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MODULO Geografia da População (1)

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
Ensino de Geografia 
 
2º Ano 
Disciplina: GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO 
Código: ISCED41-CAMBCFE007 
Total Horas/IIo Semestre: 115 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA - ISCED 
 
 
 
2 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a 
Distância (ISCED), e contém reservados todos os direitos. É proibida a 
duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, 
fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação 
de processos judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Direcção Académica 
Rua Dr. Almeida Lacerda, No 212 Ponta - Gêa 
Beira - Moçambique 
Telefone: +258 23 323501 
Cel: +258 82 3055839 
Fax: 23323501 
E-mail: isced HYPERLINK "mailto:isced@isced.ac.mz"@ HYPERLINK 
"mailto:isced@isced.ac.mz"isced.ac.mz 
Website: www.isced HYPERLINK "http://www.isced.ac.mz/".ac.mz 
 
 
mailto:isced@isced.ac.mz
mailto:isced@isced.ac.mz
http://www.isced.ac.mz/
3 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) agradece 
a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
Autor André Camanguira Nguiraze, PhD pela 
Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte- Brasil 
Coordenação 
Design 
Financiamento e 
Logística 
Revisão Científica 
Revisão Linguística 
 
Ano de Publicação 
 
Local de Publicação 
 
Direcção Académica do ISCED 
Instituto Superior de Ciências e Educação a 
Distância (ISCED) 
Instituto Africano de Promoção da Educação a 
Distancia (IAPED) 
xxxx 
 
2018 
 
ISCED – BEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
Índice 
Visão geral ................................................. Benvindo à Disciplina/Módulo de 
Contabilidade Geral ................................................................................. 1 
Objectivos do Módulo ................................................................................ 1 
Quem deveria estudar este módulo ........................................................... 1 
Como está estruturado este módulo ........................................................... 1 
Ícones de actividade .................................................................................. 3 
Habilidades de estudo ............................................................................... 3 
Precisa de apoio? ...................................................................................... 5 
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................... 6 
Avaliação ................................................................................................... 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
TEMA – I: CONSIDERAÇÃO GERAIS: CONCEITO E OBJECTO DE ESTUDO 
UNIDADE Temática 1.1. Geografia da população: conceito, 
objecto de estudo e 
evolução.................................................................................... 
Sumario.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
UNIDADE Temática 1.2. evoluição do pensamento da 
Geografia da 
população.....................................................................................
........... 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
TEMA – II: TEORIAS POPULACIONAIS: TEORIAS DE MALTHUS. 
MARXISTAS E AS VERTENTES NEOMALTHUSIANISMO 
CONTEMPORÂNEO 
UNIDADE Temática 2.1. Conceitos básicos da Geografia da 
população.....................................................................................
............ 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
6 
 
UNIDADE Temática 2.2. Teorias demográficas: Teorias 
Malthusiana.............................................................................
........... 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação.................................................................... 
Exercício de 
Avaliação............................................................................. 
UNIDADE Temática 2.3. Teorias demográfricas: Teorias 
Marxistas......................................................................................
........ 
Sumário.........................................................................................
........ 
Exercício de Auto-
Avaliação.................................................................. 
Exercício de 
Avaliação........................................................................... 
UNIDADE Temática 2.4. Teorias demográficas: Teorias 
neomalthusiana e a vertente 
reformista................................................ 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
TEMA – III: ELEMENTOS, DINÂMICA POPULACIONAL E 
DESENVOLVIMENTO... 
UNIDADE Temática 3.1. histórico de crescimento 
populaconal............ 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
UNIDADE Temática 3.2. Crescimento populacional no século 
XX..... 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
UNIDADE Temática 3.3. A Migração 
....................................................... 
7 
 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercício de 
Avaliação.............................................................................. 
TEMA – IV: MOVIMENTOS 
SOCIAIS................................................................. 
UNIDADE Temática 4.1. Breve histórial da gêneses dos 
Movimentos sociais 
...................................................................................................... 
Sumário.................................................................................................... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercicio de Avaliação 
............................................................................. 
UNIDADE Temática 4.2. Teorias de Movimentos 
sociais...................... 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercicio de 
Avaliação.............................................................................. 
TEMA – V: CARACTERIZAÇÃO DA 
POPULAÇÃO............................................... 
UNIDADE Temática 5.1. Reflexões sobre os conceitos de racas 
e etnia 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação.................................................................... 
Exercicio de 
Avaliação............................................................................. 
UNIDADE Temática 5.1. A Religião verus estrutura 
social.................... 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercicio de 
Avaliação.............................................................................. 
UNIDADE Temática 5.1. Tipos de religião no 
mundo............................. 
8 
 
Sumário.........................................................................................
........... 
Exercício de Auto-
Avaliação..................................................................... 
Exercicio de 
Avaliação.............................................................................. 
 
 
 
 
 
 
Visao Geral 
Benvindo à 
 Disciplina/Módulo d 
Geografia da População 
Objectivos do Módulo 
 
Ao terminar o estudo deste módulo de Geografia da População deverás 
ser capaz de saber os diferentes estágios de evoluição do conceito do 
conceito da Geografia da população, conhecer a interdisplinaridade das 
ciências com a Geografia no concernente ao objecto de estudo que o 
homem, compreender as teorias populacionais: Teoria de Malthus; 
Neomalthusianismo contemporâneo; Marx e a população, tendo em conta 
a critica do crescimento populacional no mundo, saber os elementos da 
dinâmica populacional: mortalidade, natalidade e fecundidade, 
mobilidade populacional, em termos da migrações; saber caracterizar a 
população no concernente a etnia, religião, cultura e língua. Ademais, 
conhecer também a dinâmica populacional e desenvolvimento e, os 
movimentos sociais por si provocado. 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 2º ano do curso de 
licenciatura em Ensino de Geografia do ISCED. Poderá ocorrer, contudo, 
que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus 
conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não sendo 
necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. 
 
Estrutura deste módulo 
 
 
 
 
 
 
Objectivos 
Específicos 
 Identificar os diferentes estágios da 
dinâmica da evoluição da Geografia da 
População e a sua ocupação espacial; 
 Compreender a população como se 
configura enquanto objecto de 
invetigação e teorização no contexto 
histórico da organização da sociedade; 
 Caracterizar as teorias de Malthus; 
Neomalthusianismo contemporâneo e de 
Marx, no concernente ao crescimento 
populacional. 
 Compreender os fenômenos e da dinâmica 
populacional e suas variações espaciais. 
Natalidade, mortalidade, crescimento 
vegetativo, migrações, estrutura etária e 
ocupacional; 
 Caracterizar os movimentos sociais. 
10 
 
Este módulo de Geografia da População , para estudantes do 2º ano do 
curso de licenciatura em Ensino de Geografia, à semelhança dos restantes 
do ISCED, está estruturado como se segue: 
 
 
 
Páginas introdutórias 
• Um índice completo. 
• Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, 
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para 
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina / módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades,. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de auto-avaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes caracteristicas: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e actividades 
práticas algunas incluido estudo de caso. 
 
Outros recursos 
A equipa dos académicoa e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recóndito deste nosso vasto Moçambique e cheio de 
dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, apresenta 
uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu módulo para você 
explorar. Para tal o ISCED disponibiliza na biblioteca do seu centro 
de recursos mais material de estudos relacionado com o seu curso 
como: Livros e/ou módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para elém deste 
material físico ou electrónico disponível na biblioteca, pode ter 
acesso a Plataforma digital moodle para alargar mais ainda as 
possibilidades dos seus estudos. 
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de auto-avaliação apresntam duas caracteristicas: 
primeeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação, 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
11 
 
Parte das terefas de avaliação será objecto dos trabalhos de campo 
a serem entregues aos tutores/doceentes para efeitos de correcção 
e subsequentemente nota. Também constará do exame do fim do 
módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os exrcícios de 
avaliação é uma grande vantagem. 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza diadáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em goso de confiança, 
classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser melhorado. 
 
