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6 Embriologia- Malformações embrionárias

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Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 
Embriologia- Desenvolvimento e Malformações
Maior parte das pessoas possuem pequenas anomalias 
corporais que, às vezes, nem são percebidas. 
Entretanto, quando tais anomalias passam a ser 
percebidas causando um problema ao seu portador, 
estamos diante das malformações ou doenças 
congênitas. 
 
 
 
Proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o 
CID foi desenvolvido para padronizar e catalogar as 
doenças e problemas relacionados à saúde, tendo como 
referência a Nomenclatura Internacional de Doenças, 
estabelecida pela própria OMS. 
 
No CID 10, as principais categorias de malformações 
congênitas são as seguintes: 
 Malformações congênitas do aparelho 
respiratório (Q30-Q34); 
 Fenda labial e fenda palatina (Q35-Q37); 
 Outras malformações congênitas do aparelho 
digestivo (Q38-Q45); 
 Malformações congênitas dos órgãos genitais 
(Q50-Q56); 
 Malformações congênitas do aparelho urinário 
(Q60-Q64); 
 Malformações e deformidades congênitas do 
sistema osteomuscular (Q65-Q79); 
 Outras malformações congênitas (Q80-Q89) 
 Anomalias cromossômicas não classificadas 
em outra parte (Q90-Q99). 
Algumas malformações são consequência do 
desenvolvimento anormal do embrião, estando 
geralmente associadas a programação do 
desenvolvimento que ocorre no 1 º trimestre da 
gravidez. Podem também ocorrer o que se chama de 
deformações no embrião. Este tipo de alteração é mais 
comum no 2 º e 3 º trimestre da gravidez, estão na maior 
parte das vezes associadas a algum nível de estresse 
mecânico. 
 
 
 
Uma grande quantidade de estudos tem identificado 
genes que estão associados ao desenvolvimento 
humano, e que quando mutados ou diferencialmente 
regulados podem causar malformações. Alguns mais 
importantes podem ser citados: 
 Gene BMP4: participa da diferenciação do 
tecido ósseo e da cartilagem. Também atua na 
diferenciação de outros tecidos, como o 
desenvolvimento do folículo ovariano, e no 
início da embriogênese, no estabelecimento do 
eixo dorso ventral do embrião; 
 
Quando o produto de um único gene atua em diversas 
rotas do organismo, dizemos que este é um gene 
pleiotrópico. Pode ocorrer também uma cascata 
transcricional, que é quando o produto de um gene vai 
ativar outros produtos gênicos para que a diferenciação 
de um dado tecido ou órgão aconteça de modo correto. 
Às vezes, esta cascata gênica, não é linear e ela atua 
como se fosse uma rede de genes. 
 
 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID) 
CONTROLE GENÉTICOMOLECULAR DA EMBRIOGÊNESE 
Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 
 
 
 
 
 Satb 2: se expressa nos neurônios da projeção 
intracerebral e seu produto induz a expressão de 
outros genes. Sua expressão também é regulada 
por outros genes. É importante para o 
desenvolvimento da cabeça e pescoço. 
 
 
As causas das malformações geralmente envolvem 
interação entre os genes do embrião e o ambiente. 
Entretanto, existem malformações que são 100% de 
origem genética e outras malformações diretamente 
associadas a fatores ambientais. 
 
Diversos fatores estão associados ao risco de 
nascimento de bebes com malformações congênitas. 
Entre estes podemos citar: 
1) Idade dos progenitores: a trissomia do 21 
(síndrome de Down) está bastante associada, 
principalmente a idade materna- mães com 
mais idade têm mais risco de terem bebes 
portadores desta síndrome. 
 
2) Época do ano: anencefalia (ausência de parte do 
cérebro e calota craniana) é mais comumente 
observada no inverno; 
 
3) País de residência; 
4) Etnia: malformações no paladar são duas vezes 
mais prevalentes em bebes caucasianos do que 
afrodescendentes; 
5) Tendências familiares. 
 
 
Malformações congênitas menores: ______________ 
São relativamente frequentes na população geral e não 
acarretam maiores problemas aos portadores. Alguns 
exemplos: 
 Mamas extranumerárias: são glândulas 
atrofiadas e que não atingem o formato nem o 
tamanho das mamas habituais. Os mamilos e 
aréolas são mínimos ou nem aparecem, na 
maioria dos casos. Tratamento: cirúrgico. 
 
 Polidactilia: Inibição adicional na apoptose das 
linhagens celulares interdigitais pode causar 
Polidactilia. Esta condição geralmente é 
genética, autossômica dominante. Como nem 
todos os portadores da mutação apresentam a 
malformação, a polidactilia tem expressividade 
e penetrância variada. 
 
Malformações congênitas maiores: ______________ 
São as que trazem consequência clínica ou estética ao 
portador. Estas malformações deixam sequelas 
funcionais importantes e frequentemente são de elevada 
morbimortalidade. 
 Disgenesia: malformação congênita que ocorre 
por redução de células embrionárias necessárias 
para a diferenciação de um determinado órgão. 
 
