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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ - UFOPA INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS - IEG PROGRAMA DE CIÊNCIAS DA TERRA – PCdT BACHARELADO EM GEOLOGIA RELATÓRIO PRÉ-CAMPO DE MAPEAMENTO GEOLOGICO II EQUIPE V Santarém, PA 2019 SAYMON RAMOS MARCOS TOSIN NATASHA PENA UCHÔA DOCENTES: ALESANDRO BRAGA ERICA CABRAL FELIPE HOLANDA MAYARA TEIXEIRA RELATÓRIO PRÉ-CAMPO DE MAPEAMENTO GEOLOGICO II EQUIPE V Relatório Pré-Campo, apresentado ao curso de graduação do Programa Ciências da Terra, do Instituto de Engenharia e Geociências, da Universidade Federal do Oeste do Pará, para obtenção de nota parcial da disciplina de Mapeamento II. Orientador (a) Profº. Msc. Alessandro Braga; Prof.ª. Msc. Erica Sobral; Profº. Msc. Felipe Holanda e Profº. Dr. Mayara Fraeda Barbosa Teixeira. Santarém, PA 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................1 1.1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 1 1.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSO A ÁREA DE ESTUDo .......................................... 1 1.3 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E FISIOGRÁFICOS DE URUARÁ ........... 2 1.3.1 Aspectos Socioeconômicos ............................................................................. 3 1.3.2 Solo................................................................................................................... 3 1.3.3 Vegetação ........................................................................................................ 5 1.3.4 Clima ............................................................................................................... 5 1.3.5 Relevo .............................................................................................................. 6 1.3.6 Hidrografia ..................................................................................................... 6 2. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 7 3. CONTEXTO GEOLÓGICO ..................................................................................... 8 3.1 CRÁTON AMAZONICO ....................................................................................... 9 3.2 PROVÍNCIA TRANSAMAZONAS .................................................................... 10 3.2.1 Domínio Bacajá ............................................................................................ 11 3.2.1.1 Complexos metamorficos ............................................................................ 12 A) Ortogranulito Máfico Rio Preto ......................................................................... 12 B) Ortognaisse Uruará ............................................................................................. 13 C) Paragnaisse Ipiaçava .......................................................................................... 13 3.2.1.2 Magmatismo Orogênico Sin a Tardi-colisional .......................................... 13 A) Granito Canaã .................................................................................................... 13 3.2.1.3 Magmatismo Orogênico Tardi a Pós-colisional .......................................... 13 A) Suíte Intrusiva Arapari ....................................................................................... 13 3.2.1.4 Magmatismo Pós-orogênico ........................................................................ 14 A) Granodiorito Sant’ana ........................................................................................ 14 3.3 PROVÍNCIA AMAZONIA CENTRAL .............................................................. 14 3.3.1Domínio Iriri-Xingu ...................................................................................... 15 3.3.1.2 Grupo Iriri ................................................................................................... 15 3.4 BACIA DO AMAZONAS .................................................................................... 16 3.4.1 Grupo Urupadi ............................................................................................. 16 3.4.1.1 Formação Maecuru ...................................................................................... 16 4. ANÁLISE DOS MAPAS DE FOTOINTERPRETAÇÃO .................................... 17 4.1 LOGÍSTICA ......................................................................................................... 17 4.2 DRENAGEM ........................................................................................................ 17 4.3 RELEVO ............................................................................................................... 21 4.4 FOTOESTRUTURAL .......................................................................................... 21 4.5 FOTOLITOLÓGICO ........................................................................................... 25 4.6 GEOMORFOLÓGICO ......................................................................................... 25 4.7 AEROGEOFISICO ............................................................................................... 27 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 29 ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Mapa de localização e acesso ........................................................................... 2 Figura 2-Fluxograma sintetizando a metodologia utilizada para a elaboração do relatório pré-campo. ........................................................................................................................ 8 Figura 3- Provincias tectolitologicas .............................................................................. 10 Figura 4- Mapa de logistica ............................................................................................ 17 Figura 5- Mapa de drenagem .......................................................................................... 20 Figura 6- Mapa de relevo................................................................................................ 22 Figura 7- Mapa lineamentos estruturais ......................................................................... 