 
 
Ícones da Actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das 
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo 
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma 
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
 
Habilidade 
 
Objectivos de estudo 
 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. 
Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar a 
aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, 
dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se 
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante 
saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões com 
as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
4º Fazer seminário (debate em grupos),para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
12 
 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de 
estudo de caso se existirem. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido no início 
deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o 
ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em 
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de 
tarde/fins de semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num 
sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 
minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante 
um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria 
em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina 
bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar o 
útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada tema, 
no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo 
superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 10 
(dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à mudança de 
actividades). Ou seja que durante o intervalo não se continuar a tratar dos 
mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalhjo intelectual obrigatório, 
pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. 
Porque o estudante acumula um elevado volume de trabalho, em termos de 
estudos, em pouco tempo, criando interferência entre os conhecimentos, 
perde sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto, mas não 
aprende, cai em insegurança, depressão e desespero, por se achar 
injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma avaliação. 
Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda sistemáticamente), 
não estudar apenas para responder a questões de alguma avaliação, mas 
sim estude para a vida, sobre tudo, estude pensando na sua utilidade como 
futuro profissional, na área em que está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, 
deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será 
dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A 
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de 
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e pode 
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode 
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com 
13 
 
o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir 
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o 
dicionário sempre que surja um conceito cujo significado não conhece ou 
não lhe é familiar; 
Precisa de Apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como falta 
de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros ortográficos, 
falta de clareza, fraca visibilidade, páginas trocadas ou invertidas, etc). 
Nestes casos, contacte os seriços de atendimento e apoio ao estudante do 
seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, 
escreva mesmo uma carta participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes (Pedagógico e 
Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua aprendizagem com 
qualidade e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino a Distância 
(EAD), onde o recurso as TIC se torna incontornável: entre estudantes, 
estudante – Tutor, estudante – CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a 
oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com tutores ou 
com parte da equipa central do ISCED indigetada para acompanhar as 
sua sessões presenciais. Neste período pode apresentar dúvidas, tratar 
assuntos de natureza pedagógica e/ou admibistrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do 
tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que 
permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem com relação aos 
outros colegas. Desta maneira ficar’a a saber se precisa de apoio ou 
precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver habito de debater assuntos 
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos diferentes 
temas e unidade temática, no módulo. 
 
Tarefa 
 Avaliação e auto-avaliação 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas 
semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo 
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os mesmos 
devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
14 
 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os 
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do 
autor. 
O plágio é uma viloção do direito intelectual do(s) autor(es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, sem 
o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o 
respeito pelos direitos autoriais devem caracterizar a realização dos 
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
Avaliação 
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância, estando 
eles fisicamente separados e muito distantes do docente/turor!? Nós 
dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e 
concistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um 
mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os conteúdos do 
seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial conta com um máximo 
de 10%) do total de tempo do módulo. A avaliação do estudante consta 
detalhada do regulamentada de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizaos, durante estudos e aprendizagem 
no campo, pesam 25% e servem para a nota de frequência para ir aos 
exames. 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no mínimo 
75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, determinam a 
nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) trabalhos e 
1 (um) (exame). 
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como 
ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, 
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das 
referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, 
entre outros. 
Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de 
Avaliação. 
 
 
 
 
 
15 
 
TEMA I: CONSIDERAÇÕES GERAIS: CONCEITO E OBJECTO 
DE ESTUDO. 
UNIDADE Temática 1.1. Geografia da população: conceito, 
objecto de estudo e evolução 
UNIDADE Temática 1.2. A Evoluição do Pensamento da 
Geografia da População 
UNIDADE Temática 1.1.Geografia da população: conceito, 
objecto de estudo e evolução. 
 
Introdução 
Nesta Unidade, iremos discutir o conceito da Geografia da População 
bem como sua história, elementos que marcam a sua evoluicao no 
Mundo, no sentido epistemológica, sem se esquecer de fazer menção da 
relevância dos estudos populacionais para a Geografia. Destaca-se 
também nesta unidade, vamos nos aferir mais detalhadamente em como 
a população se torna um obbjecto de e um discurso que interessa a 
diversas esferas da sociedade, transformando-se em campos teóricos 
que explicam e projectam o comportamento das pessoas, idealizando a 
sua dinâmica. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 Objectivos específicos 
 
 Conceituar a geografia da população; 
 Idenficar o objecto de estudo da Geografia da População e as 
variáveis que estao implicado; 
 Reconhecer a relvancia dos estudos populacionais para a Geografia; 
 Descrever a evolução dos estudos demográficos 
 Demonstrar a relação de interdependência entre GPP e outras áreas 
cietificas afim. 
 
Conceito da Geografia da População 
Segundo larke (1972) citado por PACIONE (1986), a geografia da população é o 
estudo da variação espacial da distribuição, composição, migração e 
crescimento populacional. 
Nesse sentido, os geógrafos populacionais se debruçariam sobre as inter-
relações entre os ambientes físicos e a população, sendo o principal objetivo 
explicar essas inter-relações. É notório que tal definição é fortemente 
influenciada pelas abordagens geográficas tradicionais deterministas e 
16 
 
possibilistas, que focam exatamente na interação entre ser humano e meio 
ambiente. A força dessa definição é percebida pelo peso desse método de 
análise nas principais obras dedicadas ao tema nas primeiras décadas após 
a sua legitimação como subárea da geografia. Outra tentativa de definição 
destacada por Pacione (1986) é a de Pryor6, para quem a geografia da 
população é a análise e explicação dos fenômenos populacionais por meio 
do aspecto geográfico dos lugares e de suas variações ao longo do tempo no 
espaço. A concepção de Pryor não foge muito da apresentada por Clarke 
(apud PACIONE, 1986), só acrescenta a variável tempo como um elemento 
a mais a ser considerado pelo geógrafo e que está de acordo com a 
concepção de Beaujeu-Garnier, que pode ser verificada a seguir. 
Para Beaujeu-Garnier (1980), o geógrafo, quando trata da população, tem a 
função de descrever os fatos de acordo com os seus contextos ambientais, 
verificando suas causas, características e consequências. Segundo a autora, 
para esse fim o geógrafo usará ferramentas e dados de diferentes 
disciplinas, mas irá organizá-los de acordo com seu objetivo, que está 
enraizado à determinada situação na superfície terrestre. 
Por outro lado, segundo Zelinsky (1974), a geografia da população é a ciência 
que estuda as maneiras pelas quais os elementos populacionais variam no 
interior dos lugares geográficos através do tempo e do espaço, interagindo 
com numerosos fenômenos não demográficos. Para ele, o propósito 
fundamental dessa área está além de descrever onde as pessoas vivem, seu 
número e tipo. De forma categórica, Zelinsky (1974) afirma que geográfico 
não é sinônimo de localizacional, e que por isso a geografia da população 
deve focar o caráter interdependente das coisas que mudam no espaço, por 
meio da análise das causas e dos efeitos das transformações. As afirmações 
do autor são importantes por focarem elementos básicos do saber 
geográfico como homem e espaço, mas, sobretudo, por deslocarem a 
geografia da confortável e constrangedora condição de ser uma ciência que 
diz somente onde estão as coisas e, nesse caso, onde estão as pessoas. 
Zelinsky (1974) demonstra que o fazer geográfico está muito além de apenas 
dar a localização do fenômeno, este é apenas mais um instrumento para a 
compreensão do objeto de estudo. 
Numa tentativa de classificar as definições de geografia da população, 
Pacione (1986) usa trabalhos de Noin7 (1989), Bähe8 (1983) e Jones (1982) 
e separa as definições em amplas e restritas. Segundo Pacione (1986), as 
definições amplas são aquelas que enfatizam a distribuição espacial da 
população com base em elementos de seu crescimento e características 
estruturais. Já as definições restritas abordam a variação na dinâmica 
populacional por meio de componentes migratórios em diferentes escalas, 
com uma perspectiva espacial que desconsidera, na maioria dos. 
As décadas de 1980 e 1990 foram marcadas pelo surgimento de uma nova 
ordem mundial caracterizada pelo fim da bipolaridade, pela expansão da 
globalização, das ideias neoliberais e pela intensificação dos transportes e 
17 
 
