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Argamassas2018_LivroAtas

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3o SIMPÓSIO 
ARGAMASSAS 
E SOLUÇÕES TÉRMICAS 
DE REVESTIMENTO 
11 e 12 de outubro 2018 @ ITeCons — Coimbra
LI
VR
O 
DE
 A
TA
S
3o SIMPÓSIO 
ARGAMASSAS 
E SOLUÇÕES TÉRMICAS 
DE REVESTIMENTO 
11 e 12 de outubro 2018 @ ITeCons — Coimbra
LI
VR
O 
DE
 A
TA
S
Os rebocos à base de argamassas continuam a ser, sem duvida alguma, os revestimentos 
de paredes mais comuns no nosso país. Quer sejam de paredes exteriores quer sejam mesmo de 
paredes interiores. Quer no âmbito da construção nova quer no âmbito da reabilitação.
Por outro lado, a Reabilitação de Edificios continua na senda de crescimento. Embora não 
tenha ainda atingido o patamar ideal, podemos afirmar que a sua evolução tem sido bastante 
positiva. Como é do conhecimento geral a reabilitação de argamassas tem exigências muito 
especificas, em particular se estiveram em causa edifícios antigos. Nesse sentido continua a ser 
muito importante o desenvolvimento de novas formulações especificas para esse fim.
Sabe-se também que a problemática da deposição de resíduos em aterros é cada vez mais atual e 
acarreta cada vez mais problemas ambientais. Se conseguirmos promover a sua redução através 
da incorporação em argamassas de construção que possam não só reduzir esta deposição, 
mas também melhorar, de algum modo, as características dessas argamassas estaremos com 
certeza no bom caminho para um ambiente mais saudável.
Adicionalmente, mantem-se o crescimento expressivo das soluções usadas em Isolamento 
Térmico de Edifícios (do tipo Argamassas Térmicas e/ou ETICS), como solução de melhoria 
do comportamento energético dos edifícios.
Estas são algumas das razões pelas quais se considera bastante importante continuar 
a promover a I&D do sector.
É neste contexto que se realiza o mais um Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas de 
Revestimento.
A comissão organizadora convida-o a participar no 3º Simpósio de Argamassas e Soluções 
Térmicas de Revestimento, que decorrerá em Coimbra nos dias 11 e 12 de outubro de 2018.
OBJETIVOS 
DO SIMPÓSIO
ORGANIZADORES
ITeCons
O Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, 
Energia, Ambiente e Sustentabilidade é uma associação sem fins lucrativos que 
tem como principal missão estabelecer uma colaboração estreita e ágil entre a 
Universidade de Coimbra, a Sociedade e o tecido empresarial.
Universidade de Coimbra
Localizada no Centro de Portugal, a Universidade de Coimbra é a mais antiga 
Universidade do país e uma das mais antigas do mundo. Através das suas oito 
Faculdades e das inúmeras Unidades de Investigação associadas, a Universidade de 
Coimbra proporciona um ensino de excelência e uma investigação multidisciplinar e 
inovadora.
APFAC
A Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção (APFAC) 
tem como objetivos contribuir para a solidariedade entre os associados, 
representando-os e defendendo os seus interesses, promover as Argamassas 
de Construção e os ETICS junto de Prescritores, Donos de Obra, Projetistas, 
Comerciantes, Empresas de Construção, Empresas de Fiscalização e Aplicadores e 
contribuir para a manutenção dos níveis de Qualidade exigidos pela Diretiva Europeia 
dos Produtos de Construção.
COMISSÕES
Presidente da Comissão Organizadora 
Isabel Torres 
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
COMISSÃO CIENTÍFICA
Ana Luísa Velosa 
Universidade de Aveiro
Anabela Paiva
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
António Santos Silva
LNEC
António Tadeu 
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Carla Maria Costa 
ISEL
Gina Matias
ITeCons/ ADAI-LAETA
Inês Flores-Colen 
IST, Universidade de Lisboa
Inês Simões 
ITeCons/ ADAI-LAETA
Isabel Torres 
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
João Almeida 
ITeCons
João Coroado 
Instituto Politécnico de Tomar
Jorge de Brito 
IST, Universidade de Lisboa
Jorge Tiago Pinto 
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
José Aguiar 
Universidade Técnica de Lisboa
José Luís Barroso de Aguiar 
Universidade do Minho 
Luiz Pereira de Oliveira 
Universidade da Beira Interior
Lurdes Belgas 
Instituto Politécnico de Tomar
Manuela Almeida
Universidade do Minho
Maria do Rosário Veiga
LNEC
Nuno Simões
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Paulina Faria 
Universidade Nova de Lisboa
Raimundo Mendes da Silva 
Universidade de Coimbra
Teresa Pinheiro-Alves 
Universidade de Évora
Vasco P. Freitas 
FEUP
Victor Ferreira 
Universidade de Aveiro
COMISSÃO ORGANIZADORA
Ângela Coelho
ITeCons
António Tadeu
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Beatriz Marques
ITeCons
Carlos Duarte
ITeCons
Catarina Serra
ITeCons/ ADAI-LAETA
Gina Matias
ITeCons/ ADAI-LAETA
Hugo Macedo
ITeCons
Inês Simões
ITeCons/ ADAI-LAETA
Isabel Torres
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Joana Figueiredo
ITeCons
Joana Prata
ITeCons/ ADAI-LAETA
João Almeida
ITeCons
Julieta António
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Lisa Relvão
ITeCons
Nuno Simões 
ITeCons/ ADAI-LAETA/ UC
Mário Jordão
APFAC
SECRETARIADO
ITeCons - Instituto de Investigação e Desenvolvimento
Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade
Rua Pedro Hispano, s/n
Pinhal de Marrocos
3030-289 Coimbra
Telefone: +351 239 79 89 49
Email: argamassas2018@itecons.uc.pt
URL: http://argamassas2018.uc.pt
PATROCÍNIOS E APOIOS
A Comissão Organizadora do 3o Simpósio de Argamassas e Soluções Térmicas 
de Revestimento agradece o apoio prestado através da concessão de patrocínios 
e de apoio no processo de divulgação.
Este trabalho é financiado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização na sua 
componente FEDER e da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, na sua componente de 
Orçamento de Estado, no âmbito do projeto “IF MORTAR”, referência POCI-01-0145-FEDER-032223.
APOIO À DIVULGAÇÃO
APOIO INSTITUCIONAL
PATROCÍNIO OURO
PATROCÍNIO PRATA
ISOLAMENTOS
F d E u
d D l i R gi l
un o urope
e esenvo v mento e ona
u
ÍNDICE
Argamassas Inovadoras
ARGAMASSAS TÉRMICAS SUPER-ISOLANTES: ANÁLISE EXPERIMENTAL DA SUA APLICAÇÃO ........................................................................15
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE ARGAMASSAS COM ADITIVOS HIDROFUGANTES E SÍLICA ATIVA............................................................. 27
DOSAGEM DE ARGAMASSA AUTONIVELANTE PARA APLICAÇÃO EM CONTRAPISO .............................................................................................41
AVALIAÇÃO DO CALOR DE HIDRATAÇÃO EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO COM ADIÇÃO DE MICROFIBRAS DE CELULOSE .........53
ANÁLISE MECÂNICA DE ARGAMASSA MISTA COM REUTILIZAÇÃO DE PÓ DE VIDRO COMO AGREGADO MIÚDO .......................................63
ESTUDO EXPERIMENTAL E NUMÉRICO DA INTERFACE ARGAMASSA-SUPORTE ................................................................................................. 75
INFLUÊNCIA DA PRESENÇA DE CHAPISCO NAS CARACTERÍSTICAS DAS ARGAMASSAS APLICADAS ............................................................87
MARCAÇÃO CE DE ARGAMASSAS ..................................................................................................................................................................................... 97
Argamassas Térmicas
COMPORTAMENTO A TEMPERATURAS EXTREMAS DE ARGAMASSAS DE CIMENTO COM INCORPORAÇÃO DE PCM ............................. 105
ESTUDO DAS PROPRIEDADES TÉRMICAS DA ARGAMASSA BRASILEIRA UTILIZANDO POLIESTIRENO EXPANDIDO COMO 
SUBSTITUINTE PARCIAL DO AGREGADO MIÚDO .......................................................................................................................................................... 115
STUDY OF THE PERFORMANCE OF THE FACADE ON A NEARLY ZERO ENERGY BUILDING .............................................................................125
Argamassas Sustentáveis
ARGAMASSA ECOLÓGICA COM MICROPARTÍCULAS DE BORRACHA DE PNEU RECICLADO 
PARA PAVIMENTO DE RAMPA DE ACESSIBILIDADE ................................................................................................................................................... 133
ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE ARGAMASSA UTILIZANDO RESÍDUOS 
DE CERÂMICA VERMELHACOMO AGREGADO ALTERNATIVO .................................................................................................................................. 139
NA SENDA DA ECONOMIA CIRCULAR: REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUO 
DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA EM ARGAMASSAS DE ANCORAGEM DE ARMADURAS DE AÇO ........................................................................ 151
ESTUDO DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE AREIA POR PARTÍCULAS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE EM ARGAMASSAS ........... 163
ARGAMASSAS ECOEFICIENTES PARA A REGULAÇÃO DA QUALIDADE DO AR INTERIOR ..................................................................................175
PATOLOGIA EM REVESTIMENTO DE PROTEÇÃO TÉRMICA, CASO DE ESTUDO: INSPEÇÃO E SOLUÇÕES ..................................................................187
DOSAGEM DE ARGAMASSA AUTONIVELANTE COM RESÍDUO DO CORTE DE MARMÓRE E GRANITO (RCMG) PARA CONTRAPISO .... 199
ESTUDO DAS PROPRIEDADES FÍSICAS DA ARGAMASSA BRASILEIRA UTILIZANDO POLIESTIRENO 
EXPANDIDO COMO SUBSTITUINTE PARCIAL DO AGREGADO MIÚDO ..................................................................................................................... 211
ARGAMASSA SUSTENTÁVEL PARA QUADRAS DE ESPORTES COM MICROPARTÍCULAS DE BORRACHA DE PNEU ..................................223
ESTUDO DA RESISTÊNCIA MECÂNICA DE ARGAMASSAS PRODUZIDAS COM RESÍDUO DE CORTE DE MÁRMORE ..................................229
ESTUDO PARA USO DO RESÍDUO DO BIOETANOL CELULÓSICO ADICIONADO AO CIMENTO EM ARGAMASSAS DE CONCRETO ......... 237
AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL PELA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA: ESTUDO EM ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO ....................249
DESEMPENHO DE ARGAMASSAS COM INCORPORAÇÃO DE FIBRAS NATURAIS: CONTRIBUIÇÃO PARA O COMPORTAMENTO À 
FISSURAÇÃO ......................................................................................................................................................................................................................... 261
ARGAMASSAS COM INCORPORAÇÃO DE CASCA DE OVO ..........................................................................................................................................271
Inspeção e Diagnóstico de Patologias
DETALHES CONSTRUTIVOS E SUA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS FACHADAS DE 
EDIFICAÇÕES ........................................................................................................................................................................................................................283
ANÁLISE COMPARATIVA DA FISSURAÇÃO PROVENIENTE DA RETRAÇÃO PLÁSTICA EM ARGAMASSAS REFORÇADAS COM FIBRA DE 
POLIPROPILENO ..................................................................................................................................................................................................................295
DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA AVALIAR O APARECIMENTO 
DE EFLORESCÊNCIAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS ...................................................................................................................................... 303
Soluções Térmicas de Revestimento (ETICS e outras) 
AVALIAÇÃO IN SITU DE REVESTIMENTOS EM SISTEMAS ETICS COM INTRODUÇÃO DE PIGMENTOS REFLETANTES ............................. 313
DESEMPENHO DE PAINÉIS DE AQUECIMENTO EM BETÃO INTELIGENTE ...........................................................................................................325
TRIPLA-RESISTÊNCIA À ÁGUA, AOS GRAFFITI E À BIOCOLONIZAÇÃO EM ETICS – O PROJECTO WGB_SHIELD ........................................335
APLICAÇÃO DE TERMOGRAFIA ATIVA NA DETEÇÃO DE BUCHAS DE FIXAÇÃO EM ETICS ................................................................................345
Casos de Estudo
AVALIAÇÃO DO RISCO DE FISSURAÇÃO POR RETRAÇÃO PLÁSTICA EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTO .............................................355
REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO NOVA PÓVOA – PÓVOA DO VARZIM ..........................................................................................................................367
 
