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minerologia 3

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APÊNDICE
UNIDADE 3
Elementos de 
Mineralogia e 
Geologia
U3 - Geologia de engenharia e hidrogeologia5
UNIDADE 3: Geologia de engenharia e hidrogeologia
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 3.1
1. Alternativa E.
Resposta comentada: O horizonte C do solo, que se situa logo 
acima da rocha sã, é o horizonte menos evoluído do perfil de 
solo, possuindo minerais provenientes da rocha ainda preservados 
ou podendo conter, inclusive, alguns fragmentos da rocha que 
lhe deu origem. Em muitos casos ele é chamado de saprolito ou 
alterita, dependendo do autor. Já o solum, denominação utilizada 
para se referir aos horizontes O, A e B, engloba as porções mais 
evoluídas do solo, no qual o material mineral já se encontra bem 
intemperizado, perdendo suas características originais. Por último, 
os solos autóctones, também conhecidos como solos residuais, 
compreende os solos cuja pedogênese aconteceu in situ, ou seja, o 
solo possuiu seu material de origem assentado diretamente sobre a 
rocha que lhe formou. A denominação é utilizada para fazer alusão 
ao solo que não sofreu transporte e encontra-se imediatamente 
acima da rocha sã (horizonte R). 
2. Alternativa D.
Resposta comentada: Os neossolos são classificados como solos 
pouco evoluídos, com pouca espessura do horizonte C, sendo 
que este normalmente encontra-se diretamente acima da rocha 
sã. Já os latossolos são notavelmente solos muito evoluídos, com 
um solum espesso e, consequentemente com horizontes O, A e B 
significativos. Os cambissolos, por sua vez, são solos que possuem 
um horizonte B incipiente. Por último, os argissolos configuram-se 
como solos que possuem um horizonte B textural, aquele que se 
caracteriza pela presença de uma textura arenosa fina ou muito 
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
U3 - Geologia de engenharia e hidrogeologia6
fina, no qual também é notável um aumento no teor de argila, se 
comparado com o horizonte A.
3. Alternativa C.
Resposta comentada: Os métodos geofísicos de investigação 
geológico-geotécnico são métodos que possuem um custo 
operacional mais baixo do que alguns métodos diretos, justamente 
por não envolver a utilização de maquinário, grande equipe 
de campo, etc. Além disso, eles possuem uma abrangência 
maior, possibilitando uma maior cobertura da área em análise. 
Considerando que um túnel será escavado sobre rocha, um 
material mais resistente que o solo, o seu planejamento envolve a 
perfuração com a utilização de uma sonda rotativa, único método 
geológico-geotécnico que possibilita recuperar um testemunho de 
rocha para estudo. Por último, o método da sísmica de refrão utiliza 
as ondas elásticas que se propagam na rocha e solo para estimar a 
espessura do material de capeamento, ou seja, do material acima 
do topo da rocha sã. Sendo assim, é possível fazer a estimativa do 
volume de solo a ser movimentado.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 3.2
1. Alternativa B.
Resposta comentada: A delimitação da bacia hidrográfica é feita 
pelos divisores de água, também denominados de divisores 
topográficos, pois correspondem a pontos de cotas altas que 
separam o escoamento superficial das águas. Nessa região, toda 
água que cai por precipitação irá seguir o seu caminho descente 
para um lado ou para outro. Toda a água que está situada dentro de 
uma determinada bacia hidrográfica irá convergir para um ponto 
de saída comum, denominado exutório. Sobre a fisiografia da bacia, 
é notável que a área e a forma da bacia hidrográfica interferem 
no escoamento superficial, já que quanto maior a área, maior o 
volume escoado, e quanto mais compacta, maior a tendência de 
concentração do fluxo num canal principal. Já a topografia, além 
de possibilitar a potencialização de movimentos de massa, também 
influi no escoamento superficial, pois quanto mais íngreme são as 
U3 - Geologia de engenharia e hidrogeologia7
encostas, maior a velocidade da água, fato que pode causar riscos 
de inundação e eventos de devastação de maior magnitude.
