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PARASITOLOGIA VETERINÁRIA MOSQUITOS CLASSE INSECTA ORDEM DIPTERA Reconhecimento pelas Antenas. SUBORDEM NEMATOCERA – MOSQUITOS FAMÍLIA CULICIDAE Subfamílias: Anophelinae (anopheles), Culicinae (culex, aedes) mosquitos domésticos (eles vem até nós) Psychodidae – Lutzomya Simulidae – Simulium Ceratopogonidae – Culioides esses 3 são mosquitos selvagens (nós vamos até eles) MOSQUITOS DOMÉSTICOS – CULICIDAE ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Fêmeas fazem postura de ovos, que viram larvas, pupas e machos e fêmeas adultas. Nos mosquitos domésticos costumam ser 4 fases de larva. Se criam em meio aquático (mas nem todos os mosquitos são assim) ALIMENTAÇÃO Larvas – microrganismos; tem um sifão para respirar; cerdas que servem pra capturar o alimento; ela fica na vertical; Adultos: Machos – nécter, seiva de plantas (fêmea pode se alimentar com isso, porém não fará postura assim) Fêmeas – sangue Antenas, palpos, bainha, estilete (perfuração), guarda dentro da bainha depois, 3 pares de patas, olhos Sugam diretamente de um vaso sanguíneo – substância anticoagulante Prurido no local da picada, reação da saliva MORFOLOGIA DAS LARVAS *ANOPHELES não tem sifão respiratório, ele tem que ter o máximo possível do contato do corpo – paralelo a água. *Aedes sifão com um tufo de cerda. *Culex sifão com vários tufos de cerdas. FAMÍLIA CULICIDAE SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE GÊNERO ANOPHELES MOSQUITO PREGO Principal transmissor da malária. Quando ele pousa, o abdômen fica perpendicular a superfície. Antenas fêmeas quase não te cerdas nelas Macho tem várias cerdas; palpo quase do tamanho do Anopheles ovos com flutuadores, isolados flutuando na superfície da água. IMPORTÂNCIA ANOPHELES - Transmissão de filarias (verme; fase imatura fica circulando no sangue; matura nos tecidos; principal local o fígado nos hepatócitos e se multiplica (divisão binária) e rompe essas células vão pra circulação e penetram nas hemáceas; rompem as hemáceas outro mosquito suga esse sangue e se contamina) - Malária GÊNERO AEDES *palpos curtos Desenhos nos tórax e varias manchas nas patas Palpos curtos nas fêmeas Vários espinhos nessa região final do corpo. Aedes aegypti – 1 longo e 2 curtinhos nas laterais Anopheles de hábito noturno. Se desenvolvem em grandes coleções de água. Aedes não tem muita preferência – qualquer tipo de água Aedes – cola os ovos em recipientes – viáveis mais de anos no seco – quando tiver água em contato, as larvas começam a se desenvolver – l1, l2, l3, l4. Picada meio ardidinha De dia ficam procurando alimento Metamorfose completa Paralelo a superfície GÊNERO CULEX Hábito noturno. Coloração amarronzada. Postura, ovos sem flutuadores, ovos todos colados, para que fiquem na superfície da água Larva com sifão; mais longo com vários tufos de cerdas. Ambiente ideal – vários ambientes, bastante matéria orgânica IMPORTÂNCIA - Transmissão de filarias - Elefantíase (se aloja nos vasos linfáticos, causando obstrução, extravasamento de linfa, acúmulo de líquido e inflamação de tecido – aum. Volume dos órgãos) MOSQUITOS SILVESTRES Classe Insecta, Ordem Diptera, Subordem Namatocera - Gênero Culicoides (mosquito pólvora), lutzomyia (mosquito palha), Simulium (mosquito borrachudo – quando pica deixa um “Pontinho” hemorrágico). Família Ceratopogonidae Gênero Culicoides - Pequenos (1-4mm) - Mais de 1000 espécies - Antenas longas com forma de contas de rosário (terço) - Peças bucais curtas - Fêmeas hematófagas - Asas manchadas - Áreas com lodo, mangue - Rasga a pele (picada arde) - Macho com antenas com mais cerdas que fêmeas - Macho com abdômen mais fino Ciclo - Adultos com hábito crepuscular - Fêmea muito agressiva; mata o macho - 4-6 estágios