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3 1 - BALCONISTA DE FARMÁCIA O balconista de uma farmácia ou drogaria é sempre a pessoa que mais contato tem com o consumidor, por isso pode e deve sugerir mudanças sobre a quantidade de produtos expostos nas prateleiras e estoque de produtos que são mais vendidos. Além de informar a falta de produtos que têm procura, mas não são comercializados. A colocação de preço nos produtos também é responsabilidade do balconista. É importante observar se os preços etiquetados estão correios e legíveis e se não estão sendo colocados sobre o número de lote do produto, e principalmente sobre o prazo de validade da mercadoria. O balconista deve ainda observar sempre as necessidades do consumidor e verificar se elas estão sendo atendidas prontamente. Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, arrumar mercadorias, ter conhecimento dos medicamentos que estão sendo vendidos e os laboratórios que produzem estes remédios, saber ler uma receita e atualizar-se sobre novos lançamentos, são princípios básicos que fazem parte do dia-a-dia do balconista e ajudam, em muito, a organização de uma farmácia. 1.1 - Balconista: o elo entre a farmácia e o consumidor Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito profissionalismo e seriedade. No caso do balconista de farmácia este aspecto é muito importante, já que este profissional tem que atuar como "relações públicas" da farmácia onde trabalha representar a própria empresa e ser o elo entre a farmácia e o consumidor. Toda empresa comercial tem como objetivo o bom atendimento ao cliente. Na farmácia isso não é diferente, a gentileza no atendimento com certeza trará bons retornos para a farmácia e para o balconista. O balconista é a primeira pessoa que o cliente vê e ouve e, às vezes, é a única pessoa com quem ele entra em contato dentro de uma drogaria. Por isso é fundamental o bom aspecto do balconista, que deve usar sempre roupas limpas e de boa apresentação para manter um aspecto de higiene e organização de preferência 4 cor clara, usar um linguajar claro e compreensível sem gírias e intimidades, dando assim, segurança ao cliente. Outro aspecto importante e que deve observado é das mãos e unhas, não só pela questão estética, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao manusear os medicamentos. Note ainda que as mãos do balconista estão permanentemente no foco de atenção dos clientes. 1.2 - Paciência e dedicação Existe um antigo ditado popular que diz que "o cliente sempre tem razão" e mesmo que isso não seja totalmente verdade é importante que o balconista não esqueça que este ditado resume uma regra básica na relação de compra e venda. Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou mesmo por qualquer outro motivo. Neste caso o balconista deve utilizar de bom senso e atendê-lo o mais prontamente possível, evitando até mesmo comentar o contratempo ocorrido. Desta forma o cliente ficará desarmado e até mesmo sem ação. Manter a calma e ser gentil nesta ou em qualquer outra situação deve ser um dos lemas do balconista até mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta de "esticar a conversa" no balcão. Como ele pode estar atrapalhando o andamento do trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros clientes sejam atendidos. É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em primeiro lugar, afinal todo o seu trabalho gira em torno dele e para ele. 1.3 - A arte de atender Sabemos que é uma arte atender um cliente, por isso o balconista deve ser amável no contato com o consumidor para que ele se sinta bem atendido e volte outras vezes. Para que isso ocorra é importante conquistar a simpatia do cliente e não só atender a sua necessidade imediata, mas estar sempre disponível quando solicitado para informá-lo e orientá-lo no que for possível. O balconista de farmácia exerce uma função de dupla responsabilidade, já que os produtos à disposição para venda são na verdade fórmulas complexas, e se 5 não forem comercializados corretamente podem causar sérios danos à saúde do consumidor. 1.4 - Recursos promocionais Além da habilidade do balconista no atendimento ao consumidor, as farmácias ou drogarias se utilizam muito de recursos promocionais par a chamar a atenção do cliente. As vitrines do balcão, as prateleiras externas e as gôndolas, normalmente, são usadas para colocar produtos da linha de perfumaria e cosméticos, os produtos naturais (chás e outras ervas) e os produtos de higiene pessoal para destacar e promover as vendas. Em displays, sobre os balcões, ficam os produtos homeopáticos. Além destes recursos, as drogarias se utilizam também da promoção no preço de algumas mercadorias - comésticos, perfumes e produtos de higiene pessoal para atrair os clientes e aumentar a comercialização de produtos em geral. Existem ainda drogarias que dão desconto promocional nos medicamentos. 2 - RECEBIMENTO, ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS. 2.1 - Definições, atribuições e Conceitos. Armazenamento − “Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades de recepção/recebimento de medicamentos, estocagem e guarda de medicamentos, conservação de medicamentos e controle de estoque.” (Brasil, 2001). Estocagem − Atividade que está diretamente ligada à guarda, localização, preservação e segurança dos materiais estocados e sob a responsabilidade do almoxarifado correspondente, visando à conservação racional e segura de medicamentos, correlatos, material de expediente, etc. Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, proteger ou manter especificamente ou não, os produtos. 6 Medicamento – É toda substância ou associação de substâncias, utilizadas para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estado patológico, para o benefício do receptor. Número do Lote – Designação impressa no rótulo e na embalagem de medicamentos, que permita identificar a partida, série ou lote a que pertencem, para, em caso de necessidade, localizar e rever todas as operações de fabricação e inspeção praticadas durante a produção. Rótulo – Identificação impressa ou datilografada, bem como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão, ou decalco, aplicada. CAF (central de abastecimento farmacêutico) – É a unidade de assistência farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e correlatos, onde são realizadas atividades quanto à sua correta recepção, estocagem e distribuição. Sistema de Estocagem Fixa − Este sistema determina o número de áreas de estocagem para um tipo de material, definindo-se que, somente um material desse tipo poderá ser estocado nos locais marcados. Sistema de Estocagem Livre − Este sistema não determina locais fixos de estocagem. Os materiais ocupam no momento da entrega os espaços vazios disponíveis dentro da área de armazenagem. Rotatividade do Item − Os itens de maior rotatividade que entram em grandes volumes e com peso elevado devem ficar próximos da área de expedição para facilitar a distribuição. Carga Unitária − É um conceito que implica estocar o produto de acordo com o volume de dispensação e/ ou em seus múltiplos, de maneira a racionalizar sua movimentação interna. Ordem de Entrada/ Saída − É um aspecto fundamental para produtos que apresentam prazo de validade. Os medicamentos que vão vencer primeiro devem ser armazenados à esquerda e na frente. Pallets − Consiste num estado de material resistente (madeira, metal ou poliuretano) de dimensões diversas de acordo com as necessidades da instituição. Os pallets evitam o contato dos produtos com o piso, impedindo a ação de umidade e sujeira. Sugere-se que a distância mínima do solo seja de 30 cm.7 Prateleiras − Armações fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em unidades padronizadas. Ordenação dos Estoques − Os estoques devem ser ordenados respeitando o sistema de classificação e codificação. O sistema de ordenação mais recomendado é por forma farmacêutica e seqüência alfabética do fármaco dentro de cada grupo. Equidistância − Os produtos devem ser estocados, mantenham-se certa distância entre eles, visando a permitir a limpeza, evidenciar os itens em estoque e facilitar a circulação de ar. Os medicamentos devem estar de 30- 50 cm afastados das paredes