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Artigo Cientifico - A UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS MILITARES E CIVIS

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2
A UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS MILITARES E CIVIS, A SOLUÇÃO PARA SE ALCANÇAR A DIMINUIÇÃO DA CRIMINALIDADE?
Luiz Carlos Rayol de Oliveira[footnoteRef:1] [1: Aluno do Curso Especial de Direito - Carreira Militar da Universidade Cruzeiro do sul – SP – e-mail: rayol.estrategia@hotmail.com] 
Profº. Ms. Rodrigo Garcia Vilardi[footnoteRef:2] [2: Profº MS. Orientador, titular de Direito Militar da Universidade Cruzeiro do Sul – SP – 
e-mail: rvilardi@cruzeirodosulvirtual.com.br] 
RESUMO
O objetivo deste artigo é demonstrar que a unificação, tal como se acredita, não é a solução para a questão da crescente criminalidade e violência, tendo como fundamentação o texto constitucional, onde fica evidenciado que a polícia militar exerce a função de polícia administrativa, sendo responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, e pela manutenção da ordem pública nos diversos Estados da Federação. Por sua vez, o § 4º do art. 144 da Constituição Federal foi dedicado às polícias civis que, dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvadas a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Concluiu-se que a despeito do argumento de maior eficiência e modernização do sistema de segurança pública a partir da unificação das Polícias Civil e Militar para a composição de uma única polícia, entende-se que maior necessidade existe na melhor estruturação física e material, bem como melhor e qualificação e valorização de seus quadros, com maior possibilidade e chances de ascensão profissional, aliada à implementação de políticas públicas sociais efetivas, visando, aí sim, melhor atendimento à população na prestação de serviços de segurança pública.
Palavras-Chave: Polícia Civil. Polícia Militar. Unificação.
ABSTRACT
The objective of this article is to demonstrate that the unification, as is believed, is not the solution to the issue of rising crime and violence, with a foundation the Constitution, where it is evident that the military police shall exercise administrative police function, and responsible for the ostensive and preventive policing, and the maintenance of law and order in several Brazilian states. In turn, the § 4 of art. 144 of the Federal Constitution was devoted to civil policemen, directed by career delegates, incumbent, subject to the jurisdiction of the Union, the judicial police functions and the investigation of criminal offenses, except the military. It was concluded that despite the greater efficiency argument and modernization of the public security system from the unification of the Civil and Military Police for the composition of a single police, it is understood that there is a greater need in the best physical structure and material as well as better and qualification and development of its staff, with greater possibility and chances of career advancement, coupled with the implementation of effective social policies, in order, then yes, better service to the population in the provision of public safety services.
Keywords: Civil Police. Military Police. Unification.
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal prevê a função constitucional da Polícia Militar e da Polícia Civil com base na função legal de cada polícia, conforme o art. 144, § 5º, que disciplina: “Às policias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil”.
Fundamentado no texto constitucional, fica evidenciado que a polícia militar exerce a função de polícia administrativa, sendo responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, e pela manutenção da ordem pública nos diversos Estados da Federação.
Por sua vez, o § 4º do art. 144 da Constituição Federal foi dedicado às polícias civis que, dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvadas a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
Com as funções das polícias devidamente evidenciadas na Constituição Federal não resta dúvida acerca do papel de cada uma no enfretamento da violência. Entretanto, observa-se que as taxas de criminalidade em todo o País vêm crescendo e assustando a população. Logo, a sociedade tem a percepção de que as polícias Civil e Militar não estão cumprindo com efetividade suas funções constitucionais de proteção e segurança à população, observando-se, nesse sentido, a ideia de defasagem de suas estratégias e ações e a necessidade de mudanças voltadas para a criação de uma nova polícia, que seria originada da unificação das polícias Civis e Militares em todo o Brasil. 
