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TROMBOSE PATOLOGIA GERAL 3

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PATOLOGIA GERAL 
 
TROMBOSE 
 
Distúrbios circulatórios 
 
Distúrbios Hemostáticos 
Trombose é processo de solidificação do sangue no 
interior do sistema circulatório de um indivíduo vivo, ou 
seja, é a ativação excessiva dos processos hemostáticos 
normais a ponto de formar um tampão sólido 
constituído pelos componentes do próprio sangue, 
chamado trombo. 
 
Fragmento de lobo pulmonar, Ramo da artéria pulmonar 
(ela tem comportamento venoso; leva sangue 
desoxigenado ao pulmão). Trombo se ramifica igual os 
galhos de uma árvore. 
 
 
 
 
 
*Trombo de vários dias – recanaliza e começa a ter 
fibroblastos e células endoteliais (fica de consistência mais 
firme ainda). 
*Usa-se para separar trombo de coágulo pós-morte a 
presença desses feixes concêntricos – Linhas de Zahn, que 
caracterizam a deposição que vai acontecendo de dentro 
para fora de fibrina, plaquetas, e hemácia, sendo mais 
frequentemente visto em trombos arteriais, menos 
evidente em trombos venosos e não ocorrendo em 
coágulos (são lisos e brilhantes). 
 
 
 
*O coração em sua última batida antes do animal morrer 
ele contrai e manda todo o sangue para a parte venosa, 
solidificando (coagulando) somente nesse sistema, por isso 
as artérias normalmente não contêm sangue em seu 
interior em animais mortos. Caso conter é um processo 
patológico – pode ser um coágulo desde que o coração não 
tenha tido força, em uma insuficiência cardíaca de baixo 
débito, para mandar esse sangue para a parte venosa. E se 
o animal estava muito anêmico, pode-se encontrar, pela 
perda da viscosidade do sangue, coágulos dentro das 
artérias. E o mais comum acontece em casos de eutanásia. 
 
TIPOS DE TROMBOSE 
Trombose venosa, Trombose arterial, Trombose cardíaca 
(luz do coração – câmaras; valvar, mural e intraluminal) 
*Em humanos, mais comum é a arterial, pois contém uma 
doença da espécie chamada aterosclerose, em segundo a 
trombose venosa (profunda, seqüela da ICC) 
 
Trombose Venosa 
Material depositado por fora da veia jugular externa 
(também comum na veia cefálica e muito comum na 
jugular do cavalo). Trombose mais freqüente nos 
animais – por injeção de medicamentos e cateterismo 
prolongado em v. superficiais. Ao colocar um cateter em 
uma veia, ao passar dos dias ele cria trombos, tendo que 
trocá-lo frequentemente se não – trombose oclusiva 
completa. Se obstruir as duas jugulares – congestão e 
edema. Ao passar dos dias esse trombo passa a ser 
recanalizado,voltando a capacidade do vaso de dar 
vazão e for totalmente recanalizado. 
 
 
Veia esplênica – mais comum das tromboses em 
vísceras. Geralmente associada à trombose da veia porta 
(também pode acontecer sozinha por torção de baço ou 
trauma). Sangue não consegue sair do baço – aumento 
de volume, podendo ter desconforto e dor abdominal 
(abdômen agudo), ruptura de baço. Tem endurecimento 
no hilo. Esplenectomia para que não se propague a veia 
porta. 
 
Essa veia maior que a veia esplênica está desembocando é 
a veia porta. Quando se tem hipertensão portal, há 
possibilidade de trombose da veia esplênica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trombose da veia porta que geralmente começa com a 
da esplênica. Fígado cirrótico, nódulos de regeneração 
do fígado, irregularidade. Trombose secundária a 
hipertensão portal que é a complicação mais grave da 
cirrose hepática. Capilarização dos sinusoides hepáticos 
– quando ocorre cirrose, mudança da vasculatura e os 
sinusoides a perdem, virando capilares e o sangue não 
consegue mais passar para o interstício (liberar proteínas 
e metabólicos pro interstício), aumentando a pressão no 
capilar (antigo sinusoide). Essa pressão vai para os 
espaços porta e destes para os ramos da v. porta (mais 
sangue e pressão hidrostática, congestão) – hipertensão 
portal. 
 
