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A opinião Politica segundo Jean Baudouin

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Introdução 
Desde os tempos antigos, a democracia tem se manifestado de forma representativa. No caso da Grécia Antiga, o povo reunia-se no agora em uma praça pública, servia de parlamento da nação. Eram resolvidos no agora, assuntos de interesse econômicos, políticos e sociais, apenas os homens livres possuíam o direito da participação política, permitida pela base social escrava.
Nesta obra, Baudouin, traz uma concepção que alia a democracia à opinião, usando as palavras de Tocquville, define a democracia como sendo um regime de opinião. Porem, Uns dizem que a opinião não existe, é fabricada; ao passo, outros afirmam: a opinião existe em demasia, convém contê-la.
, 
A opinião não existe!
No titulo de um artigo publicado numa obra em 1980, “questions de sociologie, Pierre Bourdieu, analisou os pressupostos implícitos que se encontravam no principio dos inquéritos de opinião. Bourdieu, constatou, que as não-respostas eram mais instrutivas que as resposta, isto é, usando as palavras de Dominique Colas, verificava-se uma resposta silenciosa.
Na medida em que os governados veem-se privados, inconscientemente excluem-se da participação politica considerada legitima pelos senhores. Bourdieu, afirma que este sentimento de desapropriação encontra-se de facto na base de todas as modalidades de formação da opinião, quer se trate de responder um inquérito ou preencher um formulário ou de participar numa eleição. 
O interesse dos dominados esta confiada a representantes, e a substitutos, os dominados tem como única alternativa, por um lado resignarem-se ao silencio, e por outro, delegar a palavra nos profissionais políticos.
Por outro lado, Patrick Champagne e de Loic Blondiaux, advertem que as sondagens desempenhariam na produção ou mesmo na fabricação da opinião, na modelação insidiosa das representações sociais. Assim um dispositivo é instalado para reforçar o sentimento de incompetência que espontaneamente experimentam os dominados.
Em 1973, Alain Lancelor, veio a observar o processo de sondagens de opinião de Bourdieu, poderiam ser alargado as operações eleitorais. Esta critica, traz consigo o fantasma de um povo puro, homogêneo que reapropria da palavra e da acção. 
Enfim, P. Champagne distingue assim na manifestação a antítese logica da representação, o novo lugar da ágora em que a soberania do verdadeiro povo se mostraria finalmente na sua nudez e na sua plenitude.
A opinião existe em demasiado!
Em sua obra The Thory of Democratic Elitism, P. Bachrach recorre aos intelectuais, Joseph Schumpeter, Robert Dahl e Giovanni Sartori, estes defendiam que a democracia estaria desviada ao seu sentido inicial e confundida com modo de dominação politica profundamente diferente.
Bernard Manin veio a observar que o adjectivo elitista sugere uma analogia perniciosa com teses mais antigas apoiadas em Itália por Gaetano Mosca e Vilfredo Pareto. 
Quando a realidade do poder escapar ao povo pretencioso soberano e ser confiscado por uma oligarquia politica, não concluíam de forma alguma de superioridade natural dos representantes sobre os representados. Observa-se um mecanismo irreversível de desapropriação do povo em proveito de uma casta dirigente. Esta teoria sociológica desviou-se em alguns dos seus partidários para uma abordagem ideológica. 
Portanto, é em especial, o problema da governabilidade das sociedades contemporâneas que surge em plena luz essa deriva francamente elitista. 
O membro influente da Trilateral Samuel Huttington desenvolve uma tese tanto provocadora, segundo a qual demasiada democracia pode matar a democracia. Isto é, as tensões que habitam na sociedade criam a necessidade do governo de restringir o acesso à participação politica e limite desse modo a sobrecarga de exigências dirigidas às autoridades centrais. Não só apatia cívica poderia ser tida como vício principal da democracia.
Estas teorias desqualificam a hipótese central da democracia politica contemporânea, para além do que os distingue, os cidadãos conservam uma igual possibilidade opinar de qualquer coisa pública, de julgar e mesmo sancionar a acção dos governantes, de participar, suma, na construção colectiva de um mundo mais justo;
Conclusão
Partindo da premissa, “a opinião é perigosa e deve ser contida em limites restritos”, a que se fazer uma análise partindo da era da Grécia Antiga em homem grego começa a tomar consciência de que a pólis lhe é realidade exterior, ainda quando intenta afirmar conscientemente sua personalidade, esse homem vacila e essa vacilação se escreve, por exemplo, no sacrifício de Sócrates. 
Talvez seja a demasiada democracia que acaba por corromper a finalidade da própria democracia, assim sendo restringindo direitos de opinar, ou mesmo de participação política. 
O modelo representativo que a democracia carrega, inflige a soberania do povo, na medida em que os representantes ignoram e privam a participação política do povo. Uma vez dito que são presentantes, porém agem de forma singular na medida em que incluem seus interesses acima dos interesses do povo.
Há que salientar, que estas duas concepções abordadas por Jean Baudouin, uma pretende libertar a opinião, ao passo, outra pretende aprisioná-la.

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