24 Figura 8- Mapa fotolitologico......................................................................................... 26 Figura 9- Mapa aerogeofisico ......................................................................................... 28 file:///C:/Users/Natasha/Documents/CRÁTON%20AMAZONICO.docx%23_Toc534915408 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação O presente relatório é apresentado a disciplina de Mapeamento geológico II, do curso de bacharelado em geologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), afim de obter nota parcial, e tem como objetivo fornecer um conhecimento prévio das características geológicas, aspectos fisiográficos, hidrográficos, geomorfológicos e geofísicos da área a ser mapeada. A área de estudo localiza-se a cerca de 360 km de distância da cidade de Santarém, região sudoeste do Estado do Pará, no município de Uruará. A área total de mapeamento foi subdividida em 6 subáreas, onde será realizado mapeamento detalhado, na escala de 1:25.000, ao final das atividades, as equipes irão fazer a integralização dos dados e gerar um mapa um mapa final constando o mapeamento total da área. As atividades estão previstas para ocorrer no período de 22 a 30 de janeiro de 2019 sob a orientação dos docentes: Msc. Antônio Alessandro de Jesus Braga, Msc. Érica Cabral, Msc. Felipe Holanda e Dr. Mayara Teixeira. 1.2Localização e Acesso a Área de Estudo A área de estudo do Mapeamento Geológico II está localizada no sudoeste do estado do Pará, próxima a sede municipal da cidade de Uruará, pertencente à mesorregião sudoeste Paraense e a microrregião de Altamira, fazendo limites com os municípios de Prainha e Medicilândia ao norte; a leste com os municípios de Medicilândia e Altamira; a sul com o município de Altamira e a oeste com o município de Santarém (IDESP, 2014). O município ocupa uma área de 10.791,315 km² às margens da Rodovia Transamazônica (BR 230) e possui uma população estimada em 45.517 habitantes (IBGE, 2018), está localizado de acordo com as coordenadas 03⁰ 43’ 04” S e 53° 44’ 13” W, apresentando uma altitude de 129 m. O ingresso ao município de Uruará, partindo de Santarém ocorre por meio da Rodovia Federal BR- 163, pavimentada com alguns poucos trechos de obras, até o município de Rurópolis, onde a viagem segue pela Rodovia Federal BR-230 (Transamazônica), com trechos de estrada de chão e trechos pavimentados. De Santarém até o município de Uruará são aproximadamente 360 km. Não há acesso por vias fluviais e por vias áreas, somente com o aluguel de aeronaves. 2 Figura 1- Mapa de localização e acesso. Fonte: elaborado pelos autores. 3 1.3 Aspectos Socioeconômicos e Fisiográficos de Uruará 1.3.1 Aspectos Socioeconômicos A origem do município de Uruará se dá a partir de uma grande agrópole de migrantes de diversas regiões do país, onde a principal razão de ocupação desses povos nesta área era a presença de uma escola, o que possibilitava a educação para seus filhos (IBGE,2016). Por conta da aspiração pela melhoria nos aspectos da saúde, moradia, educação, saneamento básico e infraestrutura desta agrópole, os habitantes iniciaram nos anos 80 a luta pela emancipação do território, onde em 1986 foi desmembrado da área que pertencia ao município de Prainha, sendo nomeado de Uruará. Apenas em 05 de maio de 1988, pela lei estadual no 5435 se designou à categoria de município. Segundo Moreira et. al (2014), a economia deste município se baseia na agricultura, com produção de cacau, representa o segundo maior volume produzido no estado do Pará, cultivo de pimenta-do-reino e cereais , criação de bovinos, indústria madeireira e comércio local. O município apresenta uma população estimada 45.517 (IBGE,2018). 1.3.2 Solo Na área que envolve o município de Uruará, os solos são predominantemente espessos, bem drenados e de baixa fertilidade natural, como os Latossolos Amarelos distróficos. Subordinadamente, ocorrem Argissolos Amarelos distróficos e Plintossolos Pétricos (IBGE, 2010; RÊGO et al., 2001). Também ocorrem os Nitossolo Vermelho e Argissolo Vermelho com grande a média fertilidade e alto potencial agrícola. E em menor proporção, observa-se manchas de Neossolo Litólico e Gleissolo Háplico (RODRIGUES, 2006; BARROS, 2013). Latossolo Amarelo: compreende solos minerais com horizonte B latossólico, fortemente intemperizados, profundos, porosos e permeáveis. Apresentam uma sequência de horizontes do tipo A, Bw e C, tendo baixa relação textural e pouca diferenciação entre os horizontes. De um modo geral, são solos distróficos, com valores de saturação de alumínio frequentemente altos, acima de 50%, com relação silte / argila inferior a 0.7 , ácidos a fortemente ácidos, com relação Ki possuindo valores compreendidos entre 1,5 e 2,06; valores de relação Al2O3/Fe2O (REGO et al., 1998). Esta classe de solo apresenta uma variação textural bastante ampla, indo de média a muito argilosa; o relevo varia de plano a forte ondulado e graus de erosão variando de não aparente a laminar ligeira; o material de origem na presente área é 4 dominantemente constituído por sedimentos areno-argilosos pertencentes à Formação Alter do Chão (Brasil, 1976). Argissolo Vermelho: compreende solos minerais, não hidromórficos, que se caracterizam pela presença de um horizonte B textural, com desenvolvimento de estrutura de grau moderado a forte, em forma de blocos angulares e/ou subalugares, apresentando normalmente cerosidade revestindo as superfícies verticais e horizontais das unidades estruturais ou poros, com diferença significativa entre os horizontes A e Bt ((REGO et al., 1998). São solos desenvolvidos a partir de rochas básicas e ultra-básicas da Formação Penetecaua (Brasil, 1975). Argissolo Vermelho-Amarelo: são solos minerais, não hidromórficos, geralmente profundos, bem a excessivamente drenados, de horizonte B textural com textura binária entre arenosa/média e média/argilosa e valores de silte relativamente altos ((REGO et al., 1998). De um modo geral, podem ser encontrados em relevo que varia de plano a forte ondulado e sob os mais variados tipos de vegetação e na presente área ocorrem dominantemente em relevo plano e suave ondulado, sob vegetação. Nitossolo Vermelho: são