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livro 3 1ª serie

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O Sistema de Ensino pH apresenta um material capaz de 
auxiliar o aluno a enxergar os caminhos que ele poderá 
seguir, possibilitando que, ao fi nal do Ensino Médio, ele 
tenha desenvolvido um pensamento crítico para atuar 
como cidadão, enfrentar os desafi os da sociedade e 
obter excelentes resultados no Enem e nos demais 
vestibulares do Brasil.
ENSINO 
MÉDIO
1asérie MANUAL DOPROFESSOR
3Caderno
Geografia
296694
526157317
CAPAS_PH_HUMANAS_C3_PROF_Geografia.indd 2 3/22/17 17:42
Geografia
Manual do Professor
Thiago de Almeida Kiefer
Cláudio Ribeiro Falcão
Luiz Antônio Duarte
pH_EM1_C3_001a004_IN_Geo_MP.indd 1 3/20/17 17:09
Créditos das imagens de abertura: Ciências Humanas: Kafeinkolik/
Shutterstock, TonyV3112/Shutterstock, Ms Jane Campbell/Shutterstock, 
Moment Select/Getty Images, Mathias Genterczewsky/EyeEm/Getty Images, 
Bsterling/RooM/Getty Images (História), Magalie L’Abbé/Getty Images 
(Geografia)
Uma publicação
Sistema de ensino pH : ensino médio : caderno 1 a
 4 : humanas, 1ª série : professor. -- 1. ed. --
 São Paulo : SOMOS Sistemas de Ensino, 2017.
 Conteúdo: Língua portuguesa I / Raphael Hormes --
Redação / Marcelo Caldas -- História / Igor
Vieira -- Geografia / Augusto Neto.
 1. Geografia (Ensino médio) 2. História (Ensino
médio) 3. Livros-texto (Ensino médio) 4. Português
(Ensino médio) 5. Português - Redação (Ensino médio)
I. Hormes, Raphael. II. Caldas, Marcelo. III. Vieira,
Igor. IV. Augusto Neto.
16-01439 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado: Livros-texto: Ensino médio 373.19
2017
ISBN 978 85 468 0838-0 (PR)
Código da obra 526157317 
1ª edição
1ª impressão
Impressão e acabamento
Direção de inovação e conteúdo: Guilherme Luz
Direção executiva de integração: Claudio Falcão
Direção editorial: Renata Mascarenhas
Coordenação pedagógica e gestão de projeto: Fabrício Cortezi de 
Abreu Moura
Gestão de projeto editorial: Camila Amaral Souza
Desenvolvimento pedagógico: Filipe Couto
Revisão pedagógica: Ribamar Monteiro
Gestão de área: Alice Silvestre e Camila De Pieri Fernandes (Linguagens), 
Wagner Nicaretta e Cláudia Winterstein (Ciências Humanas)
Edição: Caroline Zanelli Martins, Cíntia Leitão, Juliana Mendonça Biscardi 
e Vivian Viccino (Língua Portuguesa e Redação), Carla Rafaela Monteiro, Andressa 
Serena de Oliveira, Marina de Sena Nobre, Érika Domingues do Nascimento 
e Eduardo Augusto Guimarães (História), Elena Judensnaider, Brunna Paulussi, 
Raquel Maygton Vicentini e Karine M. dos S. Costa (Geografia)
Gerência de produção editorial: Ricardo de Gan Braga
Fluxo de produção: Paula Godo (ger.), Fabiana Manna e Daniela Carvalho
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), 
Rosângela Muricy (coord.), Adriana Rinaldi, Ana Paula C. Malfa, Ana Curci, 
Brenda T. de Medeiros Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Célia Carvalho, Cesar 
G. Sacramento, Danielle Modesto, Diego Carbone, Gabriela M. de Andrade, 
Larissa Vazquez, Lilian M. Kumai, Luciana B. de Azevedo, Luís Maurício Boa 
Nova, Marília Lima, Marina Saraiva, Maura Loria, Patricia Cordeiro, Patrícia 
Travanca, Paula T. de Jesus, Raquel A. Taveira, Ricardo Miyake, Sueli Bossi, 
Tayra B. Alfonso, Vanessa de Paula Santos, Vanessa Nunes S. Lucena
Edição de arte: Daniela Amaral (coord.), Catherine Saori Ishihara
Diagramação: Casa de Tipos, Karen Midori Fukunaga
Iconografia e licenciamento de texto: Sílvio Kligin (superv.), Cristina 
Akisino (coord.), Denise Durand Kremer (coord.), Claudia Bertolazzi, Claudia 
Cristina Balista, Daniel Cymbalista, Ellen Colombo Finta, Ellen Silvestre, 
Fernanda Regina Sales Gomes, Fernando Cambetas, Iron Mantovanello, 
Jad Silva, Karina Tengan, Roberta Freire Lacerda Santos, Roberto Silva e 
Sara Plaça (pesquisa iconográfica), Liliane Rodrigues, Luciana Castilho, Paula Claro 
e Thalita Corina da Silva (licenciamento de textos)
Tratamento de imagem: Cesar Wolf, Fernanda Crevin
Ilustrações: Alexandre Koyama, Casa de Tipos, Júlio Dian
Cartografia: Eric Fuzii, Alexandre Bueno
Capa: Gláucia Correa Koller
Foto de capa: Sanjatosi/Shutterstock
Projeto gráfico de miolo: Gláucia Correa Keller
 
Todos os direitos reservados por SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro
CEP: 04755-070 – São Paulo – SP
(0xx11) 3273-6000
© SOMOS Sistemas de Ensino S.A.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
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Sumário 
geral
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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15
15
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U
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32
18
M
Ó
D
U
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EO
G
R
A
FI
A
População: transição 
demográfica e 
estrutura
Geografia e 
globalização
Geografia dos fluxos 
migratórios
A geopolítica mundial
Questões ambientais
Europa
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HABILIDADES E COMPETÊNCIAS
Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.
 H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
 H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
 H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
 H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
 H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.
Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações 
socioeconômicas e culturais de poder.
 H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
 H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
 H8 – Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem 
econômico-social.
 H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
 H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade 
histórico-geográfica.
Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as 
aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
 H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
 H12 – Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
 H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
 H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica 
acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
 H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no 
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
 H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
 H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
 H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
 H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
 H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e dademocracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
 H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
 H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
 H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
 H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
 H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos 
históricos e geográficos.
 H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
 H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
 H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
 H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações 
humanas.
 H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
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13
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Conceitos demográficos
• Estrutura etária da população e transição demo-
gráfica
• Teorias demográficas
• Índices e parâmetros de mensuração do desen-
volvimento humano 
• H8 - Analisar a ação dos Estados nacionais no que se 
refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfren-
tamento de problemas de ordem econômico-social.
• Compreender os principais conceitos da demografia.
• Reconhecer as diferentes fases da transição demográ-
fica.
• Problematizar as teorias demográficas.
• Avaliar diferentes índices e parâmetros sociais impos-
tos pelas organizações e pelos países.
População: transição 
demográfica e estrutura
INTRODUÇÃO
As informações sobre a evolução demográfica são im-
portantes para qualquer Estado. Em especial, servem para 
nortear o poder público no planejamento e na ação de pro-
vidências imediatas e de longo prazo que visem ao desen-
volvimento econômico e social. Assim, é tarefa do professor 
nessas aulas elucidar os alunos sobre aspectos demográfi-
cos que possibilitem uma melhor compreensão do espaço 
geográfico, bem como desenvolver, nos alunos, a capacida-
de de reflexão e previsão de situações demográficas futuras 
e suas implicações socioeconômicas, desafios e possibilida-
des. Espera-se ainda que alguns raciocínios carregados de 
preconceito e conservadorismo sejam desconstruídos, à 
medida que uma investigação mais aprofundada sobre as 
teorias demográficas seja proposta. 
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Utilize a primeira aula para discutir conceitos básicos, 
como taxa de natalidade, de mortalidade, de crescimento 
vegetativo e de fecundidade. Explique aos alunos que o 
crescimento vegetativo e a taxa de fecundidade possibi-
litam visualizar tendências de incremento ou decréscimo 
populacional. 
Frequentemente, os alunos confundem taxa de fecun-
didade com taxa de fertilidade, confusão que também 
aparece em textos da grande mídia. A taxa de fertilidade 
deve ser entendida como o número de mulheres em ida-
de de procriar (mulheres em idade fértil) para cada mil 
mulheres de dada população, enquanto a taxa de fecun-
didade é o número total de crianças nascidas vivas para 
cada mil mulheres em idade fértil – para fins estatísticos, 
no Brasil, a idade fértil da mulher vai de 15 a 49 anos. Com 
uma taxa de fecundidade igual a 2,1 filhos por mulher, a 
população tende a apresentar estabilidade demográfica; 
taxas maiores ou menores que 2,1 filhos por mulher im-
plicam, respectivamente, crescimento e decrescimento 
da população.
Crescimento vegetativo positivo contínuo tende a levar 
a crescimento populacional; quando negativo, a tendência 
passa a ser de diminuição da população.
Para abordar a transição demográfica, tenha sempre 
disponível, durante a explicação, um gráfico que apresen-
te as variações das taxas de natalidade e de mortalida-
de ao longo do fenômeno – o gráfico pode ser projetado 
com o auxílio de equipamento ou desenhado na lousa. 
É de grande importância apontar, no decorrer das expli-
cações, as condições sociais e econômicas que implicam 
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alterações nas taxas de natalidade e de mortalidade em 
cada fase, sempre ressaltando que, de acordo com a teo-
ria da transição demográfica, alguns países estariam mais 
avançados no processo do que outros – vale mencionar, 
ainda, que é possível verificar desigualdades regionais em 
um mesmo país.