2. Alternativa D.
Resposta comentada: A evaporação e transpiração das 
plantas correspondem a um fenômeno que conjuntamente 
denominamos de evapotranspiração, pois em termos absolutos 
separar a contribuição de cada um desses elementos é muito 
difícil. Ambos, no entanto, contribuem para a saída da água 
no sistema, já que essa água retorna à atmosfera e não fica 
disponível no continente. De acordo com a Figura 3.10, apesar 
da precipitação no oceano ser menor que a quantidade que 
evapora, o balanço é mantido devido a água de escoamento 
superficial que adentra no oceano. Realisticamente, essa situação 
representada é impossível, pois toda a água em excedente no 
continente se transformou em escoamento superficial e nada 
foi infiltrado no solo. Conforme mostra a imagem, a água que 
evapora corresponde a 434, quantidade aproximadamente 9% 
superior à água que se precipita (394).
3. Alternativa B.
Resposta comentada: A vazão mede a quantidade de volume 
escoado por unidade de tempo e é medida em 
3m /s em 
grandes rios ou em L/s em córregos de pouca vazão. Para efeitos 
comparativos, pode-se utilizar a vazão específica, que se refere 
ao volume escoado em um rio por unidade areal da bacia, sendo 
expresso em 3 2m /s.km . Já o coeficiente de runoff é o parâmetro 
utilizado para estabelecer uma relação percentual do volume 
escoado relativo ao precipitado em diferentes superfícies. O outro 
fator importante é a altura linimétrica, que mede a altura atingida 
pela lâmina da água relativa à um ponto conhecido, de referência, 
que normalmente recebe o nome de posto fluviométrico.
U3 - Geologia de engenharia e hidrogeologia8
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 3.3
1. Alternativa C.
Resposta comentada: Os aquíferos cársticos, formados por rochas 
carbonáticas, como os calcários, possuem a porosidade formada 
por dissolução como a principal, sendo a intergranular mais comum 
em rochas siliciclásticas (como arenitos) ou no solo. A porosidade 
simboliza a relação entre o volume de vazios pelo volume total 
da rocha/solo em análise, podendo essa razão ser expressa em 
porcentagem. A permeabilidade é uma grandeza utilizada para 
qualificar a facilidade de uma rocha em transmitir um fluido, sendo 
uma propriedade da natureza intrínseca do material, pois só depende 
dele. O mesmo não acontece com a condutividade hidráulica, que 
depende do material e da característica do fluido que percola no 
meio poroso. Um aquífugo é uma unidade hidrogeológica que não 
possui capacidade de armazenar e tampouco de transmitir a água, 
pois não há porosidade e permeabilidade. Podemos citar como 
exemplo o basalto sem fraturas.
2. Alternativa B.
Resposta comentada: Primeiramente, é necessário saber o que 
é um rio efluente e influente. Os rios efluentes recebem água do 
aquífero, sendo alimentados por estes. Contrariamente, um rio 
influente representa os cursos d’água que entregam água para os 
aquíferos, contribuindo com sua recarga. Nesse caso, a ilustração 
correta é aquela que mostra, numa visão transversal, o rio influente 
entregando água para o aquífero, e o rio efluente recebendo água 
do aquífero. Numa visão em planta, considerando o deslocamento 
do fluxo subterrâneo do gradiente hidráulico mais alto para o mais 
baixo, o rio influente apresentará linhas de fluxo divergindo para 
fora do rio, enquanto que nos rios efluentes as linhas de fluxo 
convergem em direção ao curso superficial.
3. Alternativa D.
Resposta comentada: O principal mecanismo de mobilização da 
água subterrânea na zona de saturação é a diferença de gradiente 
hidráulico que existe entre um ponto e outro. Nesse caso, a 
água tende a se deslocar do maior gradiente para o de menor. 
U3 - Geologia de engenharia e hidrogeologia9
Já a permeabilidade é uma propriedade do material, por isso, 
considerando um solo único, não importa o fluido que escoe nos 
poros do mesmo. Essa situação não é válida, no entanto, quando 
analisamos a condutividade hidráulica, que será variável paraa água 
e o óleo. Sobre a característica físico-química das águas, destaca-se 
que as águas subterrâneas são mais mineralizadas, isto é, possuem 
uma maior concentração de íons que as águas superficiais, isso 
porque quando a água superficial infiltra no solo ela aumenta sua 
acidez e, geralmente, causa a dissolução e incorporação de alguns 
cátions e ânions presentes nos minerais das rochas.

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