ARGAMASSAS TÉRMICAS SUPER-ISOLANTES: ANÁLISE EXPERIMENTAL 
DA SUA APLICAÇÃO 
 
Marco Pedroso1, Inês Flores-Colen1*, Luís Silva2, Pedro Sequeira2, José D. Silvestre1, M. 
Glória Gomes1 
 
1: CERIS-ICIST, DECivil, IST, Universidade de Lisboa 
Avenida Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal 
marco.pedroso@tecnico.ulisboa.pt 
ines.flores.colen@tecnico.ulisboa.pt * 
jose.silvestre@tecnico.ulisboa.pt 
maria.gloria.gomes@tecnico.ulisboa.pt 
 
2: Grupo Saint-Gobain Weber 
Aveiro, Portugal 
Luis.Silva@saint-gobain.com 
Pedro.Sequeira@saint-gobain.com 
 
 
Palavras-chave: Argamassas térmicas super-isolantes, formulações inovadoras, aerogel de sílica, 
desempenho, ensaios experimentais. 
 
 
Resumo 
A necessidade de obtenção de elementos de revestimento de paredes termicamente mais 
isolantes, tem potenciado o desenvolvimento de novas argamassas térmicas super-isolantes (λ ≤ 
0,050 W/m.K). Apesar destas argamassas apresentarem reduzidos valores de condutibilidade 
térmica, possuem resistências mecânicas não declaradas, ou reduzidas, tornando difícil, 
atualmente, a sua aplicação em construções novas ou em reabilitações. 
No âmbito do projeto Parede Eficiente Plus (PEP), foram desenvolvidas diversas formulações 
inovadoras de argamassas térmicas super-isolantes, recorrendo-se à utilização de agregados 
leves e nanomateriais, como o aerogel de sílica, que permitiram a obtenção de características 
mecânicas e de condutibilidade térmica promissoras e que representaram um avanço significativo 
ao estado da arte das argamassas térmicas. Assim, apresenta-se o conjunto de resultados obtidos 
na aplicação destas argamassas, nomeadamente quanto à absorção de água capilar, resistência 
ao impacto de corpo rígido, bem como à permeabilidade ao vapor de água. 
O presente trabalho apresenta assim os principais avanços que se obtiveram no desenvolvimento 
das argamassas térmicas super-isolantes (SIM) no âmbito do projeto PEP, de modo a permitir a 
sua futura introdução no mercado da construção. 
 
