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Apostila de Atendente de Farmácia - CETAM -ITACOATIARA

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3 
 
 
 
1 - BALCONISTA DE FARMÁCIA 
 
 
O balconista de uma farmácia ou drogaria é sempre a pessoa que mais 
contato tem com o consumidor, por isso pode e deve sugerir mudanças sobre a 
quantidade de produtos expostos nas prateleiras e estoque de produtos que são 
mais vendidos. Além de informar a falta de produtos que têm procura, mas não são 
comercializados. 
A colocação de preço nos produtos também é responsabilidade do 
balconista. É importante observar se os preços etiquetados estão correios e legíveis 
e se não estão sendo colocados sobre o número de lote do produto, e 
principalmente sobre o prazo de validade da mercadoria. O balconista deve ainda 
observar sempre as necessidades do consumidor e verificar se elas estão sendo 
atendidas prontamente. 
Controlar a entrada e saída de produtos, conferir, repor, arrumar 
mercadorias, ter conhecimento dos medicamentos que estão sendo vendidos e os 
laboratórios que produzem estes remédios, saber ler uma receita e atualizar-se 
sobre novos lançamentos, são princípios básicos que fazem parte do dia-a-dia do 
balconista e ajudam, em muito, a organização de uma farmácia. 
 
1.1 - Balconista: o elo entre a farmácia e o consumidor 
Todo trabalho por mais difícil que seja deve ser encarado com muito 
profissionalismo e seriedade. No caso do balconista de farmácia este aspecto é 
muito importante, já que este profissional tem que atuar como "relações públicas" da 
farmácia onde trabalha representar a própria empresa e ser o elo entre a farmácia e 
o consumidor. Toda empresa comercial tem como objetivo o bom atendimento ao 
cliente. Na farmácia isso não é diferente, a gentileza no atendimento com certeza 
trará bons retornos para a farmácia e para o balconista. 
O balconista é a primeira pessoa que o cliente vê e ouve e, às vezes, é a 
única pessoa com quem ele entra em contato dentro de uma drogaria. Por isso é 
fundamental o bom aspecto do balconista, que deve usar sempre roupas limpas e de 
boa apresentação para manter um aspecto de higiene e organização de preferência 
4 
 
 
 
cor clara, usar um linguajar claro e compreensível sem gírias e intimidades, dando 
assim, segurança ao cliente. 
Outro aspecto importante e que deve observado é das mãos e unhas, não 
só pela questão estética, mas principalmente pela higiene que se deve ter ao 
manusear os medicamentos. Note ainda que as mãos do balconista estão 
permanentemente no foco de atenção dos clientes. 
 
1.2 - Paciência e dedicação 
Existe um antigo ditado popular que diz que "o cliente sempre tem razão" e 
mesmo que isso não seja totalmente verdade é importante que o balconista não 
esqueça que este ditado resume uma regra básica na relação de compra e venda. 
Tem cliente que fica nervoso ou irritado pela demora no atendimento ou 
mesmo por qualquer outro motivo. Neste caso o balconista deve utilizar de bom 
senso e atendê-lo o mais prontamente possível, evitando até mesmo comentar o 
contratempo ocorrido. Desta forma o cliente ficará desarmado e até mesmo sem 
ação. Manter a calma e ser gentil nesta ou em qualquer outra situação deve ser um 
dos lemas do balconista até mesmo para se desvencilhar de um cliente que gosta de 
"esticar a conversa" no balcão. Como ele pode estar atrapalhando o andamento do 
trabalho, peça amavelmente para ele esperar um pouco até que outros clientes 
sejam atendidos. 
É fundamental nunca perder a paciência e sempre colocar o cliente em 
primeiro lugar, afinal todo o seu trabalho gira em torno dele e para ele. 
 
1.3 - A arte de atender 
Sabemos que é uma arte atender um cliente, por isso o balconista deve ser 
amável no contato com o consumidor para que ele se sinta bem atendido e volte 
outras vezes. 
Para que isso ocorra é importante conquistar a simpatia do cliente e não só 
atender a sua necessidade imediata, mas estar sempre disponível quando solicitado 
para informá-lo e orientá-lo no que for possível. 
O balconista de farmácia exerce uma função de dupla responsabilidade, já 
que os produtos à disposição para venda são na verdade fórmulas complexas, e se 
5 
 
 
 
não forem comercializados corretamente podem causar sérios danos à saúde do 
consumidor. 
 
1.4 - Recursos promocionais 
Além da habilidade do balconista no atendimento ao consumidor, as 
farmácias ou drogarias se utilizam muito de recursos promocionais par a chamar a 
atenção do cliente. 
As vitrines do balcão, as prateleiras externas e as gôndolas, normalmente, 
são usadas para colocar produtos da linha de perfumaria e cosméticos, os produtos 
naturais (chás e outras ervas) e os produtos de higiene pessoal para destacar e 
promover as vendas. Em displays, sobre os balcões, ficam os produtos 
homeopáticos. 
Além destes recursos, as drogarias se utilizam também da promoção no 
preço de algumas mercadorias - comésticos, perfumes e produtos de higiene 
pessoal para atrair os clientes e aumentar a comercialização de produtos em geral. 
Existem ainda drogarias que dão desconto promocional nos medicamentos. 
 
2 - RECEBIMENTO, ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E 
DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS. 
 
2.1 - Definições, atribuições e Conceitos. 
 Armazenamento − “Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos 
que envolvem as atividades de recepção/recebimento de medicamentos, estocagem 
e guarda de medicamentos, conservação de medicamentos e controle de estoque.” 
(Brasil, 2001). 
 Estocagem − Atividade que está diretamente ligada à guarda, localização, 
preservação e segurança dos materiais estocados e sob a responsabilidade do 
almoxarifado correspondente, visando à conservação racional e segura de 
medicamentos, correlatos, material de expediente, etc. 
 Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, 
removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, proteger ou manter 
especificamente ou não, os produtos. 
6 
 
 
 
 Medicamento – É toda substância ou associação de substâncias, utilizadas 
para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estado patológico, para o 
benefício do receptor. 
Número do Lote – Designação impressa no rótulo e na embalagem de 
medicamentos, que permita identificar a partida, série ou lote a que pertencem, para, 
em caso de necessidade, localizar e rever todas as operações de fabricação e 
inspeção praticadas durante a produção. 
 Rótulo – Identificação impressa ou datilografada, bem como dizeres pintados 
ou gravados a fogo, pressão, ou decalco, aplicada. 
 CAF (central de abastecimento farmacêutico) – É a unidade de assistência 
farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e correlatos, onde são 
realizadas atividades quanto à sua correta recepção, estocagem e distribuição. 
 Sistema de Estocagem Fixa − Este sistema determina o número de áreas de 
estocagem para um tipo de material, definindo-se que, somente um material desse 
tipo poderá ser estocado nos locais marcados. 
 Sistema de Estocagem Livre − Este sistema não determina locais fixos de 
estocagem. Os materiais ocupam no momento da entrega os espaços vazios 
disponíveis dentro da área de armazenagem. 
 Rotatividade do Item − Os itens de maior rotatividade que entram em 
grandes volumes e com peso elevado devem ficar próximos da área de expedição 
para facilitar a distribuição. 
 Carga Unitária − É um conceito que implica estocar o produto de acordo com 
o volume de dispensação e/ ou em seus múltiplos, de maneira a racionalizar sua 
movimentação interna. 
 Ordem de Entrada/ Saída − É um aspecto fundamental para produtos que 
apresentam prazo de validade. Os medicamentos que vão vencer primeiro devem 
ser armazenados à esquerda e na frente. 
Pallets − Consiste num estado de material resistente (madeira, metal ou 
poliuretano) de dimensões diversas de acordo com as necessidades da instituição. 
Os pallets evitam o contato dos produtos com o piso, impedindo a ação de umidade 
e sujeira. Sugere-se que a distância mínima do solo seja de 30 cm.7 
 
 
 
 Prateleiras − Armações fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em 
unidades padronizadas. 
 Ordenação dos Estoques − Os estoques devem ser ordenados respeitando 
o sistema de classificação e codificação. O sistema de ordenação mais 
recomendado é por forma farmacêutica e seqüência alfabética do fármaco dentro de 
cada grupo. 
 Equidistância − Os produtos devem ser estocados, mantenham-se certa 
distância entre eles, visando a permitir a limpeza, evidenciar os itens em estoque e 
facilitar a circulação de ar. Os medicamentos devem estar de 30- 50 cm afastados 
das paredes e 50 cm do teto para evitar a transmissão de calor, umidade e 
contaminação por fungos. 
 Condições de Armazenamento de Medicamento − A Organização Mundial 
da Saúde define como condições normais de armazenamento as correspondentes a 
locais secos e bem ventilados, temperatura de 15-25ºC ou até 30ºC em algumas 
zonas climáticas. Visando assegurar essas condições é recomendável a instalação 
de ar condicionado na CAF para não ultrapassar a temperatura preconizada. 
 Atenção Farmacêutica − É o compêndio das atitudes, dos comportamentos, 
dos compromissos, das inquietações, dos valores éticos, das funções, dos 
conhecimentos, das responsabilidades e das destrezas do farmacêutico na 
prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos 
definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente. 
 Distribuição − É um dos pontos mais críticos do processo de administração 
de materiais. A gestão deve assegurar a existência de estoques e a garantia de 
distribuição ao usuário. O sistema deverá distribuir a menor quantidade que sua 
logística suportar, pois o usuário geralmente não dispõe de condições ótimas de 
estocagem. Estoques descentralizados tendem a aumentar, significativamente, o 
imobilizado, além de gerar desperdícios, mau uso e desvios. No caso de 
medicamentos e correlatos o emprego de modernos sistemas de distribuição e 
dispensação compatíveis com a realidade hospitalar auxilia as ações de 
gerenciamento de materiais e reduz custos. 
 
