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Ministério do Meio Ambiente Secretaria Executiva Departamento de Articulação de Ações da Amazônia Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Catálogo de publiCações do programa piloto para proteção das Florestas tropiCais do brasil 17 anos de atuação na amazônia e mata atlântiCa República Federativa do Brasil Presidente – Luís Inácio Lula da Silva Vice-Presidente – José Alencar Gomes da Silva Ministério do Meio Ambiente Ministro – Carlos Minc Baumfeld Secretaria Executiva Secretária – Izabella Mônica Vieira Teixeira Departamento de Articulação de Ações da Amazônia Diretor – Mauro Oliveira Pires Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Coordenadora – Nazaré Lima Soares Ministério do Meio Ambiente Secretaria Executiva Departamento de Articulação de Ações da Amazônia Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil Brasília, 2009 Catálogo de publiCações do programa piloto para proteção das Florestas tropiCais do brasil 17 anos de atuação na amazônia e mata atlântiCa Secretaria Executiva – Secex Departamento de Articulação de Ações da Amazônia – DAAM Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil SEPN 505 bloco B. Edifício Marie Prendi Cruz, 2º andar. Asa Norte 70730-542 – Brasília-DF Tel.: 55 61 3105-2093 Fax: 55 61 3274-7704 E-mail: programapiloto@mma.gov.br Texto: Marli Teresinha dos Santos Coordenação editorial: Larissa Ribeiro Barbosa Apoio: equipe da Coordenação do Programa Piloto Capa, projeto gráfico e editoração eletrônica: Extrema Comunicação Orientações para normalização bibliográfica:Ibama Helionídia Carvalho de Oliveira © Ministério do Meio Ambiente Distribuição dirigida: 5.000 exemplares Venda proibida Catalogação na Fonte Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis C357 Catálogo de publicações do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil: 17 anos de atuação na Amazônia e Mata Atlântica /PPG7. – Brasília: MMA, 2009. 220 p. ; 29 cm. DVD. Bibliografia 1. Catálogo (publicação). I. Ministério do Meio Ambiente. II. Secretaria Executiva. III. Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais – PPG7. IV. Título. CDU(2.ed.)504 Conceitos e opiniões emitidos neste catálogo são de inteira responsabilidade dos autores citados. SIGLAS SIGNIFICADO AAFI Agentes Agroflorestais Indígenas AAV Agentes Ambientais Voluntários ABANNE Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste ADA Agência de Desenvolvimento AM Amazonas AMA Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise AMF Áreas de Manejo Florestal APA Associação dos Produtores Alternativos APRuRAM Associação dos Produtores Rurais Rolimourense para Ajuda Mútua ASC Agrosilvicultural ASP Agrosilvipastoril ASPAC Associação de Silves para Preservação Ambiental e Cultural BCDAM Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CATIE Centro Agronômico Tropical de Investigação e Ensino CCA Corredor Central da Amazônia CCMA Corredor Central da Mata Atlântica CDS Centro de Desenvolvimento Sustentável - UnB CEC Centro Estatístico Comunitário CENA Centro de Energia Nuclear na Agricultua - USP CENA Diagnóstico de Necessidades de Aprimoramento de Capacidades CENAFLOR Centro Nacional de Treinamento e Capacitação Florestal CENTRu Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural CGTT Conselho Geral da Tribo Ticuna CIF Classe de Identificação do Fuste CLA Centro de Lançamento de Alcântara Lista de Siglas CNuMAD Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento CONDESSA Consórcio pelo Desenvolvimento Socioambiental da BR 163 CPT Comissão Pastoral da Terra CTI Centro de Trabalho Indigenista DAP Diâmetro à Altura do Peito DLIS Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável DRP Diagnóstico Rural Participativo EIA Estudo de Impacto Ambiental EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EPI Equipamento de Proteção Individual FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FASE Federação dos Órgãos de Assistência Social e Educacional FBDS Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável FETRAGRI Federação Estadual de Trabalhadores na Agricultura FINEP Financiadora de Estudos e Pesquisas FLONA Floresta Nacional FNMA Fundo Nacional do Meio Ambiente FNO Fundo Constitucional do Norte FNS Fundação Nacional da Saúde FuNAI Fundação Nacional do Índio FVPP Fundação Viver, Produzir e Preservar G-7 Grupo que reúne os países mais industrializados do Planeta GPD Grupo de Preservação Ambiental GRANAV Grupo Ambiental Natureza Viva GTA Grupo de Trabalho Amazônico GTZ Deutsche Gesellschaft für Technische Zusammenarbit – Cooperação Técnica Alemã IARA Instituto Amazônico de Manejo dos Recursos Ambientais IBAM Instituto Brasileiro de Administração Municipal IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICV Instituto Centro de Vida IFC Inventário Florestal Contínuo IIEB Instituto Internacional de Educação do Brasil IMAZON Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia IMT Instituto de Medicina Tropical do Amazonas INAM Instituto Natureza Amazônica INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INPA Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPAM Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ISA Instituto Socioambiental ISPN Instituto Sociedade, População e Natureza JACAREx Projeto Joint Amazonian Carbon Experiment MACOE Projeto Manaus Atmospheric CO2 Experiment MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário MDTx Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu MEB Movimento de Educação de Base MFC Manejo Florestal Comunitário MMA Ministério do Meio Ambiente MPEG Museu Paraense Emílio Göeldi MPST Movimento pela Sobrevivência da Transamazônica e Xingu MVS Meios de Vida Sustentáveis NAEA Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA OEMAS Órgãos Estaduais de Meio Ambiente ONG Organização Não-Governamental PA Pará PDA Subprograma Projetos Demonstrativos PDPI Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas PFC Projeto Frutos do Cerrado PFN Programa de Florestas Nacionais PFNM Produtos Florestais Não-Madeireiros PGAI Projeto de Gestão Ambiental Integrada PLANAFLORO Plano Nacional de Florestas de Rondônia PNF Programa Nacional de Florestas PPG7 Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil PPTAL Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal PRCA Plano Regional de Capacitação Ambiental PROAMBIENTE Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural PROARCO Programa de Prevenção aos Incêndios Florestais no Arco do Desmatamento PROFOR 163 Projeto de Fortalecimento da Participação Social no Plano da BR 163 PROMANEJO Projeto de Apoio ao Manejo Florestal PROTEGER Projeto de Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais PROVáRZEA Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea PSA Pagamento por Serviços Ambientais RADAM Projeto Radar na Amazônia REBRAF Rede Brasileira Agroflorestal REDD Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal RESEx Projeto Reservas Extrativistas RFC Rede Frutos do Cerrado RFT Rain Forest Trust Fund RIMA Relatório de Impacto ao Meio Ambiente RMA Rede de ONGs da Mata Atlântica RPPN Reservas Particulares do Patrimônio Natural SAF Sistema Agroflorestal SASOP Serviço de Apoio às Organizações Populares Rurais SCA Secretaria de Coordenação da Amazônia SCM Sociedade Civil Mamirauá SEATER Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal do Acre SIPAM Sistema de Proteção da Amazônia SLAPR Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedade Rurais SNuC Sistema Nacionalde Unidades de Conservação SPC&T Subprograma de Ciência e Tecnologia SPRN Subprograma de Política de Recursos Naturais SQA Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos TCA Tratado de Cooperação Amazônica TI Terra Indígena uFAM Universidade Federal do Amazonas uNIFAP Universidade Federal do Amapá uNIPOMA Unidade Integrada de Policiamento Ambiental em Santarém uPA Unidade de Produção Anual WWF World Wide Fund for Nature ZEE Zoneamento Ecológio-Econômico ÍNDICE Introdução ............................................................................................................15 O Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7 ..........17 Resumos – publicações dos Subprogramas e Projetos .........................................17 1. AMA – Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise ......................................19 2. Corredores Ecológicos – Projeto Corredores Ecológicos ...............................37 3. GTA – Grupo de Trabalho Amazônico e os projetos Fortalecimento Institucional do GTA e Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia (Proteger II) ...............................................................................45 4. PDA – Subprograma Projetos Demonstrativos ...............................................53 5. PDPI – Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas ...................................69 6. PPTAL – Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal .............................................................79 7. ProManejo – Projeto de Apoio ao Manejo Florestal Sustentável na Amazônia 83 8. ProVárzea – Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea....................123 9. RMA – Rede de ONGs da Mata Atlântica – Projeto de Apoio Institucional à RMA ............................................................177 10. SPCT – Subprograma de Ciência e Tecnologia ............................................181 11. SPRN – Subprograma de Política de Recursos Naturais ..............................213 14 15 INTRODuçãO Para que o conhecimento e experiências do Programa Piloto para a Prote- ção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7) se mantenham vivos, o Minis- tério do Meio Ambiente construiu esse catálogo com resumos de publica- ções dos diversos subprogramas e projetos do PPG7 e colocou também em meio digital, em