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Digestão e Absorção de Macromoléculas - UC 3

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Maria Paula M. Mattei 
Digestão e Absorção de Macromoléculas
Proteínas 
Digestão: 
No estômago (fase gástrica): Polipeptídeos 
ingeridos são atacados pela pepsina e cortados 
em oligopepetídeos. 
No duodeno (fase pancreática): tripsina, 
quimotripsina, elastase e carboxipeptidases 
atacam peptídeos e transformam eles em 
aminoácidos (40%) e oligopeptídeos (60%). 
No intestino (fase intestinal): endopeptidases, 
aminopeptidase e dipeptidase atacam os 
oligopeptídeos e os transformam em 
aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos. 
As peptidases garantem digestão eficiente de 
proteínas 
 
As proteínas são hidrolisadas por um aumento de 
peptidases, as quais são específicas para cada 
ligação peptídica de aminoácidos diferentes. 
Tipos de Peptidases: 
• Endopeptidases (proteases): Fazem a 
quebra inicial. Atacam ligações internas e 
liberam fragmentos peptídicos grandes. 
São secretadas como proenzimas inativas 
(zimogênios) pelas células epiteliais do 
estômago, do intestino e do pâncreas. 
Elas são ativadas quando alcançam o 
lúmen do trato GI. Exemplos de proteases 
incluem a pepsina secretada no 
estômago, e a tripsina e a quimotripsina, 
secretadas pelo pâncreas. 
• Exopeptidases: clivam um aminoácido de 
cada vez da extremidade carboxi 
(carboxipeptidases) ou amino 
(aminopeptidases) terminal. Os produtos 
finais são aminoácidos livres. 
 
Estômago: HCl e pepsina formadores de 
oligopeptídeos. 
Intestino: Enteroquinase (ativa o tripsinogênio em 
tripsina). A tripsina vai ativar o 
quimotripsinogênio em quimotripsina e também 
outras enzimas. Eles quebram di, tri, poli e 
oligopeptídeos. Só agem em pH maior que 7. 
Possui ainda enzimas da borda em escova para 
proteína: aminopeptidases e dipeptidases. 
Absorção: 
A maioria dos aminoácidos livres são carregados 
por proteínas cotransportadoras dependentes de 
Na+. Poucos transportadores de aminoácidos são 
dependentes de H+ (mais para di e tripeptídeos). 
Maria Paula M. Mattei 
Os dipeptídeos e tripeptídeos são carregados para 
os enterócitos pelo transportador de 
oligopeptídeos PepT1 que usa o cotransporte 
dependente de H+. 
Uma vez dentro das células epiteliais, os 
oligopeptídeos têm dois possíveis destinos: 
1. A maioria é digerida por peptidases 
citoplasmáticas em aminoácidos, os quais 
são, então, transportados através da 
membrana basolateral e para a circulação. 
2. Os oligopeptídeos que não são digeridos 
são transportados intactos através da 
membrana basolateral por um trocador 
dependente de H+. 
Alguns peptídeos que possuem mais de três 
aminoácidos são absorvidos por transcitose após 
se ligarem a receptores de membrana na 
superfície luminal do intestino. 
 
Membrana Basolateral: 
Aminoácidos apolares passam por difusão 
facilitada. 
Aminoácidos polares passam por cotransporte de 
Na+. 
Carboidratos 
Digestão: 
Todos os carboidratos devem ser digeridos a 
monossacarídeos antes que eles possam ser 
absorvidos. 
Os principais monossacarídeos produzidos pela 
digestão de di e polissacarídeos são D-glucose, 
galactose e frutose. 
Os principais da dieta ocidental são a sacarose, 
amido e lactose. 
Glicose e galactose: SGLT-1 com gasto de 1 ATP 
Frutose: difusão facilitada e GLUT5 
A enzima amilase quebra longos polímeros de 
glicose (amido e glicogênio) em cadeias menores 
de glicose e no dissacarídeo maltose. 
A digestão do amido inicia na boca com a amilase 
salivar, mas essa enzima é desnaturada pela 
acidez do estômago. A amilase pancreática, então, 
retoma a digestão do amido em maltose e 
isomaltose (quebra α-1,6). 
A maltose, lactose e glicose são quebrados pelas 
enzimas da borda em escova intestinal, 
conhecidas como dissacaridases (maltase – 
quebra alpha1-4, sacarase, lactase e isomaltase). 
Os produtos finais absorvíveis da digestão de 
carboidratos são glicose, galactose, frutose e 
lactose. 
A sucralose, o adoçante artificial feito de sacarose, 
não pode ser digerida devido aos átomos de cloro 
que substituem três grupamentos hidroxila, 
bloqueando a digestão enzimática deste derivado 
de açúcar. 
Di-, oligo- e polissacarídeos não hidrolisados pela 
α-amilase e/ou enzimas da superfície intestinal 
não podem ser absorvidos. Quando chegam à 
porção final do intestino delgado (íleo), as 
bactérias, que contém muito mais sacaridases do 
que o ser humano utilizam esses carboidratos. Os 
monossacarídeos que elas liberam são 
predominantemente metabolizados de modo 
Maria Paula M. Mattei 
anaeróbico por elas próprias. Isso resulta em 
produtos de degradação como ácidos graxos de 
cadeia curta, lactato e os gases H2, metano (CH4) e 
CO2. Esse comportamento das bactérias que 
geram a flatulência após alguns tipos de comida. 
 