15
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 2
1. INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO 
Com a crescente importância associada à eficiência energética dos edifícios, o desempenho térmico 
dos materiais utilizados tem conduzido à necessidade de aplicação de materiais de revestimento com 
propriedades super-isolantes (λ ≤ 0,050 W/m.K). Algumas argamassas são disso exemplo, podendo 
trazer vantagens, relativamente às soluções clássicas em placas isolantes, tais como [1], [2]: 
possibilidade de regularizar zonas complexas, melhoria da reação ao fogo e maior resistência 
mecânica. Neste contexto de utilização de materiais inovadores de alto desempenho, desenvolveu-se 
o projeto Parede Eficiente Plus (PEP), propondo-se criar um conjunto bloco de betão leve e argamassa 
térmica super-isolante (SIM – Super Insulating Mortar), com resultados iniciais já publicados [3], [4]. 
Atualmente, as alternativas aos materiais isolantes térmicos clássicos, aplicados nos sistemas ETICS 
(External Thermal Insulation Composite System), consistem em argamassas de revestimento com 
condutibilidades térmicas (λ), classificadas na EN 998-1 [5] como apresentando λ ≤ 0,2 W/m.K. Essas 
argamassas apresentam, no mercado Europeu, valores entre 0,055 e 0,200 W/m.K [6], que permitiram 
reduzir as espessuras para uma mesma resistência térmica, muito embora ainda aquém dos clássicos 
XPS (poliestireno expandido extrudido), com 0,036 W/m.K, EPS (poliestireno expandido moldado), 
com 0,032 W/m.K, ou lãs minerais, com 0,039 W/m.K [7]. Sublinha-se, assim, a necessidade de 
redução das condutibilidades térmicas das argamassas, de modo a poderem ser alternativas. 
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas formulações de argamassas térmicas, tem originado a 
diminuição quer da incorporação de matérias-primas processadas, quer de gastos energéticos no 
fabrico, promovendo a redução dos impactes ambientaisassociados (produção, utilização e fim de vida 
útil) [8]. Verificou-se ainda a introdução da nanotecnologia [9]–[11], que contribui para uma melhoria de 
desempenho das paredes dos edifícios e minimiza os consumos energéticos [12], [13]. 
Apesar deste contexto, a introdução de aerogéis de sílica nas formulações só recentemente tem sido 
estudada [12], [14], mas justifica-se pelas suas propriedades [15]: materiais sólidos, constituídos 
maioritariamente por ar [16], com massas volúmicas entre 60 e 100 kg/m3, condutibilidades térmicas 
baixas, 0,018 – 0,020 W/m.K) [17], inferiores à do ar à pressão atmosférica (0,026 W/m.K), e com boa 
resistência ao fogo [13], [18], . No entanto, este material oferece uma reduzida resistência mecânica, 
o que tem limitado a sua aplicação [10]. Tanto mais que, até agora, as argamassas incorporando 
aerogéis de sílica só declaram algumas das características requisitadas na EN 998-1 [5]. 
Considerando os estudos realizados, o projeto PEP desenvolveu uma inovadora formulação de 
argamassa térmica super-isolante (SIM) contendo aerogéis de sílica. Face aos bons indicadores 
obtidos [3], [4], [7], apresentam-se os principais avanços no desenvolvimento dessa formulação, 
aplicada em bloco de betão leve, através dos resultados da campanha experimental realizada. Essa 
caracterização e comparação com os requisitos impostos, permitiu, não só, avaliar o desempenho e 
compatibilidade dos materiais utilizados, mas também, contribuir para o desenvolvimento deste tipo de 
solução e demonstração das suas propriedades híbridas, entre uma argamassa térmica e um material 
isolante térmico clássico, de modo a permitir a sua futura comercialização. 
2. MATERIAIS E METODOLOGIAS 
2.1. Materiais utilizados 
A formulação definida para a SIM resultou após o ensaio de dezenas de iterações, tendo como base 
de partida os trabalhos apresentados por Pedroso et al. [4]. Esta argamassa é composta por ligantes 
minerais, agentes reológicos, resinas, agentes hidrofóbicos, entre outros, contendo, como agregado 
leve e material isolante térmico, o aerogel de sílica. Na Figura 1 é visível o aspeto da SIM. 
Após a produção da SIM, esta foi colocada em moldes e aplicada em blocos de betão leve, consistindo 
o seu processo de cura em: i) colocação dos provetes em sacos de polietileno durante 7 dias, para cura 
húmida; ii) remoção dos provetes dos sacos; iii) desmoldagem após 14 dias; iv) cura em câmara, com 
condições de temperatura e humidade controladas, 20ºC ± 5ºC e humidade relativa de 50%, até 
perfazer 28 dias, conforme a ISO 1015-11 [19]. A Figura 2 permite observar a argamassa aplicada. 
16
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 2
1. INTRODUÇÃO E ENQUADRAMENTO 
Com a crescente importância associada à eficiência energética dos edifícios, o desempenho térmico 
dos materiais utilizados tem conduzido à necessidade de aplicação de materiais de revestimento com 
propriedades super-isolantes (λ ≤ 0,050 W/m.K). Algumas argamassas são disso exemplo, podendo 
trazer vantagens, relativamente às soluções clássicas em placas isolantes, tais como [1], [2]: 
possibilidade de regularizar zonas complexas, melhoria da reação ao fogo e maior resistência 
mecânica. Neste contexto de utilização de materiais inovadores de alto desempenho, desenvolveu-se 
o projeto Parede Eficiente Plus (PEP), propondo-se criar um conjunto bloco de betão leve e argamassa 
térmica super-isolante (SIM – Super Insulating Mortar), com resultados iniciais já publicados [3], [4]. 
Atualmente, as alternativas aos materiais isolantes térmicos clássicos, aplicados nos sistemas ETICS 
(External Thermal Insulation Composite System), consistem em argamassas de revestimento com 
condutibilidades térmicas (λ), classificadas na EN 998-1 [5] como apresentando λ ≤ 0,2 W/m.K. Essas 
argamassas apresentam, no mercado Europeu, valores entre 0,055 e 0,200 W/m.K [6], que permitiram 
reduzir as espessuras para uma mesma resistência térmica, muito embora ainda aquém dos clássicos 
XPS (poliestireno expandido extrudido), com 0,036 W/m.K, EPS (poliestireno expandido moldado), 
com 0,032 W/m.K, ou lãs minerais, com 0,039 W/m.K [7]. Sublinha-se, assim, a necessidade de 
redução das condutibilidades térmicas das argamassas, de modo a poderem ser alternativas. 
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas formulações de argamassas térmicas, tem originado a 
diminuição quer da incorporação de matérias-primas processadas, quer de gastos energéticos no 
fabrico, promovendo a redução dos impactes ambientais associados (produção, utilização e fim de vida 
útil) [8]. Verificou-se ainda a introdução da nanotecnologia [9]–[11], que contribui para uma melhoria de 
desempenho das paredes dos edifícios e minimiza os consumos energéticos [12], [13]. 
Apesar deste contexto, a introdução de aerogéis de sílica nas formulações só recentemente tem sido 
estudada [12], [14], mas justifica-se pelas suas propriedades [15]: materiais sólidos, constituídos 
maioritariamente por ar [16], com massas volúmicas entre 60 e 100 kg/m3, condutibilidades térmicas 
baixas, 0,018 – 0,020 W/m.K) [17], inferiores à do ar à pressão atmosférica (0,026 W/m.K), e com boa 
resistência ao fogo [13], [18], . No entanto, este material oferece uma reduzida resistência mecânica, 
o que tem limitado a sua aplicação [10]. Tanto mais que, até agora, as argamassas incorporando 
aerogéis de sílica só declaram algumas das características requisitadas na EN 998-1 [5]. 
Considerando os estudos realizados, o projeto PEP desenvolveu uma inovadora formulação de 
argamassa térmica super-isolante (SIM) contendo aerogéis de sílica. Face aos bons indicadores 
obtidos [3], [4], [7], apresentam-se os principais avanços no desenvolvimento dessa formulação, 
aplicada em bloco de betão leve, através dos resultados da campanha experimental realizada. Essa 
caracterização e comparação com os requisitos impostos, permitiu, não só, avaliar o desempenho e 
compatibilidade dos materiais utilizados, mas também, contribuir para o desenvolvimento deste tipo de 
solução e demonstração das suas propriedades híbridas, entre uma argamassa térmica e um material 
isolante térmico clássico, de modo a permitir a sua futura comercialização. 
2. MATERIAIS E METODOLOGIAS 
2.1. Materiais utilizados 
A formulação definida para a SIM resultou após o ensaio de dezenas de iterações, tendo como base 
de partida os trabalhos apresentados por Pedroso et al. [4]. Esta argamassa é composta por ligantes 
minerais, agentes reológicos, resinas, agentes hidrofóbicos, entre outros, contendo, como agregado 
leve e material isolante térmico, o aerogel de sílica. Na Figura 1 é visível o aspeto da SIM. 
Após a produção da SIM, esta foi colocada em moldes e aplicada em blocos de betão leve, consistindo 
o seu processo de cura em: i) colocação dos provetes em sacos de polietileno durante 7 dias, para cura 
húmida; ii) remoção dos provetes dos sacos; iii) desmoldagem após 14 dias; iv) cura em câmara, com 
condições de temperatura e humidade controladas, 20ºC ± 5ºC e humidade relativa de 50%, até 
perfazer 28 dias, conforme a ISO 1015-11 [19]. A Figura 2 permite observar a argamassa aplicada. 
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 3
 