anexo, a íntegra dessas publicações. O Programa Piloto gerou inúmeros estudos técnicos e científicos que aju- daram a construir políticas públicas ambientais voltadas para o desenvol- vimento sustentável. Ao longo de seus 17 anos de existência, o Programa Piloto implantou 26 subprogramas e projetos que contribuíram para ampliar o conhecimento do meio ambiente da floresta Amazônica e Mata Atlântica brasileiras. Investiu recursos em cinco linhas de ação: experimentação e demonstração; conservação de áreas protegidas; fortalecimento institu- cional; ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável; lições e disseminação de conhecimentos. A maior parte dos subprogramas e projetos já está encerrada e uma parte pequena caminha para a consolidação. O grande desafio agora é não dei- xar perder o conhecimento gerado nesses 17 anos de intensa atividade, que foi capaz de contribuir para a criação de guias e orientação ambiental, como novas ferramentas de gestão, controle social e criar forte compromis- so ambiental nos diferentes níveis de governo. Este catálogo possui resumos das obras publicadas, cada um com cerca de 250 palavras, sendo que os menores somam aproximadamente 120 pala- vras. Os resumos retratam o principal ponto da publicação e usam o mesmo tipo de linguagem do texto original. Têm o objetivo de ajudar o leitor a decidir se lerá o artigo ou o livro todo. 16 17 O Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil O Programa Piloto surgiu em 1990, na Convenção de Houston, que reuniu os países do G7, em prol da proteção das florestas tropicais brasileiras, e foi ratificado na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), a Rio 92. O mundo vivia a onda contra a de- vastação da floresta Amazônica. Governos e sociedade civil estavam juntos na procura por soluções que poderiam combinar a conservação da floresta Amazônica e da Mata Atlântica com o uso sustentável de seus recursos naturais, ao mesmo tempo em que essas soluções poderiam melhorar as condições de vida da população local. Depois de 17 anos, entre negociação e implementação de 26 subprogramas e projetos, o Programa Piloto tem experiências de sucesso e de desafios que merecem ser divulgadas. O Programa conduziu inúmeros estudos e proporcionou o aprendizado de diversas lições sobre manejo socioambien- tal das florestas brasileiras. O Programa Piloto teve e ainda tem um papel importante na criação de políticas públicas ambientais voltadas para o de- senvolvimento sustentável, especialmente devido ao grande conhecimento gerado e ainda ao estímulo e habilidade de mobilização social de seus diver- sos subprogramas e projetos. O PPG7 é uma iniciativa do governo brasileiro em parceira com a comuni- dade internacional. Está sendo considerado um dos maiores programas de cooperação multilateral relacionado a uma temática ambiental de importân- cia global. Foi financiado pelos governos dos países do G7, Países Baixos e União Européia. Os recursos foram complementados com contribuição do próprio governo brasileiro, governos dos estados e sociedade civil. O Banco Mundial administrou o Rain Forest Trust Fund (RFT), criado para absorver as contribuições dos diferentes doadores. Resumos – publicações dos Subprogramas e Projetos Os resumos retratam de forma concisa os principais pontos da publicação, incluindo o problema inicial, metodologia, achados e conclusões principais. Foram divididos por subprogramas e projetos em ordem alfabética e estão editados dos mais recentes para os mais antigos. 18 19 1 AMA Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise O Projeto AMA nasceu no ano 2000 para desempenhar um papel chave no PPPG7 com a sistematização de lições aprendidas dos projetos e subprogramas por meio do monitoramento, estudos, análises e disseminação de aprendizados. O Projeto trabalhou com identificação e análise de lições estratégicas, com a visão de disse- miná-las para contribuírem para a formulação de políticas públicas. O AMA foi implementado pelo Ministério do Meio Ambiente com três linhas de atuação: 1) realização de assistência técnica e capacitação em ferramentas de monitoramento e avaliação, com ênfase na análise de impactos e na sistematização do conhecimento, como instrumentos para ges- tão de projetos e para geração de subsídios para políticas públicas; 2) promoção de estudos e análises sobre iniciativas inovadoras do Programa Piloto e outros temas estratégicos para o desenvolvimen- to sustentável da Amazônia e da Mata Atlântica; 3) disseminação de lições aprendidas e outros conhecimentos estra- tégicos do Programa Piloto por meio de publicações e organização de debates, seminários e outros eventos para troca de experiências e diálogo com agentes de políticas públicas. Esse projeto, vinculado à Coordenação do Programa Piloto, editou 24 publicações. 20 AMA1 WUNDER, S. (Coord.). Pagamentos por serviços ambientais: perspectivas para a Amazônia Legal. 2. ed., rev. Brasília: MMA, 2009. 144 p. (Série Estudos, 10) O conceito de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), segundo a literatura, é uma transação voluntária, na qual um serviço ambiental bem definido ou um uso da terra que possa assegurar este serviço é comprado por, pelo menos, um comprador de pelo menos um provedor, sob a condição de o provedor garantir a provisão deste serviço. Quase todos os PSA existentes compreendem serviços ambientais associados a quatro categorias: 1) retenção e captação de carbono; 2) conservação da biodiversidade; 3) conservação dos serviçoshídricos e 4) conservação de beleza cênica. Este estudo foca nas oportunidades mais freqüentes na Amazônia, ou seja, PSA ligado a biodiversidade e carbono. O PSA local é o pagamento direto aos provedores de serviços, como nos exemplo do Programa Bolsa Floresta do Estado do Amazonas e do Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural (Proambiente) do governo federal. O PSA internacional ocorre quando um país ou entidade administrativa recebe pagamentos para implementar políticas voltadas à provisão de serviços ambientais. Os PSA internacionais estão sendo discutidos no âmbito do desmatamento evitado ou Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). Um PSA para a Amazônia brasileira tem como motivação os altos índices de desmatamento e a predominância de políticas de comando e controle que se mostram ineficientes para reduzir a degradação ambiental. No entanto, existem precondições para o funcionamento de um PSA: precondição econômica, cultural, institucional e informacional. Essas precondições podem ser superadas, mas a precondição institucional, sobretudo referentes à propriedade da terra, representa o impedimento mais crítico. Apesar disso, a Amazônia apresenta um grande potencial de oferta de serviços ambientais relacionado à biodiversidade e retenção de carbono em florestas naturais, embora não haja uma demanda estabelecida em âmbito internacional para aportar esquemas de PSA em escala regional na Amazônia brasileira. AMA2 ASCHER, P.; VALARELLI, L. L. Monitoramento de Impacto: uma proposta metodológica. Brasília: MMA, 2008. 80 p. (Série Monitoramento & Avaliação, 4) A publicação propõe um método alternativo e prático de construção de um sistema de monitoramento de impacto. A premissa básica dessa proposta metodológica é a de que a principal tarefa do monitoramento é o aprendizado. Na primeira parte do livro, são apresentadas as características, 21 intenções e lógicas dos projetos de desenvolvimento sustentável, as razões e necessidades de monitoramento durante sua implementação e os diferentes tipos de monitoramento úteis na gestão de projetos. Na segunda parte, são mostradas diferentes abordagens de gestão de projetos e diretrizes ou estratégias próprias para o desenho de sistema de monitoramento e avaliação do projeto. A terceira parte desenvolve, passo a passo, um exemplo de construção de uma estratégia de monitoramento de impactos utilizando um caso exemplo fictício, relacionado a um projeto de produção agrícola sustentável. Além disso, um dos capítulos aborda as questões relativas ao universo de indicadores, visando os procedimentos de formulação e construção de indicadores para o monitoramento de projetos. AMA3 SAUER, S. (Coord.). Experiências inovadoras em prevenção e controle de queimadas na Amazônia brasileira. Brasília: MMA, 2007. 96 p. (Série Estudos, 9) O objetivo principal desse estudo é analisar, de forma comparativa, a eficiência de estratégias de atuação na prevenção e controle de queimadas na Amazônia brasileira, adotadas pelos projetos Reviver, Roça sem Queimar, Fogo: Emergência Crônica e Proteger, que possam contribuir com a formulação e a implementação de políticas públicas orientadas a prevenir e controlar o uso do fogo. A preocupação com o uso indiscriminado do fogo e suas conseqüências resultou em várias iniciativas governamentais e não- governamentais na Amazônia. Os quatro projetos obtiveram efetividade na implantação e no desenvolvimento de várias ações alternativas ao uso do fogo, como cultivo de roças sem fogo, criação de abelhas e peixes, plantio de sistemas agroflorestais, recuperação de áreas degradas, uso intensivo de pastagens, construção de viveiros, dentre outras. Essa efetividade é resultado de algumas estratégias de implantação das ações: a) utilização da base organizativa já existente; b) implementação de um processo de diálogo e envolvimento das lideranças e organizações sociais do segmento familiar nas atividades dos projetos; c) envolvimento das prefeituras; d) complementaridade de ações entre alguns projetos, inclusive com programas governamentais. Uma das grandes lacunas, observada em todos os quatro projetos estudados, é a ausência de uma assistência técnica adequada e constante. Além disso, são lacunas a ausência de pesquisas científicas capazes de oferecer alternativas à pequena produção e a existência de linhas de crédito baseadas na produção químico-mecânica. Como conclusão, o estudo indica que os projetos possuem características bem particulares e a replicabilidade das estratégias depende, entre outros aspectos, de uma discussão com os atores locais para os quais os projetos futuros se destinam. A principal área a ser incentivada, tendo como base a experiência dos projetos, é readequar as linhas crédito, incentivar a assistência técnica, realizar capacitação gerencial e mercadológica de produtores familiares na Amazônia. 