Absorção: 
Intestino Delgado: 
Parte apical da célula: Por simporte de Na+-
glicose pelo SGLT-1 que medeia a captação ativa 
de D-glicose e D-glactose para dentro da célula. A 
absorção de frutose não é dependente de Na+. Ela 
se move através da membrana apical por difusão 
facilitada pelo transportador GLUT5. 
Parte basolateral: pelo transportador GLUT2 que 
aceita todos os três monossacarídeos (glicose, 
galactose e frutose). 
 
Destino: fígado e músculos. 
 
Lipídeos 
Digestão: 
Triaglicerídeos (glicerol + 3 ácidos graxos) 
constituem mais de 90% da dieta. O resto é feito 
de colesterol, éster de colesterol e fosfolipídeos. 
Cinco fases: 
1. Hidrólise de triglicerídeos a ácidos graxos 
livres e monoacilgliceróis pela lipase 
lingual e gástrica. 
 
2. No duodeno: Solubilização de lipídeos por 
detergentes (ácidos biliares) e transporte 
do lúmen para a superfície das células do 
epitélio de revestimento. A lipase e a 
colipase pancreática quebram gorduras 
em monoacilgliceróis e ácidos graxos 
estocados em micelas. A lipase 
pancreática é a principal enzima para 
hidrólise de triglicerídeos. A hidrólise 
ocorre na interface das gotículas da 
emulsão (micelas) de ácidos biliares. 
a. O suco pancreático contém uma 
proteína pequena (colipase) que 
se liga à lipase e à superfície 
micelar e impede a inibição da 
lipase pelos ácidos biliares, 
porque a lipase não consegue 
alcançar os lipídios das micelas 
porque é hidrossolúvel. 
Maria Paula M. Mattei 
 
 
3. Captação de ácidos graxos livres e 
monoacilgliceróis pela célula epitelial e 
síntese de triglicerídeos. Os 
monoacilgliceróis e os ácidos graxos 
movem-se para fora das micelas e entram 
nas células por difusão. 
4. Acondicionamento dos triglicerídeos 
recém-sintetizados em glóbulos ricos em 
lipídeos, chamados quilomícrons. Eles são 
sintetizados no lúmen do retículo 
endoplasmático. Então vão para o Golgi 
onde são agrupados em vesículas. 
5. Exocitose, pela fusão das vesículas com a 
membrana plasmática, dos quilomícrons 
das células epiteliais intestinais na linfa. 
As vitaminas solúveis em lipídeos (A, D, E e K) são 
absorvidas no intestino delgado junto com as 
gorduras. Existe uma preocupação em relação aos 
remédios inibidores da lipase utilizado para perda 
de peso. Os usuários desses auxiliares de perda de 
peso são aconselhados a tomar um 
multivitamínico diário para evitar deficiências 
vitamínicas. 
 
