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Natureza Jurídica dos Conselhos Profissionais e da OAB

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Universidade Católica de Pernambuco
Direito Administrativo I
Prof. Lívia Dias Barros
Dissertação de Túlio Cirne Ferreira (201820384-5)
NATUREZA JURÍDICA DOS CONSELHOS PROFISSIONAIS E DA OAB
A formação do regime jurídico dos Conselhos, assim como seu regime de pessoal, é jurisprudencial, possuindo a sua análise e verificação através dos julgados dos tribunais superiores e as decisões do Tribunal de Contas da União. Visto isso, afirmamos também, que, a natureza jurídica dos Conselhos Profissionais é autárquica, pois esta é criada por lei e possui personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa e financeira. Além de cumprir a função de fiscalizar a atividade profissional, que como previsto no artigo 5o, XIII, 21, XXIV, é operação tipicamente pública e também possui a obrigação de prestar contas ao TCU. Os Conselhos Profissionais são classificados como as entidades que se dirigem ao controle e a fiscalização de determinadas profissões, mesmo que venham desempenhando suas funções há um bom tempo, e ainda houve controvérsias a respeito do seu entendimento sobre sua natureza jurídica, que, foi dada como autárquica porque sua atividade é dita como função típica de estado, na qual o controle e fiscalização dos exercícios de atividades profissionais são indelegáveis a entidades privadas. São entes colaboradores e pessoas jurídicas de direito público, e a função própria dos conselhos, consequentemente resultará no desempenho do poder de polícia que possui a tarefa de punir os profissionais que agirem de forma negativa ou contrária com as regras que regem sua devida atividade. Já a natureza jurídica da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), foi alvo de muitas discussões e debates para se chegar a um resultado; posteriormente sendo decidido pelo Superior Tribunal Federal através do julgamento da ADI 3.026/DF que se trata de uma entidade ‘’sui generis’’, e não pertencente a Administração Indireta da União. Sendo classificado como um ente que tem um serviço público independente ímpar e único no grupo das personalidades jurídicas no Direito brasileiro. Logo, a OAB, que possui independência e autossuficiência, não pode se equiparar aos diversos órgãos de fiscalização profissional, pelo fato de não se praticar atividades corporativas e institucionais. Dessa forma, como decidido anteriormente pelo STF, a Ordem dos Advogados do Brasil por não se classificar como um ente da Adm. Indireta, e consequentemente, uma autarquia, não se submete ao controle da Adm. Dessa forma a OAB, mesmo que tenha sido criada através de lei específica e tendo uma personalidade jurídica própria, capaz de administrar a si mesma, não é considerada autarquia como os outros conselhos, mas sim uma entidade própria e autônoma, além de também não sofrer controle do TCU.

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