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OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS (SEGUNDA EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA) ONG Círculo de São Francisco Instituto de Animagogia 2016 ONG Círculo de São Francisco Instituto de Animagogia 2016 OS SÍMBOLOS DO REIKI E SEUS ENSINAMENTOS MORAIS (SEGUNDA EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA) A ONG Círculo de São Francisco - Instituto de Animagogia - foi criada em 2003 e realiza um programa educativo que visa despertar o Homo spiritualis, o ser humanizado do terceiro milênio, capaz de vivenciar sua experiência encarnatória com habilidade espiritual. Ela mantém também o centro de referência co- munitária em tratamentos naturais, integrativos, com- plementares e populares onde a população é atendida dentro de uma perspectiva holonômica, através do Pro- grama Essência. A ONG integra o Conselho Municipal de Saúde do município de São Carlos e é uma instituição de Uti- lidade Pública municipal. Em 2015, recebeu menção honrosa da câmara municipal pelo projeto Meditações Integrativas. Círculo de São Francisco - Instituto de Animagogia Rua 9 de Julho, 1380 - salas 15, 19 e 21 e-mail: ongcsf@hotmail.com Curta nossa página no facebook: ongcsf “A grandiosa contribuição do pensamento oriental, de Buda a Vivekananda, a Ramakrishna e outros, dos taoístas tibetanos aos físicos nucleares, enseja a revisão dos parâmetros aceitos, bem como dos modelos estabelecidos, propondo a identificação de fórmula com aparência diversa, no entanto, que se harmoni- zam, unindo duas culturas – a do passado e a do presente – em uma síntese perfeita, em favor de um homem e de uma mulher holísticos, completos, ao revés de examinados em partes. Esse concurso que se vinha insinuando multissecularmente, logrou impor-se através das terapias libertadoras de conflitos, tais a meditação, a respiração, a oração, a magnetização da água, a bioenergia, os exercícios de tai-chi-chuan, o controle mental de inegáveis resultados nas mais variadas áreas do comportamen- to, do interrelacionamento pessoal, da saúde ... (...) Somente quando estudado na sua plenitude – espírito, pe- rispírito e matéria – podem-se resolver todos os questionamen- tos e desafios que o compõem, alargando-lhe as possibilidades de desenvolvimento do deus interno, facultando completude, realização plenificadora, estado de Nirvana, de samadhi, ou de reino dos Céus que lhe cumpre alcançar”. Espírito Joanna de Angelis (através do médium Divaldo Franco). ÍNDICE Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 A importância do pensamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 O que são chakras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 O chakra básico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 O chakra umbilical. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 O plexo solar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 O chakra cardíaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 O chakra laríngeo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 O chakra frontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 O chakra coronário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 Como funciona o Reiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 O ensinamento moral de cada um dos símbolos do reiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 Apêndice 1 - Exercício de respiração para reikinianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Apêndice 2 - Aplicação de Reiki em Hospitais, Asilos e outros locais . . . . . . . . . . 31 Apêndice 3 - Florais e Reiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Apêndice 4 - Algumas enfermidades e as emoções correspondentes . . . . . . . . . . . 34 Apêndice 5 - Alguns princípios de cura prânica que o reikiniano deve conhecer. 36 Apêndice 6 - Aromaterapia e Reiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Apêndice 7 - Perguntas à espiritualidade sobre o Reiki . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 08 INTRODUÇÃO Entre os anos de 2001 e 2003, na sede do centro espiritualista Encan- tos da Lua, embrião da ONG Círculo de São Francisco, na cidade de São Carlos, uma pesquisa profunda sobre as diferentes técnicas de tratamento bioenergético (passe espírita, cura prânica, cromoterapia mental, REIKI etc.) foi realizada, utilizando, entre os métodos, a espiritologia, ou seja, a História Oral com os seres incorpóreos, através do intercâmbio mediúnico. Entre os entrevistados, quatro se destacaram: Dr. Felipe (médico), Folha Verde (ín- dio), Pai Tomé (preto-velho) e Flor de Lótus (hindu). Através deste intercâmbio, sistematizamos neste livro as informações que os mesmos nos transmitiram sobre o REIKI, uma proposta de tratamento que nasceu no Japão e se espalhou pelo Ocidente através dos círculos esoté- ricos e “Nova Era”. O terapeuta é “sintonizado” na energia do REIKI através de rituais re- ligiosos, conduzidos por um mestre. Os supostos símbolos sagrados seriam as chaves para se canalizar a “energia cósmica”. Essa seria, na visão dos reikianos, a diferença entre essa técnica e as demais. Nas outras, seria a energia do tera- peuta que seria disponibilizada no atendimento e não a “energia cósmica”. Esta informação não é compartilhada pelos seres incorpóreos com os quais nos comunicamos por vias mediúnicas. Segundo eles, acontece uma união da energia cósmica (prâna ou glóbulos de vitalidade) com a energia do terapeuta (ectoplasma) e outras que são trazidas pelos espíritos socorristas e que auxiliam durante o atendimento. E isso aconteceria em qualquer prática bioenergética, uma vez que a diferença entre elas seria apenas no procedi- mento metodológico ou no ritual. Assim, na opinião desses seres, o terapeuta precisaria mudar algumas 09 atitudes para melhorar a qualidade da energia emanada, como abandonar o vício do cigarro, do álcool, de relações sexuais promiscuas etc. Para eles, o REIKI pode vir a ser um caminho democrático para quem deseja servir de forma desinteressada e tem boa vontade. Seria como o Espiritismo que, no século XIX, democratizou o acesso de qualquer um aos ensinamentos antes restritos as confrarias iniciáticas e que exigiam um aprimoramento mental e moral já elevado de seus discípulos. Porém, mesmo assim, eles não enxergam no REIKI uma profissão e desestimulam essa perspectiva. Por diversas vezes manifestaram a opinião que os símbolos servem como uma “muleta” enquanto se busca o aprimoramento mental e moral. Enfatizaram muito a importância da “reforma íntima”, que hoje chamamos de Animagogia (educação espiritual). Este seria o caminho para se aumentar o “padrão vibratório”, abandonando pensamentos e sentimentos negativos e aumentando a sintonia com os seres incorpóreos socorristas, ou que ajudam nos atendimentos. Ainda no que se refere aos símbolos, enfatizaram que o mais impor- tante era se ater aos ensinamentos morais que acompanham cada um deles e não em sua forma material. Mas não se manifestaram contra o uso de símbo- los, apenas alertaram para se tomar cuidado com o charlatanismo que pode acompanhar a prática, com o processo de patenteamento e venda de símbo- los, cobrando mais caro pelos que seriam mais “eficientes” ou “específicos” para determinadas enfermidades. Para eles, no REIKI, como em tantas outras práticas orientais, os símbolospodem ser úteis como catalisadores mentais, ou seja, servindo para facilitar e orientar a emissão de energia mental (hoje em dia chamamos essa energia de Qualitum). E para que um tratamento com REIKI seja eficiente e sem contrain- dicações, afirmaram que é necessário ao praticante 10 % de conhecimento (símbolos e posições) e 90% de Amor e Vontade de servir. E, ao contrário do que as publicações mercadológicas sobre o REIKI afirmam, que a prática seria o suprassumo da espiritualidade ou a “terapia do novo milênio”, eles afirma- vam que o REIKI seria, tão somente, o primeiro passo rumo a Deus de mais um Ser “iludido pelo ego”. Por isso, com frequência, enfatizavam: “nada con- tra aprender a manipular a energia através dos símbolos, porém, é muito mais necessário colocar em prática os ensinamentos morais que os acompanham.” Segundo nos informaram, na Antiguidade oriental os livros eram escritos em folhas de palma. Os antigos yogues e outros mestres orientais utilizavam-se, então, de um recurso mnemotécnico para transmitir os seus ensinamentos. Daí o surgimento dos símbolos ou yantras, em sânscrito. Estes, juntamente com alguns rituais, ajudavam