solos profundos, bem drenados, caracterizados por apresentarem horizonte B textural, argila de atividade baixa, teor de óxidos de ferro (Fe2O3) de solo superior a 15 dag/kg de solo, coloração avermelhada e arroxeada nos matizes 2,5YR e 10R, com valores iguais ou inferiores a 4, baixo gradiente textural e forte atração das partículas do solo pelo ímã (REGO et al., 1998). Ocorrem mais frequentemente em relevo ondulado, sendo também encontrados em relevo forte ondulado, desenvolvidos a partir de rochas básicas e ultrabásicas da Formação Penetecaua (Brasil, 1976 ). Gleissolo Háplico: esta classe compreende solos minerais, hidromórficos, que sofrem grande influência do lençol freático, refletida no perfil, através da forte gleização, em decorrência do regime redutor que se processa, devido ao encharcamento do solo, por um longo período ou durante todo o ano. Apresentam um horizonte glei, começando imediatamente abaixo do horizonte A, ou dentro de 60cm a partir da superfície, com ou sem mosqueados distintos ou proeminentes, e cromas baixos, normalmente de 2 ou menos, atribuído à flutuação do lençol freático. São solos relativamente recentes, pouco profundos, de textura predominantemente argilo-siltosa, de permeabilidade lenta, mal drenados, com profundidade variando em torno de 150 cm (REGO et al., 1998). 5 Neossolo Flúvico: são solos pouco desenvolvidos, originados de deposição de materiais transportados pelas águas fluviais, apresentando horizonte A do tipo moderado,seguido por camadas estratificadas, normalmente sem relação genética entre si. De um modo geral, são desenvolvidos de sedimentos fluviais não consolidados do Quaternário-Holoceno, ocupando áreas de relevo plano em posição de planície aluvial dos principais sistemas de drenagem e sujeitos a inundações temporárias, sob uma vegetação de floresta ombrófila densa de planície aluvial (REGO et al., 1998). Neossolo Litólico: esta classe compreende solos pouco desenvolvidos, rasos a muito rasos, com o horizonte A diretamente assentado sobre a rocha ou sobre um horizonte C, com grande quantidade de material primário e blocos de rocha semi- intemperizados (REGO et al., 1998).De modo geral, ocupam classe de relevo que varia do plano ao forte ondulado, sob vegetação de floresta equatorial subperenifólia e campo cerrado equatorial, desenvolvidos sobre antigas superfícies eroditas do Pré-Cambriano, pertencentes ao Complexo Xingu (Brasil, 1976). Os solos distróficos, textura arenosa, estão relacionados com os arenitos, enquanto que os argilosos e eutróficos com os gnaisses, basaltos e migmatitos. 1.3.3 Vegetação A região é predominantemente representada pela Floresta Equatorial Subperenifólia (vegetação constituída por árvores verdes, detentoras de grande número de folhas largas e troncos delgados), composta pelas seguintes classes: Floresta Equatorial Subperenifólia Densa, que possui uma grande diversidade de espécies de porte médio a alto e alturasentre 25 m e 35 m, e apresentam muita proximidade entre si; A Floresta Ombrófila Densa Aluvial, que ocupa a planície aluvial das principais drenagens do município, comumente apresentam fisionomia de florestas densas com cobertura uniforme; Floresta Equatorial Subperenifólia Aberta, que apresenta árvores de grandes portes com alta taxa de espaçamento, com agrupamento de palmeiras e com diversidade de cipó envolvendo as árvores (VELOSO et al., 1975) e Floresta Equatorial Subperenifólia Aberta com Palmeiras, que apresenta as mesmas características da Floresta anterior, no entanto, costuma formar entre os espaçamentos das árvores, cipós (REGO et al., 2001). 1.3.4 Clima O clima característico desta região é caracterizado como Equatorial Úmido, com um período seco variando de 2 a 3 meses. É representado por temperaturas sempre 6 elevadas, com média térmica anual entre 25 °C e 31 °C. A umidade relativa do ar é superior a 80% durante todo o ano, com pluviosidade com cerca de 2000 mm anuais, sendo os meses de dezembro a junho o período chuvoso da região (FAPESPA, 2016). 1.3.5 Relevo As unidades geomorfológicas que caracterizam as formas de relevo da área de estudo podem ser denominadas de Planaltos Residuais do Sul da Amazônia e Superfícies Aplainadas do Sul da Amazônia. Os Planaltos Residuais do Sul da Amazônia apresentam terrenos bastante dissecados em colinas, cristas e mesas, além dos interflúvios tabulares pertencentes à bacia do rio Tapajós. Esses relevos foram esculpidos sob as rochas do embasamento, fortemente falhadas e fraturadas (RÊGO et al., 2001; IBGE, 2009), com elevações de aproximadamente 350 m (JORGE JOÃO et al., 2013). As Superfícies Aplainadas do Sul da Amazônia apresentam uma faixa colinosa e uma extensa superfície de relevo aplainado com altitudes no intervalo de 125 a menos de 200 m. Essas superfícies aplainadas são áreas arrasadas por prolongados eventos de erosão generalizada, conjugados com notável estabilidade tectônica em escala regional durante grande parte do Cenozóico. Sendo assim, as superfícies aplainadas do sul da Amazônia abrangem, portanto, terrenos arrasados do Escudo Sul- Amazônico, constituídos por embasamento ígneo - metamórfico cratônico, de idade arqueana a paleoproterozoica (CPRM, 2013). 1.3.6 Hidrografia A rede hidrográfica da área do município de Uruará é representada pela bacia do rio Curuá do Sul e seus principais afluentes da margem direita o rio Uruará, rio Magu, Uirapuru e Igarapé Onça fazendo limite natural norte-noroeste com o Medicilândia (IDESP,2014). Ao sul da BR-230 é representado pelo Rio Santa Maria , Igarapé Maravilha e o Rio Tutuí, onde o Rio Uruará adquire sua maior largura observada e seu subafluente Rio Magu e Igarapé Onça fazem fronteira com o município de Medicilândia, constituindo a Bacia Hidrográfica de Uruará, (ALMEIDA, 2010) que em períodos de estiagem, permite somente a navegação de embarcações de pequeno porte (RÊGO et al., 2001). 