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1
01
Aula História
1B
Iluminismo
Introdução
A busca de uma nova concepção do mundo, essencialmente racionalista e baseada na existência de leis naturais 
que regem a dinâmica do Universo, encontra-se na base da filosofia iluminista, sendo que suas origens estão vinculadas 
à chamada Revolução Científica do século XVII, que se apoiava nas teorias de Galileu Galilei, de René Descartes e de 
Isaac Newton.
A partir da segunda metade do século XVIII, a crise 
do Antigo Regime se intensificou. A burguesia, apoiada 
pelo campesinato, passou a questionar os privilégios do 
clero e da nobreza. No campo econômico, as relações 
sociais, ainda predominantemente feudais, travavam o 
desenvolvimento do capitalismo.
Dentro desse contexto de crise social e inconfor-
mismo, os intelectuais procuraram respostas e soluções 
para os problemas da época.
A esse movimento de renovação filosófica e intelec-
tual, que atingiu maior maturidade na França, dá-se o 
nome de Iluminismo ou Ilustração, e ao século XVIII, o 
apelido de Século das Luzes.
Compreender o Iluminismo não é tarefa fácil. Não basta decorar nomes de livros e autores. A questão é mais complexa.
Nem todos os filósofos iluministas eram burgueses, bem como não havia uniformidade de pensamento entre eles. 
Apesar disso, muitas das ideias desses pensadores foram usadas pela burguesia na sua luta contra o Antigo Regime, 
contribuindo dessa forma para as revoluções burguesas: Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa.
Os principais pensadores foram: Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau.
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Metropolitan Museum of Art. New York. Óleo sobre tela 129,5 cm x 196,2 cm.
 No século XVIII predominou o estilo neoclássico. A Morte de Sócrates – J. L. David
Esses pensadores acreditavam na razão e no progresso. Combatiam o misticismo, a ignorância, o absolutismo, 
a Igreja Católica, a tortura, a pena de morte, a intervenção do Estado na economia, enfim todas as forças que se 
opunham ao progresso e ao desenvolvimento. Segundo o advogado Séguier (1770), esses filósofos “com uma das 
mãos tentaram abalar o trono e com a outra quiseram derrubar os altares”.
John Locke (1632 - 1704)
Sua teoria política está principalmente exposta no 
Segundo tratado do governo civil, que foi publicado 
em 1690.
Em essência, sua obra defende a ideia de governo 
limitado que justificava o governo estabelecido na 
Inglaterra após a Revolução Gloriosa. Locke condenou o 
absolutismo, denunciando a monarquia despótica.
Locke foi um dos filósofos que mais tiveram influên-
cia na História da Humanidade.
Além de suas teorias terem influenciado a Revolução 
Francesa, foram prontamente aceitas na América, prepa-
rando a revolta colonial contra a Inglaterra.
Montesquieu (1689 - 1755)
O aristocrata Charles-Louis de Secondat, senhor de 
La Brède e Barão de Montesquieu, escreveu várias obras, 
ganhou notoriedade e exerceu notável influência.
A sua principal obra foi: O espírito das leis. É uma 
obra volumosa, dividida em seis partes, cada qual em 
vários livros, compostos de muitos capítulos.
Para Montesquieu, as leis, escritas ou não, que gover-
nam os povos, não são frutos do capricho ou do arbítrio 
de quem legisla. Ao contrário, decorrem da realidade so-
cial e da história concreta própria ao povo considerado.
Montesquieu não questiona qual é a melhor forma 
de governo. Para ele, não há leis justas ou injustas. O que 
existe são leis mais ou menos adequadas a um determi-
nado povo e a uma determinada circunstância de época 
e lugar.
Montesquieu não era um revolucionário. Suas simpa-
tias políticas se dirigem a uma monarquia liberal, à moda 
inglesa.
Sem dúvida, sua con-
tribuição mais conhecida 
foi a doutrina dos três 
poderes, baseada em 
Locke, na qual advogava 
a divisão da autoridade 
governamental em três 
setores fundamentais: o 
executivo, o legislativo 
e o judiciário.
Voltaire (1694 - 1778)
François-Marie Arouet, chamado Voltaire, nasceu em 
Paris.
Polemista vigoroso, crítico da religião e da mo-
narquia, Voltaire deixou uma obra extensa e variada. 
Escreveu: Cândido, O ingênuo, Tratado de metafísica, 
Dicionário filosófico, Ensaio sobre os costumes, Cartas 
inglesas, etc.
Voltaire era um crítico contundente da Igreja Católica 
e quase sempre concluía sua correspondência com a 
frase Écrasez I’infâme, ou seja, Esmagai a Infame.
Isso não quer dizer que Voltaire fosse ateu. Para ele, 
as massas deveriam temer alguma coisa e, daí, não ter 
abandonado o conceito de um ser supremo. É dele a 
observação: “Se Deus não existisse, seria necessário 
inventá-lo”.
Voltaire defendia a tolerância e a liberdade. Modera-
do, era favorável a uma monarquia parlamentar.
 Montesquieu condenava o absolutismo. Na imagem, qua-
dro representando Luís XIV, monarca absolutista francês.
Museu Carnavalet
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Museu do Palácio de Versalhes, 
escola francesa, 1728.
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É uma verdade eterna: qualquer pessoa que te-
nha o poder tende a abusar dele. Para que não 
haja abuso, é preciso organizar as coisas de manei-
ra que o poder seja contido pelo poder.
Montesquieu. O espírito das leis
Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778)
Popular, radical, crente em Deus, o suíço Jean-Jacques Rousseau foi um personagem polêmico, amado por muitos 
e odiado por outros tantos.
Rousseau se interessou por muitas coisas. Para a “Enciclopédia”, escreveu os verbetes sobre música.
2 Extensivo Terceirão
Na obra Discurso sobre as ciências e as artes, chocou os enciclopedistas, defendendo a tese de que o progresso, 
ao invés de melhorar o homem, na realidade o havia deteriorado.
Criticava de forma contundente a propriedade privada (para ele, a raiz das infelicidades humanas). Essa tese revo-
lucionária foi defendida na obra Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens.
Sua obra mais conhecida é O contrato social, na qual desenvolveu a concepção de que a vontade geral deve ultrapas-
sar os interesses particulares. Ao subscrever o contrato social, cada indivíduo renunciou a individualidade.
Enciclopedismo
Quando se fala em lluminismo, pensa-se logo na 
grande Enciclopédia.
Em 1751, um grupo de filósofos franceses resolveu 
publicar uma enciclopédia que reunisse todos os conhe-
cimentos da época. Esta obra monumental foi organiza-
da por Denis Diderot e Jean Le Rond d’Alembert. Não 
era uma obra qualquer, como explica d’Alembert, em sua 
introdução.
As inteligências mais brilhantes da época, além de 
especialistas os mais diversos, colaboraram com essa 
monumental obra. Montesquieu redigiu apenas um 
verbete, sobre o gosto; já Voltaire foi responsável por 
quarenta e três artigos. Rousseau, Buffon, o Barão 
d’Holbach, Quesnay e Turgot também participaram.
Mesmo tendo sido publicada clandestinamente, a 
Enciclopédia influenciou o pensamento político e social 
da época, preparando os espíritos para a Revolução de 
1789.
Fisiocratas
A “filosofia das luzes” passou a questionar o mercanti-
lismo, política econômica do Estado absolutista.
Os economistas fisiocratas (fisiocracia = governo da 
natureza) eram contrários à intervenção do Estado na 
economia. O primeiro teórico dessa corrente foi o médi-
co de Luís XV, François Quesnay, que escreveu Quadro 
econômico.
Para Quesnay, a terra era a única fonte de riqueza; daí 
a supremacia da agricultura sobre o comércio.
Isto posto, pode-se dizer que os fisiocratas represen-
taram o pensamento dos partidários de um capitalismo 
liberal agrário.
Escola Clássica
A Escola de Manchester, mais conhecida como 
Escola Clássica, surgiu paralelamente à consolidação da 
produção capitalista na Inglaterra, a partir da Revolução 
Industrial.
“Rosseau toma violentamente posição contra as práticas da democracia: o bem comum não pode ser esta-
belecido pela simples soma estatística das opiniõesindividuais – por exemplo, pelo voto, posto que somando 
tantos egoísmos não se obtém absolutamente altruísmo e consciência civil. Como já afirmava Heráclito: a 
opinião de um vale 10 mil, se for o melhor. Construir uma vontade geral amante do bem comum, capaz de 
realizar o interesse coletivo, obtendo, ao mesmo tempo, a livre adesão de cada cidadão, significa mudar a 
natureza do homem. As regras sociais devem ser interiorizadas, vividas como um dever ético, e não como 
uma obrigação imposta pela convivência. A pessoa deve, de alguma maneira, socializar-se, abandonar o indi-
vidualismo para transformar-se em um ser coletivizado, capaz de pensar nos outros não como instrumentos, 
mas como fim.” 
NICOLA, Ugo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna: São Paulo: Globo, 2005, p. 307.
Seus principais representantes foram:
Adam Smith (1723 - 1790)
Suas principais obras foram: A riqueza das nações e 
Teoria dos sentimentos morais.
Para Smith, o trabalho, aliado ao capital, é fator 
determinante de riqueza.
Smith escreveu sobre a divisão do trabalho, o livre 
mercado e muitos outros preceitos do laissez-faire. Des-
confiava do governo e se opunha ao mercantilismo.
Déspotas esclarecidos
Alguns monarcas europeus tentaram colocar em 
prática algumas ideias dos pensadores iluministas. Os 
historiadores do século XIX cognominaram esses monar-
cas de déspotas esclarecidos.
Esses novos teóricos defendiam a plena liberdade 
econômica, a liberdade de mercado, a propriedade 
privada e o individualismo econômico.