No entanto, questiona-se se a unificação das Polícias Civil e Militar se constitui na efetiva solução para a diminuição da criminalidade e, portanto, o objetivo deste artigo é demonstrar que a unificação, tal como se acredita, não é a solução para a questão da crescente criminalidade e violência.
1. O PAPEL CONSTITUCIONAL DAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR
As instituições vinculadas à Secretaria Especial de Estado de Defesa Social, criada em 1999 e hoje transformada em Secretaria de Segurança Pública (SEGUP) possuem atribuições distintas e separadas a partir da formação de órgãos com atribuições específicas. 
A separação e a divisão de atribuições são de ordem constitucional. A Constituição Federal de 1988 dispensou no Capítulo III - Da Segurança Pública, art. 144 e respectivos parágrafos, a demarcação das diretrizes de atuação das polícias, nos seguintes termos: 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente. 
A segurança pública é, assim, atribuição das polícias, cada uma na sua esfera de atuação, já que dentre os serviços que constituem dever do Estado está a segurança pública que, conforme preceitua o art. 144 da Constituição Federal de 1988 é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através da polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias militares e corpo de bombeiros militares. 
O parágrafo 4º do artigo 144 disciplina que é atribuição das polícias civis as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais e o parágrafo 5º do mesmo artigo prescreve que cabem as polícias militares o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública, fiscalizando comportamentos e atividades, bem como prevenindo a população contra delitos, visando ao desestímulo do cometimento de infrações penais. 
Segundo Soares (2009), chama-se Polícia de Segurança àquela ostensiva. É, exatamente, a mais conhecida. Devido ao seu caráter garantidor da ordem e da paz pública, agindo sempre de forma preventiva para assegurar a tranquilidade dos cidadãos, via de regra, apresenta-se fardada e, não raro, com hierarquia e disciplina militar. Possui poder discricionário para agir no intuito de evitar as causas de turbação da ordem jurídica, ou mesmo de dano ou perigo, às pessoas ou às coisas, independentemente de ordem ou autorização judicial.
A Polícia Judiciária, por sua vez, realiza a primeira etapa, o início da persecução criminal do Estado. Dessa forma, subsidia o órgão do Ministério Público para que este possa exercer os procedimentos relativos ao processo criminal na justiça, em um segundo momento, com a devida proposição da ação penal e ulterior julgamento pelo Judiciário. 
Como afirma Soares (2009, p. 14), trata-se da polícia investigativa, representada no sistema de segurança pública pela Polícia Civil: 
Sempre vigilante, ela indaga de todos os fatos suspeitos, recebe os avisos, as notícias, forma os corpos de delitospara comprovar a existência dos atos criminosos, sequestra os instrumentos dos crimes, colige todos os indícios e provas que pode conseguir, rastreia os delinquentes, captura-os nos termos da lei e entrega-os à Justiça Criminal, juntamente com a investigação feita, para que a Justiça examine e julgue maduramente.
A Polícia Judiciária, Federal e Civil dos Estados, age após a ocorrência do fato delituoso, do crime; sua delimitação de atuação está no art. 144, §§1º e 4º da Constituição Federal de 1988, onde se infere que a elas compete, com exclusividade, a apuração das infrações penais, exceto as militares. 
2. A SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO PARÁ
No Estado do Pará, atualmente, a Segurança Pública é exercida pela Secretaria de Segurança Pública (SEGUP), que articula, coordena, formula, acompanha e avalia a política de defesa social do Estado do Pará, nos campos da segurança pública, da defesa das garantias dos direitos individuais e coletivos e do enfrentamento de situações de risco coletivo. 
Segundo o Governo do Estado do Pará (2006), o objetivo da SEGUP é a busca da paz social, resultante do conceito de Defesa Social, pelo qual o aparelho de segurança do Estado deve agir de maneira integrada às demais ações governamentais de natureza social. Dessa forma, o Sistema de Segurança Pública do Estado tem a missão de assegurar a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio, por intermédio dos órgãos que o compõem e possui, dentre as duas funções, a apuração das infrações penais de sua competência.
