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SISTEMA de ÁREAS VERDES Eng° Agr. MARCIO LUIZ DA SILVA MONACO SUBPREFEITURA BUTANTÃ CADES-BT Instituto de Engenharia 22 de junho de 2010 HISTÓRICO: FASES DA OCUPAÇÃO TERRITORIAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO •1870 - Degradação ambiental, com as origens da “modernidade”, crescimento populacional, ocupação de várzeas (planícies), matas e morros, e retificação dos rios. •1907 - Represa Guarapiranga e ocupação do Tietê e do Tamanduateí (ferrovias), e os rios já como descarga final de esgotos (inclusive industriais). •Anos 30, verticalização e transporte sobre pneus, com o plano de avenidas. •Anos 50, metropolização e fluxos de circulação. •Anos 80, aumento das desigualdades sociais. •2002 - Plano Diretor Estratégico e Política Ambiental e de Desenvolvimento Urbano. ATRITO: Regularização fundiária X Proteção do meio ambiente Conflito negativo para ambos os lados. Urbanização crescendo para os morros, áreas alagáveis e mananciais. Mancha urbana e o cinturão verde envoltório Regula o clima Produção de água Seqüestro de poluentes Urbanização centrífuga predatória FONTE: Nabil Bonduki Região qualificada, com infra-estrutura e equipamentos. Interesse imobiliário: adensamento construtivo. PROBLEMAS HABITACIONAIS GRANDES CONJUNTOS HABITACIONAIS nos anos 70 e 80 –BNH PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA: REDE HÍDRICA: LOTEAMENTO EM ÁREA DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS URBANIZAÇÃO “CILIAR” Ausência de Plano de Habitação e de Planejamento: EXCLUSÃO SOCIAL São Bernardo do Campo RESÍDUOS URBANOS: Mobilidade, imobilidade e comportamento EDUCAÇÃO AMBIENTAL INDIVIDUAL X COLETIVO Cidade Insustentável Devastamos mais da metade de nosso país pensando que era preciso deixar a natureza para entrar na história. Mas eis que esta última, com sua costumeira predileção pela ironia, exige-nos agora, como passaporte, justamente a natureza. Eduardo Viveiro de Castro, antropólogo PRINCÍPIO: CIDADE SUSTENTÁVEL O princípio da cidade urbana digna para todos aponta como diretriz geral o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem estar dos cidadãos, bem como o equilíbrio ambiental. CARÊNCIA DE AJUSTES NA LEGISLAÇÃO Inúmeros projetos na Câmara (incluindo revisão do Código Florestal) Haverá flexibilização para as áreas urbanas ? DIRETRIZES PARA CIDADES SUSTENTÁVEIS: • CIDADE MAIS VERDE • PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS • MELHORIA NA DRENAGEM URBANA • GESTÃO ADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS • REDUÇÃO DA EMISSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS • MELHORIA DA MOBILIDADE URBANA • AÇÕES DE ECONOMIA SUSTENTÁVEL • INCENTIVO À CULTURA DE PAZ • EDUCAÇÃO BÁSICA e TRADICIONAL • ORIENTAÇÃO e ESCOLHA • INTEGRAÇÃO à SOCIEDADE • TRANSVERSALIDADE • ÉTICA e CIDADANIA • “REFLEXIVIDADE” OUTROS PRINCÍPIOS: INSERÇÕES DO SISTEMA: • MEIO NATURAL e MEIO SOCIAL • DESENVOLVIMENTO • URBANISMO • HOLÍSTICA • EQUILÍBRIO PROPOSTA: MELHORAR QUALIDADE DA ÁGUA E PROTEGER ÁREAS VERDES E BIODIVERSIDADE F a ix a s mín ima s d e p re s e rv a ç ã o n a s d iv e rs a s le is a p lic a d a s a u m c ó rre g o h ip o té tic o d e 2 me tro s 30 m - C ó d ig o F lo restal 15 m - L ei L eh m an n 5 m - C o n am a 3 m - C ó d ig o d e O b ras 9 m - D ec. E stad u al (rev. ) 15 m - C o n am a (regularização fundiária) 30 m - C o n am a (im plantação de área verde pública, im perm eabilização de 5% ) 2 m 30 m - N o va L ei d e P ro teção ao s M an aciais (nas APRM