2.2 - Recebimento e Armazenagem 
8 
 
 
 
Este procedimento compreende as seguintes atividades: 
- Receber materiais vindos dos distribuidores; 
- No ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto à 
respectiva documentação e fisicamente inspecionada para que sejam verificadas 
suas condições físicas, rotulagem, tipo, data de fabricação, validade e quantidade; 
- Conferir a nota fiscal quanto à razão social, quantidade, preço, 
condições de pagamento e se a remessa corresponde à encomendada. 
- Guardar (estocagem, de acordo com a ordem alfabética no caso de 
medicamentos); 
- Localizar de modo eficiente; 
- Assegurar a não contaminação e ou estragos às caixas de 
medicamentos; 
- Preservar ambiente limpo e bem arejado; 
- Entregar notificações de recebimento de materiais à farmácia; 
Para um funcionamento satisfatório, a organização dos produtos deve 
proporcionar: 
- Pronto acesso aos itens; 
- Alto grau de flexibilidade do arranjo físico; 
- Eficiente organização do espaço; 
- Redução da necessidade de equipamentos; 
- Minimização das perdas por deterioração; 
- Minimização das perdas por desvio; 
- Garantia dos requisitos de segurança individual e coletiva. 
 
Ambientes 
- Recebimento; 
- Área geral e estocagem; 
- Termolábeis; 
- Controlados; 
 
 
 
9 
 
 
 
Armazenamento e Dispensação 
A DROGARIA OU FARMÁCIA comercial deve ter capacidade suficiente para 
assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de produtos. 
Quando são exigidas condições especiais de armazenamento quanto à 
temperatura tal condição deverá ser providenciada e monitorada sistematicamente 
mantendo-se os devidos registros. Em geladeira exclusiva para tal armazenagem, 
com termômetro específico, assegurando a temperatura ideal para estocagem do 
medicamento. 
Dispor de armário resistente e/ou sala própria fechada com chave para o 
armazenamento dos medicamentos sujeitos a regime especial de controle. 
Dispor de local ou sistema de segregação devidamente identificado, fora da 
área de dispensação para a guarda dos produtos que apresentam 
comprovadamente irregularidades ou com prazo de validade vencido. 
Todos os medicamentos sujeitos a Controle Especial somente serão 
dispensados mediante prescrição médica segundo legislação vigente. 
A prescrição deve ser conferida e escriturada pelo profissional farmacêutico. 
O sistema de escrituração para produtos sujeitos a Controle Especial deve 
ser autorizado pela Vigilância Sanitária local. 
Os Medicamentos Termolábeis – devem ter prioridade na conferência, 
armazenagem e estocagem, são medicamentos que necessitam de baixa 
temperatura (em refrigerador ou câmeras frias, controladas diariamente por 
termômetros entre +2ºC a +8ºC), para sua conservação. Ex.: insulina, e alguns anti-
retrovirais. 
Os estoques devem ser controlados e inspecionados com freqüência para 
verificação de qualquer alteração visível, especialmente os medicamentos que ainda 
estiverem sob garantia de seus prazos de validade, tais como: 
- Lacre violado; 
- Comprimido ou embalagem estufada; 
- Embalagem estufada; 
- Mudança na coloração ou aspecto do medicamento; 
- Formação de cristais nos líquidos, e outros. 
10 
 
 
 
A estocagem deve permitir fácil visualização para a exata identificação dos 
medicamentos quanto ao nome do produto, número do lote e prazo de validade. 
Os produtos com prazo de validade vencido ou com avarias são: 
Devolvidos ao distribuidor, fornecedor (fabricante ou laboratório), através de 
nota fiscal de devolução com os dizeres "mercadoria avariada ou mercadoria 
vencida”, visando o objetivo do descarte. 
Depois de efetuado o procedimento acima, o distribuidor (fabricante, 
fornecedor) toma todas as medidas necessárias no que diz respeito aos produtos 
devolvidos para seu devido descarte. 
 
3 - RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES 
 
O farmacêutico é o responsável pela supervisão da dispensação, deve 
possuir conhecimento científico e estar capacitado para a atividade. 
São inerentes ao profissional farmacêutico as seguintes atribuições: 
Conhecer, interpretar e estabelecer condições para o cumprimento da 
legislação pertinente; 
Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição de 
medicamentos e demais produtos; 
Avaliar a prescrição médica; 
Assegurar condições adequadas de conservação e dispensação dos 
produtos; 
Manter arquivos, que podem ser informatizados, com a documentação 
correspondente aos produtos sujeitos a controle especial; 
Participar de estudos de farmacovigilância com base em análise de reações 
adversas e interações medicamentosas, informando a autoridade sanitária local; 
Organizar e operacionalizar as áreas e atividades da drogaria; 
Manter atualizada a escrituração; 
Manter a guarda dos produtos sujeitos a Controle Especial de acordo com 
a legislação específica; 
Prestar assistência farmacêutica necessária ao consumidor; 
11 
 
 
 
Promover treinamento inicial e contínuo dos funcionários para a adequação 
da execução de suas atividades. 
São inerentes ao proprietário do Estabelecimento as seguintes atribuições: 
Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários 
ao funcionamento do estabelecimento; 
Estar comprometido com as Boas Práticas de Dispensação em Farmácia e 
Drogaria; 
Favorecer e incentivar programas de educação continuada para todos os 
profissionais envolvidos nas atividades da drogaria; 
A farmácia e a drogaria devem imediatamente informar a autoridade 
sanitária à ocorrência de suspeita de fraude ou falsificação de produtos. 
 
3.1 - Ética no trabalho 
Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em 
qualquer situação, nunca fazer algo que não possa assumir em público, ser humilde, 
tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes, abrir mão de algumascoisas e 
perder algo. É preciso ouvir mais as idéias de seus colegas, pois muitas idéias 
aparentemente absurdas podem ser a solução para um problema. 
Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvir as pessoas e 
avaliar a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições, e 
principalmente dar crédito a quem realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos 
elogios pelo trabalho realizado por outras pessoas, sem sequer repassar os mesmos 
ou citar o nome dos colegas que contribuíram para tal, e isso é ser antiético, pois se 
está aceitando um elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou tarde, o mesmo 
será reconhecido e você ficará com fama de mau-caráter. Outra coisa muito 
importante é a pontualidade, pois se você sempre se atrasar, será considerado 
indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de carreira. 
Infelizmente em muitas empresas julga-se o caráter e a competência de um 
funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua produtividade ou habilidades 
técnicas/gerenciais. Tente também nunca criticar seus colegas de trabalho ou culpá-
los pelas costas, e quando tiver de corrigir ou repreender alguém, faça-o em 
particular, não o humilhe perante outros, respeite sua privacidade e se for o caso 
ofereça apoio, pois ele poderá estar passando por dificuldades sem você saber. 
12 
 
 
 
Existem outras ponderações que devemos fazer, tais como: maneiras de utilização 
de telefones, e-mails, assim como comportamentos em reuniões/palestras e em 
situações de fofocas de corredor. 
 
3.2 - O que não deve ser feito (empurroterapia) 
O balconista de farmácia é uma das ocupações profissionais que goza de 
certo prestígio. Decifram as receitas médicas e odontológicas e estão sempre 
disponíveis para esclarecer as dúvidas dos usuários. Vez por outro, extrapolam os 
limites de sua competência e protagonizam as práticas conhecidas como 
"empurroterapia" e "remédios B.O (bom para otário). 
O "Alerta" denuncia a prática ilegal da venda dos "similares incentivados" 
(medicamentos bonificados, nos quais os balconistas recebem comissões sobre as 
vendas) e não os genéricos autorizados pela ANVISA. Medicamentos muitas vezes 
produzidos em laboratórios desconhecidos dos médicos. O documento supra 
recomenda que os pacientes não permitam que sua receita seja trocada. 
Claro que "nem tudo que reluz é ouro" e que no fundo está em jogo a 
ganância financeira desmedida. Mas automedicação pode matar, empurroterapia 
pode ser barata, mas não eficaz. Logo, o assunto é sério e merece de todos uma 
profunda reflexão. 
 
Exemplo: 
O sr. MF, então com 60 anos de idade, conhecia um balconista de farmácia 
desde que eles eram crianças. Os dois moravam no mesmo bairro de João Pessoa. 
Certo dia o sr. MF começou a apresentar tosse com expectoração, diminuição do 
apetite e fraqueza. Foi ao balconista que receitou-lhe xarope de iodeto de potássio. 
Como os sintomas não melhoraram, o sr. MF voltou ao balconista que desta 
vez empurrou-lhe um xarope de ambroxol e soro glicosado a 5% para ser ingerido 
(?!). Como não surtiu efeito - e fiel ao ditado: "caso os sintomas persistirem, procure 
um médico" - o sr. MF procurou o medico, que após escutar as suas queixas 
(tecnicamente chamado de anamnese), examiná-lo (ausculta do pulmão e outras 
técnicas chamadas em conjunto de exame físico) e solicitar uma radiografia do tórax 
e exame de escarro fez o diagnóstico de tuberculose pulmonar. O sr. MF fez 
13 
 
 
 
tratamento (gratuito) por seis meses e ficou curado. O paciente estava há alguns 
meses disseminando o bacilo da doença para seus amigos e parentes. O 
diagnóstico precoce teria evitado o absenteísmo ao trabalho, gastos desnecessários 
com medicação e disseminação da doença. 
 