a fomentar a devoção e a infundir a sabedoria espiritual (psicosofia) nos discípulos. Estes desenhos eram simples 10 instrumentos para que os discípulos tivessem condições de recordar e recapi- tular toda a psicosofia apreendida, funcionando como notas de aula. Para estes espíritos com os quais dialogamos, aconteceria o mesmo com cada um dos símbolos do REIKI. Eles estariam relacionados a um apren- dizado espiritual que se sustenta sobre um tripé: Amor, Pensamento elevado e vontade. E cada um dos símbolos nos apresenta um ensinamento moral que, ao ser colocado em prática, expande e espiritualiza o respectivo chakra ao qual está associado. Assim, o REIKI, como outras práticas espiritualistas, seria um “programa” de Animagogia (Educação Espiritual) e não necessaria- mente uma Terapia, pois a verdadeira cura seria espiritual. No decorrer deste livro, apresentaremos o significado moral de cada um dos símbolos, conforme aprendemos com estes seres, o chakra relacio- nado e também dois símbolos diferentes, relacionados aos chakras frontal e coronário, que aprendemos com o Dr. Felipe, mas sempre enfatizando que, para estes seres incorpóreos que entrevistamos, através da espiritologia, não é preciso saber os símbolos ou ser sintonizado por um mestre para enviar bons fluidos. Segundo afirmam, bastaria ser uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. A vontade é o que pro- duz a emissão de fluidos e não os símbolos. Estes favorecem a imaginação do terapeuta/magnetizador e sua capacidade de atenção. A primeira edição deste livro aconteceu em 2004. Nele, procuramos reunir os ensinamentos relacionados aos símbolos do Reiki de acordo com a perspectiva que nos foi apresentada. Em 2005, quando passamos a chamar a prática bioenergética utilizada na ONG Círculo de São Francisco de Terapia Vibracional Integrativa (TVI), deixamos de lado toda e qualquer preocu- pação com os símbolos. Porém, mais de 10 anos depois de o escrever, ainda recebemos mensagens de pessoas que leram o livro e gostariam de mais infor- mações. E, graças a tais pedidos, resolvemos revisar o texto e fazer uma nova edição, mais de acordo com o pensamento atual da ONG Círculo de São Francisco que, em março de 2016, completará 13 anos de existência. A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO O veículo necessário para a manipulação energética é o pensamento, que vibra em uma dimensão que vamos chamar de psicosfera. Para falar sobre este assunto precisamos, mesmo que rudimentarmente, falar um pouco sobre o Perispírito, que corresponderia ao Corpo Astral somado ao Mental Infe- 11 12 rior pelos teosofistas. Este corpo energético é o responsável pela expressão dos desejo, das emoções e dos pensamentos concretos. O perispírito seria o veículo do ego, a consciência humanizada ou “personalidade”. Ele possui um campo de energia que vamos chamar de Qualitum, partindo de um pressu- posto junguiano que afirma não ser quantizável a energia das emoções e dos pensamentos, ao contrário das energias físicas (quantum). Pelo fato da energia psíquica (emoções e pensamentos) não ser quantizável, vamos identificá-la como Qualitum, para evitar confusões com aquela que está na essência dos objetos materiais, incluindo o nosso corpo físico. Mas o importante, porém, é tomarmos consciência que o nosso Corpo Astral é o veículo para que possamos expressar nossas paixões, sentimentos, desejos e emoções. Ele serve de intermediário entre o Corpo Mental Infe- rior (ou apenas mente) e o Corpo Físico. E como dissemos, o conceito de perispírito do kardecismo engloba esses dois campos energéticos. Assim, o perispírito seria um veículo de consciência e de ação responsável pela trans- missão de vibrações, tanto do plano físico para o Espírito e vice-versa. Em outras palavras, como o Corpo Físico se limita a colher no mundo exterior as vibrações daí provenientes, estas, ao chegar ao Perispírito, são transfor- madas em sensações, emoções e formas-pensamento (ou apenas formações mentais). E apesar de serem invisíveis para nós, a emissão de pensamentos plasma uma “matéria astral”, ou seja, cria formas materiais no que chamamos de Psicosfera1. E, além disso, os nossos sentimentos (sobretudo de amor ou ódio) im- primem nessa “matéria