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Novo Ensino Médio - Ciências da Natureza e suas tecnologias

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Prévia do material em texto

PROJETOS INTEGRADORES
MANUAL DO PROFESSOR
GUSTAVO OLIVEIRA PUGLIESE
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
VOLUME ÚNICO • ENSINO MÉDIO
CAPA_Scipione#NOVOENSINOMEDIO_CiênciasdaNatureza_PNLD_2021_V2.indd 6CAPA_Scipione#NOVOENSINOMEDIO_CiênciasdaNatureza_PNLD_2021_V2.indd 6 2/20/20 4:07 PM2/20/20 4:07 PM
GUSTAVO OLIVEIRA PUGLIESE
Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Licenciado em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Mestre em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Consultor e formador de professores nas áreas de STEAM e projetos educacionais
VOLUME ÚNICO • ENSINO MÉDIO
PROJETOS INTEGRADORES
ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
1ª edição, São Paulo, 2020
MANUAL DO PROFESSOR
CAPA_Scipione#NOVOENSINOMEDIO_CiênciasdaNatureza_PNLD_2021_V2.indd 7CAPA_Scipione#NOVOENSINOMEDIO_CiênciasdaNatureza_PNLD_2021_V2.indd 7 2/20/20 4:07 PM2/20/20 4:07 PM
Presidência: Paulo Serino
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel e Mirian Senra
Gestão de área: Isabel Rebelo Roque
Coordenação de área: Fabíola Bovo Mendonça
Edição: Daniela Teves Nardi, Flávia Maria Mérida Ramoneda 
e Lucas Augusto Jardim
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Rosângela Muricy (coord.), 
Ana Paula C. Malfa, Ana Maria Herrera, Carlos Eduardo Sigrist, 
Diego Carbone, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan, 
Kátia S. Lopes Godoi, Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, 
Luiz Gustavo Bazana, Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, 
Paula T. de Jesus, Sandra Fernandez, Sueli Bossi e Vanessa P. Santos
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tieme Yamauchi (coord.), 
Keila Grandis (edição de arte), Karen Fukunaga, Luiza Massucato, 
Filipe Dias e Simone Aparecida Zupardo
Iconografia e tratamento de imagens: Sílvio Kligin (ger.), 
Roberto Silva (coord.), Douglas Cometti (pesquisa iconográfica), 
Cesar Wolf (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.), 
Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Cartografia: Alexandre Bueno e Mouses Sagiorato
Design: Gláucia Koller (ger.), Flávia Dutra e Luis Vassallo (proj. gráfico), 
 Flávia Dutra (capa) 
Ilustração de capa: Samuel Casal
Todos os direitos reservados por Editora Scipione S.A.
Avenida Paulista, 901, 4o andar
Jardins – São Paulo – SP – CEP 01310-200
Tel.: 4003-3061
www.edocente.com.br
atendimento@aticascipione.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Angélica Ilacqua - CRB-8/7057
2020
Código da obra CL 713722
CAE 722687 (AL) / 722688 (PR)
1a edição
1a impressão
De acordo com a BNCC.
Impressão e acabamento
Pugliese, Gustavo Oliveira 
#Novo Ensino Médio : Projetos integradores : Ciências da natureza 
e suas tecnologias, volume único / Gustavo Oliveira Pugliese, 
[Diego Basei Garcia]. — 1. ed. — São Paulo : Scipione, 2020. 
Suplementado pelo manual do professor 
Bibliografia 
ISBN: 978-85-474-0393-5 (aluno) 
ISBN: 978-85-474-0394-2 (professor) 
1. Ensino médio 2. Projetos 3. STEAM 4. Protagonismo 5. Cultura 
juvenil 6. Midiaeducação 7. Mediação de conflitos
I. Título II. Garcia, Diego Basei
20-1298 CDD 373.02
Colaboração de Diogo Basei Garcia
Bacharel e licenciado em História pela Universidade de São Paulo 
(USP), com especialização em Ética, Valores e Cidadania
Licenciado em Pedagogia pela Faculdade de Conchas (Facon-SP)
Mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP)
 
22 
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APRESENTAÇÃO
 ESTE LIVRO, PROVAVELMENTE, é um livro muito diferente dos que você 
já usou na escola. Com ele você vai aprender de um jeito bem leve, divertido 
e conectado com sua realidade. Quer saber por quê? Veja alguns spoilers:
 Este livro foi feito para ser usado com o smartphone – sim, vai ter celu-
lar na sala de aula para ajudar você a construir novos conhecimentos! 
 Ele inclui o uso de redes sociais – sim, o uso está liberado para trabalhar 
nos projetos. 
 Ele foi feito para fazer a diferença na sua vida e na da comunidade ao 
seu redor – não, ele não foi feito só para ficar dentro da sala de aula.
 O conteúdo é recheado de memes, humor e ironia – quem disse que 
aprender precisa ser chato?
OKAY, MAS COMO ISSO “CABE” DENTRO DE UM LIVRO? 
Ao todo, o livro é composto de seis projetos para serem trabalhados em gru-
pos durante o Ensino Médio. Cada projeto tem um tema diferente e interes-
sante, com questões e desafios para você resolver com os colegas. 
Todos os projetos conversam com as mídias e culturas da sociedade con-
temporânea, com atenção especial, é claro, para as relacionadas à juven-
tude. Além disso, são fáceis de serem executados e não exigem muitos re-
cursos, mas não se engane: apesar de simples, causam grande impacto na 
aprendizagem e na comunidade escolar. 
Procuramos também sugerir atividades que promovam o desenvolvi-
mento pessoal e o coletivo, o senso crítico e o pensamento cien-
tífico. Tudo isso de uma forma divertida, agradável e leve!
Esperamos que você goste dos projetos e 
aproveite muito o trabalho com eles!
APRESENTAÇÃO
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CONHEÇA SEU LIVRO
Para entender o tema, nada melhor do que começar, literalmente, pondo a mão no problema. A seguir, você 
vai encontrar uma atividade que será resolvida ao longo de várias semanas. Dividimos a atividade em três 
etapas para que você se organize em cada momento. 
Quantidade de lixo
Quando falamos em sustentabilidade e produção de lixo, uma das primeiras ações é identificar quanto e o 
que é produzido de lixo. Por isso, para começar, vamos fazer alguns cálculos. Para isso, vamos partir de uma 
questão: Qual é o volume de lixo que você e sua família produzem em uma semana? E qual é o volume de lixo 
que seus colegas e familiares produzem em média?
A ideia é que você e cada colega consigam determinar esse valor e elaborem uma tabela, como a do modelo 
a seguir. 
DIA DA 
SEMANA/
ESTUDANTE
SEG. TER. QUA. QUI. SEX. SÁB. DOM.
ACUMULADO 
DA SEMANA
TIPO DE LIXO Org.* Seco Org. Seco Org. Seco Org. Seco Org. Seco Org. Seco Org. Seco Z
ESTUDANTE A 2** 2 2 2 2 2 2 2 z
ESTUDANTE B 2 2 2 2 2 2 2 2 z
TOTAL X y x y x y x y z
* Org. = orgânico ** Valores dados em litros.
Dados fictícios.
Para isso, vamos estabelecer uma estratégia, pois nem todos podem ter uma balança em casa para medir a 
massa do lixo.
Para começar, vamos pensar na forma e no tamanho do 
lixo descartado. Todos os dias, antes de destinar o lixo 
para o caminhão de recolhimento de resíduos ou para o 
destino habitual, anote o volume aproximado de descar-
tes produzido. Como se trata de um experimento, evite 
interferir nos hábitos das pessoas que moram com você. 
Espera-se obter valores medidos em uma semana típica. 
RELACIONE-SE COM O TEMA
Se o lixo orgânico do lugar em que você 
mora não é separado do lixo seco, aproveite 
a oportunidade e comece a separá-los! Não 
é uma tarefa simples, mas essa prática é 
muito importante para a reciclagem do lixo, 
que será tratada adiante.
Não escreva 
no livro
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 CHEGUE MAIS!
Aqui você vai encontrar algumas 
informações importantes que 
vale a pena ler para começar os 
projetos com o pé direito!
 RELACIONE-SE COM 
O TEMA
Neste item você terá 
a oportunidade de 
conhecer um pouco 
mais o tema do projeto. 
Afinal, como resolver 
uma questão sem 
conhecê-la a fundo?
 ABERTURA DO 
PROJETO 
Todos os projetos 
começam com uma 
abertura que já fornece 
pistas do que será 
trabalhado.
Nestaobra, você será convidado a participar de vários projetos – cada um deles com características, desafios 
e temas diferentes.
No entanto, para que você se organize e aproveite ao máximo o que esses projetos têm a oferecer, é importante 
que siga alguns passos, ou seja, que estabeleça percursos, monte um cronograma e avalie o próprio desempenho.
CHEGUE MAIS!
Procure inserir em cada etapa os itens que julgar necessário desenvolver. À medida que o projeto for sendo 
executado, retome o que registrou e faça os ajustes necessários. 
Etapa 1
Entenda a questão
Nesta etapa, é essencial que você compreenda as questões e os problemas 
que nortearão o projeto e se aproprie deles. 
