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(APS) - ABORTO-1

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Praticas Educativas Em Saúde - Enfermagem – 1° e 2° Semestres 
 
 
ANDREINA DIAS DOS SANTOS – N5411H-0 
CRISTINA DA SILVA GALVÃO BIANCO – G145GA-8 
EDUARDO HOLANDA MIRANDA – F2916F-4 
FABIANA LUIZA SOUZA FERREIRA DE QUEIROZ – G1694C-9 
GABRIELLA SPANGUERO GIAROLA - G135091 
INACIA CAVALCANTE SANTOS – G1397G7 
SILVANA APARECIDA SOARES – G161831 
ZENAIDE OLIVEIRA DE AMORIM - G143450 
 
ABORTO 
9,0 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
2020 
Profa. Dra. Maria Inês R. Puccia 
Profa. Titular Universidade Paulista UNIP 
COREN 38069 – IF: 48449-0 
 
 
 
ANDREINA DIAS DOS SANTOS – N5411H-0 
CRISTINA DA SILVA GALVÃO BIANCO – G145GA-8 
EDUARDO HOLANDA MIRANDA – F2916F-4 
FABIANA LUIZA SOUZA FERREIRA DE QUEIROZ – G1694C-9 
GABRIELLA SPANGUERO GIAROLA – G13509-1 
INACIA CAVALCANTE SANTOS – G1397G-7 
SILVANA APARECIDA SOARES – G16183-1 
ZENAIDE OLIVEIRA DE AMORIM – G14345-0 
 
 
 
 
ABORTO 
 
 
 
Projeto da Disciplina Praticas Educativas em 
Saúde (PES) apresentado à Universidade Paulista 
no curso de Enfermagem. 
 
Prof.ª Maria Inês Puccia 
 
 
SÃO PAULO - SP 
2020 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 5 
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................ 6 
3. OBJETIVO ........................................................................................ 7 
3.1. Objetivo geral ................................................................................. 7 
3.2. Objetivos específicos ..................................................................... 7 
4. ABORTO ........................................................................................... 8 
5. COMO OCORRE O ABORTO? ........................................................ 9 
5.1. Ameaça de aborto .......................................................................... 9 
5.2. Aborto acidental ............................................................................. 9 
5.3. Aborto espontâneo ......................................................................... 9 
5.4. Aborto frequente ............................................................................ 9 
5.5. Aborto induzido .............................................................................. 9 
5.6. Aborto completo ........................................................................... 10 
5.7. Aborto criminal ............................................................................. 10 
5.8. Abortos induzidos legalmente ...................................................... 10 
5.9. Aborto oculto ................................................................................ 10 
6. CAUSAS DO ABORTO ................................................................... 11 
7. REMÉDIOS ABORTIVOS ............................................................... 14 
7.1. Remédios industrializados ........................................................... 14 
7.2. Remédios naturais ....................................................................... 14 
8. FATORES DE RISCO PARA O ABORTO ...................................... 16 
9. PREVENÇÃO DO ABORTO ........................................................... 17 
10. CLÍNICAS DE ABORTOS CLANDESTINAS ................................... 19 
10.1. Procedimento ............................................................................. 19 
10.1.1. Consulta .............................................................................. 19 
10.1.2. Execução ............................................................................ 20 
 
 
 
10.1.3. Valores ................................................................................ 20 
11. A LEGALIDADE DO ABORTO NO BRASIL .................................... 22 
12. FORMA QUALIFICADA .................................................................. 23 
13. LEGISLAÇÃO ATUALIZADA SOBRE A PRÁTICA DO ABORTO NO 
BRASIL.......................................................................................................................25 
14. CULTURA DO ABORTO EM OUTROS PAÍSES ............................ 29 
14.1. Rússia ........................................................................................ 29 
14.2. México........................................................................................ 29 
14.3. Polônia ....................................................................................... 29 
14.4. Islândia....................................................................................... 29 
14.5. Japão ......................................................................................... 30 
14.6. Noruega ..................................................................................... 30 
14.7. Estados Unidos .......................................................................... 30 
14.8. Reino Unido ............................................................................... 30 
14.9. Índia ........................................................................................... 30 
14.10. França ...................................................................................... 31 
15. REFLEXAO CRÍTICA ...................................................................... 32 
16. CONCLUSÃO ................................................................................. 33 
17. BIBLIOGRAFIA ............................................................................... 34 
18. COLABORAÇÃO DE CADA COMPONENTE DO GRUPO ............. 35 
 