comunicações. Tais transformações foram acompanhadas por 
questionamentos à ordem teórica preestabelecida. Era um mundo em 
ebulição que não exigia apenas respostas diferentes para os problemas, 
exigia também diferentes perguntas e metodologias. Nesse caminho, 
segundo Bailey (2005), a geografia da população também mudou. Para além 
dos modelos de geografia da população estabelecidos entre as décadas de 
1950 e 1970, diferentes abordagens surgiram sob influência das discussões 
que ocorriam nas ciências humanas de forma geral e na geografia em 
particular. Deste modo, novas correntes de pensamento como o 
materialismo, o estruturalismo, o culturalismo, o pós-estruturalismo, e o 
pós-colonialismo passaram a demandar uma forma diferente de fazer 
geografia da população (Bailey, 2005; King, 2011). Nesse contexto, outras 
demandas se misturavam a assuntos clássicos da subdisciplina na 
construção de uma miríade de temas de pesquisa, com destaque, segundo 
Bailey (2005, p. 165), para temas como migração (sedentarismo, 
nomadismo, nacionalismo e transnacionalismo), fecundidade (gravidez, 
paternidade e maternidade), mortalidade e morbidade (distribuição espacial 
das doenças), grupos etários (infância, adolescência, juventude, maturidade, 
população idosa, aposentadoria), casamentos, divórcios, minorias (questões 
de gênero, classe, sexualidade, questões raciais, étnicas, de nacionalidade, 
religião e família), etc. Apresentavam-se, assim, novas temáticas e 
questionavam-se os muros da subdisciplina que haviam sido erigidos entre 
1950 e 1970. Para Bailey (2005), o pluralismo passou a ser a palavra que 
marcava a geografia da população, se é que se poderia afirmar que ainda 
existia uma geografia da população, pois, como afirma o autor, a geografia 
da população como era conhecida até então não existia mais. 
De tal modo, a geografia da população aumentava suas possibilidades de 
análise deixando de ser uma gaveta fechada para se abrir às necessidades e 
potencialidades da sociedade contemporânea. 
Na visão de Zelinsky (1974:17), Geografia da População: “é a ciência que trata 
dos modos pelos quais o caráter geográfico dos lugares é formado por um 
conjunto de fenómenos de população que varia no interior deles através do 
tempo e do espaço, na medida em que seguem suas próprias leis de 
comportamento, agindo uns sobre os outros e relacionando- se com numerosos 
fenómenos não demográficos. 
Na longa definição acima, podemos extrair basicamente alguns elementos 
centrais, como “lugar”, “variação”, “tempo”, “espaço” e “comportamento”. 
O que aparentemente confunde com o estudo da Demografia. Portanto, 
achamos que a definição acima tenta esgotar aspectos estritamente 
geográficos, mais assim não responde, por exemplo, para entender a nova 
dinâmica populacional dos dias atuais que o bem diferencia dos velhos estudos 
populacionais, por sinal muitos comuns dentro do pensamento económico 
(como é o caso de Thomas Malthus). 
 
18 
 
“A Geografia da População é o campo de estudo (portanto, com certo carácter 
científico) dos processos demográficos, analisados em uma perspectiva 
temporal e principalmente espacial, na tentativa de explicarsua dinâmica 
permanente, da qual organiza o espaço produzido pelo homem, buscando 
entender o carácter diferenciado de sua distribuição espacial. 
 
POPULAÇÃO E GEOGRAFIA: um breve histórico na construção de 
objecto de estudo 
O estudo da população está presente na Geografia praticamente desde o 
seu inicio, sendo, no entanto, bastante incipiente no começo do século 
XX, não contando com produções específicas. A população era tratada 
como “o primeiro capítulo dos manuais ou tratados de geografia 
humana” ou enquanto “primeira aproximação da diversidade espacial 
produzida pelo homem” (Damiani, 2009, p. 48) 
No entanto, fica evidente em obras como Princípios de Geografia 
Humana, de Vidal de La Blache, na qual afirma-se que “na apreciação das 
relações entre terra e homem, a primeira pergunta deve ser de que forma 
está distribuída a espécie humana na superfície terrestre, determinando 
em que proporções numéricas ocuparia as diferentes regiões” (Damiani, 
2009, p. 48). Esta sentença torna claro também o principal objeto de 
investigação acerca da população para os autores clássicos: a sua 
distribuição pelo globo e as causas das diferenças nas ocupações do 
ecúmeno. 
Outro ponto em que se debruçavam os geógrafos estudiosos da 
população era o das características dos grupos humanos e de como eles 
se adaptavam às variações naturais – especialmente as climáticas – do 
planeta. Com forte influência da Biologia, ciência de grande status no 
inicio do século passado, o estudo dos grupos humanos estava voltado 
para a compreensão da concentração diferenciada das “raças originais” 
no planeta, a partir das condições de adaptação e aclimatação das 
mesmas. Não é surpresa que nestes estudos estava presente uma 
posição colonialista, em que a aclimatação do grupo caucasiano aos 
climas quentes e úmidos era uma preocupação por parte dos estudiosos. 
É possível identificar fragmentos de perspectiva semelhante em obras 
como Geografia de População, de Beaujeu-Garnier, em que a autora 
afirma: 
O corpo humano pode adaptar-se a seu ambiente natural. Talvez uma 
adaptação operada durante milhares de anos possa ser percebida na 
distribuição das raças negra e branca, pois o homem branco é o 
habitante natural da zona temperada e o negro da região quente. 
19 
 
Este concentra-se, indubitavelmente, mas bem adaptado que aquele à 
vida nas regiões quentes: a forte pigmentação de sua pele forma uma 
espécie de tela que o coloca “na sombra”, por assim dizer, e lhe 
permite trabalhar nu, reduzindo assim a quantidade de sal que perde 
pela evaporação; o grande número de glândulas sebáceas que lhe dão 
maior capacidade para transpirar, a multiplicidade de capilares 
sanguíneos subcutâneos (…), tudo isso permite-lhe manter mais 
facilmente seu equilíbrio térmico. (1971, p. 42) 
No entanto, o fim da 2ª Guerra representa o início de grandes 
transformações para as ciências, assim como para as esferas sociais, 
politicas e econômicas. O aprofundamento das relações de produção 
capitalistas e a intensificação dos processos de industrialização e 
urbanização exigiram das ciências novas formas de entender o mundo e 
para a Geografia, em particular, estas exigências não poderiam mais ser 
atendidas pelas análises tradicionais. 
A complexidade das relações espaciais não podia mais ser compreendida 
a partir de uma perspectiva de condicionamento natural ou ainda a partir 
da análise dos gêneros de vida, vistos que esses representavam 
sociedades mais elementares e agrícolas. A diminuição progressiva da 
simbiose homem- meio natural nas sociedades industriais no pós-guerra 
e o aumento do número de grandes cidades são fatores importantes que 
explicam os novos direcionamentos das análises populacionais, mas 
pode-se dizer que um fator ainda mais significativo foi o grande aumento 
da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos. 
O fato impulsionou o surgimento de uma nova Geografia da População, 
que passava a contar agora com estudos próprios, transformando-se em 
uma disciplina acadêmica (processo este incentivado também pelo 
crescimento da ciência demográfica). 
Neste contexto, um nome importante foi o de Pierre George, geógrafo 
de grande produção na área de população 1 . Seus trabalhos 
representaram uma ruptura com diversos aspectos clássicos nos estudos 
populacionais, como a própria distribuição dos povos pelo planeta, agora 
entendida a partir da organização da produção capitalista e não mais por 
fatores biológicos e culturais, o que caracteriza uma ênfase economicista 
neste momento histórico, para essa disciplina recém criada. 
Objecto de estudo da Geografia da População 
De início, é evidente que o aspecto do ONDE deve aparecer em primeiro 
lugar, isto servindo como instrumento inicial de análise, mesmo sabendo 
de suas limitações explicativas. 
 