Etapa 2
Aprofunde-se na questão
Nesta etapa, serão apresentados textos que lhe darão subsídios ou caminhos para que seja 
possível encontrar a solução das questões e dos problemas apresentados na etapa 1.
Etapa 3
Mãos à obra
Nesta etapa, você vai solucionar as questões e os problemas do projeto, 
bem como verificar se a solução apresentada foi satisfatória ou insatisfatória.
Etapa 4
Espalhe por aí
Nesta etapa, serão apresentados e divulgados para a comunidade 
os resultados obtidos ao longo do projeto. 
PERCURSOS
Os projetos podem ser desenvolvidos de diversas maneiras e por meio de múltiplos percursos. Assim, é impor-
tante que você e seu grupo se organizem para definir o caminho que pretendem seguir na execução de cada 
um deles.
Os projetos são divididos em quatro etapas. Abaixo, apresentamos uma síntese dos objetivos de cada etapa, 
seguindo a lógica de resolução de problemas e da Aprendizagem Baseada em Projetos. Por isso, sugerimos 
que você procure entender bem cada uma delas e já pense nos percursos que vai utilizar para cumpri-las. 
1010 
Elaborar um cronograma é muito importante, pois, ao controlarmos o tempo para a realização de cada tarefa, 
garantimos que o produto final seja entregue no prazo combinado. Sem esse controle, podemos demorar mais 
tempo em determinadas etapas e, com isso, comprometer a qualidade e o prazo de finalização do projeto.
É importante que seja definido um prazo viável para a realização de cada etapa. Para isso, converse com os co-
legas e o professor, para que, juntos, cheguem a um cronograma viável. Procurem estar sempre atentos aos pra-
zos estabelecidos no cronograma. E lembrem-se de manter o cronograma em dia ou fazer ajustes, se necessário.
Ao elaborar um cronograma, conseguimos 
gerenciar o tempo disponível e, assim, evitar 
possíveis atrasos.
CRONOGRAMA
AUTOAVALIAÇÃO
Talvez você já tenha tido a oportunidade de fazer uma autoavaliação em outros projetos ou em outros mo-
mentos de sua vida escolar. Ela é uma reflexão importante e pode ser feita em diversos campos de atuação, 
não apenas no ambiente escolar. Se feita de maneira consciente, ajudará no seu desenvolvimento, já que 
indica seus pontos fortes e aqueles que ainda precisam ser fortalecidos. 
Para cada projeto, haverá uma tabela de autoavaliação, apresentada logo no início do projeto para que você 
conheça as expectativas em relação à sua atuação. Em uma analogia, é algo semelhante a “o que vai cair na 
prova”, embora não se trate de uma prova. Assim, você terá a oportunidade de elaborar e pôr em prática es-
tratégias que o ajudem a superar suas dificuldades. Além disso, com as regras do jogo estabelecidas desde o 
início, você não terá surpresas no final e poderá se ajustar continuamente, sempre que necessário.
Na tabela de autoavaliação são apresentados alguns itens importantes para o seu desenvolvimento e para 
sua atuação no projeto. Esses itens não se relacionam apenas às questões práticas e teóricas envolvidas no 
projeto, mas também às questões atitudinais; afinal, avaliar-se também é uma forma de se conhecer melhor. 
Além dos critérios presentes na tabela, você pode inserir itens que julgue importantes para o seu desenvolvi-
mento, não só como estudante, mas também como cidadão. Estes podem ser elementos relacionados a seu 
relacionamento e comunicação com os colegas, a seu engajamento em ações sociais, etc.
Seguindo os mesmos critérios que você, o professor também fará uma avaliação do seu desempenho; assim, 
vocês terão a oportunidade de verificar, no final de cada projeto, em que pontos a avaliação de ambos coinci-
diu e em quais houve divergência.
Caso tenha dúvidas ao realizar a autoavaliação ou ao traçar estratégias para superar suas dificuldades, con-
verse com o professor responsável pelo projeto.
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Tema integrador.
Nome do projeto.
 Pergunta norteadora que deverá ser 
respondida ao longo do projeto.
Texto de introdução.
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: 
UMA POSTURA DA ESCOLA 
PARA A VIDA
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS
Segundo estudos internacionais conduzidos pela Organização para a 
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil apresenta as 
escolas com os índices mais altos de violência escolar, bullying e intimidação, 
quando comparado com dezenas de outros países. Outra pesquisa, feita em 
2015, revelou que 70% dos 6 709 estudantes de escolas públicas brasileiras 
entrevistados confirmaram a ocorrência de algum tipo de violência na escola. 
4
Estranhar
Peleja
Imbróglio
Bate-boca
Arran
ca-
-rabo
Soltar os 
cachorros
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Como cada um de nós pode 
ajudar a diminuir ou resolver 
conflitos na escola e em casa, 
transformando-os em uma 
oportunidade de desenvolvimento 
pessoal e coletivo?
Você acha que a escola pode ser um ambiente de conflitos? Como instituição social, a escola reproduz 
aspectos da convivência em sociedade, incluindo conflitos. Embora não queiramos participar de con-
flitos nem presenciá-los, muitas vezes não temos como fugir deles. Mas e se os conflitos pudessem ser 
usados como uma oportunidade para desenvolvimento pessoal e coletivo em vez de gerar violência? Em 
outras palavras, como cada um de nós pode ajudar a diminuir ou resolver conflitos na escola e em casa, 
transformando-os em uma oportunidade de desenvolvimento pessoal e coletivo?
Para tentar responder a essa questão, vamos trabalhar, neste projeto, com o reconhecimento de um 
conflito, as emoções nele envolvidas e os possíveis caminhos para superá-lo. 
Perder a 
linha
Treta
Bafafá
Conflito Rixa
Briga
Confusão
Pega
Pendenga
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OBJETIVOS
Desenvolver a escuta ativa, 
a empatia, a comunicação 
não violenta, o respeito ao 
outro e o autocontrole. 
JUSTIFICATIVA
O exercício da mediação 
de conflitos capacita os 
estudantes a lidar com 
os conflitos inerentes à 
vida escolar, tornando a 
escola um local propício à 
educação.
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A seguir sugerimos alguns filmes que 
têm como tema a juventude. Nessa 
lista, há filmes sobre o relacionamento 
entre as pessoas nas escolas, a 
diversidade de identidades em cada 
escola do Brasil e sobre como os jovens 
têm interagido diante das dificuldades 
e questões típicas do seu tempo. É uma 
oportunidade para você e os colegas se 
reconhecerem no outro.
SE LIGA NO FILME!
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Quando sinto que já sei
Quando sinto que já sei mostra escolas que se abriram para as comunidades e mexeram com a organização indus-
trial que domina o ensino brasileiro: o professor lê, o aluno copia, vem a prova e… pronto. Depoimentos marcantes 
aparecem a todo momento, como o do educador e antropólogo Tião Rocha, do Centro Popular de Cultura e Desen-
volvimento, em Curvelo, Minas Gerais, que compara o modelo tradicional a um “serviço militar obrigatório” a partir 
dos seis anos de idade: “A criança não precisa sofrer para aprender”, diz.
Nunca me sonharam
Na voz de estudantes, gestores, professores e especialistas, o documentário retrata a realidadedo Ensino Médio nas 
escolas públicas do Brasil. [...] dirigido por Cacau Rhoden, o filme apresenta os desafios e expectativas dos jovens 
para a educação a partir dos próprios depoimentos.
Nunca me sonharam fala de jovens que estão em uma fase da vida que adultos entendem como rito de passagem 
e que querem ter voz enquanto batem de frente com um modelo de ensino defasado, que pouco responde às 
suas necessidades e em nada ilumina o que esperam para o futuro. O depoimento que mais bem expressa essa 
ideia – e que dá nome ao filme – vem do estudante Felipe Lima, de Nova Olinda (CE), que teme repetir a história 
de seus pais: “Eles nunca me sonharam sendo um psicólogo, nunca me sonharam sendo professor, nunca me 
sonharam sendo um médico, não me sonharam. Eles não sonhavam e nunca me ensinaram a sonhar. Tô apren-
dendo a sonhar sozinho”. Nos relatos colhidos em mais de dez estados brasileiros, no entanto, uma diversidade 
de sotaques e olhares indica o caminho para a mudança.
Últimas conversas
Quais são as aflições e desejos dos jovens? Na obra póstuma do cineasta Eduardo Coutinho, estudantes da rede 
pública do Rio de Janeiro contam sobre suas vidas e o que almejam para o futuro. Durante as entrevistas, o do-
cumentário entra em assuntos como racismo, religião, bullying e problemas familiares.
Pro dia nascer feliz
Adolescentes de três estados brasileiros, de diferentes classes sociais, contam sobre sua vida na escola e suas in-
quietações. O documentário, dirigido por João Jardim, tenta evidenciar o quadro de desigualdades e de violência 
no país a partir da realidade escolar.
9 DOCUMENTÁRIOS mostram como os jovens querem (e vão) transformar a educação. Porvir, 14 jun. 2017. Disponível em: https://porvir.
org/9-documentarios-mostram-como-os-jovens-querem-e-vao-transformar-educacao/. Acesso em: 16 dez. 2019.