astral” determinadas cores, variando conforme a in- tensidade do sentimento. Daí o fato da Cromoterapia ser uma técnica impor- tante e que deveria ser conhecida por todos os interessados em cura. E a cor, a forma, a nitidez e a duração da energia psíquica (emoções mais pensamento) são determinadas pela qualidade e não pela quantidade de pensamento ou de emoção, como também pela intenção e vontade de servir do terapeuta. Dentro dessa perspectiva, o que necessitamos para enviar bons flui- dos é, em primeiro lugar, aprender a controlar nossos pensamentos e nossas emoções, além de ter vontade de servir ou de se doar. E onde entram os sím- bolos do Reiki? Estes representam, como já salientado, ensinamentos morais que ajudam a pessoa a se concentrar em uma realidade superior, sagrada ou espiritual. Em suma, ajuda a pessoa a despertar, lentamente, seu lado espiri- 1 - Sobre as multidimensões existenciais (biosfera, psicosfera, noosfera e cristos- fera) sugerimos ao leitor interessado um outro caderno dessa coleção: “Animagogia - educação espiritual para um mundo em regeneração”. tual adormecido. Assim, cada símbolo está relacionado a um chakra e a sua respectiva energia, pois, apesar do prâna ser uno, manifesta-se em sete varie- dades principais e com funções psíquicas diferentes. A nossa dificuldades para compreender as dimensões além da biosfera faz com que as diferentes culturas se utilizem de uma linguagem simbólica. E elas criam determinados objetos ou símbolos que são catalisadores para facilitar e orientar a emissão de energia psíquica. Com o REIKI acontece o mesmo. Devemos sempre ressaltar que o pensamento dinâmico pode criar energia “positiva” ou “negativa” de acordo com a qualidade dos pensamentos e das emoções. E, durante vários anos de prática do REIKI, observamos “acidentes” que acontecem quando o praticante traça corretamente o símbolo, mas fica emitindo pensamentos negativos ou se encontra descontrolado emocional- mente devido a algum problema pessoal. Tais “acidentes” demonstram que o terapeuta não é apenas um “canal” e que sua energia não atrapalha o proces- so. Em suma, a energia emitida durante um tratamento com o REIKI é a mes- ma energia estudada e classificada como “força ódica”, por Reinchenbach, ou “energia bioplásmica” ou “psicotrônica”, segundo vários cientistas da antiga União Soviética e da Tchescolovaquia. E, desde a Antiguidade, sabe-se que essa energia pode ser transferida de indivíduo para indivíduo, pela imposi- ção das mãos ou a distância, através da vontade, da oração sincerae pura ou do pensamento elevado. Ou seja, não se trata de uma energia específica só acessada pela pessoa que foi sintonizada nos símbolos do REIKI. Enfim, não basta ser sintonizada, é necessário vivenciar um processo de Animagogia (educação espiritual) transformando-se de dentro para fora e despertando os atributos do Espírito adormecidos para o processo de encarnação acontecer. Através da vontade sincera é possível emitir uma ou outra qualidade de prâna, de acordo com a finalidade a que nos propomos. Uma pessoa que não saiba os símbolos ou não foi “sintonizada” por um “mestre” pode ser ca- paz de enviar fluidos balsâmicos para um enfermo se for uma pessoa de puros pensamentos e desejar beneficiar, desinteressadamente, o próximo. Como é a vontade e o pensamento que produzem a emissão de energia e não os símbo- los, ser um reikiano com certificado, linhagem etc. não garante a qualidade (Qualitum)das vibrações emitidas. Os símbolos favorecem a imaginação e a concentração em uma reali- dade superior. E está aumentando a quantidade de reikianos que percebem, na prática, que é necessário se concentrar para enviar REIKI; que é neces- sário elevar o pensamento em uma realidade superior, mudar hábitos etc. O simples ato mecânico de traçar um determinado símbolo não é suficiente se faltar a vontade e o desejo de enviar bons fluidos para algum enfermo. Por 13 mais redundante que possa parecer, o papel do símbolo está em sua dimensão simbólica, ou seja, em representar um ensinamento de cunho moral capaz de elevar o padrão vibratório de cada praticante. Os símbolos servem, em suma, para disciplinar o pensamento e a vontade. A “onda mental” emitida pelo pensamento terá uma frequência vibratória