3.3 - Automedicação 
A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem 
prescrição médica, ou seja, as situações em que o paciente decide qual o 
medicamento que vai utilizar. Inclui-se nessa designação genérica a indicação de 
medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos, familiares ou balconistas 
da farmácia, nesses casos também denominados de “exercício ilegal da medicina”. 
A automedicação é um fenômeno potencialmente nocivo à saúde uma vez 
que nenhum medicamento é inócuo ao organismo. O uso indevido de medicamentos 
considerados “inofensivos” pode acarretar conseqüências como resistência 
bacteriana, reações de hipersensibilidade, dependência (adição), sangramento 
digestivo, sintomas de retirada e aumentar o risco para as neoplasias. Além disso, o 
alívio momentâneo dos sintomas pode encobrir a doença de base que passa 
despercebida e pode, assim, progredir. 
 
3.4 - Cuidados no uso de medicamentos 
 
 Uso sob orientação de profissional de saúde: 
 Seguir as instruções de uso; 
 Tomar a medicação na dose correta; 
 Durante o período prescrito pelo médico; 
 Armazenar corretamente. 
 
 
 
3.5 - Cuidados especiais: 
Cuidados especiais devem ser tomados por gestantes, crianças e idosos. Na 
gestante, os medicamentos podem afetar a saúde do bebê (feto), nas crianças, por 
14 
 
 
 
sua vez, seu sistema de metabolismo enzimático ainda não está completamente 
formado, enquanto que nos idosos o metabolismo é mais lento 
Em geral, a diferença entre um efeito terapêutico e um efeito tóxico está na 
dose. Uma quantidade maior de um medicamento muitas vezes aumenta somente a 
sua toxicidade. 
A dose é o limite entre o envenenamento e a cura, aumentar a dose NÃO 
significa aumentar o efeito! 
 
4 - CONCEITOS 
- Remédio: tudo o que é utilizado para melhorar a saúde (medicamentos, 
cirurgia, dieta alimentar, hábitos de higiene, exercícios físicos, hábitos. 
- Medicamento: substância química ou associação delas, formuladas para 
tratar estados mórbidos (doenças). Podem ser: 
De referência: é o primeiro remédio com determinado princípio ativo que 
surge no mercado. Segundo a ANVISA, é um produto inovador registrado, cuja 
eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão 
federal competente. 
Genérico: semelhante a um medicamento de referência ou inovador, que 
pode ser utilizado em substituição ao de referência, cuja eficácia, segurança e 
qualidade já foram comprovadas 
Similar: contém as mesmas substâncias químicas, na mesma concentração, 
forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação terapêutica, 
preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência. 
Fármaco/droga: substância química com atividade biológica utilizado com 
intenção de ajudar o organismo receptor. 
Efeito placebo: fatores inespecíficos que podem colaborar na melhora do 
paciente (remissão espontânea, efeito psicossomático). 
Fatores que influenciam no efeito dos fármacos 
Os fármacos para exercerem os seus efeitos precisam ser absorvidos, do 
seu local de aplicação até a corrente sangüínea. Uma vez na corrente sangüínea 
eles podem ser distribuídos para o corpo todo. Após a absorção eles são também 
eliminados, através de mecanismos de biotransformação (por exemplo metabolismo 
15 
 
 
 
hepático) e excreção (por exemplo: excreção renal). Os mecanismos de absorção e 
eliminação são estudados pela farmacocinética. Os mecanismos pelos quais os 
fármacos causam os seus efeitos são estudados pela farmacodinâmica . Uma vez 
que os fármacos podem se distribuir para todo o organismo, podem causar diversos 
efeitos, em diversos órgãos diferentes (em diferentes partes do organismo). Assim, 
albgém do efeito terapêutico, os medicamentos podem causar inúmeros 
efeitos colaterais. 
 
Orientações ao cliente quanto ao uso do medicamento através da receita. 
 
 
 
 Tomar a medicação na dose correta: 
 Durante o período prescrito pelo médico; 
 Armazenar corretamente. 
 
5 - CLASSES DE MEDICAMENTOS 
 
5.1 - Antiinflamatórios 
Os antiinflamatórios são medicações extremamente utilizadas, pela sua 
eficácia em tratar dor e inflamação. 
Entre osantiinflamatórios mais conhecidos estão o diclofenaco, o 
ibuprofeno, a indometacina, a nimesulida, o cetoprofeno e o etodolaco. 
16 
 
 
 
Como os antiinflamatórios agem? Isso foi descoberto em 1970, quando se 
revelou o mecanismo de ação da aspirina, da qual todas essas medicações são 
derivadas. Estes compostos inibem uma enzima, a ciclooxigenase (COX) que faz a 
produção de substâncias que causam inflamação, as prostaglandinas. Este mesmo 
mecanismo é responsável pelos efeitos colaterais dos antiinflamatórios, pois as 
prostaglandinas também são necessárias para funções vitais do corpo, como a 
proteção do estômago contra a acidez e a circulação sangüínea renal. 
Não é de espantar, portanto, que a grande preocupação como uso crônico 
destas medicações eram relacionadas com perfurações, úlceras e sangramentos 
estomacais. No início da década de 90, as complicações gástricas dos 
antiinflamatórios matavam mais do que algumas formas de câncer nos Estados 
Unidos. 
Por este motivo, procurou-se descobrir medicações que inibissem somente a 
enzima presente na inflamação e não aquela presente no estômago. Estes 
compostos foram descobertos e comprovou-se que realmente a chance de lesão 
gástrica era bem menor com os mesmos. Estes compostos são o celecoxib, o 
valdecoxib, o etoricoxib, o rofecoxib e o lumiracoxib. Porém, descobriu-se que inibir 
só um tipo de enzima apresentava, em alguns remédios, um efeito inesperado – uma 
maior chance de infarto – e por este motivo uma dessas medicações, o rofecoxib 
(VIOXX), foi retirado do mercado. 
Como que está o uso de antiinflamatórios após esta descoberta? Em 
primeiro lugar, deve-se ter em conta que na Fibromialgia, não há ativação da COX e 
liberação de prostaglandinas, então o uso contínuo de antiinflamatórios 
habitualmente não é recomendado nesta condição. Alguns pacientes podem ter um 
alívio da dor por um efeito analgésico geral, mas são uma minoria. Se o uso 
contínuo destas medicações for necessário, deve-se analisar dois aspectos básicos: 
risco gástrico e risco cardiovascular. Os COXIBS devem ser mais usados nos 
pacientes que apresentam risco para úlcera, como os idosos, os que usam 
corticosteróides e que já tenham história prévia de úlcera ou gastrite graves. 
Já as pessoas que tem risco cardiovascular elevado, como infartados, 
diabéticos e hipertensos devem evitar os COXIBS e usar os antiinflamatórios 
tradicionais. Se o risco de úlcera também estiver presente, medicações que 
17 
 
 
 
diminuam a acidez de estômago devem ser tomadas concomitantemente. Em 
qualquer situação, o uso crônico deve ser acompanhado por um médico, para a 
monitorização de complicações. 
 
 
5.2 - Antibióticos 
Os antibióticos são produtos de enorme importância, Composto químico que 
mata ou inibe o crescimento de microrganismos, podendo ser natural ou sintético, a 
cada ano, centenas de novas substâncias sejam descobertas, pouquíssimas são 
efetivamente aproveitadas e utilizadas como agentes antimicrobianos, visto que 
muitas destas não atendem aos requisitos mínimos para seu emprego terapêutico. 
Paralelamente, não podemos deixar de mencionar o crescente problema em relação 
ao surgimento de espécies bacterianas resistentes aos diferentes antibióticos. Este 
talvez corresponda ao principal desafio dos pesquisadores, visto que a 
multirresistência vem se tornando diariamente mais disseminada nas populações 
microbianas, sejam patogênicas ou não. Mais recentemente, outro aspecto que vem 
sendo cada vez mais levado em consideração refere-se à ocorrência dos biofilmes e 
sua importância na terapêutica antimicrobiana, pois o conhecimento sobre a 
ocorrência de biofilmes microbianos em nosso organismo levou a uma quebra do 
paradigma de tratamento das doenças infecciosas. Certamente, para que os 
antibióticos possam ser empregados de forma mais eficaz, será necessário um 
maior conhecimento acerca dos biofilmes formados naturalmente em nosso 
organismo. Pois, somente a partir da elucidação da ecologia dos biofilmes naturais 
do homem, teremos maiores chances de tratar de forma adequada às várias 
doenças infecciosas. 
 
Cuidados! 
 Atenção especial com horários, doses e períodos de tratamento. 
 Os microrganismos podem desenvolver resistência bacteriana. 
 Combatem os microrganismos que causam infecção. 
 Cada tipo combate certo grupo de germes, tornando obrigatória a orientação 
médica. 
 
