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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA ESPECIALIZAÇÃO EM DERMATOFUNCIONAL EFEITOS DA CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS BRANCAS Viviane Salomão Rosa da Silva GOIÂNIA, 2009 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E FORMAÇÃO INTEGRADA ESPECIALIZAÇÃO EM DERMATOFUNCIONAL EFEITOS DA CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS BRANCAS Viviane Salomão Rosa da Silva GOIÂNIA, 2009 Artigo apresentado como exigência parcial para obtenção do título de especialista em Fisioterapia Dermatofuncional UCG/CEAFI. Orientadora: Patrícia de Sá Barros EFEITOS DA CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS BRANCAS Viviane Salomão Rosa da Silva; Patrícia de Sá Barros Artigo apresentado em ____/____/______, e aprovado pela banca examinadora: NOME ASS. NOTA ______________________ _________________ __________ ______________________ _________________ __________ ______________________ _________________ __________ GOIÂNIA, 2009 EFEITOS DA CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS ATRÓFICAS BRANCAS CARBON DIOXIDE THERAPY EFFECTS IN WHITE STRECH MARKS VIVIANE SALOMÃO ROSA DA SILVA; PATRÍCIA DE SÁ BARROS Resumo: Estrias são atrofias cutâneas adquiridas e apesar da pouca literatura científica publicada a respeito da sua etiologia e tratamento, sabe-se que atinge boa parte da população, especialmente a feminina. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos obtidos no tratamento da estria atrófica branca através da carboxiterapia, verificando a possível melhora da aparência estética da área afetada. Para tanto, realizamos um estudo de caso em um voluntário do sexo feminino, 35 anos, que apresentava estrias atróficas brancas em região lombar. Foram realizados registros da imagem da pele estriada antes e após o tratamento. Conclui-se que houve melhora do aspecto cutâneo da região. Palavras-chave: Estrias, carboxiterapia, tratamento CO2. INTRODUÇÃO A estria é uma atrofia tegumentar adquirida e caracteriza-se por adelgaçamento, pregueamento, secura, menor elasticidade, rarefação dos pêlos, tendência a bilateralidade e de grande incidência em ambos os sexos, especialmente no feminino. Apresenta ainda um aspecto estético desagradável, sendo, portanto, causador de distúrbios emocionais (GUIRRO, GUIRRO, 2004). O aparecimento de estrias está relacionado a diferentes situações clínicas como, por exemplo, o crescimento e/ou aumento de peso repentino, gravidez, alterações endocrinológicas, especialmente as associadas a corticóides e ao estrógeno, exercício vigoroso e algumas infecções como febre tifóide e hanseníase (MILANI et al, 2006). Caracterizam-se clinicamente por uma banda ou linha de cor e textura diferentes da pele normal, podendo ainda apresentar-se em elevação ou depressão do tecido (CARRAMASCHI, 1995 apud WHITE, 2008). No início apresentam aspecto eritemo-violáceo, provavelmente devido a uma resposta inflamatória, associado a uma vasodilatação, por isso são denominadas de estria rubra (striae rubrae) (WATSON, 1998 apud WHITE, 2008). Geralmente, nesta fase, são finas e podem gerar prurido (MILANI et al, 2006). Com o passar do tempo, adquirem aspecto pálido, tornando-se pálidas, em depressão e mais largas, sendo denominadas de estria alba (striae albae) (WATSON, 1998 apud WHITE, 2008). Histologicamente o tecido estriado apresenta epiderme e derme menos espessas, sendo que a última apresenta redução do contorno papilar, desgaste, separação e desorganização das bandas de colágeno, dilatação dos vasos sanguíneos, separação ou ausência de fibras elásticas (TSUJI, 1988; RESINA, 1975 apud WHITE, 2008). A atividade fibroblástica apresenta-se reduzida nesse tecido (CARRAMASCHI, 1995 apud WHITE, 2008). As abordagens terapêuticas existentes atualmente buscam a melhora do aspecto visual das estrias através da promoção da melhora histológica do tecido (WHITE, 2008). O tratamento varia de acordo com o estado evolutivo da estria. Enquanto na estria rubra a aplicação tópica de substâncias como a tretinoína é efetivo, na estria alba é necessário uma intervenção mais agressiva, cujo estímulo gera uma reação inflamatória localizada restabelecendo a integridade do tecido através do aumento da atividade fibroblástica. Dentre os métodos terapêuticos que causam essa resposta inflamatória estão a corrente galvânica filtrada, microdermabrasão, luz pulsada e Dye laser (MILANI et al, 2006). A terapia por dióxido de carbono teve sua origem em 1932, na França, no Royat spas, com o tratamento de pacientes acometidos por arteriopatias obliterantes (BRANDI et al., 2001). Na época a aplicação era feita de forma tópica, sob a forma de banhos secos ou