 
 
Trombose Arterial 
Trombo na Aorta abdominal. Trombose arterial na aorta 
geralmente associado a tromboembolismo (trombo que 
vem do coração) ou a tumores. Nesse caso é um tumor 
na adrenal direita que invadiu a artéria aorta (mas 
também pode invadir a veia cava). Dependendo da 
espécie, pode ocorrer por parasita, devido ao dano que 
este causa na artéria (mais comum no cavalo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trombose arterial por parasita Strongylus 
 
 
Trombose Cardíaca (valvar mitral) 
Mais frequentemente afeta valvas, mais frequente na 
mitral com exceção dos bovinos - tricúspide. Deposição 
de fibrina e células inflamatórias. Mitral com 2 válvulas e 
inserida no músculo papilar pelas cordas tendíneas. 
 
 
 
Coração, valva mitral normal abaixo 
 
Consequência da inflamação da valva – endocardite 
valvar (bactérias que ganham a circulação a partir de 
outras lesões). Doença infecciosa mais comum do cão 
idoso. Bactérias colonizam o coração, inflama e destrói o 
endotélio, expõe o colágeno, trombose. Cada vez que a 
valva se movimenta, larga pedaços do trombo – 
tromboembolismo – lugares vaso de menor calibre como 
rim, baço e encéfalo (infarto cerebral, sinal neurológico, 
renal hematúria) – infarto. Essa enfermidade, pode ser 
causada por doença periodontal, pois o acúmulo de 
bactérias na cavidade oral diariamente ganham a 
circulação (bacteremia crônica) e lá no baço, os 
macrófagos fagocitam essas bactérias. No entanto, 
quando o baço satura pela quantidade de bactéria, elas 
começam a permanecer no sangue – septicemia. O local 
que essas bactérias mais conseguem proliferar é na 
válvula cardíaca. 
- Também pode ter a origem na próstata, que quando 
aumentada de tamanho, dificulta a saída da urina, a 
retenção urinária retém bactéria – cistite, bactéria pode 
entrar no ducto prostático e se proliferar, prostatite. 
Também pode-se originar de piometra, doenças de pele 
crônicas, etc. 
 
Trombose Cardíaca valvar aórtica (semilunar) 
Três cúspides da semilunar aórtica e a endocardite 
acontecendo entre uma cúspide e outra. Se ocorrer 
tromboembolismo a partir daí, imediatamente é sugado 
para dentro da entrada das coronárias (Seio de valsalva) 
– infarto agudo do miocárdio. 
 
 
 
Trombose Cardíaca mural 
Trombo no endocárdio do átrio esquerdo. Mais 
freqüente no endocárdio atrial do que ventricular. 
 
 
Trombose Cardíaca luminal 
Sem inflamação do endocárdio. Ocorre na luz das 
câmaras. Geralmente ocasionado por arritmia cardíaca. 
Foto de um coração de um gato com miocardiopatia 
hipertrófica primária felina – hipertrofia do músculo 
mais grave no ventrículo esquerdo e isso leva a uma 
dilatação do átrio esquerdo que aumenta a prevalência 
de uma arritmia chamada flutter atrial – faz o coração 
chacoalhar aumentando o turbilhonamento – trombose. 
Esse grande trombo não larga pedaços, ele sai inteiro 
não conseguindo entrar em nenhum local da aorta, 
tendo que fazer seu percurso até o final da aorta 
abdominal, obstruindo as ilíacas. Isso faz o animal 
desenvolver um infarto de ambos os membros pélvicos 
(mais raro ser de um só). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUSAS DA TROMBOSE 
Tríade de Virchow: 
Lesão endotelial, 
Estase (alentecimento do sangue, retorno venoso mais 
lento, muito difícil em animais por velhice) ou 
turbulência sanguínea, 
Hipercoagulabilidade 
 
Lesão endotelial 
Migração de Strongylus vulgaris 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Strongylus vulgaris adulto no cólon 
Causa de cólica, Arterite verminótica (não causa grandes 
problemas no intestino). Quando chega no intestino na 
forma de larva, migra através da artéria mesentérica 
para concluir seu ciclo e voltar ao intestino como adulto. 
Nessa migração, acaba perfurando a parede da artéria 
mesentérica, chegando na luz da artéria, expondo o 
colágeno subintimal (presente abaixo do endotélio) que 
é trombogênico – permitindo que as plaquetas se 
adiram a eles e ativando os fatores de coagulação, 
formando um trombo. Esse transito do parasita pela 
artéria incita uma resposta inflamatória mediada 
principalmentepor eosinófilos, que desgranulam e 
destroem o tecido – enfraquecendo a parede da artéria, 
e a própria pressão do sangue acaba conseguindo dilatar 
ela – aneurisma (saculação), permitindo o sangue ao 
passar por ali, turbilhar e isso junto a lesão endotelial do 
parasita forma trombos – podendo obstruir – não 
irrigando o cólon – infarto do cólon – isquemia – 
necrose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endocardite valvar bacteriana 
 
 
 
 
Normal 
 
 
Estase 
Trombose venosa profunda 
 
 
 
 
Torção esplênica 
 
 
 
 
Torção intestinal 
 
 
 
 
Torção uterina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Torção testicular 
 
 
Torção pulmonar 
 
 
Torção hepática 
 
 
Trombose por Turbulência sanguínea 
Quando se tem uma arritmia cardíaca e o sangue 
chacoalha levando a formação de trombos. 
 
