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NUTRIÇÃO ENTERAL Desnutrição hospitalar: · Prevalência 19% a 80% (varia de acordo com país e do grupo de pacientes estudados); Terapia Nutricional Enteral (TNE): procedimentos terapêuticos manutenção e recuperação do estado nutricional estado nutricional nutrição enteral; Administração de nutrientes pelo TGI pelo artifício de sondas: · VIA EXCLUSIVA calorias e nutrientes (só pela sonda); · SUPLEMENTAÇÃO associada à via oral e/ou parenteral; · Atualmente: dietas desenvolvidas para uso enteral, como que ingeridas por via oral, que são consideradas alimentação e o paciente categorizado em esquema de terapia nutricional enteral. Nutrição Enteral Precoce: · TNE bem conduzida mais precoce melhor a repercussão sobre o estado nutricional do paciente; · Preserva a imunidade mucosa e sistêmica; · Evita deficiência de nutrientes; · Melhora os resultados clínicos; · Reduz permanência hospitalar; · Reduz o curso; Microbiota intestinal: · Temos várias bactérias na microbiota intestinal, e elas podem ser responsáveis por produzir a Vitamina B12; Fator intrínseco é produzido no estômago e lá no intestino se liga a vitamina do complexo B para ser absorvido. Por isso que úlceras pode prejudicar a absorção; · Ela tem um efeito sistêmico que envolve as doenças crônicas; · Nossa microbiota é formada nos 3 a 4 anos de vida; · Criança que nasce por parto normal e a que nasce por parto cesáreo tem uma microbiota diferente uma da outra cada pessoa tem sua própria microbiota, nenhum é igual! · Criança que tem um animal de estimação tem uma microbiota diferente da criança que não tem; · Conseguimos mudar nossa microbiota ao longo da vida? Muito pouco. Não adianta jogar a bactéria x, y no nosso TGI, se não damos condições para ela viver ali. As condições seriam aumentar consumo de frutas, verduras, diminuírem consumo de industrializados, embalados, etc, pois assim manteríamos bactérias benignas e diminuiria as malignas. · Translocação bacteriana saída das bactérias do intestino (local ideal e benéfico) para outro local que causaria uma infecção. A regra é: se o trago GI funciona, mesmo que parcialmente, use-o! Considerada como a mais fisiológica, quando comparada com a parenteral: · Evita a atrofia da mucosa; · Mantém a flora enteral mais próxima do normal e preserva a função imune do TGI; · O teor de fibra da dieta pode evitar canceres; Nutrição Enteral Precoce: · NE precoce oferta de NE nas primeiras 48h de hospitalização, geralmente após a ocorrência de um evento traumático ou infeccioso; · Intervenção necessária. A ausência de nutrientes do trato GI, especialmente no intestino: -Hipertrofia intestinal -Quebra da barreira imunológica -Maior permeabilidade intestinal (possível translocação bacteriana); -Complicações infecciosas e aumento taxa de mortalidade; VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SONDA PRÉ E PÓS-PILÓRICA: TNE: METÓDOS DE ADMINISTRAÇÃO Alimentação intermitente: · Dieta administrada em períodos fracionados; -Em bolo; -Gotejamento intermitente; Alimentação contínua: · Dieta administrada continuamente, por 12 ou 24 horas utilizando bomba de infusão; Sistema de administração: · Aberto: preparo da dieta e/ou envasamento de frascos, e geralmente com gotejamento intermitente; · Fechado: aquisição da dieta pronta (já preparada) e gotejamento contínuo; FÓRMULAS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL: Variáveis comumente avaliadas para a seleção de dietas enterais: · Densidade calórica; · Osmoloridade/Osmolalidade; · Fórmula vs via e tipo de administração · Fontes dos nutrientes: carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais; Bases conceituais na seleção de nutrientes em TNE: · “Quando o intestino é funcionante e pode ser utilizado, use-o”. · Nutrientes são mais efetivamente metabolizados e utilizados quando administrados pela via enteral do que parenteral; · Selecionar adequadamente o que deve ser administrado pela sonda enteral – nutrir adequadamente o doente atividade complexa. FIBRAS ALIMENTARES (carboidratos complexos não digeríveis): · As fibras interferem na absorção do carboidrato, atrapalhando-o. Por exemplo: comer pão francês (só carboidrato) e