22 AMA4 GUERRA, R.; ASCHER, P. Estratégias e métodos de monitoramento em projetos de proteção das florestas tropicais brasileiras. Brasília: MMA, 2006. 214 p. (Série Monitoramento & Avaliação, 3) A publicação traz uma série de artigos que retratam a riqueza de conhecimentos em monitoramento adquirida pelos projetos do PPG7. O primeiro artigo desta publicação foi desenvolvido pelo Projeto AMA, que oferece ao leitor uma visão geral sobre a evolução do monitoramento e avaliação nos projetos do Programa Piloto e fornece pistas para que um sistema de monitoramento seja eficaz e funcional. Em seguida, o livro apresenta um artigo desenvolvido pelo Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA), que retrata os aprendizados da construção de um sistema de monitoramento participativo. No terceiro texto apresenta- se uma experiência dos Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI) que acompanhou 70 pequenos projetos de organizações indígenas na Amazônia. São mostradas também experiências do Subprograma de Política de Recursos Naturais (SPRN), do Projeto de Mobilização e Capacitação de Produtores Familiares para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia Brasileira (Proteger), que apresenta o seu monitoramento participativo com o envolvimento de 1684 famílias nos 53 municípios da área de abrangência do projeto. São apresentadas também as lições de monitoramento do Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (ProVárzea) e do monitoramento da primeira fase do Subprograma de Ciência e Tecnologia (SPC&T). O último artigo retrata um outro método de monitoramento, voltado a observar as mudanças na proteção e na conservação da biodiversidade, implementado pelo Projeto Corredores Ecológicos. AMA5 HOLLIDAY, O. J. Para sistematizar experiências. Tradução de: Maria Viviana V. Resende. 2. ed., rev. Brasília: MMA, 2006. 128 p. (Série Monitoramento & Avaliação, 2) Um dos maiores desafios dos programas de políticas públicas está na disseminação e ampliação das experiências bem sucedidas e na incorporação das aprendizagens geradas de forma a que estas se traduzam em políticas indutoras de um novo modelo de desenvolvimento. Desta forma, sistematizar experiências é um desafio político pedagógico de suma importância. No âmbito do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, a sistematização é um instrumento relevante para contribuir no enfrentamento aos desafios que estão colocados, pois estas experiências contêm aprendizagens fundamentais que podem ser disseminadas, além de serem potenciais indutores de políticas públicas sustentáveis. O livro aborda as dificuldades da sistematização e indica 23 pistas, faz algumas reflexões teóricas e metodológicas como pautas operativas de sistematização, que surgiram de experiências práticas. Esta publicação pretende ser um instrumento para a reflexão crítica e uma ferramenta de planejamento dos processos de sistematização de experiências, bem como o fomento à disseminação de lições aprendidas. AMA6 INSTITUTO DE PESQUISAAMBIENTAL DA AMAZÔNIA – IPAM. A grilagem de terras públicas na Amazônia brasileira. Brasília: MMA, 2006. 108 p. (Série Estudos, 8) O estudo examina os principais problemas que persistem nos órgãos fundiários e ambientais federais. Faz uma avaliação das principais medidas que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), podem tomar para regularizar as áreas ocupadas e também para estabelecer critérios para destinar as terras públicas na Amazônia brasileira. Os estudos de caso centrais foram a região de São Félix do Xingu e parte da área de influência da BR-163, ambas no Estado do Pará. A Amazônia tornou-se um grande palco de disputa entre vários atores, com interesses distintos que geram problemas pela disputa da terra e dos recursos naturais. Como se isso não bastasse são contínuas as violações dos direitos indígenas, das posses das populações tradicionais e dos posseiros. Assim, o estudo enfatiza que o combate à grilagem de terras e à violência no campo não pode ser visto como uma política de curto prazo, nem se basear apenas em ações pontuais e desconexas. Outro ponto relevante tratando-se de propriedades rurais na Amazônia (pequena, média e grande) é o constante trabalho que deve ser realizado visando fortalecimento da cidadania e da proteção ambiental. Neste contexto, apresentam-se dois aspectos importantes do combate à grilagem de terras na Amazônia: a elaboração de critérios de regularização fundiária da pequena, média e grande ocupação; e os critérios para a destinação de terras públicas, privilegiando a pequena propriedade familiar. AMA7 INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL – ISA/ INSTITUTO CENTRO DE VIDA – ICV. Sistema de licenciamento ambiental em propriedades rurais no estado de Mato Grosso: análise de sua implementação. Brasília: MMA, 2006. 177 p. (Série Estudos, 7) O Estado de Mato Grosso implementa desde 1999 um sistema inovador de controle e monitoramento dos desmatamentos em propriedades rurais, denominado Sistema de Licenciamento Ambiental em Propriedades Rurais 24 (SLAPR), com incorporação da tecnologia de sensoriamento remoto e da proposta de integração das atividades de monitoramento, licenciamento e fiscalização dos desmatamentos. O trabalho proposto pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio do Projeto AMA e PPG7, vem com o objetivo de analisar o SLAPR, avaliar sua eficácia e identificar as principais causas e correlações com os desmatamentos. As análises oferecem subsídios para a implementação de sistemas de controle e licenciamento em propriedades rurais nos demais estados da Amazônia Legal, com base na avaliação de aspectos jurídicos e fundiários, fiscalização e responsabilização, aspectos institucionais de gestão e transparência, aspectos tecnológicos e mecanismos de apoio ao controle de desmatamento sob responsabilidade de outros setores do governo federal. A equipe multidisciplinar responsável pelo estudo (composta pelas equipes do Instituto Centro de Vida – ICV e do Instituto Socioambiental – ISA) participou de seminários e reuniões, realizou oficinas, e entrevistou vários integrantes de instituições públicas atuantes no Estado de Mato Grosso. Dentre eles, produtores rurais, empresas de consultoria em geoprocessamento, organizações não- governamentais. Realizou-se, ainda, coleta, produção e análise de dados, estudo da legislação aplicável, análises documentais de processos judiciais e administrativos. O aperfeiçoamento dos sistemas de gestão ambiental em propriedades rurais na Amazônia e o monitoramento e controle do desmatamento na região são contribuições já observadas. AMA8 ALMEIDA, A. W. B. de. Os quilombolas e a base de lançamento de foguetes de Alcântara: laudo antropológico. Brasília: MMA, v. 1, 2006. 212 p. O laudo antropológico apresenta o resultado da perícia realizada nas comunidades remanescentes de quilombos do Município de Alcântara, Estado do Maranhão, produzido por determinação da Procuradoria Geral da República do Ministério Público Federal, após instauração de Inquérito Civil Público para apurar possíveis irregularidades verificadas na implantação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). As comunidades buscam seus direitos ao território e à autodeterminação étnico-racial, desde a década de 1980, quando iniciou-se a instalação do CLA, ao considerar que as ações de deslocamento compulsório afetam as comunidades negras rurais decidiu-se pela ação. Após audiências públicas realizadas em Alcântara e São Luís que assinalaram inconsistências no EIA-Rima, sobretudo aquelas relativas às relações antrópicas e étnicas, ocorreram os trabalhos de pesquisa e a elaboração dos argumentos para responder aos quesitos que orientaram a perícia e o trabalho de campo, envolvendo consultas a fontes secundárias, produção de mapas e obtenção de dados in loco. O laudo final foi subdividido, para efeitos de ordem de exposição, em duas partes, a primeira atendo-se à relação entre os princípios elementares de investigação científica e os procedimentos necessários à produção das 25 chamadas provas periciais, trabalhos de pesquisa que fundamentam e subsidiam as conclusões. Nas visitas aos povoados para identificação das comunidades e estabelecimento da relação entre fato histórico e identidade coletiva conduziu-se o trabalho de campo não aos lugares institucionais das lideranças políticas ou econômicas, mas a pessoas de uma posição social singular, os mais idosos. O laudo constitui-se, então, de uma contextualização histórica e registros demográficos da instalação dos quilombos em Alcântara, além de uma definição do território de acordo com a descrição dos habitantes e da verificação in situ. AMA9 ALMEIDA, A. W. B. de. Os quilombolas e a base de lançamento de foguetes de Alcântara: laudo antropológico. Brasília: MMA, v. 2, 2006. 