Figura 1 – SIM em produção 
 
Figura 2 – SIM aplicada em bloco de betão leve 
2.2. Metodologias de análise 
Como elementos de análise, estabeleceram-se os seguintes parâmetros, no estado fresco: massa 
volúmica, teor de ar, espalhamento em mesa de compactação e trabalhabilidade. Por sua vez, para o 
estado endurecido, os parâmetros de análise foram: retração em calha livre, massa volúmica, 
resistência à compressão, resistência à tração por flexão, condutibilidade térmica, permeabilidade ao 
vapor de água, permeabilidade à água líquida, absorção de água por capilaridade, aderência e 
resistência ao choque. Todos estes ensaios permitiram, assim, a avaliação do desempenho da SIM. 
Muito embora a SIM tenha sido aplicada,posteriormente, com sistema de revestimento de proteção 
[20], sendo, de certa forma, equivalente a um sistema ETICS, em que são usualmente aplicados 
materiais isolantes clássicos em placa, seguindo a ETAG 004 [21] (European Technical Approval 
Guidelines), nesta fase, dada a sua natureza - argamassa térmica -, a caracterização do seu 
desempenho seguiu as indicações da EN 998-1 [5] para argamassas térmicas. Apresentando-se os 
procedimentos de análise de seguida: 
2.2.1. Principais propriedades no estado fresco 
Os ensaios associados ao estado fresco foram: massa volúmica, consistência em mesa de 
espalhamento, teor de ar e trabalhabilidade. A avaliação da massa volúmica no estado fresco realizou-
se seguindo a EN 1015-6 [22]. O ensaio de consistência em mesa de espalhamento seguiu a EN 1015-
3 [23]. O teor de ar seguiu a EN 1015-7 [24]. A trabalhabilidade, foi classificada empiricamente, 
relativamente à facilidade com que, manualmente e utilizando uma espátula, a SIM era envolvida. Aqui, 
a EN 998-1 [5] tem como requisitos apenas a declaração dos valores por parte do fabricante. 
2.2.2. Retração em calha livre 
A retração livre em calha metálica, seguiu as indicações presentes na ficha de ensaio LNEC E398 [25], 
aplicando-se, no estado fresco, a SIM dentro de uma cantoneira linear, possuindo esta, em cada uma 
das extremidades, uma cavilha metálica para aderir à SIM e verificar dessa forma a existência, ou não, 
de retração. Este ensaio não se encontra como requisito da EN 998-1 [5], mas realizou-se como 
ensaio de caracterização inicial da SIM e da sua potencial adequação a futuras aplicações. 
2.2.3. Massa volúmica, resistência à compressão e tração 
Após o período de cura descrito em 2.1, a massa volúmica no estado endurecido foi avaliada seguindo 
as indicações presentes na EN 1015-10 [26]. Já a resistência à compressão, bem como o ensaio de 
resistência à tração por flexão, seguiram os procedimentos indicados na EN 1015-11 [27]. 
Quanto à massa volúmica no estado endurecido, a EN 998-1 [5] coloca como requisito apenas a 
declaração, por parte do fabricante, de um intervalo de valores possíveis. Já quanto à resistência 
à compressão, estabelece que o valor mínimo admissível, classe CS I, é de 0,4 MPa, não 
apresentando requisitos para o valor de resistência à tração. 
2.2.4. Condutibilidade térmica 
Os ensaios associados à avaliação da condutibilidade térmica seguiram a EN 1745 [28], tal como 
indicado na EN 998-1 [5], e os trabalhos apresentados por Gomes et al. [29], seguindo o método 
transiente de sonda linear e utilizando-se o equipamento ISOMET 2114 da Applied Precision [30]. As 
17
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 4
medições estão de acordo com as indicações normativas: ASTM-D-5334 [31], ASTM D 5930 [32] e EN 
22007-2 [33]. Todos os testes foram realizados com uma temperatura média de 20 ± 3ºC, tendo sido 
posteriormente os resultados convertidos para uma temperatura de 10ºC, utilizando o método da ISO 
10456 [34]. A sonda linear utilizada apresenta uma gama de medição entre 0,015 e 0,05 W/m.K, uma 
precisão de 5% do valor da leitura + 0,001 W/m.K e reprodutibilidade de 3% + 0,001 W/m.K [30]. 
Foram utilizados provetes cilíndricos com 80 mm de diâmetro e 130 mm de altura, previamente 
perfurados pela sonda linear. Após 28 dias, para a obtenção do estado seco, colocaram-se os provetes 
em estufa a 60ºC, até estabilização da sua massa (± 0,2%) durante, pelo menos, três dias. Foram 
envolvidos em película aderente e deixados arrefecer até equalização com a temperatura ambiente. 
A classe T1 presente na EN 998-1 [5] é, para argamassas térmicas, a mais exigente, sendo requisito 
mínimo a obtenção de uma condutibilidade térmica, a 10ºC e no estado seco, de λ ≤ 0,1 W/m.K. 
2.2.5. Permeabilidade ao vapor de água 
Este ensaio foi realizado seguindo a EN 1015-19 [35], tendo as amostras sido acondicionadas 28 dias 
a 23 ± 2ºC e a 50 ± 5% HR. A espessura média dos provetes foi de 21 mm, com área média de 0,0203 
m2. Após esse período, aplicou-se uma tinta bi-componente impermeável ao longo do perímetro dos 
provetes, de modo a manter o fluxo de vapor constante através do material em análise. Após a secagem 
da tinta, os provetes foram colocados em estufa a 60ºC até à estabilização da sua massa (± 0,2%) 
durante, pelo menos, 3 dias. Após arrefecerem em sílica gel, foram colocados nos moldes e isolados 
com mástique de forma a que o fluxo de vapor fosse realizado apenas através do provete. 
O método utilizado foi o da tina seca, utilizando sílica gel (aquecida a 100ºC para retirar a humidade) 
no interior das tinas de teste, com aproximadamente 1,5% de humidade e temperaturas médias de 
23ºC. Segundo a EN 1015-19 [35], neste método, o processo de difusão do vapor realiza-se da mesma 
forma, apenas com ΔP diferente [36], [37]. Em termos da preparação, as tinas apresentavam a forma 
de disco, preenchidas com sílica gel. O provete circular foi colocado no topo a uma distância ≥ 1 cm da 
sílica gel e isolado lateralmente com mástique. O ensaio realizou-se na câmara de cura seca, sendo 
realizadas pesagens, em balança com precisão de 0,01 g, com registo da hora e massa, optando-se 
pela execução durante 168 h, uma vez que a norma deixa este valor ao critério do técnico. 
Após conclusão do ensaio, determinou-se graficamente o aumento de massa por unidade de tempo 
(kg/s) de cada conjunto, ou seja, a partir do gráfico determinou-se o fluxo de vapor de água através da 
argamassa. Os resultados foram, então, expressos através do coeficiente de permeabilidade ao vapor 
de água (µ), cujo valor, segundo a EN 998-1 [5], para argamassas térmicas, deverá ser ≤ 15. 
2.2.6. Permeabilidade à água líquida 
Para a realização do ensaio de permeabilidade à água líquida, foi seguida a ficha de ensaio LNEC FE 
Pa 39.1 [38]. A realização deste ensaio utilizou SIM aplicada em bloco de betão leve, numa camada de 
40 mm. Após esse período, foram aplicados tubos de Karsten à SIM utilizando silicone, com o cuidado 
de que este não ocupasse a área de contacto água/SIM, no seu interior. Após a secagem do silicone, 
iniciou-se o ensaio, introduzindo água nos tubos de Karsten e sua monitorização/reenchimento, sendo 
o principal resultado a quantidade total de água absorvida durante um período de 60 minutos. 
Este ensaio, apesar de não se encontrar especificado na EN 998-1 [5], foi realizado devido à 
importância associada à caracterização inicial desta inovadora formulação. 
2.2.7. Absorção de água por capilaridade 
Este ensaio seguiu as indicações da EN 1015-18 [39]. Assim, após o período de cura, descrito em 2.1, 
os provetes prismáticos (160 x 40 x 40 mm) foram utilizados no ensaio de tração por flexão. Das 
metades resultantes, umas utilizaram-se no ensaio de resistência à compressão e, outras, neste ensaio. 
As amostras utilizadas viram as suas faces laterais impermeabilizadas com tinta adequada, de modo a 
que apenas uma das faces de topo (a que não foi sujeita a separação no ensaio de tração por flexão) 
18
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 4
medições estão de acordo com as indicações normativas: ASTM-D-5334 [31], ASTM D 5930 [32] e EN 
22007-2 [33]. Todos os testes foram realizados com uma temperatura média de 20 ± 3ºC, tendo sido 
posteriormente os resultados convertidos para uma temperatura de 10ºC, utilizando o método da ISO 
10456 [34]. A sonda linear utilizada apresenta uma gama de medição entre 0,015 e 0,05 W/m.K, uma 
precisão de 5% do valor da leitura + 0,001 W/m.K e reprodutibilidade de 3% + 0,001 W/m.K [30]. 
Foram utilizados provetes cilíndricos com 80 mm de diâmetro e 130 mm de altura, previamente 
perfurados pela sonda linear. Após 28 dias, para a obtenção do estado seco, colocaram-se os provetes 
em estufa a 60ºC, até estabilização da sua massa (± 0,2%) durante, pelo menos, três dias. Foram 
envolvidos em película aderente e deixados arrefecer até equalização com a temperaturaambiente. 
A classe T1 presente na EN 998-1 [5] é, para argamassas térmicas, a mais exigente, sendo requisito 
mínimo a obtenção de uma condutibilidade térmica, a 10ºC e no estado seco, de λ ≤ 0,1 W/m.K. 
2.2.5. Permeabilidade ao vapor de água 
Este ensaio foi realizado seguindo a EN 1015-19 [35], tendo as amostras sido acondicionadas 28 dias 
a 23 ± 2ºC e a 50 ± 5% HR. A espessura média dos provetes foi de 21 mm, com área média de 0,0203 
m2. Após esse período, aplicou-se uma tinta bi-componente impermeável ao longo do perímetro dos 
provetes, de modo a manter o fluxo de vapor constante através do material em análise. Após a secagem 
da tinta, os provetes foram colocados em estufa a 60ºC até à estabilização da sua massa (± 0,2%) 
durante, pelo menos, 3 dias. Após arrefecerem em sílica gel, foram colocados nos moldes e isolados 
com mástique de forma a que o fluxo de vapor fosse realizado apenas através do provete. 
O método utilizado foi o da tina seca, utilizando sílica gel (aquecida a 100ºC para retirar a humidade) 
no interior das tinas de teste, com aproximadamente 1,5% de humidade e temperaturas médias de 
23ºC. Segundo a EN 1015-19 [35], neste método, o processo de difusão do vapor realiza-se da mesma 
forma, apenas com ΔP diferente [36], [37]. Em termos da preparação, as tinas apresentavam a forma 
de disco, preenchidas com sílica gel. O provete circular foi colocado no topo a uma distância ≥ 1 cm da 
sílica gel e isolado lateralmente com mástique. O ensaio realizou-se na câmara de cura seca, sendo 
realizadas pesagens, em balança com precisão de 0,01 g, com registo da hora e massa, optando-se 
pela execução durante 168 h, uma vez que a norma deixa este valor ao critério do técnico. 
Após conclusão do ensaio, determinou-se graficamente o aumento de massa por unidade de tempo 
(kg/s) de cada conjunto, ou seja, a partir do gráfico determinou-se o fluxo de vapor de água através da 
argamassa. Os resultados foram, então, expressos através do coeficiente de permeabilidade ao vapor 
de água (µ), cujo valor, segundo a EN 998-1 [5], para argamassas térmicas, deverá ser ≤ 15. 
2.2.6. Permeabilidade à água líquida 
Para a realização do ensaio de permeabilidade à água líquida, foi seguida a ficha de ensaio LNEC FE 
Pa 39.1 [38]. A realização deste ensaio utilizou SIM aplicada em bloco de betão leve, numa camada de 
40 mm. Após esse período, foram aplicados tubos de Karsten à SIM utilizando silicone, com o cuidado 
de que este não ocupasse a área de contacto água/SIM, no seu interior. Após a secagem do silicone, 
iniciou-se o ensaio, introduzindo água nos tubos de Karsten e sua monitorização/reenchimento, sendo 
o principal resultado a quantidade total de água absorvida durante um período de 60 minutos. 
Este ensaio, apesar de não se encontrar especificado na EN 998-1 [5], foi realizado devido à 
importância associada à caracterização inicial desta inovadora formulação. 
2.2.7. Absorção de água por capilaridade 
Este ensaio seguiu as indicações da EN 1015-18 [39]. Assim, após o período de cura, descrito em 2.1, 
os provetes prismáticos (160 x 40 x 40 mm) foram utilizados no ensaio de tração por flexão. Das 
metades resultantes, umas utilizaram-se no ensaio de resistência à compressão e, outras, neste ensaio. 
As amostras utilizadas viram as suas faces laterais impermeabilizadas com tinta adequada, de modo a 
que apenas uma das faces de topo (a que não foi sujeita a separação no ensaio de tração por flexão) 
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 5
fosse sujeita ao contacto com água. Após secagem da tinta, as amostras foram colocadas em forno a 
60 ± 5ºC até estabilização da massa (± 0,2%) durante três dias. Após a secagem, as amostras 
equalizaram temperatura no interior de um recipiente contendo sílica gel e foram introduzidas dentro 
de um recipiente com água, ficando imersas, pelo menos, 5 mm. Posteriormente, após 10 e 90 minutos 
foi avaliada a massa, para permitir o cálculo do coeficiente de absorção de água por capilaridade (C). 
A norma EN 998-1 [5] estabelece, para este parâmetro, três classes distintas, sendo W0 não 
especificada e W1 considerada como apresentando um valor de C ≤ 0,40 kg/(m2min0,5). 
2.2.8. Aderência 
Para o ensaio de aderência, a referência foi a EN 1015-12 [40], utilizando-se provetes com SIM (40 mm 
de espessura) aplicada em blocos de betão leve. Após os períodos de cura descritos em 2.1, foram 
realizados entalhes na SIM até à superfície do bloco de betão leve e coladas, com epóxi, pastilhas 
metálicas de 50 x 50 mm. O ensaio de aderência foi efetuado a uma velocidade de 10 ± 1 mm/minuto, 
num equipamento Controls digital, com resolução de 0,001 kN e registo automático do valor obtido. 
A norma EN 998-1 [5], estabelece como requisito apenas que o valor obtido em ensaio seja maior ou 
igual ao valor declarado, bem como a necessidade de indicação do tipo de rotura. 
2.2.9. Resistência ao choque 
O ensaio de resistência ao impacto de corpo rígido utilizou o equipamento Martinet-Baronnie. Este 
equipamento apresenta uma massa do conjunto esfera + braço de 1,5 kg e um comprimento de braço 
de 0,41 m, realizando-se a variação do seu ângulo de funcionamento para a obtenção da energia de 
impacto requerida. Foi, ainda, avaliado o índice esclerométrico utilizando um esclerómetro pendular 
Proceq tipo PT nr 6299. Para o ensaio de impacto de corpo rígido, seguiram-se as indicações da ficha 
LNEC FE Pa 25 [41] e. para a avaliação do índice esclerométrico. seguiram-se as indicações RILEM 
MS D.7 [42]. Ambos os ensaios foram realizados numa camada de SIM (40 mm de espessura) aplicada 
num bloco de betão leve, que cumpriu os períodos de cura estabelecidos em 2.1. 
Assim, para o ensaio de impacto de corpo rígido, foram escolhidos 4 pontos de ensaio para um impacto 
equivalente de 10 J (θ = 90º), observando-se: i) o diâmetro dos impactos (mm); ii) a presença de 
fissuras, quer no ponto de impacto, quer em redor. Para o índice esclerométrico, realizaram-se cinco 
pontos de ensaio, observando-se o valor obtido no equipamento. 
3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS 
3.1. Principais características no estado fresco 
Para o estado fresco, avaliaram-se quatro fatores principais: massa volúmica, teor de ar, consistência 
em mesa de espalhamento, bem como trabalhabilidade. 
A massa volúmica média obtida foi de 0,297 g/cm3. Por sua vez, a consistência em mesa de 
espalhamento, Figura 3, retornou valores, num dos eixos, de 143 mm e, no outro eixo, de 141 mm. 
Quanto ao teor de ar, Figura 4, o valor médio foi de 21%. Quanto à trabalhabilidade, do ponto de vista 
empírico, apresentava-se com uma consistência excelente, sendo facilmente envolvida com espátula. 
Estes valores, segundo a EN 998-1 [5], devem apenas ser apresentados na ficha técnica do material. 
 