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como tema o aborto que é a interrupção da gravidez 
durante o período perinatal e como ele ocorre, dentre suas causas e fatores de risco 
que o provocam e suas complicações; diferenças entre aborto médico, químico ou 
não cirúrgico e aborto induzido, legislações vigente no país, cultura em outros países 
e cuidados preventivos. O aborto é um tema constantemente debatido, mas sempre 
envolvido em diversas polêmicas, inclusive, e principalmente, religiosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2. JUSTIFICATIVA 
O aborto é uma das maiores formas de ceifar uma vida ainda na sua 
forma fetal, decorrente de gravidez indesejada, estupros, perda acidental e natural 
ou quando coloca em risco a vida da mulher. Este trabalho tem como função orientar 
não somente as mulheres sobre os riscos que acarreta tal ato mais também 
conscientizar seus parceiros quando se opta por praticar o mesmo sem querer saber 
a todos os processos em que a mulher tem que se submeter ao praticar o aborto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
3. OBJETIVO 
3.1. Objetivo geral 
O objetivo deste trabalho é a conscientização sobre a grande importância 
que é o aborto e os seus riscos a saúde em prol a vida. 
3.2. Objetivos específicos 
• Informação 
• Conscientização 
• Prevenção 
• Cuidados e riscos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
4. ABORTO 
 O aborto, mais corretamente chamado de abortamento, pode ser 
definido como a interrupção de uma gestação antes do feto atingir sua viabilidade, 
ou seja, antes do período perinatal (a partir das 22 semanas completas de gestação) 
e com o feto pesando menos que 500 g. É um processo, muitas vezes, doloroso que 
pode causar sérios traumas na vida de uma mulher, sendo comum, essas mulheres 
desenvolverem sentimentos de culpa, vulnerabilidade, tristeza e frustração. 
No artigo 128 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 está 
claro que aborto é considerado legal quando a gravidez é resultado de abuso sexual 
ou põe em risco a saúde da mulher. Além disso, em 2012, um julgamento do 
Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que fosse permitido interromper a 
gestação quando se nota que o feto é anencefálico, ou seja, não possui cérebro. 
De acordo com: MIRABETE, (2015). É a morte do ovo(até três semanas 
de gestação), embrião (de três semanas a três meses) ou feto (após três meses), 
não implicando necessariamente sua expulsão. O produto da concepção pode ser 
dissolvido, reabsorvido pelo organismo da mulher ou pode a gestante morrer antes 
da sua expulsão. Não deixará de haver, no caso, o aborto. 
De acordo com: MIRABETE, (2015). A interrupção da gravidez pode 
ocorrer de forma espontânea onde envolve aspectos patológicos como problemas 
de saúde da gestante; acidental que decorre de circunstâncias imprevistas como é o 
caso de uma queda ou um acidente, e de forma induzida ou provocada que é o caso 
do aborto criminoso tipificado pelo Código Penal de 1940 como crime, permitindo 
somente, duas exceções quais sejam o aborto necessário em que não há outro meio 
de salvar a vida da gestante e o aborto no caso de gravidez resultante de estupro. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
5. COMO OCORRE O ABORTO? 
Do latim aboriri, abortar, significa a interrupção prematura do 
desenvolvimento e expulsão do concepto do útero, antes de se tornar viável, ou 
seja, capaz de viver fora do útero. Na literatura existem muitos tipos de aborto, 
abaixo estarão relacionados alguns deles: 
5.1. Ameaça de aborto 
Neste caso ocorre um sangramento com possibilidade de aborto oriundo 
de uma complicação que ocorre em cerca de 25% das gestações. Apesar do esforço 
clínico realizado na prevenção do aborto, o índice de acontecidos ainda é alto: cerca 
de metade dos conceptos é abortada. 
5.2. Aborto acidental 
Como o próprio nome já diz, é o que ocorre por consequência de um 
acidente qualquer, como exemplo a queda de uma escada ou um acidente de carro. 
5.3. Aborto espontâneo 
Também levando em conta o nome, este tipo de aborto ocorre 
naturalmente, sendo comum durante a terceira semana após a fertilização. Num 
cenário global temos que cerca de 15% das gestações terminam em aborto 
espontâneo, com frequência maior durante as 12 primeiras semanas. 
5.4. Aborto frequente 
Neste caso há a expulsão espontânea de um embrião ou de um feto, 
morto ou não, em três ou mais gestações seguidas. 
5.5. Aborto induzido 
• Da mesma maneira que nos outros tipos de aborto, neste também há a 
expulsão do feto, porém neste caso isto ocorrerá com intenção da mãe ou de outras 
pessoas ligadas à gravidez. Este tipo de aborto é feito com uso de medicamentos ou 
através de meios mecânicos, como por exemplo curetagem à vácuo (remoção do 
concepto introduzindo-se uma cureta oca no útero, através da qual é aplicado o 
vácuo). O Aborto Medicamentoso é realizado por medicamentos adquirido 
clandestinamente, pois são proibidos: como Cytotec, Misoprostol. 
• Onde é legalizado, como em alguns estados dos Estados Unidos e 
países da Europa, pode ser encontrado em farmácias ao custo médio de US$ 45 
10 
 
 
(aproximadamente R$142). Já no Brasil, a venda é feita no boca a boca, via 
mensagem de texto ou mesmo em espaços públicos. 
 
5.6. Aborto completo 
Este tipo de aborto pode ser usado complementarmente ao aborto 
anterior, pois neste tipo há a expulsão (ou retirada) dos produtos restantes da 
concepção do útero. 
5.7. Aborto criminal 
Neste caso incluem-se todos os tipos de aborto feitos de forma ilegal 
5.8. Abortos induzidos legalmente 
São abortos eletivos, justificáveis ou terapêuticos. São realizados 
utilizando drogas ou curetagem por sucção. Normalmente são induzidos em mães 
com doença física ou mental, ou para prevenir o nascimento de uma criança com 
severas malformações congênitas ou não. 
5.9. Aborto oculto 
É um caso raro mais acontece, é a retenção do feto no útero após a morte 
do feto. 
Com isso concluímos de uma forma geral, que o aborto é a perda do feto 
antes da metade do segundo trimestre, em torno de 135 dias, de maneira 
espontânea ou não. Vale ressaltar que, independente da forma como é feito, o 
aborto sempre deixa marcas físicas ou psicológicas para a genitora e muitas vezes 
aos seus familiares. 
 