As instituições vinculadas à Secretaria de Segurança Pública (SEGUP) possuem funções distintas e separadas a partir da formação de órgãos com atribuições específicas, dentre as quais: 
1) a Polícia Civil, que possui as atribuições de repressão ao crime dentro do Sistema de Segurança Pública do Estado do Pará em investigações policiais comandadas pelos Delegados de Polícia Civil, lotados nas Delegacias de Polícia Civil; é, portanto, a polícia investigativa;
2) a Polícia Militar do Pará é uma Instituição que faz parte do sistema de segurança pública no contexto da defesa social, uniformizada e armada, que tem por missão assegurar a legalidade, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, combatendo a violência e garantindo o bem-estar da sociedade nos termos da Constituição; é, assim, a polícia de atuação ostensiva e repressiva.
 	Observa-se que a partir do texto constitucional, as Polícias Civil e Militar possuem funções distintas e separadas, com atribuições diferenciadas no combate à violência e à criminalidade, ambas com autonomia funcional, administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial.
2.1 Posicionamentos Contrários à Unicidade das Polícias Civil e Polícia Militar
	Ao contrário de defender a unificação das Polícias Civil e Militar, existem diversos autores, como Pagani (2009), que defendem que a unificação não é a solução viável para a redução da violência e da criminalidade, em vista dos altos custos associados e muito, ainda, da resistência encontrada nas corporações policiais, que consideram os propósitos diferenciados das Polícias Civil e Militar. 
Pagani (2009), em oposição à ideia da unificação, defende a modernização da justiça, assim como o aperfeiçoamento das polícias, o que não se traduz apenas no reaparelhamento logístico com mais armas e viaturas, e sim no aparelhamento de uma polícia que atue a partir de atividades vinculadas à inteligência policial, e não se utilizando de recursos arcaicos baseados somente na força e na coerção do cidadão.
Soares (2010) afirma que é indispensável e urgente promover ampla e profunda reforma nas instituições policiais, que se encontram, hoje, no Brasil, de um modo geral, organizadas de modo incompatível com as exigências mínimas de uma gestão racional, ou seja, uma forma de gestão baseada em modernos conceitos e administração e profissionalismo. Para o autor, a reforma das instituições policiais deve ter como objetivos:
Redução da corrupção e da brutalidade, ampliação da eficiência e valorização profissional dos policiais. Os eixos estratégicos da reforma são: formação e capacitação; gestão do conhecimento; estrutura organizacional; perícia e controle externo. A implantação do SUSP – Sistema Único de Segurança Pública - corresponde à definição de normas nacionais relativas a essas cinco questões (SOARES, 2009, p. 1). 	
Observa-se que o não cumprimento dos cinco eixos estratégicos resulta, conforme citado pelo autor, que as instituições policiais, tanto civil quanto militar, não buscam identificar e corrigir os erros que cometem, condenando-se a repeti-los, ao invés de aprender com eles e de convertê-los em instrumentos de aprendizado, amadurecimento e evolução. A carência das condições para uma gestão racional leva as polícias a agir apenas reativamente e por inércia, “segundo espasmos voluntaristas e de modo fragmentário” (SOARES, 2009, p. 2).
Biscaia et al (2008), por sua vez, afirma que um dos maiores problemas estruturais das polícias civis e militares estaduais é a dificuldade de trabalharem de forma integrada, haja vista a existência de conflitos de competência e duplicidade de gerenciamento, de equipamentos e de ações de policiamento. 
Para Rosa (2011, p. 17), a solução do problema da violência não pode ser atribuída somente à atuação das polícias (que atuam de acordo com as diretrizes de uma política de segurança pública, voltada para a coerção e apuração dos crimes), mas, sobretudo, à ausência de políticas públicas de segurança, ou seja, politicas sociais de prevenção, já que:
O problema da violência no Brasil não ocorre apenas por falha nos órgãos responsáveis pela segurança pública, mas também à falta de uma política nacional de segurança pública, e também de uma de política carcerária, além do aumento do desemprego, e ainda as deficiências nos sistemas de saúde e educação, entre outras, que aumentam a desigualdade social e se refletem nas relações sociais.