145 p. O laudo antropológico apresenta o resultado da perícia realizada nas comunidades remanescentes de quilombos do Município de Alcântara, Estado do Maranhão, produzido por determinação da Procuradoria Geral da República do Ministério Público Federal, após instauração de Inquérito Civil Público para apurar possíveis irregularidades verificadas na implantação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). O resultado final foi subdividido, para efeitos de ordem de exposição, em duas partes, a segunda consistindo numa resposta aplicada e mais direta aos quesitos propriamente ditos, formulados pelos procuradores, esforço analítico como pressuposto imediato para as argumentações correspondentes. No Despacho o Procurador delineou os onze quesitos a serem desenvolvidos pelo perito, que embora já tenham orientado o trabalho de campo pericial e sido objeto de respostas, com a devida fundamentação, distribuídas no curso da análise dos dados da primeira parte, são respondidos diretamente na segunda parte, que contém nos anexos as fontes documentais e arquivísticas mais importantes e o registro fotográfico. AMA10 TONI, F.; PACHECO, P. Gestão ambiental descentralizada: um estudo comparativo de três municípios da Amazônia brasileira. Brasília: MMA, 2005. 73 p. (Série Estudos, 6) O documento é o relatório final da “Análise das experiências inovadoras de gestão ambiental descentralizada em nível municipal”, realizado para o Projeto AMA do PPG7. Alguns municípios têm se destacado por sua atuação na área ambiental, uns fazem em resposta direta às poucas 26 políticas indutoras do governo federal, como aquelas implementadas por meio do Subprograma de Política de Recursos Naturais (SPRN); outros, por iniciativa própria. E este trabalho faz uma análise comparativa das experiências de três municípios da Amazônia brasileira - Juína, no Estado de Mato Grosso, Itaituba e Marabá, no Estado do Pará. O trabalho aborda de maneira reflexiva as experiências de gestão ambiental descentralizada e compartilhada tidas como inovadoras pelo Ministério do Meio Ambiente. O objetivo principal do trabalho foide conhecer os fatores que determinam o maior ou menor envolvimento dos governos municipais com a gestão ambiental e de identificar lições aprendidas sobre processos de gestão ambiental descentralizada e compartilhadas nos níveis federal, estadual e municipal. Destacando também, as atribuições e funções no âmbito da legislação vigente. O estudo utiliza cinco parâmetros de análises: 1) estrutura física e recursos humanos das secretarias municipais de meio ambiente; 2) políticas, programas e instrumentos de gestão ambiental aplicados nos municípios; 3) desenvolvimento do marco jurídico ambiental municipal; 4) participação popular na elaboração das políticas ambientais; e 5) articulação entre os órgãos governamentais e ONGs envolvidas com a gestão ambiental. Assim, o relatório contribui para a reflexão que existem experiências inovadoras de gestão ambiental que ajudam a derrubar alguns mitos sobre a descentralização. AMA11 BARBANTI JÚNIOR, O. Políticas de desenvolvimento sustentável no Acre: contribuições do SPRN. Brasília: MMA, 2005. 59 p. (Série Estudos, 5) O trabalho teve por objetivo investigar como e em que intensidade foram subsidiadas as políticas públicas de descentralização da gestão ambiental no Estado do Acre, através da análise da contribuição do Subprograma Políticas de Recursos Naturais (SPRN), do PPG7. As contribuições mais evidentes do SPRN que influenciaram positivamente a criação e implementação de políticas públicas e políticas de organizações privadas no Estado do Acre referem-se à gestão ambiental, em especial, zoneamento e monitoramento ligados a introdução da prática do georreferenciamento e uso de imagens de satélite no processo de licenciamento e fiscalização. O conjunto de atores envolvidos foi identificado, caracterizando uma dificuldade metodológica, visto que, antigos participantes das ONGs locais passaram a trabalhar para o governo estadual, tornando imprecisa a linha divisória entre sociedade civil e governo. No entanto, a participação pública promoveu a inserção social do seringueiro e do indígena, além de envolver o Ministério Público, a Justiça e a iniciativa privada, aparentemente não houve envolvimento do Poder Legislativo, tanto estadual quanto 27 municipal. O mainstreaming de práticas de gestão agroflorestal no processo de extensão rural da SEATER acreana, sendo incorporadas às experiências trazidas de iniciativas pontuais de extensão agroflorestal desenvolvidas por ONGs e movimentos sociais no Estado e em outras regiões da Amazônia, merece destaque. Foi realizado um grande número de cursos de capacitação com utilização da metodologia conhecida como Diagnósticos Rurais Participativos (DRP), bem como da formulação de planos estratégicos e de desenvolvimento, isto significou uma mudança na concepção burocrática e autocrática presente em sistemas clássicos de extensão rural. AMA12 SANTOS, M. Aprendizados do Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea - ProVárzea. Brasília: MMA, 2005. 53 p. (Série Estudos, 4) O objetivo do estudo foi definir como e em que intensidade o ProVárzea contribuiu para uma política pública mais específica e coerente relacionada à gestão e ao uso dos recursos naturais da várzea na Amazônia, com ênfase em duas áreas: os acordos de pesca e a regularização fundiária na várzea. Para a realização do estudo foram entrevistadas pessoas ligadas ao Projeto, no Pará, Amazonas e Brasília e analisados os documentos de construção do ProVárzea. Os principais problemas que deram origem ao Projeto foram a ausência de gestão da várzea, a degradação dos recursos naturais, os conflitos ligados à pesca, a falta de regularização fundiária e as ações não coordenadas dos diferentes níveis de governo na Amazônia. Os documentos de origem alertavam que o processo de desenvolvimento da região estava e está provocando a degradação progressiva da área, problemas ambientais e conflitos sociais. Os acordos de pesca são normas criadas pela comunidade com ajuda dos órgãos ambientais para controle da pesca em determinada região. O processo de construção dos acordos não é fruto único do ProVárzea, mas de movimentos sociais e ONGs antes mesmo da criação do Projeto. O ProVázea, no entanto, agilizou o processo em alguns anos. Os moradores da várzea não possuem título da terra. O grau de institucionalização pretendido é a criação de normas legais que permitam a concessão de direito de uso do terreno de várzea por meio de um processo que inclui várias etapas. O ProVárzea investiu nos estudos técnicos sobre o assunto e na mobilização social para discutir o tema, mas ainda não chegou a gerar nenhuma norma jurídica. A próxima fase é internalizar o ProVárzea dentro dos órgãos do governo, caso contrário todo o conhecimento gerado será subutilizado. 28 AMA13 VERÍSSIMO, A. Influência do Promanejo sobre políticas públicas de manejo florestal sustentável na Amazônia. Brasília: MMA, 2005. 49 p. (Série Estudos, 3) A concepção geral do Projeto de Apoio ao Manejo Florestal (ProManejo) foi de aumentar a área de floresta manejada e inibir a elevada proporção de exploração madeireira predatória na Amazônia. O ProManejo alcançou resultados importantes no âmbito das políticas públicas, sendo concebido como um projeto de gestão descentralizada. Para avaliar aspectos que contribuíram para o sucesso do ProManejo, neste estudo são destacadas três políticas: a criação do Centro Nacional de Treinamento e Capacitação Florestal (Cenaflor), a gestão participativa da Flona Tapajós por meio do Conselho Consultivo da Unidade no Pará e o Programa de Crédito Florestal do Banco da Amazônia (FNO) Floresta. Outro ponto de destaque foi a definição dos problemas a serem resolvidos e dos atores governamentais e não governamentais como: madeireiros, exportadores, compradores, populações tradicionais, povos indígenas, profissionais liberais do setor florestal e atores centrais envolvidos no processo. Para avaliar com maiores detalhes os aspectos que contribuíram efetivamente para o bom êxito do ProManejo foram realizadas entrevistas com os atores chaves nas cidades de Brasília, Manaus, Santarém e Belém; além da revisão dos documentos e publicações do projeto e de uma visita de campo a Floresta Nacional do Tapajós para verificar o impacto local da gestão participativa. As atividades foram desenvolvidas no período de julho a outubro de 2004. AMA14 LITTLE, P. E. Projetos Demonstrativos – PDA: sua influência na construção do Proambiente. Brasília: MMA, 2005. 63 p. (Série Estudos, 2) O trabalho é parte de um estudo maior intitulado “Impactos do Programa Piloto sobre as políticas públicas e aprendizados sobre processos de ‘Mainstreaming’ do Projeto de Apoio ao Monitoramento e Análise (AMA)”. Este estudo, aqui apresentado faz uma análise qualitativa dos processos sociais de construção de políticas públicas com um viés socioambiental, principalmente sobre a sobrevivência de produtores familiares rurais da Amazônia. O estudo reconstitui o processo de formulação e implementação do Programa de Desenvolvimento Socioambiental da Produção Familiar Rural – Proambiente. Um dos aspectos inovadores do Proambiente foi a implantação de 12 Pólos Pioneiros de Agricultura Familiar e Extrativismo. Em 29 geral as principais abordagens do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA) demonstram um viés experimental nas áreas de: manejo florestal, recuperação de áreas degradadas, produção agrícola, fruticultura, gestão ambiental, extrativismo, preservação de áreas naturais, pesca, sistemas agroflorestais e medicina natural. Cinco tipos de influência do PDA foram identificados em relação ao Proambiente e também no maior fomento da prática de produção sustentável entre produtores familiares: 1) o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) que envolveu a participação da sociedade civil no processo de formulação do PDA; 2) apoiou espaços produtivos experimentais principalmente referentes à implantação de sistemas agroflorestais– manejo/ recuperação; 3) o PDA ofereceu às associações e organizações locais a oportunidade de transformar idéias da própria comunidade em projetos; 4) propiciou, tal como ocorreu na região transamazônica forças favoráveis à consolidação de uma linha de ação política e ambiental baseada na sustentabilidade; 5) o PDA financiou os dois primeiros anos da Equipe Técnica do Proambiente, o que foi essencial para a consolidação de toda a proposta. AMA15 SAUER, S. Prevenção de incêndios florestais na Amazônia: lições aprendidas no Projeto Proteger. Brasília: MMA, 2005. 