Figura 3 – Consistência em mesa de espalhamento Figura 4 – Ensaio de teor de ar 
19
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 6
3.2. Retração em calha livre 
A retração em calha livre da SIM (Figura 5) foi avaliada visualmente durante 60 dias, sendo que, não 
se encontrou qualquer fissuração relacionada com retrações da argamassa. Muito embora a EN 998-1 
[5] não estabeleça este ensaio como requisito, considera-se ser relevante, dada a necessidade de 
manutenção da sua integridade ao longo do tempo, principalmente nas fases de cura iniciais devido à 
perda de água. Deste modo, a SIM apresentou boas características de manutenção da sua integridade. 
 
Figura 5 – Avaliação da retração da SIM em calha livre 
3.3. Massa volúmica no estado endurecido, resistência à compressão e tração 
A massa volúmica no estado endurecido, aos 28 dias, foi ensaiada por medição por paquímetro dos 
provetes prismáticos normalizados, sendo posteriormente avaliada a massa de cada um deles e 
calculado o valor médio da sua massa volúmica, obtendo-se o resultado de 0,160 g/cm3. 
O ensaio de verificação da resistência à tração por flexão (Figura 6)para as três amostras prismáticas 
testadas, permitiu obter os valores presentes na Tabela 1, sendo o valor médio obtido de 0,10 MPa. 
Após o ensaio anterior, foram escolhidas três metades, de provetes distintos, para efetuar o ensaio de 
resistência à compressão (Figuras 7 e 8). Esse ensaio permitiu obter os valores da Tabela 2, com um 
valor médio de 0,23 MPa. Foi ainda avaliada a resistência à compressão da SIM, aplicada no bloco de 
betão leve, após recolha de amostras, com 50 x 50 x 40 mm, obtendo-se um valor médio de 0,20 MPa. 
 
Tabela 1 – Resultados obtidos para o valor de 
resistência à tração aos 28 dias 
Referência Valor obtido [kN] 
Valor em 
[MPa] 
I 0,062 0,097 
II 0,062 0,097 
III 0,066 0,103 
 
Tabela 2 – Resultados obtidos para o valor de 
resistência à compressão aos 28 dias 
Referência Valor obtido [kN] 
Valor em 
[MPa] 
I 0,57 0,228 
II 0,57 0,228 
III 0,56 0,224 
A massa volúmica, no estado endurecido aos 28 dias, mediante a EN 998-1 [5], deverá apenas ter um 
intervalo de valores declarado. Refira-se que o valor médio obtido, 0,160g/cm3, se situa muito próximo 
de uma lã mineral, 0,150 g/cm3 [43], ou até mesmo de um aglomerado negro de cortiça (ICB), 0,120 
g/cm3 [2], usualmente utilizados como elementos isolantes térmicos em sistemas ETICS. 
A resistência à tração, não tem valores mínimos a cumprir na EN 998-1 [5]. Já a resistência à 
compressão tem, como requisito mínimo, apresentar-se ≥ 0,40 MPa. Muito embora os valores obtidos 
sejam inferiores (0,23 < 0,40 MPa), a discussão realizada por Pedroso et al. [7], demonstrou que as 
argamassas térmicas super-isolantes, especialmente a SIM, distanciam-se das argamassas térmicas 
correntes, quer pela sua baixa massa volúmica, quer ainda, como se verá adiante, pelos baixos valores 
de condutibilidade térmica. Assim, a SIM apresenta comportamento híbrido entre argamassa térmica e 
material isolante térmico clássico. Nesse mesmo estudo, para deformações de 10%, uma lã mineral 
com 0,150 g/cm3, apresenta resistência à compressão de 0,10 MPa. Daí a relevância do debate para 
a criação de regulamentos específicos, ou a adaptação, a esta nova realidade, dos existentes. 
20
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 6
3.2. Retração em calha livre 
A retração em calha livre da SIM (Figura 5) foi avaliada visualmente durante 60 dias, sendo que, não 
se encontrou qualquer fissuração relacionada com retrações da argamassa. Muito embora a EN 998-1 
[5] não estabeleça este ensaio como requisito, considera-se ser relevante, dada a necessidade de 
manutenção da sua integridade ao longo do tempo, principalmente nas fases de cura iniciais devido à 
perda de água. Deste modo, a SIM apresentou boas características de manutenção da sua integridade. 
 