18 
 
 
 
 
 
5.3 - Anti-hipertensivos 
A hipertensão ou pressão alta é definida como a pressão maior ou igual a 
14/9 mmHg (milímetros de mercúrio), em várias medidas. A causa do aumento da 
pressão, em geral, é o aumento do tônus vascular (estado de contração dos vasos 
sangüíneos). Em geral a hipertensão é assintomática (não causa sintomas), até a 
lesão de algum órgão alvo. Ou seja, inicialmente a hipertensão não causa sintomas, 
no entanto, o estado “mais contraído” dos vasos prejudica a perfusão tecidual 
(diminui a chegada de sangue aos tecidos). A diminuição da chegada de sangue aos 
tecidos é chamada isquemia tecidual e pode causar dor (ou angina), necrose (ou 
infarto) em qualquer órgão do corpo. A isquemia também pode com medidas gerais, 
tais como dieta balanceada, restrição de sal, de bebidas alcoólicas e de cigarros, 
realização de exercícios físicos orientados por profissional competente e 
medicamentos, os quais devem normalmente ser tomados pela vida toda. 
Uma vez que os medicamentos anti-hipertensivos causam efeitos colaterais, 
muitas vezes os hipertensos pensam que os medicamentos são piores do que a 
hipertensão. No entanto a hipertensão é conhecida como uma “assassina 
silenciosa”, e no caso dos feitos colaterais serem muito desagradáveis, é hora de 
voltar ao médico para uma nova consulta e uma possível mudança de tratamento ou 
de dose. causar arritmias cardíacas (alterações da frequência dos batimentos 
cardíacos) e o estado exagerado de contração dos vasos pode levar a rupturas 
vasculares, podendo ser outra causa de acidentes vasculares cerebrais (AVC). 
É absolutamente necessário o controle da pressão arterial (PA) e o médico é 
o profissional capacitado a prescrever o melhor tratamento. 
 
5.4 - Anti-histamínicos 
19 
 
 
 
Os anti-histamínicos são os medicamentos mais comumente utilizados no 
tratamento de alergias (eles não são utilizados no tratamento da asma). 
Muitos efeitos desagradáveis, mas relativamente menores de uma reação 
alérgica – prurido ocular, coriza e prurido cutâneo – são causados pela liberação da 
histamina. Outros efeitos da histamina (p.ex., falta de ar, hipotensão arterial e 
inflamação da garganta), os quais podem bloquear o fluxo de ar, são mais perigosos. 
Todos os anti-histamínicos produzem efeitos desejados similares. Eles 
diferem, sobretudo em relação aos efeitos indesejáveis ou adversos. Tanto os efeitos 
desejáveis quanto os indesejáveis variam consideravelmente de acordo com o anti-
histamínico específico e com a o indivíduo que o está utilizando. Por exemplo, 
alguns anti-histamínicos possuem um efeito sedativo maior que outros, embora a 
suscetibilidade a esse efeito seja variável. Algumas vezes, os efeitos indesejáveis 
podem ser utilizados de forma vantajosa. Por exemplo, como alguns anti-
histamínicos produzem o chamado efeito anticolinérgico, o qual resseca as 
membranas mucosas, eles são utilizados para reduzir a coriza causada pelo 
resfriado. Alguns anti-histamínicos podem ser adquiridos sem prescrição médica 
(remédios de venda livre), podendo ser de ação rápida e de ação prolongada e 
podem ser combinados com descongestionantes, os quais contraem os vasos 
sangüíneos e ajudam a aliviar a obstrução nasal. Outros anti-histamínicos exigem 
prescrição supervisão médica. 
A maioria dos anti-histamínicos tende a causar sonolência. De fato, devido 
ao seu efeito sedativo potente, eles são o componente ativo de muitos remédios, de 
venda livre, contra a insônia. As maiorias dos anti-histamínicospossuem potentes 
efeitos anticolinérgicos, os quais podem causar confusão mental, tontura, boca seca, 
constipação, dificuldade de micção e visão borrada, especialmente em indivíduos 
idosos. Entretanto, a maioria dos indivíduos que utilizam esses medicamentos não 
apresenta efeitos adversos e pode utilizar medicamentos de venda livre, os quais 
são mais baratos que os anti-histamínicos não sedativos prescritos pelo médico. A 
sonolência e os outros efeitos colaterais também podem ser minimizados iniciando-
se o tratamento com uma dose baixa e aumentando-a progressivamente até atingir 
uma dose que controle os sintomas de modo eficaz. Atualmente, existe no mercado 
um grupo de anti-histamínicos não sedativos que também são causa efeitos 
20 
 
 
 
colaterais anticolinérgicos. Este grupo inclui o astemizol, a cetirizina e a loratadina. 
 
5.5 - Interações medicamentosas 
Interações medicamentosas é evento clínico em que os efeitos de um 
fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum 
agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos. 
Quando dois medicamentos são administrados, concomitantemente, a um 
paciente, eles podem agir de forma independente ou interagirem entre si, com 
aumento ou diminuição de efeito terapêutico ou tóxico de um ou de outro. 
O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando 
promove aumento da toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem 
uso de varfarina podem ter sangramentos se passarem a usar um antiinflamatório 
não-esteróide (AINE) sem reduzir a dose do anticoagulante. 
Algumas vezes, a interação medicamentosa reduz a eficácia de um fármaco, 
podendo ser tão nociva quanto o aumento. Por exemplo, tetraciclina sofre quelação 
por antiácidos e alimentos lácteos, sendo excretada nas fezes, sem produzir o efeito 
antimicrobiano desejado. 
Há interações que podem ser benéficas e muito úteis, como na co-
prescrição deliberada de anti-hipertensivos e diuréticos, em que esses aumentam o 
efeito dos primeiros por diminuírem a pseudotolerância dos primeiros. 
Supostamente, a incidência 
 de problemas é mais alta nos idosos porque a idade afeta o funcionamento 
de rins e fígado, de modo que muitos fármacos são eliminados muito mais 
lentamente do organismo. 
 
5.6 - Classificação das interações medicamentosas 
Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a 
velocidade ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção 
de outro fármaco. Isto é mais comumente mensurado por mudança em um ou mais 
parâmetros cinéticos, tais como concentração sérica máxima, área sob a curva, 
concentração-tempo, meia-vida, quantidade total do fármaco excretado na urina etc. 
Como diferentes representantes de mesmo grupo farmacológico possuem perfil 
21 
 
 
 
farmacocinético diferente, as interações podem ocorrer com um fármaco e não 
obrigatoriamente com outro congênere. 
 
6 - RDC Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998 
Da Prescrição da Notificação 
A Notificação de Receita é o documento que acompanhado de receita 
autoriza a dispensação de medicamentos a base de substâncias constantes das 
listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos), "C2" (retinóicas 
para uso sistêmico) deste Regulamento Técnico e de suas atualizações; 
A Notificação de Receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a 
quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. 
A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os 
itens da receita e da respectiva Notificação de Receita estiverem devidamente 
preenchidos. 
A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita 
devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou 
da dispensação; 
Informações que a Notificação de Receita Deverá ter: 
 
a) sigla da Unidade da Federação; 
b) identificação numérica: 
 - a seqüência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária 
competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; 
c) identificação do emitente: 
 - nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a 
sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço 
completo e telefone; 
d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no 
caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação 
do animal. 
22 
 
 
 
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de 
Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma 
farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; 
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um 
símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: 
"Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do 
feto“ juntamente com o termo de reconhecimento de riscos em três vias, onde, uma 
via fica com o paciente outra com o medico e a terceira na farmácia ou drogaria; 
g) data da emissão; 
h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem 
devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a 
Notificação de Receita. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou 
estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando 
a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível; 
i) identificação do comprador: nome completo, número do documento de 
identificação, endereço completo e telefone; 
j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do 
responsável pela dispensação e data do atendimento; 
l) identificação da gráfica: nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no 
rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e 
finais concedidas ao profissional ou instituição e o número da Autorização para 
confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local; 
m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e 
quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro 
de receituário. 
n) As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só 
poderão ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente. 
 