63 p. (Série Estudos, 1) O Projeto de Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia (Proteger) foi criado no contexto da formulação e implementação do Programa de Prevenção aos Incêndios Florestais no Arco do Desmatamento (Proarco), formulado e coordenado pelo Ibama. O principal objetivo do Projeto Proteger foi de organizar a mobilização dos agricultores e agricultoras familiares, extrativista e indígenas para a proteção dos ecossistemas amazônicos. Através de processos educacionais, foi muito trabalhado o conceito de sustentabilidade, que tanto contribuísse para a diminuição do fogo como para o maior controle das queimadas. Outro aspecto foi o incentivo pela troca de experiências entre as comunidades e lideranças sobre as várias práticas alternativas de produção sustentável na região amazônica. O aprendizado por todos foi importante, pois o uso indiscriminado do fogo é um dos grandes problemas enfrentados em toda a região. Assim a inserção dos grupos sociais envolvidos fortaleceu os laços de preocupação e possibilitou a atuação do Proteger. A coordenação nacional do Projeto Proteger foi realizada pelo Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e os principais eixos de atuação foram: mobilização social, produção sustentável sem uso do fogo e educação ambiental. 30 AMA16 MAY, P. H. et. al. (Org.). Instrumentos econômicos para o desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira: experiências e visões. Brasília: MMA, 2005. 124 p. Esta publicação reúne as apresentações e debates ocorridos no Seminário “Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia” realizado em 2002. Os textos apresentados procuram aprofundar as discussões sobre conceitos e métodos de utilização de instrumentos econômicos para estimular a proteção ambiental e o uso sustentável de recursos naturais na Amazônia brasileira, especialmente em relação ao setor florestal. As conclusões apresentadas no livro indicam que a utilização de instrumentos econômicos de forma isolada e estanque raramente surte efeitos positivos. É essencial o entendimento do contexto no qual vão interferir os mecanismos tradicionais de indução de comportamento de atores econômicos, como subsídios, taxas ou normas, e os mecanismos inovadores voltados à compensação por serviços ambientais prestados à comunidade local ou global. Os instrumentos econômicos podem estimular e orientar os agentes sociais, mas não devem substituir ações complementares na normatização, capacitação e provisão de informações. AMA17 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA/ REDE BRASILEIRA AGROFLORESTAL – REBRAF. Políticas públicas e financiamento para o desenvolvimento agroflorestal no Brasil. Brasília: MMA/SCA, 2005. 30 p. (CD-ROM) Os sistemas agroflorestais (SAF) constituem alternativas de uso da terra, consorciando culturas agrícolas ou pastagens com espécies florestais. Na sua grande maioria as ONGs brasileiras voltadas para o desenvolvimento rural estão difundindo o uso de SAF com reflexos positivos sobre a renda familiar, a recuperação de terras degradadas e a geração de serviços ambientais. A adoção de SAF no Brasil continua crescendo, porém, apresenta uma série de falhas que, para serem sanadas requerem maior apoio financeiro e medidas inovadoras nas políticas públicas. Com o objetivo de definir estratégias participativas para acelerar e aprimorar o desenvolvimento agroflorestal realizou-se o seminário nacional “Políticas Públicas e Financiamento para o Desenvolvimento Agroflorestal no Brasil”, entre os dias 18 a 20 de agosto de 2004, em Brasília. Os principais temas discutidos no evento foram: parcerias, mercado, segurança alimentar, crédito, serviços ambientais e dispositivos legais. O evento foi organizado por grupos de trabalho temáticos que tinham como objetivo elaborar Instrumentos Econômicos para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia 31 diretrizes concretas e viáveis capazes de otimizar o desenvolvimento agroflorestal no Brasil. Esta publicação apresenta os principais resultados destes grupos e as recomendações para próximos passos nessa direção. AMA18 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. x Reunião do BCDAM: Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia, 2004, Porto Velho. Brasília: MMA/SCA, 2005. 24 p. (CD-ROM) O evento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente ocorreu em Porto Velho-RO, de 1 a 3 de junho de 2004. O objetivo foi de proporcionar um melhor entrosamento dos técnicos das instituições que vêm trabalhando na geração e uso dos dados e informações necessários para o conhecimento e o monitoramento das transformações na Amazônia. Assim, reuniu- se pela décima vez, o Comitê de Coordenação do Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia (CCS/BCDAM), contando com o patrocínio do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, por intermédio do AMA. Os principais objetivos do evento foram: acompanhar o desenvolvimento, aperfeiçoamento e formalização do Sistema; consolidar a parceria e as ações conjuntas entre a Secretaria de Coordenação da Amazônia, por intermédio do BCDAM e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam); discutir problemas comuns; apresentar sugestões de soluções e estabelecer ações conjuntas nas áreas temáticas. A reunião representou um passo no processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento do Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia, assim como maior integração das instituições colaboradoras. AMA19 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil: relatório de progresso, 2001-2004. Brasília: MMA/SCA, 2005. 151 p. O documento apresenta um balanço dos principais resultados, impactos e lições aprendidas do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil no período de 2001 a 2004, bem como reflexões sobre os próximos passos de sua implementação, no contexto de iniciativas estratégicas como o Plano Amazônia Sustentável – PAS. A elaboração desse trabalho teve o envolvimento das equipes do Programa Piloto e do AMA. Há no relatório uma caracterização do Programa Piloto com os objetivos principais, os arranjos institucionais e a carteira de projetos 32 (apresenta também o balanço de progresso dos mesmos). O documento demonstra a crescente necessidade de parcerias mais fortes para enfrentar os novos desafios. Contudo destaca a importância de reconhecer que as suas atividades necessitam de tempo para serem totalmente implementadas e que os seus resultados visam longo prazo, esboçando uma estratégia para o futuro ou de “novas fases” do Programa Piloto para a Amazônia e a Mata Atlântica. Outro ponto bem explorado é a ênfase na busca de estratégias para a proteção dos ecossistemas em conjunto com a criação das condições para o desenvolvimento sustentável das regiões envolvidas. AMA20 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA/ INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL – IBAM. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na Amazônia: a metodologia e os resultados de sua aplicação. Brasília: MMA/SCA; Ibam, 2005. 72 p. O projeto Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na Amazônia foi desenvolvido sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente por intermédio da Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA) e da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos (SQA), no períodoentre novembro de 2001 e janeiro de 2004, contando com o apoio técnico do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) e com recursos do Orçamento Geral da União em parceria com o Governo Holandês. A disposição inadequada dos resíduos sólidos, que alcançam não apenas as periferias das cidades, onde em geral eles são dispostos, mas, principalmente, a grande malha hídrica que vem apresentando sinais de comprometimento pela má disposição de materiais não degradáveis e cumulativos do lixo é um grave impacto constatado no meio ambiente da Região Amazônica, portanto cuidar adequadamente da questão é estratégia essencial para a proteção da floresta, a melhoria da qualidade de vida da população e o desenvolvimento sustentável da região. A indicação das cidades integrantes do projeto coube a cada estado da Amazônia Legal a partir do conhecimento das necessidades e do levantamento das potencialidades para receber, desenvolver e executar o projeto baseado na gestão participativa para socializar e disseminar o conhecimento adquirido. Os resultados propostos a curto e médio prazo podem ser expandidos para longo prazo com a replicação do modelo de sucesso para os outros municípios da Amazônia, iniciando um processo de capacitação dos técnicos de outras municipalidades. 33 AMA21 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Monitoramento e avaliação de projetos: métodos e experiências. Brasília: MMA/SCA, 2004. 243 p. (Série Monitoramento & Avaliação, 1) O Projeto AMA, desenvolvido no âmbito do Programa Piloto, tem como um de seus objetivos fortalecer os sistemas de monitoramento e avaliação dos projetos visando permitir análises de estratégias e ajustes de rumos, promover a aprendizagem coletiva e ampliar o alcance de seus impactos. O sistema de monitoramento e avaliação utilizado sob a ótica de geração de conhecimento e de aprendizagem social é uma ferramenta poderosa para os projetos melhorarem seus processos de tomada de decisão e ajustarem as linhas de intervenção. Nesta perspectiva, o AMA ofereceu uma série de atividades de capacitação e assessoria técnica. Este livro é fruto da oficina para intercâmbio de experiências: métodos e experiências de monitoramento e avaliação realizada em 2002, cujo objetivo era relatar como as ferramentas estavam sendo utilizadas pelos projetos com foco em desenvolvimento sustentável, tanto no âmbito do Programa Piloto como fora dele. O livro apresenta oito textos que sintetizam diferentes experiências de monitoramento e avaliação. Além do detalhamento dos instrumentos utilizados, eles abordam a importância destes processos para o desenvolvimento dos projetos. O intuito desta publicação é servir de subsídio para a construção de sistemas de monitoramento e avaliação. AMA22 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Construindo a sustentabilidade: lições aprendidas no Programa Piloto. Brasília: MMA/ AMA, 2002. 