7 2. MATERIAIS E MÉTODOS A elaboração do presente relatório se deu em três fases: levantamento bibliográfico, confecção de mapas e fotointerpretação. Na primeira fase, foi realizado levantamento bibliográfico acerca de aspectos fisiográficos e socioeconômicos do município de Uruará e também de aspectos geológicos, sendo feita uma síntese das unidades litológicas que ocorrem na área total de mapeamento, essa síntese aborda desde introdução ao cráton amazônico até a descrição petrografica e geotectônica das unidades. Concomitante a isto, as equipes realizaram trabalhos abordando temas de petrografia ígnea, metamórfica e estrutural, tentando sempre ao final das apresentações relacionar o tema abordado com a área de estudo. A segunda etapa, foi elaborada por meio de levantamento de dados de sensoriamento remoto, onde resultou na elaboração de mapas de localização, planialtimétrico, drenagem, fotolitológico, de lineamentos fotoestruturais de relevo e drenagem, mapa geomorfológico e por último o mapa aerogeofísico, da subárea V. No processo de criação dos mapas foi utilizado o softwares QGIS 2.18.27, sendo que as configurações adotadas foram as seguintes: Datum Universal Transversal Mercator (UTM) com projeção World Geodetic System (WGS84) Zona 22 Sul na escala de 1:50.000. Os mapas foram confeccionados com o auxilio de imagens aéreas SRTM de radar e imagens de satélite, além de utilização de shapefiles cedidos pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade - SEMAS/PA (dados drenagem), Geobank do Serviço Geológico do Brasil - CPRM (dados geológicos) e Instituto Brasileiro de Geociências e Estatística - IBGE (rodovias). Os dados referentes para elaboração de mapas, que são utilizados na segunda etapa descritos a seguir (tabela 1) : Tabela 1- Fonte de dados. DADOS FONTES Aster/ GDEM-Radar Earth explorer - Science For a Changing World (USGS) (Htpp://earthexplorer.usgs.gov/) Bing -satélite Software QGIS 2.18.27 Drenagem - shapefile Secretaria de meio ambiente do Pará SEMA-PA (https://www.semas.pa.gov.br/ures/unidadebaixoamazonas) Rodovias -shapefile IBGE (https://dowloads.ibge.gov.br/dowloads_geociencias.htm) 8 Litologias- shapefile CPRM- Banco de dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM-GeoBank)(geobank.cprm.gov.br/) Fonte: Elaborado pelos autores. Os elementos utilizados para do mapa aerogeofisico foram o raster de sobreamento, elevação (MDE) e o raster geofísico, obtido pelo site da CPRM. A escala gráfica do mapa foi estimada em 1:80.000 sem sofrer rotação. Os mapas geomorfológico, de planialtimetria, de drenagem e fotoestrutural de lineamentos foram confeccionados a partir de determinadas análises ópticas realizadas nas imagens disponibilizadas pelo catálogo de imagens aéreas da plataforma BING SATÉLLITE, e o processamento de todas as informações e dados foram feitos nos softwares QGIS 2.18.27, lembrando que esses mapas sofreram um rotação de 22,5º. Na terceira fase foi feita as fotointerpretação dos mapas, A análise do mapa aerogeofisico foi inferido através da gamaespectrometria dos elementos radioativos presentes na composição da maioria das rochas (Cox 19179; Telford et.al 1990; Dickin 1995; Faure 1997). na fotointerpretação dos mapas de relevo e de drenagem utilizou-se os trabalhos de Soares e Fiore (1976) e Ross (1989), os de litologias foram baseados em diversos autores e os de estrutural as interpretações foram feitas com base nas direções preferenciais dos lineamentos. a figura dois sintetiza a metodologia adotada no presente relatório. Figura 2- fluxograma sintetizando a metodologia utilizada para a elaboração do relatório pré-campo. Fonte: Elaborado pelos autores. Levantamento bibliográfico Confecção de Mapas Fotointerpretação Seminários criação de base cartografica Fotoanálise Integralização de dados obtidos Redação do relatório Preliminar 9 3. CONTEXTO GEOLÓGICO 3.1 CRÁTON AMAZÔNICO Cráton Amazônico está localizado na porção norte da América do Sul, cobrindo uma área de aproximadamente 4.500.000 km², incluindo parte do Brasil, Guiana Francesa, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia e Bolívia, que representa áreas estáveis anteriores ao Ciclo Brasiliano. O Cráton tem suas bordas, oriental e meridional limitadas por faixas orogênicas Neoproterozóicas marginais (cinturões Paraguai,- Araguaia-Tocantins), e limitado ao norte pela margem Atlântica (ROSA-COSTA, 2006). É uma das principais unidades tectônicas da plataforma sul-americana, composto pelos escudos das Guianas e Brasil Central, separados pela faixa sedimentar das bacias do Amazonas e Solimões, o Cráton é representado por uma grande placa continental. É formado por várias províncias crustais que englobam idade arqueana a mesoproterozóica, possui estabilidade tectônica em torno de 1.0 Ga. Comporta-se como uma placaestável no Neoproterozóico, durante o processo de desenvolvimento das faixas orogênicas marginais brasilianas (BRITO NEVES & CORDANI, 1991). Dentre os modelos propostos para a compartimentação tectônica do cráton as que possuem maior aceitação são as propostas por Santos (2003) e Tassinari & Macambira (2004), ambas as propostas aceitam que a evolução do Cráton se deu por sucessivos episódios de processos de acresção crustal durante o Paleo e o Mesoproterozóico, em volta de um núcleo mais antigo, estabilizado no final do Arqueano (VASQUEZ et al. 2008a). No entanto ocorrem algumas divergencias entre os autores em relação aos limites das províncias. Para o presente relatório foi adotada a proposta de Santos (2003), seus estudos foram realizados com base em datações geocronológicas de alta resolução de U-Pb em zircões e dados isotópicos de Sm-Nd que sugerem uma divisão em sete províncias geotectônicas para o Cráton Amazônicos (figura 3): Carajás (3000 – 2500 Ma), Transamazonas (2260 – 1990 Ma), Tapajós – Parima (2030 – 1860 Ma), Amazônia – Central (1900 – 1860 Ma), Rondônia – Juruena (1850 – 1540 Ma), Rio Negro (1820 – 1520 Ma) e Sunsás (1450 – 1000 Ma). No presente relatório é pertinente dar ênfase as Províncias Transamazonas e Amazônia Central, as quais pertencem a área de mapeamento segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais- CPRM (2008). 10 Figura 3- Províncias tectônicas propostas por Santos 2003. Fonte: Santos 2003. 