s) 20m L ei d e P ro teção ao s M an an ciais (1ª cat)) Faixas mínimas de preservação existentes na legislação federal, estadual e municipal aplicadas a um córrego de 2 metros no município de São Paulo. Exemplo de sobreposição de leis NOVAS LEIS: ESTATUTO DA CIDADE Lei 10.257/01 III - planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social. PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO LEI Nº 13.430/02 CAPÍTULO III DO MEIO AMBIENTE E DO DESENVOLVIMENTO URBANO SEÇÃO I DA POLÍTICA AMBIENTAL Art. 55 - São objetivos da Política Ambiental: V - ampliar as áreas integrantes do Sistema de Áreas Verdes do Município; Art. 56 - Constituem diretrizes da Política Ambiental do Município: SUBSEÇÃO I DAS ÁREAS VERDES Art. 58 - São objetivos da política de Áreas Verdes: Art. 59 - São diretrizes relativas à política de Áreas Verdes: Art. 60 - São ações estratégicas para as Áreas Verdes: POLÍTICA AMBIENTAL Sistema de áreas verdes* Recursos hídricos Saneamento básico Drenagem urbana Resíduos sólidos Energia Iluminação pública POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO Urbanização e uso do solo Habitação Circulação viária e transportes Pavimentação Patrimônio histórico e cultural Paisagem urbana Infra-estrutura Serviços de utilidade pública * Públicas ou privadas REDES ESTRUTURADORAS Hídrica Viária de Transporte Público Coletivo de Eixos e Pólos de Centralidades ELEMENTOS INTEGRADORES Habitação Equipamentos Sociais Áreas Verdes Espaços Públicos Espaços de Comércio Serviços e Indústria CARACTERIZAÇÃO DAS ÁREAS VERDES: 1. Áreas verdes públicas de proteção ambiental integral (parques e reservas biológicas) 2. Áreas verdes públicas ou privadas de uso sustentável (APP’s, reservas, parques) 3. Áreas verdes públicas ou privadas de especial interesse (jardins, praças, cemitérios, fundos de vale, várzeas, nascentes, glebas, etc.) I - Áreas Verdes de propriedade pública: a) reservas naturais; b) parques públicos; c) praças, jardins e logradouros públicos; d) áreas ajardinadas e arborizadas de equipamentos públicos; e) áreas ajardinadas e arborizadas integrantes do sistema viário; II - Áreas Verdes de propriedade particular enquadradas ou a serem enquadradas pelo Poder Público: a) áreas com vegetação significativa, de imóveis particulares; b) chácaras, sítios e glebas; c) clubes esportivos sociais; d) clubes de campo; e) áreas de reflorestamento. Áreas integrantes do Sistema de Áreas Verdes: PARQUES LINEARES I - faixa de 15 (quinze) metros ao longo de cada uma das margens dos cursos d’água e fundos de vale, como área non aedificandi; II - da planície aluvial com prazos de recorrência de chuvas de pelo menos 20 (vinte) anos e as áreas de vegetação significativa ao longo dos fundos de vale do Município que juntamente com a área non aedificandi formarão os parques lineares; ÁREAS DE INTERVENÇÃO URBANA (para a viabilização dos parques lineares) ainda incluem: III - contidas na faixa envoltória de até 200 (duzentos) metros de largura, medidos a partir do limite do parque linear referido no inciso II, destinadas à implantação de empreendimentos residenciais e não residenciais, a serem executados pela iniciativa privada, com possibilidade de utilização da transferência do direito de construir originado nos lotes das áreas destinadas ao parque linear ou por outorga onerosa. PLANO REGIONAL ESTRATÉGICO Lei 13.885/04 DEFINIÇÃO: Parques Lineares e Sistema de Áreas Verdes O Programa de parques lineares deve compor um sistema de áreas conectadas, localizadas nos compartimentos das