25 p. (Série Textos para Discussão, 1) O trabalho apresenta uma síntese da visão da equipe do Projeto AMA e seus colaboradores sobre diversas lições vividas ao longo dos anos, junto aos parceiros do Programa Piloto. Destacam-se alguns temas essenciais dos resultados das atividades realizadas, por exemplo, a construção de Agendas para a Sustentabilidade aliadas aos processos participativos para a construção do desenvolvimento local com alicerces sustentáveis e as Agendas Positivas empenhadas na redução dos índices de desmatamento e recuperação de áreas. Entre as lições destacam-se positivamente, por exemplo, as oportunidades de gestão compartilhada entre órgãos federais, estaduais, prefeituras e demais atores sociais locais. Também houve a confirmação da importância do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) como grande meio para o desenvolvimento regional e a contribuição para as formulações de políticas públicas com pilares sustentáveis. Com relação às populações tradicionais destacou-se o aprendizado a partir da valorização do arcabouço dos conhecimentos destas, frente ao meio que vivem. Assim, a transformação de experiências inovadoras em políticas 34 públicas, um dos eixos centrais do Programa Piloto, foi alcançado. E esses resultados foram também oriundos da interação, fortalecimento e integração das instituições de pesquisa da região amazônica e principalmente pela participação da sociedade civil. AMA23 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA/ BANCO MUNDIAL. Lessons from the rain Forest: experiences of the Pilot Program to conserve the Amazon and Atlantic Forests of Brazil. Brasília: MMA; Banco Mundial, 2002. 49 p. O PPG-7 é uma iniciativa conjunta do governo e da sociedade em parceria com a comunidade internacional cujo objetivo é desenvolver estratégias de proteção e uso sustentável das Florestas Amazônica e Atlântica, tendo sido fator importante de mudanças ao considerar o modo de vida das populações locais, afinal, atualmente, a maior prioridade do Brasil é reduzir o desflorestamento. A publicação inclui estudos de caso das linhas de ação pertencentes ao Programa Piloto, pensando subprogramas e projetos: proteção e gestão das unidades de conservação e terras indígenas, implementou-se o PPTAL, Resex, Subprograma Mata Atlântica e Corredores Ecológicos; experiências e demonstrações, fundamentado nas iniciativas de comunidades foi implementado o PDA, ProManejo, ProVárzea e Proteger; reforços institucionais para incrementar políticas ambientais de descentralização com participação de ONGs, incluindo SPRN, GTA e RMA; Subprograma de Ciência e Tecnologia para melhorar o conhecimento sobre ecologia e gestão sustentável das florestas tropicais, atuando nos Centros de Ciência e pesquisa dirigida; identificação e disseminação de lições estratégicas, foi implementado o projeto AMA. O financiamento inicial partiu dos países do G-7 e foram complementados por contribuições do governo brasileiro e de ONGs, além disso, o Banco Mundial administrou o fundo criado para canalizar as contribuições e forneceu a assistência técnica ao programa. 35 AMA24 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Causas e dinâmica do desmatamento na Amazônia. Brasília: MMA/SCA, 2001. 436 p. O livro traz 23 artigos de diferentes autores apresentados no seminário técnico Causas e Dinâmica do Desmatamento na Amazônia, realizado em setembro de 2000, pelo Ministério do Meio Ambiente. No seminário foram tratadas questões relacionadas com a compreensão do funcionamento das florestas tropicais, da dinâmica de seus ecossistemas e dos impactos das atividades econômicas sobre a base de recursos naturais, bem como iniciativas apropriadas de proteção das florestas tropicais brasileiras. O primeiro conjunto de temas teve por objetivo abordar a dinâmica econômica e o desflorestamento na região da Amazônia Legal, com contribuição da professora Bertha Beker, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Aristides Monteiro Neto do Ipea; Francisco de Assis Costa do NAEA e Donald Sawyer do ISPN. As relações entre desflorestamento e ações antrópicas foram abordadas por Marcelo Afonso do Incra; Telma Krug do Inpe e Humberto Candeias Cavalcanti do Ibama. O segundo conjunto de temas esteve relacionado com as conseqüências ambientais, econômicas e sociais do desflorestamento na Amazônia, com contribuições do professor Enéas Salati da FBDS; Philip M. Fearnside do INPA; Carlos Nobre do Inpe; Ricardo Bomfim Machado do MMA/SBF; Emeleocípio Botelho de Andrade da Embrapa e Eugênio Arima do Imazon. O terceiro conjunto de temas centrou-se nos instrumentos de proteção à flora com participação de Ubiracy Craveiro de Araújo do Ministério Público Federal; Alisson José Coutinho; Frederico de Moura Muller, secretário especial de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso e Roberto Smeraldi da ONG Amigos da Terra. O último conjunto tratou do tema das políticas públicas, do desenvolvimento sustentável e das estratégias para reverter o processo de desflorestamento na Amazônia com contribuição de Yolanda Ramalho e Pedro Bara Netto do BNDES; Eliana Zaccada Sudam; Raimundo Deusdará Filho do MMA/ SBF; Ronaldo Serôa e Mario Menezes do MMA/SBF. 36 37 2 Corredores Ecológicos Projeto Corredores Ecológicos O projeto Corredores Ecológicos começou em 2003 para proteger grandes áreas consideradas de excepcional biodiversidade na Amazônia e na Mata Atlântica. O objetivo do Projeto é realizar a proteção dessas áreas pela interligação e integração das unidades de conservação existentes nos diversos níveis, federal, estadual e municipal com áreas privadas e terras indígenas. O trabalho visa reduzir ou prevenir a fragmentação de ecossistemas localizados nessas áreas conectando-os via corredores de biodiversidade. Esses corredores têm a função de alcançar a efetiva proteção da natureza conectando áreas protegidas e outras áreas com diferentes usos do solo. O Projeto lançou um novo paradigma de conservação, substituindo o modelo baseado em áreas protegidas isoladas por um com abordagem de gestão de áreas em nível regional. Os corredores não são unidades políticas administrativas, mas extensas áreas geográficas definidas por critérios biológicos para fins de planejamento e conservação. Os critérios se baseiam em conhecimento científico, como a presença de espécies-chave relevantes no contexto global, regional e local. Os corredores prioritários são o Corredor Central da Mata Atlântica e o Corredor Central da Amazônia, cuja implementação apóia-se em estratégias de planejamento participativo, que incluem os governos federal e estaduais, a sociedade civil e os responsáveis locais pelas ações de conservação dos recursos naturais. O Projeto Corredores Ecológicos editou 12 publicações. 38 CE1 LIMA, R. X. de. (Org.). Corredores Ecológicos: experiências em implementação de corredores ecológicos. Brasília: MMA/SBF, 2008. 80 p. (Série Corredores Ecológicos, 1) A publicação é composta de dez artigos que abordam de forma sintética as lições e contribuições extraídas da experiência do projeto Corredores Ecológicos com o objetivo de subsidiar políticas de planejamento e ordenamento territorial do país. O projeto foi dividido em duas fases, a primeira contemplou investimentos estruturantes como Planos de Gestão e investimentos em diversas categorias de Unidades de Conservação, com aquisição de equipamentos, apoio à formação de conselhos e elaboração de planos de manejo, destacando-se a ampliação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) nos territórios estaduais do Amazonas, Espírito Santo e da Bahia. Já a segunda fase previu investimentos na consolidação do conceito de corredores ecológicos, que no CCMA, contou com a participação de 200 instituições da área socioambiental local e resultou na criação de corredores ecológicos funcionais, nos estados do Espírito Santo e Bahia. Concluiu-se que os instrumentos da biologia da conservação testados de forma piloto no Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA) e Corredor Central da Amazônia (CCA) demonstram que é necessário, dentro do MMA, que se estabeleça uma continuidade na gestão destes macroespaços territoriais para que mais exemplos de grandes corredores possam ser geridos como tais. CE2 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Corredores Ecológicos: experiência de planejamento e implementação. Brasília: MMA/SBF, 2007. 