3História 1B
Aula 01
Testes
Assimilação
01.01. (FAMERP – SP) – No livro Investigação sobre a natureza 
e a causa da riqueza das nações, publicado em 1776, Adam 
Smith argumentou que um agente econômico, procurando o 
lucro, movido pelo seu próprio interesse, acaba favorecendo 
a sociedade como um todo. Esse ponto de vista é um dos 
fundamentos 
a) do liberalismo, que dispensou a regulamentação da eco-
nomia pelo Estado. 
b) do utilitarismo, que defendeu a produção especializada 
de objetos de consumo. 
c) do corporativismo, que propôs a organização da sociedade 
em grupos econômicos. 
d) do socialismo, que expôs a contradição entre produção e 
apropriação de riqueza. 
e) do mercantilismo, que elaborou princípios de protecio-
nismo econômico. 
01.02. O iluminismo (ou ilustração) foi uma corrente de 
ideias que teve origem no século XVII e se desenvolveu 
sobretudo no século XVIII. O referido movimento é consi-
derado importante por transformar a visão tradicional do 
homem moderno. 
O iluminismo expressou a
a) consolidação dos dogmas religiosos como importantes 
na vida humana.
b) negação dos princípios do uso da razão, pois não contri-
buía para o conhecimento humano.
c) consolidação do uso da razão, ou racionalismo, como 
elemento essencial do ser humano.
d) consolidação da providência divina dos reis.
e) negação dos valores do humanismo e do uso da razão.
01.03. (FEEVALE – RS) – O Iluminismo foi um movimento 
intelectual que chegou ao auge no século XVIII. Ele estabe-
leceu uma nova mentalidade que, com o passar do tempo, 
alcançou grande parte da população europeia da época, 
especialmente a burguesia. 
Marque a alternativa incorreta sobre as características do 
Iluminismo. 
a) Foi na França que o movimento atingiu maior expressão, 
combatendo o Antigo Regime.
b) Os nobres eram, na visão dos iluministas, aqueles que 
defendiam a organização de sociedades democráticas.
c) As ideias iluministas chegaram ao continente americano, 
influenciando as lutas anticoloniais.
d) O Iluminismo defendia o triunfo da razão sobre a igno-
rância e a superstição. 
e) O Iluminismo defendia o anticlericalismo. 
01.04. (UFJF – MG) – O Iluminismo foi o movimento cultural 
europeu ocorrido entre a revolução inglesa (1688) e a Revo-
lução francesa (1789). Acerca desse movimento assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) Em política atacava-se o poder absoluto dos governantes 
e propunha governos constitucionais. 
b) Criticava-se a Igreja Católica, sustentáculo ideológico do 
Antigo Regime e propunha a separação Igreja – Estado. 
Resumindo:
• Os “monarcas esclarecidos” adotavam alguns princípios da 
filosofia iluminista, objetivando modernizar os estados atra-
sados que eles governavam. Esses monarcas, contudo, repri-
miam os opositores e usavam políticas mercantilistas.
• Em alguns casos enfrentaram a reação de grupos políticos 
tradicionais: nobreza e clero, por isso procuraram o apoio da 
burguesia (ainda fraca) e dos “corpos populares”.
• Os principais déspotas esclarecidos foram: 
 José II, da Áustria; Catarina II, da Rússia; o Marquês de Pombal, 
de Portugal; Frederico II, da Prússia; e Carlos III, da Espanha.
• Embora suas políticas variassem, apresentavam alguns 
traços comuns, concentrados em três grandes centros de 
interesses: a relação Igreja-Estado, a racionalização da eco-
nomia e o combate à nobreza.
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Galeria Nacional da Suécia, óleo de A. R. Lisiewski.
 Catarina II, seu marido Pedro III e o filho.
4 Extensivo Terceirão
c) As propostas do Liberalismo, tais como a não intervenção 
na economia, eram opostas ao Mercantilismo dos Estados 
Absolutistas. 
d) A representação da luz – o sol – símbolo da razão, deveria 
nortear a construção de uma nova sociedade capitalista e 
dissipar a treva identificada com o Absolutismo. 
e) O movimento iluminista defendia a manutenção do direito 
divino dos soberanos em oposição ao obscurantismo da 
tradição. 
Aperfeiçoamento
01.05. (UDESC) Leia atentamente o texto a seguir.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, confor-
me dissemos, se é senhor absoluto dasua própria pes-
soa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por 
que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará 
o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de 
qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, 
embora no estado de natureza tenha tal direito, a utili-
zação do mesmo é muito incerta e está constantemente 
exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos se-
nhores tanto quanto ele, todo o homem igual a ele e, na 
maior parte, pouco observadores da equidade e da jus-
tiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado 
é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstân-
cias obrigam-no a abandonar uma condição que, em-
bora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e 
não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se 
em sociedade com outros que estão já unidos, ou pre-
tendem unir-se para a mútua conservação da vida, da 
liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” 
(LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo, São Paulo: Abril Cultural, 1983)
No trecho acima, John Locke (1632-1704) anuncia alguns 
elementos que caracterizam a corrente de pensamento 
conhecida como Liberalismo.
Em termos políticos, pode-se afirmar que o texto justifica:
a) a necessidade do governo como proteção à vida e aos 
direitos.
b) a instauração do governo absoluto como imposição da 
natureza humana.
c) a liberdade individual sempre acima do direito de pro-
priedade.
d) o governo como poder oriundo da natureza.
e) o cerceamento da liberdade por parte do governo.
01.06. Brasília foi inaugurada em 1960, poucos anos depois 
do início de sua construção. Planejada por Lúcio Costa e Oscar 
Niemeyer, a nova capital do Brasil foi estruturada a partir de 
dois grandes eixos que se cruzam: o Eixo Rodoviário, em torno 
do qual estão as áreas residenciais, e o Eixo Monumental, 
onde se localizam os órgãos governamentais e culturais. Em 
uma das extremidades do Eixo Monumental, encontra-se a 
Praça dos Três Poderes.
O nome dessa praça faz referência à teoria 
a) da divisão das responsabilidades sobre o país que, com 
a Constituição de 1891, definiu que o presidente, os go-
vernadores e os prefeitos exerceriam o poder de forma 
compartilhada.
b) do Estado tripartido, de origem medieval, que definiaas fun-
ções que deveriam ser desempenhadas pela nobreza, pela 
burguesia e pelos trabalhadores em benefício da sociedade.
c) da organização da república, proposta por Platão, em que 
o presidente, o povo e os deputados debatem a respeito 
do funcionamento da sociedade. 
d) do Estado moderno europeu, segundo a qual o Senado, a 
Câmara e a Presidência da República exercem os poderes 
conferidos pela população por meio do voto direto e 
secreto.
e) da separação dos poderes, proposta por Montesquieu, em 
que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário devem exercer os 
seus poderes de forma independente e equilibrada entre si.
01.07. (UFT – TO) – Rousseau, na obra Do contrato so-
cial, afirma: “Proponho-me a investigar se pode haver 
na ordem civil uma regra de administração legítima e 
confiável que tome os homens tais como são e as leis 
tais como podem ser. Tentarei sempre conciliar nesta 
pesquisa o que é permitido pelo direito com o que é 
prescrito pelo interesse, a fim de que a justiça e a uti-
lidade não fiquem em desarmonia”.
Fonte: ROUSSEAU, J-J. Do contrato social, apud. RAWLS, J. Conferencias sobre a 
história da filosofia política. São Paulo: Martins Fontes, 2012, p. 233
Desta forma, o autor estabelece desde o início alguns termos 
essenciais do seu pensamento político. No que concerne às 
bases das instituições políticas e sociais e à concretização 
dos princípios do direito político e da justiça em Rousseau, é 
CORRETO afirmar que a noção de “contrato social” se orienta 
fundamentalmente:
a) à conservação da condição de igualdade entre os cida-
dãos, à concretização do estado de direito e à garantia de 
um grau suficiente de igualdade material.
b) à autopreservação da vida, à livre iniciativa do trabalho 
e à propriedade privada como direitos fundamentais e 
inalienáveis do indivíduo.
c) à obediência irrestrita ao soberano e às suas leis em função 
da garantia da segurança pessoal no estado civil e do 
progresso material da sociedade.
d) à sacralidade da propriedade privada, do estado de direito 
e do respeito às diferenças entre os homens como condi-
ções para a validade de todo contrato.
01.08. (UNESP – SP) – Todos os homens são criados 
iguais, dotados pelo Criador de certos direitos ina-
lienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade 
e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, 
entre os homens se instituem governos, que derivam 
seus justos poderes do consentimento dos governados. 
Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir 
5História 1B
Aula 01
essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou 
aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu 
fundamento sobre tais princípios e organizando seus 
poderes de tal forma que a ele pareça ter maior pro-
babilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade.
(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). 
Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)
O documento expõe o vínculo da luta pela independência 
das treze colônias com os princípios 
a) liberais, que defendem a necessidade de impor regras 
rígidas de protecionismo fiscal. 
b) mercantilistas, que determinam os interesses de expansão 
do comércio externo. 
c) iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de 
rebelião contra governos tirânicos. 
d) luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar 
pela própria salvação. 
e) católicos, que justificam a ação humana apenas em função 
da vontade e do direito divinos.
01.09. Quando na mesma pessoa, ou no mesmo órgão 
de governo, o poder Legislativo está unido ao poder 
Executivo, não existe liberdade […] E também não 
existe liberdade se o poder Judiciário (poder de julgar) 
não estiver separado do poder Legislativo (poder de 
fazer as leis) e do poder Executivo (poder de executar, 
de por em prática as leis.)
Montesquieu, O espírito das leis, 1748. In: FREITAS, G. de; 900 textos e documentos 
de História. Lisboa: Plátano, 1978. V. III, p.24
Político, filósofo e escritor, o Barão de Montesquieu (1689–
1755) se notabilizou por sua teoria sobre a separação dos 
poderes, que organiza o funcionamento de muitos dos 
Estados modernos até a atualidade.
Ao formular sua teoria, Montesquieu criticou o regime ab-
solutista e defendeu a divisão do governo em três poderes 
– Executivo, Legislativo e Judiciário – como forma de 
a) garantir a centralização do poder monárquico e a vontade 
absoluta dos reis, bem como defender os interesses das 
classes dominantes. 
b) desestabilizar o governo e enfraquecer o Judiciário, bem 
como garantir a impunidade dos crimes cometidos pelos 
mais pobres. 
c) evitar a concentração de poder e os abusos dos gover-
nantes, bem como proteger as liberdades individuais 
dos cidadãos. 
d) estabilizar o governo e fortalecer o Executivo, bem como 
liberar as camadas subalternas da cobrança de impostos. 
e) fortalecer o povo e eliminar os governos, bem como 
eliminar as formas de punição consideradas abusivas. 