Da Prescrição da Notificação – A 
A Notificação de Receita "A" será válida por 30 (trinta) dias a contar da data 
de sua emissão em todo o Território Nacional, sendo necessário que seja 
23 
 
 
 
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, quando para aquisição em 
outra Unidade Federativa. 
As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a apresentar dentro do prazo 
de 72 (setenta e duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações de 
Receita "A" procedentes de outras Unidades Federativas, para averiguação e visto. 
Notificação de Receita "A" poderá conter no máximo de 5 (cinco) ampolas e 
para as demais formas farmacêuticas de apresentação, poderá conter a quantidade 
correspondente no máximo a 30 (trinta) dias de tratamento. 
Acima das quantidades previstas neste Regulamento Técnico, o prescritor 
deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional de 
Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a 
Notificação de Receita "A" ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e 
drogaria. 
Modelo receituário A 
 
 
 
Validade nacional (justificativa p/ outra UF) 
Validade 30 dias 
Com receita em talonário comum 
5 ampolas ou tratamento para 30 dias 
Talonário fornecido gratuitamente 
Lista de Substancias Sujeita a Notificação de Receita "A" 
 ACETILMETADOL  ETOXERIDINA  N-OXICODEÍNA 
24 
 
 
 
 ACETORFINA 
 ALFACETILMETA 
 DOLALFAMEPRODINA 
 ALFAMETADOLA 
 LFAPRODINA 
 ALFENTANILA 
 ALILPRODINA 
 ANILERIDINA 
 BENZETIDINA 
 BENZILMORFINA BENZOILMORFINA 
 BETACETILMETADOL 
 BETAMEPRODINA 
 BETAMETADOL 
 BETAPRODINA 
 BECITRAMIDA 
 BUPRENORFINA 
 BUTORFANOL 
 CETOBEMIDONA 
 CLONITAZENO 
 CODOXIMA 
 DEXTROMORAMIDA 
 DIAMPROMIDA 
 DIETILTIAMBUTENO 
 DIFENOXILATO 
 DIFENOXINA 
 DIIDROMORFINA 
 DIMEFEPTANOL 
 DIMENOXADOL 
 DIMETILTIAMBUTENO 
 DIOXAFETILA 
 DIPIPANONA 
 DROTEBANOL 
 ETILMETILTIAMBUTENO 
 ETONITAZENO 
 ETORFINA 
 FENADOXONA 
 ETORFINA 
 ETOXERIDINA 
 FENADOXONA 
 FENAMPROMIDA 
 FENAZOCINA 
 FENOMORFANO 
 FENOPERIDINA 
 FENTANILA 
 FURETIDINA 
 HIDROCODONA 
 HIDROMORFINOL 
 HIDROMORFONA 
 HIDROXIPETIDINA 
 ISOMETADONA 
 LEVOFENACILMORFANO 
 LEVOMETORFANO 
 LEVOMORAMIDA 
 LEVORFANOL 
 METADONA 
 METAZOCINA 
 METILDESORFINA 
 METILDIIDROMORFINA 
 METOPONA 
 MIROFINA 
 MORFERIDINA 
 MORFINA 
 MORINAMIDA 
 NICOMORFINA 
 NORACIMETADOL 
 NORLEVORFANOL 
 NORMETADONA 
 NORMORFINA 
 NORPIPANONA 
 
 RACEMORAMIDA 
 RACEMORFANO 
 REMIFENTANILA 
 SUFENTANILA 
 TEBAÍNA 
 TILIDINA 
 TRIMEPERIDINA 
 ÓPIO 
 OXICODONA 
 N-OXIMORFINA 
 PETIDINA 
 PIMINODINA 
 PIRITRAMIDA 
 PROEPTAZINA 
 PROPERIDINA 
 RACEMETORFANO 
 ANFETAMINA 
 CATINA 
 CLOBENZOREX 
 CLORFENTERMINA 
 DEXANFETAMINA 
 FENCICLIDINA 
 FENETILINA 
 FENMETRAZINA 
 LEVANFETAMINA 
 LEVOMETANFETAMINA 
 METANFETAMINA 
 METILFENIDATO 
 TANFETAMINA 
 
 
Da Prescrição da Notificação – B 
A Notificação de Receita "B", de cor azul, impressa as expensas do 
profissional ou da instituição, terá validade por um período de 30 (trinta) dias 
contados a partir de sua emissão e somente dentro da Unidade Federativa que 
concedeu a numeração. 
A Notificação de Receita "B" poderá conter no máximo 5 (cinco) ampolas e, 
para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento 
correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. 
Acima das quantidades previstas neste Regulamento Técnico, o prescritor 
deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional de 
Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a 
Notificação de Receita "B" ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e 
drogaria. 
Modelo receituário B 
25 
 
 
 
 
Validade UF - 30 dias 
Com receita em talonário comum 
5 ampolas ou tratamento para 60 dias 
Impresso pelo profissional/instituição 
 
Deverá conter 
a) sigla da Unidade da Federação; 
b) identificação numérica: 
 - a seqüência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária 
competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal; 
c) identificação do emitente: 
 - nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a 
sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço 
completo e telefone; 
d) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no 
caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação 
do animal; 
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob a forma de 
Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma 
farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; 
26 
 
 
 
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um 
símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: 
"Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do 
feto"; 
g) data da emissão; 
h) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem 
devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a 
Notificação de Receita. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou 
estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando 
a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível; 
I) identificação do comprador: nome completo, número do documento de 
identificação, endereço completo e telefone; 
j) identificação do fornecedor: nome e endereço completo, nome do 
responsável pela dispensação e data do atendimento; 
l) identificação da gráfica: nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no 
rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e 
final concedidas ao profissional ou instituição e o número da Autorização para 
confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local; 
m) identificação do registro: anotação da quantidade aviada, no verso, e 
quando tratar-se de formulações magistrais, o número de registro da receita no livro 
de receituário. 
Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita de medicamentos 
sujeitos a Notificação de Receita a base de substâncias constante das listas deste 
Regulamento Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial, devendo conter 
obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter emergencial do 
atendimento, data, inscrição no Conselho Regional e assinatura devidamente 
identificada. O estabelecimento que aviar a referida receita deverá anotar a 
identificação do comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local dentro de 72 
(setenta e duas) horas, para "visto". 
As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos veterinários só poderão 
ser feitas quando para uso odontológico e veterinário, respectivamente. 
 
27 
 
 
 
LISTA – B 
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS 
(Sujeitas a Notificação de Receita "B") 
 ALOBARBITAL 
 ALPRAZOLAM 
 AMOBARBITAL 
 APROBARBITAL 
 BARBEXACLONA 
 BARBITAL 
 BROMAZEPAM 
 BROTIZOLAM 
 BUTALBITAL 
 BUTOBARBITAL 
 CAMAZEPAM 
 CETAZOLAM 
 CICLOBARBITAL 
 CLOBAZAM 
 CLONAZEPAM 
 CLORAZEPAM 
 CLORAZEPATO 
 CLORDIAZEPÓXIDO 
 CLOTIAZEPAM 
 CLOXAZOLAM 
 DELORAZEPAM 
 DIAZEPAM 
 ESTAZOLAM 
 ETCLORVINOL 
 ETINAMATO 
 FENDIMETRAZINA 
 FENOBARBITAL 
 FLUDIAZEPAM 
 FLUNITRAZEPAM 
 FLURAZEPAM 
 GLUTETIMIDA 
 HALAZEPAM 
 HALOXAZOLAM 
 LEFETAMINA 
 LOFLAZEPATO ETILA 
 LOPRAZOLAM 
 LORAZEPAM 
 LORMETAZEPAM 
 MEDAZEPAM 
 MEPROBAMATO 
 MESOCARBO 
 METIL FENOBARBITAL 
(PROMINAL) 
 METIPRILONA 
 MIDAZOLAM 
 N-ETILANFETAMINA 
 NIMETAZEPAM 
 NITRAZEPAM 
 NORCANFANO 
(FENCANFAMINA) 
 NORDAZEPAM 
 OXAZEPAM 
 OXAZOLAM 
 PEMOLINA 
 PENTAZONINA 
 PENTOBARBITAL 
 PINAZEPAM 
 PIPRADOL 
 PIROVARELONA 
 PRAZEPAM 
 PROLINTANO 
 PROPILEXEDRINA 
 SECBUTABARBITAL 
 SECOBARBITAL 
 TEMAZEPAM 
 TETRAZEPAM 
 TIAMILAL 
 TIOPENTAL 
 TRIAZOLAM 
 TRIEXIFENIDIL 
 VINILBITAL 
 ZOLPIDEM 
 ZOPICLONA 
 
Obs: Todas as determinações aqui abordadas incluem o receituário B2, sendo que 
o mesmo só poderá ser utilizado para a compra dos medicamentos 
PSICOTRÓPICAS ANOREXÍGENAS, juntamente com o termo de reconhecimento 
de riscos em três vias, onde, uma via fica com o paciente outra com o medico e a 
terceira na farmácia ou drogaria; 
 
SUBSTÂNCIA PSICOTRÓPICA ANOREXÍGENA 
(Sujeitas a Notificação de Receita "B2") 
 
 CLORIDRATO DE SIBUTRAMINA 
 
 
 
28 
 
 
 
9 - Da Receita C 
O formulário da Receita de Controle Especial (ANEXO XVII), válido em todo 
o Território Nacional, deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, 
datilografado ou informatizado, apresentando, obrigatoriamente, em destaque em 
cada uma das vias os dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e "2ª via 
- Orientação ao Paciente". 
A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, à 
quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura e terão 
validade de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para 
medicamentos a base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias 
sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de 
suas atualizações. 
 