Um exemplo é a disgenesia caudal ou sirenomielia, que 
faz com que as pernas se desenvolvam como uma única 
CAUSAS DAS MALFORMAÇÕES EMBRIONÁRIAS 
Exemplo de uma rede de genes que funciona fim de que o 
cérebro, e mais especificamente o córtex cerebral consiga se 
diferenciar. Esta estrutura é constituída por lâminas (camadas 
histológicas) onde ficam localizados neurônios com diferentes 
funções. 
 
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DAS MALFORMAÇÕES 
Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 
estrutura, lembrando “uma sereia”. Esta malformação é 
desencadeada pela redução na quantidade de tecido 
mesodérmico no momento em que ocorre a gastrulação. 
 Agnesia: ocorre quando existe ausência total ou 
parcial de um órgão. Ex: anencefalia (não 
fechamento do neurósporo anterior ao longo da 
neurulação) e espinha bífida (não fechamento 
do neurósporo posterior); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se ocorrer um fechamento parcial do neurósporo 
anterior, pode desencadear outra malformação 
denominada encefalocele: 
 
 Atresia: ocorre quando um orifício do corpo 
está anormalmente fechado. Ex: atresia anal, 
genital, uretra, etc. 
 
 Regressão caudal ou evisceração: ocorre 
quando a quantidade de mesoderma lateral 
encontra se reduzida. Este mesoderma está 
associado a formação das cavidades corporais e 
também da parede corporal. Deste modo, a 
parede não é formada e os órgãos que 
encontram se dentro da cavidade abdominal, ou 
pericárdica acabam ficando expostos. 
 
 Aplasia: é assim chamada a malformação onde 
se observa somente um esboço embrionário de 
uma região ou órgão. Por exemplo, existem 
indivíduos que nascem apenas com um pulmão. 
 Hipoplasia: é uma malformação em que ocorre 
formação deficiente de uma parte do órgão ou 
tecido. 
 
 Atrofia: diminuição de volume de um órgão 
quando estes já atingiram a idade adulta. 
 Não regressão de estruturas embrionárias: 
podem causar malformações congênitas 
maiores. Este é o caso do teratoma 
sacrococcígeo que ocorre em decorrência da 
não regressão da linha primitiva na região 
caudal do embrião. 
Informações importantes sobre Anencefalia e 
Espinha Bífida 
 Nos Estados Unidos, a anencefalia ocorre 
em 1 a cada 10 000 nascimentos; 
 Maior prevalência no sexo feminino, em 
caucasianos e mães nos extremos de idade; 
 Um recém-nascido com anencefalia 
geralmente é cego, surdo, inconsciente e 
incapaz de sentir dor; 
 A dosagem de alfafetoproteína sérica 
materna e o ultrassom fetal são úteis para 
rastreio da espinha bífida ou anencefalia; 
 Associada a má nutrição materna, em 
especial a deficiência de ácido fólico 
(vitamina B9), encontrado em vegetais 
verde escuros. 
 
Andressa Moura Hoppen- Medicina UFSM- ATM 2025/02 
 
Este teratoma pode ser formado por células oriundas dos 
3 folhetos embrionários, que são células pluripotentesformando uma massa contendo os mais diversos tecidos 
humanos. 
 Deformidades: forma ou posição anormal de 
uma parte do corpo causada por forças 
mecânicas ou traumatismo. Estas podem ser 
causadas, por exemplo por linhagens celulares 
amnióticos (bandas amnióticas) que apertam 
determinadas extremidades do bebe. 
 
 Disrupção ou ruptura: é um defeito morfológico 
de um órgão, parte de um órgão, ou uma região 
maior do corpo resultante do desarranjo do 
processo de desenvolvimento originalmente 
normal que fica comprometido por 
interferência de um fator extrínseco (ambiental) 
incluindo: infecções congênitas (rubéola, 
sífilis, AIDS, citomegalovírus, varicela, 
toxoplasmose, etc), isquemia intrauterina, 
radiações ionizantes, outras agressões 
teratogênicas (drogas como talidomida, 
aspirina, tetraciclina, calmantes, amino 
glicosídeos, quinolonas hidantoína warfarina), 
alcoolismo materno, drogadição (cocaína); 
Síndrome do abuso do álcool: 
 
Exposição a fármacos: a tragédia da talidomida: 
Até a década de 60, a maior parte dos fármacos 
desenvolvidos eram testada apenas em cobaias não 
humanas (principalmente ratos). Entretanto, a 
concepção de que os efeitos em ratos poderiam ser 100 
comparáveis a seres humanos mudou radicalmente 
quando um medicamento desenvolvido inicialmente 
como sedativo (talidomida), passou a ser utilizado em 
mulheres gestantes para combater as náuseas e os 
enjoos. Este medicamento, quando absorvido mudava 
sua conformação química e afetava diretamente o 
desenvolvimento dos membros inferiores e superiores 
do embrião. Milhares de crianças foram afetadas em 
todo o mundo. 
 
 
Exposição a fármacos: vitamina a (ácido retinóico) 
Utilizado principalmente em tratamentos 
dermatológicos, pode causar malformações 
embrionárias importantes:

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