passa um tempo já da fome de novo e comer pão integral (fibra + carboidrato) demora mais tempo para ter fome; LOGO, as fibras RETARDAM a absorção, não tendo entrada muita rápida de glicose na célula, fornecendo maior SACIEDADE e a própria digestão se torna mais lenta, tendo a absorção do carboidrato mais gradativa. *Por isso que é importante ter na dieta de diabéticas fibras*. -Dieta com fibras deve ser prescrita gradativamente! -Tipos de fibras: 1. Solúveis – ajudam no controle do DM, encontrada na aveia, feijão, ervilha, lentilhas, grãos de bico, soja ajuda na diarreia; 2. Insolúveis – farinha integral e vegetais papel na obstipação intestinal; -São todos os polissacarídeos vegetais da dieta e lignina – resistem à hidrólise pelas enzimas digestiva humana. -Fermentadas pelas bactérias intestinais. -Vêm integrando a formulação enteral: categoria de “nutrientes”. -Recomendação: iniciar com quantidade mínima e evoluir segundo tolerância do enfermo. -Fontes mais comuns empregadas em nutrição enteral: polissacarídeo de soja. -Conteúdo formulações: entre 5 e 14g de fibra/litro. -Objetivo: regularizar o hábito intestinal e fornecer substrato energético colonócito-específico. (após fermentação – produto final: acido acético, butírico e propiônico); PROTEÍNAS · Glutamina: principal transportador de nitrogênio derivado do músculo esquelético e substrato de energia para enterócitos e linfócitos. · Nas fórmulas enterais é suplemento devido a uma provável responsabilidade na preservação da integridade e imunidade GI; · Arginina: tem propriedades que aumentam a imunidade e desempenha um papel na síntese do colágeno e na cicatrização de feridas; · ARGININA + GLUTAMINA NAS DIETAS ENTERAIS: reforçadores da função imunológica, integridade GI e cicatrização de feridas (controvérsias ainda existem); COMPOSIÇÃO LIPÍDICA: TCL (triglicerídeo de cadeia longa): -São importantes, pois fornecem os ácidos graxos essenciais (corpo não produz); -Esses ômegas tem efeito anti-inflamatório, principalmente o 3. · Ômega 6 ácido araquidônico. -Principal ponte: óleo de soja e açafrão; · Ômega 3 ácido eicosapentonoico. -Principal fonte: óleo de peixe. TCM (triglicerídeo de cadeia média): -São digeridos e absorvidos mais rapidamente, via sistema portal; -São absorvidos a partir do duodeno e jejuno, sem formação de micelas; -São rapidamente hidrolisados por lipase lipoprotéica no plasma; -São substratos independentes da carnitina para transporte intramitocondrial fonte rápida de energia e rápido esvaziamento gástrico. FÓRMULAS PARA NUTRIÇÃO ENTERAL DENSIDADE CALÓRICA: · É a expressão da quantidade de calorias fornecidas por milímetro de dieta pronta; · Exemplo qual alimento tem mais densidade calórica? 100g de melancia ou 100g bolacha de água e sal? A bolacha, a melancia tem bem menos. Quanto maior o volume de água, menor a densidade calórica. · Determinação da DC total de calorias que o paciente precisa receber versus o volume de dieta enteral que deverá ser administrado durante o dia (em função da sua capacidade de tolerar esta quantidade a ser infundida); · Dietas para cicatrização: zinco, vitamina A, vitamina C; Densidade calórica Vs Quantidade de líquidos: · Quantidade de calorias/ml de dieta · Necessidade energética x volume a ser administrado · Dieta padrão: 1 kcal/mL · Exemplo: necessidade calórica do paciente – 2.000 kcal/dia · Este tem condição de receber até 2.000 ml/dia de dieta via enteral -Densidade calórica da dieta enteral poderá ser de 1 kcal/ml -Pacientes com restrição hídrica: dietas com maior densidade calórica (1,5 a 2 kcal/mL); -*Por isso que existem dietas mais concentradas para quem tem restrição hídrica* como pacientes doentes renais, pacientes insuficientes cardíacos; Carga osmolar: · [solutos] numa solução. · Categorização das fórmulas enterais segundo valores de osmolalidade na solução. · Isso é importante saber, pois conforme a região (estomago, intestino) pode suportar mais ou menos formulas hipertônicas, hipotônicas, etc; · Valores relacionados a tolerância digestiva da formulação enteral (posição sonda); · Estômago – tolera dietas com alta osmolalidade; · Pós – pilórica, duodeno, e jejuno – tolera dietas isosmolares; · Administração