11 
 
 
6. CAUSAS DO ABORTO 
O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal ou permitido. 
O aborto natural não é crime e ocorre quando há uma interrupção 
espontânea da gravidez. O aborto criminoso é aquele proibido por lei. 
O aborto legal ou permitido se subdivide em terapêutico ou necessário: 
utilizado para salvar a vida da gestante ou impedir riscos à sua saúde em razão de 
gravidez anormal, exemplo eugênico é quando o feto tem má formação no cérebro. 
O aborto criminoso é quando a mulher força a interrupção do 
desenvolvimento do feto ou embrião, que é praticado por motivos de dificuldades 
financeiras ou prole numerosa, e é realizado com frequências e de forma 
clandestina. 
Existem diversos fatores responsáveis por causarem aborto, entretanto, 
na maioria das vezes, a causa de um aborto é indeterminada. Para se tentar 
descobrir a causa de um aborto, é necessário exame laboratorial com o material do 
aborto. 
Entre os fatores que causam aborto, têm-se principalmente as anomalias 
cromossômicas decorrentes de problemas nos gametas, na fertilização ou no 
processo de divisão celular embrionária. Esses problemas podem estar relacionados 
a fatores hereditários, mas na maioria dos casos, ocorre ao acaso. 
Outros fatores importantes também causadores de aborto são infecções, 
como toxoplasmose e sífilis; alterações uterinas, como o útero septado 
(malformação onde ocorre a presença de um septo que pode dividir toda a cavidade 
uterina e até mesmo o canal cervical); fatores imunológicos, como a síndrome do 
anticorpo anti-fosfolipídico (caracterizada por trombose arterial e venosa, além de 
complicações e morte fetal); e endócrinos, como alterações na produção de 
hormônios da tireoide. 
O aborto não é um assunto novo na sociedade, e sempre questionável 
com abordagens jurídicas diferentes e questionando a linha da moral, ético e 
religiosos que variam com a época. Em pleno século XXI ainda não conseguimos 
chegar a uma conclusão do certo ou errado sobre este assunto polemico, mas 
12 
 
 
enquanto estamos nesse dilema ético e moral a saúde da mulher fica esquecida por 
conta que o embate é sobre a causa morte do embrião ou feto. Podemos rever 
alguns posicionamentos jurídico, éticos e a sua evolução ao decorrer das décadas. 
 No dia 4 de setembro, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo 
publicou a cartilha “Direitos Reprodutivos: ‘Aborto Legal’”, um material que simplifica 
as Normas Técnicas do Ministério da Saúde referentes aos casos em que o aborto é 
permitido legalmente. 
No Brasil, o abortamento legal só é garantido em três situações: gravidez 
decorrente de violência sexual, quando a gestação oferece risco de vida à mulher, 
ou quando o feto sofre de anencefalia (sendo esta última baseada na decisão do 
STF de 2012). A cartilha foi produzida por iniciativa do NUDEM - Núcleo 
Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, com a intenção de 
fornecer informações simples e práticas sobre o aborto legal e orientar pessoas que 
precisem procurar o serviço. 
Desencontro de informações A Defensoria Pública observou que, mesmo 
sendo permitidos por lei, ainda chegam mulheres com dúvidas relacionadas aos 
casos em que elas podem solicitar um aborto. Eles receberam relatos de hospitais 
que não realizavam abortos em casos de risco de vida ou de fetos anencefálicos, e 
também situações em que o período gestacional oficial para realizar o procedimento 
em mulheres grávidas por violência sexual era desrespeitado: ele pode ser feito até 
a 20ª ou 22ª semana de gestação, com peso do feto previsto de até 500 gramas. Em 
alguns dos relatos, as mulheres foram informadas de que só seria possível fazer o 
aborto até a 12ª semana de gravidez. 
 
Outro item que não é obrigatório, especialmente em casos de estupro, é o 
B.O. Segundo Nálida, não há a necessidade de encaminhamento da vítima à polícia, 
pois o registro é realizado dentro do hospital, com apoio de uma equipemultidisciplinar, quando a mulher procura o abortamento legal. “Ele é composto por 
quatro fases: o relato de crime circunstanciado da mulher, um relatório médico, um 
termo de aprovação da interrupção da gestação e o consentimento livre e qualificado 
da mulher. Tudo isso é realizado no hospital e subscrito por três profissionais de 
13 
 
 
saúde, de diferentes áreas, e não há necessidade de encaminhamento policial”, 
explica a defensora pública. 
Na cartilha, é destacado que a mulher tem o direito de ser atendida pela 
rede pública de saúde, com direito a um acompanhante durante todo o 
procedimento, e deve ser garantido um atendimento humanizado à paciente, 
orientando-a tanto sobre a prevenção futura e métodos contraceptivos quanto 
durante o aborto; quando será escolhido e qual a melhor forma de realizar o 
procedimento (farmacológico ou cirúrgico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
7. REMÉDIOS ABORTIVOS 
7.1. Remédios industrializados 
O medicamento mais comum no Brasil para a interrupção da gravidez 
voluntária chama – se MISOPROSTOL conhecido popularmente na sua forma 
genérica por CYTOTEC, fabricado no laboratório Searle. O medicamento entrou 
inicialmente no mercado brasileiro em 1984 para o tratamento de Úlcera gástrica e 
Úlcera duodenal com o consentimento da ANVISA, até que se comprovou que seu 
uso poderia ser de forma abortiva. 
E para evitar esse mau uso do medicamento em 1991, o Ministério da 
Saúde permitiu a venda do mesmo somente com receita médica, e apesar das 
restrições impostas o número de vendas aumentou, com isso levando o Ministério 
da Saúde a proibir a venda definitiva nas farmácias em 1998, sendo permitido o uso 
somente em hospitais cadastrados pela ANVISA. 
Estudos feitos no Brasil e em outros pais comprovaram que o uso do 
medicamento teria relação com a síndrome de Moebius (desenvolvimento anormal 
dos nervos craniais, levando a perda total ou parcial dos músculos da face). 
 Quando usado incorretamente pode causar uma má – formação no feto e 
trazer riscos a saúde. Há relatos de que os efeitos colaterais comuns sobre o 
organismo seja de vomito, diarreia e aumento da pressão arterial. 
Mesmo o misoprostol sendo proibido para a indução do aborto ainda á um 
número alto em seu uso. Sua taxa de eficácia varia de 38% a 100% desde a 
concepção do feto até as 12 primeiras semanas de gestação, mediante da 
quantidade utilizada do medicamento. 
Apesar da sua proibição, ainda há quem compre ilegalmente através dos 
mercados clandestinos por um valor que varia de 50$ á 300$ dependendo de 
quantidade de comprimidos que deseja. A venda ilegal desse produto é considerada 
infração sanitária gravíssima e crime hediondo resultando em pena de reclusão de 
10 a 15 anos e multa, com base no artigo 273 do código penal. 
7.2. Remédios naturais 
Existe também outro meio abortivo bem mais barato e de fácil acesso a 
qualquer pessoa, que são os chás. As gravidas no geral às vezes usa esse meio de 
15 
 