DOCUMENTÁRIOS MOSTRAM COMO OS JOVENS 
QUEREM (E VÃO) TRANSFORMAR A EDUCAÇÃO
4646 
Este será seu roteiro de avaliação. Estamos apresentando-o no começo do projeto para que você já fique 
sabendo quais critérios serão usados na avaliação e o que é esperado em relação a sua atuação no projeto.
Seja responsável ao realizar a própria avaliação. Você utilizará esta tabela para compreender as expectativas 
de aprendizagem em um projeto de Mediação de conflitos e para poder ir se ajustando continuamente.
Quanto antes começar, mais ajustes poderá fazer e, assim, ter um desempenho melhor. Ao final, compare sua 
autoavaliação com a avaliação que o professor fez. Dialoguem e tentem chegar a um acordo nos pontos em 
que houver alguma divergência.
COMPETÊNCIA/ 
CRITÉRIOS
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
Aprendizagem e 
conhecimento/
Conceitos da 
mediação de 
conflitos 
Não compreendi os 
significados e a importância 
da mediação de conflitos em 
minha escola. Acredito que os 
estudantes não devem assumir 
uma postura mediadora, pois 
não são capazes de resolver 
seus próprios conflitos.
Compreendo a natureza dos 
conflitos e das emoções. 
Mas acredito que preciso 
desenvolver melhor o 
autoconhecimento e aprender 
a assumir uma postura 
mediadora diante dos conflitos.
Compreendo bem a 
natureza dos conflitos e 
das emoções. Desenvolvi 
o autoconhecimento 
necessário para saber como 
me relaciono com as pessoas 
diante de conflitos e como 
lido com minhas emoções.
Colaboração e 
diálogo/Empatia e 
comunicação 
Não houve trabalho em equipe 
ou a equipe não se mostrou 
preocupada em envolver 
todos os participantes. Houve 
muitos conflitos, e alguns 
deles não foram saudáveis 
para o desenvolvimento do 
projeto e do relacionamento 
entre as pessoas.
A equipe se mostrou 
preocupada em envolver todos 
os participantes, mas não 
conseguiu trabalhar de modo 
colaborativo. Alguns conflitos 
não foram resolvidos de forma 
democrática e respeitosa.
A equipe se mostrou 
preocupada em envolver 
todos os participantes 
e trabalhou de forma 
harmônica e respeitosa. Os 
diálogos foram estabelecidos 
de modo saudável, e houve 
excelente entrosamento 
entre os participantes.
Comunicação e 
apresentação/Ciclo 
de oficinas
Meu grupo não realizou as 
oficinas de mediação de 
conflitos com a comunidade 
escolar, ou elas não foram 
projetadas para promover 
a cultura de paz na 
comunidade escolar.
Meu grupo conseguiu realizar 
as oficinas de mediação de 
conflitos com a comunidade 
escolar, mas não levou em 
conta o conhecimento 
desenvolvido ao longo do 
projeto sobre a mediação de 
conflitos. As oficinas foram 
realizadas com base no senso 
comum e sem embasamento. 
Meu grupo conseguiu 
realizar as oficinas de 
mediação de conflitos com 
a comunidade escolar, 
levando em conta o 
conhecimento desenvolvido 
ao longo do projeto sobre a 
mediação de conflitos.
Cidadania e cultura 
de paz/Atitudes 
responsáveis e 
impacto na escola
Não me sinto preparado 
para lidar com uma postura 
mediadora diante dos 
conflitos existentes em 
minha comunidade escolar, 
ou não acredito que eu seja 
responsável por promover 
a cultura de paz em minha 
escola.
Embora tenha ainda certa 
dificuldade, sou capaz 
de assumir uma postura 
mediadora para promover a 
cultura de paz na minha escola. 
Ainda preciso melhorar minhas 
ações e a forma com a qual me 
posiciono diante dos conflitos 
com os quais me envolvo.
Sou capaz de assumir uma 
postura mediadora para 
promover a cultura de 
paz na minha escola e na 
comunidade. Além disso, 
minhas ações e a forma 
com a qual me posiciono 
diante dos conflitos que me 
envolvem são baseadas no 
diálogo e no respeito.
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO!
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3 MÃOS À OBRA
Nesta etapa, você e os colegas vão organizar os preparativos para o produto final do projeto. O objetivo é 
reunir todas as informações e os produtos das atividades já feitas, de forma organizada, para possibilitar que 
a live seja realizada de forma satisfatória.
Competências gerais
Competência específica
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3
EM13CNT302
Agora que você e seu grupo têm em mãos todo o material elaborado até aqui, utilizem-no como base teórica 
para a composição da live que será apresentada ao final do projeto. É importante que o material produzido 
tenha um conteúdo propositivo, ou seja, que não aborde somente os problemas, mas que também destaque 
as estratégias identificadas pelo grupo para evitar o compartilhamento de fake news, o uso compulsivo das 
TDIC, o FoMO e outros riscos.
Além disso, é necessário que vocês organizem os resultados e selecionem as informações que julgarem mais 
relevantes, procurando expressar a importância do autocuidado e do autoconhecimento em uma linguagem 
acessível e atual, a fim de contribuir para sua comunidade.
É necessário que vocês tenham estudado e se aprofundado nos conteúdos a serem apresentados e definido 
o tempo que ficarão on-line. Tudo isso deve fazer parte de um planejamento. Caso contrário, podem ocorrer 
diversos problemas enquanto vocês estiverem apresentando a live.
Por exemplo, imaginem se os apresentadores 
de uma live em um canal importante ficassem, 
de repente, sem assunto diante da câmera. Ou 
então se começassem a acrescentar temas que 
não haviam sido planejados e que não foram 
pesquisados devidamente. É claro que isso não 
costuma acontecer, porque mesmo que a trans-
missão seja ao vivo, há um preparo anterior, que 
deve ser feito com cuidado.
Mas calma! Antes de começar o estudo e o pla-
nejamento, vocês devem escolher um dos três 
temas trabalhados neste projeto e retomar sua 
questão norteadora: Como lidar com os desa-
fios contemporâneos da comunicação e das 
tecnologias digitais? 
O objetivo da live é debater as questões centrais 
trabalhadas ao longo deste projeto.
COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES
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 VAMOS FALAR DE 
AVALIAÇÃO! 
 RETOME A AVALIAÇÃO
Ao longo do projeto, 
você terá oportunidade 
de fazer avaliações que 
podem contribuir para 
seu desenvolvimento.
 SELIGA NO FILME!
E que tal assistir a um vídeo 
para ampliar os horizontes?
Agora é o momento de compreender como a mediação de conflitos funciona 
na prática e quais técnicas ela envolve para que você possa pensar em soluções 
concretas para serem aplicadas na escola.
2 APROFUNDE-SE NA QUESTÃO
CONFLITOS NA ESCOLA
Você e seus colegas costumam entrar muito em conflito? Faça um levantamento dos conflitos que vocês reco-
nhecem dentro da escola ou da sala de aula. Listem na lousa os principais conflitos que tiveram nos últimos 
meses, enquanto turma.
Neste primeiro momento é apenas uma lista mesmo. Não entrem em conflito por causa de pendências mal 
resolvidas! Procurem fazer uma lista sem julgamento de quem está certo ou errado, OK?
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Nem sempre é fácil determinar quem está certo ou errado em uma situação de conflito.
Ouvimos muito sobre 
como falar bem em 
público, mas muito pouco 
sobre como aprender 
a arte igualmente 
importante de ouvir 
adequadamente os 
outros. Assista ao vídeo a 
seguir para pensar sobre 
como se tornar um bom 
ouvinte. O vídeo está em 
inglês, mas basta ativar a 
legenda em português.
Escuta ativa: você sabe 
o que é? – Disponível 
em: https://www.
youtube.com/watch?v=-
BdbiZcNBXg. Acesso em: 
2 jan. 2020.
SE LIGA NO LINK
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QUINO. Toda Mafalda, São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Competências gerais
Competências específicas
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 ETAPA
Todos os projetos são divididos 
em quatro etapas, com estrutura 
e objetivos específicos.
Nesta etapa, você e os colegas vão organizar os preparativos para o produto final do projeto. O objetivo é 
reunir todas as informações e os produtos das atividades já feitas, de forma organizada, para possibilitar que 
Agora que você e seu grupo têm em mãos todo o material elaborado até aqui, utilizem-no como base teórica 
 que será apresentada ao final do projeto. É importante que o material produzido 
tenha um conteúdo propositivo, ou seja, que não aborde somente os problemas, mas que também destaque 
, o uso compulsivo das 
Além disso, é necessário que vocês organizem os resultados e selecionem as informações que julgarem mais 
relevantes, procurando expressar a importância do autocuidado e do autoconhecimento em uma linguagem 
É necessário que vocês tenham estudado e se aprofundado nos conteúdos a serem apresentados e definido 
. Tudo isso deve fazer parte de um planejamento. Caso contrário, podem ocorrer 
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escola do Brasil e sobre como os jovens 
têm interagido diante das dificuldades 
e questões típicas do seu tempo. É uma 
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 COMPETÊNCIAS E 
HABILIDADES
Esses códigos indicam as 
competências e habilidades 
desenvolvidas no tópico. A 
descrição de cada código está 
apresentada no final do livro.
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 ESTA É PARA 
ENCERRAR
O projeto já acabou , 
mas o que ficou?