e 50 cm do teto para evitar a transmissão de calor, umidade e contaminação por fungos. Condições de Armazenamento de Medicamento − A Organização Mundial da Saúde define como condições normais de armazenamento as correspondentes a locais secos e bem ventilados, temperatura de 15-25ºC ou até 30ºC em algumas zonas climáticas. Visando assegurar essas condições é recomendável a instalação de ar condicionado na CAF para não ultrapassar a temperatura preconizada. Atenção Farmacêutica − É o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietações, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das destrezas do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente. Distribuição − É um dos pontos mais críticos do processo de administração de materiais. A gestão deve assegurar a existência de estoques e a garantia de distribuição ao usuário. O sistema deverá distribuir a menor quantidade que sua logística suportar, pois o usuário geralmente não dispõe de condições ótimas de estocagem. Estoques descentralizados tendem a aumentar, significativamente, o imobilizado, além de gerar desperdícios, mau uso e desvios. No caso de medicamentos e correlatos o emprego de modernos sistemas de distribuição e dispensação compatíveis com a realidade hospitalar auxilia as ações de gerenciamento de materiais e reduz custos. 2.2 - Recebimento e Armazenagem 8 Este procedimento compreende as seguintes atividades: - Receber materiais vindos dos distribuidores; - No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto à respectiva documentação e fisicamente inspecionada para que sejam verificadas suas condições físicas, rotulagem, tipo, data de fabricação, validade e quantidade; - Conferir a nota fiscal quanto à razão social, quantidade, preço, condições de pagamento e se a remessa corresponde à encomendada. - Guardar (estocagem, de acordo com a ordem alfabética no caso de medicamentos); - Localizar de modo eficiente; - Assegurar a não contaminação e ou estragos às caixas de medicamentos; - Preservar ambiente limpo e bem arejado; - Entregar notificações de recebimento de materiais à farmácia; Para um funcionamento satisfatório, a organização dos produtos deve proporcionar: - Pronto acesso aos itens; - Alto grau de flexibilidade do arranjo físico; - Eficiente organização do espaço; - Redução da necessidade de equipamentos; - Minimização das perdas por deterioração; - Minimização das perdas por desvio; - Garantia dos requisitos de segurança individual e coletiva. Ambientes - Recebimento; - Área geral e estocagem; - Termolábeis; - Controlados; 9 Armazenamento e Dispensação A DROGARIA OU FARMÁCIA comercial deve ter capacidade suficiente para assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de produtos. Quando são exigidas condições especiais de armazenamento quanto à temperatura tal condição deverá ser providenciada e monitorada sistematicamente mantendo-se os devidos registros. Em geladeira exclusiva para tal armazenagem, com termômetro específico, assegurando a temperatura ideal para estocagem do medicamento. Dispor de armário resistente e/ou sala própria fechada com chave para o armazenamento dos medicamentos sujeitos a regime especial de controle. Dispor de local ou sistema de segregação devidamente identificado, fora da área de dispensação para a guarda dos produtos que apresentam comprovadamente irregularidades ou com prazo de validade vencido. Todos os medicamentos sujeitos a Controle Especial somente serão dispensados mediante prescrição médica segundo legislação vigente. A prescrição deve ser conferida e escriturada pelo profissional farmacêutico. O sistema de escrituração para produtos sujeitos a Controle Especial deve ser autorizado pela Vigilância Sanitária local. Os Medicamentos Termolábeis – devem ter prioridade na conferência, armazenagem e estocagem, são medicamentos que necessitam de baixa temperatura (em refrigerador ou câmeras frias, controladas diariamente por termômetros entre +2ºC a +8ºC), para sua conservação. Ex.: insulina, e alguns anti- retrovirais. Os estoques devem ser controlados e inspecionados com freqüência para verificação de qualquer alteração visível, especialmente os medicamentos que ainda estiverem sob garantia de seus prazos de validade, tais como: - Lacre violado; - Comprimido ou embalagem estufada; - Embalagem estufada; - Mudança na coloração ou aspecto do medicamento; - Formação de cristais nos líquidos, e outros. 10 A estocagem deve permitir fácil visualização para a exata identificação dos medicamentos quanto ao nome do produto, número do lote e prazo de validade. Os produtos com prazo de validade vencido ou com avarias são: Devolvidos ao distribuidor, fornecedor (fabricante ou laboratório), através de nota fiscal de devolução com os dizeres "mercadoria avariada ou mercadoria vencida”, visando o objetivo do descarte. Depois de efetuado o procedimento acima, o distribuidor (fabricante, fornecedor) toma todas as medidas necessárias no que diz respeito aos produtos devolvidos para seu devido descarte. 3 - RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES O farmacêutico é o responsável pela supervisão da dispensação, deve possuir conhecimento científico e estar capacitado para a atividade. São inerentes ao profissional farmacêutico as seguintes atribuições: Conhecer, interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da legislação pertinente; Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição de medicamentos e demais produtos; Avaliar a prescrição médica; Assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos produtos; Manter arquivos, que podem ser informatizados, com a documentação correspondente aos produtos sujeitos a controle especial; Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações adversas e interações medicamentosas, informando a autoridade sanitária local; Organizar e operacionalizar as áreas e atividades da drogaria; Manter atualizada a escrituração; Manter a guarda dos produtos sujeitos a Controle Especial de acordo com a legislação específica; Prestar assistência farmacêutica necessária ao consumidor; 11 Promover treinamento inicial e contínuo dos funcionários para a adequação da execução de suas atividades. São inerentes ao proprietário do Estabelecimento as seguintes atribuições: Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento; Estar comprometido com as Boas Práticas de Dispensação em Farmácia e Drogaria; Favorecer e incentivar programas de educação continuada para todos os profissionais envolvidos nas atividades da drogaria; A farmácia e a drogaria devem imediatamente informar a autoridade sanitária à ocorrência de suspeita de fraude ou falsificação de produtos. 3.1 - Ética no trabalho Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes, abrir mão de algumascoisas e perder algo. É preciso ouvir mais as idéias de seus colegas, pois muitas idéias aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvir as pessoas e avaliar a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições, e principalmente dar crédito a quem realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos elogios pelo trabalho realizado por outras pessoas, sem sequer repassar os mesmos ou citar o nome dos colegas que contribuíram para tal, e isso é ser antiético, pois se está aceitando um elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou tarde, o mesmo será reconhecido e você ficará com fama de mau-caráter. Outra coisa muito importante é a pontualidade, pois se você sempre se atrasar, será considerado indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de carreira. Infelizmente em muitas empresas julga-se o caráter e a competência de um funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua produtividade ou habilidades técnicas/gerenciais. Tente também nunca criticar seus colegas de trabalho ou culpá- los pelas costas, e quando tiver de corrigir ou repreender alguém, faça-o em particular, não o humilhe perante outros, respeite sua privacidade e se for o caso ofereça apoio, pois ele poderá estar passando por dificuldades sem você saber. 12 Existem outras ponderações que devemos fazer, tais como: maneiras de utilização de telefones, e-mails, assim como comportamentos em reuniões/palestras e em situações de fofocas de corredor. 