1 Entre seus principais trabalhos na área podemos citar: Demogeografia (1955), 
Geografia da População (1969), População e Povoamento (1972) e Populações Ativas 
(1979). 
20 
 
Nessa linha de abordagem, o elemento inicial seria explicar os motivos e 
causas de distribuição da população no espaço geográfico. Veja que não 
utilizamos a expressão superfície terrestre, sendo esta herança da 
chamada Geografia Clássica e a mera indicação é frágil para explicarmos 
as complexidades do mundo de hoje e particularmente de uma realidade 
dominada pelo capitalismo em sua fase de domínio das grandes 
empresas e da força do sistema financeiro. 
Daí a dificuldade de se construir o campo de estudo da Geografia da 
População, isso até para não cairmos na armadilha de estarmos fazendo 
Demografia, Sociologia da População, ou ainda da Economia Demográfica. 
Entretanto, temos o triunfo da tradição, quando a disciplina é uma das 
mais antigas e ao mesmo tempo é uma das mais modernas, quando, por 
exemplo, relacionam problemas de natureza ambiental e de recursos 
naturais e a chamada pressão demográfica ou da superpopulação 
aparece como marco de ser analisado e estudado. 
Para melhor esclarecer ao estudante. A questão da distribuição da 
população no espaço é à base do estudo, isso naturalmente associado às 
causas e motivos dessa desigualdade espacial observada. 
Um segundo ponto seria a relação população-recursos naturais. Mas não 
devemos esquecer que essa relação não é meramente mecânica. 
A tendência mundial da população morar e viver nas áreas urbanas não 
significa necessariamente que isso estaria relacionado com o fenómeno 
do desequilíbrio crescimento populacional e recursos naturais limitados. 
E na verdade seriam outras causas, particularmente mais relevantes, que 
propriamente essa relação de causa e efeito. 
Afinal, a necessidade e o domínio de um sistema económico onde tudo 
se transforma em mercadoria (logo, para viver deve ter dinheiro no 
bolso), obrigam que actualmente milhões de pessoas se desloquem do 
campo ou de um pequeno aglomerado urbano, migrando para uma 
cidade maior, buscando trabalho e uma nova vida, onde se compra tudo. 
E finalmente um terceiro elemento estaria na importância do estudo de 
diversas variáveis como as variáveis biológicas, este apresentado, por 
exemplo, pela taxa de natalidade, mortalidade, faixa etária, distribuição 
por sexo, etc. Ou ainda, nas variáveis culturais, como o número de 
casamentos, divórcios, tamanho médio da família, etnia, raça, etc. E para 
completar pelas variáveis sócias económicas, como renda familiar, 
condição de moradia, qualificação profissional, nível de escolaridade, etc. 
Lembrando mais uma vez, que, todas essas variáveis não podem ser 
vistas isoladamente, para no conjunto e ainda mais importante: a análise 
de sua dinâmica para explicar determinada localidade como país ou 
região é o verdadeiro campo de estudo da Geografia da População. 
Completa-se também a importância da representação demográfica, com 
base na construção de mapas, isso servindo como instrumentodos 
estudos sobre população. 
 
21 
 
Paradigma da interdisciplinaridade da Geografia da 
População 
 
A Geografia da População começa a ganhar destaque academicamente 
na década de 1950 (apesar de os estudos nesta área serem bem mais 
antigos, porém não sistematizados, como se discorrerá mais adiante), 
impulsionada pelos avanços na Demografia e o seu consequente alcance 
de status cientifico. 
Na década seguinte, as pesquisas nas duas áreas ganharam amplitude e 
passaram a ocupar um importante lugar nas políticas governamentais, 
em um momento em que o mundo debatia os impactos do crescimento 
vegetativo para o desenvolvimento dos países pobres. Desde então, os 
avanços técnicos no campo da Demografia aumentaram 
significativamente. 
É neste contexto, que proporcionou-se uma maior sofisticação e precisão 
no tratamento dos dados estatísticos; o que também beneficiou os 
estudos populacionais na Geografia. O que ocorre nas décadas seguintes 
é o esgotamento da temática – ate então central para as duas áreas – 
crescimento populacional x desenvolvimento econômico e o resultado 
disso para a Geografia da População foi uma aparente estagnação teórica 
e metodológica nas décadas de 1980 e 1990. As temáticas mostravam-se 
repetitivas e, em algumas vezes, aproximava os estudos do censo 
comum, explicitando os fenômenos por eles mesmos sem explicar sua 
realidade, apenas descrevendo-os (MormuL & Rocha, 2012, p. 143). 
Ainda, nos anos de 1950 a Geografia da População passa a contar cada 
vez mais com a influência de outras áreas, como a Sociologia, Estatística, 
História e Economia mas em especial a Demografia, ciência que passou a 
ocupar posição cada vez mais importante diante da nova realidade 
econômica e social. Recenseamentos ficaram mais frequentes, contando 
com novos métodos e técnicas de análise, cada vez mais sofisticados e 
precisos. 
Para Amélia Damiani, apesar deste estreitamento das análises 
demográficas e geográficas ter representado maior controle sobre os 
dados populacionais (inclusive dos dados qualitativos) ele representou, 
ao mesmo tempo, um comprometimento metodológico, na medida em 
que pressupõe um caminho padrão para as análises populacionais, que 
iniciariam sempre a partir dos números para depois serem explorados 
por outros ramos da geografia. Isso significaria um engessamento no 
estudo das complexidades históricas dos povos e das suas estruturas 
econômicas, sociais e políticas. (2009, p. 61). 
A geografia populacional irá buscar ainda conceitos de outras áreas de 
estudo como a biologia, da qual mesclada a conceitos básicos desta, irá 
desenvolver conceitos amplamente difundidos em distintas áreas, como 
22 
 
as taxas natalidade, mortalidade, faixa etária, distribuição por sexo, etc. 
Pode-se ainda elaborar variáveis baseadas em estudos culturais, como o 
número de casamentos, divórcios, etnia, raça, entre outras. Teremos 
ainda variáveis de cunho sócio-economico, como renda familiar, 
condições de moradia, qualificação profissional, nível de escolaridade, 
além de muitas outras. 
 
As pesquisas sobre população estão presentes em muitas ciências, e a 
forma como cada uma aborda esta temática, também, é diferenciada. A 
Geografia na maioria das vezes discute a população priorizando a 
questão da migração, ou a questão da distribuição. Contudo, sabemos 
que não encontraremos manifestações “puras” dos estudos 
populacionais na ciência geográfica, encontraremos sim, momentos de 
maior adesão aos estudos de população. No entanto, o que objectiva-se 
dialogar como outras ciências que contribuem com o tema. 
A Antropologia, por exemplo, é um ramo do conhecimento que possui 
um olhar peculiar para os conjuntos humanos, em especial, pelo rápido 
desenvolvimento numérico da espécie já que isso afecta, sobremaneira, 
o bem-estar da humanidade. Discute também que os “problemas” de 
população apresentam aspectos próprios que pertencem a cada 
continente, a cada país, que possuem condições geográficas, ecológicas 
e demográficas e socioeconómicas muitas vezes diferenciadas. Para a 
Antropologia a população é uma unidade social onde os indivíduos estão 
unidos pela língua, pelos traços culturais e também pela história. Na 
maior parte das vezes a população é tratada como comunidade ou povo, 
ou seja, um grupo de indivíduos que se ligam por meio de 
reconhecimento social, pelas afinidades culturais e até pela proximidade 
geográfica. Desde modo, as discussões sobre desigualdade social, 
distribuição de renda, exploração da força de trabalho, migrações, não 
são temas abordados de forma categórica pela Antropologia, já que esta 
ciência está mais preocupada a trabalhar e entender os hábitos das 
pessoas e como essas se relacionam com o meio. 
É válido destacar que os estudos de população na Geografia, podem ser 
melhor compreendidos se postos no contexto histórico em que foram 
produzidos, não trata-se de realizar uma leitura linear da história, mas 
entender as forças políticas, económicas e culturais que influenciaram o 
modo como às pessoas se organizam e vivem socialmente. 
Entre os economistas a dinâmica populacional é um processo que 
precisar ser mais bem compreendido, a fim de se poder traduzi-los numa 
série de dados que possibilitam optar de forma consciente entre: 
adequar à população a estrutura vigente; adequando-as ao 
desenvolvimento económico, ou as eventuais mudanças institucionais 
atreladas à população. A Economia, sobremaneira, é uma área que 
discute os temas associados a população, vinculando-as, sobretudo, com 
as questões das políticas públicas, e os assuntos referentes ao 
23 
 