4 ESPALHE POR AÍ
Agora que você e seu grupo já elaboraram o artigo de divulga-
ção científica, chegou a hora de divulgá-lo, para que qualquer 
pessoa possa acessá-lo. Como você leu na página anterior, 
para divulgar os artigos, você e sua turma podem criar uma pá-
gina em uma rede social ou um site. É possível também criar ou 
editar verbetes em enciclopédias colaborativas on-line. Tudo 
vai depender da plataforma escolhida por vocês.
Outro aspecto que vocês devem considerar é que esse ar-
tigo de divulgação científica é importante para combater 
a desinformação e disseminar informações científicas res-
ponsáveis com consciência e cidadania. Por esse motivo, 
não basta publicá-lo na internet: também é necessário divul-
gá-lo para outras pessoas da escola e de sua comunidade. 
Então, quando os artigos estiverem publicados, ou quando 
já houver um site criado, coloquem em prática a estratégia 
de divulgação que vocês estabeleceram.
Para isso, vocês podem fornecer os links de acesso por meio de aplicativos de 
mensagens de celular ou por meio de redes sociais. Caso prefiram, também é pos-
sível fazer divulgações analógicas colando pequenos cartazes com o endereço 
eletrônico em diversos ambientes da escola.
Outra forma de divulgação possível é a criação de um evento que conte com a pre-
sença da comunidade escolar. Nesse dia, além de divulgar o link de acesso, vocês 
poderão falar um pouco sobre o processo de elaboração dos artigos e orientar as 
pessoas sobre como analisar, interpretar e reconhecer artigos científicos confiá-
veis usando os diferentes recursos que aprenderam ao longo do desenvolvimen-
to do projeto. É muito importante que todos tenham acesso à midiaeducação!
Meme
Sim, ela c hegou! A prova! Mas calma, não é bem uma prova – e você já sabia disso. Volte ao roteiro da autoa-
valiação e identifique os níveis e descritores que melhor representam sua participação ao longo do projeto.
Além disso, compare sua autoavaliação com a avaliação que o professor fez de sua participação, para que 
possam dialogar identificando os pontos em comum e as diferenças, quando houver.
ESTA É PARA ENCERRAR
RETOME A AVALIAÇÃO
É chegada a hora de finalizar! Esperamos que você se sinta preparado para lidar com as informações científicas 
e com o conhecimento que circula na internet e em outros meios. E certamente o seu esforço e o dos colegas 
em produzir informação de qualidade vão ter impacto positivo na vida de cada um de seus leitores. Parabéns!
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Competência geral
Competência específica
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Depois de compreender um pouco mais os conflitos, as emoções envolvidas e a mediação de conflitos, você 
pode imaginar como a escola e o ambiente a seu redor poderiam se beneficiar com uma atitude mediadora. 
Relembrando o que vimos até o momento, a cultura da paz na escola e em casa não depende somente dos 
adultos, mas também de você.
RECONHEÇA O DESAFIO
Meme
Portanto, pensando no que você e os colegas debateram sobre conflitos, violências, emoções e sobre como 
cada um de vocês poderia ajudar a diminuir e resolver os conflitos na escola, propomos o seguinte desafio: 
Promover um ciclo de oficinas sobre mediação de conflitos para a 
comunidade escolar.
As oficinas que você e os colegas realizarem vão funcionar como 
um programa de prevenção de conflitos e promoção da cultura de 
paz. Você vai estudar mais sobre mediação de conflitos, 
comunicação não violenta e práticas restaurati-
vas. A ideia é que você e eles se tornem refe-
rência na escola para promover um ambiente 
saudável para todos.
A organização de uma oficina é 
uma oportunidade de vocês e seus 
colegas desenvolverem diversas 
habilidades e competências .
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 RECONHEÇA O DESAFIO
Que tal agitar um pouco mais 
o projeto? Saiba aqui qual o 
desafio que preparamos para 
você e os colegas.
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 NOTA
Aqui você vai 
encontrar 
dicas, recados 
importantes 
ou alguma 
observação sobre 
o que está sendo 
trabalhado no 
projeto.
 INFOGRÁFICOS
Fica muito mais fácil entender um assunto 
quando ele aparece esquematizado em um 
infográfico, não é mesmo?
 MEME
A diversão não pode 
ficar de fora! Teremos, 
sim, muito humor, ironia 
e memes! No contexto 
da internet, essa é uma 
maneira bastante comum 
de disseminar imagens, 
vídeos e outros objetos 
relacionados ao humor. 
Este recurso, de leitura por inferência, 
vai ajudar você a desenvolver um 
olhar crítico para os textos, ampliando 
sua capacidade de interpretação.
 SE LIGA NO LINK
Aqui você vai encontrar 
indicaçõesde sites
bacanas que vão ajudar 
você a avançar no projeto.
Agora é o momento de compreender como a mediação de conflitos funciona 
na prática e quais técnicas ela envolve para que você possa pensar em soluções 
concretas para serem aplicadas na escola.
2 APROFUNDE-SE NA QUESTÃO
CONFLITOS NA ESCOLA
Você e seus colegas costumam entrar muito em conflito? Faça um levantamento dos conflitos que vocês reco-
nhecem dentro da escola ou da sala de aula. Listem na lousa os principais conflitos que tiveram nos últimos 
meses, enquanto turma.
Neste primeiro momento é apenas uma lista mesmo. Não entrem em conflito por causa de pendências mal 
resolvidas! Procurem fazer uma lista sem julgamento de quem está certo ou errado, OK?
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Nem sempre é fácil determinar quem está certo ou errado em uma situação de conflito.
Ouvimos muito sobre 
como falar bem em 
público, mas muito pouco 
sobre como aprender 
a arte igualmente 
importante de ouvir 
adequadamente os 
outros. Assista ao vídeo a 
seguir para pensar sobre 
como se tornar um bom 
ouvinte. O vídeo está em 
inglês, mas basta ativar a 
legenda em português.
Escuta ativa: você sabe 
o que é? – Disponível 
em: https://www.
youtube.com/watch?v=-
BdbiZcNBXg. Acesso em: 
2 jan. 2020.
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QUINO. Toda Mafalda, São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Competências gerais
Competências específicas
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O protagonismo deve ser construído em conjunto, 
nunca individualmente. É sempre democrático, 
uma vez que parte do princípio de que existem 
várias ideias, vários olhares e de que essa 
pluralidade deve ser respeitada.
1. O protagonismo é coletivo.
O jovem protagonista não está acima do outro, mas 
com o outro. Os outros não são bases, nem massas, nem 
opositores. São atores em diversos papéis.
2. Ser protagonista não é liderar, 
mas ser solidário.É preciso ter consciência global, conseguir perceber os 
problemas em toda sua complexidade. Além disso, ter 
consciência de si como agente, mediador e beneficiário 
de suas ações.
3. É uma questão de consciência.
Conseguir resolver além de apontar problemas. Para isso, 
devem ser apresentadas soluções integradas, completas e 
que compreendam múltiplas dimensões do conhecimento 
e da cultura.
4. É ser propositivo.
O protagonista trabalha as potencialidades, as capacidades 
das pessoas e não apenas os problemas. Ele os transforma em 
objeto de investigação, análise e ação.
5. Ser protagonista é acreditar 
nos outros.
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Elaborado com base em: LOVATO, A.; YIRULA, C.; FRANZIN, R. Protagonismo: a potência de ação da comunidade escolar. São Paulo: Ashoka: Alana, 2017. 
Disponível em: https://alana.org.br/protagonismo-potencia-de-acao-da-comunidade-escolar/. Acesso em: 5 dez. 2019.
AS BASES DO PROTAGONISMO
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Antes de você e seu grupo iniciarem a produção dos seus próprios artigos de divulgação científica, leiam al-
guns já publicados, identificando a estrutura e o conteúdo desses artigos.
É importante perceber que os artigos têm características e estruturas próprias, constituindo um gênero textual.
Apresentar fontes confiáveis, 
como renomadas instituições de 
pesquisa, é um recurso importante 
e pode dar credibilidade à 
informação.
O uso da terceira pessoa é muito 
comum em artigos de divulgação 
científica. Essa estratégia é 
utilizada para aparentar maior 
impessoalidade, ou para expressar 
um distanciamento que denota 
imparcialidade.
Mencionar o tipo de estudo realizado 
é uma forma de mostrar que a 
informação foi obtida segundo um 
método científico, ou seja, segue 
princípios validados pela ciência.
Apresentar a amostragem do 
estudo, além de revelar a validade 
estatística, indica que o estudo 
pode ser generalizado e aplicado 
em outros contextos. 
Artigos de divulgação geralmente 
fazem projeções e cálculos para o 
leitor, em vez de apenas fornecer 
dados para que o leitor calcule, 
como é o caso de artigos científicos 
acadêmicos.
Uma minibiografia do autor do artigo 
também colabora para dar credibilidade 
ao texto, especialmente neste caso, 
em que o autor é um médico bastante 
conhecido no Brasil. Avalie: você confia 
mais em um artigo cujo autor tem 
essa biografia ou em um artigo que 
apresenta apenas o nome do autor?
Artigo 1 – Narguilé
Narguilé pode ser pior que cigarro, já que a quantidade de 
nicotina fumada em uma hora é equivalente à de dois cigarros por 
dia durante quatro dias.