Absorção: 
A captação de lipídios pelas células epiteliais 
intestinais ocorre por difusão simples através da 
membrana plasmática. 
Dentro dessas células, o destino dos ácidos graxos 
depende do comprimento de suas cadeias: 
• Cadeias curtas ou médias: passam para o 
sangue sem modificação por difusão 
simples - Ác. Graxos, monoglicerídeos, 
colesterol e vitaminas A, D, E e K. 
• Cadeia longa: são ligados a uma proteína 
citoplasmática de ligação a ácidos graxos 
e são transportados para o retículo 
endoplasmático, onde são convertidos em 
triglicerídeos. Chegam primeiro ao tecido 
Maria Paula M. Mattei 
adiposo e ao músculo via circulação 
sistêmica, antes de entrarem em contato 
com o fígado. As células adiposase 
musculares captam grandes quantidades 
de lipídeos da dieta para armazenamento 
ou metabolismo. 
Ferro e Cálcio 
Absorção: 
Minerais geralmente ocorre por transporte ativo. 
O ferro e o cálcio são duas das poucas substâncias 
cuja absorção intestinal é regulada. Para ambos os 
minerais, um decréscimo na concentração do 
mineral no corpo leva ao aumento da captação no 
intestino. 
O ferro é ingerido como ferro heme na carne e 
como ferro ionizado em alguns produtos vegetais. 
O ferro heme é absorvido por um transportador 
apical no enterócito. Dentro da célula, as enzimas 
convertem o ferro heme em Fe+2 e ambos os 
ferros deixam a célula por um transportador 
chamado de ferroportina. 
O Fe+2 ionizado é ativamente absorvido por 
cotransporte com H+ por uma proteína. 
A absorção de ferro pelo corpo é regulada por um 
hormônio peptídico, chamado de hepcidina. 
Quando os estoques de ferro do corpo estão 
altos, o fígado secreta hepcidina, que se liga à 
ferroportina. A ligação da hepcidina faz o 
enterócito destruir o transportador ferroportina, 
o que resulta em redução da captação de ferro 
pelo intestino. 
A absorção é controlada pela B12 
 
A maior parte da absorção do Ca+2 no intestino 
ocorre por movimento passivo e não regulado 
através da via paracelular. O transporte de Ca+2 
transepitelial hormonalmente (paratireoide) 
regulado ocorre no duodeno. 
O cálcio entra no enterócito através de canais 
apicais de Ca+2 e é ativamente transportado 
através da membrana basolateral tanto por uma 
Ca+2-ATPase quanto por antiporte Na+2-Ca+2. 
 
Íons, Água e Vit. Hidrossolúveis 
A maior parte da absorção de água ocorre no 
intestino delgado por osmose e aquaporina. 
Os enterócitos no intestino delgado e os 
colonócitos, as células epiteliais da superfície 
luminal do colo, absorvem Na+ utilizando três 
proteínas de membrana: canais apicais de Na+, 
um transportador por simporte Na+-Cl- e o 
trocador Na+-H+. 
No intestino delgado, uma fração significativa da 
absorção de Na+ também ocorre por meio de 
captação dependente de Na+ de solutos orgânicos, 
Maria Paula M. Mattei 
como pelo SGLT e por transportadores Na+-
aminoácidos. 
A captação de cloreto usa um trocador apical Cl—
HCO3- e um canal basolateral de Cl para 
movimento através das células. 
A absorção de potássio e de água no intestino 
ocorre principalmente pela via paracelular. 
As vit. Hidrossolúveis: transporte ativo secundário 
e difusão simples (B6)/facilitada. 
• B1 e B2: transporte ativo secundário com 
Na+ 
• C: Transporte ativo secundário tbm com 
sódio 
• B12: fator intrínseco e difusão facilitada. 
 
Referências 
Sistema Digestório: Função Integrada: a fase 
intestinal. In: SILVERTHORN, Dee Unglaub. 
Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada. 
7. ed. Artmed, 2017. Cap. 21. p. 679-684. 
Digestão e absorção de constituintes nutricionais 
básicos. In: DEVLIN, Thomas M. Manual de 
Bioquímica com Correlações Clínicas. 7. ed. 
Blucher, 2011. Cap. 25. p. 1068-1082. 
NORONHA, Andreza; DEUFEL, Camila. Reflexões 
Teóricas sobre a Gordofobia na mídia: o corpo na 
contemporaneidade. Seminário Nacional de 
Pesquisa em Educação, n. V, 2014. 
DE OLIVEIRA NERY, Joseanne. GORDOFOBIA. 
Encontros de Iniciação Científica UNI7, v. 7, n. 1, 
2017.

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