01.10. (FGV – SP) – “O gênero humano é de tal ordem 
que não pode subsistir, a menos que haja uma grande 
infinidade de homens úteis que não possuam nada.”
(Dicionário filosófico, verbete Igualdade)
“O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglater-
ra, contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade 
deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se 
formou o poderio do Estado.”
(Cartas inglesas)
Sobre os trechos de Voltaire, é correto afirmar que o autor 
a) define, com suas ideias, os interesses da burguesia como 
classe, no século XVIII: o comércio como condição para a 
acumulação de capital, a riqueza como fator de liberdade e 
do poder de Estado e a propriedade ligada à desigualdade. 
b) crê, como filósofo iluminista do século XVIII, nas igualdades 
social e política, pois a filosofia burguesa elabora uma 
doutrina universalista que confunde a causa da burguesia 
com a de toda a humanidade. 
c) critica a centralização do poder na medida em que ela 
breca a liberdade, impedindo o progresso das técnicas 
e a expansão do comércio que geram riqueza, e, ao 
mesmo tempo, aceita a propriedade como fundamento 
da igualdade. 
d) considera que a burguesia não se constitui em uma 
classe no século XVIII, e ela precisa do poder do Estado 
centralizado para garantir a sua riqueza e, nessa medida, 
aproxima-se da nobreza para obter apoio político. 
e) defende, como representante da Ilustração, a liberdade 
ligada à ausência da propriedade e elabora princípios 
universais, com direitos e deveres para todos os homens, 
o que faz a igualdade econômica ser o fundamento da 
sociedade. 
Aprofundamento
01.11. (USF – SP) – Conhecido como o século das Luzes 
ou do Iluminismo, o século XVIII foi marcado por um 
movimento do pensamento europeu (ocorrido mais 
especificamente na segunda metade do século XVIII) 
que abrangeu o pensamento filosófico e gerou uma 
grande revolução nas artes (principalmente na literatu-
ra), nas ciências, nos costumes, na teoria política e na 
doutrina jurídica. O Iluminismo também se distinguiu 
pela centralidade da ciência e da racionalidade crítica 
no questionamento filosófico.
Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/15543/15543_3.pdf>. Acesso 
em: 12/09/2017. 
Tomando como base o contexto abordado, podemos afirmar 
corretamente que 
a) o liberalismo econômico deu ênfase à economia mer-
cantilista, na qual o Estado seria responsável pela regula-
mentação de preços e mercados para evitar abusos que 
prejudicariam a população.
b) a Escola Fisiocrata sustentou a ideia de que existem leis 
naturais regendo a sociedade, mas que poderiam ser alte-
radas pelo bem da humanidade, e, além disso, defendeu 
que a indústria e o comércio seriam responsáveis pela 
riqueza de uma nação.
6 Extensivo Terceirão
c) as ideias defendidas por John Locke, na obra O contrato 
social, afirmam que o soberano deve conduzir o Estado 
de forma democrática, de acordo com a vontade do 
povo.
d) o Despotismo Esclarecido, ligado à associação entreas 
ideias das luzes e o poder absolutista dos reis, foi aplicado 
com ênfase em todos os Estados europeus no início do 
século XVIII, resultando no nascimento de dezenas de 
monarquias parlamentaristas.
e) o Iluminismo combateu o mercantilismo, o tradiciona-
lismo religioso herdado da Idade Média e a divisão da 
sociedade em estamentos.
01.12. (PUCCAMP – SP) – Um pensamento liberal mo-
derno, em tudo oposto ao pesado escravismo dos 
anos 1840, pode formular-se tanto entre políticos e 
intelectuais das cidades mais importantes quanto junto 
a bacharéis egressos das famílias nordestinas que pouco 
ou nada poderiam esperar do cativeiro em declínio.
(BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 
224)
Faz parte das características do pensamento liberal europeu, 
no século XIX, a defesa 
a) da liberdade de imprensa e de ações afirmativas visando 
à reparação estatal a grupos discriminados.
b) da distribuição equitativa de riquezas e do estado de 
bem-estar social.
c) do livre cambismo e do direito à propriedade privada.
d) da liberdade de culto e do mutualismo.
e) da nacionalização dos meios de produção e da doutrina 
do destino manifesto.
01.13. (PUCCAMP – SP) – Os enciclopedistas consti-
tuíram uma pequena elite de letrados e de técnicos, 
ligados à vida material como elementos de ponta do 
progresso econômico e também estreitamente vin-
culados ao aparato estatal, o qual se esforçaram por 
tornar melhor e mais racional. (...) Por toda a parte na 
Europa das Luzes, encontramos esta pretensão e esta 
vontade [dos filósofos] de pôr-se à testa e na direção 
da sociedade.
(VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-
240)
A elite intelectual a que o texto se refere foi responsável 
pela organização e publicação do mais importante veículo 
de divulgação das ideias do Iluminismo, no século XVIII: a 
Enciclopédia. Essa obra de inspiração racionalista, 
a) defendia a teoria de que a economia deveria funcionar 
por suas próprias leis e na eliminação da intervenção do 
Estado sobre os negócios comerciais que entravava as 
aduanas internas.
b) estabelecia a tese segundo a qual as estruturas sociais 
eram determinadas pelas circunstâncias ambientais e 
pela liberdade como direito incontestável de todos os 
homens da época. 
c) afirmava que a única esperança de garantir os direitos de 
cada um seria ceder todos esses direitos à comunidade 
civil para que a governasse de acordo com as ideias dos 
filósofos iluministas.
d) defendia uma monarquia absolutista moderada por um 
governo baseado na razão e no ideário político e social 
vigente na época e não mais pelos pressupostos religiosos 
divulgados pela Igreja.
e) propunha, de maneira geral, a imediata autonomização da 
Igreja em relação ao Estado e o combate às superstições 
e às diversas manifestações do pensamento dogmático 
eclesiástico.
01.14. (UNESP – SP) – Um homem transporta o fio metá-
lico, outro endireita-o, um terceiro corta-o, um quarto 
aguça a extremidade, um quinto prepara a extremidade 
superior para receber a cabeça; para fazer a cabeça são 
precisas duas ou três operações distintas; colocá-la 
constitui também uma tarefa específica, branquear o 
alfinete, outra; colocar os alfinetes sobre o papel da 
embalagem é também uma tarefa independente. [...] 
Tive ocasião de ver uma pequena fábrica deste tipo, 
em que só estavam empregados dez homens, e onde 
alguns deles, consequentemente, realizavam duas ou 
três operações diferentes. Mas, apesar de serem muito 
pobres, e possuindo apenas a maquinaria estritamente 
necessária, [...] conseguiam produzir mais de quarenta 
e oito mil alfinetes por dia. Se dividirmos esse trabalho 
pelo número de trabalhadores, poderemos considerar 
que cada um deles produz quatro mil e oitocentos alfi-
netes por dia; mas se trabalhassem separadamente uns 
dos outros, e sem terem sido educados para este ramo 
particular de produção, não conseguiriam produzir 
vinte alfinetes, nem talvez mesmo um único alfinete 
por dia.
(Adam Smith. Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações, 
1984.)
O texto, originalmente publicado em 1776, demonstra 
a) o avanço tecnológico representado pelo surgimento 
da fábrica na Inglaterra, relacionando a riqueza com o 
aprimoramento científico e o trabalho simultâneo de 
milhares de operários. 
b) o crescimento do mercado consumidor e a maior veloci-
dade na distribuição das mercadorias inglesas, destacando 
o vínculo entre riqueza e uma boa relação entre oferta e 
procura. 
c) a força crescente dos sindicatos e das federações de tra-
balhadores na Inglaterra, enfatizando o princípio marxista 
de que apenas o trabalho permite a geração de riqueza. 
d) a produtividade do artesanato e o conhecimento da 
totalidade do processo produtivo pelos trabalhadores 
ingleses, relacionando a noção de riqueza ao acúmulo 
de metais nobres. 
e) a disciplina no trabalho e o parcelamento de tarefas pre-
sentes nas manufaturas e fábricas inglesas, associando 
o crescimento da riqueza à produtividade do trabalho.
7História 1B
Aula 01
01.15. (PUCCAMP – SP) – José de Alencar retratou o seu 
herói goitacá em prosa, a exemplo do que o escocês 
Walter Scott havia feito com os cavaleiros medievais na 
célebre novela Ivanhoé. Para evocar um mítico passado 
nacional, na falta dos briosos cavaleiros medievais de 
Scott, o índio seria o modelo de que Alencar lançaria 
mão. (...) O índio entrara como tema na literatura uni-
versal por influência das ideias dos filósofos iluministas 
e especialmente, da obra de Jean-Jacques Rousseau 
(....). As teses de Rousseau sobre o “bom selvagem”, por 
sua vez, bebiam na fonte das narrativas de viajantes do 
século XVI, os primeiros europeus que haviam colo-
cado os pés no chão americano. Foram esses viajantes 
os responsáveis pela propagação do juízo de que, do 
outro lado do oceano, existia um povo feliz, vivendo 
sem lei nem rei (...)
(NETO, Lira. O inimigo do Rei. Uma biografia de José de Alencar. São Paulo: Globo, 
2006. p. 166-167)
Para o filósofo iluminista francês a que o texto de Lira Neto 
se refere,
a) o governo democrático deveria sempre representar a 
maioria dos cidadãos, a qual opinaria sobre as questões 
sociais, enquanto os governantes deveriam consultar o 
povo sempre que necessário.
b) o universo é governado por leis físicas e não submetido 
a interferências de cunho divino, sendo a universalidade 
da razão o único caminho que levaria ao conhecimento 
do mundo de forma coerente.
c) os homens possuem a vida, a liberdade e a propriedade 
como direitos naturais e os governos teriam que respeitar 
esses direitos e, caso não o fizessem, caberia à sociedade 
civil o direito de rebelião.
d) o espírito humano é uma ‘tábua rasa’ e todo conhecimento 
se faz com a própria capacidade intelectual do homem 
de se desenvolver mediante sua atividade e de exercício 
do pensamento.
e) o Estado deveria garantir aos cidadãos a liberdade, por 
meio de uma divisão equilibrada dos poderes, quais se-
jam: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas 
e o de julgar os crimes.