[...] A American Heart Association (AHA) aca-
ba de publicar um boletim no qual reconhe-
ce que o narguilé é usado por milhões de 
pessoas no mundo. Considera que a adição 
de sabores de balas e frutas ao tabaco e o 
ambiente das redes sociais criaram um cená-
rio favorável à disseminação entre os adoles-
centes e ao conceito falso de que o compar-
timento com água, pelo qual circula a fumaça 
aspirada, retém o material particulado asso-
ciado aos principais malefícios do cigarro.
Outro pensamento mágico é o de que o 
narguilé não causaria dependência química, 
como se a fumaça inalada não contivesse ni-
cotina, a mais aditiva das drogas conhecidas.
Segundo a AHA: “Acumulam-se evidências de que o narguilé altera, no curto 
prazo, a frequência cardíaca, o controle da pressão arterial, a oxigenação dos 
tecidos e a função vascular. O uso prolongado aumenta o risco de doença co-
ronariana. Diversas substâncias nocivas (ou potencialmente nocivas) encontra-
das na fumaça do cigarro também estão presentes no narguilé, frequentemente 
em níveis até mais altos”.
Uma metanálise conduzida em quatro países mostrou que o fumante que usa 
o narguilé uma vez por dia tem níveis urinários médios de cotinina (um me-
tabólito da nicotina) de 0,783 mg/mL, os mesmos liberados por dez cigarros.
A sessão típica de narguilé dura uma hora, na qual o fumante dá cem tragadas, 
em média. A quantidade de nicotina fumada é equivalente à de dois cigarros 
por dia, durante quatro dias. O fumante fica exposto a concentrações de mo-
nóxido de carbono 35 vezes mais altas do que as de um cigarro. É liberada, 
no ambiente, a quantidade de monóxido correspondente à de dez pessoas 
fumando cigarro, ao mesmo tempo.
Dráuzio Varella é médico cancerologista e escritor. Foi um dos pioneiros no 
tratamento da aids no Brasil. Entre seus livros de maior sucesso estão Estação 
Carandiru, Por um Fio e O Médico Doente.
VARELLA, Drauzio. Narguilé. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/narguile-
artigo/. Acesso em: 15 jan. 2020.
ANÁLISE DE TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Narguilé.
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Se utilizar apenas um smartphone não resolve o problema de resolução da imagem, o que é preciso fazer para 
que ele se transforme em um microscópio de baixo custo para ser utilizado na escola? Quais são os outros 
materiais necessários?
Para isso, você precisará conhecer um pouco sobre as partes de um microscópio e sobre as propriedades 
das lentes.
As lentes do microscópio óptico
A fotografia ao lado mostra um microscópio óptico convencional, capaz de ampliar a imagem com maior ca-
pacidade de resolução.
De modo bem resumido, ele possui duas partes essenciais: 
um conjunto de lentes que fica próximo aos nossos olhos 
(lente ocular) e um outro conjunto de lentes que fica posi-
cionado próximo ao objeto que se quer analisar (objetiva).
Essas lentes são convergentes, ou seja, ao se colocar um 
objeto sobre a base, a luz refletida por ele atravessa a lente 
objetiva e é formada uma imagem real, com maior amplia-
ção e resolução. Essa imagem, então, é observada através 
da ocular, que forma uma imagemvirtual e ainda mais am-
pliada do objeto. Ou seja, uma lente amplia a imagem for-
mada pela outra.
A maioria dos microscópios possui também uma fonte de luz e todos possuem um regulador de foco. A fonte de luz 
ilumina e revela detalhes que eventualmente ficariam escuros. O regulador de foco faz variar a distância entre o ob-
jeto e a lente objetiva, encontrando o foco, ou seja, a posição ideal para obter uma imagem com a melhor definição. 
Agora, veja um esquema simplificado do que é preciso para um microscópio exercer sua principal função: 
fornecer imagens ampliadas e com boa resolução.
2 APROFUNDE-SE NA QUESTÃO
objetiva
ocular
olho
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1
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Oculares
Objetivas
Mesa
Condensador
Fonte de luz
Regulador 
de foco
Braço
Mas o que realmente é essencial 
para um microscópio são as lentes 
convergentes. Sem elas, não há 
microscópio.
UM POUCO DE FÍSICA
Andrey Svytsky/Shutterstock
Competências gerais
Competência específica
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Esquema de funcionamento de um microscópio 
óptico, sendo: F
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 os focos da lente objetiva;
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 o centro de curvatura da lente objetiva; I
1
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imagem formada pela lente objetiva; F
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2
 os 
focos da lente ocular; O
2
 o centro de curvatura 
da lente ocular; I
2
 a imagem formada pela lente 
ocular que é percebida pelo observador (olho).
2323 
4 ESPALHE POR AÍ
Agora que você e seu grupo finalizaram a gravação e a edição dos vídeos, eles já podem ser postados na internet! 
Mas calma aí, antes de publicá-los nas plataformas de vídeo, é importante fazer uma checagem do conteúdo.
Para isso, a próxima etapa será uma avaliação pelos pares. Cada grupo deverá apresentar seu vídeo para o 
restante da turma de modo que todos possam analisar:
 o potencial do vídeo de contribuir para que o espectador possa tomar alguma decisão;
 a adequação científica das informações e se elas estão corretas;
 a clareza das informações e da linguagem utilizada no vídeo;
 a qualidade técnica do vídeo, observando se o áudio e a imagem são satisfatórios;
 a criatividade, verificando se há marcas de culturas juvenis, uma identidade ou algo que destaque o conteú-
do e desperte o interesse do espectador.
É fundamental que os vídeos que vocês produziram apresentem informações 
confiáveis com base em dados científicos, pontos de vista que respeitem e 
promovam os direitos humanos, além de um posicionamento ético em relação ao 
cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
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Competência geral
Competência específica
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CONHEÇA SEU LIVRO
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SUMÁRIO
CHEGUE MAIS! .................................................................... 10
PERCURSOS ........................................................................... 10
CRONOGRAMA .................................................................... 11
AUTOAVALIAÇÃO ............................................................... 11
PROJETO 1 - STEAM 
As fotos que você nunca 
tirou com um smartphone ................................................ 12
ETAPA 1 | Entenda a questão .......................................... 14
STEAM: Aprender com uma abordagem 
integrada ...................................................................................... 14
O que é esse tal de STEAM? ............................................... 15
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! .......................... 16
Relacione-se com o tema ................................................... 17
Reconheça o desafio ............................................................ 22
ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão .......................... 23
Um pouco de Física .............................................................. 23
ETAPA 3 | Mãos à obra ........................................................ 25
Arte e Ciência ............................................................................ 32
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................... 34
Retome a avaliação .............................................................. 35
Esta é para encerrar ............................................................. 35
PROJETO 2 - PROTAGONISMO JUVENIL 
O protagonismo e a internet .......................................... 36
ETAPA 1 | Entenda a questão ......................................... 38
As bases do protagonismo ............................................... 39
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! ......................... 40
Relacione-se com o tema ................................................... 41
Potencialidades das mídias digitais ......................... 44
Reconheça o desafio .......................................................... 45
ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão .......................... 47
A alfabetização científica ................................................ 47
Espiral da cultura científica ........................................... 48
Influenciadores digitais nas Ciências 
da Natureza .............................................................................. 49
ETAPA 3 | Mãos à obra ........................................................ 50
Pensando na comunidade................................................ 50
Mapa de necessidades ........................................................ 51
Plano de estudos .................................................................... 52
Um celular na mão e uma ideia na cabeça ............ 53
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................... 55
Partiu publicar! ........................................................................ 56
Retome a avaliação .............................................................. 57
Esta é para encerrar ............................................................. 57
PROJETO 3 - MIDIAEDUCAÇÃO 
Quem escreveu tudo o que está na internet? ..... 58
ETAPA 1 | Entenda a questão ......................................... 60
Educação midiática ............................................................... 61
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VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! ......................... 62
Relacione-se com o tema .................................................. 63
Reconheça o desafio ............................................................ 68
ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão .......................... 69
O que é divulgação científica ......................................... 69
Análise de textos de divulgação científica ............. 71
ETAPA 3 | Mãos à obra ........................................................ 77
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................... 79
Retome a avaliação .............................................................. 79
Esta é para encerrar ............................................................. 79
PROJETO 4 - MEDIAÇÃO DE CONFLITOS 
Mediação de conflitos: 
uma postura da escola para a vida ............................. 80
ETAPA 1 | Entenda a questão ......................................... 82
Um conflito para mim, um conflito para você..... 82
Mas o que é mediação de conflitos? .......................... 83
A mediação de conflitos na escola ............................. 84
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! ......................... 85
Relacione-se com o tema .................................................. 86
Emoções em conflito ........................................................... 90
Reconheça o desafio ............................................................ 92 
ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão.......................... 93
Conflitos na escola ................................................................ 93
Efeito espectador .................................................................. 95
Novos tempos, novas formas de bullying .............. 98
Reconhecer os domínios de um conflito ............. 100
Estratégias de resolução de conflitos .................... 102
ETAPA 3 | Mãos à obra ...................................................... 107
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................. 110
Realizando a oficina ............................................................ 111
Retome a avaliação ............................................................. 111
Esta é para encerrar ............................................................ 111
PROJETO 5 - STEAM 
Sustentabilidade e meio ambiente ........................... 112
ETAPA 1 | Entenda a questão ........................................ 114
Lixo, sustentabilidade e riqueza................................. 114
As bases do pensameto sustentável ....................... 116
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! ........................ 117
Relacione-se com o tema ................................................ 118
SUMÁRIO
 88 
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ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão ........................ 122
A ciência do lixo .................................................................... 122
Reconheça o desafio .......................................................... 127
ETAPA 3 | Mãos à obra ...................................................... 128
E o lixo na escola? ................................................................ 128
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................. 133
Campanha de intervenção ............................................. 133
Do plano para a execução .............................................. 135
Retome a avaliação ............................................................ 135
Esta é para encerrar ........................................................... 135
PROJETO 6 - MIDIAEDUCAÇÃO 
A tecnologia e seus desafios ......................................... 136
ETAPA 1 | Entenda a questão ....................................... 138
E você, está tranquilo nas tecnologias? ................ 142
Midiaeducação e tecnologia ........................................ 143
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO! ....................... 144
ETAPA 2 | Aprofunde-se na questão ........................ 145
Duvido que você duvida .................................................. 147
Verificando o que já foi comprovado ..................... 150
Relacione-se com o tema ............................................... 150
Reconheça o desafio ......................................................... 155
A vida superconectada .................................................... 156
Cuide da mente ao navegar! ......................................... 157
ETAPA 3 | Mãos à obra ..................................................... 159
Coletânea de informações ............................................ 159
ETAPA 4 | Espalhe por aí ................................................. 162
Chegou o momento! ........................................................... 163
Retome a avaliação ............................................................ 163
Esta é para encerrar ........................................................... 163
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMENTADAS .... 164
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA BNCC ............... 166
Competências gerais ........................................................ 166
Competências específicas .............................................. 167
Habilidades .............................................................................. 168
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Nesta obra, você será convidado a participar de vários projetos – cada um deles com características, desafios 
e temas diferentes.