A prescrição poderá conter em cada receita, no máximo 3 (três) 
substâncias constantes da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial)deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as 
contenham. 
Prescrição de anti-retrovirais poderá conter em cada receita, no máximo 5 
(cinco) substâncias constantes da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento 
Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham. 
29 
 
 
 
A quantidade prescrita de cada substância constante da lista "C1" (outras 
substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste Regulamento 
Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as contenham, ficará limitada 
a 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a quantidade para o 
tratamento correspondente a no máximo 60 (sessenta) dias. 
No caso de prescrição de substâncias ou medicamentos 
antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a quantidade ficará limitada até 6 (seis) 
meses de tratamento. 
ADENDO: 
Ficam também sob controle, todos os sais e isômeros das substâncias 
enumeradas acima; 
Preparações a base de ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA, 
DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, FOLCODINA, NICODICODINA, NORCODEÍNA, 
misturadas a um ou mais componentes, em que a quantidade de entorpecentes não 
exceda 100 miligramas por unidade posológica, e em que a concentração não 
ultrapasse a 2,5% nas preparações de formas indivisíveis ficam sujeitas prescrição 
da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula 
devem apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ 
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA "; 
Preparações a base de TRAMADOL, misturadas a um ou mais 
componentes, em que a quantidade não exceda 100 miligramas de TRAMADOL por 
unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 
2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: 
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM 
RETENÇÃO DA RECEITA "; 
Preparações a base de DEXTROPROPOXIFENO, misturadas a um ou mais 
componentes, em que a quantidade de entorpecente não exceda 100 miligramas por 
unidade posológica e em que a concentração não ultrapasse 2,5% nas preparações 
indivisíveis, ficam sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) 
vias e os dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: "VENDA 
SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA 
RECEITA ". 
30 
 
 
 
Preparações a base de NALBUFINA, misturadas a um ou mais 
componentes, em que a quantidade não exceda 10 miligramas de CLORIDRATO 
DE NALBUFINA por unidade posológica ficam sujeitas a prescrição da Receita de 
Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula devem 
apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE 
SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA "; 
Preparações a base de PROPIRAM, misturadas a um ou mais 
componentes, contendo não mais que 100 miligramas de PROPIRAM por unidade 
posológica e associados, no mínimo, a igual quantidade de metilcelulose, ficam 
sujeitas a prescrição da Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres 
de rotulagem e bula deverão apresentar a seguinte frase: "VENDA SOB 
PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA 
RECEITA ". 
 
Deverá conter na receita 
a) identificação do emitente: impresso em formulário do profissional ou da 
instituição, contendo o nome e endereço do consultório e/ ou da residência do 
profissional, nº da inscrição no Conselho Regional e no caso da instituição, nome e 
endereço da mesma; 
b) identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente, e no 
caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação 
do animal; 
c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de 
Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma 
farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia; 
d) data da emissão; 
e) assinatura do prescritor: quando os dados do profissional estiverem 
devidamente impressos no cabeçalho da receita, este poderá apenas assiná-la. No 
caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, 
deverá identificar sua assinatura, manualmente de forma legível ou com carimbo, 
constando a inscrição no Conselho Regional; 
 
31 
 
 
 
f) identificação do registro: na receita retida, deverá ser anotado no verso, a 
quantidade aviada e, quando tratar-se de formulações magistrais, também o número 
do registro da receita no livro correspondente. 
 
Lista de Substâncias - c 
 
Da Receita C2 
Símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicas deverá conter um símbolo 
de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de graves 
defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto“ juntamente com o 
 ACEPROMAZINA 
 ÁCIDO VALPRÓICO 
 AMANTADINA 
 AMINEPTINA 
 AMISSULPRIDA 
 AMITRIPTILINA 
 AMOXAPINA 
 AZACICLONOL 
 BECLAMIDA 
 BENACTIZINA 
 BENFLUOREX 
 BENZOCTAMINA 
 BENZOQUINAMIDA 
 BIPERIDENO 
 BUSPIRONA 
 BUTAPERAZINA 
 BUTRIPTILINA 
 CAPTODIAMINA 
 CARBAMAZEPINA 
 CAROXAZONA 
 CETAMINA 
 CICLARBAMATO 
 CICLEXEDRINA 
 CICLOPENTOLATO 
 CITALOPRAM 
 CLOMACRANO 
 CLOMETIAZOL 
 CLOMIPRAMINA 
 CLOREXADOL 
 CLORPROMAZINA 
 CLORPROTIXENO 
 CLOTIAPINA 
 CLOZAPINA 
 DEANOL 
 DESFLURANO 
 DESIPRAMINA 
 DEXETIMIDA 
 DEXFENFLURAMINA 
 DEXTROMETORFANO 
 DIBENZEPINA 
 DIMETRACRINA 
 DISOPIRAMIDA 
 DISSULFIRAM 
 DIVALPROATO DE SÓDIO 
 DIXIRAZINA 
 DOXEPINA 
 DROPERIDOL 
 EMILCAMATO 
 ENFLURANO 
 ETOMIDATO 
 ETOSSUXIMIDA 
 ECTILURÉIA 
 FACETOPERANO 
(LEVOFACETOPERANO) 
 FENAGLICODOL 
 FENELZINA 
 FENFLURAMINA 
 FENITOINA 
 FENILPROPANOLAMINA 
 FENIPRAZINA 
 FEMPROBAMATO 
 FLUFENAZINA 
 FLUMAZENIL 
 FLUOXETINA 
 FLUPENTIXOL 
 FLUVOXAMINA 
 HALOPERIDOL 
 HALOTANO 
 HIDRATO DE CLORAL 
 HIDROCLORBEZETILAMINA 
 HIDROXIDIONA 
 HOMOFENAZINA 
 IMICLOPRAZINA 
 IMIPRAMINA 
 IMIPRAMINÓXIDO 
 IPROCLORIZIDA 
 ISOCARBOXAZIDA 
 ISOFLURANO 
 ISOPROPIL-CROTONIL-
URÉIA 
 LAMOTRIGINA LEVODOPA 
 LEVOMEPROMAZINA 
 LINDANO 
 LISURIDA 
 LITIO 
 LOPERAMIDA 
 LOXAPINA 
 MAPROTILINA 
 MECLOFENOXATO 
 MEFENOXALONA 
 MEFEXAMIDA 
 MEPAZINA 
 MESORIDAZINA 
 METILPENTINOL 
 METISERGIDA 
 METIXENO 
 METOPROMAZINA 
 METOXIFLURANO 
 MIANSERINA 
 MINACIPRAN 
 MINAPRINA 
 MIRTAZAPINA 
 MISOPROSTOL 
 MOCLOBEMIDA 
 MOPERONA 
 NALOXONA 
 NALTREXONA 
 NEFAZODONA 
 NIALAMIDA 
 NOMIFENSINA 
 NORTRIPTILINA 
 NOXPTILINA 
 OLANZAPINA 
 OPIPRAMOL 
 ORLISTAT 
 OXCARBAZEPINA 
 OXIFENAMATO 
 OXIPERTINA 
 PAROXETINA 
 PENFLURIDOL 
 PERFENAZINA 
 PERGOLIDA 
 PERICIAZINA 
(PROPERICIAZIDA) 
 PIMOZIDA 
 PIPAMPERONA 
 PIPOTIAZINA 
 
 
 
 PRAMIPEXOL 
 PRIMIDONA 
 PROCLORPERAZINA 
 PROMAZINA 
 PROPANIDINA 
 PROPIOMAZINA 
 PROPOFOL 
 PROTIPENDIL 
 PROTRIPTILINA 
 PROXIMETACAINA 
 RISPERIDONA 
 ROPINIROL 
 SELEGILINA 
 SERTRALINA 
 SEVOLFURANO 
 SILDENAFILA 
 SULPIRIDA 
 TACRINA 
 TALCAPONA 
 TETRACAÍNA 
 TIANEPTINA 
 TIAPRIDA 
 TIOPROPERAZINA 
 TIORIDAZINA 
 TIOTIXENO 
 TOPIRAMATO 
 TRANILCIPROMINA 
 TRAZODONA 
 TRICLOFÓS 
 TRICLORETILENO 
 TRIFLUOPERAZINA 
 TRIFLUPERIDOL 
 TRIMIPRAMINA 
 VALPROATO 
SÓDICO 
 VENLAFAXINA 
 VERALIPRIDA 
 VIGABATRINA 
 ZIPRAZIDONA 
 ZUCLOPENTIXOL 
32 
 
 
 
termo de reconhecimento de riscos em três vias, onde, uma via fica com o paciente outra 
com o medico e a terceira na farmácia ou drogaria; 
Modelo receita C2 
 
 
 
LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS 
(Sujeitas a Notificação de Receita Especial) 
1. ACITRETINA 
2. ADAPALENO 
4. ISOTRETINOÍNA 
5. TRETINOÍNA 
 
7 - RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. 
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do 
funcionamento, da dispensaçãoe da comercialização de produtos e da prestação de 
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS 
Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e condições mínimas para o 
cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do 
33 
 
 
 
funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de 
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. 
1º Para fins desta Resolução, entende-se por Boas Práticas 
Farmacêuticas o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a 
manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços 
prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional 
desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. 
2º O disposto nesta Resolução se aplica às farmácias e drogarias em todo 
território nacional e, no que couber, às farmácias públicas, aos postos de 
medicamentos e às unidades volantes. 
3º Os estabelecimentos de atendimento privativo de unidade hospitalar ou 
de qualquer outra equivalente de assistência médica ficam sujeitos às 
disposições contidas em legislação específica. 
 
