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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DISCIPLINA.: Eletricidade e Magnetismo I PROF.: Luiz Ozorio − 30 de novembro de 2020 ALUNO.: Clebson dos Santos Marques Segunda Lista de Exercícios 1. Mostre que a razão da atração eletrostática para a gravitacional entre um elétron e um próton é indepen- dente da distâncias entre eles e calcule essa razão. Resolução: Atração Eletrostática ~F e = K |q1||q2| d2 ~r Atração Gravitacional ~F g = G M1m2 d2 ~r Vamos está definindo o eletron e o proton a uma distância d qualquer, como você pode ver na figura 1. Figura 1: Simulador Cargas e Campos Para podermos trabalhar melhor, vamos utilizar apenas o modulo da atração eletrostática e gravitacional, para que logo depois, possamos igualá-las utilizando um fator comum, que no caso seria a distância d. Ficando com a seguinte equação. k |q1||q2| |F e| = G M1m2 |F g| Organizando a equação: |F e| |F g| = k G · |q1||q2| M1m2 Dados: me ≈ 9 · 10−37 kg mp ≈ 1.7 · 10−27 kg qe, p ≈ 1.6 · 10−19 C kv ≈ 9 · 109 N ·m2 · C−2 G ≈ 6.7 · 10−11 m3 · kg−1 · s−2 Apos substituir os valores na formula e realizar a análise dimensional, chegaremos no saguinte resultado |F e| |F g| ≈ 2.3 · 1039 2. Em cada vértice de um quadrado existe uma carga q. Determine o módulo da força elétrica resultante sobre qualquer uma das quatro cargas em função do lado a do quadrado, de q e de �0 Resolução: Para resolver este problema vamos inicialmente escolher uma carga. Estarei escolhendo a carga A da figura 2, para que, apartir desta carga possamos desenhar todos os vetores força para as outras 3. Figura 2: representação dos vetores força do ponto A as disgonais do quadrado. Podemos ver facilmente que os vetores −−→AB e −−→AD tem modulos iguais, dado a mesma distância a. |FAB| = |FAD| = k · |q|2 a2 Já o vetor −→AC tem modulo diferente, pois não compartilha desta distância a |FAC| = k · |q|2 2a2 Para realizar a soma das forças devemos criar vetores, a partir dos que já existem, na mesma direção. Podemos fazer isso observando que os vetores −−→AB e −−→AD, e notando que, a soma deles será uma vetor na diagonal do quadrado, mesma diração do vetor −→AC. Figura 3: soma em verde dos vetores AB e Ad Para descobrir o modulo deste novo vetor, utilizaremos a o teorema de pitágoras. F r,AC 2 = FAB 2 + FAD 2 F r,AC = k √ 2 q2 a2 Agora sim podemos somar os vetores força, já que eles estão na mesma direção. F r = F r,AC + FAC = k q2 a2 (√ 2 + 1 2 ) F r = 1 + 2 √ 2 2 · kq 2 a2 Figura 4: vetor resultante, na direção da diagonal e apontando para fora Como todas as cargas tem o mesmo sinal, a força deve ser de repulsão, ou seja, deve está se afastando do cubo. Como conhecemos o valor de k no vácuo, podemos expressar o valor da força resultante em função do lado a do quadrado, de q e de �0 F r ≈ 0.15 · q2 �0a2 3. Um cubo de aresta a tem uma carga puntiforme q colocada em cada vértice. (a) mostre que o módulo da força resultante sobre cada carga é F = 0.262q2 �0a2 (b) Qual a direção de F e relação às arestas do cubo? Resolução: Visualizar o problema de forma geral é o primeiro passo para se resolver uma questão como esta. Para isto vamos utilizar um software chamado Geogebra, que vai nos ajudar a montar está estrutura. Figura 5: cubo com cargas puntiformes q colocadas em cada vértice Vamos separar o problema, tratando uma face por vez. Começaremos com a face 1 da figura 5 Figura 6: face 1 do cubo, visto a partir do eixo x Podemos perceber que o modulo da força entre as particulas BF e BA são iguais, pois compartilham da mesma distância a. Mas vetorialmente