 
uma forma mais ingênua, quando o motivo é se alto medicar sem o uso de remédios 
convencionais, onde por muita das vezes elas tomam o chá para se acalmar e até 
mesmo para tentarem dormir melhor. 
Mas nem sempre é assim que funcionam, mães de primeira viagem 
principalmente e que não tem condições de pagar pelo MISOPROSTOL ou 
CYTOTEC usam o poder das ervas para cometer tal ato, existem plantas com 
efeitos abortivos que causam a má formação do feto, que provocam febre, tontura, 
sangramento vaginal, cólica e confusão mental quando seu consumo é em grande 
quantidade. E apesar de cada organismo reagir de um jeito o uso dos chás na forma 
abortiva tem mais funcionalidade nos três primeiros meses de gestação, que é o 
período que ocorre a formação dos órgãos do bebê. 
Chás provenientes de ervas emenagogas que são as que provocam as 
contrações uterinas, hemorragias e até mesmo o aborto, são bem populares na 
sociedade, algumas delas são: Canela, Boldo, Carqueja, Sene, Calêndula, Erva-
doce, Camomila, Cravo-da-índia, Hortelã, Buchinha do norte, Arruda, entre outras. 
No geral as ervas tem poder para relaxar o útero, causar as contrações do mesmo, 
sangramentos, diarreia, má formação fetal, até que se ocorra o aborto e quando o 
seu consumo é em excesso pode provocar também intoxicação, infecção intestinal e 
mau funcionamento renal e hepático, colocando não só a vida do feto em risco como 
a da mãe. 
Vale ressaltar que o uso dos chás não é 100% eficaz e que apesar do seu 
grande consumo o feto pode sim sobreviver, mas adquirir alguma anomalia. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
8. FATORES DE RISCO PARA O ABORTO 
Alguns fatores são considerados como fatores de risco para o aborto. A 
seguir, listamos alguns deles: 
Idade avançada da mãe – Com o avanço da idade materna, aumentam-se 
também as chances de aborto. Aos 45 anos, por exemplo, as chances de a mulher 
ter um aborto podem chegar a 80%; 
Consumo de drogas lícitas (álcool e tabaco) e ilícitas; 
Antecedentes de abortos espontâneos – o risco de um novo aborto 
aumenta após a ocorrência de dois abortos espontâneos; 
Excesso ou baixo peso; 
Uso de determinados medicamentos - é importante informar ao médico 
quais são os medicamentos utilizados antes mesmo de engravidar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
9. PREVENÇÃO DO ABORTO 
A falta de acesso à educação sexual no Brasil ainda é um tabu não 
quebrado, onde muitos jovens, principalmente mulheres, possuem muitas dúvidas 
em relação à sexualidade, reprodução, menstruação etc. 
Sejamos realistas: não se pode combater e prevenir aquilo que se 
desconhece, apenas com a criminalização desta prática, que, sabemos todos, 
raramente resulta em punições. 
No país onde é crime, esta jovem estará privada de uma informação 
confiável sobre condições de segurança e qualidade, e do acesso a serviços 
públicos. 
Se ela for pobre, terá que buscar meios de arranjar o dinheiro para 
comprar o remédio abortivo (vendido em camelôs) ou submeter-se a um 
“profissional” que atua em condições precárias e insalubres, ambos os 
procedimentos podendo colocar em risco sua vida. 
Ao contrário, a jovem grávida será atendida por profissionais 
competentes, com apoio psicológico, social e médico, que discutiram com ela as 
razões pelas quais ela foi levada a pensar em abortar. 
Nestes casos, a jovem passa a ter na equipe do serviço de saúde um 
apoio para rever sua decisão frente às pressões familiares. 
Finalmente, são discutidos os aspectos morais, relativos à interrupção de 
uma gestação e as consequências disto na personalidade e caráter desta jovem. 
Entre todas as formas de se obter uma gravidez indesejada, creio que a 
pior que se tem é por via de um estupro, onde não há prevenções além da 
segurança. Diariamente mulheres são estupradas, e mesmo assim, não possuem o 
acesso de abortar, pois nosso sistema é completamente falho e injusto, onde o 
dinheiro fala muito mais alto do que a dor da mulher que foi violentada. 
Concluindo-se, que a prevenção para o aborto, além de métodos 
contraceptivos, é a educação e o acesso á ela, pois assim muitos jovens 
entenderiam mais sobre seus corpos, como funcionam, seus métodos e até mesmo 
sobre sua própria segurança pessoal. Crianças, jovens e adultos conseguiriam 
18 
 