11 3.2 Província Transamazonas A Província Transamazonas estende-se por cerca de 2.000 km estendendo-se ao longo da porção oriental do Cráton Amazônico, desde o nordeste do Escudo Brasil Central, e recobrindo a porção setentrional do Escudo das Guianas, ao norte do Brasil (Amapá e noroeste do Pará), Guiana Francesa, Suriname, Guiana e leste da Venezuela. E teve sua evolução relacionada ao Ciclo Transamazônico (2,26 – 1,95 Ga), foi definida por Santos (2003) como um expressivo Orógeno Paleoproterozoico. Segundo Cunha (2000), esta província é fortemente estruturada na direção NW-SE, é representada por um extenso cinturão móvel consistindo em terrenos granito-greenstone belt, com trend N 500-700 W, Segundo mesmo autor a evolução geológica do cinturão está associada a uma evolução crustal sucedida durante o Proterozóico, indicando uma correlação com o cinturão Birrimiano no oeste africano (Santos et al., 2000). A Província Transamazonas é subdividida em: Bloco Amapá, Domínio Bacajá, os Domínios Carecuru e Paru, que são localizados no sudeste do Escudo das Guianas e o Domínio Santana do Araguaia, situado no sudeste do Escudo Brasil Central (SANTOS 2003; VASQUEZ et al., 2008a), dentre estes destaca-se o Domínio Bacajá, pois abrange a área a qual se refere o presente estudo. 3.2.1 Domínio Bacajá O Domínio Bacajá, esta situado na porção sul da Província Transamazonas, este Domínio é composto por associações tectônicas representados por fragmentos Arqueanos e Siderianos que sofreram retrabalhamento durante o fechamento do Ciclo Transamazônico, granitóides de arcos magmáticos riacianos, granitóides e charnockitos relacionados ao clímax e estágios posteriores da colisão continental riaciana, que pode ser definido como um órogeno colisional. Ricci et al. (2003) denomina-o como um segmento crustal paleoproterozóico, de orientação WNW, com uma vasta presença de associações de granulitos e anfibolitos. No Domínio Bacajá as rochas granulíticas correspondem as unidades metassedimentares Paragnaisse Ipiaçava e Granulito Novolândia; os ortoderivados incubem: Ortogranulito Máfico Rio Preto, complexos Cajazeiras e Aruanã, onde estas unidades de alto grau foram agrupadas na Associação Granulítica Arqueana-Paleoproterozóica. Os ortognaisses de fácies anfibolito, com distintos graus de migmatização do Ortognaisse Pacajá, as unidades Ortognaisse Uruará e Metatonalito Rio Bacajá foram agrupados na Associação Granito-Gnáissico- Migmatítica de idade Arqueana-Paleoproterozóica. E as sequências metavulcano- 12 sedimentares do Domínio, Grupo Vila União, Sequência Três Palmeiras e Rochas Supracrustais, foram compreendidas na unidade Greenstone Belts Arqueano- Paleoproterozóicos (VASQUEZ et al., 2008). Segundo Vasquez et al. (2008), as unidades litotectônicas do Domínio Bacajá, possuem evolução relacionada a diferentes estágios orogenéticos do Ciclo Transamazônico, são estes: Suítes Plutônicas Pré-Colisionais, Suítes Plutônicas Sin a Tardicolisionais, Suítes Plutônicas Tardi a Pós-colisionais. A primeira engloba o Tonalito Brasil Novo, os granodioritos Oca e Belo Monte, o Monzogranito Piranhaquara e o Metatonalito Tapiranga. A unidade Suítes Plutônicas Sin a Tardi- colisionais reúne os charnockitos do Complexo Bacajaí, os granitóides do Granodiorito Babaquara e Granito Canaã. Os granitóides posicionados após a colisão continental de 2,1 Ga são reunidos nas Suítes Plutônicas Tardi a Pós-colisionais, que compreende as suítes intrusivas Arapari e João Jorge, as quais reúnem charnockitos e granitos fortemente controlados pelas zonas de cisalhamento transcorrentes. Ainda estão presentes Greenstone belts e complexos metamórficos, incluindo o ortogranulito máfico Rio Preto, além de metatonalitos ortognaisses e paragnaisses, como os individualizados por Santos et al (1988), ao mapear a região da Bacia do Rio Xingu. 3.2.1.1 COMPLEXOS METAMORFICOS A) Ortogranulito Máfico Rio Preto A unidade Ortogranulito Máfico Rio Preto aflora na região sudeste do Domínio Bacajá, e é caracterizada, segundo Vasquez et al. (2008), por corpos alongados constituídos de por granulitos máficos migmatizados de média pressão com piroxênios e textura poligonal de ocasião, além de ortopiroxênio, clinopiroxênio, granada e plagioclásio. dispostos segundo WNW-ESE, marcados por anomalias magnetométricas nas rochas do Complexo Cajazeiras. Foram ainda mapeados ortognaisses migmatizados, milimétrica a centimetricamente bandados, alternando colorações negras e cinza-escuras. As rochas do ortogranulito Máfico Rio Preto afloram na região sudeste do Domínio Bacajá e eventualmente ocorrem na forma de rochas hospedadas nos granulitos do Complexo Cajazeiras ou alojadas nos paragranulitos do Granulito Novolândia. estes corpos exibem paragênese e texturas compatíveis com as fácies do granulito, e são marcados por feições de migmatização com leucossomas enderbíticos (VASQUEZ & ROSA-COSTA, 2008). 13 B) Ortognaisse Uruará O Ortognaisse Uruará está localizado na porção sudoeste do município de Uruará, ocorrendo eventualmente também nas proximidades da localidade de Maribel. Está unidade é caracterizada por metonalitos e metagranodioritos com hornblenda e biotita, subordinados metamonzogranitos e metaquartzodioritos, variações dos bandados porfiroclásticos, feições migmatíticas (leito de leucossoma), lentes de anfibolito e xenólitos de formações ferríferas bandadas (VASQUEZ & ROSA-COSTA, 2008). C) Paragnaisse Ipiaçava Segundo Vasquez & Rosa-Costa (2008esta unidade é composta de paragnaisses pelíticos a psamíticos, frequentemente migmatizados, com lentes de sillimanita quartzitos e granulitos máficos. Os pelíticos migmatizados variam de estromáticos a diatexíticos, contendo veios e apófises de leucogranitos com biotita, muscovita, granada e cordierita. Segundo Vasquez et al. (2005), exibem paragêneses com feldspato alcalino, plagioclásio, biotita vermelha (rica em Ti), granada, cordierita e sillimanita (em geral fibrolita), indicam que essas rochas sofreram metamorfismo de fácies anfibolito superior a granulito. 3.2.1.2 Magmatismo Orogênico Sin a Tardi-colisional A) Granito Canaã Vasquez & Rosa-Costa (2008), classificam esta unidade como monzogranitos e granodioritos, ricos em biotita, leuco a mesocráticos, de cor cinza e rosa acinzentado, de granulação média, com textura inequigranular hipidiomórficae sutilmnte foliados. com porfiroclastos de feldpspato e plagioclásio nas bordas arredondadas e de fraca recristalização, matriz equigranulares com arranjos granoblásticos interlobados e localmente poligonal. 