planeamento urbano e também regional, e buscam “harmonizar” os 
interesses económicos com a dinâmica da população (crescimento 
vegetativo, natalidade, fecundidade, mortalidade, etc.). 
O interesse pela população não constitui um fenómeno novo: 
modernamente, desenvolve-se de maneira coerente com a própria 
Demografia, datando das preocupações manifestadas pelos teóricos do 
Estado e da economia política, do mercantilismo ao liberalismo, 
passando pela fisio cracia. Entretanto, é no final do século XIX que 
evidências empíricas mais consistentes a esse respeito puderam ser 
observadas, em especial no noroeste da Europa. Com novos 
instrumentos nas mãos, os estudiosos da população constatavam um 
crescimento demográfico substantivo, que demandava hipóteses 
explicativas. Em outras palavras, procurava-se elucidar a história recente 
de uma parcela da população europeia que havia passado de um estado 
de recente equilíbrio, com níveis elevados de natalidade e mortalidade, 
para uma fase que anunciava outro equilíbrio, mas com níveis baixos de 
natalidade e mortalidade (NADALIN, 2004, p.126). 
Em síntese, a população não é um conceito numérico, por isso uma só 
ciência não da conta de explicá-la. A Demografia, por exemplo, ciência 
com maior destaque nos estudos populacionais não pode ser sozinha 
uma companheira da Geografia. Neste sentido, reforça-se a ideia que os 
estudos sobre população tornam-se mais “completos” na medida em que 
os diálogos entre as ciências se tornam mais profícuos. Ao abordar os 
temas populacionais, muitas ciências podem contribuir a seu modo, a 
Biologia com suas teorias e formulações, a Antropologia e os estudos a 
partir da colectividade, a Filosofia e as prospecções sobre o individuo, a 
Economia, enfim várias ciências, neste sentido, a interdisciplinaridade 
desempenharia um papel importante para o enriquecimento deste tema, 
sobretudo, para o aprimoramento da ciência geográfica acerca do tema. 
Pierre George é um pesquisador importante para a Geografia e devemos 
a ele a difusão da Geografia da População, a obra dele é uma porta de 
entrada para os interessados nos assuntos populacionais na Geografia, 
contudo, precisa ser analisada cuidadosamente, para que não se faça 
uma discussão descolada da realidade. 
O autor em Sociologia e Geografia (1974) faz um estudo sistematizado 
entre a Sociologia e a Geografia, apresentandotemas que se 
correlacionam entre si, portanto, há um capítulo específico sobre o 
número que nos chama atenção pela forma como o autor trabalha com 
os dados e faz a crítica aos estudos quantitativos por eles mesmos, isso 
denota um amadurecimento por parte do autor que ao relacionar as 
questões sociais com as demográficas, atribuiu mais dinamismo aos 
assuntos populacionais. Dessa forma, percebemos que a Sociologia é 
uma grande parceira nos estudos de populacionais, e com isso, podemos 
encontrar outros caminhos e percorrer diferentes espaços antes não 
detidamente estudados, sobretudo, pela Geografia e nesta troca 
interdisciplinar está o enriquecimento de temas como a População. 
24 
 
Contudo, não somos especialistas em todas as áreas, mas reconhecemos 
que a troca de conhecimentos entre algumas áreas, sobremaneira, 
aquelas definidas como ciências humanas, podem contribuir para que 
temas como população passassem a ser estudada de forma mais 
comprometida, inclusive, pela Geografia. Apesar, de reconhecer a 
fragmentação imperante da chamada ciência moderna. 
O estudo da população na Geografia exige o aporte de outras ciências 
sociais como a Economia Política e a Sociologia, para explicar o porquê 
do lugar de pessoas nas classes sociais, a perda dos indivíduos na 
coisidade da força de trabalho do homem genérico, ao mesmo tempo 
submetido na sociedade, não por obra do acaso, mas das leis sociais 
dominantes (RIQUE, 2004, p.30). 
Infelizmente, os estudos populacionais na Geografia acabam explicitando 
os fenómenos por eles mesmos, ou seja, não explicam a realidade do 
fenómeno, na maior parte das vezes descreve-os, e descrever a realidade 
apenas não significa produzir ciência. Neste sentido, o modo como são 
interpretados e analisados os dados da população pautados numa visão 
empirista, torna o estudo da população, bem como de suas variáveis 
como algo estanque e distante da realidade. 
Diante disto, defende-se que os fenómenos são manifestações parciais 
da realidade, isto é, manifestação aparente da realidade. Nenhum 
fenómeno encontra explicação apenas na aparência. É preciso entender 
o contexto as contradições e a gama de relações que produzem 
determinado fenómeno, para que se possam entender seus 
determinantes, suas implicações, e talvez encontrar a raiz do problema e 
como isso transformá-lo. 
Olhar para o “lugar” da população na Geografia é também tentar 
entender os reposicionamentos do mesmo no interior da trajectória 
desta ciência. Ao realizar, portanto, este exercício teórico, acredita-se 
que o mesmo permitirá um melhor entendimento das dinâmicas internas 
que marcam o campo científico da Geografia e que ainda, mesmo que de 
forma residual, estão presentes nos processos ligados ao entendimento 
desta questão. Para além da periodização estanque entre diferentes 
correntes do pensamento geográfico, comummente utilizada quando se 
estuda a história da Geografia, a leitura é dialéctica e não linear. A 
intenção é focar mais nas ideias, conceitos do que nas correntes e 
generalizações. Investigando as produções de alguns autores, buscando 
entender suas perspectivas, seu tempo e a forma como concebiam e 
acreditavam ser a Geografia que realizavam e com isso entender os 
posicionamentos e reposicionamentos dos estudos populacionais na 
denominada Geografia Humana e na Geografia da população. 
 
25 
 
Sumário 
Nesta unidade temática, concluimos que, a Geografia 
da População, é um ramo da geografia (humana) que 
análisa descreve e interpreta a composição, 
distribuição, as migrações e o crescimento da 
população, em relação com o espaço. A distribuição dos 
homens sobre a Terra traz ao mesmo tempo a marca 
dos caracteres originais das civilizações e dos 
condicionamentos ecológicos. 
 
Ainda, aferimos que a Geografia da População permite, 
com efeito, pôr em evidência ao modo como os 
factores técnicos e os factores ecológicos interferem: 
refere a existência de escalões caracterizados por 
certos regimes demográficos e por uma certa 
capacidade de dominar o ambiene. Prepara assim, a 
compreensão dos sistemas regionais de organização do 
espaço. 
 
Exercícios de Auto-
Avaliação 
1- Geografia da população é o ramo de 
conhecimento geográfico que identifica e 
analisa os fenómenos, tais como: 
A. sociedade- disponíveis; 
B. sociedade e recursos minerais; 
C. sociedade- recursos naturais; 
D. Todas as opções estão certas. 
 
2- Na perspectiva da Geografia da Populacional, 
é investigada a partir da especialização dos 
seguintes aspectos: 
A- crescimento, migrações, estruturas e 
distribuição populacional; 
B- crescimento, natalidade, mortalidade e 
distribuicao populacional; 
C- crescimento vegetativo, população activa e a 
morbidade; 
D- migrações, mortalidade e natalidade. 
 
3- O estudo da população está presente na 
Geografia praticamente desde o seu inicio, 
https://www.google.co.mz/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiVn8ubsarQAhVF7hoKHW5YC70QjRwIBw&url=https://twitter.com/bertaspaini/media&bvm=bv.138493631,d.ZGg&psig=AFQjCNHmnptONjxAKQuNgWYa1LVaRw_9gQ&ust=1479286271409070
https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8
26 
 
sendo, no entanto, bastante incipiente no 
começo do século: 
A- XVIII B- XIX C- década 50 D - XX 
 
4- O principal objeto de investigação acerca da 
população para os autores clássicos: 
A- Distribuição pelo globo com as suas 
actividades; 
B- Distribuição pelo globo e as causas das 
diferenças nas ocupações do ecúmeno; 
C- Distribuição pelo globo e sua migração; 
D- Todas as opções estão certas. 
 
5- O início de grandes transformações para as 
ciências, assim como para as esferas sociais, 
politicas e econômicas, foi: 
A- decáda 40 B- 2° guerra Mundial C- decada 
70 
D- Todas as opcoes estao certas. 
Correcção: 
1 2 3 4 5 
C A D B B 
 
Exercícios de Avaliação 
1- Seus trabalhos representaram uma ruptura 
com diversos aspectos clássicos nos estudos 
populacionais: 
A. Beaujeu-Garnier B. de Vidal de La 
Blache 
C. Augusto Comte D. Pierre George 
 
2- A Geografia da População começa a ganhar 
destaque academicamente na década de: 
A - 1945 B - 1950 C- 1960 D - Todas 
as opcões estão certas 
 
3- Desde então, os avanços técnicos no campo da 
Demografia aumentaram significativamente: 
A- debatia os impactos do crescimento 
vegetativo para o desenvolvimento dos países 
pobres; 
B- Os impactos do crescimento vegetativo para o 
desenvolvimento dos países do primeiro mundo; 
C- Os impactos do crescimento vegetativo para 
o desenvolvimento dos países da Europa; 
https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8
27 
 
D- Todas as opções estão erradas. 
 