 
conhecer mais sobre si mesmos e ajudariam a combater esse tabu que é tão 
importante de ser debatido e estudado, para assim então, obter uma população 
informada e com menos gravidez indesejadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
10. CLÍNICAS DE ABORTOS CLANDESTINAS 
As Clinicas de Abortos são clandestinas, pois como todos sabemos 
Aborto é Crime em lei visto que é conduta considerada ilícita de acordo com os 
artigos 124 e 128 do Código Penal Brasileiro. Entretanto em 21 de outubro de 1969, 
o decreto da lei nº 1004, em seu art. 124, a última alteração da lei foi deia 27 de 
Agosto de 2020. Pelos últimosfatos ocorridos com a criança de 10 anos estuprada 
pelo tio. 
As clinicas não tem uma localização fixa, pois não querem ser encontrada 
tão facilmente pela policia. 
A maioria dos abortos conforme pesquisas são feitas em hotéis, clinicas 
sem nenhuma estrutura de segurança para seu paciente, Pois o importante para 
quem executa esse tipo de procedimento é o dinheiro e não a segurança da 
paciente. 
Foi realizada uma pesquisa em 03/08/2018 e foi constatado que uma 
mulher morre a cada dois dias por aborto inseguro, “diz Ministério da Saúde.” Pois, 
ainda há muitos relatos de mulheres que procuram por clínicas clandestinas de 
abortos. Estes locais normalmente não têm uma infraestrutura adequada para 
realizar tal procedimento, e acabam realizando sem a técnica adequada, colocando 
em risco a vida das pacientes. Onde estas mesmas podem ocorrer perfurações de 
seus órgãos, e podendo ter uma hemorragia futura, podendo ficar estéreis ou até 
mesmo levando a óbito. E esses profissionais acabam nem sendo capacitados para 
tal procedimento. A estimativa do ministério da saúde é de cerca de um milhão de 
abortos são induzidos, portanto, uma carga extremamente alta que depende da 
classe social. Quem “mais morre por aborto no Brasil são mulheres negras, jovens, 
solteiras e com até o Ensino Fundamental,” afirmou Maria de Fátima Marinho de 
Souza, diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não 
Transmissíveis e Promoção da Saúde. 
10.1. Procedimento 
10.1.1. Consulta 
Paciente é atendida por um Ginecologista ou Obstetra. 
20 
 
 
O Médico se informa sobre quanto tempo ela acha que esta gravida, 
explica o procedimento, explica a forma de pagamento, realiza alguns exames para 
identificar a veracidade de quantas semanas a paciente realmente esta. 
Os exames podem ser: Exame de Toque, Urina ou Ultrassom. 
Normalmente o aborto é agendado pelo médico para os próximos dias, 
outros são realizados no mesmo dia. 
10.1.2. Execução 
A paciente chega até o local da clinica, no dia e horário agendado pelo 
Profissional que ira realizar o procedimento. 
Ela é recepcionada por uma assistente, onde a mesma recebe o valor 
combinado entre o Profissional e a Paciente. 
Coloca-se um avental e é levada até uma sala onde será realizado o 
procedimento, a mesma e colocada em uma maca, e por meio intravenoso recebe a 
sedação, onde a mesma adormecer e não sentir dor por mais ou menos 30 minutos. 
Onde poderá realizar um desses três tipos de Procedimentos: 
1- Curetagem (Até 12 Semanas). 
2- Aspiração intrauterina (Até 12 Semanas) 
3- Uso das Substâncias Mesoprostol ou Cytotec (Se o feto apresentar 
ossos ou tiver até 22 Semanas). 
10.1.3. Valores 
• Até o terceiro mês de gestação o aborto costuma custar cerca de 
R$ 5.000,00 
• Até o terceiro mês e meio o valor aumenta para R$ 6.000,00 
• E até o quinto mês pode chegar á R$ 15.000,00 
21 
 
 
 
 
22 
 
 
11. A LEGALIDADE DO ABORTO NO BRASIL 
O aborto no Brasil é crime, entretanto, em algumas situações o 
procedimento é permitido. Veja abaixo os artigos do Código Penal que tratam desse 
tema: 
 O Código Penal - Decreto-lei 2848/40, de 07 de dezembro de 1940 em 
sua parte Especial do Título I dos Crimes contra a Pessoa e Capítulo II dos crimes 
contra a vida, prevê nos seguintes casos: 
 Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento: Art. 124 
- Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lhe provoque: Pena - 
detenção, de um a três anos. 
 Aborto provocado por terceiro: Art. 125 - Provocar aborto, sem o 
consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena - 
reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior (Pena de 
reclusão de 03 a 10 anos) se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é 
alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave 
ameaça ou violência. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
12. FORMA QUALIFICADA 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são 
aumentadas de um terço, se, em consequência do aborto ou dos meios empregados 
para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são 
duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém à morte. 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de 
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº. 54 
A ADPF 54 garantiu no Brasil, a interrupção terapêutica da gestação de 
feto anencefálico. 
Antes da sua aprovação, o Estado não tinha uma interpretação definida 
sobre o tema, fazendo com que a decisão final ficasse para cada Juiz. Na maioria 
das vezes, a prática era aceita, mas ficaram conhecidos casos em que a paciente 
teve de completar a gestação de um natimorto sem ter direito a abortar ou em que a 
sentença foi dada num estágio muito avançado da gravidez. A ADPF 54 é 
considerada por alguns juristas como uma decisão judicial de grande importância 
para o modo como o debate sobre o aborto é tratado no Brasil. 
24 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
13. LEGISLAÇÃO ATUALIZADA SOBRE A PRÁTICA DO ABORTO NO BRASIL 
PORTARIA Nº 2.282, DE 27 DE AGOSTO DE 2020. 
Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da 
Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de 
Saúde-SUS. 
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE INTERINO, no uso das atribuições 
que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, e. 
Considerando que o Ministério da Saúde deve disciplinar as medidas 
assecuratórias da licitude do procedimento de interrupção da gravidez nos casos 
previstos em lei quando realizados no âmbito do SUS; 
Considerando que o Código Penal Brasileiro estabelece como requisitos 
para o aborto humanitário ou sentimental, previsto no inciso II do art. 128, que ele 
seja praticado por médico e com o consentimento da mulher; 
Considerando as alterações promovidas pela Lei nº 12.015, de 7 de 
agosto de 2009, no art. 213 e a inclusão do art. 217-A no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal), que tipificam, respectivamente, os crimes de 
estupro e estupro de vulnerável; 
Considerando a Lei nº 13.718, de 24 de setembro de 2018, que altera o 
artigo 225 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para 
tornar pública incondicionada a natureza da ação penal dos crimes contra a 
liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável; 
Considerando a necessidade de se garantir aos profissionais de saúde 
envolvidos no procedimento de interrupção da gravidez segurança jurídica efetiva 
para a realização do aludido procedimento nos casos previstos em lei; e 
Considerando o Ofício nº 3475125/2020-DPU MG/05OFR MG, que 
solicita revogação da Norma Técnica "Prevenção e tratamento de agravos 
resultantes da violência sexual contra mulher e adolescentes" e da Portaria nº 1.508 
GM/MS, de 1º de Setembro de 2005, resolve: 
26 
 