maior, além de alcance e duração mais intensos, conforme o pensamento se torna elevado e altruístico. Além disso, pela Lei numinosa da Afinidade, bons pensamentos atraem pensamen- tos afins, seja de encarnados ou de desencarnados. O mesmo acontece com os maus pensamentos. É por isso que não basta traçar um símbolo e não se concentrar em uma realidade superior. Quem aplica REIKI em locais de baixa vibração, ou consome drogas, cigarros e bebidas alcoólicas, corre sérios riscos de intoxicar seus pacientes com fluidos enfermiços. Muitos “mestres” de REIKI desconhe- cendo as realidades astrais mais sutis, afirmam que seus pacientes estão tendo uma “crise de cura” quando passam mal, vomitam, ficam com fortes dores de cabeça etc. Em nenhum momento reconhecem que foi a péssima energia enviada que causou tais transtornos ao paciente, pois acreditam que estão apenas canalizando a “energia cósmica”. Vamos abordar, em seguida, como cada símbolo está relacionado a um ensinamento moral que, ao ser vivido pelo praticante, vivifica um de- terminado chakra. Esse processo, se bem orientado pelo “mestre”, fará com que o reikiano passe do plano mais grosseiro ao mais sutil, aumentando sua capacidade psíquica e noética, além de intensificar seu poder curativo. Em suma, não basta aprender a forma dos símbolos ou ser “sintonizado” por um “mestre”, é necessário fazer a “reforma íntima” (animagogia) proposta pela psicosofia (sabedoria espiritual) que acompanha cada um dos símbolos. O QUE SÃO OS CHAKRAS? Trata-se de campos de energia localizados no que a teosofia chama de “duplo etérico”, e que liga o corpo físico (que vibra na biosfera) ao corpo astral (que vibra na psicosfera). E os chakras possuem diversas funções. Entre elas, a mais importante, é a de produzir distintas atividades psíquicas. Ou seja, como cada chakra possui uma vibração específica, ele se comporta como se fosse a antena receptora de um arquétipo. O arquétipo é uma força universal. Segundo Jung, não temos aces- so aos arquétipos, e sim às imagens arquetípicas. Aqui vamos identificá-las 14 como forças noéticas que estão na base das funções psíquicas. Enquanto não surgir um termo mais adequado, chamamos essa energia de Conceitum, pois se trata de uma força abstrata que expressa a qualidade do arquétipo e que está por trás de toda criação humana, seja na ciência, na arte, na filosofia, na religião ou em qualquer outro setor de atividade humana. Essa energia que chamamos de Conceitum forma os regimes de imagens e as estruturas do imaginário, que Gilbert Durand classificou de regime diurno e noturno de imagens e nas estruturas heroicas, místicas e dramáticas. Para quem tem mais familiaridade com a linguagem junguiana, po- demos dizer que esses dois regimes estão relacionados diretamente aos dois principais arquétipos: o animus (diurno) e a anima (noturno). E como cada chakra está relacionado a uma vibração cósmica (relacio- nada à psicosfera, à noosfera ou à dimensão espiritual), e sendo sete os mais importantes, cada um deles pode ser identificado, em cada cultura humana, a uma imagem arquetípica. Vamos exemplificar com a Umbanda. Cada chakra possui uma força, que chamamos aqui de Conceitum, e que vai se identificar com um Orixá. Apesar do sincretismo religioso associar os Orixás aos santos católicos ou a seres espirituais que não encarnam, ao pensarmos neles enquanto ima- gens arquetípicas, podemos compreender porque cada Orixá possui atributos psíquicos e comportamentais singulares, mas que são universais, ou seja, são encontrados também na mitologia de outros povos, por exemplo, nos mitos gregos, que também personificam estas forças macrocósmicas (Conceitum). Compreendendo que os Orixás não são espíritos e por isso não encar- nam e nem “incorporam”, mas que são princípios vibratórios (Conceitum) que regem o Cosmo, cada um dos sete chakras principais funciona como uma antena receptora que capta tais vibrações macrocósmicas. Todas elas nos in- fluenciam, mas, de acordo com o momento existencial e cármico de cada pessoa, uma vibração ou outra poderá estar mais ativa, o que nos leva a dizer que determinada pessoa é “filha” deste ou daquele Orixá, pois um vetor se encontra mais dinamizado do que os demais. Essa perspectiva nos leva a pensar de forma oposta a de algumas pu- blicações esotéricas que afirmam que uma pessoa é promiscua por possuir, por exemplo, o chakra básico expandido ou “aberto”. Ao contrário, em nossa perspectiva, é a pessoa promíscua que vai desregular seu centro sexual. Afirmar, por exemplo, que a pessoa que possui o seu chakra básico regulado age com reserva e discernimento é inverter o processo. É preciso desinverter o processo para que o Espírito assuma sua responsabilidade. Ou seja, o correto seria dizer que a pessoa que age com reserva e discernimento mantém o chakra básico regulado. 