4- Nos anos de 1950 a Geografia da População 
passa a contar cada vez mais com a influência de 
outras áreas, como: 
A- Estatística, História, Economia, Demografia e 
sociologia; 
B- Sociologia, Física, Astronomia e Matematica; 
C- Astronomia, filosofia, Matemática e 
Economia; 
D- Todas as opções estão certas. 
 
5- O que ocorre nas décadas seguintes é o 
esgotamento da temática, restando apenas ao 
estudo de: 
A- Aumento de natalidade X desenvolvimento 
econômico 
B- Crescimento vegetativo X desenvolvimento 
econômico. 
C- Crescimento populacional x desenvolvimento 
econômico 
D- Todas as opções estão certas. 
Correcção: 
1 2 3 4 5 
D B A A D 
 
UNIDADE Temática 1.2. A evoluição do Pensamento 
da Geografia da População. 
 
IntroduçãoPartindo do pressuposto que a população se torna um 
objecto e um discurso que interessa a diversas esferas da 
sociedade, transformando-se em camps tóricos que 
explicam e projectam o comportamento das pessoas, 
idealizando a sua dinâmica. Para isso, é necessário 
vaiajar um pouco no olhar da população no tempo. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
 Objectivos específicos 
 
28 
 
 Descrever o percurso histórico da evolução da Geografia da 
populacao como ciência 
 Caracterizar as diferentes fazes da evolução dos estudos da 
geografia da populacao 
 
Institucionalização da geografia fia da população 
 Apesar do frequente aparecimento do tema população no 
conhecimento geográfico ao longo de sua história, a institucionalização 
dessa área como um campo específico da ciência geográfica só ocorreu a 
partir da década de 1950. Segundo Peréz (2010), a sua legitimação como 
uma subárea da geografia ocorreu com o discurso do então presidente 
da associação de geógrafos americanos Trewartha, em 1953, no qual ele 
afirmou que o grande foco da geografia da população é estudar a 
diferença de população entre áreas. Essa afirmação, de acordo com Peréz 
(2010), influenciou os trabalhos de geografia da população que se 
desenvolveram nos períodos iniciais dessa subdisciplina. 
Nesse sentido, Bailey (2005) alega que a diferenciação da população de 
distintas áreas, que influenciou a geografia da população desde o início, 
foi usada para realçar as especificidades populacionais e assim justificar 
as ambições coloniais, mesmo antes de a geografia da população ser 
institucionalizada, o que de certa forma demonstra o uso da geografia da 
população para atender aos interesses do Estado. E foram os interesses 
do Estado que até certo ponto contribuíram para que a geografia da 
população fosse institucionalizada a partir da década de 1950. Após a 
formação dos Estados Nacionais e a laicização dos governos, o Estado se 
transformou no principal mecenas das ciências e, por isso, muitas das 
vezes os temas de pesquisa foram escolhidos de acordo com as 
conveniências desse patrono. 
Com a Segunda Guerra Mundial, a reconstrução da Europa e o desenrolar 
da Guerra Fria colocaram a população no centro das preocupações 
mundiais. O aumento da taxa de natalidade pós-guerra, a demanda por 
mão de obra e as migrações internacionais transformaram-se em 
questões de interesse estratégico para os Estados em uma ordem bipolar. 
Tanto os capitalistas queriam entender a dinâmica populacional para 
identificar as potencialidades e vulnerabilidades para a economia, 
quanto os socialistas queriam fundamentar os seus planos económicos. 
Todo esse contexto criou um solo fértil para o desenvolvimento de uma 
análise geográfica que atendia as demandas dos Estados que, por sua vez, 
criaram as condições institucionais para a estruturação da geografia da 
população (BAILEY, 2005). 
Noin (2005) concorda que a década de 1950 marcou uma virada nos 
estudos de geografia da população e, para justificar seu pensamento, 
apresenta dados como o lançamento de livros especificamente sobre 
geografia da população, o surgimento de cadeiras dessa área no ensino 
universitário de geografia e o aumento do percentual de pesquisas sobre 
o tema nas revistas e congressos de geografia. Além disso, atribui o 
fortalecimento da geografia da população nesse período ao surgimento 
29 
 
de novas técnicas de levantamento de dados populacionais e à sua 
disponibilização nos mais diversos países. 
Apesar desse fortalecimento da geografia da população só ter acontecido 
a partir da década de 1950, Noin (2005) alerta que o desenvolvimento 
tardio da geografia da população em relação à história da ciência 
geográfica como um todo não deve ser confundido com uma falta de 
interesse dos geógrafos anteriores pelo tema. Pelo contrário, segundo 
Noin (2005), a população sempre foi um elemento de curiosidade dos 
geógrafos e por isso foi tratada pelos mais diferentes pesquisadores ao 
longo da história da ciência geográfica e até mesmo antes de essa ciência 
ser formalizada. De certa forma, uma análise da evolução do pensamento 
geográfico confirma a afirmação de Noin (2005), pois demonstra como o 
tema população sempre apareceu de maneira transversal no 
desenvolvimento da geografia como ciência e como conhecimento 
humano. 
Para Bailey (2005), a geografia da população que se praticava antes de 
sua institucionalização baseava-se, assim como a geografia de forma 
geral, nos usos dos conceitos de espaço, ambiente e lugar como 
fundamento para a interpretação dos fenômenos populacionais. Dessa 
forma, interessava aos estudiosos verificar como as populações se 
distribuíam e se relacionavam no espaço, interpretando tal distribuição 
como um conjunto de fixos e fluxos; perceber as influências do meio 
físico nas condições de adaptação da população ao ambiente e suas 
consequências sobre os padrões de desenvolvimento; bem como 
entender os efeitos da relação subjetiva e cultural do lugar sobre os 
elementos demográficos (natalidade, mortalidade, envelhecimento, 
fecundidade etc.) e locacionais da população. Tais conceitos, na visão de 
Bailey (2005), ainda influenciam a geografia da população, mas foram 
sendo moldados desde então pelo contexto espaço temporal que 
caracterizou o desenvolvimento das ciências de forma geral e pelo 
enquadramento da geografia da população por meio de sua 
institucionalização. 
Bailey (2005) também afirma que o período entre 1950 e 1970 foi a fase 
de maturação da ideia de geografia da população e cita duas razões para 
que isso acontecesse naquela época, que vão ao encontro das razões 
apresentadas por Noin (2005). A primeira é que diferentes geógrafos 
fizeram declarações conceituais sobre geografia da população nesse 
período, como é o caso de Glenn Trewartha (já citado), Beaujeu-Garnier 
e Wilbur Zelinsky. Todos, em suas declarações, destacaram a importância 
dessa subdisciplina para a geografia. Além disso, uma série de textos 
influentes que tratavam sobre o tema foram escritos na mesma época 
como consequência dos comentários desses três geógrafos. Contudo, 
Bailey (2005) ressalta que havia diferenças nas concepções de geografia 
da população apresentada por cada um desses protagonistas nessa fase 
inicial. 
 
30 
 
Geografia da População: Na Antiguidade 
As preocupações relativas a quanto são, quem são e como vivem os 
habitantes do planeta, não são recentes. No decorrer dos séculos, as 
visões sobre a dinâmica populacional foram sendo alteradas em função 
do próprio desenvolvimento da humanidade. 
 
Entre esses registos, estão os escritos bíblicos onde se encontram 
indicações de estímulo a facundidade, caracterizadas pela expresão 
“sede fertis e multiplicais vos“, e também muitas citações que tratam 
dos movimentos migratórios dos povos bíblicos. Exemplo: a saida dos 
hebreus do Egipto para o local onde hoje é Israel. 
 
Depreende-se que nos discursos mais antigos já aparecem discursos em 
que os termos fecundidade, mortalidade e migrações são verbalizados 
para dar entido a dinâmica dos povos pelo espaço. 
 
Antigos filosófos chineses reconheceram a noção de “distribuição ótima 
da população” através da movimentação de indivíduos de terras 
superpovoadas para outras subpovoadas; eles eram favoráveis ao 
aumento da população por meio do casamento e procriação. 
 