 
Art. 1º É obrigatória a notificação à autoridade policial pelo médico, 
demais profissionais de saúde ou responsáveis pelo estabelecimento de saúde que 
acolheram a paciente dos casos em que houver indícios ou confirmação do crime de 
estupro. 
Parágrafo único. Os profissionais mencionados no caput deverão 
preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues 
imediatamente à autoridade policial, tais como fragmentos de embrião ou feto com 
vistas à realização de confrontos genéticos que poderão levar à identificação do 
respectivo autor do crime, nos termos da Lei Federal nº 12.654, de 2012. 
Art. 2º O Procedimento de Justificação e Autorizaçãoda Interrupção da 
Gravidez nos casos previstos em lei compõe-se de quatro fases que deverão ser 
registradas no formato de termos, arquivados anexos ao prontuário médico, 
garantida a confidencialidade desses termos. 
Art. 3º A primeira fase será constituída pelo relato circunstanciado do 
evento, realizado pela própria gestante, perante 2 (dois) profissionais de saúde do 
serviço. 
Parágrafo único. O Termo de Relato Circunstanciado deverá ser assinado 
pela gestante ou, quando incapaz, também por seu representante legal, bem como 
por 2 (dois) profissionais de saúde do serviço, e conterá: 
I - local, dia e hora aproximada do fato; 
II - tipo e forma de violência; 
III - descrição dos agentes da conduta, se possível; e 
IV - identificação de testemunhas se houver. 
Art. 4º A segunda fase se dará com a intervenção do médico responsável 
que emitirá parecer técnico após detalhada anamnese, exame físico geral, exame 
ginecológico, avaliação do laudo ultrassonográfico e dos demais exames 
complementares que porventura houver. 
27 
 
 
§ 1º A gestante receberá atenção e avaliação especializada por parte da 
equipe de saúde multiprofissional, que anotará suas avaliações em documentos 
específicos. 
§ 2º Três integrantes, no mínimo, da equipe de saúde multiprofissional 
subscreverão o Termo de Aprovação de Procedimento de Interrupção da Gravidez, 
não podendo haver desconformidade com a conclusão do parecer técnico. 
§ 3º A equipe de saúde multiprofissional deve ser composta, no mínimo, 
por obstetra, anestesista, enfermeiro, assistente social e/ou psicólogo. 
Art. 5º A terceira fase se verifica com a assinatura da gestante no Termo 
de Responsabilidade ou, se for incapaz, também de seu representante legal, e esse 
termo conterá advertência expressa sobre a previsão dos crimes de falsidade 
ideológica (art. 299 do Código Penal) e de aborto (art. 124 do Código Penal), caso 
não tenha sido vítima do crime de estupro. 
Art. 6º A quarta fase se encerra com o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido, que obedecerá aos seguintes requisitos: 
I - o esclarecimento à mulher deve ser realizado em linguagem acessível, 
especialmente sobre: 
a) os desconfortos e riscos possíveis à sua saúde; 
b) os procedimentos que serão adotados quando da realização da 
intervenção médica; 
c) a forma de acompanhamento e assistência, assim como os 
profissionais responsáveis; e 
d) a garantia do sigilo que assegure sua privacidade quanto aos dados 
confidenciais envolvidos, passíveis de compartilhamento em caso de requisição 
judicial; 
II - deverá ser assinado ou identificado por impressão datiloscópica, pela 
gestante ou, se for incapaz, também por seu representante legal; e 
28 
 