15 São nossas intenções, pensamentos, emoções, atitudes etc. que distor- cem ou deformam os chakras, que adquirem, segundo os videntes, uma cor cinza que os impedem de funcionar perfeitamente, alterando profundamente sua produção psíquica. E aqui tem início uma relação recursiva e de retro-alimentação. Em ou- tras palavras, um chakra desequilibrado estimulará muito mais pensamentos negativos e sentimentos inferiores, formando um ciclo vicioso que, em muitos casos, somente com uma intervenção externa a pessoa consegue dele escapar. Porém, como já salientamos, cada um dos chakras está associado, na Umbanda, a um determinado Orixá. E o mesmo acontece com o REIKI, for- mado por pelo menos sete símbolos, cada um relacionado a um chakra e que estão relacionados ao lento, mas fundamental processo de despertar espiritu- al do ser humanizado, que vai do “fogo kundalínico” (adormecido no chakra básico) à integração cósmica (expansão do chakra coronário), passando pelos demais chakras. Em suma, a Animagogia do REIKI é a de fazer com que o Kundalini que se encontra latente no chakra básico dos seres humanizados comuns desperte lentamente através de um constante aprimoramento moral, estimulando a vontade de praticar o Bem (altruísmo). O verdadeiro Mestre não inicia ou sintoniza ninguém, apenas orienta e vigia seu discípulo no processo de atuali- zação dessa energia, enfatizandosempre a dimensão moral e a prática da be- nevolência e do amor universal para que tal energia não seja mal canalizada, pois todos colhem o que semeiam. Veremos, a seguir, cada um destes chakras. O CHAKRA BÁSICO Conhecido no Oriente como Muladhara (alicerce), possui sua simbolo- gia associada ao elemento Terra. Costuma ser representado na cor vermelha e é associado à nota musical C (dó). Seu funcionamento está relacionado aos padrões ou aos instintos de sobrevivência, tanto mental, físico ou emocional. Os medos, sobretudo o da morte, podem desregulá-lo. Devido ao paradoxo vivido entre os estímulos eróticos vendidos pela mídia em geral e o puritanis- mo das religiões cristãs, a maioria das pessoas, no Ocidente, possui bloqueios neste chakra. Tais bloqueios refletem em enfermidades somatizadas na região genital ou mesmo nos pés e nas pernas. Emocionalmente, tais bloqueios po- dem levar também ao fanatismo religioso, manifesto quase sempre de forma violenta e raivosa, devido à frustração sexual. Os verdadeiros “santos” não 16 eram frustrados sexualmente, mas como já haviam sublimado seus impulsos “inferiores”, não se manifestavam com violência. Como exemplo, podemos citar Jesus, São Francisco de Assis ou Gandhi. Este chakra se localiza na base da coluna e é responsável pela energização de todo o corpo físico. Ele controla também o funcionamento das glândulas supra-renais. Quando o chakra básico se encontra saudável, a pessoa se assemelha a uma árvore que possui raízes sólidas, capazes de a sustentar para que possa alcançar as esferas superiores. O CHAKRA UMBILICAL Conhecido no Oriente como Svaddhisthana (a morada), está associado simbolicamente ao elemento Água. Costuma ser representado na cor laranja e é associado à nota D (ré). Seu funcionamento está relacionado diretamen- te com a nossa identificação com o corpo físico e com a polarização sexual. Quando em desarmonia, a causa pode ter sido o medo, a insegurança, ou o desejo sexual excessivo. Este chakra controla a energia dos órgãos sexuais e da bexiga. A pessoa que participa dos jogos sociais sem ansiedade ou cujas res- postas são, emocional e fisicamente, estruturadas e estáveis, com o estabele- cimento de relações sociais saudáveis, longe, portanto, da histeria emocional, tende a ter esse chakra