01.16. (UDESC) – “Renunciar à liberdade é renunciar à 
qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e 
até aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação 
possível para quem renuncia a tudo. Tal renúncia é in-
compatível com a natureza do homem. Assim, seja qual 
for o lado por que se considerem as coisas, o direito 
de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, 
mas porque absurdo e sem significação. As palavras 
escravidão e direito são contraditórias; excluem-se 
mutuamente. 
Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.
O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado 
em 1762, apresenta ideias que confluem com as lutas por 
“liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da 
Revolução Francesa.
Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, 
assinale a alternativa correta a respeito das relações entre a 
Revolução Francesa e a práticada escravidão. 
a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, 
está previsto na Declaração dos direitos do homem e do 
cidadão. Por este motivo, a partir de 1791, a escravidão, 
em todas as suas formas, foi abolida e jamais restabelecida 
nas colônias francesas. 
b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse 
homogêneo, no que diz respeito ao fim da escravidão, 
esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura de 
um tratado entre Napoleão e o líder haitiano Toussaint 
Louverture. Após a assinatura deste tratado, a escravidão 
jamais foi restabelecida em uma colônia francesa. 
c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão 
eram pautas bastante cômodas para os revolucionários 
franceses, pois a França nunca contou com pessoas es-
cravizadas em suas colônias. 
d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da 
escravidão eram relativamente contraditórios. Apesar 
das preleções de Rousseau, alguns grupos defendiam, 
primeiramente, apenas o fim do tráfico negreiro. As lutas 
pela abolição da escravidão e a independência do Haiti, 
concretizada apenas em 1804, são representativas destas 
contradições. 
e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que 
Jean-Jacques Rousseau era um defensor da escravidão 
apenas para as mulheres. 
01.17. (UEPG – PR) – Em 1776, o inglês Adam Smith pu-
blicou A riqueza das nações, obra que continha os pressu-
postos essenciais do liberalismo, doutrina que serviu como 
referência para o avanço capitalista a partir do século XVIII. 
A respeito desse tema, assinale o que for correto. 
01) O liberalismo defende o livre mercado e o direito individu-
al sobre a propriedade privada dos meios de produção, ao 
contrário, por exemplo, do pensamento socialista.
02) Para o liberalismo, é necessário que exista um Estado 
forte e atuante nas questões sociais, de modo a atender 
demandas como a geração de emprego e a seguridade 
social.
04) Uma das premissas centrais do liberalismo é a não in-
tervenção do Estado na economia, como por exemplo, 
a adoção de medidas protecionistas no mercado eco-
nômico.
08) O liberalismo utiliza vários princípios formulados pela 
fisiocracia, corrente que antecedeu o pensamento libe-
ral e que era bastante difundida pela Europa desde os 
tempos medievais.
01.18. (UEM – PR) – Sobre o Iluminismo e o Liberalismo, 
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) Para o pensador inglês John Locke, a vida, a liberdade e 
a propriedade são direitos naturais dos homens.
02) Os valores e os ideais defendidos pelos pensadores ilu-
ministas constituíram a base teórica da crítica ao Anti-
go Regime e à desigualdade jurídica.
8 Extensivo Terceirão
04) Os filósofos iluministas construíram um corpo teórico 
coeso. Isso pode ser observado, por exemplo, nas crí-
ticas que Voltaire e Rousseau fizeram à propriedade 
privada e à burguesia, consideradas por eles a raiz da 
infelicidade humana.
08) Adam Smith combatia as ideias e as práticas mercanti-
listas, pois as considerava prejudiciais à economia. Para 
esse autor, com a adoção da livre concorrência, com 
a divisão do trabalho e com a liberdade do comércio, 
alcançar-se-ia a justiça social.
16) Com base em princípios iluministas, alguns reis euro-
peus colocaram em prática reformas que visavam har-
monizar o poder régio com a modernização de seus 
países. Essas ações foram chamadas Despotismo Escla-
recido.
Desafio
01.19. (UEPG – PR) – Concebido por Adam Smith no século 
XVIII, o liberalismo é uma doutrina política e econômica que 
possui características e princípios bastante peculiares. A 
respeito deste tema, assinale o que for correto.
01) A doutrina liberal defende a livre organização dos tra-
balhadores em associações, sindicatos e partidos que 
representem os seus interesses. Para o liberalismo, é a 
organização dos trabalhadores que gerará salários jus-
tos e direitos sociais garantidos.
02) No liberalismo há o incentivo ao mérito, ou seja, todo 
indivíduo terá garantida igualdade de oportunidades e 
depende apenas do seu esforço pessoal para alcançar 
seus objetivos e propósitos.
04) Ideologicamente vinculado à perspectiva capitalista, o 
liberalismo constrói sua base argumentativa na defesa 
do aumento da produção e na ideia de bem-estar ma-
terial do indivíduo.
08) No bojo do pensamento liberal, destaca-se o princípio 
de que, se em uma sociedade as leis fossem cumpridas 
por todos, não haveria necessidade de que o Estado co-
brasse impostos e investisse, por exemplo, na formação 
de quadros militares.
16) Enquanto doutrina, o liberalismo defende o Estado mí-
nimo, ou seja, um Estado que pouco interfira na eco-
nomia, mas, ao mesmo tempo, garanta a propriedade 
privada, os direitos individuais, a liberdade religiosa e a 
segurança.
01.20. (UNICAMP – SP) – 
(Edgar Fash Memorial Collection, Departament Of Special Collections, University of 
Pennsylvania Library. Disponível em: <http: sceti.library.upenn.edu. Acessado em 
14/08/2017.)
A ilustração anterior, com Marie Lavoisier representada à direi-
ta, foi produzida nas últimas décadas do século XVIII, e mostra 
uma experiência para entender a fisiologia da respiração e o 
papel do oxigênio nela. Considerando o contexto histórico e 
o seu conhecimento de química, assinale a alternativa correta. 
a) No século XVIII, Marie Lavoisier, como outras mulheres, 
não participava da produção do conhecimento científico. 
Por outro lado, seu marido, Antoine Lavoisier, ficou famoso 
pela frase “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo 
se transforma”, conhecida como a lei de conservação da 
quantidade de matéria.
b) A Revolução Francesa favoreceu cientistas e intelectuais 
franceses independentemente de suas posições ideológi-
cas e das questões de gênero. É o caso de Marie Lavoisier 
e de Antoine Lavoisier, este último famoso pela frase “na 
natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, 
conhecida como a lei de conservação das massas.
c) No século XVIII, as mulheres participavam da produção 
do conhecimento científico. Marie Lavoisier registrou e 
publicou muitos dos experimentos feitos pela equipe 
de seu marido, Antoine Lavoisier, famoso pela frase “na 
natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, 
conhecida como a lei de conservação das massas.
d) A Revolução Francesa garantiu às mulheres a cidadania 
e a participação na produção do conhecimento cien-
tífico. Marie Lavoisier registrou e publicou muitos dos 
experimentos feitos pela equipe de seu marido, Antoine 
Lavoisier, famoso pela frase “na natureza nada se cria, nada 
se perde, tudo se transforma”, conhecida como a lei de 
conservação da quantidade de matéria.
01.01. a 
01.02. c 
01.03. b 
01.04. e 
01.05. a 
01.06. e 
01.07. b 
01.15. a 
01.16. d 
01.17. 05 (01 + 04)
01.18. 27 (01 + 02 + 08 + 16)
01.19. 22 (02 + 04 + 16)
01.20. c
01.08. c
01.09. c
01.10. a
01.11. e
01.12. c
01.13. e
01.14. e
Gabarito
9História 1B
Aula 01
1B
Absolutismo inglês
Entre 1337 e 1453, a Inglaterra esteve envolvida na Guer-
ra dos Cem Anos, enfrentando os franceses.
Por volta de 1450, os ingleses sofreram uma série de 
reveses, o que veio a agravar os problemas internos, já que o 
rei Henrique VI era fraco e ingênuo.
Em meio à crise, duas famílias passaram a disputar o po-
der, já que Henrique VI tornara-se louco. A guerra civil entre 
os Lancaster e os York ficou conhecida como a “Guerra das 
Duas Rosas”, pois o símbolo da família Lancaster era uma 
rosa vermelha, enquanto o símbolo da família York era uma 
rosa branca.
O conflito se estendeu de 1455 a 1485. O fim da “Guerra 
das Duas Rosas” ocorreu quando Henrique Tudor, descenden-
te por parte de mãe dos Lancaster, derrotou Ricardo III (dos 
York), que morreu lutando. Henrique casou-se com Elisabeth 
de York e foi coroado rei.
Henrique VII procurou controlar a nobreza, lançando as 
bases do absolutismo inglês.
Henrique VIII (1509 - 1547) consolidou o absolutismo 
monárquico com a Reforma Anglicana, confiscando e ven-
dendo os bens eclesiásticose tornando-se chefe da Igreja.
Os seus sucessores, Eduardo VI (1547 - 1553) e Maria I 
(1553 - 1558), enfrentaram constantes guerras civis em con-
sequência dos antagonismos religiosos.
É no reinado de Elisabeth I, filha de Henrique VIII e Ana 
Bolena, que se elevou o absolutismo, bem como a Reforma 
Religiosa Anglicana.
Crise
No final do século XVI, a burguesia e a nova nobreza enriqueceram e fortaleceram-se tanto que já não neces-
sitavam da tutela de um forte poder real. Por sua parte, os reis ingleses acreditavam que poderiam governar como 
monarcas absolutos, à semelhança dos reis da França ou da Espanha. Entretanto, eram impedidos nesse propósito 
pelo Parlamento. Os representantes da burguesia e da nova nobreza, que ocupavam lugares no Parlamento, queriam 
governar o país à sua maneira e dirigir a política externa. Queriam que o Rei se submetesse ao Parlamento. Assim, 
começou entre este e aquele uma luta pelo poder.