Os filosofos gregos Platão (427 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (348 a.C – 222 
a.C) defendiam necessidade de otimizar o tamanho da população e da 
terra (no sentido território), para que a defesa e a segurança pudessem 
ser maximizados, os recursos pudessem ser adequados para o povo e o 
governo pudessem utilizá-los de forma eficiente. 
Nesse sentido, eles consideravam que o tamanho da população e a sua 
distribuição eram elementos fundamentais a concretização de seus 
ideias acerca da “Cidade-Estado”. 
Para Platão, o problema da superpopulação deveria ser solucionado com 
a prática docontrole de nascimentos e de políticas de colonização, 
enquanto o subpovoamento seria revertido através do incentivo ao 
aumento da taxa de nascimentos e da migração. Já os romanos, em plena 
fase de conquista de terras (Império Romano), eram amplamento 
favoráveis ao crescimento da população visando à disponibilidade de 
homens para ocupar e manter as áreas conquistadas. 
 
A Geografia da População no medival 
Os líderes religiosos hebreus, cristãos e muculumanos, assim como os 
escritores, estimularam a expansão populacional. Nesse período, tem-se 
a constituição da sociedade feudal, que tem no feudo a sua unidade 
31 
 
básica de produção. Na organização espacial do feudo existia a moradia 
do senhor feudal e sua familia, a vila ou aldeia habitada pelos servos e as 
terras onde se produziam as mercadorias necessárias à subsistência da 
população. 
A maior parte da sociedade feudal era formada por servos, trabalhadores 
semi-livres que não detinham a propriedade da terra. Em um outro grupo 
social estavam os senhores feudais ou nobres, que formavam a 
aristócracia dominante e possuiam a propriedade da terra. No 
feudalismo, as possibilidades de mudança de grupo social era restritas. 
No entanto, com a crise do feudalismo as relações socioespaciais foram 
alteradas, emergindo as condições para o ressurgimento das actividades 
comerciais entre regiões – ate então fechadas em torno do feudo. O 
mercantilismo pode ser entendido como o período em que as trocas 
comerciais foram ampliadas, alargando as fronteiras do mundo 
conhecido, e os papéis do Estado e da Igreja foram definidos na 
organização social. 
De acordo com Milone (1991, p. 13), nesse período, a acumulação de 
dinheiro e de pedras preciosas e o estímulo ao comercia exterior e ao 
desenvolvimento das manufecturas fortaleceram o poder do “Estado” 
para intervir na actividade economia e no tamanho da população. 
O Estado, rico e poderoso, era dectentor dos meios capazes de interferir 
na dinâmica populacional,em função do discurso da adequação do 
número de habitantes às condições de vida que o território seria capaz 
de oferecer. No contexto, da intensificação das actividades comerciais 
ocorreu o reavivamento das cidades e a desestruturação dos feudos. 
Depreende-se que a preocupacao com a populaço não é recente; os 
aspectos que envolvem a dinâmica populacional, isto é, seu crescimento 
e mobilidade, são alvo da reflexão de estudiosos desde época remotas. 
Na base dessas análises, subentende-se a relação entre população e 
espaço. 
A moderna Geografia da População 
De maneira substancial, a discussão sobre a população assumiu maior 
relvância no seculo XVIII, tendo como foco os aspectos voltados para a 
relação entre crescimento populacional e os meios de subsistência 
disponíveis. Nessa direccao, a natureza é vista como o “estoque de 
recursos”e homem, separado dessa natureza, é um “objecto” que pode 
ser quantificado, transformado em números estatísticos que servem à 
produção e ao consumo. 
Percebe-se que às ideias de um homem racional, político, reliogioso e 
espirítual legadas pela Antiguidade e Renascimento, acrescentam-se 
outras capazes de modificar as nacões anteriores. 
A geografia vai estudar a dimensao desse homem em sua especialização 
“homem estatístico” gestado na Modernidade, é a essência dos estudos 
32 
 
populacionais. Na Geografia da População, o “homem estatístico” e 
componente que possibilita revelar a síntese da equação natureza versus 
consumo . Nessa equação, a natureza é vista como meio ou recurso a ser 
apropriado e transformado em produtos que servem ao consumo e à 
satisfacao da sociedade. O homem é o sujeito responsável pela 
manipulacao da natureza atravez da tecnica e do conhecimento 
(Moreira, 2006, p. 89). 
Novas tendencias entre as décadas de 1950 e 1970, a ciência 
demográfica, alavancada pelos avanços técnicos nos Estados Unidos e na 
Europa, passa a dirigir seus estudos para um tema em especial, o do 
crescimento populacional nos países subdesenvolvidos, que logo viria a 
ser tratado como a “explosão demográfica”. Ressurgem assim, os 
princípios malthusianos do final do século XIX, agora, repaginados: ao 
invés da falta de alimentos, seria o subdesenvolvimento (ou a 
manutenção desta situação) a consequência direta do crescimento 
populacional. A ênfase no enfoque neomalthusiano estabelece, neste 
momento, uma forte vinculação entre produção científica e interesses 
políticos de controle populacional. 
À medida que a temática populacional crescia em importância, a 
Geografia da População passa a contar com uma maior diversificação de 
temas trabalhados e com o aumento de produções específicas, 
destacando-se autores como Zelinsky, Therthawa, Beaujeu-Garnier entre 
outros. Estes estudiosos se debruçam também em questões teóricas, 
buscando assim uma definição mais precisa do campo de atuação desta 
disciplina. 
Para Zelinsky (1974, p. 17), a Geografia da População seria a “ciência que 
trata dos modos pelos quais o caráter geográfico dos lugares é formado 
por um conjunto de fenômenos de população que variam no interior 
deles através do tempo e do espaço (...)”. 
Além da definição conceitual, o autor buscou delimitar e diferenciar os 
campos de atuação do demógrafo e do geógrafo da população, 
afirmando que este lidaria com a análise geográfica dos fenômenos de 
população (que seria a compreensão das interrelações entre aspectos 
espaciais da população e demais elementos da área estudada), enquanto 
o demógrafo trataria da “natureza intrínseca, dos atributos universais 
da população, dos princípios sistemático que governam sua 
composição, (…) seu comportamento e mudanças” (1974, p.13). 
Com intuito de proporcionar ainda mais destaque à Geografia da 
População, Trewartha (1960) defendeu que a mesma deveria ser um 
ramo autônomo dentro do grande campo da Geografia, constituindo-se 
em uma terceira divisão fundamental da ciência, colocando-se ao lado da 
Geografia Física e da Geografia Humana. Ora, se ainda hoje os geógrafos 
tentam superar a dicotomia original desta ciência, uma tripartição da 
mesma seria um retrocesso epistemológico, e talvez por este motivo, 
esta tese não tenha sido bem aceita3. 
33 
 
A partir destes fragmento das obras, busca-se mostrar que: 
1) as décadas de 1950 a 1970 foram um período de ampliação dos 
estudos populacionais na Geografia, no qual, pela primeira vez, foram 
tratadas questões teórico-metodológicas desta área; e 
2) apesar dos trechos destacados representarem aparentemente uma 
abertura e indefinição do campo da Geografia da População, eles se 
mostrariam como um avanço de compreensão dos limites e 
possibilidades da mesma, 
Não abstante, nas décadas seguintes, pouco foi feito nesse sentido, 
tendo os trabalhos na área limitado-se, na maioria das vezes, à simples 
análise de dados demográficos e sua correlação com aspectos não-
demográficos, nesta ordem, seguindo um caminho metodológico 
engessado. 
 
Sumário 
Nesta unidade temática, aferimos que, as diferentes 
visões sobre a construção do conceito da Geografia, 
desde da antiguidade que tratam dos movimentos 
migratórios dos povos bíblicos, com exemplos concreto 
da saida dos hebreus do Egipto para o local onde hoje 
é Israel. 
No período medival, com a crise do feudalismo as 
relações socioespaciais foram alteradas, emergindo as 
condições para o ressurgimento das actividades 
comerciais entre regiões – ate então fechadas em 
torno do feudo e o advento do mercantilismo. 
Já na idade moderna, de maneira substancial, a 
discussão sobre a população assumiu maior relvância 
no seculo XVIII, tendo como foco os aspectos voltados 
para a relação entre crescimento populacional e os 
meios de subsistência disponíveis. 
Nessa direccao, a natureza é vista como o “estoque de 
recursos”e homem, separado dessa natureza, é um 
“objecto” que pode ser quantificado, transformado em 
números estatísticos que servem à produção e ao 
consumo. 
https://www.google.co.mz/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiVn8ubsarQAhVF7hoKHW5YC70QjRwIBw&url=https://twitter.com/bertaspaini/media&bvm=bv.138493631,d.ZGg&psig=AFQjCNHmnptONjxAKQuNgWYa1LVaRw_9gQ&ust=147928627140907034 
 
Exercícios de Auto-
Avaliação 
1 - Na antiguidade os antigos filosófos 
chineses reconheceram a noção de: 
A. Distribuição equitativa da população; 
B. distribuição ótima da população; 
C. distribuição os recursos naturais; 
D. distribuição racial do espaço. 
 