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 4 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios das seções Desen-
volvendo habilidades, sobretudo a questão 3. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Na segunda aula, o professor pode abordar debates so-
bre políticas públicas suscitados em cada fase da transição 
demográfica – o destaque é a discussão sobre a reforma 
da previdência nos países que já se encontram nas últimas 
fases, quando há necessidade de atingir equilíbrio entre a 
organização das contas públicas e as demandas sociais. Em 
diversos países da Europa cresce rapidamente o número de 
idosos, enquanto a população jovem, incluindo aquela em 
idade ativa, diminui – as propostas de elevação da idade 
mínima para a aposentadoria são impopulares e têm provo-
cado enormes manifestações desfavoráveis a elas. 
Segundo a União Europeia, na Zona do Euro aproxi-
madamente 18% da população já se encontra com mais 
de 65 anos de idade. Atualmente, para cada aposentado 
na Europa há quatro trabalhadores pagando impostos. 
Até 2050, a relação deve ser de um aposentado para cada 
dois trabalhadores. 
O quadro de insatisfação com medidas que visam à re-
forma da previdência social é agravado pelos gastos dos Es-
tados no socorro a bancos em situação de insolvência; par-
te da população critica as políticas públicas que sustentam 
bancos em detrimento dos benefícios a idosos aposentados.
Para desconstruir o discurso do malthusianismo, que 
relaciona alta natalidade a problemas sociais e com o 
qual os alunos possivelmente tiveram contato, argumen-
te que a produção de alimentos cresceu bastante e é ca-
paz de sustentar até mesmo uma população maior que a 
existente no planeta: o problema central é a má distribui-
ção da renda e, consequentemente, de alimentos. Assim, 
é possível demonstrar que o combate à fome demanda, 
principalmente, medidas de distribuição de renda.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma as questões 1, 2, 
3 e 5 da seção Praticando o aprendizado. Para casa, suge-
rimos que os alunos trabalhem os exercícios da seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 7, 9 e 10. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
I. CONCEITOS
A) Taxa de natalidade
 ➜ Número de nascimentos (1 000 hab./ano)
B) Taxa de mortalidade
 ➜ Número de óbitos (1 000 hab./ano)
C) Crescimento vegetativo
 ➜ Taxa de natalidade 2 taxa de mortalidade 5 cresci-
mento vegetativo (em %)
D) Taxa de fecundidade
 ➜ Número de filhos por mulher
Obs.: Análise do crescimento vegetativo (CV):
• 1 filho por casal 5 redução populacional
• 2 filhos por casal 5 estagnação populacional
• 3 filhos por casal 5 incremento populacional
II. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
A) 1a fase
 ➜ Economias rurais
 ➜ Taxa de natalidade alta 1 taxa de mortalidade alta 5 
5 crescimento vegetativo baixo
 ➜ Taxa de natalidade alta
• Baixo custo de formação do indivíduo
• Filho → mão deobra
• Baixo desenvolvimento contraceptivo
• Pouca difusão de informações
 ➜ Taxa de mortalidade alta
• Pouco acesso à Medicina
• Pouco saneamento básico
• Oferta instável de alimentos
• Guerras e epidemias
B) 2a fase
 ➜ Economias urbano-industriais
 ➜ Taxa de natalidade alta 1 taxa de mortalidade bai-
xa 5 crescimento vegetativo alto
 ➜ Redução da taxa de mortalidade
• Revolução médico-sanitária
• Estabilização da oferta de alimentos
 SUGESTÃO DE QUADRO
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C) 3a fase
 ➜ Economias urbanas terciarizadas
 ➜ Taxa de natalidade baixa 1 taxa de mortalidade 
baixa 5 crescimento vegetativo baixo
 ➜ Redução da taxa de natalidade
• Alto custo de formação do indivíduo
• Planejamento familiar
• Difusão de contraceptivos e informação
• Maior participação da mulher no mercado de tra-
balho
III. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO
A) Etária
 ➜ Base larga e topo estreito
• Alta natalidade (base larga)
• Baixa expectativa de vida (topo estreito)
• População jovem
 ➜ Estreitamento da base da pirâmide
• Natalidade moderada (base menos larga)
• Expectativa de vida melhor (topo menos estreito)
• Pirâmide mais equilibrada
 ➜ Rumo a um topo largo
• Natalidade baixa (base estreita)
• Expectativa de vida alta (topo largo)
• Maior proporção de idosos
B) Setores econômicos
 ➜ Países pobres: setor primário em destaque
 ➜ Países com industrialização tardia: tendência de cres-
cimento do setor terciário
 ➜ Países desenvolvidos: economias terciarizadas (ape-
nas indústrias de alta tecnologia)
C) IDH
 ➜ Indicadores que compõem o cálculo
• RNB (ou PNB) per capita
• Expectativa de vida
• “Escolaridade”
D) Espacial
 ➜ População absoluta 3 população relativa
• País populoso: elevado número de habitantes
• País povoado: elevada densidade demográfica
IV. TEORIAS DEMOGRÁFICAS
A) Malthusiana
 ➜ Visão religiosa e pessimista
 ➜ Alimentos crescem em progressão aritmética 3 popu-
lação cresce em progressão geométrica
 ➜ Propõe controle de natalidade
 ➜ Não prevê avanços na agricultura ou estagnação da 
natalidade
B) Neomalthusiana
 ➜ Crescimento vegetativo é causa do subdesenvolvi-
mento
 ➜ Elevados gastos sociais
 ➜ Políticas radicais (aborto e esterilização compulsórios 
e, em alguns casos, infanticídio)
 ➜ Atribui os problemas aos países com alto crescimen-
to vegetativo
• Geralmente subdesenvolvidos
• Teoria determinista
C) Ecomalthusiana
 ➜ Crescimento vegetativo implica impactos ambientais
 ➜ Atribui os problemas aos países com alto crescimen-
to vegetativo
• Geralmente subdesenvolvidos
• Teoria, mais uma vez, determinista
 ➜ Ignora as disparidades de padrões de consumo
D) Reformista
 ➜ Problemas sociais são frutos da desigualdade
 ➜ Propõe reformas: social, política e econômica
 ➜ Teoria mais bem aceita atualmente
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Os alunos podem ser motivados a elaborar um “mi-
nicenso”: a área de estudo pode ser o prédio onde mo-
ram, a escola, o condomínio, a praça do bairro. Eles devem 
elaborar tabelas e gráficos com os dados do censo, assim 
como mapas, evidenciando, por exemplo, a dinâmica mi-
gratória – esses recursos possibilitam a análise dos dados 
colhidos pelo questionário, que deve ser montado com o 
auxílio do professor.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia de popula-
•‹o. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1980.
CAMARANO, A. A.; KANSO, S. Perspectivas de cres-
cimento para a população brasileira: velhos e novos 
7
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resultados. Texto para discussão. Rio de Janeiro: Ipea, 
n. 1426, 2009.
CARVALHO, José Alberto Magno de; RODRIGUEZ-
-WONG, Laura L. A transição da estrutura etária da popu-
lação brasileira na primeira metade do século XXI. Cader-
no Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, mar. 2008.
DAMIANI, Amelia Luisa. População e demografia. 5. ed. 
São Paulo: Contexto, 2001. (Coleção Caminhos da Geo-
grafia).
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do 
fim dos territórios à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: 
Bertrand Brasil, 2004. 
IBGE. Censo demográfico 2010. Características gerais da 
população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Ja-
neiro: IBGE, 2012. 
MARTINE, George. A globalização inacabada: migrações 
internacionais e pobreza no século 21. São Paulo em pers-
pectiva, v. 19, n. 3, p. 3-22, jul./set. 2005.
OLIVEIRA, F. E. B. et al. O idoso e a Previdência Social. 
In: CAMARANO, A. A. (Org.). Os novos idosos brasileiros: 
muito além dos 60? Rio de Janeiro: Ipea, 2004. cap. 12, 
p. 411-426.
PAIVA, Paulo de Tarso Almeida; WAJNMAN, Simone. Das 
causas às consequências econômicas da transição demo-
gráfica no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Populacio-
nais, São Paulo, v. 22, n. 2, p. 303-322, jul./dez. 2005.
PASSARINHO, P. Previdência social pública: um serviço 
universal ao cidadão brasileiro. In: SICSÚ, João (Org.). Ar-
recadação (de onde vem?) e gastos públicos (para onde 
vão?). São Paulo: Boitempo, 2007.
PIERRE, George. Geografia da população. São Paulo: Di-
fel, 1969.
TAFNER, Paulo (Ed.). Brasil: o estado de uma nação – mer-
cado de trabalho, emprego e informalidade. Rio de Janei-
ro: Ipea, 2006.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
embora tenha o segundo maior PIB do planeta, a 
China apresenta baixa renda per capita em razão de 
sua grande população absoluta e má distribuição 
de renda. Estão incorretas as alternativas: a, porque 
o coeficiente de Gini mensura a desigualdade social 
em uma escala de 0 a 1, em que zero indica completa 
igualdade de renda e 1, completa desigualdade de 
renda; b, porque o IDH não depende do tamanho 
da população; c, porque mais da metade do PIB dos 
EUA tem origem no setor terciário, que recebe as 
remessas de lucros das numerosas transnacionais de 
origem estadunidense; e, porque a renda também 
compõe o cálculo do IDH. 
