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Logística Reversa
Logística Reversa é o processo logístico de retirar produtos novos ou usados de seu ponto inicial na cadeia de suprimento, como devoluções de clientes,  inventório excedente ou mercadoria obsoleta, e redistribuí-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida útil original.
 
Uma operação de logística reversa é consideravelmente diferente das operações normais.  Deve-se estabeler pontos de recoleção para receber os bens usados do usuário final, ou remover ativos da cadeia de suprimento para que se possa atingir um uso mais eficiente do inventário / material.
 
Requer sistemas de embalagem e armazenagem que garantam que a maior parte do valor que ainda há no item usado não se perca por um manuseio incorreto.  Também requer frequentemente de um meio de transporte que seja compatível com o sistema logístico regular.  A disposição dos materiais pode incluir a devolução de bens ao inventário ou armazém,  devolução de bens ao fabricante original, venda dos bens num mercado secundário, reciclagem, ou uma combinação que gere o maior valor para os bens em questão.
 
Fonte: Wikipedia
 
 
Definição
 
Logística Reversa é um termo bastante geral.  No sentido mais amplo, Logística Reversa significa o conjunto das operações relacionadas ao reuso de produtos e materiais.   A gestão destas operações pode ser chamada de Gestão de Recuperação de Produtos (PRM - Product Recovery Management).  PRM lida com o cuidado com os produtos e materiais depois do seu uso.  Algumas destas atividades são, até certo ponto, similares às que ocorrem no caso de devoluções internas de itens defeituosos gerados por processos produtivos.  No entanto, a Logística Reversa se refere a todas as atividades logísticas de recolher, desmontar e processar produtos usados, partes de produtos e/ou materiais para garantir uma recuperação sustentável (e benéfica ao meio ambiente).
 
A Logística Reversa lida com 5 questões báicas:
 
1. Quais alternativas estão disponíveis para recuperar produtos, partes de produtos e materiais?
 
2. Quem deve realizar as diversas atividades de recuperação?
 
3. Como estas atividades devem ser realizadas?
 
4.  É possível integrar as atividades típicas da logística reversa com sistemas de distribuição e produção clássicos?
 
5. Quais são os custos e benefícios da logística reversa, do ponto de vista econômico e ambiental?
 
Porque a Logística Reversa?
 
Tradicionalmente, empresas de manufatura não se sentiam responsáveis por seus produtos depois do uso pelos clientes.  A maior parte dos produtos usados eram jogados fora com consideráveis danos ao ambiente.  Hoje em dia, consumidores e autoridades esperam que os fabricantes reduzam o lixo gerado por seus produtos.  Isto aumentou a atenção com o gerenciamento de resíduos.  Recentemente, devido a novas leis de gerenciamento de resíduos, a ênfase se voltou à recuperação, devido aos altos custos e impactos ambientais do descarte.  As principais razões para aderir à logística reversa são:
 
1. leis ambientes que forçam as empresas a receber de volta seus produtos e cuidar de seu tratamento.
 
2. benefícios econômicos de usar produtos devolvidos no processo produtivo, ao invés de descartá-los.
 
3. a crescente consciência ambiental dos consumidores.
 
  
 
Questões Envolvidas
 
Distribuição
- qual é uma estrutura eficiente e efetiva para uma rede de distribuição reversa, específica para sua indústria?
- quais atividades de recuperação devem ser realizadas em cada localidade?
- como integrar a rede de distribuição reversa com a rede de distribuição original?
 
Planejamento de Produção e Controle de Inventário
- quais fatores complicam o planejamento e controle da produção na remanufatura de itens gerados na produção interna de peças defeituosas e na devolução de produtos usados?
- como lidamos com incertezas em relação à qualidade e quantidade de produtos devolvidos e em relação aos resultados potenciais das atividades de remanufatura, desmontagem e inspeção que devem ser realizadas com os produtos defeituosos e devolvidos?
- como compartilhamos recursos na integração de manufatura e remanufatura?
-no caso de opções de desmontagem alternativas,  como devem ser escolhidas estas opções, isto é, qual política de controle é apropriada para atingir os objetivos do negócio?
 