Figura 5 – Avaliação da retração da SIM em calha livre 
3.3. Massa volúmica no estado endurecido, resistência à compressão e tração 
A massa volúmica no estado endurecido, aos 28 dias, foi ensaiada por medição por paquímetro dos 
provetes prismáticos normalizados, sendo posteriormente avaliada a massa de cada um deles e 
calculado o valor médio da sua massa volúmica, obtendo-se o resultado de 0,160 g/cm3. 
O ensaio de verificação da resistência à tração por flexão (Figura 6) para as três amostras prismáticas 
testadas, permitiu obter os valores presentes na Tabela 1, sendo o valor médio obtido de 0,10 MPa. 
Após o ensaio anterior, foram escolhidas três metades, de provetes distintos, para efetuar o ensaio de 
resistência à compressão (Figuras 7 e 8). Esse ensaio permitiu obter os valores da Tabela 2, com um 
valor médio de 0,23 MPa. Foi ainda avaliada a resistência à compressão da SIM, aplicada no bloco de 
betão leve, após recolha de amostras, com 50 x 50 x 40 mm, obtendo-se um valor médio de 0,20 MPa. 
 
Tabela 1 – Resultados obtidos para o valor de 
resistência à tração aos 28 dias 
Referência Valor obtido [kN] 
Valor em 
[MPa] 
I 0,062 0,097 
II 0,062 0,097 
III 0,066 0,103 
 
Tabela 2 – Resultados obtidos para o valor de 
resistência à compressão aos 28 dias 
Referência Valor obtido [kN] 
Valor em 
[MPa] 
I 0,57 0,228 
II 0,57 0,228 
III 0,56 0,224 
A massa volúmica, no estado endurecido aos 28 dias, mediante a EN 998-1 [5], deverá apenas ter um 
intervalo de valores declarado. Refira-se que o valor médio obtido, 0,160g/cm3, se situa muito próximo 
de uma lã mineral, 0,150 g/cm3 [43], ou até mesmo de um aglomerado negro de cortiça (ICB), 0,120 
g/cm3 [2], usualmente utilizados como elementos isolantes térmicos em sistemas ETICS. 
A resistência à tração, não tem valores mínimos a cumprir na EN 998-1 [5]. Já a resistência à 
compressão tem, como requisito mínimo, apresentar-se ≥ 0,40 MPa. Muito embora os valores obtidos 
sejam inferiores (0,23 < 0,40 MPa), a discussão realizada por Pedroso et al. [7], demonstrou que as 
argamassas térmicas super-isolantes, especialmente a SIM, distanciam-se das argamassas térmicas 
correntes, quer pela sua baixa massa volúmica, quer ainda, como se verá adiante, pelos baixos valores 
de condutibilidade térmica. Assim, a SIM apresenta comportamento híbrido entre argamassa térmica e 
material isolante térmico clássico. Nesse mesmo estudo, para deformações de 10%, uma lã mineral 
com 0,150 g/cm3, apresenta resistência à compressão de 0,10 MPa. Daí a relevância do debate para 
a criação de regulamentos específicos, ou a adaptação, a esta nova realidade, dos existentes. 
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 7
 
Figura 6 – Resistência à tração por flexão 
 
Figura 7 – Resistência à compressão 
 
Figura 8 – Aspeto geral do ensaio 
 
Figura 9 – Provete recolhido da SIM aplicada ao bloco 
3.4. Condutibilidade térmica 
A avaliação da condutibilidade térmica, aos 28 dias, foi realizada a 19,2 ºC e 53% HR (Figuras 10 e 
11), obtendo-se um resultado médio de 0,0321 W/m.K. Com a correção realizada para 10 ºC, EN 10456 
[34], o valor da condutibilidade térmica média, aos 28 dias, foi de 0,0312 W/m.K. Após esse ensaio, os 
provetes foram colocados a 60 ºC, até estabilização da massa (± 0,2%) durante, pelo menos, três dias, 
e envolvidos em película aderente, para equalizarem a temperatura com o ambiente, sem que 
voltassem a absorver humidade. Assim, este ensaio de avaliação, para estado seco, foi realizado a 
19,2 ºC e 63% HR, obtendo-se um valor médio de 0,0301 W/m.K. Com a correção realizada para 10 
ºC [34], a condutibilidade térmica média obtida, no estado seco, foi de 0,0293 W/m.K. 
Este é um requisito da EN 998-1 [5], indicando-se que, para pertencer à classe mais restritiva (T1), 
deverá apresentar λ ≤ 0,1 W/m.K, no estado seco e para 10 ºC. Como se pode verificar, 0,0293 << 0,1 
W/m.K e, inclusivamente, o valor apresentado é inferior aos isolantes térmicos clássicos [7]: lã mineral 
(0,039 W/m.K [43]), XPS (0,036 W/m.K [2]) e EPS (0,032 W/m.K [44]). 
 
Figura 10 – Aspeto de provete cilíndrico 
 
Figura 11 – Sonda linear a realizar ensaio 
3.5. Permeabilidade ao vapor de água 
A permeabilidade ao vapor de água da SIM avaliou-se pelo método de tina seca (Figuras 12 e 13). Uma 
vez que a EN 1015-19 [35], não indica tempos de ensaio, apresentam-se os resultados para diversas 
durações, Tabela 3. A norma EN 998-1 [5], para argamassas térmicas indica, como requisito mínimo, 
que o coeficiente de permeabilidade ao vapor de água (µ) seja ≤ 15. Como se pode verificar, mesmo 
na situação mais desvantajosa, 168 horas, a SIM cumpre o requisito (14,8 < 15), sendo que, durante 
as 24 horas iniciais, foi possível obter linearidade de medição em três momentos distintos. 
Tabela 3 – Resultados médios da permeabilidade ao vapor de água obtidos para algumas durações 
Duração 
[h] 
Permeância 
[kg/(s.m2.Pa)] 
Perm. vapor água 
[kg/(s.m.Pa)] 
Coef. perm. 
vapor água 
Camada de ar 
[m] 
24 1,25 x 10-9 2,49 x 10-11 7,8 0,16 
48 9,83 x 10-10 1,97 x 10-11 9,8 0,20 
168 6,53 x 10-10 1,31 x 10-11 14,8 0,29 
21
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva,P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 8
 
 
Figura 12 – Discos contendo sílica gel 
 
Figura 13 – Ensaio a decorrer 
3.6. Permeabilidade à água líquida 
A SIM foi também avaliada quanto à permeabilidade à água liquida por baixa pressão, utilizando tubos 
de Karsten. O ensaio iniciou-se com colocação de água até ao valor ‘0 ml’, sendo controlado o tempo 
de ensaio (60 minutos) e as quantidades de água adicionadas nesse período. 
A execução deste ensaio permitiu obter um valor médio de permeabilidade de 4,19 kg/m2.min0.5. Em 
ambos os tubos de Karsten o comportamento foi semelhante, e a sua remoção permitiu, ainda, verificar 
que a integridade da SIM foi mantida, mesmo com a remoção do silicone (Figura 15). Este ensaio não 
é requisito na EN 998-1 [5], contudo, verifica-se que a SIM necessita de proteção face ao elevado valor 
obtido, quando comparado com o indicado por Flores-Colen et al. [45] de ≤ 0,2 kg/m2.min0.5. 
 
Figura 14 – Ensaio a decorrer 
 
Figura 15 – SIM após remoção do silicone 
3.7. Absorção de água por capilaridade 
Na absorção de água por capilaridade, foram utilizadas metades dos prismas do ensaio de tração por 
flexão, impermeabilizados lateralmente (Figura 16), e colocados em estufa até estabilização da massa. 
O ensaio iniciou-se mergulhando os provetes em água a uma profundidade de 5 mm (Figura 17), 
apresentando-se na Tabela 4 os resultados obtidos. A EN 998-1 [5], para argamassas térmicas, requer 
que o coeficiente de absorção de água por capilaridade pertença à classe W1 (≤ 0,40 kg/m2.min0,5). 
Para a SIM, este valor não é cumprido, uma vez que 1,0 >> 0,40 kg/m2.min0,5. Assim, este seria um 
parâmetro interessante de estudar e comparar tendo por base os materiais isolantes térmicos clássicos, 
tal como a lã mineral, de modo a melhor enquadrar este inovador material de características híbridas. 
Tabela 4 – Resultados de absorção de água por capilaridade para os provetes de SIM testados 
Referência Massaestado seco [g] 
Massa10’
[g] 
Massa90’
[g] 
Coef. absorção água por capilaridade 
[kg/(m2.min0.5)] 
I 28,06 32,61 42,49 0,988 
II 29,07 34,16 44,60 1,044 
III 28,20 32,56 42,32 0,976 
 
 
Figura 16 – Provetes com tinta impermeável 
 
Figura 17 – Provetes em ensaio 
22
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 8
 
 
Figura 12 – Discos contendo sílica gel 
 
Figura 13 – Ensaio a decorrer 
3.6. Permeabilidade à água líquida 
A SIM foi também avaliada quanto à permeabilidade à água liquida por baixa pressão, utilizando tubos 
de Karsten. O ensaio iniciou-se com colocação de água até ao valor ‘0 ml’, sendo controlado o tempo 
de ensaio (60 minutos) e as quantidades de água adicionadas nesse período. 
A execução deste ensaio permitiu obter um valor médio de permeabilidade de 4,19 kg/m2.min0.5. Em 
ambos os tubos de Karsten o comportamento foi semelhante, e a sua remoção permitiu, ainda, verificar 
que a integridade da SIM foi mantida, mesmo com a remoção do silicone (Figura 15). Este ensaio não 
é requisito na EN 998-1 [5], contudo, verifica-se que a SIM necessita de proteção face ao elevado valor 
obtido, quando comparado com o indicado por Flores-Colen et al. [45] de ≤ 0,2 kg/m2.min0.5. 
 