2. a. A alternativa a é a correta: como mostrado no grá-
fico, na fase 3 da transição demográfica, típica de 
países desenvolvidos, ocorrem baixas taxas de na-
talidade, mortalidade e crescimento natural da po-
pulação. Estão incorretas as alternativas: b, porque 
o elevado crescimento vegetativo é característico 
da fase 1; c, porque o crescimento natural é re-
sultado da diferença entre a taxa de natalidade e 
a taxa de mortalidade do país; d, porque a elevada 
taxa de natalidade ocorre na fase 1, sendo as fa-
ses 2 e 3 caracterizadas por sua queda; e, porque 
a tendência da demografia, em nível mundial, é 
de queda do crescimento natural da população 
com queda da taxa de natalidade e de mortalidade. 
3. b. As pirâmides etárias expressam diferentes níveis de 
desenvolvimento social dos países. A pirâmide 1 cor-
responde a um país subdesenvolvido com situação 
socioeconômica mais grave quanto ao acesso a saú-
de e educação, havendo maior taxa de natalidade 
(base larga) e menor expectativa de vida. Trata-se do 
padrão do Paquistão e do Sudão. A pirâmide 2 é in-
termediária e corresponde a um país emergente que 
atravessa redução na taxa de natalidade e aumento 
na expectativa de vida – é o caso de Coreia do Sul, 
Brasil, Argentina e Chile –; porém, se considerarmos 
dados recentes, a base já está mais estreita em de-
corrência da diminuição da taxa de natalidade. A 
pirâmide 3 é de um país desenvolvido com taxa de 
natalidade muito baixa (base estreita) e alta expecta-
tiva de vida (grande percentual de idosos); é o caso 
da Alemanha e da Suécia. 
5. a. Ao dividir a população absoluta pela área, é pos-
sível estabelecer a densidade demográfica ou 
a população relativa do país e, como menciona-
do corretamente na alternativa a, a Argentina,
que tem densidade demográfica aproximada de 
15 hab./  km2, é um país pouco povoado. Estão 
incorretas as alternativas: b, porque, embora a Chinaseja o mais populoso e povoado dos países apre-
sentados na tabela, o Brasil é populoso, mas pouco 
povoado (23 hab./km2); c, porque, em relação à popu-
lação absoluta, o Brasil é populoso e a França, pouco 
populosa; d, porque, apesar de a Bélgica ser um país 
pouco povoado, isso não diz respeito à população 
absoluta, já que o cálculo da densidade demográfica 
corresponde à população relativa; e, porque a densi-
dade demográfica da China é de 141 hab./km2. 
8
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 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. a. O ritmo de crescimento da população mundial varia 
conforme o nível de desenvolvimento dos países, 
sendo mais elevado na África subsaariana em de-
corrência, entre outros fatores, da precariedade dos 
sistemas de saúde e de educação. O crescimento 
é muito baixo nos países desenvolvidos, principal-
mente nos europeus. 
2. c. O crescimento vegetativo (ou natural) é a diferença 
entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, 
como indicado na alternativa c. Estão incorretas as 
alternativas: a, porque a população absoluta é o 
número total de habitantes de uma localidade; b, 
porque a taxa bruta de natalidade é o número de 
nascimentos para cada 1 000 habitantes; d, porque a 
taxa de fecundidade é o número médio de filhos por 
mulher em idade reprodutiva; e, porque a taxa de 
mortalidade infantil é o número de óbitos de crian-
ças antes de completar um ano de vida para 1 000 
nascidas vivas. 
3. d. A pirâmide etária III é típica de um país subdesen-
volvido da África subsaariana com IDH baixo. A 
base é larga em razão da alta taxa de natalidade 
e de crescimento populacional, havendo um gran-
de contingente de jovens na população. O topo é 
estreito em decorrência da baixa expectativa de 
vida; assim, o percentual de terceira idade na po-
pulação é pequeno. 
4. e. Quando um país conclui a transição demográfica, 
apresenta baixo crescimento vegetativo decorrente 
de baixas taxas de natalidade e de mortalidade. Al-
guns países já apresentam decréscimo demográfico 
e adotam políticas natalistas. 
5. e. Em países ricos, as taxas de natalidade e de morta-
lidade reduziram-se a patamares bastante baixos, 
provocando uma redução do crescimento vege-
tativo. Conquistas sindicais no campo trabalhis-
ta, políticas públicas de distribuição de renda e 
investimentos sociais, em especial na vigência do 
Estado de Bem-Estar Social, são apontados como 
responsáveis por esse declínio.
6. a. Os grandes centros urbanos apresentam quedas 
regulares nas taxas de crescimento populacional; 
neles, a dinâmica populacional transforma diver-
sas práticas sociais que interferem no número de 
filhos. Estão incorretas as alternativas: b, porque as 
mulheres têm conquistado maior autonomia pro-
fissional, o que acaba por postergar os planos de 
maternidade; c, porque o número de casamentos 
diminuiu nos últimos anos; d, porque as pensões 
estão em alta em razão do aumento da população 
de idosos; e, porque a mortalidade infantil na 
Europa está entre as menores do mundo. 
7. d. Thomas Malthus, que viveu no final do século XVIII e 
início do século XIX, está entre os primeiros pen-
sadores a estudar processos populacionais. Con-
cebeu, em 1798, um pensamento universalmente 
conhecido: “a população cresce em progressão 
geométrica enquanto a produção agrícola cresce 
em progressão aritmética”, argumentando favo-
ravelmente a ideias antinatalistas, com propostas 
de controle de natalidade pela sujeição moral, 
em que as práticas sexuais seriam amorais. Sua 
teoria falhou em não perceber o potencial de 
desenvolvimento tecnológico da agricultura. Os 
neomalthusianos defendem o controle popula-
cional nos países subdesenvolvidos, que teriam 
maiores dificuldades em manter programas so-
ciais para grandes contingentes populacionais. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque a teoria 
neomalthusiana diz respeito às mudanças demo-
gráficas no século XX; b, porque o malthusianis-
mo não considerou mudanças tecnológicas no 
campo como solução para a fome; c, porque não 
existiam métodos anticoncepcionais como pílulas 
e preservativos na época; e, porque os malthusia-
nos não consideraram possíveis avanços no co-
nhecimento sobre a genética.
10. e. A teoria neomalthusiana é de meados do sécu-
lo XX e afirma que o subdesenvolvimento e seus 
problemas sociais e econômicos são resultan-
tes do alto crescimento da população. Assim, 
a principal medida seria o controle rigoroso da 
natalidade de modo a não “desperdiçar” recur-
sos econômicos para demandas demográficas e 
aplicá-los no desenvolvimento da economia.
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. d. Os países com maior nível de desenvolvimento 
socioeconômico são aqueles que apresentam as 
melhores condições de vida para suas populações: 
menores níveis de crescimento vegetativo, melhor 
distribuição social da renda, melhor acesso a in-
fraestrutura básica (habitação, saúde, transporte, 
educação, saneamento, etc.). 
4. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
os dados do mapa correspondem ao IDH. Estão 
incorretas as alternativas: a, porque países como 
Canadá e Austrália registram baixa densidade de-
mográfica; b, porque Argentina e diversos países 
europeus não estão entre os países com maior 
PIB; d, porque China e Índia são os dois países 
mais populosos do mundo e não correspondem 
à área de maior intensidade no mapa; e, porque 
a maior emissão de CO
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incluiria países como Chi-
na e Índia.
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Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Fatores migratórios repulsivos e atrativos
• Fluxos migratórios internacionais: populações 
em movimento
• Imigrantes: identidade, aceitação e xenofobia
• H8 - Analisar a ação dos Estados nacionais no que se 
refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfren-
tamento de problemas de ordem econômico-social.
• Identificar fatores de repulsão e de atração popula-
cional.
• Diferenciar imigrante de refugiado.
• Problematizar a xenofobia no mundo.
Geografia dos fluxos 
migrat—rios
INTRODUÇÃO
Atualmente milhões de pessoas vivem fora de seu país 
de origem – mais de 160 milhões de indivíduos, de acordo 
com estimativas. As motivações são muito variadas e vão 
desde a transferência de trabalho para uma subsidiária da 
empresa fora do país até mesmo a fuga de guerras ou per-
seguições políticas. A quantidade de pessoas vivendo fora 
de seus países de origem esbarra na crescente implemen-
tação de obstáculos para dificultar a entrada de imigran-
tes nos países ricos. 
Faz parte dos objetivos deste módulo, que comple-
menta o anterior, finalizando os estudos sobre população 
para a primeira série do Ensino Médio, elucidar os alunos 
sobre conceitos, causas, direcionamentos e impactos dos 
deslocamentos populacionais que ocorrem pelo mundo. 
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Utilize a primeira aula para esclarecer conceitos bá-
sicos acerca dos movimentos migratórios, como taxa de 
imigração, taxa de emigração, saldo migratório e fatores 
migratórios. Pode ser interessante retomar o conceito de 
lugar, trabalhado no primeiro módulo do Caderno 1, para 
que o aluno compreenda que os movimentos migratórios 
envolvem relações de pertencimento aos espaços de ori-
gem, pois guardam sentimentos por eles. 
Intensos movimentos migratórios estão, em geral, rela-
cionados à existência de fatores de repulsão e de atração 
significativos, capazes de mobilizar milhões de pessoas. 
Cabe ainda destacar que deve ser evitada a análise deter-
minista, que relaciona fatores naturais ao impulso migrató-
rio de forma simplista: terremotos, movimentos de massa 
e longas secas são exemplos de fatores de repulsão que 
podem agravar condições sociais precárias e, assim, moti-
var as migrações. 