2- Os filosofos gregos Platão (427 a.C – 347 
a.C) e Aristóteles (348 a.C – 222 a.C) 
defendiam a necessidade de: 
A- otimizar o equilibrio entre a natalidade e 
mortalidade; 
B- otimizar o crescimento vegetativo; 
C- otimizar o tamanho da população e da 
terra; 
D-Todas as opcoes estao certas. 
 
3- Para Platão, o problema da 
superpopulação deveria ser solucionado 
com a prática de: 
A- controle de nascimentos e de políticas de 
colonização; 
B- controle de nascimentos e da 
mortalidade; 
C- controle das guerras e doenças; 
D- controle do superpovoamento. 
 
4- A crescimento vegetativo foi possivel em 
função do discurso da adequação do 
número de habitantes: 
A- através de desetruturação dos feudos; 
B- Estado, rico e poderoso; 
C- Seria dectentor dos meios capazes de 
interferir na dinâmica populacional; 
D- Todas as opcoes estao certas. 
 
5- Na Geografia da População, o “homem 
estatístico” é componente que possibilita 
revelar a síntese da equação natureza 
versus consumo , através dos seguintes 
preceitos: 
A- recursos a ser explorado ate ao 
esgotamento; 
https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8
35 
 
B- Recurso a ser apropriado e transformado 
em produtos; 
C- Recursos de futura geração; 
D- Recursos dos países pobre a ser 
explorado. 
 Correcção: 
1 2 3 4 5 
B C A D B 
 
Exercícios de Avaliação 
1- Um período de ampliação dos estudos 
populacionais na Geografia, no qual, pela 
primeira vez, foram tratadas questões teórico-
metodológicas desta área; aconteceu em: 
A- 1945 B. 1950 a 1970 C- 1950-1945 
D- 1970-1980 
 
2- À medida que a temática populacional crescia 
em importância, a Geografia da População 
passa a contar com uma maior diversificação de 
temas trabalhados, até contar com conceito 
mais complexo de: 
A- La Vidal B- Trewartha C- Zelinsky D- 
Zelinsky, Therthawa, Beaujeu-Garnier 
 
3- De maneira substancial, a discussão sobre a 
população assumiu maior relvância no século: 
A- XV B- XVI C-XVII D-XVIII 
 
4- No período medival, com a crise do 
feudalismo as relações socioespaciais foram 
alteradas, emergindo as condições para: 
A- Ressurgimento das actividades de ocupação 
espacial 
B- Ressurgimento do êxodo rural; 
C- Ressurgimento das actividades comerciais 
entre regiões; 
D- Ressurgimento de guerras entre Estado-
cidade. 
 
5- No século XVIII, teve foco os aspectos 
voltados para a relação entre: 
A- crescimento populacional e os meios de 
subsistência disponíveis; 
https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http://preg.sites.ufms.br/files/2014/11/metodoavaliacao.jpg&imgrefurl=http://preg.sites.ufms.br/avaliacao-de-cursos/&docid=E3ddK3jYLDgbvM&tbnid=CjCfb-AkqRndYM:&vet=1&w=570&h=347&bih=551&biw=1138&ved=0ahUKEwiOveGKo6rQAhVIB8AKHf8rBjsQMwg9KA0wDQ&iact=mrc&uact=8
36 
 
B- Natalidade e mortalidade; 
C- Crescimento vegetativo; 
D- desputa na ocupação de espaço. 
 
6- Na otica de crescimento exacerbado para 
depois redistribuir a natureza é vista como: 
A- Estoque de recursos; 
B- Recursos disponíveis irenovável; 
C- Recurso renovável; 
D – Recurso disponível a explorar. 
 
Das afirmações que se seguem, assinala com 
“V” as Verdadeiras e com “F” as Falsas: 
 
7- Geografia da População seria a “ciência que 
trata dos modos pelos quais o caráter geográfico 
dos lugares é formado por um conjunto de 
fenômenos de população que variam no interior 
deles através do tempo e do espaço (...)”. 
 
8- Os líderes religiosos hebreus, cristãos e 
muculumanos, assim como os escritores, não 
estimularam a expansão populacional. 
 
9- Desde então, os avanços técnicos no campo da 
Demografia aumentaram significativamente: 
A- debatia os impactos do crescimento 
vegetativo para o desenvolvimento dos países 
pobres; 
B- Os impactos do crescimento vegetativo para o 
desenvolvimento dos países do primeiro mundo; 
C- Os impactos do crescimento vegetativo para 
o desenvolvimento dos países da Europa; 
D- Todas as opções estão erradas. 
 
10- Novas tendências entre as décadas de 1950 
e 1970, a ciência demográfica, alavancada pelos 
avanços técnicos nos seguintes países 
A- Holanda e Alemanha; 
B-Estados Unidos e na Europa; 
C- França e Estados Unidos; 
D- Todas as opções estão certas. 
 Correcção: 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B D D C A A V F A B 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA II: TEORIAS POPULACIONAIS: TEORIA DE 
MALTHUS, MARXISTAS E AS VERTENTES 
NEOMALTHUSIANISMO CONTEMPORÂNEO. 
UNIDADE Temática 2,1. Conceitos básicos da Geografia da 
População 
Unidade Temática2.2. Teorias demográficas: Teorias 
Malthusiana 
UNIDADE Temática 2.3. Teorias demográficas: Teorias 
Marxista 
UNIDADE Temática 2.4. Teorias demográficas: Teorias 
neomalthusiana e a vertente reformista. 
 
UNIDADE Temática 2.1: Conceitos básicos da Geografia 
da População 
Introdução 
 
Nesta unidade, vamos iniciar com os conceitos relativos 
à dinâmica demográfica, quanto ao quesito 
crescimento populacional. Assim abordar-se-á 
conceitos básicos da Geografia da população que estão 
articulados a sua ocorrência, quais sejam: população 
absoluta, população relativa, superpopulação, 
crescimento natural ou vegetativo, taxas de natalidade, 
taxas de mortalidades e migrações. 
A partir da definição desses termos, apresenta-se um 
conjunto de actividades que se tornam os campos de 
aplicação e reflexão necessária para a compreensão de 
uma realidade específica. 
 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
38 
 
Objectivos específicos 
 
 Compreender em que consiste o crescimento 
demográfico. 
 Entender conceitos básicos da Geografia da 
população. 
 Aplicar as noções, ideias ou conceito básicos que 
envolvem a discussao sobre crescimento 
populacional ao estudo de uma realidade 
específica. 
 Relacionar a temática do crescimento demografico, 
tendo como parametro a realidade social 
 
Definindo alguns conceitos para compreender a 
especialização da população 
Vamos progresseguir na discussão, apresentando alguns conceitos que 
permitem estabelecer a conexão entre a população e espeço socialmente 
construído. A partir destes conceitos ou dados podemos interpretá-los. 
 
1- Na dinâmica populacional, podemos dizer que esses países possuem 
elevada população absoluta e baixa densidade demográfica, apesar de 
estarem entre os mais populosos do mundo: 
 
a) DEMOGRAFIA = campo específico que dedica-se ao estudo estatísticos 
das populações, no qual se descrevem e analisam as características de 
uma colectividade em termos de crescimento, estrutura, distribuição e 
mobilidade social. As análises demográficas assumem relevância, tendo 
em vista que constituem subsídios fundamentais aos estudos realizados 
por geográficos, economistas, sociólogos entre outros cientistas, e 
também em acções de planejamentos socioeconomicos implementadas 
pelos governantes. 
b) POPULAÇÃO ABSOLUTA = corresponde ao total de habitantes de um 
lugar. 
C) POPULAÇÃO RELATIVA = é a medida de habitantes por quilómetros 
quadrados (hab./”km²) ou seja, a concentração de população residente 
em uma determinada área. Expressa-se através da densidade 
demográfica, que indica o numero de habitantes por unidade da área 
(geralmente o quilometro quadrado). 
d) SUPERPOPULAÇÃO OU SUPERPOVOAMENTO = situação definida, 
principalemente, a partir do nível de desenvolvimento socioeconomico e 
tecnologico resultante da relação população/área; não esta 
directamente relacionada a densidade

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