3.2 - O que não deve ser feito (empurroterapia) O balconista de farmácia é uma das ocupações profissionais que goza de certo prestígio. Decifram as receitas médicas e odontológicas e estão sempre disponíveis para esclarecer as dúvidas dos usuários. Vez por outro, extrapolam os limites de sua competência e protagonizam as práticas conhecidas como "empurroterapia" e "remédios B.O (bom para otário). O "Alerta" denuncia a prática ilegal da venda dos "similares incentivados" (medicamentos bonificados, nos quais os balconistas recebem comissões sobre as vendas) e não os genéricos autorizados pela ANVISA. Medicamentos muitas vezes produzidos em laboratórios desconhecidos dos médicos. O documento supra recomenda que os pacientes não permitam que sua receita seja trocada. Claro que "nem tudo que reluz é ouro" e que no fundo está em jogo a ganância financeira desmedida. Mas automedicação pode matar, empurroterapia pode ser barata, mas não eficaz. Logo, o assunto é sério e merece de todos uma profunda reflexão. Exemplo: O sr. MF, então com 60 anos de idade, conhecia um balconista de farmácia desde que eles eram crianças. Os dois moravam no mesmo bairro de João Pessoa. Certo dia o sr. MF começou a apresentar tosse com expectoração, diminuição do apetite e fraqueza. Foi ao balconista que receitou-lhe xarope de iodeto de potássio. Como os sintomas não melhoraram, o sr. MF voltou ao balconista que desta vez empurrou-lhe um xarope de ambroxol e soro glicosado a 5% para ser ingerido (?!). Como não surtiu efeito - e fiel ao ditado: "caso os sintomas persistirem, procure um médico" - o sr. MF procurou o medico, que após escutar as suas queixas (tecnicamente chamado de anamnese), examiná-lo (ausculta do pulmão e outras técnicas chamadas em conjunto de exame físico) e solicitar uma radiografia do tórax e exame de escarro fez o diagnóstico de tuberculose pulmonar. O sr. MF fez 13 tratamento (gratuito) por seis meses e ficou curado. O paciente estava há alguns meses disseminando o bacilo da doença para seus amigos e parentes. O diagnóstico precoce teria evitado o absenteísmo ao trabalho, gastos desnecessários com medicação e disseminação da doença. 3.3 - Automedicação A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica, ou seja, as situações em que o paciente decide qual o medicamento que vai utilizar. Inclui-se nessa designação genérica a indicação de medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos, familiares ou balconistas da farmácia, nesses casos também denominados de “exercício ilegal da medicina”. A automedicação é um fenômeno potencialmente nocivo à saúde uma vez que nenhum medicamento é inócuo ao organismo. O uso indevido de medicamentos considerados “inofensivos” pode acarretar conseqüências como resistência bacteriana, reações de hipersensibilidade, dependência (adição), sangramento digestivo, sintomas de retirada e aumentar o risco para as neoplasias. Além disso, o alívio momentâneo dos sintomas pode encobrir a doença de base que passa despercebida e pode, assim, progredir. 3.4 - Cuidados no uso de medicamentos Uso sob orientação de profissional de saúde: Seguir as instruções de uso; Tomar a medicação na dose correta; Durante o período prescrito pelo médico; Armazenar corretamente. 3.5 - Cuidados especiais: Cuidados especiais devem ser tomados por gestantes, crianças e idosos. Na gestante, os medicamentos podem afetar a saúde do bebê (feto), nas crianças, por 14 sua vez, seu sistema de metabolismo enzimático ainda não está completamente formado, enquanto que nos idosos o metabolismo é mais lento Em geral, a diferença entre um efeito terapêutico e um efeito tóxico está na dose. Uma quantidade maior de um medicamento muitas vezes aumenta somente a sua toxicidade. A dose é o limite entre o envenenamento e a cura, aumentar a dose NÃO significa aumentar o efeito! 4 - CONCEITOS - Remédio: tudo o que é utilizado para melhorar a saúde (medicamentos, cirurgia, dieta alimentar, hábitos de higiene, exercícios físicos, hábitos. - Medicamento: substância química ou associação delas, formuladas para tratar estados mórbidos (doenças). Podem ser: De referência: é o primeiro remédio com determinado princípio ativo que surge no mercado. Segundo a ANVISA, é um produto inovador registrado, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente. Genérico: semelhante a um medicamento de referência ou inovador, que pode ser utilizado em substituição ao de referência, cuja eficácia, segurança e qualidade já foram comprovadas Similar: contém as mesmas substâncias químicas, na mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência. Fármaco/droga: substância química com atividade biológica utilizado com intenção de ajudar o organismo receptor. Efeito placebo: fatores inespecíficos que podem colaborar na melhora do paciente (remissão espontânea, efeito psicossomático). Fatores que influenciam no efeito dos fármacos Os fármacos para exercerem os seus efeitos precisam ser absorvidos, do seu local de aplicação até a corrente sangüínea. Uma vez na corrente sangüínea eles podem ser distribuídos para o corpo todo. Após a absorção eles são também eliminados, através de mecanismos de biotransformação (por exemplo metabolismo 15 hepático) e excreção (por exemplo: excreção renal). Os mecanismos de absorção e eliminação são estudados pela farmacocinética. Os mecanismos pelos quais os fármacos causam os seus efeitos são estudados pela farmacodinâmica . Uma vez que os fármacos podem se distribuir para todo o organismo, podem causar diversos efeitos, em diversos órgãos diferentes (em diferentes partes do organismo). Assim, albgém do efeito terapêutico, os medicamentos podem causar inúmeros efeitos colaterais. Orientações ao cliente quanto ao uso do medicamento através da receita. Tomar a medicação na dose correta: Durante o período prescrito pelo médico; Armazenar corretamente. 5 - CLASSES DE MEDICAMENTOS 5.1 - Antiinflamatórios Os antiinflamatórios são medicações extremamente utilizadas, pela sua eficácia em tratar dor e inflamação. Entre osantiinflamatórios mais conhecidos estão o diclofenaco, o ibuprofeno, a indometacina, a nimesulida, o cetoprofeno e o etodolaco. 16 Como os antiinflamatórios agem? Isso foi descoberto em 1970, quando se revelou o mecanismo de ação da aspirina, da qual todas essas medicações são derivadas. Estes compostos inibem uma enzima, a ciclooxigenase (COX) que faz a produção de substâncias que causam inflamação, as prostaglandinas. Este mesmo mecanismo é responsável pelos efeitos colaterais dos antiinflamatórios, pois as prostaglandinas também são necessárias para funções vitais do corpo, como a proteção do estômago contra a acidez e a circulação sangüínea renal. Não é de espantar, portanto, que a grande preocupação como uso crônico destas medicações eram relacionadas com perfurações, úlceras e sangramentos estomacais. No início da década de 90, as complicações gástricas dos antiinflamatórios matavam mais do que algumas formas de câncer nos Estados Unidos. Por este motivo, procurou-se descobrir medicações que inibissem somente a enzima presente na inflamação e não aquela presente no estômago. Estes compostos foram descobertos e comprovou-se que realmente a chance de lesão gástrica era bem menor com os mesmos. Estes compostos são o celecoxib, o valdecoxib, o etoricoxib, o rofecoxib e o lumiracoxib. Porém, descobriu-se que inibir só um tipo de enzima apresentava, em alguns remédios, um efeito inesperado – uma maior chance de infarto – e por este motivo uma dessas medicações, o rofecoxib (VIOXX), foi retirado do mercado. Como que está o uso de antiinflamatórios após esta descoberta? Em primeiro lugar, deve-se ter em conta que na Fibromialgia, não há ativação da COX e liberação de prostaglandinas, então o uso contínuo de antiinflamatórios habitualmente não é recomendado nesta condição. Alguns pacientes podem ter um alívio da dor por um efeito analgésico geral, mas são uma minoria. Se o uso contínuo destas medicações for necessário, deve-se analisar dois aspectos básicos: risco gástrico e risco cardiovascular. Os COXIBS devem ser mais usados nos pacientes que apresentam risco para úlcera, como os idosos, os que usam corticosteróides e que já tenham história prévia de úlcera ou gastrite graves. Já as pessoas que tem risco cardiovascular elevado, como infartados, diabéticos e hipertensos devem evitar os COXIBS e usar os antiinflamatórios tradicionais. Se o risco de úlcera também estiver presente, medicações que 17 diminuam a acidez de estômago devem ser tomadas concomitantemente. Em qualquer situação, o uso crônico deve ser acompanhado por um médico, para a monitorização de complicações. 