Ao final da Aula 1, resolva com a turma as questões 4 
e 5 da seção Praticando o aprendizado. Para casa, suge-
rimosque os alunos trabalhem os exercícios da seção De-
senvolvendo habilidades, sobretudo as questões 1, 2 e 4. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Para introduzir a temática das migrações, exiba para os 
alunos o vídeo publicitário do projeto “The DNA Journey”, 
(veja a indicação na seção Material de apoio ao profes-
sor). Nele, pessoas de diversas nacionalidades se subme-
tem a um exame de DNA com o propósito de descobrir a 
localidade de origem dos seus antepassados. A experiência 
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mostra-se bastante reveladora e demonstra como nossa es-
pécie resulta de intensa miscigenação. Pode ser um ponto 
de partida interessante para debater a xenofobia e a discri-
minação etnicorracial: será que somos tão diferentes assim? 
Apesar de se tratar de uma experiência ligada à pauta po-
lítica europeia, em que a imigração é tema importante nas 
eleições nacionais, o vídeo serve bem a reflexões.
Ao final da Aula 2, resolva com a turma as questões 
1 e 2 da seção Praticando o aprendizado. Para casa, su-
gerimos que os alunos trabalhem os exercícios da seção 
Desenvolvendo habilidades, sobretudo as questões 5, 
6 e 8. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
I. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
A) Migrações
 ➜ Emigração
 ➜ Imigração
 ➜ Controles governamentais
 ➜ Escala temporal: migrações diárias, temporárias, sa-
zonais, definitivas
II. FATORES MIGRATÓRIOS
A) Fatores de repulsão
 ➜ Problemas socioeconômicos
 ➜ Guerras
 ➜ Perseguições
 ➜ Problemas ambientais
B) Fatores de atração
 ➜ Condições sociopolíticas favoráveis
 ➜ Ambientes econômicos dinâmicos
 ➜ Possibilidades de melhoria de vida
 ➜ Afinidade linguística ou proximidade espacial
C) Condição jurídica dos migrantes
 ➜ Legalidade e ilegalidade
 ➜ Migrações clandestinas
 ➜ Tráfico humano
 ➜ Asilados e refugiados políticos
 ➜ Políticas de atração de imigrantes (atrativas de mão 
de obra)
III. MIGRAÇÕES NA HISTÓRIA
A) Antiguidade e Idade Média
 ➜ Nomadismo e sedentarismo
 ➜ Expansão de impérios (egípcio, romano, grego)
 ➜ Expansão islâmica
B) Da expansão marítima europeia ao século XIX
 ➜ Colonialismo
 ➜ Partilha imperialista
 ➜ Perseguições religiosas na Europa
 ➜ Atração de imigrantes para os Estados Unidos
 ➜ Tráfico de pessoas escravizadas
C) Primeira metade do século XX
 ➜ Guerras mundiais e migrações
 ➜ Nazismo e diáspora judaica
IV. MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS RECENTES
A) O pós-Segunda Guerra Mundial
 ➜ Descolonização afro-asiática
 ➜ Migrações de retorno (Europa e Japão)
 ➜ Políticas de atração de mão de obra para reconstru-
ção europeia
B) Políticas restritivas à imigração
 ➜ Xenofobia e ultranacionalismos
 ➜ Políticas de repatriamento
 ➜ Barreiras migratórias (muros)
C) Destaques migratórios atuais
 ➜ Africanos para a Europa
 ➜ Dispersão internacional de chineses
 ➜ Atração de trabalhadores para o Sudeste Asiático
 SUGESTÃO DE QUADRO
ATIVIDADE COMPLEMENTAR
É interessante sugerir aos alunos que acessem a pes-
quisa sobre antepassados que está disponível no site 
MyHeritage (disponível em: <www.myheritage.com.br>; 
acesso em: 16 ago. 2016). Caso os alunos tenham os dados 
de avós e bisavós, eles podem investigar, por exemplo, a 
nacionalidade de origem da sua família. Trata-se de uma 
comunidade criada para que se façam pesquisas genea-
lógicas e se tenha contato com amigos e familiares. Inclui 
compartilhamento de fotografias, árvore genealógica on-
-line, mecanismo de pesquisa de registros genealógicos, 
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entre outros recursos. Ao final, peça aos alunos que, in-
dividualmente, montem um relatório com as descobertas 
feitas através do site.
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
BECKER, Olga. Mobilidade espacial da população: con-
ceitos, tipologias, contextos. In: CASTRO, Iná et al (Org.). 
Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 
1997. p. 319-367.
SALES, Tereza; SALLES, Maria (Org.). Políticas migratórias: 
América Latina, Brasil e brasileiros no exterior. São Paulo: 
IDESP, 2002.
SANTOS, Regina Bega. Migração no Brasil. São Paulo: 
Moderna, 1997.
SASSEN, Saskia. Será este o caminho? Como lidar com 
a imigração na era da globalização. Revista Crítica de 
Ciências Sociais, n. 64, 2002. Disponível em: <https://rccs.
revues.org/1230>. Acesso em: 16 ago. 2016.
SITES
Banco Mundial, Migration and Remittances. Disponível 
em: <http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/
TOPICS/0,,contentMDK:21924020~pagePK:5105988~pi 
PK:360975~theSitePK:214971,00.html>. Acesso em: 
16 ago. 2016.
Migration Policy Institute, MPI Data Hub. Disponível em: 
<www.migrationinformation.org/datahub/index.cfm>. 
Acesso em: 16 ago. 2016.
Nações Unidas, Department of Economic and Social 
Affairs, Migrants by Destination and Origin. Disponível em: 
<http://esa.un.org/MigOrigin>. Acesso em: 16 ago. 2016.
VÍDEO
The DNA Journey. Disponível em: <https://youtu.be/
tyaEQEmt5ls>. Acesso em: 16 ago. 2016.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
a Síria é atualmente uma área de repulsão em ra-
zão da guerra civil e da ação do Estado Islâmico 
na região, ao passo que a Alemanha configura-se 
como área de atração em função de sua importân-
cia econômica. Estão incorretas as alternativas: a, 
porque, embora o Iraque configure-se como área 
de repulsão, a Polônia não se caracteriza como 
área de atração; b e c, porque os países mencio-
nados não se configuram como áreas de repulsão 
ou de atração de refugiados; e, porque, embora a 
Itália se configure como área de atração, o Iêmen 
não se caracteriza como área de repulsão. 
2. e. Como mencionado corretamente na alternativa e, 
o Mediterrâneo espacializa a fratura entre o mun-
do desenvolvido, com democracias estáveis, re-
presentado pela União Europeia, e o continente 
africano, cujo contexto histórico lhe imputa uma 
condição de exclusão econômica, instabilidade 
política e territorial, caracterizando a transição dos 
movimentos migratórios. Estão incorretas as alter-
nativas: a, porque a Europa não estimula por meio 
de políticas oficiais a atração de mão de obra; b, 
porque a causa das migrações é a estagnação eco-
nômica dos países africanos; c, porque não ocor-
reu abertura da economia dos países africanos em 
decorrência da Primavera Árabe, e essa não é a 
causa da migração mencionada; d, porque a causa 
da imigração é mais genérica e ligada à exclusão 
socioeconômica dos países africanos. 
3. e. A construção de um fosso na divisa entre a Grécia 
e a Turquia é um dos exemplos da política imigra-
tória repressiva da União Europeia, que deseja difi-
cultar a entrada de imigrantes ilegais provenientes 
de países subdesenvolvidos. Na verdade, o fosso 
serve mais aos interesses das potências europeias, 
como a Alemanha e a França, uma vez que a crise 
financeira desestimula os fluxos migratórios para a 
Grécia. Curiosamente, a situação econômica turca 
é muito melhor do que a grega. 
4. e. A prosperidade da Europa ocidental no pós-guerra 
e o desenvolvimento espetacular da economia dos 
Estados Unidos fizeram dessas regiões do mundo 
grandes atrativos à migração. No entanto, as crises 
financeiras nos anos 1980, 1990 e 2000 geraram de-
semprego e, assim, começou a ocorrer disputa por 
vagas com menor qualificação, que eram, em ge-
ral, ocupadas por imigrantes. Outro aspecto dessas 
áreas diz respeito aos sistemas previdenciários e de 
segurança social, marcadamente na Europa, onde a 
população tende a enxergar a presença de estran-
geiros como um peso para os contribuintes, alimen-
tando a xenofobia. Estão incorretas as alternativas: 
a, porque não há imigração alemã e italiana para a 
América Latina por ataques nazistas na Europa atual-
mente;b, porque há um aumento da xenofobia e 
disputa por emprego; c, porque juridicamente não 
existe proibição de imigrantes islâmicos por conta 
dos atentados de 11 de setembro de 2001; d, por-
que os países receptores de imigrantes não esten-
dem propostas de benefícios a refugiados e exilados 
políticos e, em alguns deles, espera-se que retornem 
logo a seus países de origem. 
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5. c. Como mencionado corretamente na alternativa c, 
com a crise do mercado imobiliário nos EUA, em 
2008, e a crise nos PIIGS, em 2010, a recessão eu-
ropeia resultou em elevação do desemprego, re-
direcionando o fluxo migratório da mão de obra 
qualificada para os países subdesenvolvidos, me-
nos atingidos pela instabilidade econômica. Estão 
incorretas as demais alternativas, porque o texto 
evidencia a emigração da mão de obra qualificada 
europeia em razão da recessão econômica. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. a. A imigração constitui-se como uma questão de ca-
ráter global a partir da década de 1990; contudo, 
ganhou maior proporção a partir do século XXI 
em razão da forte instabilidade no Oriente Médio
e na África. Estão incorretas as alternativas:  b, 
porque a pressão migratória atual é resultado dos 
confrontos na África e no Oriente Médio; c e d, 
porque a imigração indicada não corresponde à 
questão trabalhista ou de qualificação de mão de 
obra; e, porque não existem políticas de acolhi-
mento para imigrantes irregulares.