No entanto, para que você se organize e aproveite ao máximo o que esses projetos têm a oferecer, é importante 
que siga alguns passos, ou seja, que estabeleça percursos, monte um cronograma e avalie o próprio desempenho.
CHEGUE MAIS!
Procure inserir em cada etapa os itens que julgar necessário desenvolver. À medida que o projeto for sendo 
executado, retome o que registrou e faça os ajustes necessários. 
Etapa 1
Entenda a questão
Nesta etapa, é essencial que você compreenda as questões e os problemas 
que nortearão o projeto e se aproprie deles. 
Etapa 2
Aprofunde-se na questão
Nesta etapa, serão apresentados textos que lhe darão subsídios ou caminhos para que seja 
possível encontrar a solução das questões e dos problemas apresentados na etapa 1.
Etapa 3
Mãos à obra
Nesta etapa, você vai solucionar as questões e os problemas do projeto, 
bem como verificar se a solução apresentada foi satisfatória ou insatisfatória.
Etapa 4
Espalhe por aí
Nesta etapa, serão apresentados e divulgados para a comunidade 
os resultados obtidos ao longo do projeto. 
PERCURSOS
Os projetos podem ser desenvolvidos de diversas maneiras e por meio de múltiplos percursos. Assim, é impor-
tante que você e seu grupo se organizem para definir o caminho que pretendem seguir na execução de cada 
um deles.
Os projetos são divididos em quatro etapas. Abaixo, apresentamos uma síntese dos objetivos de cada etapa, 
seguindo a lógica de resolução de problemas e da Aprendizagem Baseada em Projetos. Por isso, sugerimos 
que você procure entender bem cada uma delas e já pense nos percursos que vai utilizar para cumpri-las. 
 
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Elaborar um cronograma é muito importante, pois, ao controlarmos o tempo para a realização de cada tarefa, 
garantimos que o produto final seja entregue no prazo combinado. Sem esse controle, podemos demorar mais 
tempo em determinadas etapas e, com isso, comprometer a qualidade e o prazo de finalização do projeto.
É importante que seja definido um prazo viável para a realização de cada etapa. Para isso, converse com os co-
legas e o professor, para que, juntos, cheguem a um cronograma viável. Procurem estar sempre atentos aos pra-
zos estabelecidos no cronograma. E lembrem-se de manter o cronograma em dia ou fazer ajustes, se necessário.
Ao elaborar um cronograma, conseguimos 
gerenciar o tempo disponível e, assim, evitar 
possíveis atrasos.
CRONOGRAMA
AUTOAVALIAÇÃO
Talvez você já tenha tido a oportunidade de fazer uma autoavaliação em outros projetos ou em outros mo-
mentos de sua vida escolar. Ela é uma reflexão importante e pode ser feita em diversos campos de atuação, 
não apenas no ambiente escolar. Se feita de maneira consciente, ajudará no seu desenvolvimento, já que 
indica seus pontos fortes e aqueles que ainda precisam ser fortalecidos. 
Para cada projeto, haverá uma tabela de autoavaliação, apresentada logo no início do projeto para que você 
conheça as expectativas em relação à sua atuação. Em uma analogia, é algo semelhante a “o que vai cair na 
prova”, embora não se trate de uma prova. Assim, você terá a oportunidade de elaborar e pôr em prática es-
tratégias que o ajudem a superar suas dificuldades. Além disso, com as regras do jogo estabelecidas desde o 
início, você não terá surpresas no final e poderá se ajustar continuamente, sempre que necessário.
Na tabela de autoavaliação são apresentados alguns itens importantes para o seu desenvolvimento e para 
sua atuação no projeto. Esses itens não se relacionam apenas às questões práticas e teóricas envolvidas no 
projeto, mas também às questões atitudinais; afinal, avaliar-setambém é uma forma de se conhecer melhor. 
Além dos critérios presentes na tabela, você pode inserir itens que julgue importantes para o seu desenvolvi-
mento, não só como estudante, mas também como cidadão. Estes podem ser elementos relacionados a seu 
relacionamento e comunicação com os colegas, a seu engajamento em ações sociais, etc.
Seguindo os mesmos critérios que você, o professor também fará uma avaliação do seu desempenho; assim, 
vocês terão a oportunidade de verificar, no final de cada projeto, em que pontos a avaliação de ambos coinci-
diu e em quais houve divergência.
Caso tenha dúvidas ao realizar a autoavaliação ou ao traçar estratégias para superar suas dificuldades, con-
verse com o professor responsável pelo projeto.
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AS FOTOS QUE VOCÊ 
NUNCA TIROU COM UM 
SMARTPHONE
Fotografia de detalhe de frutos de dente-de-leão (Taraxacum 
officinale), que medem 3 mm de comprimento. Utilizar um 
microscópio amplia sua percepção sobre o mundo natural e dá 
liberdade para você explorar o mundo invisível aos seus olhos.
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STEAM
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OBJETIVOS
Construir um instrumento da 
ciência – o microscópio – para 
contribuir com a aprendizagem 
dos estudantes e com a 
alfabetização científica 
da comunidade.
JUSTIFICATIVA
A construção de um 
microscópio de baixo custo 
pode contribuir com o ensino 
de Ciências, propiciando 
aos estudantes a chance de 
trabalhar em prol da educação.
Como um microscópio caseiro 
pode ampliar as possibilidades 
de aprendizagem na escola e 
na comunidade?
Microscópios são equipamentos dotados de pequenas lentes capazes de ampliar imagens e permitir a 
visualização daquilo que não poderíamos ver a olho nu, como as células de uma cebola, os protozoários 
que vivem na água ou o pólen de uma flor. Por isso, esse equipamento foi essencial no desenvolvimento 
da ciência e atualmente é muito importante no ensino. 
Neste projeto, você vai construir um microscópio de baixo custo para explorar o mundo à sua volta e, 
além de tudo, poderá contribuir com a alfabetização científica da sua comunidade.
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Uma das competências mais demandadas atual-
mente na sociedade é a criatividade para pensar 
em soluções eficientes e acessíveis. Para ser cria-
tivo, é preciso saber utilizar os conhecimentos de 
uma forma integrada, buscando ideias de vários 
campos do conhecimento e aplicando-as em solu-
ções autênticas. Uma forma de desenvolver isso é 
por meio de projetos STEAM, como este.
Mas por que unir todos esses componentes curricu-
lares em um bloco só? Porque no mundo complexo 
em que vivemos não basta ter apenas um ponto de 
vista sobre os assuntos que nos cercam, uma só for-
ma de resolver os problemas, nem mesmo conheci-
mentos que sirvam apenas em uma única situação. 
É preciso muita flexibilidade e criatividade para in-
tegrar esses conhecimentos.
Além disso, STEAM apresenta dois novos campos 
para sua formação, além dos componentes cur-
riculares: engenharia e tecnologia. A engenharia 
tem um modo de pensar próprio e está muito li-
gada à produção de soluções para a sociedade, 
ou seja, a botar a mão na massa e produzir soluções para os problemas das mais variadas naturezas – isso 
por meio de projetos e procedimentos. A tecnologia, por sua vez, tem revolucionado todas as áreas. Pen-
se no caso da tecnologia digital: é difícil (quase impossível) imaginarmos nossa vida hoje sem tecnologia 
digital. Por isso, a escola precisa dialogar com esses novos conhecimentos e oferecer uma variedade de 
possibilidades para o futuro profissional dos jovens. 