5.2 - Antibióticos Os antibióticos são produtos de enorme importância, Composto químico que mata ou inibe o crescimento de microrganismos, podendo ser natural ou sintético, a cada ano, centenas de novas substâncias sejam descobertas, pouquíssimas são efetivamente aproveitadas e utilizadas como agentes antimicrobianos, visto que muitas destas não atendem aos requisitos mínimos para seu emprego terapêutico. Paralelamente, não podemos deixar de mencionar o crescente problema em relação ao surgimento de espécies bacterianas resistentes aos diferentes antibióticos. Este talvez corresponda ao principal desafio dos pesquisadores, visto que a multirresistência vem se tornando diariamente mais disseminada nas populações microbianas, sejam patogênicas ou não. Mais recentemente, outro aspecto que vem sendo cada vez mais levado em consideração refere-se à ocorrência dos biofilmes e sua importância na terapêutica antimicrobiana, pois o conhecimento sobre a ocorrência de biofilmes microbianos em nosso organismo levou a uma quebra do paradigma de tratamento das doenças infecciosas. Certamente, para que os antibióticos possam ser empregados de forma mais eficaz, será necessário um maior conhecimento acerca dos biofilmes formados naturalmente em nosso organismo. Pois, somente a partir da elucidação da ecologia dos biofilmes naturais do homem, teremos maiores chances de tratar de forma adequada às várias doenças infecciosas. Cuidados! Atenção especial com horários, doses e períodos de tratamento. Os microrganismos podem desenvolver resistência bacteriana. Combatem os microrganismos que causam infecção. Cada tipo combate certo grupo de germes, tornando obrigatória a orientação médica. 18 5.3 - Anti-hipertensivos A hipertensão ou pressão alta é definida como a pressão maior ou igual a 14/9 mmHg (milímetros de mercúrio), em várias medidas. A causa do aumento da pressão, em geral, é o aumento do tônus vascular (estado de contração dos vasos sangüíneos). Em geral a hipertensão é assintomática (não causa sintomas), até a lesão de algum órgão alvo. Ou seja, inicialmente a hipertensão não causa sintomas, no entanto, o estado “mais contraído” dos vasos prejudica a perfusão tecidual (diminui a chegada de sangue aos tecidos). A diminuição da chegada de sangue aos tecidos é chamada isquemia tecidual e pode causar dor (ou angina), necrose (ou infarto) em qualquer órgão do corpo. A isquemia também pode com medidas gerais, tais como dieta balanceada, restrição de sal, de bebidas alcoólicas e de cigarros, realização de exercícios físicos orientados por profissional competente e medicamentos, os quais devem normalmente ser tomados pela vida toda. Uma vez que os medicamentos anti-hipertensivos causam efeitos colaterais, muitas vezes os hipertensos pensam que os medicamentos são piores do que a hipertensão. No entanto a hipertensão é conhecida como uma “assassina silenciosa”, e no caso dos feitos colaterais serem muito desagradáveis, é hora de voltar ao médico para uma nova consulta e uma possível mudança de tratamento ou de dose. causar arritmias cardíacas (alterações da frequência dos batimentos cardíacos) e o estado exagerado de contração dos vasos pode levar a rupturas vasculares, podendo ser outra causa de acidentes vasculares cerebrais (AVC). É absolutamente necessário o controle da pressão arterial (PA) e o médico é o profissional capacitado a prescrever o melhor tratamento. 5.4 - Anti-histamínicos 19 Os anti-histamínicos são os medicamentos mais comumente utilizados no tratamento de alergias (eles não são utilizados no tratamento da asma). Muitos efeitos desagradáveis, mas relativamente menores de uma reação alérgica – prurido ocular, coriza e prurido cutâneo – são causados pela liberação da histamina. Outros efeitos da histamina (p.ex., falta de ar, hipotensão arterial e inflamação da garganta), os quais podem bloquear o fluxo de ar, são mais perigosos. Todos os anti-histamínicos produzem efeitos desejados similares. Eles diferem, sobretudo em relação aos efeitos indesejáveis ou adversos. Tanto os efeitos desejáveis quanto os indesejáveis variam consideravelmente de acordo com o anti- histamínico específico e com a o indivíduo que o está utilizando. Por exemplo, alguns anti-histamínicos possuem um efeito sedativo maior que outros, embora a suscetibilidade a esse efeito seja variável. Algumas vezes, os efeitos indesejáveis podem ser utilizados de forma vantajosa. Por exemplo, como alguns anti- histamínicos produzem o chamado efeito anticolinérgico, o qual resseca as membranas mucosas, eles são utilizados para reduzir a coriza causada pelo resfriado. Alguns anti-histamínicos podem ser adquiridos sem prescrição médica (remédios de venda livre), podendo ser de ação rápida e de ação prolongada e podem ser combinados com descongestionantes, os quais contraem os vasos sangüíneos e ajudam a aliviar a obstrução nasal. Outros anti-histamínicos exigem prescrição supervisão médica. A maioria dos anti-histamínicos tende a causar sonolência. De fato, devido ao seu efeito sedativo potente, eles são o componente ativo de muitos remédios, de venda livre, contra a insônia. As maiorias dos anti-histamínicospossuem potentes efeitos anticolinérgicos, os quais podem causar confusão mental, tontura, boca seca, constipação, dificuldade de micção e visão borrada, especialmente em indivíduos idosos. Entretanto, a maioria dos indivíduos que utilizam esses medicamentos não apresenta efeitos adversos e pode utilizar medicamentos de venda livre, os quais são mais baratos que os anti-histamínicos não sedativos prescritos pelo médico. A sonolência e os outros efeitos colaterais também podem ser minimizados iniciando- se o tratamento com uma dose baixa e aumentando-a progressivamente até atingir uma dose que controle os sintomas de modo eficaz. Atualmente, existe no mercado um grupo de anti-histamínicos não sedativos que também são causa efeitos 20 colaterais anticolinérgicos. Este grupo inclui o astemizol, a cetirizina e a loratadina. 5.5 - Interações medicamentosas Interações medicamentosas é evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos. Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem uso de varfarina podem ter sangramentos se passarem a usar um antiinflamatório não-esteróide (AINE) sem reduzir a dose do anticoagulante. Algumas vezes, a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, podendo ser tão nociva quanto o aumento. Por exemplo, tetraciclina sofre quelação por antiácidos e alimentos lácteos, sendo excretada nas fezes, sem produzir o efeito antimicrobiano desejado. Há interações que podem ser benéficas e muito úteis, como na co- prescrição deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos, em que esses aumentam o efeito dos primeiros por diminuírem a pseudotolerância dos primeiros. Supostamente, a incidência de problemas é mais alta nos idosos porque a idade afeta o funcionamento de rins e fígado, de modo que muitos fármacos são eliminados muito mais lentamente do organismo. 5.6 - Classificação das interações medicamentosas Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco. Isto é mais comumente mensurado por mudança em um ou mais parâmetros cinéticos, tais como concentração sérica máxima, área sob a curva, concentração-tempo, meia-vida, quantidade total do fármaco excretado na urina etc. Como diferentes representantes de mesmo grupo farmacológico possuem perfil 21 farmacocinético diferente, as interações podem ocorrer com um fármaco e não obrigatoriamente com outro congênere. 