57 p. Nesta publicação relatou-se os 4 anos de execução do projeto Corredores Ecológicos, considerando como o estabelecimento de parcerias entre o governo e a sociedade civil pode auxiliar a gestão ambiental de territórios. O objetivo do projeto foi conciliar a conservação dos recursos naturais com alternativas econômicas para as populações locais ao testar diferentes condições de implementação do Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA) e do Corredor Central da Amazônia (CCA). A priorização do CCMA, nos estados do Espírito Santo e da Bahia, ocorreu devido ao alto grau de vulnerabilidade e de fragmentação dos ecossistemas dessa região, além da disponibilização de dados. Realizaram-se encontros regionais com o objetivo de conhecer experiências locais bem sucedidas, o que possibilitou tanto o reconhecimento dos atores locais quanto a articulação de grupos de trabalho, caracterizando o modo participativo como legitimador do projeto junto à sociedade local. O Plano Integrado de Fiscalização e Monitoramento proposto como estratégia de integração das instituições 39 parceiras, caracterizou-se por ações de educação ambiental e formação de grupos e cooperativas para realização de atividades sustentáveis, como ecoturismo e agricultura ecológica. Outra medida adotada que fortaleceu a consolidação dos corredores ecológicos foi a conservação em terras privadas pelo reconhecimento das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) como medidas eficazes por garantirem a inserção de fragmentos isolados num planejamento territorial de conservação e desenvolvimento sustentável. CE3 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA; CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL – CI; FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. O Corredor Central da Mata Atlântica: uma nova escala de conservação da biodiversidade. Brasília: MMA, 2006. 46 p. Esta publicação pretende ser uma contribuição aos técnicos e ao público em geral para a compreensão dos corredores ecológicos. O livro relata a experiência do Corredor Central da Mata Atlântica, que abrange uma área de 8,5 milhões de hectares, na qual estão sendo realizadas ações de conservação dos recursos naturais por meio da consolidação de unidades de conservação, da restauração ambiental, da fiscalização e do monitoramento. Ao mostrar esta realidade, o texto enfatiza a importância da gestão territorial dos corredores ecológicos e evidencia a necessidade de ampla participação social neste processo, desde o planejamento até a implementação das ações. Espera-se que essa abordagem seja uma contribuição nova e promissora para um manejo dinâmico e integrado da paisagem, e que, com isso, se ampliem as conquistas e se consolidem os resultados de conservação da biodiversidade na Mata Atlântica e no Brasil, ajudando o País a proteger o seu patrimônio natural e a cumprir as metas da Convenção sobre Diversidade Biológica. CE4 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Documento base para a elaboração das diretrizes operacionais da Fase II do Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA), Projeto Corredores Ecológicos. Brasília: MMA/SBF, 2005. 147 p. Esse documento teve como objetivo lançar as bases para a elaboração das diretrizes operacionais para a segunda fase do Projeto Corredores Ecológicos. O resultado é um documento de construção coletiva que contou com diversas contribuições institucionais e individuais, além de uma ampla consulta bibliográfica. No texto são apresentadas recomendações de ações e a definição de Áreas Focais de intervenção do Projeto. As Áreas 40 Focais são aquelas prioritárias nas quais serão desenvolvidas as ações específicas da Fase II. São caracterizadas, principalmente por reduzir ou eliminar pressões sobre a biodiversidade, bem como por ações que visem o estabelecimento de conectividade. Cada área focal foi caracterizada, analisada e definidas as ameaças e oportunidades. O texto apresenta os quadros sinópticos contendo todas as informações organizadas destas áreas prioritárias. CE5 SILVA, F. A. Q.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento da região do alto rio Solimões (Benjamin Constant). Manaus: GTA, 2005. 32 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 12) Nos dias 29 e 30 de março de 2005, em Benjamin Constant, Amazonas, estiveram reunidos diversos representantes de organizações e comunidades, do alto Rio Solimões, com o intuito de participar da Oficina de Planejamento do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia. Este relatório pretende descrever as atividades desenvolvidas neste período, cujo objetivo principal foi de construir a proposta do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia. Durantea oficina foi realizada a apresentação do Projeto Corredores Ecológicos, das Oficinas do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia - CCA e também dos pontos levantados na Oficina de Diagnóstico. Outro ponto relevante foram as atividades aplicadas para que os participantes pudessem construir suas próprias visões sobre o CCA. CE6 SILVA, F. A. Q.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento da região do médio rio Solimões (Fonte Boa). Manaus: GTA, 2005. 40 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 11) Nos dias 07 e 08 de março de 2005, em Fonte Boa, Amazonas, estiveram reunidos diversos representantes de organizações e comunidades, do médio Rio Solimões, com o intuito de participar da Oficina de Planejamento do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia. O objetivo geral da oficina foi de construir a proposta do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia; além de discutir e estabelecer a estratégia de ação para o sistema de fiscalização, vigilância e monitoramento, buscando as parcerias para sua implementação no plano. Na avaliação da oficina foram 41 registradas as opiniões dos participantes. Também foi realizada uma lista com sugestões para o próximo encontro, entre os pontos destacou-se a necessidade de convidar um número maior de membros das comunidades, povos indígenas e representantes das esferas governamentais. CE7 SILVA, F. A. Q.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento do médio rio Solimões (Tefé). Manaus: GTA, 2005. 44 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 10) O Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, será o instrumento orientador no processo de implementação do Projeto Corredor Central da Amazônia (CCA), indicando as estratégias, tipos de ações e as principais orientações para os investimentos deste projeto. Neste caderno é apresentado o relato da Oficina Participativa de Planejamento do médio rio Solimões. A oficina foi realizada nos dias 03 e 04 de março de 2005, em Tefé, Amazonas e estiveram reunidos diversos representantes de organizações e comunidades, do médio Rio Solimões. Um dos objetivos do encontro foi de construir a “visão” do corredor e as estratégias do Plano de Gestão, buscando as alianças para o alcance de seus objetivos. No processo final de avaliação da oficina, foram destacados como pontos positivos pelos participantes a atenção da equipe técnica e a interação com todos. Porém, a falta de tempo para a discussão foi um dos aspetos mais presentes nos relatos dos pontos negativos. CE8 PENA, J.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento da Região do rio Negro (Novo Airão). Manaus: GTA, 2005. 32 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 9) O Projeto Corredores Ecológicos do PPG7 tem como principal objetivo a conservação in situ da diversidade biológica das florestas tropicais do Brasil, por meio da integração das diferentes áreas protegidas pelo intermédio de “corredores ecológicos”. Esta publicação é um produto da cooperação técnica do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) ao Projeto Corredores Ecológicos - Corredor Central da Amazônia e para a implementação da Reserva da Biosfera da Amazônia Central. Neste caderno é apresentado o relato da Oficina de Planejamento da Região do Rio Negro (Novo Airão), que ocorreu nos dias 02 e 03 de abril de 2005, em Novo Airão, 42 Amazonas. Estiveram reunidos diversos representantes de organizações e comunidades do baixo Rio Negro, com o intuito de participar desta Oficina de Planejamento do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia. O relatório descreve em síntese todas as atividades desenvolvidas durante o encontro. Na parte final do documento foi realizada uma avaliação e como um dos pontos positivos, por exemplo, destacou-se a grande participação das organizações e o consenso sobre os problemas principais, o que contribuiu para fomentar as discussões. CE9 PENA, J.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento da região da Capital (Manaus). Manaus: GTA, 2005. 28 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 8) O Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia será o instrumento orientador no processo de implementação do Projeto Corredor Central da Amazônia (CCA), indicando as estratégias, tipos de ações e as principais orientações para os investimentos deste projeto. Neste caderno é apresentado o relato da Oficina Participativa de Planejamento da região da Capital (Manaus), realizada nos dias 28 de fevereiro e 01 de março em Manaus-AM. Os objetivos centrais foram estabelecer estratégias para resolver os problemas identificados nas oficinas de diagnóstico, e pensar meios para fortalecer os pontos positivos da região. No documento foram levantados vários pontos positivos da oficina, destacando o espaço aberto para todos os participantes exporem suas idéias, sugestões e reivindicações. CE10 PENA, J.; PINHEIRO, M. R. Oficina de Planejamento da região do rio uatumã (Presidente Figueiredo). Manaus: GTA, 2005. 36 p. (Cadernos das Oficinas Participativas para Elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, 7) O Projeto Corredores Ecológicos tem como principal objetivo a conservação in situ da diversidade biológica das florestas tropicais do Brasil, com a integração das diferentes áreas protegidas pelo intermédio de “corredores ecológicos”. Esta publicação é um produto da cooperação técnica do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) ao Projeto Corredores Ecológicos - Corredor Central da Amazônia e para a implementação da Reserva da Biosfera da Amazônia Central. Neste caderno é apresentado o relato da Oficina de Planejamento da região do rio Uatumã realizada em Presidente Figueiredo – AM, nos dias 22 e 23 de fevereiro de 2005. Estiveram reunidos 43 diversos representantes de organizações e comunidades, do Rio Uatumã com objetivo de estabelecer estratégias para resolver os problemas identificados nas oficinas de diagnóstico e fortalecer os pontos positivos da região. Ao final do documento foram estabelecidos os próximos passos a serem efetivados, também ficou registrada uma avaliação da oficina, destacando que a participação dos comunitários e instituições foi um exercício de democracia, conscientização e cidadania. CE11 PINHEIRO, M. R. Consolidação dos relatórios das oficinas de diagnóstico do Corredor Central da Amazônia. Manaus: MMA/ Projeto Corredores Ecológicos, 2004. 