bacias hidrográficas, contendo a inter-relação entre os caminhos e o ambiente, visando a recuperação do sistema hídrico e da qualidade de vida do lugar. (PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO) Deve ser uma prerrogativa de ação pública entre Secretarias Municipais e demais organismos institucionais, contando com a participação da população local, configurando um plano de gestão integrada. (ampliação da definição – Butantã/EMURB) P.D.E. TÍTULO III Artigo 107 DO PLANO URBANÍSTICO-AMBIENTAL Objetivos do Programa de Recuperação Ambiental de Cursos D'Água e Fundos de Vale: I - ampliar as áreas verdes permeáveis aolongo dos fundos de vales de modo a diminuir enchentes; II - ampliar os espaços de lazer ativo e contemplativo, de modo a atrair empreendimentos residenciais; III - garantir reassentamento, na mesma sub-bacia, da população que eventualmente for removida; IV - integrar as áreas de vegetação e fortalecer sua condição de proteção e preservação; V - articular os espaços de uso público destinados à circulação e bem- estar dos pedestres; VI - recuperar áreas degradadas; VII - melhorar o sistema viário local; VIII - integrar serviços e equipamentos esportivos e sociais aos parques lineares previstos; IX – construir vias de circulação de pedestres e ciclovias; X - mobilizar a população de modo a obter sua participação e identificar suas necessidades e anseios; XI - motivar programas educacionais visando à limpeza dos espaços públicos; XII - criar os recursos necessários à sua implantação e manutenção, sem ônus para a municipalidade; XIII - aprimorar o desenho urbano; XIV - promover ações de saneamento ambiental dos cursos d'água; XV - implantar sistemas de retenção de águas pluviais; XVI - buscar formas para impedir ligações de esgoto clandestino. Parques Lineares PARQUE ECOLÓGICO DO TIETÊ Exemplo de Parque Linear EXEMPLOS DE LOCAÇÕES SITUAÇÕES COMUNS CÓRREGO DO SAPÉ CANALIZAÇÃO A CÉU ABERTO Av. Escola Politécnica (Ribeirão Jaguaré) CANALIZAÇÃO TAMPONADA Av. Eliseu de Almeida (Córrego Pirajussara) EXEMPLO DE SEUL: Área Municipal Caminho Verde Parques Favelas Malha Verde Parques PRE ‘ Sistema de Conectividade EMURB F O N T E : O R T O F O T O S 2 0 0 1 S V M A - G E O L O G LEGENDA Limite Municipal Linha de Transmissão Vias Hidrografia Planejando: Ribeirão Jaguaré Itaim Arpoador Raposo Tavares Educandário Jacarezinho Espanhol Lagoa dos Búfalos Jardim Rio Pequeno Esmeralda Malagoli Camarazal Divina Providência Jardim Sarah Água Podre Sapé Vertentes Caboré Itararé Flora Rica Ezequiel Campos Dias Ibiraporã Emile Bernard Caxingui Pinheiros Passagem Grande PARQUES LINEARES PROPOSTOS SP-BT: Parques PREParques PREParques PRE PARQUES LINEARES PROPOSTOS E A VIGÊNCIA ATUAL: CRITÉRIOS PARA PLANEJAMENTO: •Análise das bacias hidrográficas •Diagnóstico geral •Percepção ambiental •Consulta popular •Projetos coerentes •Viabilidade Curva de nível LEGENDA Limite Municipal Linha de Transmissão Adutora Hidrografia CÓRREGO – ÁGUA PODRE F O N T E : G E O L O G Áreas Municipais Parque Raposo Tavares Caminho Verde Sub-bacia Anfiteatro de Cabeceira Favelas Solapamento Nascente Sub-bacia do córrego Água Podre Eixo de Articulação Entre os Projetos Tecidos Consolidados Intervenções Localizadas Tecidos Fragmentados PLANO DE REFERÊNCIAS E ESPECIFICAÇÕES F O N T E : S E M P L A / O R T O F O T O 2 0 0 1 S V M A / G E O L O G LEGENDA Linha de Transmissão Adutora Hidrografia Áreas Municipais Favelas Cultura Saúde Lazer Feira / Sacolão Assistência Social Escolas Eixos Secundários Pontos de