Com um projeto STEAM, você vai se aproximar da mentalidade criativa e engajada com a criação de soluções 
para o seu dia a dia e o da sua comunidade.
Convidamos você a explorar novas formas de aprender e novas formas de levar adiante o que você apren-
deu. Antes de partirmos para as atividades do primeiro projeto, observe a seguir o significado da mentali-
dade STEAM.
Para realizar este projeto, você e seus colegas vão trabalhar com uma concepção chamada STEAM, do inglês 
Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics. Em português significa o trabalho integrado entre 
Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Vamos compreender um pouco melhor essa ideia e 
como utilizá-la para a realização do projeto apresentado a seguir.
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1 ENTENDA A QUESTÃO
Competência geral
Competências específicas
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EM13CNT301EM13CNT205
STEAM pressupõe que o conhecimento é integrado e que a 
aprendizagem é ativa.
STEAM: APRENDER COM UMA ABORDAGEM INTEGRADA
 
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O QUE É ESSE TAL DE STEAM?
SCIENCE, TECHNOLOGY, ENGINEERING, ARTS AND MATHEMATICS
Veja cinco elementos essenciais em um projeto STEAM. 
1. Boas perguntas, bons problemas
STEAM parte de desafios e problemas. Quer começar? Faça boas perguntas 
e terá bons projetos. 
2. Mão na massa
Seja proativo e produza! Nada de ficar esperando alguém dar a resposta pronta. 
Planeje, prototipe, teste, recicle e comece de novo! Com STEAM, você aprende 
estudando e construindo.
3. Conexão
STEAM parte do princípio de que os conteúdos e conhecimentos estão conectados 
entre si. Por isso, pensar em Biologia é também pensar em tecnologia. Pensar em Arte 
é também pensar em Matemática. Quem tem a mentalidade STEAM é flexível, trabalha 
em equipe e está pronto para lidar com qualquer situação.
4. Aplicabilidade
Melhor do que criar um produto, objeto ou projeto é fazer isso ser útil para as 
pessoas. Levantar e resolver problemas reais da comunidade faz parte do STEAM – 
entender de onde vêm esses problemas, também!
5. Ciência, tecnologia e sociedade
O que tudo isso tem em comum? Problematizar, analisar e contestar são essenciais no 
STEAM. É assim que se desenvolve o pensamento crítico e a preparação para lidar com 
os problemas globais. O profissional STEAM tem atitude responsável em relação aos 
problemas globais e tem uma visão crítica de sustentabilidade.
STEAM ajuda a desenvolver...
... as competências e habilidades que a sociedade e o mercado de trabalho mais demandam atualmente. STEAM é uma 
forma de pensar o conhecimento, de atuar na sociedade e de aprender.
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Este será seu roteiro de avaliação. Estamos apresentando-o no começo do projeto para que você já fique sa-
bendo quais critérios serão usados na avaliação e o que é esperado em relação a sua atuação neste projeto.
Seja responsável ao realizar a própria avaliação. Você utilizará esta tabela para compreender as expectativas 
de aprendizagem em um projeto STEAM e ir se ajustando continuamente.
Quanto antes começar, mais ajustes poderá fazer e, assim, ter um desempenho melhor. Ao final, compare sua 
autoavaliação com a avaliação que o professorfez. Dialoguem e tentem chegar a um acordo nos pontos em 
que houver alguma divergência.
COMPETÊNCIA/ 
 CRITÉRIOS
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
Flexibilidade 
e resolução de 
problemas / 
Construção do 
microscópio
Meu grupo encontrou 
muitas dificuldades para 
construir o microscópio, 
pois não conseguiu pensar 
em alternativas e resolver 
problemas encontrados na 
prototipação. O microscópio 
é reutilizável, mas não é de 
fácil manuseio. O aparelho 
não consegue obter um bom 
foco de imagem. 
Meu grupo encontrou soluções 
práticas para construir um 
microscópio reutilizável. 
Entretanto, o aparelho não 
consegue obter um bom 
foco da imagem. Os desafios 
encontrados não serviram 
de estímulo ao pensamento 
criativo, mas, sim, de barreiras 
que desestimularam o grupo 
a continuar.
Meu grupo encontrou uma 
solução eficiente e de baixo 
custo para a construção do 
microscópio. O aparelho é 
estável e fácil de ser operado, 
bem como pode ser utilizado 
várias vezes por outros 
estudantes. Os desafios 
encontrados na prototipação 
serviram de estímulo para a 
criatividade do grupo.
Aprendizagem e 
conhecimento / 
Conceitos e suas 
inter-relações
Não compreendi os 
princípios de funcionamento 
do aparelho, apenas 
consegui construí-lo ou não 
compreendi as aplicações 
práticas do microscópio. Não 
consegui ter ideia alguma 
sobre o que estava sendo 
observado no microscópio. 
Sei dizer como um microscópio 
funciona, mas ainda não sei 
bem como ele pode ser útil 
para a minha aprendizagem. 
Sei dizer como um microscópio 
funciona e entendi muito 
bem quais são as possíveis 
aplicações do instrumento. 
Além disso, sei o que é preciso 
para obter um aparelho 
ainda melhor. Consigo obter 
boas amostras para serem 
observadas e consigo elaborar 
boas hipóteses sobre as 
amostras observadas.
Pensamento 
crítico e 
científico / 
Desdobramento da 
problematização 
Vejo certa conexão entre 
a Biologia e a Física, mas 
preciso ainda entender como 
elaborar uma investigação 
científica utilizando um 
microscópio. Todavia, sei dar 
algum exemplo de aplicação 
do microscópio na Ciência 
ou no ensino.
Consegui estabelecer boas 
relações entre o que eu 
aprendi e o que eu já sabia. 
Percebo que uma investigação 
científica envolve várias áreas 
do conhecimento e saberia 
explicar para alguém como um 
microscópio pode ser usado 
na investigação, embora não 
consiga elaborar uma pesquisa 
utilizando-o.
Está claro para mim como 
Física, Química e Biologia 
se relacionam em uma 
investigação que utilize o 
microscópio. Saberia dar 
muitos exemplos e sinto- 
-me capaz de realizar uma 
investigação e de elaborar 
boas perguntas para essa 
investigação.
VAMOS FALAR DE AVALIAÇÃO!
 
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COMPETÊNCIA/ 
 CRITÉRIOS
NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3
Colaboração e 
proatividade / 
Engajamento da 
equipe
Não houve trabalho em 
equipe ou a equipe não 
se mostrou preocupada 
em envolver todos os 
participantes. Houve muitos 
conflitos e alguns deles 
não foram saudáveis para o 
desenvolvimento do projeto 
e do relacionamento entre as 
pessoas.
A equipe se mostrou 
preocupada em envolver todos 
os participantes, mas não 
conseguiu trabalhar de modo 
colaborativo. Alguns conflitos 
não foram resolvidos de forma 
democrática e respeitosa.
A equipe se mostrou 
preocupada em envolver 
todos os participantes, bem 
como trabalhou de forma 
harmônica e respeitosa. Os 
diálogos foram estabelecidos 
de modo saudável e houve 
excelente entrosamento entre 
os participantes.
Comunicação e 
argumentação / 
Produto – pôsteres 
e mostra de arte
O grupo não produziu 
pôsteres digitais ou 
infográficos e imagens para 
a Mostra de Ciência & Arte 
ou o grupo apresentou as 
imagens e pôsteres de modo 
descontextualizado para o 
espectador.
A apresentação dos pôsteres 
digitais ou infográficos na 
Mostra de Ciência & Arte foi 
realizada, mas o grupo teve 
dificuldade em comunicar 
ao público as informações 
sobre ciência com linguagem 
acessível e atrativa.
A apresentação dos pôsteres 
digitais ou infográficos na 
Mostra de Ciência & Arte 
foi realizada com muita 
propriedade. O grupo apresentou 
com clareza as informações 
científicas nos pôsteres e se 
preocupou em buscar temas de 
interesse da comunidade, além 
de trazer um olhar ao mesmo 
tempo científico e artístico para 
as imagens apresentadas.
Você já se perguntou qual o menor objeto que 
o olho humano é capaz de observar? Um bom 
teste é tentar olhar, por exemplo, para dois 
fios de cabelo bem próximos um ao outro. Por 
mais perto que você aproxime seu olho dos 
dois fios, eles parecerão um fio só. A mesma 
coisa ocorre ao observar duas folhas de papel 
colocadas uma sobre a outra. Tente olhar a 
borda delas e ver se é fácil distinguir quantas 
folhas há. 
Isso porque estamos falando de resolução: 
seu olho literalmente não consegue resolver 
a diferença entre dois objetos tão pequenos e 
tão próximos entre si, não consegue separar 
os detalhes e o cérebro processa a imagem 
como sendo uma coisa só.
RELACIONE-SE COM O TEMA
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Fio de cabelo.
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não estão representadas 
em proporção.