2. d. Tradicionalmente, os homens são a maioria entre os 
imigrantes; porém, com a emancipação feminina e 
o avanço da mulher no mercado de trabalho, ocor-
re uma mobilidade maior das mulheres do ponto de 
vista espacial. Na década de 1990 (a), a população 
estrangeira nos países desenvolvidos era importante, 
visto que era um período de alto crescimento eco-
nômico e de atração de imigrantes. Os argelinos (b) 
migram em direção à França, sua ex-metrópole co-
lonial. Os Estados Unidos (c), apesar de serem um 
grande polo de atração migratória, apresentam 
entre 5% e 15% de proporção de imigrantes na po-
pulação total. A maioria dos migrantes (e) reside de 
forma legal no exterior, apesar do aumento do fluxo 
de clandestinos nas últimas décadas. 
4. d. Como indicado na alternativa d, a xenofobia é en-
contrada, predominantemente, em países cujo fluxo 
imigratório é desenfreado, como os europeus e os 
Estados Unidos. Estão incorretas as alternativas: a, 
porque o fluxo migratório da África para a Europa 
decorre da desorganização de sua estrutura eco-
nômica e política, oriunda de seu passado colonial; 
b, porque a migração internacional atinge todas as 
regiões do mundo e a xenofobia é enfrentada, em 
geral, por imigrantes africanos na Europa; c, porque 
as ideias racistas partem dos grupos que praticam 
a xenofobia e, portanto, predominantemente nos 
países ricos; e, porque a xenofobia é a aversão ao 
estrangeiro e está, portanto, amplamente relacio-
nada à questão da imigração. 
5. c. Nos últimos anos, com o agravamento da crise fi-
nanceira e do desemprego, a União Europeia tem 
tomado medidas para coibir a entrada de imigrantes 
clandestinos. As medidas de segurança são mais ri-
gorosas em rotas e passagens, como: o estreito de 
Gibraltar (Reino Unido), enclaves como Ceuta (Espa-
nha, fronteira com o Marrocos), a ilha de Lampedusa 
(Itália), além da fronteira entre Grécia e Turquia. 
7. d. O fluxo diário de pessoas entre residências e locais 
de trabalho e estudo utilizando meios de transporte 
individuais e coletivos (ônibus, trens e metrô), prin-
cipalmente nas áreas urbanas, é denominado movi-
mento pendular. 
8. e. A migração de mão de obra qualificada, “fuga ou 
drenagem de cérebros”, ou seja, de cientistas  e 
técnicos, ocorre dos países subdesenvolvidos 
e emergentes para os países desenvolvidos. Esse 
fluxo migratório traz prejuízos econômicos e so-
ciais para as nações em desenvolvimento.
9. d. A melhoria significativa das condições de vida na 
Europa ocidental após a Segunda Guerra (que 
a  transformou em área atrativa populacional com 
a globalização) e as melhorias materiais nos meios 
de transporte promoveram migrações acentuadas 
e policêntricas, que deram um caráter pluriétnico a 
países como a Alemanha. Estão incorretas as alter-
nativas: a, porque o mercado de trabalho na União 
Europeia não é flexível a migrantes originários de 
países mais pobres; b, porque existe ainda muita 
xenofobia na população nativa; c, porque a inser-
ção pela via esportiva tem fluxo facilitado pelo mer-
cado de compra e venda de jogadores e técnicos 
de futebol; e, porque existem programas sociais 
para a prática de esportes aos jovens alemães.
10. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, no 
contexto de uma das maiores crises humanitárias da 
História, na União Europeia, a Alemanha é o país que 
mais se destaca entre os receptores de refugiados. 
As demais alternativas estão incorretas, porque não 
correspondem ao contexto do enunciado. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. c. Em razão de a taxa de fecundidade dos países 
apresentados estar abaixo da taxa de reposição, o 
único mecanismo que pode conferir estabilidade 
demográfica, como mencionado corretamente na 
alternativa c, é a imigração da população dos países 
subdesenvolvidos, que, além de servir de reposição 
da população economicamente ativa (PEA), carac-
teriza-se por taxas de fecundidade mais elevadas. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque a redu-
ção da natalidade contribui para acentuar o dese-
quilíbrio na composição da população; b, porque 
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o aumento da mortalidade acentua o desequilíbrio 
populacional; d, porque a mão de obra imigrante 
não está associada à elevada qualificação e, em-
bora seja necessária, os países desenvolvidos têm 
adotado políticas restritivas à imigração.
2. b. Como mencionado corretamente na alternativa b, a 
análise da charge indica que as referências culturais 
são concepções criadas no contexto histórico-espa-
cial dos territórios. Estão incorretas as alternativas: 
a e c, porque o tema da charge aborda as distintas 
concepções culturais, e não a questão do matriar-
cado ou dos direitos civis; d, porque a charge não 
está abordando a limitação do individualismo; e, 
porque a charge representa o comportamento das 
mulheres do ponto de vista histórico-cultural, e não 
do ponto de vista do consumo. 
ANOTA‚ÍES
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15
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Pressões econômicas e sociais das atividades hu-
manas sobre a natureza
• Geopolítica das disputas em torno da defesa da 
natureza 
• Impactos ambientais globais, regionais e locais
• H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocu-
pação dos meios físicos e as relações da vida humana 
com a paisagem.
• H27 - Analisar de maneira crítica as interações da so-
ciedade com o meio físico, levando em consideração 
aspectos históricos e/ou geográficos.
• H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impac-
tos socioambientais em diferentes contextos histórico-
-geográficos.
• H30 - Avaliar as relações entre preservação e degrada-
ção da vida no planeta nas diferentes escalas.
• Identificar as principais causas de desequilíbrio am-
biental nas suas diferentes escalas.
• Contextualizar política e historicamente as principais 
conferências do clima ocorridas.
Quest›es ambientais
INTRODUÇÃO
[...] não são os homens enquanto categoria genérica que 
estão destruindo a natureza, mas sim o homem sob determi-
nadas formas de organização social, no seio de uma cultura.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (Des)Caminhos do meio Ambiente. 14. ed. São 
Paulo: Contexto, 2008. 
Os temas ligados ao meio ambiente ganham cada vez 
mais notoriedade no mundo inteiro, seja na mídia, seja 
em congressos, conferências e outros eventos.No entan-
to, contraditoriamente, nunca presenciamos na história 
da humanidade tamanhos impactos ambientais. O que 
ocorre de errado? O estudo deste módulo tem como pro-
posta desenvolver as habilidades mencionadas, buscando 
romper com o olhar demasiadamente pragmático e redu-
cionista que muitas vezes oferece apenas a educação am-
biental e as inovações técnicas como possíveis soluções 
ligadas ao tema. Espera-se contribuir para a formulação 
de críticas ao atual modelo de consumo, identificando as 
contradições existentes no discurso do desenvolvimento 
sustentável, que vem se mostrando incapaz de conciliar 
crescimento econômico, justiça social e preservação da 
natureza.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
A temática ambiental pode ser introduzida por meio 
de um enfoque político; explique aos alunos que, até os 
anos 1970, as discussões sobre meio ambiente não eram 
tão frequentes como são atualmente, nem mesmo tinham 
a amplitude dos dias de hoje.
 A primeira grande conferência ambiental organi-
zada pela ONU ocorreu em 1972, em Estocolmo; nela, 
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os representantes brasileiros no evento defenderam o 
desenvolvimentismo, pensamento que predominava no 
Brasil desde a década de 1950, com os anos de eufo-
ria do governo Juscelino Kubitschek. Em 1972, o Brasil 
estava em pleno “milagre econômico”, período que foi 
caracterizado por elevadas taxas de crescimento do PIB 
e forte autoritarismo político: a delegação brasileira no 
evento chegou a fazer um convite às empresas poluido-
ras que viessem para o país. Isso mostra como a busca 
pelo crescimento rápido e acelerado se sobrepunha a 
outras temáticas, como a ambiental. 
Dois grandes temas permearam a Conferência de Esto-
colmo: os controles da poluição atmosférica e o crescimen-
to da população – os países periféricos foram analisados 
de uma perspectiva malthusiana e acusados de colocar em 
risco a existência de recursos naturais para a humanidade 
em razão de suas altas taxas de crescimento populacional 
(caso considere pertinente, as teorias demográficas, como 
a malthusiana, podem ser apresentadas aos alunos antes da 
discussão sobre as conferências ambientais). O evento ex-
pôs um conflito conhecido como “clivagem norte-sul”: de 
um lado, os países periféricos do hemisfério sul defendiam 
o “direito ao acesso” ao desenvolvimento; de outro, os 
países do hemisfério norte utilizavam o suposto argumento 
ambiental para defender o chamado “crescimento zero”.
Embora as soluções técnicas tenham se difundido 
enormemente a partir da Conferência de Estocolmo e, em 
especial, a partir da Rio92 em todos os países, ainda hoje 
o discurso do direito ao acesso ao desenvolvimento é uti-
lizado. Esse foi um argumento colocado pela China, por 
exemplo, durante a COP18 (2012) para defender o ponto 
de vista de que não deveria receber metas de redução de 
emissão de dióxido de carbono.