6 - RDC Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998 Da Prescrição da Notificação A Notificação de Receita é o documento que acompanhado de receita autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações; A Notificação de Receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva Notificação de Receita estiverem devidamente preenchidos. A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação; Informações que a Notificação de Receita Deverá ter: a) sigla da Unidade da Federação; b) identificação numérica: - a seqüência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; c) identificação do emitente: - nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone; d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal. 22 e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto“ juntamente com o termo de reconhecimento de riscos em três vias, onde, uma via fica com o paciente outra com o medico e a terceira na farmácia ou drogaria; g) data da emissão; h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível; i) identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone; j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento; l) identificação da gráfica: nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e finais concedidas ao profissional ou instituição e o número da Autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local; m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário. n) As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente. Da Prescrição da Notificação – A A Notificação de Receita "A" será válida por 30 (trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja 23 acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para aquisição em outra Unidade Federativa. As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações de Receita "A" procedentes de outras Unidades Federativas, para averiguação e visto. Notificação de Receita "A" poderá conter no máximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter a quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias de tratamento. Acima das quantidades previstas neste Regulamento Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a Notificação de Receita "A" ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. Modelo receituário A Validade nacional (justificativa p/ outra UF) Validade 30 dias Com receita em talonário comum 5 ampolas ou tratamento para 30 dias Talonário fornecido gratuitamente Lista de Substancias Sujeita a Notificação de Receita "A" ACETILMETADOL ETOXERIDINA N-OXICODEÍNA 24 ACETORFINA ALFACETILMETA DOLALFAMEPRODINA ALFAMETADOLA LFAPRODINA ALFENTANILA ALILPRODINA ANILERIDINA BENZETIDINA BENZILMORFINA BENZOILMORFINA BETACETILMETADOL BETAMEPRODINA BETAMETADOL BETAPRODINA BECITRAMIDA BUPRENORFINA BUTORFANOL CETOBEMIDONA CLONITAZENO CODOXIMA DEXTROMORAMIDA DIAMPROMIDA DIETILTIAMBUTENO DIFENOXILATO DIFENOXINA DIIDROMORFINA DIMEFEPTANOL DIMENOXADOL DIMETILTIAMBUTENO DIOXAFETILA DIPIPANONA DROTEBANOL ETILMETILTIAMBUTENO ETONITAZENO ETORFINA FENADOXONA ETORFINA ETOXERIDINA FENADOXONA FENAMPROMIDA FENAZOCINA FENOMORFANO FENOPERIDINA FENTANILA FURETIDINA HIDROCODONA HIDROMORFINOL HIDROMORFONA HIDROXIPETIDINA ISOMETADONA LEVOFENACILMORFANO LEVOMETORFANO LEVOMORAMIDA LEVORFANOL METADONA METAZOCINA METILDESORFINA METILDIIDROMORFINA METOPONA MIROFINA MORFERIDINA MORFINA MORINAMIDA NICOMORFINA NORACIMETADOL NORLEVORFANOL NORMETADONA NORMORFINA NORPIPANONA RACEMORAMIDA RACEMORFANO REMIFENTANILA SUFENTANILA TEBAÍNA TILIDINA TRIMEPERIDINA ÓPIO OXICODONA N-OXIMORFINA PETIDINA PIMINODINA PIRITRAMIDA PROEPTAZINA PROPERIDINA RACEMETORFANO ANFETAMINA CATINA CLOBENZOREX CLORFENTERMINA DEXANFETAMINA FENCICLIDINA FENETILINA FENMETRAZINA LEVANFETAMINA LEVOMETANFETAMINA METANFETAMINA METILFENIDATO TANFETAMINA Da Prescrição da Notificação – B A Notificação de Receita "B", de cor azul, impressa as expensas do profissional ou da instituição, terá validade por um período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a numeração. A Notificação de Receita "B" poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. Acima das quantidades previstas neste Regulamento Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a Notificação de Receita "B" ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. Modelo receituário B 25 Validade UF - 30 dias Com receita em talonário comum 5 ampolas ou tratamento para 60 dias Impresso pelo profissional/instituição Deverá conter a) sigla da Unidade da Federação; b) identificação numérica: - a seqüência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; c) identificação do emitente: - nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone; d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; 26 f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto"; g) data da emissão; h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível; I) identificação do comprador: nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone; j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento; l) identificação da gráfica: nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e final concedidas ao profissional ou instituição e o número da Autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local; m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro de receituário. Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base de substâncias constante das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial, devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto". As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente. 27 LISTA – B LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS (Sujeitas a Notificação de Receita "B") ALOBARBITAL ALPRAZOLAM AMOBARBITAL APROBARBITAL BARBEXACLONA BARBITAL BROMAZEPAM BROTIZOLAM BUTALBITAL BUTOBARBITAL CAMAZEPAM CETAZOLAM CICLOBARBITAL CLOBAZAM CLONAZEPAM CLORAZEPAM CLORAZEPATO CLORDIAZEPÓXIDO CLOTIAZEPAM CLOXAZOLAM DELORAZEPAM DIAZEPAM ESTAZOLAM ETCLORVINOL ETINAMATO FENDIMETRAZINA FENOBARBITAL FLUDIAZEPAM FLUNITRAZEPAM FLURAZEPAM GLUTETIMIDA HALAZEPAM HALOXAZOLAM LEFETAMINA LOFLAZEPATO ETILA LOPRAZOLAM LORAZEPAM LORMETAZEPAM MEDAZEPAM MEPROBAMATO MESOCARBO METIL FENOBARBITAL (PROMINAL) METIPRILONA MIDAZOLAM N-ETILANFETAMINA NIMETAZEPAM NITRAZEPAM NORCANFANO (FENCANFAMINA) NORDAZEPAM OXAZEPAM OXAZOLAM PEMOLINA PENTAZONINA PENTOBARBITAL PINAZEPAM PIPRADOL PIROVARELONA PRAZEPAM PROLINTANO PROPILEXEDRINA SECBUTABARBITAL SECOBARBITAL TEMAZEPAM TETRAZEPAM TIAMILAL TIOPENTAL TRIAZOLAM TRIEXIFENIDIL VINILBITAL ZOLPIDEM ZOPICLONA Obs: Todas as determinações aqui abordadas incluem o receituário B2, sendo que o mesmo só poderá ser utilizado para a compra dos medicamentos PSICOTRÓPICAS ANOREXÍGENAS, juntamente com o termo de reconhecimento de riscos em três vias, onde, uma via fica com o paciente outra com o medico e a terceira na farmácia ou drogaria; SUBSTÂNCIA PSICOTRÓPICA ANOREXÍGENA (Sujeitas a Notificação de Receita "B2") CLORIDRATO DE SIBUTRAMINA 28 9 - Da Receita C O formulário da Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e "2ª via - Orientação ao Paciente". A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, à quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e terão validade de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para medicamentos a base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações. A prescrição poderá conter em cada receita, no máximo 3 (três) substâncias constantes da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial)deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. Prescrição de anti-retrovirais poderá conter em cada receita, no máximo 5 (cinco) substâncias constantes da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. 29 A quantidade prescrita de cada substância constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento correspondente a no máximo 60 (sessenta) dias. No caso de prescrição de substâncias ou medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a quantidade ficará limitada até 6 (seis) meses de tratamento. ADENDO: Ficam também sob controle, todos os sais e isômeros das substâncias enumeradas acima; Preparações a base de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA, DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA, misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de entorpecentes não exceda 100 miligramas por unidade posológica, e em que a concentração não ultrapasse a 2,5% nas preparações de formas indivisíveis ficam sujeitas prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA "; Preparações a base de TRAMADOL, misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade não exceda 100 miligramas de TRAMADOL por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA "; Preparações a base de DEXTROPROPOXIFENO, misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de entorpecente não exceda 100 miligramas por unidade posológica e em que a concentração não ultrapasse 2,5% nas preparações indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA ". 