	Dessa forma, segundo o autor, a unificação das Polícias Civil e Militar, com o passar do tempo, não alcançaria o objetivo de diminuição da violência, opinando Rosa (2011, p. 18) que as origens e funções diferentes das Polícias Civil e Militar devem ser observadas e respeitadas, e ainda que não se trata de reforçar a ideia de que uma seja uma seja mais ou menos importante que a outra, “apenas que estas Corporações Policiais realizam atividades diferenciadas para a preservação da integridade física e patrimonial do cidadão”.
	Outro problema apontado é encontrado em Caetano (2012), é que a unificação das Polícias Civil e Militar dependeria da aprovação de uma Emenda Constitucional (EC) e não apenas de leis estaduais que pudessem alterar as constituições estaduais, pois as atribuições são determinadas pela Constituição Federal.
	O mesmo autor refere que a ideia da unificação apresenta, por vezes, argumentos ingênuos de que a união das Polícias Civil e Militar criaria uma estrutura maior e mais ameaçadora para a criminalidade, no entanto entendendo que tal estrutura dificultaria o controle, a fiscalização e o gerenciamento da instituição unificada, afora as grandes dificuldades de relacionamento entre as corporações (conflitos de competência e diferenças culturais), em contraposição à criminalidade, que continuaria aumentando. 
	A solução apontada pelos autores estudados envolve, sempre, a melhoria da formação policial; a urgente modernização da infraestrutura das corporações, com a compra de novos equipamentos (armas, viaturas e tecnologia), ou seja, o reaparelhamento das Polícias Civil e Militar; investimentos em inteligência policial; e, sobretudo, a necessária valorização de seus profissionais, com maior flexibilidade para a ascensão profissional e também a melhor formação e qualificação de seus agentes.
Relativamente à melhoria da formação policial, é muito comum nos dias de hoje se ouvir comentários sobre a formação deficiente dos agentes responsáveis pelo policiamento ostensivo e preventivo no Brasil, os quais são executados com exclusividadepelas polícias militares. Em qualquer situação ou ocorrência policial na qual ocorre falha de um agente, seja praça ou oficial, o primeiro questionamento feito é sobre a qualidade de sua formação, tanto nas escolas como nas academias militares.
Para Soares (2009), é indispensável e urgente promover ampla e profunda reforma nas instituições policiais, que se encontram, hoje, no Brasil, de um modo geral, organizadas de modo incompatível com as exigências mínimas de uma gestão racional, ou seja, uma forma de gestão baseada em modernos conceitos e administração e profissionalismo para as Polícias Civil e Militar, incluindo-se a necessidade de valorização do pessoal técnico, via requalificação profissional, plano de cargos e salários consistente, racionalização do regime de trabalho e previsões de novos recrutamentos. 
CONCLUSÃO
A despeito do argumento de maior eficiência e modernização do sistema de segurança pública a partir da unificação das Polícias Civil e Militar para a composição de uma única polícia, entende-se que maior necessidade existe na melhor estruturação física e material, bem como melhor e qualificação e valorização de seus quadros, com maior possibilidade e chances de ascensão profissional, aliada à implementação de políticas públicas sociais efetivas, visando, aí sim, melhor atendimento à população na prestação de serviços de segurança pública.
Entende-se que os dirigentes máximos das organizações policiais, como centros de prestação dos serviços públicos destinados ao cidadão, deveriam primar por uma política efetiva de profissionalização e valorização do servidor (o policial civil e militar), observando-se ainda que a reestruturação e modernização, tanto em infraestrutura quanto em gerenciamento, teria como resultado maior eficiência na prestação dos serviços direcionados ao cidadão, objetivo primeiro das instituições governamentais. 
REFERÊNCIAS
BISCAIA, Antônio Carlos; MARIANO, Benedito Domingos; SOARES, Luís Eduardo; AGUIAR, Roberto Armando Ramos de. Projeto Segurança Pública para o Brasil. Instituto Cidadania, 2008.
CAETANO, Jean Carlos. Unificação das polícias estaduais: conjecturas e refutações. Revista Ordem Pública. Vol. 5, n. 1, Semestre I - 2012.
PAGANI, Maria do Carmo. Violência e criminalidade: as graves mudanças na sociedade. São Paulo: Método, 2009.
ROSA, Paulo Tadeu Rodrigues. Repensando a unificação das polícias. 2011.
SILVA Luciano Inácio da Segurança Pública: um novo modelo de polícia estadual. Rio de Janeiro: Escola Superior de Guerra, 2013.
SOARES, Luiz Eduardo. Segurança tem saída. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. 
A UNIFICAÇÃO DAS POLÍ
CIAS MILITARES E CIVIS, A SOLUÇÃO PARA SE 
ALCANÇAR A DIMINUIÇÃO DA CRIMINALIDADE
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Luiz Carlos Ray
ol
 