Em geral, o olho humano não consegue, por exemplo, enxergar algo menor do que 0,01 cm (espessura aproxi-
mada de um fio de cabelo ou o diâmetro aproximado de um grão de areia), nem distinguir uma distância me-
nor do que 0,2 mm. O contraste de cores e a boa definição de cada objeto são essen-
ciais para nosso cérebro processar a imagem de maneira satisfatória.
Quantos fios de cabelo um ser humano possui em média? 
Essa pergunta é difícil de ser respondida, pois o que enxerga-
mos é uma massa que dá forma aos cabelos. O ser humano 
possui em média 100 mil fios de cabelo na cabeça. É impossível 
olhar para os cabelos de alguém e distinguir quantos fios essa pessoa 
tem, pois é muita informação para nossos olhos captarem e 
para o nosso cérebro distinguir.
O que conseguimos fotografar com a câmera de um celular?
E se você fotografar com um smartphone dois fios de cabelo e der um zoom na foto? O que é possível obser-
var? Provavelmente um borrão, certo? Embora seja possível aproximar a imagem pelo zoom do aparelho, é 
preciso mais do que isso: é necessário boa capacidade de ampliação, não só de aproximação. 
Para compreender isso, vamos realizar um teste. Em grupos, com um smartphone, fotografem os seguintes itens:
 escamas de um fio de cabelo;
 poros da pele;
 ponta de uma caneta esferográfica;
 tricomas (pequenos pelos) de uma folha de grama.
Agora, compare as fotografias capturadas pelo grupo com essas mesmas estruturas vistas em diferentes 
tipos de microscópios a seguir.
 
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Palma da mão observada em 
microscópio eletrônico de 
varredura com aumento de 49 
vezes. Colorido artificialmente.
Fio de cabelo observado 
em microscópio óptico com 
aumento de 400 vezes.
 
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Fio de cabelo observado 
em microscópio óptico com 
aumento de 400 vezes.
Fio de cabelo observado em microscópio óptico com aumento 
de 253 vezes.
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Ponta de uma caneta esferográfica observada em microscópio eletrônico de varredura, 
com aumento de 16,2 vezes. Colorido artificialmente.
Tricomas de uma folha de urtiga (Urtica 
dioica) em microscópio óptico, com 
aumentode 53 vezes.
Como você e seu grupo se saíram? Conseguiram obter algum detalhe com o 
smartphone? Perceba que, mesmo dando um zoom na imagem ou aproximan-
do a lente do celular do objeto, provavelmente não foi possível chegar ao nível 
de detalhe das imagens obtidas por microscópios. Isso porque temos aqui, no-
vamente, um problema de resolução.
E com o microscópio?
Atualmente, é possível observar coisas 
muito pequenas, impossíveis de ver a olho 
nu, como um grão de pólen, uma célula e 
até um vírus. Além disso, com microscópios 
eletrônicos complexos é possível chegar 
até bem próximo de se observar átomos 
individualmente, embora não seja possível 
distinguir o núcleo ou os elétrons. 
Basicamente, o microscópio inaugurou 
uma nova forma de observar fenômenos 
que antes eram invisíveis aos cientistas. O 
microscópio não apenas esclareceu ques-
tões, como também criou uma série de no-
vas perguntas.
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Por meio de microscópios, pesquisadores podem realizar diagnósticos de doenças, identificar problemas 
e realizar experimentos importantes na área da saúde. Além da importância na Medicina, os microscópios 
permitem aos pesquisadores compreender melhor o mundo por meio de importantes investigações para o 
desenvolvimento da ciência e de práticas de pesquisa. 
E qual é a importância de um microscópio na sua escola? Se você já teve a experiência de observar um objeto 
no microscópio, sabe como é descobrir um novo mundo, inimaginável a olho nu.
Observe as imagens a seguir.
As fotografias apresentadas são dos mesmos elementos que você acabou de fotografar. A diferença é que 
aqui elas foram capturadas com um smartphone adaptado na forma de um microscópio. O melhor de tudo 
isso: ele é feito de maneira simples e com materiais acessíveis! 
Ponta de um fio de cabelo danificada que desfiou e se dividiu em 
três. Note que ao fundo há uma raiz de cabelo que foi arrancada com 
parte do folículo capilar. O folículo é uma estrutura que literalmente 
fabrica o cabelo a partir da queratina. Um fio de cabelo humano tem 
aproximadamente 60 a 120 micrômetros de diâmetro.
Ponta de caneta esferográfica. É possível 
ver a esfera bem na ponta, que vai rolando e 
pintando o papel à medida que você escreve. 
Ampliada cerca de 25 vezes.
Tricomas da folha da grama. Os tricomas são estruturas bem finas que exercem 
diversas funções, entre elas reter a umidade e proteger a folha de alguns 
predadores. Parecem-se com pequenos pelos e são a principal causa de sentirmos 
coceira quando nos deitamos na grama. Ampliada cerca de 30 vezes.
Fotografia de uma folha de Clerodendrum thomsoniae. O 
comprimento dessa folha pode variar de 5 a 20 cm. Note que 
é possível observar as ramificações das nervuras foliares.
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Você já viu as unidades de medida µm e nm?
• O micrômetro (µm) é a unidade de medida que equivale à milésima parte do milímetro ou a 
1 milionésimo de metro (1 · 10−6 m).
• O nanômetro (nm) é a unidade de medida que equivale a 1 milionésimo de milímetro ou a 
1 bilionésimo de metro (1 · 10−9 m)
Os microscópios são aparelhos que permitem visualizar estruturas que não conseguiríamos ver a olho nu; 
em outras palavras, eles aumentam o tamanho das imagens dos objetos. Outra grande vantagem dos micros-
cópios é aumentar a capacidade de vermos detalhes do objeto. 
Essa vantagem se deve ao Limite de Resolução (LR), que é a distância mínima entre dois pontos em que 
podemos observá-los como pontos individualizados, ou seja, os microscópios permitem vermos detalhes de 
células eucarióticas, tecidos e microrganismos que a olho nu não veríamos. 
A ordem de grandeza do LR a olho nu é de 0,2 mm, ou seja, dois pontos que estão a uma distância inferior 
a 0,2 mm são vistos apenas como um ponto; já para o Microscópio Óptico (MO) o LR é de 0,2 µm e para o 
Microscópio Eletrônico (ME) o LR é de 0,2 nm.
Resumindo, com os microscópios, conseguimos ver muito mais detalhes de um objeto do que quando visto 
a olho nu. Como exemplo, apenas um ponto observado ao olho nu, quando é visto ao microscópio óptico, 
percebemos que ele é formado por mil pontos menores e, se fosse visto ao ME, poderíamos enxergar um 
milhão de pontos no lugar daquele ponto visto a olho nu.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Qual a diferença entre Microscópio Ótico e Eletrônico? Disponível em: http://www.meib.uff.
br/?q=content/qual-diferen%C3%A7a-entre-microsc%C3%B3pio-%C3%B3tico-e-eletr%C3%B4nico. Acesso em: 23 dez. 2019.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE MICROSCÓPIO ÓPTICO 
E ELETRÔNICO?
A utilização do 
microscópio para 
observar seres pode 
desvendar um novo 
mundo fantástico.
 
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http://www.meib.uff.br/?q=content/qual-diferen%C3%A7a-entre-microsc%C3%B3pio-%C3%B3tico-e-eletr%C3%B4nico
Antes de conhecer o desafio do projeto, vamos retomar nossa questão norteadora: Como um microscópio 
caseiro pode ampliar as possibilidades de aprendizagem na escola e na comunidade?
Estamos falando essencialmente da capacidade transformadora com que o microscópio, assim como ou-
tros instrumentos da ciência, pode potencializar a aprendizagem por apresentar novas formas de obser-
vação e de coleta de dados e novas perspectivas em relação ao mundo empírico, que nem sempre são 
acessíveis a olho nu.
Atualmente, nem todas as escolas possuem um laboratório de Ciências ou microscópios disponíveis para o 
uso dos estudantes. De acordo com o Censo Escolar de 2018, apenas 44% das escolas de Ensino Médio brasi-
leiras possuíam laboratório de Ciências. Por isso é tão importante democratizar o acesso a instrumentos de 
investigação científica, como é o caso de um microscópio de baixo custo. 
Não somente em sala de aula ou no laboratório de Ciências, o microscópio caseiro e portátil, como o que você 
vai construir, pode contribuir com a alfabetização científica da comunidade em que você se insere. 
Por isso, ao trabalhar neste projeto, seu desafio será desenvolvido em dois momentos.
O primeiro momento é construir o microscópio com um smartphone e ver as possibilidades que esse dis-
positivo pode oferecer. O segundo é produzir conteúdo científico para a população e ajudar as pessoas a 
compreender fenômenos e encontrar novas perspectivas para a realidade que as cerca. Ou seja, despertar a 
curiosidade pela ciência das pessoas ao seu redor.
Uma população alfabetizada cientificamente é capaz de se interessar por temas de ciência, ler conteúdos de 
ciência e praticar a curiosidade científica no dia a dia. A curiosidade é a chave para despertar o pensamento 
científico, bem como valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital.
Como você vai fazer isso? Apresentaremos algumas sugestões, mas, como já foi dito, você é protagonista des-
te projeto e deve definir o melhor percurso.
Pensamento 
científico
Investigar a 
realidade
Compreender 
a realidade
Compreender

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