larvais - Postura em pedras, pedaços de pau; posturas parceladas - Habitat aquático ou semi aquático (lodo) Doenças: vírus da língua azul de ruminantes. Habitat: Áreas pantanosas, terreno irrigado, cocho, cavidades de árvores, frutas em putrefação, solo úmido, áreas lamacentas e áreas de escoamento fecal ao redor das fazendas (algumas espécies de Culicoides se reproduzem em esterco bovino). Alguns se criam em cepo de bananeira em decomposição. Importância - Picada semelhante a um fósforo aceso no braço - Formações bolhosas na pele - Porta de entrada para infecções secundárias - Transmissão de filarias e principal transmissor do vírus da língua azul de ruminantes. Vírus da língua azul: Sinais clínicos: febre, edema facial, hemorragias, ulceração de mucosa oral e coronite. Alterações patológicas: hiperemia, edema e hemorragia em sistema tegumentar, circulatório, gastrointestinal e muscular. Doença de notificação obrigatória ao MAPA e o controle deve ser baseado em ações integradas envolvendo o vetor, o hospedeiro e o ambiente. Não existe terapêutica específica para a doença, apenas tratamento suporte e sintomático. Em bovinos – pode não conter sinais clínicos Família Simulidae – Gênero Simulium - Pequenos (1,5-4mm) - Antenas parecem um chifre com 9-12 segmentos e sem cerdas - Lembram uma pequena mosca - Tórax giboso, pernas curtas e fortes - Mais de 1200 espécies - Atacam de dia Fêmeas com olhos Dicópticos / machos olócpticos Ciclo: grandes coleções de água – bastante oxigenação. Ovos em folhas e pedras nas margens desses rios. 7-8 fases larvais. Larvas se locomovem presas pela parte posterior; cerdas na cabeça (capturar microrganismos). Pupa – em pedras e plantas nas margens dos rios e lagos. Patogenia - No local da picada fica um ponto hemorrágico - Da dor passa para prurido - Infecções secundárias - Transmissão de filarias como a onchocercose e elefantíase - Ataques em bandos podem matar Onchocercose As larvas adentram o tecido subcutâneo, migrando e formando nódulos, nos quais vão se alojar para lentamente se transformarem em vermes adultos. Fêmeas liberam microfilárias que ficam na circulação podendo chegar nos olhos (larvas) causando cegueira. Controle - Povoar lagos com peixes - Controle biológico com Bacilus thurigiensis - Evitar poluição e desmatamento nos rios para conservar os inimigos naturais Família Psychodidae Gênero Lutzomyia (mosquito palha) - Pequenos (1-4mm) - Antenas longas e com densa pilosidade - Palpos maiores que a probóscida com 3-5 artículos - Asas com formatos de lança Transmissor de leishmaniose (nas Américas) F/M Ciclo - Habitam lugares sombrios - Postura em matéria orgânica em decomposição - Atração por luz das casas - Hábito por luz das casas - Hábito crepuscular ou noturno - Ciclo de 30-45 dias Habitat - Matéria orgânica - Fezes de animais - Matas - Camadas de folhas mortas - tocas - frestas de rochas - banheiros; se desenvolve nos ralos. Patogenia lutzomyia: transmissor de leishmaniose cutânea e visceral Controle Limpeza e quintais e terrenos, retirar folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favorecem a umidade do solo, onde o vetor se desenvolve. Descartar adequadamente o lixo orgânico para impedir o desenvolvimento das larvas do inseto. Animais podem atrair o flebotomíneo para perto das casas, é recomendado manter os abrigos dos animais domésticos limpos e distantes do domicílio. Uso de repelentes, telas e mosquiteiros. A aplicação de inseticida nas paredes de domicílios e abrigos de animais somente onde há grande número de casos de leishmaniose visceral. Cães: uso de coleira impregnada com inseticida (deltametrina),que tem a função de espantar os insetos transmissores e tem duração de 4-6 meses.
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