equilibrado. *** É impossível listar ou fazer uma relação rigorosa dos problemas que surgem com o desequilíbrio nestes dois chakras. Em cada pessoa o processo de desequilíbrio será diferente, devendo se levar em consideração o carma e o estilo de vida adotado na atual encarnação. Mas, em linhas gerais, podemos afirmar que o equilíbrio energético nesses dois chakras auxilia o corpo físico a se tornar firme e estável e sem problemas nas articulações. Diminui a inci- dência de problemas de pele, tornando-a brilhante. Por outro lado, em desequilíbrio (falta de energia ou estagnada), podem ocasionar problemas psicossomáticos diversos, tais como: Avidez e descontrole sexual, masculinização da mulher, dificuldades de raciocínio, sexo sem afetividade, depressão, somatização de doenças ligadas aos ovários (como também na próstata, intestinos, rins, bexiga e pernas), indigestão, per- da da memória, diminuição da sensibilidade corporal. Frequentemente, os pensamentos, sentimentos e atitudes (intenção) que colaboram para o desequilíbrio nesses dois chakras são, entre outros: A tendência a guardar mágoas e ódios, a dificuldade ou medo de tomar de- 17 cisões ou executar tarefas, fugir dos compromissos, dificuldade em aceitar mudanças (sobretudo de ordem moral), o conservadorismo religioso, pavor de novidades (defesa intransigente de “purezas” doutrinárias ou ideológicas que levam ao fanatismo), teimosia, possessividade, ciúme, etc. *** O PLEXO SOLAR Conhecido no Oriente como Manipura (o centro). Está associado sim- bolicamente ao elemento Fogo. Costuma ser representado na cor amarela e é associado à nota musical E (mi). Este chakra sofre as consequências das emoções mais intensas, tais como a raiva, a frustração, a preocupação, a excitação etc. O reequilíbrio deste chakra passa, necessariamente, pela aprendizagem espiritual, ou seja, pela aquisição do senso de responsabilidade e pelo aperfeiçoamento moral. Ele está relacionado diretamente ao funcionamento do pâncreas, do fígado, do estômago, do intestino grosso, do diafragma e de parte do intestino delgado. O coração também pode ser afetado por este chakra. Ele é considerado o centro porque é o locus de compensação energética, uma vez que boa parte da energia (prâna) proveniente dos chakras inferiores passa por ele antes de atingir os superiores e vice-versa. Ao energizar este chakra, todo o corpo costuma ser fortalecido. Vários exercícios de meditação em movimento que aprendemos com a espiritualidade terminam com o praticante impondo as mãos sobre ele. O plexo solar permanece em equilíbrio quando a pessoa consegue diri- gir o ego com firmeza e gentileza. E pode se desequilibrar com o intelectualis- mo estéreo (muito mais associado ao “conhecimento” do que à “sabedoria”), como o encontrado, frequentemente, nas Universidades; e com a postura excessivamente crítica, punitiva e/ou vingativa etc. O CHAKRA CARDÍACO Conhecido no Oriente como Anahata (o que não soa), tem sua simbo- logia relacionada ao elemento Ar. Costuma ser representado na cor verde e é associado à nota musical F (fá). Este chakra está relacionado, sobretudo, com 18 a harmonização e integração das nossas “sombras”, no sentido junguiano. O aprendizado necessário para o harmonizar está relacionado com a resignação diante das perdas e com a vivência da compaixão. Este chakra está relacionado diretamente ao coração, aos pulmões e ao timo, glândula relacionada ao nosso sistema imunológico. Permanece em equilibro em pessoas que manifestam vontade (entusiasmo) de viver, alegria e força (capacidade de suportar a dor) diante das vicissitudes e que mantém relação amorosa com as pessoas e com o mundo circundante. A pessoa capaz de manifestar o amor incondicional, a compaixão e é altruísta, capaz de libertar-se do pensamento dualista e dos apegos, costuma ter esse chakra bem expandido. Quando se encontra em equilíbrio, o chakra cardíaco é capaz de integrar as forças inferiores dos chakras já descritos com os superiores, que veremos adiante. *** Integrado em equilíbrio ao plexo solar, estimula o bom funcionamento dos sistemas endócrinos, favorecendo a absorção de proteínas, sais minerais e de vitaminas pelo corpo físico; harmoniza também as ondas cerebrais, favore- cendo a memória. Porém, quando