Miocardiopatia hipertrófica primária felina 
Em gato, em média 3-4 anos. Cão 2-3 ou menos. No cão, 
não é associada ao desenvolvimento de 
turbilhonamento e trombose 
 
Coração normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miocardiopatia dilatada primária canina 
Causa atrofia: parede fica cada vez mais fina e a 
presença do sangue intraluminal faz o coração aumentar 
de volume (não tem forçar para conter esse volume, por 
isso dilata). Miocárdio fino mas luz atrial ampla. 
 
 
 Normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Miocardiopatia dilatada primária canina/ coração normal 
 
 
Estenose subaórtica 
Alteração congênita de Má formação no coração que é 
um pedacinho de tecido conjuntivo um pouco anterior a 
valva semilunar aórtica. Quando o sangue bate, turbilha, 
aumentando o risco de trombo na semilunar aórtica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipercoagulabilidade 
Fatores antitrombóticos (proteínas que no passado não 
faziam parte da cascata de coagulação) ou anticoagulantes: 
Proteína C, Proteína S e a Antitrombina III. Proteínas C e S 
são fatores ativados na circulação quando aumentam os 
níveis de trombina – esses níveis fazem com que as células 
endoteliais liberem na sua membrana plasmática a proteína 
trombomodulina que modula o trombo e tem como seu 
ponto fundamental a degradação, ao redor da onde o 
trombo é necessário existir, de dois fatores da coagulação: 
V e VIII, para que não ocorra a disseminação daquele 
trombo. Quem garante isso é o mecanismo antitrombótico 
que é ativado pelo aumento dos fatores da coagulação. A 
trombomodulina ativa a proteína C que é produzida pelo 
fígado que degrada o fator V e VIII. Quando ocorrem 
estados hipercoagulaveis (muito raro em animais; 
deficiência da proteína C ou S – que é a que controla o nível 
da C ou deficiência na antitrombina III). Geralmente dispõe 
de uma trombose venosa profunda (humanos). 
 
CONSEQUÊNCIAS DA TROMBOSE 
Infarto, Tromboembolismo (e infarto), Congestão e 
edema 
*Necrose do tecido isquêmico = infarto; morte do tecido 
pela isquemia/ausência de perfusão sanguínea. 
Trombose arterial leva ao infarto, trombose cardíaca 
leva ao tromboembolismo que leva ao infarto, Trombose 
venosa – congestão e edema – infarto. 
 
Infarto 
 
Além da torção ter feito a necrose, existem as bactérias 
que vivem na luz intestinal que utilizam esse tecido 
necrosado para crescer  culmina na gangrena úmida 
(crescimento das bactérias em um tecido necrosado) 
 
Infarto por trombose venosa (uterino) 
 
 
 
 
 
Infarto por trombose venosa peniana 
 
 
 
 
 
 
Infarto por trombose venosa pulmonar - lobectomia 
 
Fimose (não consegue exteriorizar o pênis pelo pequeno 
diâmetro do orifício do prepúcio). Ao forçarem para 
exteriorizar, o pênis não volta depois acontecendo a 
parafimose. Isso ocasiona a dor e inchaço – lesão por 
mordedura – mais de 4-5h em ereção necrosa – 
bactérias começam a proliferar no tecido necrosado – 
gangrena peniana – amputação. 
 
Tromboembolismo e infarto jejunal 
 
 
Infarto renal cuneiforme (1-3 dias bem vermelhos, após 
perde essa coloração – cicatrização do infarto). Dor, 
hematúria, na maioria SEM Insuficiência, função renal 
preservada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Baço tem mais capacidade de se deformar – infarto de 
baço. Trombose da valva mitral por endocardite – 
tromboembolismo – baço – infarto – necrose. Nas áreas 
de infarto esplênico ocorre hemorragia e forma um 
hematoma. É agudo. Se não desaparecer – 
hemoperitônio. 
 