Figura 14 – Ensaio a decorrer 
 
Figura 15 – SIM após remoção do silicone 
3.7. Absorção de água por capilaridade 
Na absorção de água por capilaridade, foram utilizadas metades dos prismas do ensaio de tração por 
flexão, impermeabilizados lateralmente (Figura 16), e colocados em estufa até estabilização da massa. 
O ensaio iniciou-se mergulhando os provetes em água a uma profundidade de 5 mm (Figura 17), 
apresentando-se na Tabela 4 os resultados obtidos. A EN 998-1 [5], para argamassas térmicas, requer 
que o coeficiente de absorção de água por capilaridade pertença à classe W1 (≤ 0,40 kg/m2.min0,5). 
Para a SIM, este valor não é cumprido, uma vez que 1,0 >> 0,40 kg/m2.min0,5. Assim, este seria um 
parâmetro interessante de estudar e comparar tendo por base os materiais isolantes térmicos clássicos, 
tal como a lã mineral, de modo a melhor enquadrar este inovador material de características híbridas. 
Tabela 4 – Resultados de absorção de água por capilaridade para os provetes de SIM testados 
Referência Massaestado seco [g] 
Massa10’
[g] 
Massa90’
[g] 
Coef. absorção água por capilaridade 
[kg/(m2.min0.5)] 
I 28,06 32,61 42,49 0,988 
II 29,07 34,16 44,60 1,044 
III 28,20 32,56 42,32 0,976 
 
 
Figura 16 – Provetes com tinta impermeável 
 
Figura 17 – Provetes em ensaio 
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 9
3.8. Aderência 
A aderência foi testada utilizando SIM aplicada em bloco de betão leve. Posteriormente, foram 
realizados entalhes e coladas pastilhas metálicas, realizando-se o ensaio no dia seguinte (Figura 18). 
Os resultados apresentam-se na Tabela 5, com um valor médio de 0,06 MPa e rotura coesiva no seio 
da SIM. As Figuras 19 e 20 apresentam o aspeto dos provetes após o ensaio. 
Embora a EN 998-1 [5] exija a declaração do valor e padrão de rotura, a utilização da SIM em sistema 
tipo ETICS, como isolante térmico, é regulada pela ETAG 004 [21]. Assim deve, segundo esse 
documento, apresentar valor ≥ 0,08 MPa, com rotura coesiva ou adesiva, ou a rotura deverá ocorrer no 
produto de isolamento (rotura coesiva) se a aderência for ≤ 0,08 MPa, sendo este último o verificado. 
Tabela 5 – Resultados de aderência obtidos para os provetes testados 
Referência Valor obtido [KN] Valor em [MPa] Rotura
I 0,155 0,062 Coesiva 
II 0,150 0,06 Coesiva 
III 0,149 0,06 Coesiva 
 
 
Figura 18 – Equipamento utilizado 
 
Figura 19 – Provete após ensaio 
 
Figura 20 – Rotura coesiva 
3.9. Resistência ao choque 
A resistência ao choque de corpo rígido, utilizou o Martinet-Baronnie, sendo o impacto gerado 
equivalente a 10 J (massa total do braço+esfera: 1,5 kg; comprimento do braço: 0,41m; θ: 90º), 
verificando-se nas Figuras 21, 22 e 23 o aspeto geral do ensaio e registando-se na Tabela 6 os 
resultados obtidos. Foi ainda realizado o ensaio para avaliação do índice esclerométrico utilizando 
esclerómetro PT, utilizando cinco pontos de ensaio, com os resultados presentes na Tabela 7. 
Nenhum destes ensaios se encontra na EN 998-1 [5], utilizando-se como referência os resultados de 
Flores-Colen et al. [45], para rebocos pré-doseados. Assim, para o diâmetro da mossa, a referência é 
de que deverá ser < 20 mm e o índice esclerométrico > 64 [45]. Verificou-se que o diâmetro médio da 
mossa apresentou 30,5 mm e o índice esclerométrico médio foi de 59,4. Uma vez mais, os resultados 
obtidos remetem para a necessidade de estabelecer parâmetros de desempenho específicos para 
estas inovadoras argamassas, por demonstrarem, nos mais diversos ensaios, comportamento híbrido. 
 
 
Tabela 6 – Resultados obtidos para os vários 
pontos de ensaio de impacto 
Referência Diâmetro [mm] Fissuras 
I 29 Sim 
II 30 Sim 
III 31 Sim 
IV 31 Sim 
 
Tabela 7 – Resultados obtidos para os vários 
pontos de contacto 
Referência Índice esclerométrico 
I 63 
II 60 
III 57 
IV 57 
V 60 
 
23
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 10
 
Figura 21 – Realização do ensaio 
 
Figura 22 – SIM após impactos 
 
Figura 23 – SIM após limpeza 
4. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 
Após as campanhas experimentais e análise dos resultados obtidos, no âmbito do projeto PEP, foi 
possível obter a caracterização inicial de uma formulação inovadora de argamassa térmica super-
isolante (SIM). Esta, foi caracterizada quer no estado fresco quer no estado endurecido, seguindo os 
parâmetros requisitados pela EN 998-1, bem como um conjunto de outros parâmetros relevantes. 
No estado fresco, os resultados obtidos demonstraram, desde logo, um comportamento diferenciado, 
sobretudo devido à baixa massa volúmica e teor de ar, sem comprometer a excelente trabalhabilidade, 
deixando ainda antever um elevado potencial de aplicação por máquinade projeção. 
Para o estado endurecido, realizou-se um conjunto adicional de ensaios, verificando-se: 
- Inexistência de retração, em calha livre, passados 60 dias após aplicação, sendo um bom indicador 
futuro de aplicação; 
- Massa volúmica bastante baixa, sendo equivalente a alguns materiais comuns de isolamento térmico; 
- Resistência mecânica, com valores consistentes, embora inferiores aos requisitos normativos, mas, 
quando considerados estudos recentes, correspondem a valores superiores aos isolantes térmicos; 
- Condutibilidade térmica com valores muito baixos, inclusivamente inferiores a materiais isolantes 
térmicos comuns (p. ex.: EPS com 0,032 W/m.K); 
- Permeabilidade ao vapor de água, cumprindo os requisitos mínimos da EN 998-1, mesmo quando 
considerado o tempo de ensaio mais penalizador; 
- Absorção de água por capilaridade com valores superiores aos requisitos da EN 998-1, muito embora 
seja interessante, futuramente, comparar com outros materiais, p ex.: lã mineral; 
- Aderência cumprindo a indicação da ETAG 004 de rotura coesiva no seio da SIM, por não ser indicado 
valor mínimo na EN 998-1; 
- Resistência ao choque com valores inferiores às argamassas comuns, muito embora fosse, também 
aqui, importante considerar o desempenho equivalente dos materiais isolantes térmicos comuns. 
Com estes ensaios, foi possível verificar potencial para aplicação futura, em construção ou reabilitação, 
da SIM, havendo um conjunto de requisitos, presentes na EN 998-1, que já são cumpridos. Reforça-
se, uma vez mais, a importância da discussão dos requisitos a cumprir por este tipo de materiais 
inovadores, uma vez que possuem características híbridas (entre argamassas térmicas e materiais 
isolantes térmicos clássicos) e poderão assumir um papel importante no panorama da melhoria 
energética e do isolamento térmico de edifícios, devendo ser devidamente integrados. 
Como trabalhos futuros, interessará realizar a sua aplicação em condições reais, in situ, e avaliar a 
estabilidade das suas características. Também será relevante estudar outros tipos de alterações à sua 
formulação, bem como elaborar estudos comparativos com outros materiais, de modo a melhor 
enquadrar a sua avaliação, regulamentação e integração no mercado. 
 