Os choques entre o Parlamento e o poder real começaram durante o reinado de Elisabeth I, porém tornaram-
-se particularmente fortes na época de seus sucessores. Muitos autores procuram relacionar a Revolução Industrial 
do século XVIII com a Revolução Inglesa do século XVII. Segundo esses autores, a Revolução Inglesa teria eliminado 
os entraves feudais, liberando a economia para o desenvolvimento do capitalismo. A liberação de mão de obra e a 
extinção das antigas corporações criaram as precondições para a Revolução Industrial.
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Óleo de Marcus Gheeraerts. Hatfield House, Instituto da Arte, Londres.
 Elisabeth I (1558 - 1603) foi uma monarca compe-
tente. Soube enfrentar Filipe II da Espanha e man-
dou executar sua própria prima Maria Stuart.
10 Extensivo Terceirão
História
Aula 02
Revoluções inglesas
Às vésperas da Revolução, a sociedade inglesa apresentava as seguintes características:
Com a morte de Elisabeth I, terminou a dinastia dos Tudors. Subiu então ao trono seu primo, o rei da Escócia, Jaime VI, 
que recebeu, na Inglaterra, o título de Jaime I (1603 - 1625), iniciando-se com ele a dinastia dos Stuarts.
Ao tentar governar de forma absolutista, Jaime I entrou em choque com o Parlamento, fechando-o em 1614.
A intolerância levou Jaime I a perseguir católicos e puritanos, provocando a emigração de muitos deles para a costa 
oriental da América do Norte, onde fundaram colônias inglesas (futuros núcleos iniciais dos Estados Unidos). Em 1605 
o monarca escapou de um atentado: a Conspiração da Pólvora, articulada por um grupo de católicos.
Guerra civil
Carlos I, filho e sucessor de Jaime I, subiu ao trono em 
1625. Foi um monarca despótico. O Parlamento obrigou-
-o, em 1628, a assinar a Petição de Direitos, que o proi-
bia de taxar impostos sem consultar os parlamentares. 
Apesar de assinar, não a respeitou, tentando ilegalmente 
cobrar nas cidades interioranas o ship money, imposto 
cobrado apenas em cidades costeiras. Isso tudo acabou 
por provocar uma guerra civil com o Parlamento. Os 
cavaleiros, partidários do Rei, contra os cabeças re-
dondas, partidários do Parlamento (cavaleiros devido 
à pomposidade dos uniformes e cabeças redondas 
devido ao corte de cabelo.)
A Guerra Civil durou de 1642 a 1648 e foi vencida 
pelos adeptos do Parlamento. Durante o conflito, os 
grupos se alinharam da seguinte maneira: do lado do 
Rei ficaram os partidários do absolutismo, a nobreza e os 
católicos ingleses e irlandeses; já os presbiterianos 
(membros da alta burguesia), a nobreza liberal, os puri-
tanos (calvinistas, membros da pequena burguesia) e os 
radicais de toda ordem (levellers e diggers) apoiaram o 
Parlamento.
Os levellers – niveladores – eram elementos da 
pequena burguesia, queriam transformar a Inglaterra 
numa República de pequenos proprietários; os diggers 
– escavadores – defendiam uma espécie de comunismo 
agrário. Esses grupos acabaram sendo reprimidos devi-
do ao caráter burguês da Revolução.
Na Batalha de Naseby (1645), Oliver Cromwell e os 
seus ironsides (costelas de ferro) venceram os realistas. 
Cromwell realizou uma verdadeira revolução militar.
DICK, Antoon van. Carlos I a cavalo. 1636. 1 Óleo sobre tela: color.; 
367 cm x 292 cm. National Gallery, Londres.
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• os grandes proprietários de terras formavam uma aristocracia que dava sustentação ao regime absolutista, po-
rém as enormes mudanças (crescimento das cidades, expansão do comércio, ascensão de novos grupos sociais, 
etc.) debilitavam essa aristocracia fundiária;
• surgimento dos gentry, ou seja, uma pequena e média nobreza rural, dotada de uma mentalidade capitalista 
e com laços econômicos com a burguesia das cidades, e dos yeomen, espécie de classe média malformada por 
pequenos proprietários, granjeiros, lavradores e arrendatários que viviam numa situação difícil, que piorava às 
vésperas da Revolução.
• Os camponeses sem terras, o proletariado (ainda em formação), os desempregados e os miseráveis de toda a 
sorte completavam o quadro.
11História 1B
Aula 02
Derrotado, Carlos I fugiu para a Escócia. Após uma série de reveses, os 
escoceses concordaram em entregar o Rei ao exército de Cromwell. Julgado 
e condenado, Carlos I foi decapitado (1649).
República puritana (1649 - 1658)
Durante a república puritana, o poder concentrou-se nas mãos de Cromwell, 
que fechou o Parlamento e governou com o apoio do exército.
Cromwell reprimiu seus antigos aliados: a direita (nobreza liberal) e a 
esquerda, os levellers (niveladores). Estes últimos pretendiam um apro-
fundamento do processo revolucionário, sonhando com uma república de 
pequenos proprietários.
As principais realizações desse período foram:
Restauração (1660 - 1688)
Com a morte de Oliver, assumiu o poder seu filho, Ri-
cardo Cromwell, que renunciou, após um ano de governo.
O regime monárquico foi restaurado na Inglaterra 
e a dinastia dos Stuarts voltou ao trono, com Carlos II. 
Durante o seu reinado, teve sérios atritos com o Parla-
mento. Nesse período, formaram-se dois partidos: Tory, 
conservador e favorável à ampla autoridade real, e Whig, 
liberal e favorável ao Parlamento.
A restauração ocorreu devido ao temor das classes 
dominantes (gentry e burguesia) em relação aos exces-
sos e às reivindicações das classes sociais inferiores. Era 
preciso consolidar as conquistas revolucionárias, sem, 
contudo, ceder terreno aos radicais.
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Coleção do Duque de Buccleuch e Queensbury.
COOPER, Samuel. Oliver Cromwell, miniatura. 
1655. Aquarela: 60 mm x 48 mm
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“A essência dessa revolução militar estava na adoção do “modo 
livre de agir”, em oposição ao “modo formal”. Ela implicava o reco-
nhecimento de que homens livres, conscientemente motivados pela 
crença em sua causa, poderiam levar a melhor sobre meros profis-
sionais (...). Desde o início, os soldados de Cromwell eram homens 
escolhidos, muito disciplinados, bem equipados, que dispunham de 
bons cavalos e eram bem pagos. Todos esses fatores permitiram-lhe 
usar a carga da cavalaria como um aríete, no lugar de uma infantaria 
móvel simplesmente armada com pistolas. (...)”
HILLS, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das letras. 2003, p. 73.
• o Ato de Navegação (1651), determinando que somente entrariam nos portos da Inglaterra navios ingleses ou 
pertencentes a países com os quais ela estivesse comerciando diretamente. Houve, assim, a eliminação dos 
navios dos países intermediários. Como resultado desse ato, a Holanda entrou em decadência, e a Inglaterra 
assumiu a posição de maior potência naval;
• a conquista e a submissão da Irlanda e da Escócia;
• a ampliação do império colonial;
• o confisco e a venda das terras da Igreja Anglicana e dos realistas.
 Em 1665, Londres foi atingida pela peste bubônica. Milhares de pessoasmorreram. Em 1666, um terrível incêndio destruiu parte da cidade.
12 Extensivo Terceirão
Revolução Gloriosa (1688)
Sucedeu a Carlos II seu irmão Jaime II, católico declarado, que tinha claros objetivos absolutistas.
Temendo a volta ao catolicismo e ao absolutismo, Whigs e Tories, de comum acordo, convidaram o príncipe Gui-
lherme de Orange e sua esposa Maria (filha mais velha de Jaime II) a invadirem a Inglaterra e deporem o Rei. Guilherme 
desembarcou com um pequeno exército e tomou Londres sem dar um tiro. Jaime II fugiu e se refugiou na França, com 
o amparo de Luís XIV. O Parlamento ofereceu o trono a Guilherme de Orange, que assumiu como Guilherme III e jurou 
a Declaração de Direitos (Bill of Rights), redigida pelo Parlamento.
A Declaração de Direitos estabelecia: o julgamento pelo júri; a permanência do habeas corpus; o rei deveria 
pertencer à Igreja Anglicana, não poderia lançar impostos nem organizar exércitos sem autorização do Parlamento. 
Terminavam também as perseguições religiosas. Em síntese, Jaime II foi afastado sem derramamento de sangue, 
sem desordens sociais e sem anarquia. A burguesia capitalista, os mercadores de Londres e os gentis-homens do 
campo triunfaram. Não foi uma revolução popular, pois o povo não ascendeu ao poder. Formou-se, então, uma mo-
narquia limitada (o rei reina, mas não governa), impedindo que na Inglaterra houvesse radicalizações, como ocorreu 
na França.
Testes
Assimilação
02.01. Observe a imagem que representa a morte do mo-
narca Carlos I na Inglaterra. 
A condenação à morte do rei Carlos I, em 1649, teve como 
principal significado político
a) a crise e o declínio do absolutismo.
b) a implantação da República inglesa. 
c) o restabelecimento das relações feudais. 
d) a irrupção de movimentos liberais pró-presidencialismo. 
e) o estabelecimento da guerra civil e o fim do Reino Unido.
02.02. (UNESP – SP) – ... o período entre 1640 e 1660 
viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução 
de uma nova estrutura política dentro da qual o capi-
talismo podia desenvolver-se livremente. 
(Christopher Hill, A revolução inglesa de 1640)
O autor do texto está se referindo 
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época 
Moderna. 
b) ao controle pela coroa inglesa de extensas áreas coloniais. 
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supre-
macia política do parlamento. 
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente 
dos produtos de lã. 
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que ca-
racterizaram o período. 