Cerca de 20% dos cães com endocardite valvar tem 
infarto cardíaco, basicamente quando é da semilunar 
aórtica. Em 24h fica vermelho, depois perde os 
eritrócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
Infarto cerebral 
Alteração neurológica, alteração do nível de consciência, 
apatia, coma, convulsão. Área de hemorragia na 
superfície do encéfalo que não pode ser removida, pois 
está abaixo da leptomeninge (entre piamáter e 
substância cinzenta) – hemorragia subpial. 
*Quadro isquêmico da artéria cerebral média – infarto. 
 
 
 
Ao cortar, foco de necrose que geralmente tem sua 
origem entre a substância branca e cinzenta e se 
expande – esse ponto é o infarto. Na maioria das vezes é 
ocasionado por um tromboembolismo de uma valva 
cardíaca mitral que oclui a artéria cerebral média ou seu 
ramo, levando a isquemia nessa área entre substâncias e 
o tecido necrosa. Clinicamente, o quadro clínico é 
conhecido como Acidente Vascular Cerebral, porém tem 
causas diferentes da dos humanos. A lesão chamada é 
infarto. Quando o cão não morre, a área do cérebro 
perde sangue – necrose de liquefação – malácia 
(cicatrização removendo as células mortas, proliferação 
de células da glia – gliose – espaço vazio e em volta 
células da glia - cicatriz glial. 
 
 
 
A expressão “área de divisor de águas” refere-se às regiões 
do corpo localizadas na periferia de áreas em que dois 
leitos vasculares se encontram, como, por exemplo, 
quando há irrigação de um determinado local por duas 
artéria distintas. Tal expressão é muito utilizada em 
neuroanatomia e neuropatologia para definir a áreas de 
transição entre as substâncias branca e cinzenta do 
encéfalo, irrigadas por artéria corticais diferentes, mas que 
exatamente nessa área se anastomosam. Em 
gastroenterologia, a mesma expressão é utilizada para 
definir uma área de transição localizada na flexura 
esplênica do intestino grosso de humanos. Devido ao fato 
dessa região estar na periferia da área irrigada, torna-se 
muito suscetível a distúrbios circulatórios, como por 
exemplo, infartos. 
 
 
 
Tromboembolismo e infarto 
Principal conseqüência da trombose cardíaca. Trombos 
ou na parede; valvar mitral, ou luminal vão acabar 
migrando do coração se for do lado esquerdo pela aorta, 
se for pelo lado direito pela pulmonar, chegando a 
tecidos, obstruindo-os e causando infarto. 
- Gatos têm tendência de desenvolver o trombo 
intraluminal, no lúmen do átrio esquerdo em 
decorrência da miocardiopatia hipertrófica primária 
felina – tromboembolismo – desce pela aorta abdominal 
– obstrui as ilíacas uni ou bilateralmente – membros em 
isquemia – infarto – dificuldade de locomoção – dor ao 
palpar. Coxins traseiros cianóticos e coxins dianteiros 
normais. Pegar no membro, sentir temperatura, conferir 
pulsação femoral, ou Doppler. Tromboembolismo 
aórtico terminal. 
- Primeiro sinal é a claudicação e em 6horas desenvolve 
uma dor horrível. A partir daí a dor começa a diminuir 
sendo nula em 24h, pois sem perfusão sanguínea os 
nervos morrem. Pulso filiforme (desde que não esteja 
em choque), ou sem pulsação. A partir de 24h além da 
temperatura, o pelo também cai, pois a pele está 
necrosada. A partir de 48h surgem zonas de demarcação 
entre o tecido saudável e o tecido necrosado. Bactérias 
da pele começam a proliferar – gangrena. Animal 
começa a morder as próprias patas. – Amputação 
- Sempre que esse tromboembolismo parar no final da 
aorta, ele continua ganhando fluxo sanguíneo – fluxo 
bate no trombo, aumentando a cauda do tromboem 
direção cranial, chegando na artéria renal – infarto renal. 
- Nas primeiras 6h tem possibilidade de usar 
antitrombosantes – estreptoquinases. Fisioterapia. 
- Nas primeiras 12h – abrir a aorta e remoção mecânica. 
- Depois de 12h – membro morre. Períneo também sem 
irrigação – sem controle fecal e urinário. 
- Tromboembolismo em sela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tromboembolismo pulmonar mais frequente em 
bovinos por endocardite da tricúspide. Ocasionalmente 
em cães por miocardiopatia dilatada. Se o trombo 
formado no lúmen for do lado direito – artéria pulmonar 
– pulmão. Cão que teve fibrilação ventricular, formou 
um trombo intraluminal no ventrículo direito – obstruiu 
um dos ramos das artérias pulmonares que iam para o 
lobo caudal. 
- Só pelo lado direito. Pois pelo lado esquerdo, ainda que 
venha um trombo pela artéria brônquica, tem a veia 
pulmonar – dupla circulação, não infarta. 
 