24
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 10
 
Figura 21 – Realização do ensaio 
 
Figura 22 – SIM após impactos 
 
Figura 23 – SIM após limpeza 
4. CONCLUSÕES E DESENVOLVIMENTOS FUTUROS 
Após as campanhas experimentais e análise dos resultados obtidos, no âmbito do projeto PEP, foi 
possível obter a caracterização inicial de uma formulação inovadora de argamassa térmica super-
isolante (SIM). Esta, foi caracterizada quer no estado fresco quer no estado endurecido, seguindo os 
parâmetros requisitados pela EN 998-1, bem como um conjunto de outros parâmetros relevantes. 
No estado fresco, os resultados obtidos demonstraram, desde logo, um comportamento diferenciado, 
sobretudo devido à baixa massa volúmica e teor de ar, sem comprometer a excelente trabalhabilidade, 
deixando ainda antever um elevado potencial de aplicação por máquina de projeção. 
Para o estado endurecido, realizou-se um conjunto adicional de ensaios, verificando-se: 
- Inexistência de retração, em calha livre, passados 60 dias após aplicação, sendo um bom indicador 
futuro de aplicação; 
- Massa volúmica bastante baixa, sendo equivalente a alguns materiais comuns de isolamento térmico; 
- Resistência mecânica, com valores consistentes, embora inferiores aos requisitos normativos, mas, 
quando considerados estudos recentes, correspondem a valores superiores aos isolantes térmicos; 
- Condutibilidade térmica com valores muito baixos, inclusivamente inferiores a materiais isolantes 
térmicos comuns (p. ex.: EPS com 0,032 W/m.K); 
- Permeabilidade ao vapor de água, cumprindo os requisitos mínimos da EN 998-1, mesmo quando 
considerado o tempo de ensaio mais penalizador; 
- Absorção de água por capilaridade com valores superiores aos requisitos da EN 998-1, muito embora 
seja interessante, futuramente, comparar com outros materiais, p ex.: lã mineral; 
- Aderência cumprindo a indicação da ETAG 004 de rotura coesiva no seio da SIM, por não ser indicado 
valor mínimo na EN 998-1; 
- Resistência ao choque com valores inferiores às argamassas comuns, muito embora fosse, também 
aqui, importante considerar o desempenho equivalente dos materiais isolantes térmicos comuns. 
Com estes ensaios, foi possível verificar potencial para aplicação futura, em construção ou reabilitação, 
da SIM, havendo um conjunto de requisitos, presentes na EN 998-1, que já são cumpridos. Reforça-
se, uma vez mais, a importância da discussão dos requisitos a cumprir por este tipo de materiais 
inovadores, uma vez que possuem características híbridas (entre argamassas térmicas e materiais 
isolantes térmicos clássicos) e poderão assumir um papel importante no panorama da melhoria 
energética e do isolamento térmico de edifícios, devendo ser devidamente integrados. 
Como trabalhos futuros, interessará realizar a sua aplicação em condições reais, in situ, e avaliar a 
estabilidade das suas características. Também será relevante estudar outros tipos de alterações à sua 
formulação, bem como elaborar estudos comparativos com outros materiais, de modo a melhor 
enquadrar a sua avaliação, regulamentação e integração no mercado. 
 
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 11
AGRADECIMENTOS 
Os autores agradecem o apoio do CERIS (ICIST) do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa 
e do COMPETE 2020, uma vez que esta investigação foi realizada no âmbito do Projeto “PEP – Parede 
Eficiente Plus” (POCI-01-0247-FEDER-017417). Agradece-se, ainda, à FCT a bolsa de doutoramento 
do 1º autor - FCT SFRH/BD/132239/2017. 
REFERÊNCIAS 
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maintaining the architectural façades,” in 9th International Masonry Conference 2014, 2014. 
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tipo ETICS - LFC-IC-282A-2014,” Porto - Portugal, 2014. 
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system,” in 10th International Masonry Conference, 2018. 
[4] M. Pedroso, I. Flores-Colen, J. D. Silvestre, L. Silva, P. Sequeira, and G. Sousa, “Development of super-
insulating thermal renders: preliminary studies (in portuguese),” ICEUBI2017 - Int. Congr. Eng. A Vis. 
Futur., 2017. 
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vol. 77, pp. 40–47, Jul. 2014. 
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resistance characteristics of super insulating thermal mortars: state of the art (in portuguese),” in 3o 
Congresso Luso-Brasileiro - Materiais de Construção Sustentáveis - CLB-MCS 2018, 2018. 
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Energy Sustainability Trough Green Energy, Green Energy and Technology, A. Sharma and S. K. Kar, 
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25
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 12
wall system: PEP (in portuguese),” in Construção 2018 - reabilitar e construir de forma sustentável, 2018. 
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26
M. Pedroso, I. Flores-Colen, L. Silva, P. Sequeira, J. D. Silvestre e M. Glória Gomes 
 12
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Fachadas energeticamente eficientes, 2011. 
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desempenho em serviço de rebocos pré-doseados aplicados em fachadas de edifícios correntes,” in 
APFAC Congresso 2010, 2010. 
 
 
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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE ARGAMASSAS COM ADITIVOS 
HIDROFUGANTES E SÍLICA ATIVA 
Anne Biehl1*, Fabiana Ziegler1, Luciane Calheiro1, Ângela B. Masuero1 
1: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
Av. Osvaldo Aranha, 99 – 3º andar, Cidade Baixa, 90035190 - Porto Alegre, RS – Brasil 
annekbiehl@gmail.com, fabyziegler@gmail.com, lucalheiro@hotmail.com, angela.masuero@ufrgs.br 
Palavras-chave: Argamassas, Aditivos, Hidrofugantes, Sílica ativa 
Resumo 
Este trabalho tem por objetivo avaliar o comportamento das argamassas, no estado fresco e 
endurecido, adicionando à sua composição, isoladamente, sílica ativa e dois hidrofugantes de 
diferentes fabricantes, analisando as três condições a partir de um traço de referência 1:1:6 
(cimento:cal hidratada:areia, volume, areia seca). As análises em estado fresco se deram a partir da 
verificação do índice de consistência, densidade de massa, teor de ar incorporado e retenção de 
água. Nelas, alguns aspectos foram notados quando adicionados os novos elementos à argamassa 
de referência: o aumento do índice de consistência, que dificulta o manuseio em obra; não houve 
alteração em relação às novas densidades de massa; o teor de ar incorporado encontrado foi maior 
nas três condições de adição; menor retenção de água nos traços com hidrofugantes e maior 
retenção para a adição de sílica ativa, sendo que o aumento de retenção de água influi diretamente 
na hidratação do cimento, na aderência entre os componentes da argamassa com o substrato e no 
tempo disponível para sua aplicação, regularização e desempeno. Para as análises no estado 
endurecido, foram moldados 24 corpos de prova prismáticos (40x40x160mm) e 30 placas 
(181x74x9mm) , os quais foram submetidos aos ensaios de resistência à compressão e tração na 
flexão, módulo de elasticidade e absorção. Para os corpos de prova prismáticos, os resultados dos 
ensaios de compressão e tração na flexão apresentaram valores maiores para a argamassa com 
adição de sílica ativa e comportamentos diferentes nos dois aditivos hidrofugantes, visto que a 
argamassa com hidrofugante 2 (H2) teve maior resultado em relação à argamassa de referência e a 
argamassa com hidrofugante 1 (H1) menor; módulo de elasticidade teve o resultado maior também 
encontrado na argamassa com adição de sílica e houve uma redução para os valores encontrados 
nas argamassas com uso de aditivo; absorção apresentou resultados muito próximos entre si, notou-
se apenas uma pequena redução no coeficiente de capilaridade da argamassa com sílica ativa (SA) 
que preencheu mais os poros da mistura. Para as placas, foi realizado um ensaio de molhabilidade 
(ensaio da gota) antes e após colocá-las em exposição às câmaras e não houve grande diferença 
dos ângulos encontrados nas 4 argamassas, não atendendo às expectativas ao uso de hidrofugantes 
que deveria proporcionar às novas argamassas uma condição mais hidrófuga 
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Anne Biehl, Fabiana Ziegler, Luciane Calheiro, Ângela Masuero 
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1. INTRODUÇÃO 
As argamassas são amplamente utilizadas na construção civil, desempenhando um papel importante 
nas soluções de revestimentos internos e externos. Segundo Henz (2009), não há um período 
definido para o início de seu uso, entretanto, no início do século XX, com o surgimento do cimento 
Portland, também se estabeleceu a argamassa como uma mistura homogênea de cimento, areia, 
água e cal para algumas delas.Entretanto, as argamassas disponíveis em mercado atualmente, em 
um conxteto geral, ainda não se apresentam de forma a não permitir a entrada de água por completo 
e o uso de alguns aditivos hidrofugantes durante a mistura são frequentes. Com isso, os aditivos 
hidrofugantes assumem a função de reduzir a taxa de penetração de água por absorção capilar, mas 
não previnem a penetração de água. Sendo assim, não se pode esperar que, com o uso desses 
aditivos, haverá um sistema efetivo de barreira de umidade no concreto ou na argamassa. Esses 
aditivos são usados para tornar o concreto ou a argamassa hidrófuga e, consequentemente, capaz de 
repelir água que não está sob pressão hidrostática (ACI 212.3R-91). Dessa forma, a adição de 
produtos como impermeabilizantes e sílica ativa no momento da mistura de argamassa tem o intuito 
de diminuir a passagem de água, reduzindo assim as manifestações patológicas provinentes desse 
fator como, por exemplo, eflorescências, descolamentos e desenvolvimento de fungos. 
2. MATERIAIS E METODOLOGIA 
Para atender ao objetivo proposto nesse trabalho, foram analisados quatro traços de argamassas à 
base de cimento, cal hidratada e areia, aplicando a eles, isoladamente, um aditivo hidrofugante de 
dois diferentes fabricantes e sílica ativa, mantendo apenas um traço sem adições para ser usado 
como referência. As propriedades no estado fresco e endurecido dessas argamassas foram avaliadas 
a partir dos ensaios de índice de consistência, densidade de massa e teor de ar incorporado, 
retenção de água, extensão de aderência, absorção de água por capilaridade, resistência à 
compressão, resistência à tração na flexão e módulo de elasticidade. 
2.1. Materias utilizados 
Em todas as argamassas produzidas, foi utilizado o Cimento Portland Composto com Filler (CP II F-
32) e cal hidratada do tipo CH I. As características físicas e químicas desses dois materiais são 
apresentadas na Tabela 1. A composição granulométrica do agregado miúdo foi determinada

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