3.2.1.3 Magmatismo Orogênico Tardi a Pós-colisional A) Suíte Intrusiva Arapari Vasquez & Rosa-Costa (2008) confirmam a existência de rochas ígneas catazonais -charnockitóides – reconhecidas anteriormente por Ricci e Costa (2004). São corpos de batólitos e stocks orogênicos de magmatismo charnockítico a charno- enderbítico os quais compõem esta unidade. Petrologicamente, os cristais se apresentam reliquiares de orto e clinopiroxênio pseudomorfizados por clorita, talco, bastita e/ou actinolita, ou reequilibrados para anfibólios cálcicos de diferentes gerações (RICCI, 2003). 14 3.2.1.4 Magmatismo Pós-orogênico A) Granodiorito Sant’ana O Granodiorito Sant’ana ocorre intrudindo as rochas da unidade Ortognaisse Rio Preto e Paragnaisse Ipiaçava, em forma de um pluton. Nesse pluton foram encontrados granodioritos e tonalitos, além de leucomonzogranitos, ocasionalmente. As rochas exibem granulação média a fina, e uma foliação magmática incipiente. Na mesma unidade, também foram mapeados diques de composição diorítica, associados a processos de misturas de magmas (VASQUEZ & ROSA-COSTA, 2008). a tabela dois mostra as unidades presente na área de mapeamento, bem como informações geocronológicas. Tabela 2- Unidades litoestratigráficas da área total de mapeamento. ASSOCIAÇÃO UNIDADES LITOESTRATIGRAFICAS Método IDADE DE FORMAÇÃO Ortogranlito Máfico Rio Preto Pb – Pb 2628 ± 3 Ma Complexos Metamórficos Ortognaisse Uruará U – Pb 2503 ± 10 Ma Paragnaisse Ipiaçava U - Pb; Pb – Pb <2474 Ma Magmatismo Orogênico Sin a Tardi colisional Granito Canaã Pb – Pb 2104 ± 5 Ma Magmatismo Orogênico Tardi a Pós colisional Suíte Intrusiva Arapari U - Pb; Pb - Pb 2086 ± 5 Ma; 2070 ± 3 Ma Magmatismo Pós Orogênico Granodiorito Sant’ana Pb – Pb 1986 ± 5 Ma Fonte: elaborado pelos autores. 3.3 PROVÍNCIA AMAZONIA CENTRAL Tassinari (1996) e Santos et al. (2000) definem a Província Amazônia Central como um núcleo arqueano no qual faixas móveis juvenis proterozóicas foram acrescidas nas bordas. A evolução desta província foi interpretada como sendo anterior a 2,3 Ga, portanto não sofreu influência das orogêneses do Ciclo Transamazônico (2,26 – 1,96 15 Ga), o que levou Cordani et al. (1979) e Teixeira et al. (1989) a considerar essa província como o núcleo mais antigo do Cráton Amazônico. Em 2000, Santos et al. desmembraram a Província Carajás da Província Amazônia Central, ficando a primeira constituída pelos domínios Carajás e Rio Maria e a segunda pelos domínios Iriri-Xingu e Erepecuru-Trombetas. Vasquez e Rosa-Costa (2008) consideram como característica mais proeminente dessa região a associação Vulcano- plutônica de idade orosiriana, representada pelo Grupo Iriri e pela Suíte Intrusiva Velho Guilherme, a sul, e pelo Grupo Iricoumé e Suíte Intrusiva Mapuera, a norte. 3.3.1Domínio Iriri-Xingu O Domínio Iriri-Xingu está localizado na porção meridional da Província Amazônia Central, que corresponde a uma parte do Cráton Amazônico que ainda possui poucos estudos geológicos. Segundo Vasquez & Rosa-Costa (2008), destaca-se no Domínio a ocorrência remanescentes de uma bacia intracratônica paleoproterozóica, com evolução anterior ao vulcanoplutonismo orosiriano, ao qual foi definida como unidade litotectônica Bacias Intracratônicas/Antepaís Paleoproterozóicas. Contudo, sugerem uma sedimentação riaciana e com contribuição de fontes arqueanas. Algumas unidades que compõe as associação vulcano plutônica orosiriana expressiva do Domínio Iriri-Xingu, também se estendem ao Domínio Tapajós, da Província Tapajós-Parima. Representados pelo Magmatismo Intracontinental tem-se as unidades: Grupo Iriri, Formação Sobreiro, Granitos Tipo I Indiferenciados, Suíte Intrusiva Velho Guilherme, Granitos Tipo A Indiferenciados, Sienito Guabiraba. E as Coberturas Sedimentares são representadas pela Formação Castelo dos Sonhos, Formação Triunfo e Formação Cubencranquém. Descatamos deste Domínio, o Grupo Iriri. 3.3.1.2 Grupo Iriri O Grupo Iriri é constituído por rochas vulcânicas e vulcanoclásticas ácidas, cálcioalcalinas, dividido nas formações Salustiano e Aruri (LAGLER, 2011). Segundo Klein et al. (2000), a Formação Salustiano consiste de derrames de riolitos, riodacitos e dacitos, relacionados ao magmatismo Uatumã e a Formação Aruri representa as unidades vulcanoclásticas como tufos ácidos, brechas vulcânicas, ignimbritos, arenitos e conglomerados vulcânicos. Além disso, nas rochas agrupadas no Grupo Iriri se encontram riolitos alcalinos, com assinaturas típicas de rochas do tipo A (DALL’AGNOL et al., 1999). 16 3.4 BACIA DO AMAZONAS A Bacia Sedimentar do Amazonas está situada entre os crátons das Guianas ao norte e do Brasil ao Sul, limitada a oeste pelo Arco de Purús e a leste pelo Arco de Gurupá, com área aproximada de 500.000 km², distribuídos entre os estados do Pará e Amazonas (CUNHA et al., 1994). É uma bacia do tipo intracratobica, e possui o preenchimento sedimentar predominante de rochas siliciclásticas, essencialmente paleozoicas, intrudidas no Mesozoico por diques e soleiras de diabásio, atigindo espessura máxima de 5 Km. O início da formação da bacia ocorreu por um rifteamento direção E-W que teria causado uma distensão N-S no Cráton Amazônico, gerando a Bacia. Houve aquecimento térmico produzido em ambiente distensivo, afinamento crustal, vulcanismo seguido por rifteamento, sedimentação e erosão (CAPUTO, 1984). O registro sedimentar é reflexo das variações do nível do mar e dos eventos tectônicos ocorrentes na placa gondwânica. Cunha et al. (2007) divide a coluna sedimentar em em duas megassequências de primeira ordem, sendo uma Palezóica e a outra mesozóica-cenozóica. E é dividida em quatro sequências de segunda ordem: Sequência Ordovício-Devoniana, Sequência Devono-Tournaisiana, Sequência Neoviseana e Sequência, Pensilvaniano-Permiana. A Megassequência Mesozóico-Cenozóica é constituída pelas sequências Cretácea e Terciária. Ocorrem na área de estudo o a formação Maecuru, que juntamente com a formação Ererê, compõem o grupo Urupadi que faz parte da sequencia Devono- Tournaisiana 3.4.1 Grupo Urupadi O Grupo Urupadi, que faz parte da Sequência Devono-Tournaisiana, é composto pelas formações Maecuru, composta de arenitos e pelitos neríticos a deltaicos; e Ererê, constituída por siltitos, folhelhos e arenitos neríticos e parálicos (CUNHA, 2007). 