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ANATOMIA E FISIOLOGIA DO RETO E CANAL ANAL

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Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
Anatomia e fisiologia do reto e canal anal 
o O reto faz parte da porção final do TGI – tem início na 3ª vértebra sacral (a nível do promontório) 
estendendo-se por 12-15 cm e terminando no canal anal ao nível dos músculos levantadores do ânus. 
 
o O canal anal é a ultima estrutura do tubo digestivo. Ele é envolvido pelo anel anorretal, formado por: 
• Bordo superior do esfíncter anal interno 
• Esfíncter anal externo 
• Músculo puborretal 
#OBS: O canal anal é limitado superiormente pelo anel anorretal que se estende superiormente 
por 4cm (canal anal cirúrgico). Anatomicamente é mais curto, limitado superiormente pela linha 
pectínea (canal anal anatômico). E o limite inferior corresponde à borda anal 
o O reto é separado do canal anal pela linha pectínea (denteada), que é uma estrutura muito 
importante pois delimita a transição entre dois tecidos embriologicamente distintos o endoderma e o 
ectoderma. 
 
1. DIVISÃO DO CANAL ANAL CIRÚRGICO: 
 1/3 superior – revestido por epitélio colunar – limitado pelas linhas anorretal e pectínea ´ 
 
 1/3 médio – zona transicional/ cloacogênica – representa a junção de dois tecidos 
embriologicamente distintos separados pela linha pectínea. 
▪ É responsável pela percepção da consistência e conteúdo armazenado no reto 
▪ Ao longo da linha encontram-se as colunas e criptas de Morgani e as glândulas anais 
(envolvidas nos processos infecciosos perianais) 
 
 1/3 inferior – anoderme – início na linha pectínea até a fenda anal 
▪ Revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado 
▪ Numerosas terminações nervosas → estímulos tátil, térmico e doloroso 
▪ Plexos hemorroidários externos estão aí localizados 
 
2. SUPRIMENTO SANGUÍNEO: 
 Artérias retais 
▪ Artéria retal superior (=artéria hemorroidária) 
▪ Artéria retal inferior 
▪ Artéria retal média em 40% dos casos está ausente 
A artéria retal superior, também 
chamada de hemorroidária, é a 
continuação da artéria mesentérica 
inferior (AMI), que ao chegar no reto 
divide-se em artéria retal superior e retal 
média, irrigando inclusive o reto baixo. 
A artéria retal inferior é ramo da artéria 
pudenda interna (que é ramo da ilíaca 
interna de cada lado) 
#OBS: Graças as numerosas anastomoses 
intramurais a irrigação arterial do reto 
permite que na ligadura das artérias retais 
superior e média o reto ainda permaneça 
irrigado 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
3. DRENAGEM VENOSA 
 Segue o suprimento sanguíneo arterial 
 Veias retal superior, média e inferior – originam-se dos plexos arteriovenosos submucosos – 
localizados no canal anal distal, os coxins hemorroidários 
 
4. DRENAGEM LINFÁTICA 
 2/3 superiores do reto → vasos linfáticos retais superiores, para linfonodos mesentéricos 
inferiores e paraaórticos 
 1/3 inferior do reto → na direção cranial, para os retais superiores e mesentéricos, e na direção 
lateral para os linfonodos retais médios e ilíacos internos. 
 
 Canal anal – delimitado pela linha pectínea: Acima dela, a drenagem é feita para os linfonodos 
mesentéricos inferiores e paraórticos via linfáticos retais superiores, e abaixo para os linfonodos 
perianais e inguinais. 
 
#OBS: Na mulher, a drenagem linfática também se pode dar para o fundo-de-saco, ovário e 
parede vaginal (Fig.1.4). 
 
5. ORIGEM 
 Reto e canal anal proximal a linha pectínea → 
ENDODERMA (intestino posterior) 
 Canal anal distal → ECTODERMA 
 
6. DIVISÃO TECIDUAL 
 Epitélio colunar simples – reto – acima da linha 
pectinada 
 Epitélio estratificado pavimentoso distal – canal 
anal – abaixo da linha pectinada 
 
7. INERVAÇÃO 
 Autônoma (“involuntária”) – proximal 
(reto) 
▪ Inervação simpática 
✓ dos 2/3 superiores do reto – origem em 
L1, L2, L3 na medula 
✓ do 1/3 inferior nervos pré-sacrais (plexo 
hipogástrico) 
 
▪ Parassimpática – S2-S4 - nervos esplâncnicos 
pélvicos 
 
▪ Esfíncter anal interno (involuntário) – músculo liso – ramos de S2, S3 e ramo perineal 
do pudendo (S4) 
✓ Parassimpático – colinérgico – relaxamento 
✓ Simpático – noradrenérgico – contração 
 
 Somática – distal (canal anal) 
▪ Nervo pudendo – músculo elevador do ânus e músculo esfíncter externo (fibras 
musculares estriadas) → voluntária 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
#OBS: A sensibilidade da região anorretal é dada 
por terminações nervosas intrínsecas. A 
percepção anal da chegada do conteúdo fecal é 
função da inervação de ramos retais inferiores 
dos nervos pudendos 
 
 
o Na região da linha pectinada encontramos as 
colunas retais, compostas pelas criptas 
(criptas de Morgagni), no interior dos quais os 
ductos excretores das glândulas anais se 
abrem 
 
 
8. MUSCULATURA: Sendo um órgão responsável pelo armazenamento e posterior excreção de tudo 
que não fora absorvido da digestão, junto com as bactérias, essa região possui uma grande rede 
muscular para manter o tônus funcionante. 
 Musculo esfíncter externo – fibras estriadas - VOLUNTÁRIAS 
 Musculo esfíncter interno – fibras lisas - INVOLUNTÁRIO 
 
FISIOLOGIA ANORRETAL 
o O reto tem como principal função armazenar o conteúdo do cólon. Dessa forma, em condições normais 
ele deve ter complacência elevada e baixas pressões 
 
o O início do ato defecatório é marcado pelo aumento da pressão intra-retal, necessário para 
vencer a barreira do canal anal, determinada pelo tônus dos músculos que compõem o anel anorretal. A 
rápida elevação dos níveis pressóricos dentro do reto ativa um mecanismo que relaxa o esfíncter anal 
interno e contrai o externo (reflexo inibitório reto-anal), permitindo o contato do conteúdo retal com a 
zona sensitiva do canal anal proximal que, via transmissão aferente ao córtex cerebral, permite discernir 
a natureza do material a ser eliminado (reflexo de amostragem). 
• OBS: Em doenças que cursam com desnervação, como as de Hirschsprung e de Chagas, o reflexo 
inibitório reto-anal é ausente ou anormal 
 
o O tônus esfincteriano é o principal mecanismo envolvido na continência anal, e é constituído 
pela ação conjunta de: 
• Esfíncter anal interno – fibras musculares lisas (involuntárias) 
• Esfíncter anal externo (+ musculo puborretal) – fibras musculares estriadas (voluntária) → 
garante continência e reflexo oclusivo pós 
evacuação 
• Coxins hemorroidários

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