02.03. (ACAFE – SC) – A respeito da Revolução Gloriosa, 
ocorrida na Inglaterra em 1688, é correto afirmar:
a) fortaleceu o poder monárquico, ameaçado pelo parla-
mentarismo;
b) estabeleceu a ditadura puritana de Cromwell;
c) estabeleceu uma república constitucional;
d) derrubou a ditadura de Cromwell, restabelecendo a 
Monarquia;
e) estabeleceu a supremacia do poder parlamentar sobre o 
poder monárquico.
02.04. (ESPM – SP) – Em 1646, em plena guerra civil, 
um grupo de democratas em Londres afirmou que 
a soberania do Parlamento e sua resistência ao rei só 
poderiam se justificar teoricamente se essa soberania 
derivasse do povo. Assim, se o povo era soberano, então 
o Parlamento teria de se fazer representante do povo. 
O mais pobre dos indivíduos tem tanto direito de votar 
quanto o mais rico e o mais importante deles.
(Christopher Hill. O Século das Revoluções)
O texto, que trata de uma revolução e de um grupo político 
nela interveniente, refere-se:
a) à Revolução Ludita e ao grupo dos destruidores de má-
quinas;
13História 1B
Aula 02
b) à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cartistas;
c) à Revolução Gloriosa e ao grupo dos cavaleiros;
d) à Revolução Puritana e ao grupo dos diggers ou esca-
vadores;
e) à Revolução Puritana e ao grupo dos levellers ou nive-
ladores.
Aperfeiçoamento
02.05. (UNESP – SP) – A Revolução Puritana (1640) e a Revo-
lução Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século 
XVII. Sobre o conjunto de suas realizações, pode-se dizer que
a) determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comér-
cio marítimo, pois os conflitos internos provocaram forte 
redução da produção e exportação de manufaturados.
b) resultaram na vitória política dos projetos populares e 
radicais dos cavadores e dos niveladores, que defendiam 
o fim da monarquia e dos privilégios dos nobres.
c) envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as 
disputas políticas e sociais, desembocaram na retomada 
do poder pelos católicos e em perseguições contra pro-
testantes.
d) geraram um Estado monárquico em que o poder real devia 
se submeter aos limites estabelecidos pela legislação e 
respeitar as decisões tomadas pelo Parlamento.
e) precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos 
seguintes, abalaram França, Portugal e as colônias na 
América, provocando a ascensão política do proletariado 
industrial.
02.06. (UNIOESTE – PR) – Sobre a Revolução Gloriosa na 
Inglaterra (1688/1689) é correto afirmar que 
a) foi uma Revolução política que pôs fim ao Absolutismo, 
consolidando a supremacia do parlamento sobre a au-
toridade real.
b) constituiu-se na vitória de setores reacionários no aspecto 
político inglês e o retorno à descentralização política típica 
do mundo medieval.
c) o holandês Guilherme de Orange foi coroado como Gui-
lherme III, depois de ter assinado a Bill Of Rights imposta 
pelo Parlamento, que ampliava os poderes da monarquia 
sobre este.
d) solapou a supremacia da teoria da separação dos três 
poderes e de um Estado democrático baseado no sufrágio.
e) representou uma vitória da teoria do direito divino sobre 
a teoria do contrato entre o soberano e o povo.
02.07. (FAMERP – SP) – O período de 1603 a 1714 foi 
talvez o período mais decisivo na história da Inglaterra. 
[…] Jaime I e seu filho [na primeira metade do século 
XVII] destituíram juízes que atuavam de forma muito in-
dependente, contrariando desejos da realeza; após 1701, 
os juízes só poderiam ser removidos de suas funções por 
meio de notificações de ambas as Casas do Parlamento.
(Christopher S. Hill. O século das revoluções, 1603-1714, 2012.)
O excerto descreve transformações ocorridas na história inglesa 
no sentido
a) de extinção da monarquia e de proclamação da república 
parlamentarista.
b) de fortalecimento do feudalismo e de conquista do par-
lamento pela nobreza.
c) de ascensão do poder popular e de controle do parlamen-
to pelos camponeses.
d) de abolição do absolutismo e de reforço do poder do 
parlamento.
e) de ampliação dos direitos do Estado e de domínio do 
parlamento pelos juízes.
02.08. No processo denominado Revolução Puritana o con-
fronto de poder entre a política absolutista dos reis ingleses, 
a resistência do Parlamento e as lutas religiosas resultaram:
a) no fortalecimento dos senhores feudais e na extensão do 
seu controle definitivo sobre o Parlamento. 
b) na extinção dos projetos de expansão comercial e colonial 
da Inglaterra na América do Norte, na África e no Oriente.
c) na publicação dos Atos de Navegação, responsáveis pela 
abertura do comércio inglês aos comerciantes de outras 
monarquias europeias. 
d) na condenação à morte do Rei Carlos Stuart I e na pro-
clamação da República de Cromwell, com o apoio do 
Parlamento. 
e) na implantação da Contra Reforma no país e sua convi-
vência pacífica com a Igreja Católica romana.
02.09. (FGV – SP) – “O século XVII é decisivo na história 
da Inglaterra.... Toda a Europa enfrentava uma crise em 
meados do século XVII e ela se expressava por meio de 
uma série de conflitos, revoltas e guerras civis.”
(Hill, Christopher, “O eleito de Deus. Oliver Cromwel e a Revolução Inglesa”, p. 13.)
A esse respeito é CORRETO afirmar: 
a) Durante o século XVII, a Inglaterra foi a única região que 
passou ao largo das turbulências político-sociais que 
sacudiram as monarquias europeia. 
b) A “Declaração de Direitos” (Bill of Rights), elaborada em 
1689, estabeleceu a monarquia absolutista na Inglaterra,condição fundamental para o poderio britânico que se 
verificaria nos séculos XVIII e XIX. 
c) A chamada Revolução Gloriosa de 1688 consolidou a 
emergência dos grupos radicais, denominados nivelado-
res e cavadores, em detrimento do poder da aristocracia 
senhorial inglesa. 
d) O resultado final da Revolução Inglesa foi a adoção de um 
pacto político e religioso entre a burguesia e a nobreza 
proprietária de terras, que garantiu o reconhecimento 
da supremacia papal sobre os assuntos religiosos da 
monarquia. 
e) Após a chamada Revolução Puritana, que resultou na 
execução do rei Carlos I, e da Revolução Gloriosa, que levou 
à deposição de Jaime II, a monarquia teve seu poder limi-
tado, tendo que cumprir as leis votadas pelo Parlamento. 
14 Extensivo Terceirão
02.10. (UNITAU – SP) – “Em janeiro de 1649, o rei foi 
decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em 
Londres. Pouco tempo depois, discursando ao Parla-
mento, Oliver Cromwell, justificando as várias medidas 
revolucionárias, chegou a dizer o seguinte: ‘Quando 
chegar o momento de prestarmos contas a eles (o elei-
torado), poderemos dizer: Oh! Brigamos e pelejamos 
pela liberdade na Inglaterra’”. 
HILL, C. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 179. 
No século XVII, ocorreram duas revoluções na Inglaterra: 
a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa. Sobre essas 
revoluções, é CORRETO afirmar:
a) Embora ambas tenham sido caracterizadas como revolu-
ções burguesas, mantiveram a monarquia como regime 
político. 
b) Ambas foram, na essência, revoluções burguesas que 
criaram condições políticas essenciais à burguesia, favo-
recendo a eclosão da Revolução Industrial. 
c) Nas duas houve regicídio, abolindo-se, assim, o regime 
monarquista e instaurando-se o parlamentarismo. 
d) Ambas promoveram a integração dos partidos, homo-
geneizando a atuação da burguesia nos processos revo-
lucionários e erradicando a disputa política no incipiente 
regime parlamentarista. 
e) Ambas promoveram a reversão do processo de implemen-
tação do regime parlamentarista, devido à manutenção 
da monarquia com vantagens econômicas para os nobres 
e burgueses.
Ambas promoveram a reversão do processo de implementação do regime parlamentarista, devido à manutenção da monarquia com vantagens econômicas para os nobres e burgueses.Ambas promoveram a reversão do processo de implementação do regime parlamentarista, devido à manutenção da monarquia com vantagens econômicas para os nobres e burguesesAprofundamento
02.11. (UFRGS) – Ao longo da Revolução Inglesa, ocorrida 
no século XVII, emergiu um regime republicano, que durou 
cerca de uma década, sob o comando de Oliver Cromwell, o 
“Lord Protector” da Inglaterra.
Sobre esse período republicano, é correto afirmar que 
a) a Inglaterra, enfraquecida pela transição de regime, ficou 
à mercê das demais potências europeias, às quais foi 
obrigada a conceder uma série de vantagens comerciais. 
b) Cromwell, no intuito de proteger a economia interna, 
elaborou diversas restrições comerciais que o colocaram 
em conflito direto com os holandeses. 
c) a morosidade com que Cromwell implantou sua polí-
tica econômica contribuiu para a curta duração de seu 
governo. 
d) ele teve como particularidade o retrocesso do puritanismo 
religioso, característica marcante nos tempos do monarca 
Carlos I. 
e) ele representou uma fase de distensão entre a Inglaterra 
e as oposições irlandesas e escocesas. 
02.12. (FGV – SP) – A Reforma, a despeito de sua hostilidade 
à magia, estimulara o espírito de profecia. A abolição dos 
intermediários entre o homem e a divindade, bem como 
a ênfase na consciência individual, deixavam Deus falar 
diretamente a seus eleitos. Era obrigação destes tornar 
conhecida a Sua mensagem. E Deus não fazia acepção de 
pessoas: preferia falar a John Knox do que à sua rainha, 
Maria Stuart da Escócia. O próprio Knox agradeceu a Deus 
ter-lhe dado o dom de profetizar, que assim estabelecia 
que ele era um homem de boa-fé.
Na Inglaterra, as décadas revolucionárias deram ampla 
difusão ao que praticamente constituía uma profissão 
nova – a do profeta, quer na qualidade de intérprete 
dos astros, ou dos mitos populares tradicionais, ou, 
ainda, da Bíblia.
HILL, Christopher, O mundo de ponta-cabeça. Ideias radicais durante a Revolução 
Inglesa de 1640. Trad. Renato Janine Ribeiro. São Paulo, Companhia das Letras, 1987, 
p. 103.