Sobre o Protocolo de Kyoto original, discutido em 
1997, no Japão, geralmente existem algumas dúvidas que 
podem ser esclarecidas. A primeira delas diz respeito à 
participação dos Estados Unidos no tratado: na época, 
o país era o principal emissor de dióxido de carbono do 
mundo e, sob a gestão do democrata Bill Clinton, assinou 
o tratado; no entanto, durante o governo do presidente 
George W. Bush, posteriormente, não ocorreu a ratifica-
ção do Protocolo de Kyoto e, assim, os Estados Unidos 
não participaram dele de forma efetiva. Outro ponto im-
portante que cabe esclarecer é quanto às metas de redu-
ção colocadas para cada país: elas não foram homogêneas 
para todos os países; países em franco desenvolvimento 
não receberam metas de redução – na média, a meta a ser 
cumprida era de 5,2% das emissões de gases estufa, em 
relação aos índices de 1990. Com a ratificação da Rússia 
em 2004, o Protocolo de Kyoto pôde finalmente entrar em 
vigor em 16 de fevereiro de 2005. Os países signatários 
que ratificaram o Protocolo de Kyoto deveriam ter o perío-
do entre 2008 e 2012 para alcançarem suas metas.
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 4 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios das seções Desen-
volvendo habilidades, sobretudo a questão 3. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utili-
zação das questões da seção Aprofundando o conheci-
mento.
 AULA 2
É possível utilizar a segunda aula para apresentar aos 
alunos os principais impactos ambientais que afetam a 
vida da população; recomendamos que sejam enfatizados 
os problemas verificados no dia a dia da turma. Na abor-
dagem da tese do aquecimento global e do “buraco” na 
camada de ozônio, é importante ressaltar a discordância 
que envolve o trabalho dos cientistas. 
Destaque que os impactos ambientais aumentaram 
muito nas últimas décadas e que não há perspectivas para 
sua diminuição, mesmo com o desenvolvimento de solu-
ções técnicas. O PIB mundial saltou de 1,3 trilhão de dóla-
res em 1960 para 63 trilhões em 2010, segundo dados do 
Banco Mundial; é condição básica para esse crescimento 
exponencial da riqueza o consumo cada vez mais exacer-
bado. Embora tenhamos, graças a avanços tecnológicos, 
conseguido reduzir a quantidade de matéria e energia 
empregada individualmente nos produtos nas últimas 
quatro décadas (cerca de 30%), sabemos que o consumo 
aumentou, no mesmo período, a taxas muito superiores. 
Questione os alunos sobre como lidar com essa situa-
ção: teriam estado os países desenvolvidos certos ao pre-
garem o “crescimento zero” no passado? Como lidar com 
a pobreza no caso de um “crescimento zero”? Será que 
o desenvolvimento econômico implica necessariamente a 
redução da pobreza? No Brasil, o desenvolvimentismo não 
contribuiu para eliminar a pobreza no país; ao contrário, 
aumentou no longo período em que ele predominou nas 
políticas de governo. É importante debater o significado 
de desenvolvimento sustentável, apontando demandas 
ambientais menos evidentes, como mudanças nos hábitos 
de consumo, o que envolve até mesmo a modificação de 
sentimentos subjetivos, como a concepção de felicidade. 
O mais importante dessa discussão é levar os alunos a no-
tar a incompatibilidade entre o estímulo ao consumo, que 
impulsiona o lucro, e a preservação de recursos para as 
gerações futuras. 
Ao final da Aula 2, resolva com a turma preferen-
cialmente as questões 1, 2, 3 e 5 da seção Praticando o 
aprendizado. Para casa, sugerimos que os alunos traba-
lhem os exercícios da seção Desenvolvendo habilidades, 
sobretudo as questões 7, 9 e 10. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
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I. ASPECTOS GERAIS DA PROBLEMÁTICA MUNDIAL
 ➜ Pressão antrópica sobre a natureza
• Aumento demográfico
• Demandas crescentes em decorrência dos avanços 
tecnológicos
• Consumo diferenciado por faixas de renda
II. CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E POLÍTICAS INTER-
NACIONAIS
 ➜ Aceleração da degradação ambiental a partir do sécu-
lo XIX
• Erosão genética pelo avanço de cultivos comerciais
• Aceleração da exploração de recursos naturais pela 
industrialização
• Aumento da produção de resíduos ligados à socieda-
de de consumo
 ➜ Reuniões internacionais, políticas e instituições sobre o 
meio ambiente
• Estocolmo (1972)
- Contexto da Guerra Fria; zeristas 3 desenvolvimen-
tistas; relatório Brundtland com proposta de desen-
volvimento sustentável
• ONGs
- Sociedade civil organizada, sem fins lucrativos, em 
defesa do meio ambiente
• Eco 92 (Rio de Janeiro)
- Contexto internacional de acordos, parcerias e re-
democratização
• Agenda 21
- Convenção sobre biodiversidade
- Declaração das florestas
- Convenção sobre as mudanças climáticas
• Protocolo de Kyoto
- Contexto internacional: países hegemônicos lutan-
do por mercados e países periféricos em franca ex-
pansão econômica- Negociação das metas de redução das emissões de 
gases estufa
- Mercado de créditos de carbono
• Johannesburgo (2002)
- Contexto internacional: início da Guerra do Golfo, 
insegurança mundial em razão da proliferação da 
cultura do medo ao terrorismo
• Rio120 (2012)
- Contexto internacional: crise econômica nos países 
hegemônicos, crescimento do Brics
- Avaliação dos avanços, retrocessos e estagnações 
nas políticas ambientais globais, nacionais e locais
III. PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS
 ➜ Temas principais: clima, águas, solos, vida, sociedade
 ➜ Escalas de análise espacial: global / regional / local
 ➜ Escalas de análise temporal: geológica / histórica / 
anual / diária
IV. MUDANÇAS CLIMÁTICAS
 ➜ Escala planetária
• Aquecimento global: evidências, consequências e 
medidas mitigadoras
• IPCC e polêmica em torno das causas da intensifi-
cação do efeito estufa
 ➜ Escala regional
• Redução da camada de O
3
: causas, consequências 
e medidas mitigadoras
• Chuvas ácidas: causas, consequências e medidas 
mitigadoras
 ➜ Escala local: microclimas urbanos 
• Ilhas de calor: causas, consequências e medidas 
mitigadoras
V. ESCASSEAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
 ➜ Contaminação de rios por resíduos orgânicos e inor-
gânicos
 ➜ Assoreamento e degradação de rios
 ➜ Hidrologia urbana (impermeabilização de solos, en-
chentes, etc.)
 ➜ Poluição dos oceanos
VI. DEGRADAÇÃO DOS SOLOS
 ➜ Erosão, esterilização e compactação de solos agrícolas
 ➜ Desabamentos e movimentos de massa em encostas 
em áreas urbanas
 ➜ Resíduos sólidos (lixões, aterros sanitários, não depu-
ração de resíduos)
 ➜ Reduzir, reutilizar, reciclar (a política dos 3R)
VII. REDUÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA
 ➜ Desmatamento
 ➜ Extinção de espécies
 ➜ Redução da biodiversidade
 ➜ Erosão genética
 SUGESTÌO DE QUADRO
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Oriente os alunos a elaborar uma redação discursi-
va explorando o tema “marketing ambiental”. No texto, 
eles devem refletir sobre a real capacidade das empre-
sas de promover o chamado desenvolvimento sustentá-
vel, uma vez que elas, em geral, estimulam o consumo 
crescente por meio de, por exemplo, estratégias como 
a obsolescência programada e perceptiva. O consumo 
crescente não inviabilizaria a sustentabilidade do desen-
volvimento econômico? Estariam as ações empresariais 
muito mais voltadas ao marketing institucional do que 
para o real comprometimento com melhores condições 
de vida para todos?
MATERIAL DE APOIO AO PROFESSOR
LIVROS
ACSELRAD, Henri. Ambientalização das lutas sociais – o 
caso do movimento por justiça ambiental. Estudos Avan-
çados, v. 24, n. 68, p. 103-119, 2010.
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. A invenção ecológi-
ca: narrativas e trajetórias da Educação Ambiental no Bra-
sil. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2001. 
______. Educação ambiental: a formação do sujeito ecoló-
gico. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
DIEGUES, Antonio Carlos Santana. O mito moderno da 
natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 1997.
GONÇALVES, Carlos Walter P. A globalização da nature-
za e a natureza da globalização. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 2006. 
LIMONAD, Ester. A natureza da questão ambiental con-
temporânea: subsídios para um debate. Geografias: Re-
vista do Departamento de Geografia e do Programa de 
Pós-Graduação em Geografia, IGC-UFMG, v. 3, n. 1, 2007.
LOUREIRO, Carlos Frederico et al. A educação ambiental 
na formação de professores: rede de saberes. São Paulo: 
Annablume, 2004.
MOLION, L. Aquecimento global: uma visão crítica. Revis-
ta Brasileira de Climatologia, USP, 2008.
FILMES
A era da estupidez (2009). Direção: Franny Armstrong. 
Spanner Films. Reino Unido. (99 min)
A última hora (2007). Direção: Leila Conners Petersen, Na-
dia Conners. Warner Independent Pictures. EUA. (95 min)
Estamira (2005). Direção: Marcos Prado. Rio Filme. Brasil. 
(115 min)
Home – Nosso planeta, nossa casa (2009). Direção: Yann 
Arthus-Bertrand. França. (93 min)
Ilha das Flores (1999). Direção: Jorge Furtado. Brasil. (12 min)
Lixo extraordinário (2009). Direção: Lucy Walker. Brasil/ 
Reino Unido. (99 min)
Uma verdade inconveniente (2006). Direção: Davis Gugge-
nheim. EUA. (94 min)
Uma verdade mais que inconveniente (2008). Direção: 
Claudine Everaert e Gertjan Zwanikken. Holanda. (70 min)
SITE
Aquecimento global: entenda o fenômeno e suas con-
sequências. Disponível em: <http://g1.globo.com/
FlashShow/0,,13622,00.swf>. Acesso em: 28 ago. 2016.