de Oliveira
1
 
Profº.
 
Ms. Rodrigo Garcia Vilardi
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RESUMO
 
 
O 
objetivo 
deste artigo 
é demonstrar 
que a unificação, tal como se acredita, não é a 
solução para a questão da crescente criminalidade e violência, tendo como 
fundamentação o 
texto constitucional, 
onde 
fica evidenciado que a polícia militar 
exerce a função de polícia administrativa, sendo res
ponsável pelo policiamento 
ostensivo e preventivo, e pela manutenção da ordem pública nos diversos Estados 
da Federação. Por sua vez, o §
 
4º do art. 144 da Constituição Federal foi dedicado 
às polícias civis que, dirigidas por delegados de carreira, incumb
em, ressalvadas a 
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações 
penais, exceto as militares. Concluiu
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se que a 
despeito do argumento de maior 
eficiência e modernização do sistema de segurança pública a partir da 
unificação 
das Polícias Civil e Militar para a composição de uma única polícia, entende
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se que 
maior necessidade existe na melhor estruturação física e material, bem como melhor 
e qualificação e valorização de seus quadros, com maior possibilidade e chance
s de 
ascensão profissional, aliada à implementação de políticas públicas sociais efetivas, 
visando, aí sim, melhor atendimento à população na prestação de serviços de 
segurança pública.
 
 
Palavras
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Chave:
 
Polícia Civil. Polícia Militar. 
Unificação.
 
 
ABSTRACT
 
 
The objective of this article is to demonstrate that the unification, as is believed, is not 
the solution to the issue of rising crime and violence, with a foundation the 
Constitution, where it is evident that the military police shall exercise 
administrative 
police function, and responsible for the ostensive and preventive policing, and the 
maintenance of law and order in several Brazilian states. In turn, the § 4 of art. 144 of 
the Federal Constitution was devoted to civil policemen, directed b
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delegates, incumbent, subject to the jurisdiction of the Union, the judicial police 
functions and the investigation of criminal offenses, except the military. It was 
concluded that despite the greater efficiency argument and modernization of the 
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composition of a single police, it is understood that there is a greater need in the best 
physical structure and material as well as better and qualification and developmen
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its staff, with greater possibility and chances of career advancement, coupled with 
the implementation of effective social policies, in order, then yes, better service to the 
population in the provision of public safety services.
 
 
 
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Civil Pol
ice. Military Police. 
Unification.
 
 
 
 
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Aluno do Curso
 
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MS. Orientador, titular 
de Direito Militar da Universidade Cruzeiro do Sul 
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A UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS MILITARES E CIVIS, A SOLUÇÃO PARA SE 
ALCANÇAR A DIMINUIÇÃO DA CRIMINALIDADE? 
 
 
Luiz Carlos Rayol de Oliveira
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Profº. Ms. Rodrigo Garcia Vilardi
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RESUMO 
 
O objetivo deste artigo é demonstrar que a unificação, tal como se acredita, não é a 
solução para a questão da crescente criminalidade e violência, tendo como 
fundamentação o texto constitucional, onde fica evidenciado que a polícia militar 
exerce a função de polícia administrativa, sendo responsável pelo policiamento 
ostensivo e preventivo, e pela manutenção da ordem pública nos diversos Estados 
da Federação. Por sua vez, o § 4º do art. 144 da Constituição Federal foi dedicado 
às polícias civis que, dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvadas a 
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações 
penais, exceto as militares. Concluiu-se que a despeito do argumento de maior 
eficiência e modernização do sistema de segurança pública a partir da unificação 
das Polícias Civil e Militar para a composição de uma única polícia, entende-se que 
maior necessidade existe na melhor estruturação física e material, bem como melhor 
e qualificação e valorização de seus quadros, com maior possibilidade e chances de 
ascensão profissional, aliada à implementação de políticas públicas sociais efetivas, 
visando, aí sim, melhor atendimento à população na prestação de serviços de 
segurança pública. 
 
Palavras-Chave: Polícia Civil. Polícia Militar. Unificação. 
 
ABSTRACT 
 
The objective of this article is to demonstrate that the unification, as is believed, is not 
the solution to the issue of rising crime and violence, with a foundation the 
Constitution, where it is evident that the military police shall exercise administrative 
police function, and responsible for the ostensive and preventive policing, and the 
maintenance of law and order in several Brazilian states. In turn, the § 4 of art. 144 of 
the Federal Constitutionwas devoted to civil policemen, directed by career 
delegates, incumbent, subject to the jurisdiction of the Union, the judicial police 
functions and the investigation of criminal offenses, except the military. It was 
concluded that despite the greater efficiency argument and modernization of the 
public security system from the unification of the Civil and Military Police for the 
composition of a single police, it is understood that there is a greater need in the best 
physical structure and material as well as better and qualification and development of 
its staff, with greater possibility and chances of career advancement, coupled with 
the implementation of effective social policies, in order, then yes, better service to the 
population in the provision of public safety services. 
 
 
Keywords: Civil Police. Military Police. Unification. 
 
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