lenta de dietas hiperosmolares (bomba de infusão) permite controlar a intolerância. Via e Tipo de administração: · Escolha da via para administração da NE + tipo de infusão a ser adotado influencia na escolha da fórmula; · Determinação: horários de administração da dieta (preferem infudir nos horários normais das refeições), volume a ser infundida (depende da necessidade do paciente), velocidade de infusão, tipo de administração (contínuo ou intermitente gotejamento gravitacional, em bolo); · Posicionamento gástrico maior flexibilidade quanto ao volume total a ser infundido em cada horário de administração de dieta; -Maior liberada quanto as variáveis osmolalidade e método de infusão da fórmula; -Volumes maiores em cada horário; -Dieta isso-osmolares até as hiperosmolares. · Posicionamento pós-pilórico: -Dietas preferencialmente isso-osmolares ou levemente hiperosmolares. -Método intermitente: volume infundido não poderá ser muito elevado, variando entre 200 a 300 mL/horário; -Gotejamento mais indicado que o em bolos (menores intercorrências digestivas). -Controle do tempo para administração - importante; -Padrão: 60 gotas/minuto, podendo progredir até 120 gotas/minuto. Modo de preparo: · Industrializadas: são quimicamente definidas, proporcionam uma maior segurança microbiológica; podem ser pó, líquidas (semipronta: latas 230 a 260 mL) ou prontos (frasco para bomba: 1000 a 1500 mL); · São fórmulas mais baratas, as vezes dá para diluir (nas em pó) porém as vezes as pessoas usam a menos para economizar e isso pode gerar um déficit na pessoa. · Glucerna – especifico para diabéticos, pois não tem sacarose. 1,5 densidade calórica (kcal/mL). · Nutridrink com sabor e sem sabor (a vantagem desse é que não enjoa e dá para adicionar na sopa, purê de batata, em sucos, leites, etc); · Todos esses são usados via oral e são usados como suplemento; · O Souvenaid – indicado para idosos, pacientes com Alzheimer que não consegue comer, etc. · Nutrini – indicado para crianças; Hipercalórico – fornece 1,5kcal/mL. Num paciente que não consegue comer carne, por exemplo, através desse frasco consegue adquirir como se fosse metade do pedaço de um bife de proteína; Fórmulas que tem SACAROSE não é indicado para diabéticos, sempre buscar a MALT. Essa formula oligomérica é indicada para pacientes com distúrbios absortivos, pois como pode ver a proteína já esta na forma de peptídeos. · Artesanais: não apresentam garantia de valor nutricional e podem ter mais chance de contaminação. Características da NE – Indicação: Categorização das fórmulas enterais segundo a complexidade de nutrientes: Dieta enteral – complexibilidade dos nutrientes: Dietas modulares: · Nutrientes adquiridos separadamente para: -Elaborar dietas artesanais; -Acrescentar em dietas industrializadas; -Acrescentar em alimentação via oral; · Estão disponíveis: módulos de carboidratos, lipídeos, proteína, aa isolados, fibras, eletrólitos, minerais, aromatizantes e espessantes. Módulos de CHO: · Oligossacarídeos (maltodextrina) ou polímeros de glicose; · Ex: oligossac (Support), Resource Dextrol (Novartis), Nutri Dextrin (Nutrimed) e Polycose (Abbott). Módulos de lipídeos: · TCM (triglicérides de cadeia média); · Ex: Resource TCM (Novartis), Nutri TCM (Nutrimed) e Trigliceril (Support); Módulos de Proteínas: · Proteínas (caseinato de Ca e polipeptídeos); · Ex: Promod (abbott), resource Protein (Novartis), Nutri Protein (Nutrimed), Caseical (Support). Glutamina: · AA não essenciais e em condicoes de estresse é utilizado com fonte de energia pelo enterócito e protege a mucosa intestinal (0,15 a 0,5g/kg/dia); · Ex: Resource Glutamina (Novartis), Nutri Glutemine (Nutrimed) e Glutamin (Support); · AA essenciais; Módulos de Fibras: · Totais, solúveis e FOS (frutooligossacarídeos); · Ex: Benefiber (Novartis), Stimulance (Support). Módulos de vitaminas e minerais: · Ex: Plurimineral e Plurivitamin (Support); Espessantes: · Ex: Thicken-up (Nestlé), Thick&Easy (Fresenius) e Nutilis (Support); Membros da equipe: · Médico · Nutricionista · Enfermeiro · Fonoaudiólogo · Farmacêutico · Psicólogo · Fisioterapeuta · Assistente social · Terapeuta ocupacional
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