GABARITO COMENTADO
 PRATICANDO O APRENDIZADO
1. d. Está correta a alternativa d, a elevação da tempera-
tura no centro das grandes cidades é denominada 
ilha de calor e resulta da concentração de asfalto e 
concreto na área, absorvendo e retendo mais calor. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque chuva 
ácida é a precipitação de ácido sulfúrico e nítrico, 
consequência da emissão de gases como o NO
3
 
e o SO
2
; b, porque efeito estufa é o aumento da 
temperatura média da Terra em razão da emissão 
de gases poluentes que impedem a dissipação do 
calor pelo espaço; c, porque ilhas de frescor são 
parques nas cidades que apresentam menores tem-
peraturas; e, porque inversão térmica é a inversão 
das camadas atmosféricas, fazendo com que o ar 
frio permaneça próximo à superfície e o ar quente 
nas camadas mais elevadas. 
2. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
o Protocolo de Kyoto, assinado em 1997 com vali-
dade para expirar em 2012, foi o acordo de maior 
relevância para reduzir a emissão de gases do efei-
to estufa e, em razão disso, na COP18, decidiu-se 
por sua prorrogação até 2020. Estão incorretas as 
alternativas: a, porque as convenções de Genebra 
são tratados que regulam as leis sobre direito hu-
manitário internacional; b, porque a Rodada do 
Uruguai foi uma rodada de negociações da OMC; 
c, porque os acordos de Basileia versam sobre 
capital financeiro internacional; e, porque o acor-
do de Bretton Woods, realizado no pós-Segunda 
Guerra Mundial, foi responsável por normatizar a 
economia mundial criando instituições suprana-
cionais como o Bird, o FMI e o GATT (atual OMC). 
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3. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
o objetivo das Unidades de Conservação é garan-
tir a preservação da biodiversidade, promover o 
desenvolvimento sustentável a partir dos recursos 
naturais e proteger as comunidades tradicionais. 
Estão incorretas as demais alternativas, porque as 
UC buscam a sustentabilidade. 
4. c. Segundo parte da comunidade científica, o au-
mento das emissões de gases de efeito estufa por 
atividades humanas, como os transportes, em vir-
tude do consumo de combustíveis, seria responsá-
vel pelo aquecimento global e, consequentemen-
te, pelo encolhimento das calotas polares. Uma 
das medidas para conter as emissões de poluen-
tes seria ampliar os investimentos em transportes 
coletivos de massa, a exemplo do metrô, trens ur-
banos e ônibus, que utilizem combustíveis alterna-
tivos, como o biodiesel. 
5. d. A degradação do meio ambiente realizada pelas ati-
vidades humanas e a escassez de recursos naturais 
fizeram com que parcelas da sociedade tomassem 
consciência dos processos socioeconômicos que 
rompem o equilíbrio ambiental. Assim, a ideia de 
sustentabilidade envolve a mudança das ações dos 
seres humanos em relação ao meio ambiente em 
que estão inseridos. 
 DESENVOLVENDO HABILIDADES
1. b. Está correta a alternativa b. Em razão de sua versa-
tilidade e do seu uso disseminado, o petróleo é o 
combustível mais consumido do mundo. Seu trans-
porte desde as áreas produtoras, concentradas em 
algumas localidades, para as demais regiões con-
sumidoras ao redor do mundo é feito através de 
navios que, como qualquer veículo, estão sujeitos 
a acidentes. Em decorrência das grandes quanti-
dades de petróleo transportadas, esses acidentes 
acabam provocando desastres ambientaisde gran-
des proporções por derramamento de óleo. Estão 
incorretas as alternativas: a, porque o comércio se 
encontra em expansão; c, porque as desigualdades 
sociais ainda são grandes no mundo; d, porque o 
desmatamento, apesar de ser intenso, não se rela-
ciona com o comércio marítimo de transporte de 
petróleo; e, porque os países mais desenvolvidos 
possuem baixas taxas de crescimento populacional. 
2. a. Nas últimas décadas, houve um grande crescimen-
to no consumo de água no mundo em virtude do 
crescimento demográfico e das atividades econô-
micas, como a agricultura e a indústria. Uma das 
formas de uso sustentável dos recursos é investir 
no reúso da água. 
3. a. A chuva ácida é a precipitação de ácido nítrico e 
ácido sulfúrico formados pela emissão de gases 
poluentes, como o SO
2
, o NO
3
 e o CO
2,
, que em 
suspensão reagem com a umidade, resultando 
em impactos como a redução da formação fito-
geográfica, mencionada corretamente na alterna-
tiva a. Estão incorretas as alternativas: b, porque 
a elevação das marés ocorre em razão da força 
gravitacional; c, porque o processo não tem rela-
ção direta com a erosão; d, porque a laterização 
é consequência da concentração de hidróxido de 
ferro e alumínio nos horizontes superiores do solo; 
e, porque a meteorização é um processo natural, e 
não consequência da chuva ácida. 
4. a. A produção industrial tem sido crescente desde o 
século XIX até hoje e, com isso, a atmosfera recebe 
quantidades crescentes de gases do efeito estufa e 
de resíduos industriais variados. A chuva ácida é um 
exemplo desse tipo de poluição. Estão incorretas 
as alternativas: b, porque a chuva ácida aumenta 
os poluentes da atmosfera; c, porque a chuva ácida 
não se relaciona com o assoreamento de rios, que é 
mais associado ao desmatamento das margens dos 
rios; d, porque as enchentes resultam de chuvas tor-
renciais e sua ação de corrosão se dá em longo pra-
zo; e, porque as chuvas ácidas estão diretamente 
associadas a áreas de forte concentração industrial, 
como Cubatão, em São Paulo. 
5. d. Como mencionado corretamente na alternativa d, 
para que haja reversão da lógica do impacto am-
biental como redutor de custos da produção, é ne-
cessário adotar normas que coíbam essa relação. 
Estão incorretas as alternativas: a, porque o sistema 
econômico global privilegia os lucros em detrimen-
to da natureza, motivo para a pressão dos ambien-
talistas; b, porque, para reverter a lógica da redu-
ção de custos via impacto ambiental, é necessária 
a adoção de normas que respondam a todos os 
aspectos do impacto ambiental, e não só pontual-
mente ao tratamento de resíduos; c, porque o texto 
não faz referência às relações sociais do trabalho; e, 
porque a questão em pauta não é eliminar o Estado 
como gestor, mas pressioná-lo a criar normas ame-
nizando os impactos do sistema produtivo. 
7. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, 
ocorreu, em novembro de 2015 [a questão é ante-
rior à ocorrência do evento], a COP-21, Conferência 
da ONU sobre o clima, que buscou um novo acor-
do global sobre a redução das emissões de gases 
estufa, substituindo o antigo Protocolo de Kyoto. 
Estão incorretas as demais alternativas, porque não 
correspondem ao evento indicado no enunciado. 
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8. a. O segundo choque do petróleo no final dos anos 
1970 provocou uma corrida mundial em busca de 
novas fontes de petróleo, como as áreas subpo-
lares, uma alternativa às questões geopolíticas 
regionais. A alternativa b é falsa, pois é quase im-
possível sua ocupação populacional em virtude de 
seus rigores climáticos. A alternativa c é falsa, pois 
não há garantias de que isso possa acontecer, já 
que os recursos energéticos, como qualquer outro 
tipo de commodity, são um produto de mercado. 
A alternativa d é falsa, pois é pouco provável que 
as áreas subpolares sejam fortemente industriali-
zadas. A alternativa e é falsa, pois os combustíveis 
alternativos crescem em demanda e projeção para 
substituir os combustíveis fósseis, mais poluentes.
9. e. O desmatamento é um dos problemas ambientais 
mais graves. Na Amazônia, suas causas principais 
são o avanço do agronegócio, a exploração de ma-
deira e a mineração. Entre as consequências estão a 
perda de biodiversidade, o aumento da erosão do 
solo, o aumento do assoreamento dos rios e altera-
ções climáticas, como a redução da umidade do ar.
10. a. Como mencionado corretamente na alternativa a, a 
urbanização impede a infiltração da água, resultando 
em seu direcionamento para tubulações. Estão in-
corretas as alternativas: b, porque a maior armazena-
gem ocorre em áreas naturais; c, porque a maior eva-
potranspiração ocorre em áreas naturais; d, porque o 
alimento do lençol freático ocorre nas áreas naturais 
em razão da ausência de impermeabilização do solo, 
que permite maior infiltração da água; e, porque a 
maior infiltração ocorre em áreas naturais. 
 APROFUNDANDO O CONHECIMENTO
1. d. Está correta a alternativa d, pois concebe-se que 
o aumento da temperatura média da Terra resulta 
da excessiva emissão de gases estufa, a exemplo 
do dióxido de carbono. Estão incorretas as alter-
nativas: a, porque o aquecimento global resultaria 
na elevação do nível dos oceanos em razão do 
degelo das calotas polares; b, porque o Protoco-
lo de Kyoto foi um instrumento que, por meio de 
conciliação, buscou a redução da emissão dos ga-
ses estufa; c, porque com o aquecimento global 
deve ocorrer a redução da camada de gelo nas 
calotas polares; e, porque a teoria do aquecimen-
to global aponta a ação humana na intensificação 
do efeito estufa. 