Tecnologia da Informação
- qual é o valor agregado por sistemas de rastramento de produtos?
- qual é o efeito de designs de produtos diferentes e contratos alternativos?
- como podemos gerenciar a informação para reduzir a complexidade?
 
Economia Empresarial
- qual é a influência do design, estrutura do produto e valor agregado na recuperabilidade do produto?
- quais atividades de recuperação são adequadas para cada produto? (ou seja, quando descartar, reciclar, remanufaturar, reusar ou reparar?)
- quais são as consequências econômicas de curto, médio e longo prazos da logística reversa?
- como podemos medir parâmetros qualitativos associados à logística reversa?
 
Integração
- quais são as oportunidades e pressões da legislação de gestão de resíduos?
- quais são as tendências regulatórias?
- para quais indústrias a logística reversa terá maior importância?
 
Opções de Recuperação
 
Reuso direto: envolve produtos que não são reparados ou atualizados, mas são limpados e levados a um estado no qual podem ser reutilizados pelo consumidor.
Reparo: o produto é retornado ao estado funcional após seu conserto.  A qualidade do produto reparado é normalmente menorque a do produto novo.
 
Reciclagem: o produto não mantém sua fucionalidade.  O objetivo é usar parte ou a totalidade dos materiais do produto devolvido.  Os materiais recuperados podem ser usados nos processos produtivos do produto original ou em outras indústrias.
"Refurbishing": o produto é atualizado para que atinja padrões de qualidade e operação similares ao produto original.
 
Remanufatura: os produtos são completamente desmontados e todos os módulos e partes examinados em detalhe.  Peças deterioradas são consertados ou trocadas.   O produto remanufaturado recebe uma avaliação de qualidade e são entregues ao produto sob condições de garantia de produto novo.
LOGÍSTICA REVERSA
 
 
A logística reversa é a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo. Apesar de ser um tema extremamente atual, esse processo já podia ser observado há alguns anos nas indústrias de bebidas, com a reutilização de seus vasilhames, isto é, o produto chegava ao consumidor e retornava ao seu centro produtivo para que sua embalagem fosse reutilizada e voltasse ao consumidor final. Esse processo era contínuo e aparentemente cessou a partir do momento em que as embalagens passaram a ser descartáveis. Contudo, empresas incentivadas pelas Normas ISO 14000 e preocupadas com a gestão ambiental, também conhecida como "logística verde", começaram a reciclar materiais e embalagens descartáveis, como latas de alumínio, garrafas plásticas e caixas de papelão, entre outras, que passaram a se destacar como matéria-prima e deixaram de ser tratadas como lixo. Dessa forma, podemos observar a logística reversa no processo de reciclagem, uma vez que esses materiais retornam a diferentes centros produtivos em forma de matéria prima. 
CUSTOS
Segundo LACERDA (in CEL 2000), os processos de logística reversa têm trazido consideráveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria nos processos de logística reversa. Também não podemos ignorar os custos que o processo de logística reversa pode acarretar para as empresas, quando não é feito de forma intencional, isto é, na citação acima percebemos que a logística reversa é utilizada em prol da empresa, transformando materiais, que seriam inutilizados, em matéria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa. Acontece que o contráriotambém pode acontecer, e é o que notamos com mais freqüência, isto é, materiais que voltam aos seus centros produtivos devido às falhas na produção, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que o cliente queria, troca de embalagens, etc.Este tipo de processo reverso da logística acarreta custos adicionais, muitas vezes altos para as empresas, uma vez que processos como armazenagem, separação, conferência e distribuição serão feitos em duplicidade, e assim como os processos, os custos também são duplicados.
CONCORRÊNCIA
LACERDA (in CEL 2000) defende que os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno de produtos, pois isso, garante-lhes o direito de devolução ou troca de produtos. Este processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. Dessa forma, empresas que possuem um processo de logística reversa bem gerido tendem a se sobressair no mercado, uma vez que podem atender aos seus clientes de forma melhor e diferenciada de seus concorrentes.
LOGÍSTICA VERDE E QUESTÕES AMBIENTAIS
Preocupadas com questões ambientais, as empresas estão cada vez mais acompanhando o ciclo de vida de seus produtos. Isto se torna cada vez mais claro quando observamos um crescimento considerável no número de empresas que trabalham com reciclagem de materiais. Um exemplo dessa preocupação é o projeto Replaneta, que consiste em coleta de latas de alumínio e garrafas PET, para posterior reciclagem, e que tem como bases de sustentação para o sucesso do negócio a automação e uma eficiente operação de logística reversa (MALINVERNI, 2002.). As novas regulamentações ambientais, em especial as referentes aos resíduos, vêm obrigando a logística a operar nos seus cálculos com os "custos e os benefícios externos". E, em função disto, entende-se que a logística verde pode ser vista como um novo paradigma no setor. De acordo com ALCOFORADO (2002), a logística verde ou ecológica age em conjunto com a logística reversa, no sentido de minimizar o impacto ambiental, não só dos resíduos na esfera da produção e do pós-consumo, mas de todos os impactos ao longo do ciclo de vida dos produtos.
 