 
III - deverá conter declaração expressa sobre a decisão voluntária e 
consciente de interromper a gravidez. 
Art. 7º Todos os documentos que integram o Procedimento de 
Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, 
conforme modelos constantes nos anexos I, II, III, IV e V desta Portaria, deverão ser 
assinados pela gestante, ou, se for incapaz, também por seus representantes legais, 
e elaborados em duas vias, sendo uma fornecida à gestante. 
Art. 8º Na segunda fase procedimental, descrita no art. 4º desta Portaria, 
a equipe médica deverá informar acerca da possibilidade de visualização do feto ou 
embrião por meio de ultrassonografia, caso a gestante deseje, e essa deverá proferir 
expressamente sua concordância, de forma documentada. 
Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 10 Fica revogado o Título V do Capítulo VII da Seção II - Do 
Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos Casos 
Previstos em Lei - (Origem: PRT MS/GM 1508/2005), Artigos 694 a 700, da Portaria 
de Consolidação nº 5 de, 28 de setembro de 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
14. CULTURA DO ABORTO EM OUTROS PAÍSES 
14.1. Rússia 
A Rússia é a pioneira na legalização do aborto. Dois anos antes da 
aparição da União Soviética, em 1920, a prática foi legalizada. Em 1936, o aborto 
voltou a ser crime, mas, em 1955, o governo optou por legalizá-lo novamente, 
decisão que se mantém até hoje. Só é possível abortar de forma legal até a 12ª 
semana de gestação. O país também é o que mais realiza a prática no mundo, de 
acordo com a Organização das Nações Unidas; são aproximadamente 1,3 milhão de 
abortos por ano no nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes. 
Apesar disso, o número tem caído drasticamente desde os anos 1990, com o fim da 
URSS. 
14.2. México 
Em 1931, o México foi o primeiro país a legalizar o aborto em caso de 
estupro. Por lá, a legislação é feita de forma regional e varia de estado para estado. 
Na Cidade do México, desde 2008, por exemplo, a prática é totalmente legalizada, 
sendo a única limitação ser realizada até no máximo a 12ª semana de gestação. 
Apesar disso, em 2009, outros estados mexicanos proibiram de forma universal o 
aborto. 
14.3. Polônia 
Em 1932, a Polônia foi um dos primeiros países da Europa, sem 
pertencer à União Soviética, a criar uma legislação sobre a prática. Até hoje, no 
país, o aborto só é permitido em caso de estupro, incesto, risco de morte da mãe ou 
malformação do feto. De 1945 a 1993, no regime comunista, chegou a ser permitida 
a interrupção voluntária da gravidez, como ocorre na maioria dos países europeus, 
mas, após o fim desse governo, voltou à proibição. 
14.4. Islândia 
No mundo ocidental, a Islândia foi pioneira na legalização do aborto 
voluntário, em 1935. Hoje, o país considera que a mulher pode exercer sua 
liberdade individual e o aborto pode ser realizado até a 16ª semana de gestação. 
Inclusive a legislação prevê como motivo para realização da prática justificativa de 
cunho social como falta de renda ou de condições mentais para se tiver uma 
criança. 
30 
 
 
14.5. Japão 
Após a Segunda Guerra Mundial, a superpopulação foi vista como um 
risco para o desenvolvimento econômico do Japão. Nessa época, em 1948, o aborto 
foi legalizado. Normalmente, pode ser realizado até a 12ª semana de gestação e por 
diferentes motivos, como estupro, risco de vida para a mulher ou mesmo alegação 
de falta de condições financeiras para criar uma criança. 
14.6. Noruega 
A Noruega criou sua primeira legislação sobre o aborto em 1964, quando 
aprovou o consentimento da prática em casos de risco de vida para a mãe. Em 
1975, a lei foi ampliada e passou a permitir também o aborto por motivos 
socioeconômicos. Por fim, em 1978, o aborto foi legalizado totalmente e, na 
Constituição do país, toda mulher que é colocada em sérias dificuldades por conta 
da gestação pode solicitar o procedimento, desde que dentro das 12 primeiras 
semanas. 
14.7. Estados Unidos 
Os Estados Unidos viveram uma longa caminhada até a legalização do 
aborto. Em 1959, o American Law Institute (ALI) redigiu um documento que tratava 
sobre a legalização total do aborto. A partir de 1967, alguns estados do país, como 
Califórnia, Colorado e Carolina do Norte, começaram a adotar o modelo do 
American Law Institute como base da própria Constituição. Depois disso, em 1973, a 
Suprema Corte decidiu pela legalização do aborto, decisão esta que foi seguida em 
todo o território discussão no país de uma legislação mais severa em relação ao 
tema. 
14.8. Reino Unido 
Em 1967, Inglaterra, Escócia e País de Gales adotaram no Reino Unido 
uma das legislações mais liberais na época no que diz respeito ao aborto. Desde 
então, o procedimento é permitido até a 24ª semana de gestação por razões sociais, 
médicas, econômicas, estupro, risco de morte da mãe ou má formação do feto. 
Atualmente, a maioria dos países da Europa adota uma legislação semelhante. 
14.9. Índia 
Em 1971, foi aprovada na Índia a Lei de Rescisão Médica da Gravidez, 
criando uma legislação sobre o aborto no país. A partir dos anos 1960, por conta do 
31aumento alarmante do número de abortos e da morte de mulheres que tentavam a 
prática, o governo decidiu criar condições legais para o tema. As mulheres indianas 
têm direito ao procedimento até a 20ª semana de gestação, em alguns casos 
específicos. São eles: estupro, risco de morte da mulher, graves danos à saúde 
física ou mental da mãe, anormalidades no feto, ou ainda em casos onde mulheres 
casadas engravidem por falha dos meios contraceptivos. 
14.10. França 
O aborto na França foi legalizado em 1975 e funciona da seguinte forma: 
pode ser realizado até a 12ª semana de gestação, por pedido da mulher, caso a 
mesma alegue não ter condições sociais ou econômicas para ser mãe. Também é 
permitido em casos de risco de morte da mãe ou má formação do feto (nesses 
casos, dois médicos precisam certificar a situação). As mulheres que entram com o 
pedido são encaminhadas para aconselhamento e precisam passar por um período 
de ponderação obrigatório de no mínimo oito dias. Menores de 18 anos, só com a 
autorização dos pais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
15. REFLEXAO CRÍTICA 
Estima-se que no Brasil entre janeiro e julho deste ano, foram feitas 1.024 
abortos LEGAIS no país, contabilizando com interrupções de gestação decorrentes 
de risco de vida para a mãe portadora de patologia grave, gravidezes resultantes de 
violência sexual e as interrupções realizadas em razão de malformação do feto. 
 O aborto é uma das principais mortes por causa materna em países em 
desenvolvimento, e no Brasil está em quarto lugar em mortes de causa materna. 
 Muitas vezes fazendo o procedimento ilegalmente a mulher corre sérios 
riscos de morte ou de perder seus órgãos reprodutores ou ter algum tipo de 
complicação entre eles: PERFURAÇÃO DO ÚTERO, RETENÇÃO DE RESTOS DE 
PLACENTA, SEFUIDA DE INFECÇÃO, PERITONITE, TÉTATO, SEPTICEMIA, 
INFLAMAÇÃO DAS TROMPAS, SINEQUIAS UTERINAS, ESTERILIDADE, sequelas 
que podem ser irreversíveis. 
 Apenas 76 hospitais brasileiros são autorizados a realizar o procedimento 
de forma legal , São Paulo tem o maior número de hospitais q realizam essa técnica. 
 O salário maternidade é concedido em caso de aborto pago pelo INSS, 
para mulheres contribuintes da previdência social que sofrem aborto espontâneo ou 
situações previstas em lei (estupro ou risco de vida para a mãe). 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
16. CONCLUSÃO 
O aborto é a interrupção da gestação, antes do feto atingir seu período 
perinatal, (20 a 22 semanas) com peso de aproximadamente 500g. Percebe-se, 
portanto, que é permitida a realização de aborto quando há risco de vida para a 
gestante e quando a gravidez é resultado de um estupro. 
 No Brasil o aborto pode ser realizado quando há a comprovação de que 
o feto é anencefálico, ou seja, que o feto não apresenta total ou parcialmente a 
calota craniana e o cérebro. Sobre esse último caso, é importante destacar que a 
decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal. Decreto Lei nº2. 848 de 07 de 
dezembro de 1940. 
“Vale ressaltar que todo esse processo não é fácil para a mãe, e nem 
para seus familiares!” 
É um processo doloroso por muitas vezes, e lamentavelmente, temos 
muitos casos no Brasil, por estupros de menores de idade!...Tivemos um caso à 
pouco tempo, onde a menor só tinha 10 anos de idade, e foi estuprada pelo próprio 
tio. “Triste realidade!” 
Existem países no qual o aborto é liberado, ao todo, são 63 países onde o 
aborto é considerado uma prática legalizada e as mulheres que desejam interromper 
sua gravidez voluntariamente não são presas por isso. Normalmente, só é possível 
interromper a gravidez de forma legal até a 12ª semana de gestação. 
Nos países aonde o aborto é liberado, é notável um menor de índice de 
taxa de mortalidade, pois por sua vez, as mulheres têm acompanhamento 
multidisciplinar pela equipe de enfermagem. E são orientadas, a métodos 
contraceptivos futuros, e conscientizadas sobre esta prática. 
 