2. c. O capitalismo globalizado se apropriou do con-
ceito de desenvolvimento sustentável de várias 
maneiras. Primeiro, transformando o conceito 
em uma nova mercadoria, a exemplo dos produ-
tos “verdes” e mais caros para os consumidores, 
e da “publicidade verde”, a exemplo dos bancos 
com práticas “sustentáveis”. Também cresceu o 
mercado de equipamentos e novas tecnologias 
“verdes” a serem comercializados. Por outro lado, 
descobriu-se que a reciclagem e/ou o uso racional 
dos recursos naturais são práticas que reduzem os 
custos de produção e, portanto, aumentam a lu-
cratividade das empresas. Essa lógica difundiu-se 
nos países desenvolvidos e atingiu os países sub-
desenvolvidos, inclusive os emergentes.
3. e. Segundo parte da comunidade científica, as mu-
danças climáticas em curso, principalmente o 
aquecimento global antropogênico, causariam 
impactos ambientais e socioeconômicos significa-
tivos em todo o mundo, entre os quais o degelo 
parcial das calotas polares, o aumento do nível 
do mar, a perda de biodiversidade, prejuízos para 
a agropecuária, migrações e eventuais conflitos 
geopolíticos. 
4. d. A ilha de calor constitui o aumento da temperatura 
decorrente da concentração excessiva de edifica-
ções, concreto e asfalto em áreas urbanas, além da 
insuficiência de áreas verdes. 
5. b. O desmatamento em larga escala desprotege 
o solo e leva a sua exposição à ação da água da 
chuva. As consequências são: aumento da erosão, 
empobrecimento do solo em nutrientes em razão 
da lixiviação, aumento do escoamento superficial 
da água e enchentes decorrentes do excesso de 
água que chega rapidamente aos rios. 
ANOTA‚ÍES
 
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16
Módulo
OBJETOS DO CONHECIMENTO HABILIDADES
• Países hegemônicos e estratégias de dominação 
e/ou de influência econômica e política 
• Os fluxos internacionais de bens, capitais, servi-
ços, informações e pessoas
• Globalização econômica, cultural e política
• H17 - Analisar fatores que explicam o impacto das 
novas tecnologias no processo de territorialização da 
produção.
• H18 - Analisar diferentes processos de produção ou 
circulação de riquezas e suas implicações socioespa-
ciais.
• Analisar o processohistórico de formação da globali-
zação.
• Analisar a globalização e seus aspectos positivos e ne-
gativos em diferentes espaços e fenômenos.
• Relacionar os avanços técnico-científico-informacionais 
ao processo de globalização.
Geografia e globaliza•‹o
INTRODUÇÃO
O termo “globalização” ganhou repercussão nas re-
vistas financeiras da década de 1980; desde então, muitos 
estudos passaram a investigar o fenômeno, que consistiria 
em uma brutal aceleração dos fluxos materiais (mercado-
rias ou pessoas) e imateriais (informações, sobretudo ca-
pitais) em escala planetária. Foram traçadas relações com 
o desenvolvimento de tecnologias recentes, típicas da 
Terceira Revolução Industrial, como os computadores, os 
satélites, a internet, a fibra óptica, entre tantas outras; as 
aplicações financeiras ganharam um alcance nunca visto 
antes, com a possibilidade de circulação instantânea pelo 
mundo, e as mercadorias e as pessoas passaram a contar 
com soluções cada vez mais rápidas de deslocamento e 
comunicação. 
No entanto, na sociedade contemporânea, todos são 
“cidadãos globais” e vivem em um mundo conectado? 
Quem participa mais ativamente do processo de globali-
zação? Quem permanece marginalizado? A tônica das au-
las deste módulo deve ser o despertar de um olhar crítico 
sobre a globalização por parte do aluno, que deve não só 
ser capaz de compreender o fenômeno além dos bene-
fícios possíveis a serem alcançados com essa aceleração 
contemporânea, mas também descobrir as suas faces per-
versas. O aluno deve compreender que a globalização é 
um processo econômico que gera desigualdades.
ESTRATÉGIAS DE AULA
 AULA 1
Indague os alunos se concordam que atualmente a 
população mundial seria formada por “cidadãos globais”, 
tendo em vista a aparente facilidade com que são acessa-
das notícias, comprados produtos importados, realizadas 
viagens para os países mais remotos, etc. O objetivo é in-
centivá-los a refletir sobre quem são de fato os protago-
nistas dessa aceleração provocada pela globalização, que 
deve ser a tônica do ensino deste módulo. 
Espera-se que o aluno possa interpretar criticamente a 
globalização, entendendo-a como um fenômeno em que 
a população mundial se insere com papéis diferenciados. 
Mostre que a base técnica e tecnológica para a globali-
zação surgiu com a revolução técnico-científico-informa-
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cional, desde a década de 1970, muito embora desde o 
período das Grandes Navegações uma troca de fluxos 
maior entre os continentes começava a ser alcançada – as 
tecnologias da Terceira Revolução Industrial implicaram 
surpreendente volume de fluxos em trocas comerciais e in-
formacionais, algo nunca visto antes. Ainda, a globalização 
apresenta uma base política que também se mostra funda-
mental: o neoliberalismo. A cartilha neoliberal lançada no 
Consenso de Washington (1989) tem como contexto a im-
plementação da doutrina econômica nos Estados Unidos 
(Ronald Reagan) e no Reino Unido (Margaret Thatcher); ex-
pandiu-se para praticamente todos os países e, com isso, 
ideias como a abertura comercial e as privatizações têm 
sido colocadas em prática – sem elas, seria impossível pen-
sar a globalização como a conhecemos.
Ao final da Aula 1, resolva com a turma a questão 4 da 
seção Praticando o aprendizado. Para casa, sugerimos 
que os alunos trabalhem os exercícios da seção Desenvol-
vendo habilidades, sobretudo a questão 6. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
 AULA 2
Na segunda aula, explique para a turma que, segun-
do dados recentes da ONU (2015), o índice de residên-
cias com acesso à internet na África subsaariana é baixís-
simo: em países como Guiné, Somália, Burundi e Eritreia, 
menos de 2% da população têm acesso à rede mundial 
dos computadores. Trata-se de um bom indicativo de 
desigualdades na globalização, pois a população desses 
países não está inserida nas redes de informação como a 
dos países desenvolvidos. Voltamos, portanto, à questão 
inicial: é possível afirmar que vivemos em um mundo de 
“cidadãos globais”? Mesmo a população com maior po-
der aquisitivo tem acesso desigual a notícias. Um grupo 
seleto de agências mundiais de notícias controla grande 
parte dos fluxos de informação, constituindo o que se 
pode chamar de “tirania da informação”, por exemplo. 
Mostre aos alunos, tomando como referência a obra 
do geógrafo Milton Santos, que a globalização se apre-
senta de três maneiras distintas: como fábula (como nos 
fazem crer que ela é), como perversidade (como ela real-
mente é) e como possibilidade (como ela pode ser). Nas 
palavras desse autor:
A globalização como fábula
Esse mundo globalizado, visto como fábula, exige um 
certo número de fantasias. A máquina ideológica faz crer 
que a difusão instantânea de notícias realmente informa as 
pessoas. Um mercado avassalador dito global é apresentado 
como capaz de homogeneizar o planeta através da disposi-
ção, cada vez maior, de mercadoria para o consumo quando, 
na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. Podemos 
indagar se não estamos diante de uma ideologização maciça, 
segundo a qual a realização do mundo atual exige como con-
dição essencial o exercício de fabulações.
A globalização como perversidade 
Para a maior parte da humanidade a globalização está se 
impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego 
se torna crônico, a pobreza aumenta, novas enfermidades se 
instalam, a mortalidade infantil permanece, a educação de 
qualidade é cada vez mais inacessível e o consumo é cada 
vez mais representado como fonte de felicidade. A perver-
sidade sistêmica está relacionada à adesão desenfreada aos 
comportamentos competitivos que atualmente caracterizam 
as ações hegemônicas.
A globalização como possibilidade: 
uma outra globalização
As bases materiais do período atual são, entre outras, a 
unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o co-
nhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o gran-
de capital se apoia para construir a globalização perversa. No 
entanto, essas mesmas bases poderão servir a outros objeti-
vos, se forem postas ao serviço de outros objetivos, se forem 
postas ao serviço de outros fundamentos sociais e políticos.
 SANTOS, Milton. Por uma outra globaliza•‹o: do pensamento único à consciência 
universal. 10. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
Na segunda década do século XXI, eclodiram manifes-
tações populares que levaram milhões de pessoas às ruas 
de todo o mundo, a respeito de diferentes causas: a Pri-
mavera Árabe (países do norte da África e Oriente Médio), 
Ocupe Wall Street (EUA), Geração à Rasca e Movimento 
dos Indignados (Europa), Movimento Passe Livre (Brasil), 
entre outros. Em todos esses casos, a internet e as redes 
sociais tiveram uma participação importante na articula-
ção social. Comente com os alunos tais exemplos da po-
tencialidade do que seria a “outra globalização” proposta 
por Milton Santos. 
Ao final da Aula 2, resolva com a turma preferen-
cialmente as questões 1, 2, 3 e 5 da seção Praticando o 
aprendizado. Para casa, sugerimos que os alunos traba-
lhem os exercícios das seções Desenvolvendo habilida-
des, sobretudo as questões 7, 9 e 10. 
Como aprofundamento facultativo, sugerimos a utiliza-
ção das questões da seção Aprofundando o conhecimento.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
SUGESTÃO I
Com o avanço da globalização, notamos a difusão dos 
hábitos da sociedade de consumo estadunidense pelo 
mundo, o que cria uma tendência de homogeneização 
cultural. Essa tendência, entretanto, nunca se completa 
de forma integral, uma vez que resistências locais se apre-
sentam; inclusive, é comum que muitas empresas multi-
nacionais adaptem seus produtos às diversas realidades 
locais. Como exemplo, na Índia, onde grande parte da po-
pulação

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