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Política nacional de práticas integrativas e complementares Objetivo • Reconhecer os aspectos históricos e políticos que culminam nas Práticas Integrativas Complementares; • Distinguir as práticas em saúde tradicionais, complementares e integrativas; e • Apontar as indicações e contraindicações das Práticas Integrativas e Complementares. Construção histórica das PICs Vídeo “O histórico das Práticas Integrativas e Complementares no Mundo” https://www.youtube.com/watch?v=BE69q8J8fv8 Panorama Histórico – No Mundo • Década de 70: OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. OMS Formular e implementar políticas públicas para o uso racional e integrado das práticas nos sistemas de atenção à saúde Desenvolvimento e estudos científicos para melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade Panorama histórico – No Brasil • No Brasil, o debate sobre as PICS iniciou-se no final da década de 70, quando a sociedade e o governo federal iniciaram um movimento em conjunto • 1980: legitimação e a institucionalização dessas abordagens de atenção à saúde • A descentralização e a participação popular promoveu autonomia aos estados e os municípios, definindo suas políticas e ações em saúde Panorama histórico – No Brasil • Para garantir atenção integral a partir das PICS, o governo federal precisou pensar, em conjunto com gestores de saúde, entidades de classe, conselhos, academia e usuários do SUS em uma política pública que considerasse não só os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, mas a abordagem ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano. Panorama histórico – No Brasil • A partir de então, o Departamento de Atenção Básica (DAB) elaborou um documento para institucionalizar as PICS na rede pública e induzir políticas, programas e legislação. • Assim, o MS aprova, respaldado pelas diretrizes da OMS, através da Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) Panorama histórico – No mundo Ausência de diretrizes específicas - Desigual e descontinuado - Sem registro, fornecimento de insumos e ações de acompanhamento e avaliação Política Nacional Terapia alternativa vs Terapia complementar Terapia Alternativa Substituição do tratamento médico por algum tratamento não convencional Ex.: Substituir os protocolos de quimioterapia indicados para começar a tomar apenas suplementos, chás, entre outros Terapia Complementar Usadas em paralelo ao tratamento indicado e de acordo com suas instruções Ex.: dieta balanceada e o uso de florais para melhorar a ansiedade durante todo este processo Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS • Objetivos - Incorporar e implementar as PICS no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica; - Contribuir para o aumento da resolubilidade do sistema e ampliação do acesso, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança - Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas - Estimular ações de controle/participação social, promovendo o envolvimento continuado dos usuários, gestores e trabalhadores Portaria nº 971, 03 de maio de 2006 Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS • Diretrizes - Estruturação e fortalecimento da atenção em PICS no SUS - Desenvolvimento de estratégias de qualificação em PICS para profissionais o SUS - Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PICS para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS - Estímulo às ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações Portaria nº 971, 03 de maio de 2006 Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS • Diretrizes - Fortalecimento da participação social - Provimento do acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos - Garantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade e segurança das ações - Incentivo à pesquisa em PICS com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados Portaria nº 971, 03 de maio de 2006 Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS • Diretrizes - Desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação das PICS, para instrumentalização de processos de gestão - Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências das PICS nos campos da atenção, da educação permanente e da pesquisa em saúde - Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Portaria nº 971, 03 de maio de 2006 Como implementar as PICs? • Compete ao gestor municipal elaborar normas para inserção da PNPIC na rede municipal de saúde, sendo exclusividade do município a contratação dos profissionais e a definição das práticas a serem ofertadas. • Os recursos para as PICS integram o Piso da Atenção Básica (PAB) de cada município, podendo o gestor local aplicá-los de acordo com sua prioridade. Quais e quantas práticas foram implementadas pela PNPIC? Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS 2006 Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura Homeopatia Fitoterapia Medicina Antroposófica Termalismo Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS 2017 Arteterapia Dança Circular Biodança Medicina Ayurvédica Meditação Musicoterapia Naturopatia Osteopatia QuiropraxiaReflexoterapia ReikiShantala Terapia Comunitária Integrativa Yoga Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS 2018 Apiterapia Constelação Familiar Cromoterapia Imposição das mãos Geoterapia Aromaterapia Bioenergética Hipnoterapia Ozonioterapia Terapia de Florais Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no SUS • Atualmente, o SUS oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) à população. • Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS. Caracterização das PICS Caracterização das PICs • Os atendimentos individuais com PICS estão presentes em 100% das capitais; • 2.203.661 de atendimentos individuais e 224.258 atividades coletivas; • 8.200 estabelecimentos de Atenção Básica, o que corresponde à 19%. • 9.470 estabelecimentos de saúde (AB, média e alta complexidade), distribuídos em 3.097 municípios, ofertam PICS Caracterização das PICs Caracterização das PICs Caracterização das PICs Caracterização das PICs PICs no SUS • Participação - por livre demanda - encaminhados por profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) • Local projetado para PICS - sala dentro da UBS - área livre a céu aberto • Profissionais capacitados - equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Papel do enfermeiro ENFERMEIRO Atuar de forma integrada e planejada Identificar quais práticas serão adotadas Utilizar o sistema de referência/ contrarreferência Promover discussão de casos clínicos com equipe multiprofissional Realizar consultas especializadas e procedimentos específicos Avaliar o impacto da implementação das práticas Desenvolver ações de prevenção, promoção e educação em saúde Avaliação do aprendizado • Minute paper: Escreva em um parágrafo em quais condições podemos e não podemos indicar as práticas integrativas e complementares. LEITURA OBRIGATÓRIA • Leitura do artigo: “Medicina antroposófica: um novo paradigma para as questões da medicina moderna”. • Disponível: http://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/79997/8 3917 Referências • BARROS NF, OTONI MAP, LIMA PT. Medicina alternativa, complementar e integrativa. Einstein: Educ Contin Saúde. 2010; 8(3Pt 2): 148-50 • COORDENAÇÃO NACIONAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES – CNPIC. Painel: agenda PNPIC 2018-2026 sustentabilidade, implementação, consolidação pós-graduação em saúde. Disponível em: http://www.portalunisaude.com.br/arquivos/file/manual%20de%20implementa%C3%A7%C3%A3o%20de%20servi%C3%A7os%20e m%20PICs%20no%20SUS%20-(%20Resenha).pdf • Departamento de Atenção Básica - SAS/MS. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS- PNPIC. https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes- permanentes/clp/eventos/ApresentaoPICSDANIELAMADO.pdf • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html Referências • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de implantação de serviços de práticas integrativas e complementares no SUS. Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_implantacao_servicos_pics.pdf • MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_praticas_integrativas_complementares_2ed.pdf
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