 
 
 
34 
 
 
17. BIBLIOGRAFIA 
Aborto no Brasil. (s.d.). Fonte: https://www.Wikipédia.com.br. 
Colas, O. A. (2007). Ainda sobre o abortamento legal no Brasil e comecimento dos 
profissionais de saúde. Fonte: Rev Bras Ginecol Obstet. 
Hardy, E. (1992). Complicações pós-aborto provocado:fatores associados. Fonte: 
Cad Saúde Pública. 
http://agenciapatriciagalvao.org.br/mulheres-de-olho/os-15-primeiros-paises-que-
legalizaram-o-aborto/. (s.d.). 
http://bol.uol.com.br/listas/os-primeiros-paises-que-legalizaram-o-aborto.htm. (s.d.). 
http://www.cofen.gov.br/uma-mulher-morre-a-cada-2-dias-por-causa-do-aborto-
inseguro-diz-ministerio-da-saude_64714.html. (s.d.). 
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/aborto-espontaneo. (s.d.). 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/aborto.htm. (s.d.). Acesso em 16 de Outubro 
de 2020 
hwttps://brasilescola.uol.com.br/biologia/aborto.htm. (s.d.). Acesso em 16 de outubro 
de 2020 
MOORE, K., & PERSAUD, T. (2003). Ética, Medicina. Fonte: 
http://www.infoescola.com/medicina/tipo-de-aborto/. 
Receita Federal. (19 de Maio de 2020). Fonte: www.Receita.economia.gov.br. 
Santos, V. S. (s.d.). Aborto. 
Venerando, D. (15 de Janeiro de 2020). colaboração para viva bem . Fonte: 
www.Uol.com.br. 
Dr. André Luiz Malavasi, responsável pelo núcleo de abuso e violência 
sexual do Hospital Perola Byington. 
 
35 
 
 
18. COLABORAÇÃO DE CADA COMPONENTE DO GRUPO 
Capa, Contracapa e Sumário – Andreina. 
Montagem do trabalho nas normas ABNT – Andreina. 
Introdução – Fabiana, Cristina e Silvana. 
Justificativa – Andreina. 
Objetivos – Andreina. 
Aborto - o que é? – Fabiana. 
Como ocorre – Cristina. 
Causas do aborto – Fabiana. 
Remédios abortivos – Andreina. 
Fatores de riscos – Fabiana. 
Prevenção ao aborto – Gabriella. 
Clínicas clandestinas – Cristiana e Fabiana. 
A legalidade do aborto no Brasil – Zenaide. 
Forma qualificada – Fabiana e Zenaide. 
Legislação atualizada do aborto – Fabiana. 
Cultura do aborto em outros países – Fabiana. 
Reflexão critica – Eduardo e Inácia. 
Conclusão – Fabiana.

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