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Juramento de Hipócrates (460ª.C) Prometo que, ao exercer a Odontologia, mostrar-me- ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade, e da ciência; nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre, a minha vida e a minha arte, de boa reputação entre os homens. O que é ética Ética vem do grego ethos: modo de ser, caráter, comportamento. Norteando o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Convívio Social > Direitos e Obrigações > Regras Código de Ética É um instrumento elaborado para orientar a conduta dos cirurgiões dentistas ( e profissionais que trabalham nessa área) sobre os aspectos éticos da profissão. Histórico * 1957 – 1º Código de Ética Odontológica - Anterior a criação dos Conselhos Federal e Regionais. - Aprovado pela União Odontológica Brasileira no VI Congresso Brasileiro de Odontologia, em Fortaleza. - Acordo de cavalheiros: inexistência de órgão fiscalizador. * 1964 – Lei Nº 4.324, de 14 de abril de 1964. - Institui o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Odontologia. - Supervisão da ética profissional - CFO – Votar e alterar o Código de Deontologia Odontológica, ouvidos os Conselhos Regionais. * 1971 – Primeiro Código de Ética Odontológica aprovado pelo CFO. (Resolução CFO Nº 59/71 de 14 de abril de 1971) * 2013- Entrou em vigor novo código através da Resolução CFO 118/2012. -Baseada no relatório final da IV Conferência Nacional de Ética Odontológica (CONEO) Código de Ética Odontológica – Conselho Federal - Direitos e Deveres - Auttorias e Pericias - Relacionamento com o paciente e equipe de saúde - Sigilo Profissional - Documentos Odontológicos - Honorários Profissionais - Especialidades - Odontologia Hospitalar -Entidades que exercem a odontologia - Responsável Técnico - Magistério - Doação, transplante e banco de órgãos -Entidades da classe - Publicidade - Entrevistas - Pesquisa e publicações Científicas - Penalidades Código de Ética Odontológica – Estudo de casos Dr. João Paulo- direitos do CD/ responsável técnico Dr. João Paulo, CRO- CE 23.900, foi trabalhar em uma clínica odontológica, e, na entrevista com o proprietário, que não era dentista, foi informado que ele não poderia usar amálgama porque não era um material restaurador que lhe proporcionasse um bom marketing. Assim, em seus planos de tratamento, restaurações de amálgama estariam proibidos. Foi informado ainda que os seus pacientes seriam marcados de 15 em 15 minutos, para qualquer tipo de procedimento que fosse realizar, devido a constantes faltas de pacientes, apesar de sempre serem confirmados com antecedência. O CD achou toda aquela situação estranha e pediu pra conversar com o responsável técnico da clínica, mas lhe foi dito que não havia tal figura ali. Art. 5° Constituem direitos fundamentais dos profissionais inscritos, segundo suas atribuições específicas I – Diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade de convicção, nos limites de suas atribuições, observandos o estado da Ciencia e sua dignidade profissional. VII – Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente ou periciado, evitando que o acúmulo de encargos, consultas, perícias ou outras avaliações venham prejudicar o exercício da Odontologia. Art. 33 Ao responsável técnico cabe a fiscalização técnica e ética da instituição pública ou privada pela qual é responsável, devendo orientá-la, por escrito, inclusive sobre as técnicas de propaganda utilizadas. Dr. Marcelo Pereira – direitos e deveres do CD/ relacionamento com a equipe de saúde e com o paciente Dr. Marcelo Pereira, CRO- CE 23.940, passou em um concurso público em um Município do Ceará. No seu primeiro dia de trabalho, observou algumas falhas na estrutura do consultório, mas como haviam muitos pacientes lhe aguardando, resolveu ir atendê-los para depois tentar resolver tal situação. Dr. Marcelo atendeu uma senhora, D. Glória, que gostaria de realizar uma restauração de resina no 16. O CD lhe explicou que aquele procedimento não era realizado em UBS, mas que ele poderia levar o material dele e atendê-la, caso ela pagasse pelo serviço. A paciente consentiu, gostou do procedimento e por isso o CD questionou se ela não gostaria de realizar os demais procedimentos em seu consultório particular. - Não pode ter procedimentos cobrados e Art. 13. Constitui infração ética: 1 - Agenciar, aliciar ou desviar paciente de colega, de instituição pública ou privada; D. Glória iniciou um tratamento para colocação de implante com o CD e ficou indignada quando ele lhe cobrou pela prótese sobre o implante, já que ela pensava que o implante era o dente. Art. 11 IV – Deixar de esclarecer adequadamente os proposições, riscos, custos e alternativas de tratamento Como cobrar honorários odontológicos Art. 19º. Na fixação dos honorários profissionais, serão considerados: I - condição sócio-econômica do paciente e da comunidade; II - o conceito do profissional; III - o costume do lugar; IV - a complexidade do caso; V - o tempo utilizado no atendimento; VI - o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho; VII - circunstância em que tenha sido prestado o tratamento; VIII - a cooperação do paciente durante o tratamento; IX - o custo operacional; e, X - a liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamento profissional. Quando é que ocorre abandono ao paciente? Art. 11. Constitui infração ética VI- Abandonar o paciente, salvo por motivo justificável (....) Dra. Andréia Meneses, CRO- CE 20.000, recebeu uma intimação para comparecer ao CRO-CE devido a uma denúncia de uma paciente. Após um desentendimento com a Sra. Joana em seu consultório, a CD encaminhou a paciente para outro colega, com todo seu prontuário, uma vez que entendeu que seria o melhor para a relação profissional/paciente. A paciente fez uma representação ética informando que havia sido abandonada pala CD. Dr. Paulo Rocha, CRO- CE 20.400, recebeu uma intimação para comparecer ao CRO-CE devido a uma denúncia de uma paciente. A paciente fez uma representação ética informando que havia sido abandonada pelo CD, que provocou uma fratura na sua mandíbula ao realizar uma exodontia e a mandou procurar atendimento hospitalar, se lhe dar qualquer tipo de assistência. Na audiência de instrução e conciliação, o CD se defendeu informando que havia explicado para a paciente que possivelmente iria acontecer a fratura e a sugeriu fazer em ambiente hospitalar, mas a paciente não quis. Dra. Vânia Matos e Dra. Eduarda Gouveia– relacionamento com a equipe de saúde/ direitos dos profissionais auxiliares Dra. Vânia Matos, CRO- CE 43.903, estava muito apressada para um compromisso e resolveu solicitar que sua ASB realizasse uma profilaxia e aplicação de flúor em sua última paciente. A ASB negou o atendimento direto ao paciente e a CD disse que ela não poderia desobedecer sua ordem, uma vez que era sua patroa. Vedados a ASB - Exercer a atividade de forma autônoma; - Prestar assistência direta ou indireta ao paciente, sem a supervisão do CD ou TSB. - Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não descriminados na Lei. - Fazer propaganda de seus serviços. Art. 13º. Constitui infração ética: IX- delegar funções e competências a profissionais não habilitados e/ou utilizar-se de serviços prestados por profissionais e/ou empresas não habilitados legalmente ou não regularmente inscritos no Conselho Regional de sua jurisdição. Art. 6º. Constitui direito fundamental das categorias técnicas e auxiliares recusarem-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, ética e legal, ainda que sobsupervisão do cirurgião- dentista.
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