81 p. (Documento Técnico) O Projeto Corredores Ecológicos do PPG7 tem como principal objetivo a conservação in situ da diversidade biológica das florestas tropicais do Brasil, com a integração das diferentes áreas protegidas pelo intermédio de “corredores ecológicos”. O Corredor Central da Amazônia (CCA) está localizado em quase sua totalidade no Estado do Amazonas, na bacia central do rio Amazonas, ocupando uma área aproximada de 40.000.000 ha. Uma das atividades previstas dentro do projeto foi a elaboração do Plano de Gestão do Corredor Central da Amazônia, para servir de instrumento orientador no processo de implementação do corredor, indicando as estratégias e ações voltadas para a consolidação do CCA e as principais orientações para os investimentos. Para que o Plano de Gestão do CCA realmente contribuísse com a conservação e com o desenvolvimento da região, foi necessário que a metodologia adotada para sua elaboração refletisse a realidade das pessoas que habitam a área. O Plano provavelmente orientará os vetores de desenvolvimento e conservação que devem incidir no corredor, contribuindo para a formulação de diretrizes de ordenamento territorial em coordenação com o desenvolvimento econômico e social da região. Foi compreendido que o envolvimento, a mobilização e a participação dos atores sociais da região na elaboração do Plano de Gestão, foram condiçõesideais para o sucesso da dinâmica. CE12 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. Projeto Corredores Ecológicos. Brasília: MMA/PPG7, 2002. 147 p. (Documento Técnico) O Projeto Corredores Ecológicos, parte do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil – PPG7 tem por objetivo a viabilização da conservação da diversidade a partir do manejo de grandes extensões por meio de corredores ecológicos na Amazônia e na Mata Atlântica, 44 ao considerar as Unidades de Conservação como instrumento principal para proporcionar a conservação da biodiversidade. A Secretaria Técnica do PPG7 juntamente com o Ibama criou o Grupo Técnico de Trabalho (GTT), com representantes do MMA e entidades ambientais dos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, além da Funai, do GTA e da RMA, com o objetivo de ajustar e acompanhar o projeto, afinal o projeto propõe-se a envolver atores relevantes na prevenção ou redução de fragmentação de florestas e aumento da conectividade entre áreas protegidas. Quanto às estratégias, o Corredor Central da Amazônia (CCA) buscou garantir a conectividade entre as áreas protegidas por meio de ações que visem à manutenção e ampliação de zonas de conservação e apoio às políticas de uso sustentável dos recursos naturais. Enquanto o Corredor Central da Mata Atlântica (CCMA) buscou assegurar a proteção dos remanescentes florestais significativos e incrementar gradativamente o grau de ligação entre porções nucleares da paisagem por meio do controle, proteção e recuperação da cobertura florestal. Para tanto, estabeleceu- se estruturas de gestão para estimular a implementação de estratégias voltadas para a conservação da diversidade biológica em áreas públicas e privadas, incluindo terras indígenas, com participação dos diferentes agentes públicos e privados promovendo a sustentação a longo prazo. 45 3 GTA Grupo de Trabalho Amazônico e os projetos Fortalecimento Institucional do GTA e Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia (Proteger II) O GTA foi criado em 1991 com o objetivo de unificar diferentes membros dos movimentos sociais no monitoramento de ações e políticas para a Amazônia e para o acompanhamento do Programa Piloto, que na época estava em processo de construção. O GTA é composto por mais de 600 organizações da sociedade civil que representam seringueiros, pescadores, extrativistas do babaçu, castanha do Brasil, trabalhadores rurais dentre outras comunidades locais. O GTA editou 11 publicações. GTA Institucional O Projeto de Fortalecimento Institucional do Grupo de Trabalho Amazônico começou em 2002 para qualificar a participação das organizações da sociedade civil no desenho de políticas públicas para a Amazônia. Graças à grande quantidade de parceiros, o GTA tornou-se um importante instrumento de diálogo entre diferentes entidades, governos, agências multilaterais e doadores internacionais. O projeto de fortalecimento institucional investiu em quatro linhas de ação: 1) monitoramento de políticas públicas para a Amazônia com o diagnóstico de políticas públicas sendo realizado anualmente durante o encontro regional da entidade, quando líderes discutem o assunto e trocam experiências; 2) transparência e gestão financeira e administrativa, com o Projeto dando suporte para o estabelecimento de um sistema de gestão financeira e para troca de informações e alcance de metas da instituição; 3) independência institucional, com a criação de um fundo administrativo e um plano de mobilização; 4) comunicação institucional, com o desenvolvimento de um mecanismo de troca de experiências, além de criação de comunicação interna e externa. 46 Proteger I e II O Projeto Mobilização e Capacitação para a Prevenção de Incêndios Florestais na Amazônia – Proteger foi implantado em 1998, em resposta a situação de emergência que afetou a Amazônia naquele ano, em função dos efeitos do El Niño que causou secas e incêndios florestais incontroláveis. O projeto conduziu uma campanha educacional em diversas comunidades, conscientizando sobre o perigo das queimadas durante a estação seca e ensinando técnicas de prevenção de incêndio florestal. O objetivo foi treinar líderes locais, que poderiam capacitar outras pessoas e organizar os chamados “puxiruns ambientais”, que são grupos de pessoas que são mobilizadas e treinadas para não somente combater o incêndio, mas também trabalhar na prevenção e na educação ambiental. O Proteger, coordenado pelo GTA, desenvolveu atividades com uma rede de parceiros em oito estados (Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão) e em 134 municípios. O Proteger II que começou em 2001 continuou as ações do Proteger. Nessa fase o desafio foi criar alternativas para minimizar o uso de fogo na agricultura e em determinadas atividades extrativistas. O envolvimento direto da população local continuou a ser um objetivo fundamental. Em 2003, o Projeto foi integrado ao consórcio “Estradas Verdes”, dessa forma garantindo sua continuidade até 2007. O Proteger II teve três áreas de ação: 1) educação ambiental; 2) mobilização social; 3) produção sustentável sem uso do fogo. O Projeto capacitou 12 mil líderes comunitários na sua primeira fase, com uma estimativa de que 120 mil pessoas foram beneficiadas pelo Projeto em toda a Amazônia Legal. O Projeto foi considerado um exemplo de sucesso de cooperação entre agências oficiais, organizações não-governamentais e comunidade local. 47 GTA - Institucional GTA1 GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO – GTA. Pelo futuro da Amazônia [For the future of the Amazon]. Brasília: GTA, 2002. 31 p. No território amazônico vivem cerca de 20 milhões de pessoas, e entre esse número estão aproximadamente 180 povos indígenas e milhões de trabalhadores rurais e extrativistas. Apesar dessa e de tantas outras diferenças, infelizmente ainda há uma forte tendência para a homogeneização no tratamento das questões sociais e ambientais na Amazônia. Outro ponto crítico abordado no material é a questão fundiária, pois problemas de tal natureza afetam: ribeirinhos, indígenas, extrativistas e agricultores familiares. A implantação de grandes projetos em algumas regiões amazônicas também gera discussões, pela pressão migratória para as cidades pólos e pelo consumo irracional dos recursos naturais. O material destaca principalmente a demora na implementação dos compromissos assumidos em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) pelo governo brasileiro, especificamente com: a Agenda 21, a Convenção da Diversidade Biológica e a Convenção Quadro das Mudanças Climáticas. O documento rejeita o atual modelo de desenvolvimento, responsável pelos atuais índices de devastação ambiental, ameaçando comunidades locais, por meio da instalação de grandes projetos hidrelétricos, da extração indiscriminada de minérios, de monoculturas e da exploração irracional de recursos madeireiros. Também há críticas sobre o financiamento de projetos com alto impacto social e ambiental na Amazônia. Em sua conclusão enfatiza a denúncia do não cumprimento ou o cumprimento parcial de acordos internacionais para o desenvolvimento sustentável. GTA2 GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO – GTA. A Amazônia na Agenda 21 brasileira. Brasília: GTA, 2001. 39 p. A Rede GTA é uma das principais representações da sociedade civil organizada, em toda a Amazônia Legal. Neste trabalho o GTA apresenta o interesse em participar da elaboração das agendas locais na Amazônia brasileira, destacando que promoveu ao longo de seus trabalhos a troca de informações e de experiências de projetos comunitários em toda a região. O grupo, sempre soube que elaborar a Agenda Amazônia 21 seria um grande desafio. E que alguns caminhos precisavam ser percorridos, até que fossem definidos os modelos para alcançar a sustentabilidade da região, onde é preciso conservar e, ao mesmo tempo, explorar os recursos
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