CAPÍTULO II 
DAS CONDIÇÕES GERAIS 
Art. 2º As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos 
no estabelecimento: 
 
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela 
ANVISA; 
II - Autorização Especial de Funciona 
mento (AE) para farmácias, quando aplicável; 
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou 
Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; 
IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de 
Farmácia da respectiva jurisdição; e 
V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação 
vigente e as especificidades de cada estabelecimento. 
1º O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a 
Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. 
34 
 
 
 
2º Adicionalmente, quando as informações a seguir indicadas não 
constarem dos documentos mencionados no parágrafo anterior, o estabelecimento 
deverá manter afixado, em local visível ao público, cartaz informativo contendo: 
I - razão social; 
II - número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; 
III - número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) 
expedida pela Anvisa; 
IV - número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para 
farmácias, quando aplicável; 
V - nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu (s) 
substituto(s), seguido do número de inscrição no Conselho Regional de 
Farmácia; 
VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e 
VII - números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia 
e do órgão Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. 
Art.3º As farmácias e as drogarias devem ter, obrigatoriamente, a 
assistência de farmacêutico responsável técnico ou de seu substituto, durante 
todo o horário de funcionamento do estabelecimento, nos termos da legislação 
vigente. 
Art. 4º Esses estabelecimentos têm a responsabilidade de garantir e zelar 
pela manutenção da qualidade e segurança dos produtos objeto desta Resolução, 
bem como pelo uso racional de medicamentos, a fim de evitar riscos e efeitos 
nocivos à saúde. 
 
CAPÍTULO III 
DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA 
Seção I 
Das Condições Gerais 
 
Art. 5º As farmácias e drogarias devem ser localizadas, projetadas, 
dimensionadas, construídas ou adaptadas com infra-estrutura compatível com as 
atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, ambientes para atividades 
35 
 
 
 
administrativas, recebimento e armazenamento dos produtos, dispensação de 
medicamentos, depósito de material de limpeza e sanitário. 
Art. 6º As áreas internas e externas devem permanecer em boas 
condições físicas e estruturais, de modo a permitir a higiene e a não oferecer risco 
ao usuário e aos funcionários. 
 1º As instalações devem possuir superfícies internas (piso, paredes e 
teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas condições, resistentes aos agentes 
sanitizantes e facilmente laváveis. 
2º Os ambientes devem ser mantidos em boas condições de higiene e 
protegidos contra a entrada de insetos, roedores ou outros animais. 
3º As condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com 
as atividades desenvolvidas em cada ambiente. 
4º O estabelecimento deve possuir equipamentos de combate a incêndio 
em quantidade suficiente, conforme legislação específica. 
Art. 7º O programa de sanitização, incluindo desratização e 
desinsetização, deve ser executado por empresa licenciada para este fim perante os 
órgãos competentes. 
Parágrafo único. Devem ser mantidos, no estabelecimento, os registros 
da execução das atividades relativas ao programa de que trata este artigo. 
Art. 8º Os materiais de limpeza e germicidas em estoque devem estar 
regularizados junto à Anvisa e serem armazenados em área ou locais 
especificamente designados e identificados. 
Art. 9º O sanitário deve ser de fácil acesso, possuir pia com água corrente 
e dispor de toalha de uso individual e descartável, sabonete líquido, lixeira com 
pedal e tampa. 
Parágrafo único. O local deve permanecer em boas condições de higiene 
e limpeza. 
Art. 10. Deve ser definido local específico para guarda dos pertences dos 
funcionários no ambiente destinado às atividades administrativas. 
Art. 11. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, devem estar 
separadas dos demais ambientes. 
36 
 
 
 
Art. 12. O estabelecimento deve ser abastecido com água potável e, 
quando possuir caixa d'água própria, ela deve estar devidamente protegida para 
evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros 
contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para a limpeza da caixa 
d'água e manter os registros que comprovem sua realização. 
Art. 13. O acesso às instalações das farmácias e drogarias deve ser 
independente de forma a não permitir a comunicação com residências ou qualquer 
outro local distinto do estabelecimento. 
1º Tal comunicação somente é permitida quando a farmácia ou drogaria 
estiverem localizadas no interior de galerias de shoppings e supermercados. 
 2º As farmácias e drogarias localizadas no interior de galerias de 
shoppings e supermercados podem compartilhar as áreas comuns destes 
estabelecimentos destinadas para sanitário, depósito de material de limpeza e local 
para guarda dos pertences dos funcionários. 
 CAPÍTULO IV 
DOS RECURSOS HUMANOS 
 
 Seção I 
Das Condições Gerais 
 
Art. 17. Os funcionários devem permanecer identificados e com uniformes 
limpos e em boas condições de uso. 
Parágrafo único. O uniforme ou a identificação usada pelo farmacêutico 
deve distingui-lo dos demais funcionários de modo a facilitar sua identificação pelos 
usuários da farmácia ou drogaria. 
Art. 18. Para assegurar a proteção do funcionário, do usuário e do produto 
contra contaminação ou danos à saúde, devem ser disponibilizados aos funcionários 
envolvidos na prestação de serviços farmacêuticos equipamentos de proteção 
individual (EPIs). 
Seção II Das Responsabilidades e Atribuições 
37 
 
 
 
 Art. 19. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar 
descritas no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento e ser 
compreensíveis a todos os funcionários. 
Art. 20. Das atribuições do farmacêutico responsável técnico são aquelas 
estabelecidas pelos conselhos federal e regional de farmácia, observadas a 
legislação sanitária vigente para farmácias e drogarias. 
Art. 23. São atribuições do responsável legal do estabelecimento: 
 I - prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao 
funcionamento do estabelecimento; 
II - prover as condições necessárias para o cumprimento destaResolução, assim como das demais normas sanitárias federais, estaduais e 
municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e drogarias; 
III - assegurar as condições necessárias à promoção do uso racional de 
medicamentos no estabelecimento; e 
IV - prover as condições necessárias para capacitação e treinamento de 
todos os profissionais envolvidos nas atividades do estabelecimento. 
 
Seção III 
Da Capacitação dos Funcionários 
Art.24. Todos os funcionários devem ser capacitados quanto ao 
cumprimento da legislação sanitária vigente e aplicável às farmácias e drogarias, 
bem como dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP´s) do estabelecimento. 
Art. 25. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, deve receber 
treinamento inicial e continuado com relação à importância do autocuidado, incluídas 
instruções de higiene pessoal e de ambiente, saúde, conduta e elementos básicos 
em microbiologia, relevantes para a qualidade dos produtos e serviços oferecidos 
aos usuários. 
Art. 26. Deve ser fornecido treinamento inicial e contínuo quanto ao uso e 
descarte de EPIs, de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos de 
Serviços de Saúde – PGRSS, conforme legislação específica. 
38 
 
 
 
Art. 27. Nos treinamentos, os funcionários devem ser instruídos sobre 
procedimentos a serem adotados em caso de acidente e episódios envolvendo 
riscos à saúde dos funcionários ou dos usuários das farmácias e drogarias. 
Art. 28. Devem ser mantidos registros de cursos e treinamentos dos 
funcionários contendo, no mínimo, as seguintes informações: 
I - descrição das atividades de capacitação realizadas; 
II - data da realização e carga horária; 
III - conteúdo ministrado; 
IV - trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas; 
V - identificação e assinatura do profissional, equipe ou empresa que 
executou o curso ou treinamento; e 
VI - resultado da avaliação. 
 
CAPÍTULO V 
DA COMERCIALIZAÇÃO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS 
 Seção I 
Dos Produtos com Dispensação ou Comercialização Permitida 
 Art. 29. Além de medicamentos, o comércio e dispensação de 
determinados correlatos poderá ser extensivo às farmácias e drogarias em todo 
território nacional, conforme relação, requisitos e condições estabelecidos em 
legislação sanitária específica. 
 
Seção II 
Da Aquisição e Recebimento 
 Art. 30. Somente podem ser adquiridos produtos regularizados junto à 
Anvisa, conforme legislação vigente. 
1º A regularidade dos produtos consiste no registro, notificação ou 
cadastro, conforme a exigência determinada em legislação sanitária específica para 
cada categoria de produto. 
 2º A legislação sanitária pode estabelecer, ainda, a isenção do registro, 
notificação ou cadastro de determinados produtos junto à Anvisa. 
39 
 
 
 
Art. 31. As farmácias e drogarias devem estabelecer documentar e 
implementar critérios para garantir a origem e qualidade dos produtos adquiridos. 
1º A aquisição de produtos deve ser feita por meio de distribuidores 
legalmente autorizados e licenciados conforme legislação sanitária vigente. 
2º O nome, o número do lote e o fabricante dos produtos adquiridos 
devem estar discriminados na nota fiscal de compra e serem conferidos no momento 
do recebimento. 
Art. 32. O recebimento dos produtos deve ser realizado em área 
específica e por pessoa treinada e em conformidade com Procedimento operacional 
Padrão (POP) e com as disposições desta Resolução. 
Art. 33. Somente é permitido o recebimento de produtos que atendam aos 
critérios definidos para a aquisição e que tenham sido transportados conforme 
especificações do fabricante e condições estabelecidas na legislação sanitária 
específica. 
Art. 34. No momento do recebimento deverá ser verificado o bom estado 
de conservação, a legibilidade do número de lote e prazo de validade e a presença 
de mecanismo de conferência da autenticidade e origem do produto, além de 
observadas outras especificidades legais e regulamentares vigentes sobre rótulo e 
embalagem, a fim de evitar a exposição dos usuários a produtos falsificados, 
corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios para o uso. 
1º Caso haja suspeita de que os produtos sujeitos às normas de vigilância 
sanitária tenham sido falsificados, corrompidos, adulterados, alterados ou impróprios 
para o uso, estes devem ser imediatamente separados dos demais produtos, em 
ambiente seguro e diverso da área de dispensação, devendo a sua identificação 
indicar claramente que não se destinam ao uso ou comercialização. 
 2º No caso do parágrafo anterior, o farmacêutico deve notificar 
imediatamente a autoridade sanitária competente, informando os dados de 
identificação do produto, de forma a permitir as ações sanitárias pertinentes. 
Seção III 
Das Condições de Armazenamento 
 Art. 35. Todos os produtos devem ser armazenados de forma ordenada, 
seguindo as especificações do fabricante e sob condições que garantam a 
40 
 