em água carbônica sendo observada a melhora do fluxo sanguíneo da região (LOPEZ; WORTHINGTON, 2006). Carboxiterapia refere-se a técnica de se injetar gás carbônico através da pele com fins terapêuticos (BRANDI et AL, 2001). No início seu uso era restrito ao tratamento de arteriopatias periféricas, insuficiências venosas, úlceras dos membros inferiores e acúmulo de tecido adiposo. Nos dias atuais tem sido empregada no tratamento da lipodistrofia ginóide, estrias, flacidez cutânea, alopecias e gordura localizada (LOPEZ ; WORTHINGTON, 2006). Por ser um metabólito próprio do nosso organismo, atóxico, a utilização terapêutica desse gás é segura, já que o fluxo e o volume total utilizados na carboxiterapia estão dentro da variação fisiológica dos indivíduos (LOPEZ ; WORTHINGTON, 2006; BRANDI ET AL, 2004). Brandi et al demonstraram em 2004, a efetividade da administração subcutânea de CO2 na prevenção da irregularidade cutânea pós lipoaspiração, sendo que este efeito estaria associado à ação lipolítica do gás e à sua ação positiva em relação à elasticidade da pele. Os benefícios gerados pela carboxiterapia seriam atribuídos a vasodilatação arteriolar, neoangiogênese, potencialização do efeito Bohr, aumento da velocidade microcirculatória e ativação de barorreceptores cutâneos provocados pela aplicação do gás CO2 (LOPEZ ; WORTHINGTON, 2006). Em estrias a aplicação é feita em uma velocidade de 60 a 80 ml /min, não sendo importante o volume de gás injetado, mas sim o descolamento, sem lesão vascular, provocado por toda a lesão (LOPEZ ; WORTHINGTON, 2006). Sabe-se que a fisioterapia dermatofuncional é uma especialidade nova e, como tal, carece de trabalhos e pesquisas publicadas. A obtenção de um indício de melhora no tratamento de uma patologia importante como estrias contribui para o desenvolvimento da fisioterapia Dermatofuncional e aumenta a credibilidade dos profissionais da área. Portanto, é importante estudar o efeito da carboxiterapia em pacientes com estrias a fim de observar sua eficácia. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da carboxiterapia no tratamento de estrias atróficas brancas, verificando a possível melhora da aparência estética da região. MATERIAIS E MÉTODOS Este é um estudo de caso, de caráter exploratório e experimental, conduzido em uma clínica de Goiânia – GO. Fez parte do estudo uma voluntária do sexo feminino, de 35 anos de idade, branca e sem história de gestação, apresentando estrias brancas. Foi explicado à paciente os procedimentos do estudo e, em seguida assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Para avaliação utilizamos uma ficha fisioterapêutica (Ficha de avaliação – Estrias, retirada de Guirro;Guirro, p. 407) contendo identificação da participante, ficha clínica e caracterização das estrias. A participante apresentava estrias brancas em região lombar, seios e braços. O aparecimento dessas lesõesfoi atribuído a adolescência e ao ganho e perda de peso. Disse ainda não se lembrar da coloração inicial das estrias, estando atualmente brancas, com diferentes tamanhos e larguras e em leve depressão. A região escolhida para a realização do estudo foi a lombar, por ser a área mais acometida. Após a avaliação foi iniciado o tratamento, que consistiu na aplicação da terapia por dióxido de carbono ou carboxiterapia. O gás CO2 emitido pelo aparelho Carbtek/Duplo (marca/modelo) através de um filtro microbiológico (equipo) e introduzido abaixo da estria por agulhas ½ 30G. Para aplicação da técnica a voluntária foi posicionada na maca em decúbito ventral, sendo realizada a assepsia da pele da região lombar com álcool 70% antes e após o procedimento e descartando sempre a agulha após cada sessão. Foram realizadas oito sessões de infusão de CO2 subcutâneo abaixo da estria, sendo uma sessão por semana, com um fluxo de 80ml/min até que o gás se espalhasse por toda a lesão, sendo este mesmo procedimento repetido nas demais estrias. As sessões tiveram sua duração variando de 15 a 20 minutos. A avaliação e aplicação da carboxiterapia foi realizada pela fisioterapeuta Viviane Salomão Rosa da Silva em todas as sessões e foi supervisionada pela médica responsável pela Clinica. Para avaliar a eficácia da técnica foi realizado o registro da imagem das estrias antes e após o tratamento através de uma câmera digital marca Sony, modelo Cyber-shot 8.1 mega pixels. As imagens foram captadas pela mesma pesquisadora a uma distância de 1,30 cm utilizando fundo preto e o recurso zoom. A voluntária foi orientada a não utilizar antiinflamatórios ou agentes calmantes na região lombar para não prejudicar o processo de reparação tecidual, além de não se expor ao sol.
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