3.4.1.1 Formação Maecuru Segundo Cunha et al. (1994), é formada por arenitos e pelitos depositados sob condições neríticas e deltaicas, cujos afloramentos nas bordas norte e sul da Bacia do Amazonas atingem espessura de 250 m. Está dividida em dois Membros, o Membro Jatapu, e o Membro Lontra, que é formado por arenito fino a conglomerático, de cores branca a cinza-claro, micáceo, mal-selecionado, com grãos subangulares a subarredondados, organizados em matriz silicosa, com finas intercalações de siltito. 17 4. ANÁLISE DOS MAPAS DE FOTOINTERPRETAÇÃO 4.1 Logística A subárea V está localizada na região norte do Brasil, especificamente, no Sudoeste do Estado do Pará, no município de Uruará. Está inserida na Folha Planimétrica SA.22/SB.22 Belém, compreendendo uma área aproximada de 80 km², limitada pelas coordenadas UTM 20500, 21500, 9560000 e 9570000. O mapa foi confeccionado conforme as projeções do WGS 1984 em uma escala de 1: 50.000. A partir da cidade de Uruará, o acesso a subárea V é realizado pela Rodovia Federal Transamazônica (BR-230) e pelas vicinais designadas localmente como travessões, não sendo pavimentadas, possuindo uma distância, aproximadamente, de 34 km dasede do município. Não é notado distritos, comunidades ou vilas, entretanto, é observado pequenas fazendas e casas, principalmente em torno da vicinal principal. como podemos observar na figura 4, a subárea V apresenta curvas de nível entre 120 metros à 320 metros, onde as áreas de maior elevação podem ser encontradas ao sul da subárea de estudo. Pode-se verificar dois travessões na área de estudo que passa por toda a área de forma vertical. t 18 Figura 4- Mapa de logística da subárea V. Fonte: Elaborado pelos autor 19 4.2 Drenagem Para fotointerpretação da drenagem da subárea V, utilizou-se o trabalho de Soares & Fiori (1976), segundo estes autores A rede de drenagem traçada de forma sistemática e uniforme pode fornecer informações de grande importância, especialmente quanto à estrutura geológica da área; variações no estilo estrutural entre outras informações podem ser obtidas com rapidez sobre mapas de drenagem. As propriedades mais importantes são: densidade de textura de drenagem, sinuosidade dos elementos texturais de drenagem, angularidade, tropia, assimetria e lineações de drenagem. A densidade de uma rede de drenagem fornece informações acerca do substrato rochoso, segundo Soares & Fiori (1976), quanto maior a densidade de drenagem menor é a capacidade de retenção da água e a permeabilidade do substrato. A densidade da rede de drenagem da subárea V, é classificada como média, logo, acreditasse que a capacidade de retenção de agua e permeabilidade do substrato da subárea sejam de caráter mediano. A densidade também fornece dados a cerca da solubilidade das rochas, as rochas da subárea V, são poucos solúveis haja vista que possui uma densidade média, em um substrato mais solúvel o escoamento em subsuperficie seria mais eficiente.Zonas de fraturamento, por serem mais facilmente atacadas pelos processos meteóricos e erosivos, constituem zonas de desenvolvimento preferencial de linhas de drenagem retilíneas ou em arco, zonas homólogas com maior densidade de traços de fratura refletem rochas com menor grau de plasticidade (Soares & Fiori (1976). Na subárea V, temos poucos canais retilíneos, então, podemos considerar que da rede de drenagem cerca de 10t a 50 % dos cursos de rio represente traços de fratura A rede de drenagem da subárea V (figura 5) também apresenta a tropias dos canais multidirecional, em varias direções, está feição é dita desordenada, também possuem assimetria fraca e apresentam formas anômalas como meandros isolados, arcos e em forma de cotovelo, as principais características da rede de drenagem da subárea V estão resumidas na tabela 2. Tabela 3- Características estruturais da rede de drenagem da subárea V. Densidade Sinuosidade Angularidade Tropia Assimetria Formas anômalas Alta Curvos Média Multidirecional Fraca Meandros isolados Arco Cotovelo Fonte: Elaborado pelos autores. 20 Figura 5- Mapa de drenagem da subárea V. Fonte: Elaborado pelos autores. 21 4.3 Relevo Para a fotointerpretação do mapa de relevo, foi utilizado o trabalho de Soares & Fiori (1976) segundo estes autores os principais critérios utilizados para estabelecer as propriedades da área de estudo são as características de densidade, textura, relevo e assimetria do relevo, tais investigações fornecem dados que com base em estudos já haviam sido Caracterizadas as diversas formas de arranjo do relevo que auxiliam na compreensão do significado geológico. A densidade constitui uma avaliação da quantidade de microfeições do relevo por unidade de área, na figura 6, é possível observas que na subárea de mapeamento V a densidade do relevo é baixa presume-se que a cobertura superficial ou os solos são mais espessos. O relevo também se mostra fortemente assimétrico com poucas quebras positivas com encostas com perfil classificados como côncavo-convexas. Segundo Soares e Fiore (1976) através da propriedade de assimetria do relevo e da drenagem, podemos fazer uma avaliação rápida destes elementos da estrutura geológica, e pelo menos estimar um valor de mergulho aproximado. Ainda segundo estes autores em camadas sub-horizontais desenvolve-se relevo fortemente assimétrico, a rede de drenagem apresenta forma bidirecional, com angularidade média, elementos curvos e retilíneos, essas propriedades são recorrentes em camadas com mergulhos menores de 3°. Relacionado aos aspectos geomoforlógicos, Ross (1989) classificou o relevo com as informações dos processos erosivos e de sedimentação aplicando os seguintes critérios: morfoestrutural e morfoclimático. A partir destes conhecimentos e métodos de análise foi possível gerar o mapa de relevo (figura 6). a tabela 4 sintetiza as características dos aspectos geomorfológicos de acordo com Ross(1989). Tabela 4. Caracterização dos aspectos geomorfológicos de acordo com Ross (1989). Morfoestrutura Morfoclimático Superfície Aplainada do sul da Amazônia Ganho de sedimentos Planalto Residual do Sul da Amazônia Perda de sedimentos Fonte: Elaborado pelos autores. 