LOGÍSTICA REVERSA NO BRASIL
No Brasil ainda não existe nenhuma legislação que abranja esta questão, e por isso o processo de logística reversa está em difusão e ainda não é encarado pelas empresas como um processo "necessário" , visto que a maioria das empresas não possui um departamento específico para gerir essa questão; assim, algumas Resoluções são utilizadas, como, por exemplo, a Conama nº258, de 26/08/99, que estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar e a dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às quantidades fabricadas e importadas definidas nesta Resolução, o que praticamente obriga as empresas desse segmento a sustentarem políticas de logística reversa. BARBIERI e DIAS (2002). Este conceito está em constante crescimento no Brasil e no mundo, e fica claro que as empresas, cada vez mais, têm se preocupado em considerar os custos adicionais e as reduções de custos que este processo pode ocasionar.
CONCLUSÃO
Na verdade, todas as empresas trabalham com o conceito de logística reversa, porém nem todas encaram esse processo como parte integrante e necessária para o bom andamento ou para o aumento nos custos das empresas. Apenas utilizam o processo e não dispensem maior importância e nem investem em pesquisas para o mesmo. Uma empresa que recebe um produto como fruto de devolução por qualquer motivo já está aplicando conceitos de logística reversa, bem como aquela que compra materiais recicláveis para transformá-los em matéria-prima novamente. Esse interessante processo pode ser visto pelas empresas com enfoques diferentes, ou seja, para algumas, esse processo trará benefícios diversos, a começar pela redução de custos, enquanto que para outras pode ser um grande problema, pois representa custos que precisam ser controlados. No segundo caso, observamos que, nas empresas onde o processo de logística reversa representa custos, existe uma grande preocupação com o processo, para que ele seja extremamente controlado, a fim de que esses custos sejam reduzidos, uma vez que a extinção do processo de logística reversa numa empresa é praticamente impossível.
BIBLIOGRAFIA
http://www.logweb.com.br/artigos/arquivo/art0001703.htm
LACERDA, Leonardo. Logística Reversa, uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Centro de Estudos em Logística - COPPEAD - UFRJ - 2202. www.cel.coppead.efrj.br
MALINVERNI, Cláudia. Tomra Latasa: A logística da reciclagem. Revista Tecnologística, São Paulo, Ano VIII, nº 80. Julho 2002.
BARBIERI, José Carlos., DIAS, Marcio. Logística Reversa como instrumento de programas de produção e consumo sustentáveis. Revista Tecnologística, São Paulo, Ano VI, nº 77. Abril 2002.

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