O texto se refere ao ambiente político e religioso da Inglaterra 
no século XVII. A esse respeito é CORRETO afirmar: 
a) A insatisfação popular na Inglaterra era decorrente da 
perspectiva protestante de manter os sacerdotes como 
intermediários entre Deus e os homens. 
b) Os revolucionários basearam-se em princípios estritamen-
te racionais e científicos, em uma nítida ruptura com as 
crenças e o profetismo da época. 
c) Apesar de todas as disputas religiosas dos séculos XVI e 
XVII, os monarcas ingleses mantiveram-se neutros, o que 
permitiu a preservação da monarquia. 
d) Para os revolucionários ingleses, Deus considerava ape-
nas os parlamentares como pessoas aptas a transmitir a 
doutrina e indicar os caminhos da salvação. 
e) A movimentação revolucionária esteve vinculada aos 
conflitos religiosos decorrentes da chamada Reforma 
Protestante iniciada no século XVI. 
02.13. (FUVEST – SP) – No século XVII, a Inglaterra conhe-
ceu convulsões revolucionárias que culminaram com a 
execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). 
Apesar das transformações significativas terem se verificado 
na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final 
que ficou conhecido como “Revolução Gloriosa”. Isto se 
explica porque:
a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o 
comércio mundial tornando-se a potência mais rica da 
Europa.
b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 
1688 forças contrarrevolucionárias que, no continente, 
ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c) mais que a violência da década de 1640, com suas exe-
cuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova 
monarquia parlamentar consolidada em 1688.
d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Ni-
veladores, que assumiram o controle do governo, foram 
destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.
e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia 
e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da 
“gentry”.
15História 1B
Aula 02
02.14. (UEL – PR) – No século XVII, a Revolução Inglesa 
foi a primeira manifestação da crise do absolutismo. 
Para o historiador Christopher Hill, “a Revolução Ingle-
sa, como todas as revoluções, foi causada pela ruptura 
da velha sociedade e não pelo desejo da burguesia ou 
pelos líderes do Longo Parlamento. Seu resultado, no 
entanto, foi o estabelecimento de condições muito mais 
favoráveis ao desenvolvimento do capitalismo do que 
aquelas que prevaleceram até 1640”.
Hill, C. Uma revolução burguesa? Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 4, nº. 7, 
p. 9 mar. 1984.
Sobre a Revolução Inglesa do século XVII, é correto afirmar:
a) A Revolução Inglesa teve como resultado a ascensão da 
burguesia ao controle do Estado e a adoção de medidas 
que propiciaram sua afirmação econômica.
b) O processo revolucionário conjugou os interesses da velha 
aristocracia inglesa com os de pequenos proprietários 
rurais, enfraquecendo a nascente burguesia.
c) A relação entre a Revolução Inglesa e o desenvolvimento 
do capitalismo pretende-se à política de monopólios 
defendida pelos líderes do Longo Parlamento.
d) A Revolução Inglesa decorreu de ações conduzidas pelo 
Parlamento, que ratificou medidas econômicas ocorridas 
até 1640.
e) Para “romper com a velha sociedade”, foram decisivas as 
jornadas revolucionárias populares, que empreenderam 
a eliminação sistemática dos nobres.
02.15. Leia e analise o texto a seguir.
Foi pela espada que nossos ancestrais introduzi-
ram, na criação, o poder de cercar a terra e fazê-la 
sua propriedade;foram eles que primeiromataram os 
seus próximos, os homens, para assim roubarem ou 
pilharem a terra que a esses pertencia e deixá-la a vós, 
seus descendentes. (...)Eu vos exorto, soldados da Re-
pública Inglesa! O inimigo não poderia vencer-vos no 
campo de batalha, porém pode derrotar-vos no campo 
da política se não estabelecem a liberdade para todos.
Onde existe um povo.... unido graças à propriedade 
coletiva dos meios de subsistência até formar uma só 
pessoa será o seu país o mais poderoso do mundo... a 
defesa da proprie-dade e do interesse individual divi-
de o povo de um país e do mundo todo.
(Gerrard Winstanley. Em Cristopher Hill. O mundo de ponta-cabeça, 1987)
A partir do documento, é correto afirmar que:
a) Gerrard Winstanley defendia a propriedade coletiva da 
terra, eixo da proposta dos diggers (escavadores), no 
contexto da Revolução Puritana na Inglaterra, contra a 
classe proprietária que, vitoriosa militarmente com o 
exército republicano, massacrou a ameaça radical dos 
não proprietários.
b) no fim da guerra civil, Gerrard Winstanley, líder do exér-
cito republicano inglês, o New Model Army, exortou os 
soldados a lutarem pela vitória de Cromwell, defensorda 
propriedade privada e do poder dos proprietários, reas-
sentados na Câmara do Comuns.
c) o líder do partido independente na guerra civil inglesa, 
Gerrard Winstanley, defendia a propriedade coletiva em 
nome da liberdade, o que garantiria a reunião de todos 
os ingleses para a vitória de Cromwell contra Carlos I, de-
capitado em 1649, o que significou o fim do absolutismo 
na Inglaterra.
d) o exército republicano, New Model Army, chefiado por 
Cromwell e unido ao líder dos levellers (niveladores), 
Gerrard Winstanley, na Revolução Puritana, garantiu a 
derrota de Carlos I, o que possibilitou a morte do Antigo 
Regime na Inglaterra e a implantação da propriedade 
coletiva.
e) com a morte do rei Carlos I, assumiu a chefia da Câmara 
dos Comuns o deputado Gerrard Winstanley que, com 
o seu poder, começaram as mudanças radicais, como a 
propriedade coletiva da terra, anulando os cercamentos 
que enriqueceram os proprietários e empobreceram os 
camponeses
02.16. (UFRRJ) – Leia o texto a seguir, sobre algumas das ra-
zões que levaram à chamada Revolução Gloriosa, e responda 
à questão a seguir.
Satisfeitos com a política de Carlos II contra a Holan-
da, os capitalistas ingleses não se sentiam entretanto 
contentes com a sua atitude, e ainda menos com a de 
Jaime II, em relação à França, que se transformara na 
mais temível concorrente da Inglaterra no comércio e 
nas colônias. (...) A luta econômica contra a França, a 
luta por uma religião mais adaptada ao espírito capita-
lista, provocaram a revolução de 1688. 
 MOUSNIER, R. “História geral das civilizações”. Os séculos XVI e XVII. São Paulo: Difel, 
1973. v. 9 p.324. 
Sobre a Revolução Gloriosa de 1688/1689, pode‐se afirmar 
que ela
a) representou a vitória de setores reacionários no espectro 
político inglês e o retorno à descentralização política típica 
do mundo medieval. 
b) significou, após a afirmação temporária de governos 
protestantes, um retorno à tradição britânica de governos 
católicos. 
c) foi o momento no qual o anglicanismo afirmou‐se defini-
tivamente como religião de Estado na Inglaterra. 
d) representou uma derrota da teoria do direito divino e o 
triunfo da teoria do contrato entre o soberano e o povo. 
e) representou a vitória da teoria da separação dos três po-
deres e de um estado democrático baseado no sufrágio. 
02.17. (UEM – PR) – Sobre o Absolutismo Monárquico, forma 
de poder político que se desenvolveu na Europa entre os 
séculos XVI e XVIII, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A Revolução Francesa, iniciada em 1789, acabou com o 
absolutismo monárquico na França.
02) A Inglaterra é, nos dias atuais, o único país da Europa 
Ocidental que ainda mantém a Monarquia Absolutista 
como forma de governo.
16 Extensivo Terceirão
02.01. a
02.02. c
02.03. e
02.04. e
02.05. d
02.06. a
02.07. d
02.08. d
02.09. e
02.19. Foi uma revolução liberal porque, no 
plano político, consagra os princípios do 
liberalismo conforme preconizado por 
Locke. Foi parlamentar porque o poder 
passou a ser exercido de fato pelo parla-
mento. Foi burguesa porque beneficiou 
política e economicamente essa classe 
social. 
02.10. b
02.11. b
02.12. e
02.13. c
02.14. a
02.15. a
02.16. d
02.17. 29 (01 + 04 + 08 + 16)
02.18. 22 (02 + 04 + 16)
Gabarito
04) A natureza da Monarquia da Época Moderna e a origem 
do poder real foram embasadas teoricamente por pen-
sadores como Nicolau Maquiavel, Jean Bodin e Jacques 
Bossuet. 
08) O primeiro grande abalo no absolutismo na Inglaterra 
aconteceu com a Revolução Puritana de 1642, liderada 
por Oliver Cromwell.
16) Com a fundação da Igreja Anglicana, Henrique VIII rom-
peu com a Igreja Católica Romana e instituiu o controle 
pela Coroa da Igreja na Inglaterra.
02.18. (UEM – PR) – O Período Moderno da história do 
ocidente viveu um processo de intensas transformações em 
todos os aspectos da vida social e da vida privada. Sobre a 
economia do mundo ocidental na Época Moderna, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Na Inglaterra, predominou, do século XV ao XIX, a pro-
dução manufatureira. Caracterizada pela utilização de 
máquinas, a manufatura libertou a produção dos limites 
da força e da agilidade dos trabalhadores.
02) A centralização política, que resultou no surgimento das 
monarquias nacionais, tornou possível uma maior inter-
venção dos reis na vida social, com o estabelecimento 
de regras, práticas e ações, inclusive na economia.
04) O Mercantilismo foi um conjunto de práticas, normas e 
ações adotadas pelos estados nacionais modernos que 
visavam à obtenção e ao acúmulo de riquezas. A ado-
ção dessas práticas e normas contribuiu para o fortaleci-
mento do poder régio.
08) O protecionismo, uma das práticas mais disseminadas 
entre as monarquias modernas, tinha como objetivo 
claro e declarado obstaculizar o desenvolvimento do 
capitalismo e favorecer a nobreza feudal.
16) A Inglaterra, na Época Moderna, adotou medidas para 
estimular o desenvolvimento da frota naval e da mari-
nha mercante e para incentivar a produção manufatu-
reira.