30 Preparações a base de NALBUFINA, misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade não exceda 10 miligramas de CLORIDRATO DE NALBUFINA por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA "; Preparações a base de PROPIRAM, misturadas a um ou mais componentes, contendo não mais que 100 miligramas de PROPIRAM por unidade posológica e associados, no mínimo, a igual quantidade de metilcelulose, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula deverão apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA ". Deverá conter na receita a) identificação do emitente: impresso em formulário do profissional ou da instituição, contendo o nome e endereço do consultório e/ ou da residência do profissional, nº da inscrição no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e endereço da mesma; b) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal; c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; d) data da emissão; e) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional; 31 f) identificação do registro: na receita retida, deverá ser anotado no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações magistrais, também o número do registro da receita no livro correspondente. Lista de Substâncias - c Da Receita C2 Símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicas deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto“ juntamente com o ACEPROMAZINA ÁCIDO VALPRÓICO AMANTADINA AMINEPTINA AMISSULPRIDA AMITRIPTILINA AMOXAPINA AZACICLONOL BECLAMIDA BENACTIZINA BENFLUOREX BENZOCTAMINA BENZOQUINAMIDA BIPERIDENO BUSPIRONA BUTAPERAZINA BUTRIPTILINA CAPTODIAMINA CARBAMAZEPINA CAROXAZONA CETAMINA CICLARBAMATO CICLEXEDRINA CICLOPENTOLATO CITALOPRAM CLOMACRANO CLOMETIAZOL CLOMIPRAMINA CLOREXADOL CLORPROMAZINA CLORPROTIXENO CLOTIAPINA CLOZAPINA DEANOL DESFLURANO DESIPRAMINA DEXETIMIDA DEXFENFLURAMINA DEXTROMETORFANO DIBENZEPINA DIMETRACRINA DISOPIRAMIDA DISSULFIRAM DIVALPROATO DE SÓDIO DIXIRAZINA DOXEPINA DROPERIDOL EMILCAMATO ENFLURANO ETOMIDATO ETOSSUXIMIDA ECTILURÉIA FACETOPERANO (LEVOFACETOPERANO) FENAGLICODOL FENELZINA FENFLURAMINA FENITOINA FENILPROPANOLAMINA FENIPRAZINA FEMPROBAMATO FLUFENAZINA FLUMAZENIL FLUOXETINA FLUPENTIXOL FLUVOXAMINA HALOPERIDOL HALOTANO HIDRATO DE CLORAL HIDROCLORBEZETILAMINA HIDROXIDIONA HOMOFENAZINA IMICLOPRAZINA IMIPRAMINA IMIPRAMINÓXIDO IPROCLORIZIDA ISOCARBOXAZIDA ISOFLURANO ISOPROPIL-CROTONIL- URÉIA LAMOTRIGINA LEVODOPA LEVOMEPROMAZINA LINDANO LISURIDA LITIO LOPERAMIDA LOXAPINA MAPROTILINA MECLOFENOXATO MEFENOXALONA MEFEXAMIDA MEPAZINA MESORIDAZINA METILPENTINOL METISERGIDA METIXENO METOPROMAZINA METOXIFLURANO MIANSERINA MINACIPRAN MINAPRINA MIRTAZAPINA MISOPROSTOL MOCLOBEMIDA MOPERONA NALOXONA NALTREXONA NEFAZODONA NIALAMIDA NOMIFENSINA NORTRIPTILINA NOXPTILINA OLANZAPINA OPIPRAMOL ORLISTAT OXCARBAZEPINA OXIFENAMATO OXIPERTINA PAROXETINA PENFLURIDOL PERFENAZINA PERGOLIDA PERICIAZINA (PROPERICIAZIDA) PIMOZIDA PIPAMPERONA PIPOTIAZINA PRAMIPEXOL PRIMIDONA PROCLORPERAZINA PROMAZINA PROPANIDINA PROPIOMAZINA PROPOFOL PROTIPENDIL PROTRIPTILINA PROXIMETACAINA RISPERIDONA ROPINIROL SELEGILINA SERTRALINA SEVOLFURANO SILDENAFILA SULPIRIDA TACRINA TALCAPONA TETRACAÍNA TIANEPTINA TIAPRIDA TIOPROPERAZINA TIORIDAZINA TIOTIXENO TOPIRAMATO TRANILCIPROMINA TRAZODONA TRICLOFÓS TRICLORETILENO TRIFLUOPERAZINA TRIFLUPERIDOL TRIMIPRAMINA VALPROATO SÓDICO VENLAFAXINA VERALIPRIDA VIGABATRINA ZIPRAZIDONA ZUCLOPENTIXOL 32 termo de reconhecimento de riscos em três vias, onde, uma via fica com o paciente outra com o medico e a terceira na farmácia ou drogaria; Modelo receita C2 LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS (Sujeitas a Notificação de Receita Especial) 1. ACITRETINA 2. ADAPALENO 4. ISOTRETINOÍNA 5. TRETINOÍNA 7 - RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensaçãoe da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do 33 funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. 1º Para fins desta Resolução, entende-se por Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. 2º O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias e drogarias em todo território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de medicamentos e às unidades volantes. 3º Os estabelecimentos de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica ficam sujeitos às disposições contidas em legislação específica. CAPÍTULO II DAS CONDIÇÕES GERAIS Art. 2º As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos no estabelecimento: I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA; II - Autorização Especial de Funciona mento (AE) para farmácias, quando aplicável; III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia da respectiva jurisdição; e V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as especificidades de cada estabelecimento. 1º O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. 34 2º Adicionalmente, quando as informações a seguir indicadas não constarem dos documentos mencionados no parágrafo anterior, o estabelecimento deverá manter afixado, em local visível ao público, cartaz informativo contendo: I - razão social; II - número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III - número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; IV - número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; V - nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu (s) substituto(s), seguido do número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia; VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e VII - números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e do órgão Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. Art.3º As farmácias e as drogarias devem ter, obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico responsável técnico ou de seu substituto, durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, nos termos da legislação vigente. Art. 4º Esses estabelecimentos têm a responsabilidade de garantir e zelar pela manutenção da qualidade e segurança dos produtos objeto desta Resolução, bem como pelo uso racional de medicamentos, a fim de evitar riscos e efeitos nocivos à saúde. CAPÍTULO III DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA Seção I Das Condições Gerais Art. 5º As farmácias e drogarias devem ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com infra-estrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, ambientes para atividades 35 administrativas, recebimento e armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, depósito de material de limpeza e sanitário. Art. 6º As áreas internas e externas devem permanecer em boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos funcionários. 1º As instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes e teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas condições, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. 2º Os ambientes devem ser mantidos em boas condições de higiene e protegidos contra a entrada de insetos, roedores ou outros animais. 3º As condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada ambiente. 4º O estabelecimento deve possuir equipamentos de combate a incêndio em quantidade suficiente, conforme legislação específica. Art. 7º O programa de sanitização, incluindo desratização e desinsetização, deve ser executado por empresa licenciada para este fim perante os órgãos competentes. Parágrafo único. Devem ser mantidos, no estabelecimento, os registros da execução das atividades relativas ao programa de que trata este artigo. Art. 8º Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar regularizados junto à Anvisa e serem armazenados em área ou locais especificamente designados e identificados. Art. 9º O sanitário deve ser de fácil acesso, possuir pia com água corrente e dispor de toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, lixeira com pedal e tampa. Parágrafo único. O local deve permanecer em boas condições de higiene e limpeza. Art. 10. Deve ser definido local específico para guarda dos pertences dos funcionários no ambiente destinado às atividades administrativas. Art. 11. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, devem estar separadas dos demais ambientes. 36 Art. 12. O estabelecimento deve ser abastecido com água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para a limpeza da caixa d'água e manter os registros que comprovem sua realização. Art. 13. O acesso às instalações das farmácias e drogarias deve ser independente de forma a não permitir a comunicação com residências ou qualquer outro local distinto do estabelecimento. 1º Tal comunicação somente é permitida quando a farmácia ou drogaria estiverem localizadas no interior de galerias de shoppings e supermercados. 2º As farmácias e drogarias localizadas no interior de galerias de shoppings e supermercados podem compartilhar as áreas comuns destes estabelecimentos destinadas para sanitário, depósito de material de limpeza e local para guarda dos pertences dos funcionários. CAPÍTULO IV DOS RECURSOS HUMANOS Seção I Das Condições Gerais Art. 17. Os funcionários devem permanecer identificados e com uniformes limpos e em boas condições de uso. Parágrafo único. O uniforme ou a identificação usada pelo farmacêutico deve distingui-lo dos demais funcionários de modo a facilitar sua identificação pelos usuários da farmácia ou drogaria. Art. 18. Para assegurar a proteção do funcionário, do usuário e do produto contra contaminação ou danos à saúde, devem ser disponibilizados aos funcionários envolvidos na prestação de serviços farmacêuticos equipamentos de proteção individual (EPIs). Seção II Das Responsabilidades e Atribuições 37 Art. 19. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar descritas no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento e ser compreensíveis a todos os funcionários. Art. 20. Das atribuições do farmacêutico responsável técnico são aquelas estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmácia, observadas a legislação sanitária vigente para farmácias e drogarias. Art. 23. São atribuições do responsável legal do estabelecimento: I - prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento; II - prover as condições necessárias para o cumprimento destaResolução, assim como das demais normas sanitárias federais, estaduais e municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e drogarias; III - assegurar as condições necessárias à promoção do uso racional de medicamentos no estabelecimento; e IV - prover as condições necessárias para capacitação e treinamento de todos os profissionais envolvidos nas atividades do estabelecimento. Seção III Da Capacitação dos Funcionários Art.24. Todos os funcionários devem ser capacitados quanto ao cumprimento da legislação sanitária vigente e aplicável às farmácias e drogarias, bem como dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP´s) do estabelecimento. Art. 25. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, deve receber treinamento inicial e continuado com relação à importância do autocuidado, incluídas instruções de higiene pessoal e de ambiente, saúde, conduta e elementos básicos em microbiologia, relevantes para a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos usuários. Art. 26. Deve ser fornecido treinamento inicial e contínuo quanto ao uso e descarte de EPIs, de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, conforme legislação específica. 38 Art. 27. Nos treinamentos, os funcionários devem ser instruídos sobre procedimentos a serem adotados em caso de acidente e episódios envolvendo riscos à saúde dos funcionários ou dos usuários das farmácias e drogarias. Art. 28. Devem ser mantidos registros de cursos e treinamentos dos funcionários contendo, no mínimo, as seguintes informações: I - descrição das atividades de capacitação realizadas; II - data da realização e carga horária; III - conteúdo ministrado; IV - trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas; V - identificação e assinatura do profissional, equipe ou empresa que executou o curso ou treinamento; e VI - resultado da avaliação. CAPÍTULO V DA COMERCIALIZAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS Seção I Dos Produtos com Dispensação ou Comercialização Permitida Art. 29. Além de medicamentos, o comércio e dispensação de determinados correlatos poderá ser extensivo às farmácias e drogarias em todo território nacional, conforme relação, requisitos e condições estabelecidos em legislação sanitária específica. Seção II Da Aquisição e Recebimento Art. 30. Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à Anvisa, conforme legislação vigente. 1º A regularidade dos produtos consiste no registro, notificação ou cadastro, conforme a exigência determinada em legislação sanitária específica para cada categoria de produto. 2º A legislação sanitária pode estabelecer, ainda, a isenção do registro, notificação ou cadastro de determinados produtos junto à Anvisa. 39 Art. 31. As farmácias e drogarias devem estabelecer documentar e implementar critérios para garantir a origem e qualidade dos produtos adquiridos. 1º A aquisição de produtos deve ser feita por meio de distribuidores legalmente autorizados e licenciados conforme legislação sanitária vigente. 2º O nome, o número do lote e o fabricante dos produtos adquiridos devem estar discriminados na nota fiscal de compra e serem conferidos no momento do recebimento. Art. 32. O recebimento dos produtos deve ser realizado em área específica e por pessoa treinada e em conformidade com Procedimento operacional Padrão (POP) e com as disposições desta Resolução. Art. 33. Somente é permitido o recebimento de produtos que atendam aos critérios definidos para a aquisição e que tenham sido transportados conforme especificações do fabricante e condições estabelecidas na legislação sanitária específica. Art. 34. No momento do recebimento deverá ser verificado o bom estado de conservação, a legibilidade do número de lote e prazo de validade e a presença de mecanismo de conferência da autenticidade e origem do produto, além de observadas outras especificidades legais e regulamentares vigentes sobre rótulo e embalagem, a fim de evitar a exposição dos usuários a produtos falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o uso. 1º Caso haja suspeita de que os produtos sujeitos às normas de vigilância sanitária tenham sido falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o uso, estes devem ser imediatamente separados dos demais produtos, em ambiente seguro e diverso da área de dispensação, devendo a sua identificação indicar claramente que não se destinam ao uso ou comercialização. 2º No caso do parágrafo anterior, o farmacêutico deve notificar imediatamente a autoridade sanitária competente, informando os dados de identificação do produto, de forma a permitir as ações sanitárias pertinentes. Seção III Das Condições de Armazenamento Art. 35. Todos os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, seguindo as especificações do fabricante e sob condições que garantam a 40 manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e rastreabilidade. 1º O ambiente destinado ao armazenamento deve ter capacidade suficiente para assegurar o armazenamento ordenado das diversas categorias de produtos. 2º O ambiente deve ser mantido limpo, protegido da ação direta da luz solar, umidade e calor, de modo a preservar a identidade e integridade química, física e microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos mesmos. 3º Para aqueles produtos que exigem armazenamento em temperatura abaixo da temperatura ambiente, devem ser obedecidas as especificações declaradas na respectiva embalagem, devendo a temperatura do local ser medida e registrada diariamente. 