107 Carga resultante • Por fim, fazer a soma vetorial para obter a carga resultante em cada parafuso. 𝐹𝑅 = 𝐹 ′2 + 𝐹′′2 − 2𝐹′𝐹′′ cos 𝜃 • Com essa força, calculam-se as tensões em cada parafuso pelos métodos descritos anteriormente. 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 108 Exemplo 8-7 Na figura ao lado está uma barra de aço retangular de 15 x 200 mm fixada, em balanço, a um perfil de canal de aço de 250 mm, através de quatro parafusos localizados em A, B , C e D. Para uma carga F = 16kN, determine: a) A carga resultante em cada parafuso b) A tensão de cisalhamento máxima em cada parafuso c) A tensão de esmagamento máxima d) A tensão crítica de flexão na barra 1 8 /0 2 /2 0 1 9 M E C 0 3 3 - E le m e n to s d e M á q u in a s 0 1 109
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