Conectividades Eixos Principais Centralidade intermediária Contexto de localidade aberta CONTEXTO URBANO AMBIENTAL - Trecho Esmeralda F O N T E : O R T O F O T O S 2 0 0 1 S V M A - G E O L O G - E M U R B PROJETO ESTRATÉGICO – TRECHOS ESCOLA POLITÉCNICA, RIO PEQUENO E ESMERALDA F O N T E : S E M P L A / O R T O F O T O 2 0 0 1 S V M A / G E O L O G HABITAÇÃO ESCOLA ESPORTE ALTA TENSÃO CICLOVIA VIA LOCAL PEDESTRES FAVELA EXISTENTE PROPOSTA DE REINSERÇÃO URBANA 100 UNID. HABITACIONAIS R$ 4.500.000,00 - HABI SISTEMA DE CONEXÃO JAGUARÉ - PIRAJUSSARA EQUIPAMENTO PROPOSTO QUADRAS POLIESPORTIVAS VESTIÁRIOS EQUIPAMENTO EXISTENTE FLUXO REDUZIDO DIRETRIZES para o SISTEMA DE ÁREAS VERDES Desafio: conciliar “modernização” à recuperação ambiental PLANEJAMENTO: permeabilidade (índices graduais) contenção de águas (métodos) esgotamento sanitário ocupação controlada arborização biodiversidade uso público adequado educação ambiental SOLUÇÕES PROPOSTAS: • Plano de Ocupação da Bacia Hidrográfica: regime hídrico, sistema hidráulico, esgotamento sanitário, geologia, atividades econômicas e sociais, sistemas de conectividade, mobilidade, carência de equipamentos públicos, etc. • Compromissos Públicos (implementação das Metas e do Plano Diretor) • Adequações tecnológicas e educacionais • Gestão Compartilhada dos três setores AÇÕES ESTRATÉGICAS : • Demarcação de áreas municipais, vegetação significativa e nascentes (revisão do PRE) • Demonstração visual • Diagnóstico sócio-ambiental, com indicadores • Divulgação de programas ressaltando a importância e os conceitos • Uso de TCA’s (zona oeste / potencial de ocupação) • Elaboração e busca de projetos básicos / Convênio com FAU/USP • Busca de verbas e disposição para licitações • Processos de inclusão das comunidades • Integração setorial dos poderes públicos... PROBLEMA DE FUNDO: EDUCAÇÃO AMBIENTAL • REPENSAR os hábitos de consumo e de desperdício. • RECUSAR produtos que não sejam “corretos” ambientalmente... • REDUZIR a quantidade de lixo produzido nas casas e nas indústrias. • REUTILIZAR diversos produtos antes de jogá-los fora, usando-os para a mesma função original ou criando novas formas de utilização. • RECICLAR como prática produtiva. Nossa função é apenas separar para a reciclagem. SOLUÇÕES PARA OS RESÍDUOS SÓLIDOS – 5 R PRECICLAR É pensar antes de comprar. 40% do que nós compramos é lixo. São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta. Símbolos da reciclagem por material Relações entre economia, tecnologia, sociedade e política Postura ética em relação à preservação do meio ambiente Sustentabilidade x Responsabilidade DEBATES NECESSÁRIOS: Conjunto de direitos e deveres que regem a vida e o modo de atuação de um indivíduo na sociedade. CIDADANIA NO BUTANTÃ: REDE HÍDRICA Subprefeitura Butantã ÁREAS VERDES Subprefeitura Butantã PARQUES Subprefeitura Butantã PARQUES LINEARES Subprefeitura Butantã CAMINHOS VERDES Subprefeitura Butantã SISTEMA DE ÁREAS VERDES Subprefeitura Butantã Objetivamente, para implementação, EXEMPLIFICANDO: PRAÇAS e PARQUES LINEARES PRIORITÁRIOS - 2009 SUBPREFEITURA BUTANTÃ e SVMA PARQUES E PRAÇAS PRIORITÁRIOS Subprefeitura Butantã Parque Linear Água Podre Parque Linear Água Podre Parque Linear Ribeirão Jaguaré Parque Linear Ribeirão Jaguaré Parque Linear Ribeirão Jaguaré R. Eudoro Lincoln Berlinck Parque Linear Itararé Parque Linear Itararé Parque Linear Itararé Praça Moyses Fucs R. Gioia Martins Quadra Fiscal Muito obrigado! mlmonaco@prefeitura.sp.gov.br
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