4º Deve ser definida em Procedimento Operacional Padrão (POP) a metodologia de verificação da temperatura e umidade, especificando faixa de horário para medida considerando aquela na qual há maior probabilidade de se encontrar a maior temperatura e umidade do dia. 5º O Procedimento Operacional Padrão (POP) deverá definir medidas a serem tomadas quando forem verificadas condições inadequadas para o armazenamento, considerando o disposto nesta Resolução. Art. 36. Os produtos devem ser armazenados em gavetas, prateleiras ou suporte equivalente, afastados do piso, parede e teto, a fim de permitir sua fácil limpeza e inspeção. Art. 37. O estabelecimento que realizar dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deve dispor de sistema segregado (armário resistente ou sala própria) com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do farmacêutico, observando as demais condições estabelecidas em legislação específica. Art. 38. Os produtos violados, vencidos, sob suspeita de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de dispensação e identificados quanto a sua condição e destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo. 1º Esses produtos não podem ser comercializados ou utilizados e seu destino deve observar legislação específica federal, estadual ou municipal. 41 2º A inutilização e o descarte desses produtos deve obedecer às exigências de legislação específica para Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, assim como normas estaduais ou municipais complementares. 3º Quando o impedimento de uso for determinado por ato da autoridade de vigilância sanitária ou por iniciativa do fabricante, importador ou distribuidor, o recolhimento destes produtos deve seguir regulamentação específica. 4º A política da empresa em relação aos produtos com o prazo de validade próximo ao vencimento deve estar clara a todos os funcionários e descrita no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. Art.39. O armazenamento de produtos corrosivos, inflamáveis ou explosivos deve ser justificado em Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual deve determinarsua guarda longe de fontes de calor e de materiais que provoquem faíscas e de acordo com a legislação específica. Seção IV Da Organização e Exposição dos Produtos Art. 40. Os produtos de dispensação e comercialização permitidas em farmácias e drogarias nos termos da legislação vigente devem ser organizados em área de circulação comum ou em área de circulação restrita aos funcionários, conforme o tipo e categoria do produto. 1º Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida suas exposições diretas ao alcance dos usuários do estabelecimento. 2º A Anvisa poderá editar relação dos medicamentos isentos de prescrição que poderão permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por meio de auto-serviço no estabelecimento. 3º Os demais produtos poderão permanecer expostos em área de circulação comum. Art. 41. Na área destinada aos medicamentos deve estar exposto cartaz, em local visível ao público, contendo a seguinte orientação, de forma legível e ostensiva que permita a fácil leitura a partir da área de circulação comum: “MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”. 42 Seção V Da Dispensação de Medicamentos Art. 42. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos. 1º O estabelecimento deve manter à disposição dos usuários, em local de fácil visualização e de modo a permitir a imediata identificação, lista atualizada dos medicamentos genéricos comercializados no país, conforme relação divulgada pela Anvisa e disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço http://www.anvisa.gov.br. 2º São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto. Art. 43. Os medicamentos sujeitos à prescrição somente podem ser dispensados mediante apresentação da respectiva receita. Art. 44. O farmacêutico deverá avaliar as receitas observando os seguintes itens: I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; II - identificação do usuário; III - identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade; IV - modo de usar ou posologia; V - duração do tratamento; VI - local e data da emissão; e VII - assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional. Parágrafo único. O prescritor deve ser contatado para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. Art. 45. Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão. 43 Art. 46. No momento da dispensação dos medicamentos deve ser feita a inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de validade e a integridade da embalagem. Art. 47. A dispensação de medicamentos genéricos, no que tange à intercambialidade, deve ser feita de acordo com o disposto na legislação específica. Art. 48. Para o fracionamento de medicamentos devem ser cumpridos os critérios e condições estabelecidos na legislação específica. Art. 49. A dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial deve atender às disposições contidas na legislação específica. Art. 50. É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa, bem como a intermediação entre empresas. Art. 51. Política da empresa em relação aos produtos com o prazo de validade próximo ao vencimento deve estar clara a todos os funcionários e descrita no Procedimento Operacional Padrão (POP) e prevista no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. 1º O usuário deve ser alertado quando for dispensado produto com prazo de validade próximo ao seu vencimento. 2º É vedado dispensar medicamentos cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída no prazo de validade. Subseção I Da solicitação remota para dispensação de medicamentos Art. 52. Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet. 1º É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio remoto. 2º É vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto. 44 3º O local onde se encontram armazenados os estoques de medicamentos para dispensação solicitada por meio remoto deverá necessariamente ser uma farmácia ou drogaria aberta ao público nos termos da legislação vigente. Art. 56. O transporte do medicamento para dispensação solicitada por meio remoto é responsabilidade do estabelecimento farmacêutico e deve assegurar condições que preservem a integridade e qualidade do produto, respeitando as restrições de temperatura e umidade descritas na embalagem do medicamento pelo detentor do registro, além de atender as Boas Práticas de Transporte previstas na legislação específica. 1º Os produtos termossensíveis devem ser transportados em embalagens especiais que mantenham temperatura compatível com sua conservação. 2º Os medicamentos não devem ser transportados juntamente com produtos ou substâncias que possam afetar suas características de qualidade, segurança e eficácia. 3º O estabelecimento deve manter Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) contendo as condições para o transporte e criar mecanismos que garantam a sua inclusão na rotina de trabalho de maneira sistemática. 4º No caso de terceirização do serviço de transporte, este deve ser feito por empresa devidamente regularizada conforme a legislação vigente. Art. 57. É permitida às farmácias e drogarias a entrega de medicamentos por via postal desde que atendidas as condições sanitárias que assegurem a integridade e a qualidade dos produtos, conforme legislação vigente. Art. 58. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos solicitados por meio remoto. 1º Para os fins deste artigo, deve ser garantido aos usuários meios para comunicação direta e imediata com o Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, presente no estabelecimento. 2º Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue cartão, ou material impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e endereço do 45 estabelecimento, contendo recomendação ao usuário para que entre em contato com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para receber orientações relativas ao uso do medicamento. 3º O cartão ou material descrito no parágrafo anterior não poderá utilizar designações, símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a medicamentos. 12 - RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isolado ou em associação. DA ABRANGÊNCIA Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios para a prescrição, dispensação, controle, embalagem e rotulagem de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. Art. 2º As farmácias e drogarias privadas,
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