 
 
manutenção de sua identidade, integridade, qualidade, segurança, eficácia e 
rastreabilidade. 
 1º O ambiente destinado ao armazenamento deve ter capacidade 
suficiente para assegurar o armazenamento ordenado das diversas categorias de 
produtos. 
2º O ambiente deve ser mantido limpo, protegido da ação direta da luz 
solar, umidade e calor, de modo a preservar a identidade e integridade 
química, física e microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos mesmos. 
 3º Para aqueles produtos que exigem armazenamento em temperatura 
abaixo da temperatura ambiente, devem ser obedecidas as especificações 
declaradas na respectiva embalagem, devendo a temperatura do local ser medida e 
registrada diariamente. 
 4º Deve ser definida em Procedimento Operacional Padrão (POP) a 
metodologia de verificação da temperatura e umidade, especificando faixa de horário 
para medida considerando aquela na qual há maior probabilidade de se encontrar a 
maior temperatura e umidade do dia. 
 5º O Procedimento Operacional Padrão (POP) deverá definir medidas a 
serem tomadas quando forem verificadas condições inadequadas para o 
armazenamento, considerando o disposto nesta Resolução. 
 Art. 36. Os produtos devem ser armazenados em gavetas, prateleiras ou 
suporte equivalente, afastados do piso, parede e teto, a fim de permitir sua fácil 
limpeza e inspeção. 
 Art. 37. O estabelecimento que realizar dispensação de medicamentos 
sujeitos a controle especial deve dispor de sistema segregado (armário resistente ou 
sala própria) com chave para o seu armazenamento, sob a guarda do farmacêutico, 
observando as demais condições estabelecidas em legislação específica. 
Art. 38. Os produtos violados, vencidos, sob suspeita de falsificação, 
corrupção, adulteração ou alteração devem ser segregados em ambiente seguro e 
diverso da área de dispensação e identificados quanto a sua condição e destino, de 
modo a evitar sua entrega ao consumo. 
1º Esses produtos não podem ser comercializados ou utilizados e seu 
destino deve observar legislação específica federal, estadual ou municipal. 
41 
 
 
 
 2º A inutilização e o descarte desses produtos deve obedecer às 
exigências de legislação específica para Gerenciamento de Resíduos de Serviços 
de Saúde, assim como normas estaduais ou municipais complementares. 
 3º Quando o impedimento de uso for determinado por ato da autoridade 
de vigilância sanitária ou por iniciativa do fabricante, importador ou distribuidor, o 
recolhimento destes produtos deve seguir regulamentação específica. 
 4º A política da empresa em relação aos produtos com o prazo de 
validade próximo ao vencimento deve estar clara a todos os funcionários e descrita 
no Manual de Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. 
 Art.39. O armazenamento de produtos corrosivos, inflamáveis ou 
explosivos deve ser justificado em Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual 
deve determinarsua guarda longe de fontes de calor e de materiais que provoquem 
faíscas e de acordo com a legislação específica. 
Seção IV Da Organização e Exposição dos Produtos 
 Art. 40. Os produtos de dispensação e comercialização permitidas em 
farmácias e drogarias nos termos da legislação vigente devem ser organizados em 
área de circulação comum ou em área de circulação restrita aos funcionários, 
conforme o tipo e categoria do produto. 
 1º Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita 
aos funcionários, não sendo permitida suas exposições diretas ao alcance dos 
usuários do estabelecimento. 
 2º A Anvisa poderá editar relação dos medicamentos isentos de 
prescrição que poderão permanecer ao alcance dos usuários para obtenção por 
meio de auto-serviço no estabelecimento. 
 3º Os demais produtos poderão permanecer expostos em área de 
circulação comum. 
 Art. 41. Na área destinada aos medicamentos deve estar exposto cartaz, 
em local visível ao público, contendo a seguinte orientação, de forma legível e 
ostensiva que permita a fácil leitura a partir da área de circulação comum: 
“MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A 
AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O FARMACÊUTICO”. 
 
42 
 
 
 
Seção V 
Da Dispensação de Medicamentos 
 Art. 42. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o 
direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos. 
 1º O estabelecimento deve manter à disposição dos usuários, em local 
de fácil visualização e de modo a permitir a imediata identificação, lista atualizada 
dos medicamentos genéricos comercializados no país, conforme relação 
divulgada pela Anvisa e disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço 
http://www.anvisa.gov.br. 
 2º São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no 
cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a interação com outros 
medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de 
conservação do produto. 
 Art. 43. Os medicamentos sujeitos à prescrição somente podem ser 
dispensados mediante apresentação da respectiva receita. 
 Art. 44. O farmacêutico deverá avaliar as receitas observando os 
seguintes itens: 
I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; 
II - identificação do usuário; 
III - identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma 
farmacêutica e quantidade; 
IV - modo de usar ou posologia; 
V - duração do tratamento; 
VI - local e data da emissão; e 
VII - assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no 
respectivo conselho profissional. 
 Parágrafo único. O prescritor deve ser contatado para esclarecer 
eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. 
 Art. 45. Não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas 
estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão. 
43 
 
 
 
Art. 46. No momento da dispensação dos medicamentos deve ser feita a 
inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do medicamento, o 
prazo de validade e a integridade da embalagem. 
Art. 47. A dispensação de medicamentos genéricos, no que tange à 
intercambialidade, deve ser feita de acordo com o disposto na legislação específica. 
Art. 48. Para o fracionamento de medicamentos devem ser cumpridos os 
critérios e condições estabelecidos na legislação específica. 
 Art. 49. A dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial 
deve atender às disposições contidas na legislação específica. 
 Art. 50. É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais 
e oficinais em drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, ainda que em filiais 
da mesma empresa, bem como a intermediação entre empresas. 
Art. 51. Política da empresa em relação aos produtos com o prazo de 
validade próximo ao vencimento deve estar clara a todos os funcionários e descrita 
no Procedimento Operacional Padrão (POP) e prevista no Manual de Boas Práticas 
Farmacêuticas do estabelecimento. 
1º O usuário deve ser alertado quando for dispensado produto com prazo 
de validade próximo ao seu vencimento. 
2º É vedado dispensar medicamentos cuja posologia para o tratamento 
não possa ser concluída no prazo de validade. 
Subseção I 
Da solicitação remota para dispensação de medicamentos 
 Art. 52. Somente farmácias e drogarias abertas ao público, com 
farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem 
realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como 
telefone, fac-símile (fax) e internet. 
1º É imprescindível a apresentação e a avaliação da receita pelo 
farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados 
por meio remoto. 
 2º É vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle 
especial solicitados por meio remoto. 
44 
 
 
 
 3º O local onde se encontram armazenados os estoques de 
medicamentos para dispensação solicitada por meio remoto deverá 
necessariamente ser uma farmácia ou drogaria aberta ao público nos termos da 
legislação vigente. 
Art. 56. O transporte do medicamento para dispensação solicitada por 
meio remoto é responsabilidade do estabelecimento farmacêutico e deve assegurar 
condições que preservem a integridade e qualidade do produto, respeitando as 
restrições de temperatura e umidade descritas na embalagem do medicamento 
pelo detentor do registro, além de atender as Boas Práticas de Transporte previstas 
na legislação específica. 
1º Os produtos termossensíveis devem ser transportados em 
embalagens especiais que mantenham temperatura compatível com sua 
conservação. 
 2º Os medicamentos não devem ser transportados juntamente com 
produtos ou substâncias que possam afetar suas características de qualidade, 
segurança e eficácia. 
 3º O estabelecimento deve manter Procedimentos Operacionais Padrão 
(POPs) contendo as condições para o transporte e criar mecanismos que garantam 
a sua inclusão na rotina de trabalho de maneira sistemática. 
 4º No caso de terceirização do serviço de transporte, este deve ser 
feito por empresa devidamente regularizada conforme a legislação vigente. 
Art. 57. É permitida às farmácias e drogarias a entrega de medicamentos 
por via postal desde que atendidas as condições sanitárias que assegurem a 
integridade e a qualidade dos produtos, conforme legislação vigente. 
 Art. 58. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o 
direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos solicitados 
por meio remoto. 
1º Para os fins deste artigo, deve ser garantido aos usuários meios para 
comunicação direta e imediata com o Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu 
substituto, presente no estabelecimento. 
 2º Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue cartão, ou material 
impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e endereço do 
45 
 
 
 
estabelecimento, contendo recomendação ao usuário para que entre em contato 
com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para receber orientações relativas ao 
uso do medicamento. 
3º O cartão ou material descrito no parágrafo anterior não poderá utilizar 
designações, símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas ou mistas, slogans e 
quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a medicamentos. 
 
12 - RDC Nº 20, DE 5 DE MAIO DE 2011 
 Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias 
classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isolado ou em 
associação. 
 DA ABRANGÊNCIA 
Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios para a prescrição, 
dispensação, controle, embalagem e rotulagem de medicamentos à base de 
substâncias classificadas como antimicrobianos de uso sob prescrição, isoladas ou 
em associação. 
Art. 2º As farmácias e drogarias privadas,

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