elas são diferentes, dado suas direções, como podemos ver na figura 6. Fbf = − kq2 a2 k̂ Fba = − kq2 a2 ĵ Já a força de repulsão entre as particulas BE é do tipo Fbe = − kg2 2a2 (cos 45◦ ĵ + sin 45◦ k̂) Somando os três vetores encontrados, desta forma, teremos o vetor resultante do plano 1 Fr1 = Fbf + Fba + Fbe Fr1 = − kq2 a2 [( cos 45◦ 2 + 1 ) ĵ + ( sin 45◦ 2 + 1 ) k̂ ] Acabamos de encontrar o vetor resultante da face 1, agora só nos resta encontrar os outros 3 vetores resultantes das faces 2, 3 e 4. Vamos trabalhar agora com a segunda face do cubo. Figura 7: face 2 do cubo, visto a partir do eixo -z Como já calculamos o vetor BA ele não entrara na conta nas outras faces, e assim faremos para todos os vetores, nos quais a gente for trabalhando. Continuando. Fbc = − kq2 a2 î Fbd = − kq2 2a2 (cos 45◦ î + sin 45◦ ĵ) A vantagen de se trbalhar com vetores, é que eu posso realizar a soma mesmo eles estando em direções diferentes. Fr2 = Fbc + Fbd Fr2 = − kq2 a2 [( cos 45◦ 2 + 1 ) î + sin 45◦ 2 ĵ ] Face 3 do cubo, sem dúvidas o mais chatinho de se trabalhar, já que, o único ponto está na direção da propria diagonal do cubo. Figura 8: face 3 do cubo, visto a partir de um ponto qualquer do espaço Vamos se basear na figura 8. A primeira coisa que devemos fazer, será encontrar o ângulo α, podemos utilizar o arco tangente já que conhecemos os lados do trinagulo formado. Figura 9: triangulo retângulo do interior do cubo O ângulo pode ser obtido facilmente, sabendo que a tangente e o cateto oposto pela adjacente. α = tan−1 ( a a √ 2 ) = tan−1 ( 1√ 2 ) E a distância de B até H será dada por pitágoras. BH = [(a √ 2)2 + a2] 1 2 = a √ 3 Com os dados obitidos e um pouco de paciência, podemos chegar no vetor seguinte. Fr3 = kq2 a2 ( cosα · cos 45◦ 3 î + cosα · sin 45◦ 3 ĵ + sinα 3 k̂ ) Vamos finalizar está atividade calculando a última face, a face 4 Figura 10: face 4, visto a partir de -y Pela nossa trajetória até aqui, fica fácil visualizar que o vetor BG deve ser da seguinte forma. Fr4 = − kq2 a2 ( cos 45◦ 2 î + sin 45◦ 2 k̂ ) Agora que temos todos os vétores em mãos podemos efetuar a soma de todos eles. Fr = Fr1 + Fr2 + Fr3 + Fr4 Fr = − kq2 a2 [( cosα · cos 45◦ 3 + cos 45◦ + 1 ) î + ( cosα · sin 45◦ 3 + cos 45◦ 2 + sin 45◦ 2 + 1 ) ĵ + ( sinα 3 + sin 45◦ + 1 ) k̂ ] Vamos utilizar um valor proximo do valor real para efetuar a conta. Fr ≈ − q2 �0a2 ( 0.15 î + 0.15 ĵ + 0.15 k̂ ) cujo o modulo é F r ≈ q2 �0a2 [ (0.15)2 + (0.15)2 + (0.15)2 ] 1 2 ≈ 0.26q 2 �0a2 4. O sistema de cargas mostrado na figura é denominado quadrupolo elétrico. (a) Calcule o campo elétrico de cada carga num ponto P = (x, 0, 0), com x > d, e o campo total em P . (b) Determine a expressão aproximada do campo elétrico para x � d. Com que potência decai o campo elétrico. Resolução: Vamos calcular idividualmente cada carga da figura, para que logo depois a gente possa somar todas. E1 = kQ (x+ d)2 î ; E2 = − 2kQ x2 î ; E3 = kQ (x− d)2 î Agora ficou fácil, basta somar Er = kQ ( 1 (x+ d)2 − 2 x2 + 1 (x− d)2 ) î O próximo passo será juntar estas três frações, utilizando suas operações de soma e subtração. Devemos obter algo semelhante a isto. Er = Q 4π�0 6x2d2 − 2d4 (x2 − d2)2x2 î Vamos agora analisar o campo resultante, para que assim, seja possivel determinar o que acontece quando x� d. E fácil notar que 2d4 e d2 serão valores muito pequenos, comparado com 6x2d2 e x2. Sendo assim despreziveis, e a nossa igualdade se torna agora uma aproximação. Er ≈ Q 4π�0 6x2d2 (x2)2x2 î Simplificando: Er ≈ Q 4π�0 6d2 x4 î 5. Uma carga Q é distribuída uniformemente sobre um fio semicircular de raio a. Calcule