22 Figura 6- mapa de relevo subárea V. Fonte: Elaborado pelos autor 23 4.4 Fotoestrutural Os lineamentos são feições mapeáveis na superfície terrestre, sendo ela linear, retilínea ou suavemente encurvada. Os lineamentos podem refletir fenômenos de subsuperfície associados ao movimento diferencial de blocos falhados. Os lineamentos são feições lineares topográficas ou tonais observáveis nas imagens, que podem representar descontinuidades estruturais. A análise do mapa de lineamentos de drenagem e de relevo permite inferir a frequência dos lineamentos identificados na área. A partir das feições de linhas que foram extraídas do mapa de drenagem (figura 5) é possível observar no mapa de estrutural (figura 7) que as distribuições dos lineamentos de drenagem ocorrem em duas direções, sendo elas NE-SW, com maior quantidade de lineamentos, e NW-SE , com menor quantidade de lineamentos. Relacionados aos lineamentos de relevo, a partir da observação das imagens sombreadas com ângulos 0º, 45º e 315º , verifica-se que grande parte dos lineamentos seguem uma direção preferencial NW-SE. 24 Figura 7- mapa lineamentos estruturais subárea V. Fonte: Elaborado pelos autores. 25 4.5 Fotolitológico A área de mapeamento da subárea V está situado no Domínio Bacajá e pertencente a Província Transamazonas. As unidades do Domínio Bacajá que podem ser observadas no mapa Fotolitológico (figura 8) são: Granodioritos Santana, Ortogranulito Máfico Rio Preto e Paragnaisse Ipiaçava como podemos observas na figura 8. A unidade Ortogranulito Máfico Rio Preto abrange a área mais significativa da subárea V, esta unidade é composta por granulitos máficos migmatizados de média pressão com piroxênios e textura poligonal, além de ortopiroxênio, clinopiroxênio, granada e plagioclásio. Estas rochas se encontram em corpos alongados dispostos segundo WNW-ESSE, podem ocorrer na forma de rochas hospedadas nos granulitos do Complexo Cajazeiras ou alojadas nos paragranulitos do Granulito Novolândia. Tais corpos apresentam paragênese e texturas compatíveis com fácies granulito, e são marcados por feições de migmatização com leucossomas enderbíticos (VASQUEZ & ROSA-COSTA, 2008). 2072 ± 3 Ma, foi a idade obtida para esta unidade, com base em datações utilizando o método de evaporação de Pb-Zr. A unidade Paragnaisse Ipiaçava que também compõe a subárea de mapeamento é composta por paragnaisses pelíticos a psamíticos, frequentemente migmatizados, com lentes de silimanita quartzitos e granulitos máficos, Segundo Vasquez et al. (2005), exibem paragêneses com feldspato alcalino, plagioclásio, biotita vermelha (rica em Ti), granada, cordierita e sillimanitaindicam que essas rochas sofreram metamorfismo de fácies anfibolito superior a granulito. A unidade Granodiorito Santana também ocorre na subárea V, as rochas desta unidade ocorrem intrudindo as rochas das unidades Ortogranulito Máfico Rio Preto e Paragnaisse Ipiaçava, em forma de um plúton. As rochas desta unidade são compostas por granodioritos e tonalitos, além de leucomonzogranitos. As rochas exibem granulação média a fina, e uma foliação magmática incipiente. Na mesma unidade, também foram mapeados diques de composição diorítica, associados a processos de misturas de magmas, datações feitas com o método de evaporação de Pb-Zr atribuem a idade de 1986 ± 5 Ma (VASQUEZ & ROSA-COSTA, 2008). 26 Figura 8- Mapa Fotolitológico subárea V. Fonte: Elaborado pelos autores. 27 4.6 Aerogeofisico O mapa aerogeofísico (Imagem 9) da subárea V foi delimitado por cinco diferentes tipos de domínio (tabela 4). A análise do mapa aerogeofisico foi inferido através da gamaespectrometria. Apesar de existirem mais de 50 isótopos radioativos diferentes na natureza, a maioria é muito rara ou fracamente radioativa. Assim, as principais fontes de radiação gama detectadas na superfície terrestre provém da desintegração natural do Potássio ( 40 K) e dos elementos das séries do Urânio ( 238 U) e do Tório ( 232 Th) presentes na composição da maioria das rochas (Cox 19179; Telford et.al 1990; Dickin 1995; Faure 1997). De acordo com o que foi identificado, podemos inferir que no domínio 1, representado pela tonalidade magenta, a uma alta concentração de K e U e baixa concentração de Th, no qual indica uma grande chance de se ter a presença de Pórfiros Quartzo - feldspaticos, lembrando que esse domínio é o que mais se encontra nesta subárea. O domínio 2, representado pela tonalidade azul, apresenta baixa concentração de K e Th e uma alta concentração de U, no qual indica uma grande probabilidade de se ter granitóides máficos (gabros, dioritos e tonalitos) e porções Anfiboliticas. O domínio 3, representado pela tonalidade Ciano, apresenta alta concentração de Th e U e uma baixa concentração de K, no qual indica uma certa probabilidade de se ter granitóides e orto-gnaisses. O domínio 4, representado pela tonalidade Branco, apresenta alto teor em K , Th e U, no qual indica uma certa probabilidade de se ter granitóides pobres em K ,granulitos e granodioritos. O domínio 5 , representado pela tonalidade Verde, apresenta alto teor em Th com baixo teor K e U, no qual indica uma probabilidade de se ter gnaisse e rochas ácidas. Tabela 4- Representação do mapa geofísico. Domínio Tonalidades K Th U 1 Magenta Alto Baixo Alto 2 Azul Baixo Baixo Alto 3 Ciano Baixo Alto Alto 4 Branco Alto Alto Alto 5 Verde Baixo Alto Baixo Fonte : Elaborado pelos autores. 28 Figura 9- Mapa Aerogeofisico subárea V. Fonte: Elaborado pelos autores. 29 REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério das Minas e Energias. Departamento Nacional da Produção Mineral. Projeto RADAM. Folha SA 21 Santarém: geologia, geomorfologia, solos, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1976. 1v. (Projeto RADAM. Levantamento de Recursos Naturais 10). BRITO NEVES, B.B.; CORDANI, U.G. Tectonic evolution of South America during the Late Proterozoic. Precambrian Research, v. 53, p. 23-40, 1991. CORDANI, U.G.; TASSINARI, C.C.G.; TEIXEIRA, W.; BASEI, M.A.S.; KAWASHITA, K. 1979. 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