Desafio
02.19. (UFPR) – Leia o excerto da “Declaração de Direitos “ 
(Bill of Rights), assinada pelo rei Guilherme de Orange, em 
1689, após a chamada Revolução Gloriosa na Inglaterra em 
1688:
“ Os Lords (...) e os membros da câmara dos Comuns declaram, 
desde logo, o seguinte:
01. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real 
para suspender as leis ou seu cumprimento(...).
05. Que os súditos têm direitos de apresentar petições ao 
Rei, sendo ilegais as prisões, vexações de qualquer es-
pécie que sofram por esta causa. (...).
13. Que é indispensável convocar com frequência os Par-
lamentos para satisfazer os agravos, assim como para 
corrigir, afirmar e conservar as leis.”
A partir do documento acima e de seus conhecimentos sobre a 
Revolução Gloriosa e seus desdobramentos, explique por que ela é 
interpretada como uma revolução liberal, parlamentar e burguesa.
17História 1B
Aula 02
1B
Antecedentes
O final do século XVIII foi uma época de crise eco-
nômica, social e política. Guerra de Independência dos 
Estados Unidos (1776 - 1783), rebeliões na Irlanda, Bél-
gica, Genebra e Inglaterra são alguns exemplos desses 
tempos agitados.
Os acontecimentos mais radicais e dramáticos, po-
rém, ocorreram na França. Esse período turbulento ficou 
conhecido como Revolução Francesa.
Entre 1792 e 1794, a Revolução Popular chegou ao 
apogeu, sobrevivendo e esmagando os inimigos inter-
nos e externos.
Economia
A França atravessava, no final do século XVIII, uma 
séria crise econômica e financeira.
O relatório financeiro de março de 1788 mostrava que 
as despesas somavam 629 milhões de libras, mas a receita 
alcançava apenas 503 milhões. Só os juros da dívida 
pública consumiam 318 milhões de libras.
 Mulheres revolucionárias. Apesar de participarem ativamentedas 
jornadas populares, as mulheres não adquiriram direitos políticos.
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Para se estudar a Revolução Francesa de 1789, 
deve-se compreender seu caráter antifeudal e bur-
guês. A Revolução abriu as comportas para o desen-
volvimento do capitalismo na França. Sepultou-se 
uma sociedade aristocrática e feudal, propiciando 
o nascimento de uma nova sociedade: burguesa e 
capitalista.
Os gastos suntuosos da Corte, as guerras e a isen-
ção fiscal às ordens privilegiadas (clero e nobreza) 
eram os principais responsáveis por esse deficit.
Apesar de predominantemente burguesa, a revolu-
ção foi produto de confluência de quatro movimentos 
distintos: tudo começou com a insubordinação dos 
aristocratas que se recusaram a pagar impostos. Ao 
exigir essa contribuição da aristocracia, Luís XVI tentava 
diminuir o deficit financeiro e procurava salvar o regime. 
Os aristocratas não perceberam isso e quando acorda-
ram já era tarde.
A Revolução Camponesa tornou-se uma realidade 
a partir de 1789, radicalizando-se à medida que a 
Contrarrevolução Aristocrática ameaçava as conquistas 
revolucionárias.
Castelo de Versalhes, retratado por Duplessis: 1777.
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 Luís XVI
As intempéries climáticas, as revoltas camponesas e 
a falta de compreensão das elites agravavam a situação.
Quando Luís XVI assumiu o governo (1774), a crise 
econômica já era grande. Ele tentou solucionar a crise, 
convidando Turgot para participar do governo. Ao ferir 
os interesses da aristocracia, Turgot foi demitido. O mes-
mo aconteceu depois com Necker.
18 Extensivo Terceirão
Aula 03
História
Revolução Francesa I
Na pintura de Elisabeth Vigée-Lebrun. Castelo de Versalhes.
 Maria Antonieta e os filhos
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Óleo de Luis Boilly, 1792. Museu do Louvre.
 Quem eram os sans-culottes? Eram ar-
tesãos, trabalhadores e até pequenos 
proprietários que viviam nos arredores 
de Paris. Recebiam esse nome porque 
não usavam os elegantes calções que a 
nobreza vestia, mas, sim, uma calça de 
algodão grosseiro.
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doOs sucessores de Necker também não resolveram a crise econômica, e 
Luís XVI novamente o convocou em 1788; o Ministro sugere ao Rei a convoca-
ção dos Estados Gerais, com o intuito de obter aprovação de novos impostos.
Estados Gerais era a reunião de representantes das três ordens sociais ou 
“estados”.
Sociedade
A primeira ordem, na França, era o clero; a segunda, a nobreza. Essas 
duas ordens eram privilegiadas, livres de quase todos os impostos. Todos os 
cargos superiores do Estado e os postos de comando do exército estavam nas 
mãos da nobreza.
Dentro do clero e da nobreza, contudo, havia também diferentes cama-
das. Os nobres, que viviam na Corte, em Paris, consideravam-se superiores 
aos nobres da província.
A diferenciação se verificava também dentro do clero. Os membros do 
alto clero possuíam imensos domínios e recebiam da Igreja rendas fabulosas, 
enquanto os sacerdotes das aldeias, por sua maneira de viver, distinguiam-se 
muito pouco dos camponeses.
Os burgueses enriquecidos viviam num luxo ostensivo, rivalizando-se 
com a nobreza. Porém, politicamente, careciam de direitos. Em síntese, ao 
que a burguesia aspirava era participar do poder político que até então era 
monopolizado pelo Rei e pela nobreza.
A alta e a média burguesia aspiravam a um governo constitucional, 
nos moldes da Inglaterra, enquanto a pequena burguesia desejava 
mudanças mais profundas, ambicionando, inclusive, um governo repu-
blicano.
A França, no final do século XVIII, contava com uma população de 26 
milhões de habitantes, dos quais mais de 23 milhões eram camponeses que 
continuavam presos a inúmeros resquícios feudais.
O camponês era obrigado a en-
tregar ao latifundiário uma parte da 
colheita (geralmente a quarta parte) 
ou a pagar-lhe o valor dessa parte em 
dinheiro. Pagavam ainda impostos 
ao Estado e dízimos à Igreja.
A situação era tão grave, que havia 
na França um milhão e meio de cam-
poneses, reduzidos à situação de vaga-
bundos, que perambulavam por todas 
as partes e se dedicavam ao roubo.
Nas cidades, formou-se uma 
camada plebeia. No Faubourg Saint-
-Marcel, morava a gentalha de Paris. 
Ali, as pessoas se amontoavam em 
moradias sem as mínimas condições 
higiênicas e sanitárias. Bastava uma 
fagulha para que essa massa de 
desesperados se rebelasse, o que 
acabou acontecendo em 1789.
19História 1B
Aula 03
 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
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Política
Diante da crise, o rei Luís XVI convocou a Assembleia 
dos Estados Gerais. Primeiro Estado: clero; Segundo Estado: 
nobreza e Terceiro Estado: restante da população. Por não 
aceitar a votação por ordens, os representantes do Terceiro 
Estado se declararam em Assembleia Nacional que dias 
depois tornou-se Constituinte.
 • 13 de julho: formação da Guarda Nacional.
 • 14 de julho: queda da Bastilha, símbolo do antigo regime.
 • 04 de agosto: abolição dos privilégios feudais.
 • 26 de agosto: Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. Estabeleceu a igualdade jurídica.
Pressionado pela opinião pública, Luís XVI deixou Versa-
lhes, estabelecendo-se no Palácio das Tulherias, em Paris. Ali 
era mais facilmente admoestado pelas massas parisienses.
Fervilhavam os clubes: a imprensa tinha um papel cada 
vez maior nos acontecimentos políticos. Jean-Paul Marat e 
René Hébert escreviam artigos incendiários.
Diante da crise financeira, o governo desapropriou os 
bens da Igreja, colocando-os à venda e, com o seu produto, 
emitiu bônus do tesouro, os assignats, valendo como papel-
-moeda, logo depreciado.
Em 1790, foi aprovada a Constituição Civil do Clero. Ela decretava que os bispos e padres de paróquia seriam 
eleitos por todos os eleitores, independente de sua filiação religiosa. O dízimo foi absolvido. Os membros do clero 
tornaram-se assalariados do Estado como “funcionários públicos“.
Os clérigos deveriam jurar a nova Constituição. Os que fizeram isso ficaram conhecidos como juramentados; os 
que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e engrossaram o campo da Contrarrevolução.
Procurando frear o movimento popular, a Assembleia Nacional Constituinte, pela Lei de Le Chapelier, proibiu 
associações e coalizões profissionais.
Em junho de 1791, Luís XVI tentou fugir para o exterior, com o intuito de reunir-se aos emigrados e articular o 
esmagamento da Revolução.
A fuga fracassou. O rei foi descoberto em Varennes e obrigado a voltar.
A Assembleia absolveu Luís XVI, mantendo a monarquia. Para justificar essa decisão, alegou que o Rei fora seques-
trado. A Guarda Nacional, comandada por Lafayette, reprimiu violentamente a multidão que queria a deposição do Rei.
Testes
Assimilação
03.01. (UFES) – A Revolução Francesa não foi feita por um 
partido político organizado, no sentido moderno do termo, 
nem foi influenciada por um programa partidário previa-
mente elaborado. Sua unidade foi estabelecida mediante a 
convergência de ideias geradoras de um consenso. Podemos 
classificar essas ideias como
a) burguesas, baseadas no liberalismo clássico.
b) monarquistas, baseadas no absolutismo real de direito 
divino.
c) burguesas, baseadas nos ideais socialistas e anarquistas.
d) camponesas, baseadas no socialismo utópico e empresarial.
e) monarquistas, baseadas na economia de mercado e no 
parlamentarismo.
03.02. (PUCCAMP – SP) – “... ao contrário do que acontecia 
com a burguesia, a insatisfação dos camponeses e do pro-
letariado urbano, por razões óbvias (...), não se manifestava 
politicamente (...). Porque as luzes dos filósofos não os atin-
giam, seu descontentamento perdia-se no silêncio e sua 
revolta terminava nos braços da repressão. (...) A existência 
de uma diferenciação social no

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