 
Cão com hipercoagulabilidade: De forma adquirida pela 
Perda gradual e permanente de antitrombina III 
(deficiência) por lesão renal – síndrome nefrótica – perda 
de proteína pela urina, diminuindo os níveis sanguíneos até 
fazendo edema generalizado. Glomerulopatia, deposição 
de amilóide no glomérulo – amiloidose glomerular – rim 
não segura proteína, entre elas a antitrombina III. 
Tromboembolismo a partir da veia cava para o pulmão. 
 
 
Trombose arterial – tromboembolismo – infarto nos 
dedos (ou na ponta do nariz, ou nas orelhas ou pênis – 
extremidades). Ambiente consegue tirar umidade do 
dedo – desidratação – área de necrose associada a 
desidratação – gangrena seca. Frequente no gato 
quando tem trauma na cauda – gangrena – necrosa – 
cai. 
 
 
 
Quais os principais locais de infartos? 
Infarto renal 
 Infarto com padrão cuneiforme 
Infarto esplênico 
 Hematomas nas áreas de infarto 
Infarto cardíaco 
Infarto encefálico Watershed area (“área do divisor de 
águas”) 
Infarto intestinal 
 Infarto dos membros pélvicos 
 Infarto pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causas da trombose: Congestão e edema 
 
 
 
 
Trombose venosa profunda da veia cava cranial, sangue 
não volta da cabeça – congestão e edema – comprime 
vias aéreas – asfixia mecânica. Processo crônico. Tumor 
na base do coração que comprime a veia cava cranial. Na 
foto, animal tinha tumor chamado linfoma originado dos 
linfonodos do mediastino, compressão da veia cava 
cranial – estase – trombose 
Picada de jararaca causa edema de cabeça porém agudo. 
 
OBSERVAÇÕES: 
*Embolia gasosa não tem relação com a trombose. É 
quando entra ou se forma ar dentro de um vaso e essa 
bolhas de ar vão até o pulmão e lá causam obstrução da 
passagem do sangue. Ar se forma dentro da veia quando 
por exemplo alguém mergulha em águas profundas e 
sobe muito rapidamente – alteração da pressão, bolhas 
vão até o pulmão e não mecanicamente não deixam o 
sangue passar. 
 
Priapismo por hemólise intravascular 
 
*Tromboembolismo da veia cava caudal em bovino – 
embolismo de pus. Geralmente o animal tem um 
abscesso no fígado e esse rompe para dentro da veia 
cava – pus – veia cava – coração - pulmão – trombose 
pela presença do pus dentro dos vasos do pulmão – 
capilares alveolares – pressão grande – arrebenta – pus 
vai para luz alveolar – mistura de hemorragia e embolia 
de pus. 
 
*Borrachinha para caudectomia em grandes animais – 
congestão, edema, infarto venoso, mumificação/ 
necrose, seca e cai. Complicações: no ponto do corte, 
bactérias entram pelas partes finais dos nervos da cauda 
eqüina, sobem pelos nervos, entram na medula espinal, 
causando inflamação – mielite ascendente, pois sobe até 
o cérebro. 
 
*Tabuleta para desmamar terneiros (parece piercing) – 
corta os dois lados da região do vestíbulo da região 
nasal, bactérias entram, essa região é ligada na 
vasculatura da base do encéfalo, bactérias sobem e 
fazem abscesso que comprime o encéfalo por baixo – 
quadro neurológico semelhante a raiva, começa a cair 
 
Quais os destinos do trombo? 
Resolução 
Propagação 
Organização 
 Com incorporação a parede do vaso 
 Com recanalização 
 
 
 
Trombo em propagação 
 
 
Trombo em organização 
 
 
 
 
O que é coagulação intravascular disseminada (CID)? 
Coagulação intravascular disseminada é uma expressão 
utilizada para definir a ocorrência simultânea de 
múltiplos focos de trombose em vasos sanguíneos de 
diferentes locais do organismo. 
 
Causas de coagulação intravascular disseminada 
Lesão vascular disseminada 
Necrose tecidual massiva 
 
Lesão vascular disseminada associada a CID 
 
 
 
 
Necrose tecidual massiva associada a CID 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consequências da coagulação intravascular disseminada 
Trombose disseminada – múltiplos microinfartos/infarto 
Coagulopatia de consumo  diátese hemorrágica 
 
Coagulopatia de consumo secundária a CID

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