a força com que atua sobre uma carga de sinal oposto −q colocada no centro. Resolução: Vamos pegar um pequeno incremento da semicircunfência de carga Q, e com alguns conhecimentos prévios, vamos analizar e retirar algumas informações que podem ser utilizadas no cálculo. Figura 11: incremento da semi circunferência Montando a equação dF = kq dQ a2 r̂ Formulas úteis Densidade de carga σ = Q l = dQ dl Comprimento do arco do circulo r = l θ = dl dθ Dado a densidade de carga e o comprimento qualquer da circunferência, podemos representar a carga dQ da seguinte forma dQ = Q π dθ Substituindo na formula, temos dF = kq a2· Q π dθ r̂ Resolvendo na direção x. Ex = kqQ πa2 ∫ π 0 cos θ dθ = 0 î Resolvendo na direção y. Ey = kqQ πa2 ∫ π 0 sin θ dθ = 2kqQ πa2 ĵ Somando ambos os vetores, teremos como reultado E = qQ 2π2�0a2 ĵ 6. A que distância ao longo do eixo de um anel de raio R, carregado uniformemente, a intensidade do campo elétrico é máxima? Resolução: Figura 12: particula distânte de uma anel de raio R A formula do campo elétrico para este problema, deverá ser do tipo dE = kdq r2 ( sin θ î + sin θ ĵ + cos θ k̂ ) Antes de realizar qualquer conta é interessante observar que vai existir campo apenas na direção k̂, isto se dá pela simetria do problema. dE = kdq r2 cos θ k̂ cosseno é a razão entre a adjacente e a hipotenusa de uma triângulo retângulo, logo para este problema cos θ = z r substituindo no campo elétrico dE = kdq r3 z k̂ Vamos trocar também a distância r por (z2 +R2) 1 2 dE = kdq (z2 +R2) 3 2 z k̂ Apos a integração, devemos ter algo parecido com isto E = kq (z2 +R2) 3 2 z k̂ Bom e quando é que a intensidade do campo elétrico é máxima? Para isso vamos olhar apenas para este pedaço da equação f(z) = z (z2 +R2) 3 2 O segredo é derivar a função e logo depois igualar esta derivada a zero, desta forma estaremos pegando um ponto que pode ser máximo, minimo ou um ponto de inflexão. Esta derivada pode ser resolvida utilizando regra do quociente e logo depois a regra da cadeia. f ′(z) = R2 − 2x2 (x2 +R2) 5 2 f ′(z) = R2 − 2x2 (x2 +R2) 5 2 = 0 Agora ficou fácil, pois basta saber quando o númerador zera. R2 − 2x2 = 0 x = R √ 2 2 Através da análize do gráfico fica evidente que se trata de um ponto de máximo. Figura 13: gráfico da váriação do campo elétrico 7. Um anel de raio RF está uniformemente eletrizado com cargta Q. Um fio semi- infinito eletrizado com densidade linear de carga positiva λ situa-se ao longo do eixo de simetria do anel, com a sua extremidade à distância z = a do plano do anel. Determine: (a) O vetor campo elétrico criado pelo anel em qualquer lugar ponto do fio. (b) A força que o fio exerce sobre o anel. Resolução: A equação deve ter a seguinte forma dE = k dQ R2 + z2 ( sin θ î + sin θ ĵ + cos θ k̂ ) Por simetria teremos campo apenas ao longo de k̂ dE = k dQ R2 + z2 cos θ k̂ Vamos mudar o cosseno, aplicando uma razão de mesmo valor dE = k dQ z (R2 + z2) 3 2 k̂ Derivando com relação a Q, temos E = k Q z (R2 + z2) 3 2 k̂ 8. Um disco vazado de esspessura desprezível, com raio interno a e esterno b está eletrizado com densidade superficial de carga σ = C/r, onde C é uma constante positiva (a) Qual é a carga total do disco vazado? (b) Calcule o campo elétrico E ao longo do eixo de simetria de coordenadas (0, 0, z) Resolução: densidade superficial σ = C r ; σ = dQ dA igualando as equações através do fator comum C r = dQ dA dA pode ser escrito como r · dr · dθ, vamos aplicar nesta nova equação e organizá-la dQ = C · dr · dθ Chegaremos ao resultado da carga total do disco vazado, integrando esta equação dados os seguintes limetes Q = c ∫ b a ∫ 2π 0 dr dθ resultado Q = C(b− a)(2π − 0) = 2πC(b− a) Agora podemos calcular o campo E, vamos pular algumas etapas dE = k dQ (z2 + r2) 3 2 z k̂ = k · C · dr · dθ (z2 + r2) 3 2 z k̂ integrando θ dando um giro completo de disco vazado, chegaremos nesta equação E = zC 2�0 ∫ b a dr (z2 + r2) 3 2 k̂ Substituindo r por tan θ · z teremos no final uma equação bem simples de ser resolvida. Com isto temos o valor do campo de uma disco vazado E = C 2�0z ( b (z2 + b2) 1 2 − a (z2 + a2) 1 2 ) k̂ 9. Um arranjo eletrostático na forma de um setor de coroa circular tem distribuição superficial de carga expressa por σ = αr, onde α é uma constante de r a distância ao centro de coordenadas O. O setor corresponde à região compreendida entre os eixos x, y e os pontos tais que a ≤ r ≤ b (a) Qual a unidade da constante α ? (b) Qual é a carga total da distribuição? (c) determine o vetor campo elétrico no ponto O. (d) Determine a força exercida sobre está distribuição por uma carga puntiforme q localizada em O Resolução: Densidade superficial de carga σ = αr; σ = dQ dA Diferencial de área dA = r · dr · dθ Igualando as equações de densidade αr = dQ r · dr · dθ Apos organizar a equação, podemos efetuar as integrais, para que assim tenhamos o valor total da carga Q = α ∫ b a ∫ π 2 0 r2 dr dθ = πα 6 ( b3 − a3 ) Unidade de α α = 6Q π(b3 − a3) [α] = [Q] [r]3 = C m3 O campo deste setor circular, deve se parecer com isto dE = k dQ r2 ( cos θ î + sin θ ĵ ) Vamos utilizar nesta equação, aquela relação de dQ que descobrimos antes dE = k α r2 dr dθ r2 ( cos θ î + sin θ ĵ ) = k α dr dθ ( cos θ î + sin θ ĵ ) Integrando E = kα ∫ b a dr (∫ π 2 0 cos θ dθ î + ∫ π 2 0 sin θ dθ ĵ ) Resultado E = −kα (b− a) (̂i + ĵ) Vamos imaginar que no ponto O, exista uma carga puntiforme q a força exercida sobre este sistema seria F = −qE Ou seja E = qα 4π�0 (b− a) (̂i + ĵ) 10. Considere um fio dobrado em forma de uma semicircunferencia de raio R, no vácuo, uniformemente eletrizado com densidade linear de carga λ, emuma de suas metades, e −λ na outra, conforme a figura. (a) Qual é o vator campo elétrico no ponto O (centro de curvatura da semicircunferência)? (b) Considere agora um semidisco vazado, de raio a e esterno b, com densidade superficial de carga λ(r) tal que, Resolução: O campo eletrico deste sistema deve ser mais ou menos assim dE = k dQ r2 ( cos θ î + sin θ ĵ ) Formulas paralelas a serem utilizadas λ = dQ dl ; r = dl dθ Vamos trabalhar com a primeira metade 0 ≤ θ ≤ π2 Montagem do vetor campo eletrico dE1 = kλ dθ r ( cos θ î + sin θ ĵ ) Aplicando integrais E1 = kλ r (∫ π 2 0 cos θ dθ î + ∫ π 2 0 sin θ dθ ĵ ) resultado E1 = kλ r ( −î− ĵ ) Vamos trabalhar com a segunda metade π2 ≤ θ ≤ π Montagem do vetor campo eletrico dE2 = − kλ dθ r ( cos θ î + sin θ ĵ ) Aplicando integrais E2 = − kλ r (∫ π π 2 cos θ dθ î + ∫ π π 2 sin θ dθ ĵ ) resultado E2 = kλ r ( −î + ĵ ) Soma dos campos das duas metades E1 + E2 = kλ r ( (−1− 1)̂i + (−1 + 1)̂j ) Er = − λ 2π�0r î O campo eletrico deste sistema deve ser mais ou menos assim dE = k dQ r2 ( cos θ î + sin θ ĵ ) Formulas paralelas a serem utilizadas (σ0/(b− a))r = dQ dA ; dA = r · dr · dθ Vamos trabalhar com a primeira metade 0 ≤ θ ≤ π2 Montagem do vetor campo eletrico dE1 = kσ dr dθ (b− a) ( cos θ î + sin θ ĵ ) Aplicando integrais E1 = kσ (b− a) ∫ b a dr (∫ π 2 0 cos θ dθ î + ∫ π 2 0 sin θ dθ ĵ ) resultado E1 = kσ ( −î− ĵ ) E fácil notar que o vetor do campo de lado 2, tera um valor de E2 = kσ ( −î + ĵ ) Soma dos campos das duas metades E1 + E2 = kσ ( (−1− 1)̂i + (−1 + 1)̂j ) Er = − σ 2π�0 î
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