ambos se encontram em desequilíbrio, obs- curecem a emoção, causam entorpecimento intelectual, agitação, mudança brusca de humor, enfraquecimento da memória. Podem gerar problemas nos pulmões e no coração, aumentando a tendência a osteoporose (sobretudo em mulheres) e o enfraquecimento do sistema imunológico. Sentimentos e atitudes (intenções) que atrapalham o bom funciona- mento destes dois chakras costumam ser: o orgulho, a agressividade, o egoís- mo, a ambição, o desejo de mudança pela mudança, o radicalismo político ou religioso, o fanatismo, a tendência em julgar de forma parcial ou apaixonada, a tendência ao conflito etc. Para harmonizar e mantê-los em equilíbrio deve- mos buscar o autoconhecimento, evitando, sobretudo, o excesso de instabili- dade emocional. Praticar meditação ou buscar se concentrar em um objetivo de cada vez também favorece ajuda a reequilibrá-los. *** O CHAKRA LARÍNGEO Conhecido no Oriente como Vishvdha (limpeza), possui sua simbolo- gia associada ao elemento éter. Costuma ser representado pela cor azul e é associado à nota G (sol). A comunicação, a criatividade e a clariaudiência 19 20 são seus “temas” principais. O aprendizado necessário para o seu bom fun- cionamento está em expressar com segurança as emoções e os pensamentos. Este chakra controla o funcionamento das glândulas tireóides e paratireóides e também a garganta,os brônquios, os pulmões, a faringe e os ouvidos. Esta relacionado com a nossa expressão verbal e vocal, com a comunicação e com os mecanismos da clariaudiência. O CHAKRA FRONTAL Na verdade existem dois chakras muito próximos: o frontal (na testa) e o “terceiro olho” (entre as sobrancelhas). Neste livro, por razões didáticas, trataremos como se fossem apenas um. É conhecido no Oriente como Ajna (o comando) e não está associado a nenhum elemento, mas, sobretudo, à du- alidade primordial. Costuma ser representado na cor índigo ou violeta e está associado à nota A (lá). Está relacionado diretamente à mente não racio- nal (intuição) e a clarividência. Ele favorece, diretamente, o funcionamento da glândula pituitária, da pineal, o do sistema nervoso e, de certa forma, do cérebro. Costuma ser chamado de “chakra mestre”, uma vez que dirige e controla os demais chakras e as glândulas endócrinas correspondentes. Este chakra também está relacionado aos olhos e ao nariz. Equilibrado favorece a integração dos dois hemisférios cerebrais, além de estimular a hipófise e o sistema endócrino. *** Os chakras laríngeo e frontal permanecem equilibrados em pessoas que manifestam, diante da vida, alegria, comedimento, gestos delicados e harmo- niosos, que realizam julgamentos moderados, inteligentes e racionais. Porém, quando se encontram em desequilíbrio, favorecem a queda de cabelo, o odor ocre na cabeça, boca e axilas. Com frequência, o que os desequilibram são as atitudes de agressividade e os julgamentos contundentes, a histeria, o egocen- trismo intelectual, a esquizoidia, a personalidade paranóide e o abstracionismo excessivo. E a consequência desse processo pode ser, entre outras coisas, a fuga da realidade material, a inflamação da garganta e a sonolência constante. Os sentimentos e valores que costumam gerar desequilíbrios nestes chakras são, fundamentalmente, o orgulho, a prepotência e o materialismo. O CHAKRA CORONÁRIO Conhecido no Oriente como Sahasrara (mil pétalas). Não tem sua sim- bologia relacionada com nenhum elemento, mas encontra-se diretamente re- lacionado ao mundo transcendental. Costuma ser representado na cor branca ou dourada e é associada à nota B (si). Este chakra nos conecta à consciência cósmica ou crística. Está relacionado também ao cérebro e à glândula pineal. Como quadro geral, podemos fazer a seguinte associação resumida: Muladhara (básico). Localizado próximo ao cóccix (área do períneo). Relacionado aos órgãos sexuais, aos testículos, aos ovários, à bexiga, ao reto, ao ânus etc. Svaddhisthana (umbilical). Localizado entre a sacral e a 5a lombar (área dos órgãos sexuais). Relacionado aos rins, ao intestino grosso, à vesícu- la seminal, ao útero etc. Manipura (plexo solar). Localizado entre a 8a e a 12a dorsal (área do estômago). Relacionado ao fígado, ao estômago, ao baço, ao duodeno, ao intestino delgado, ao pâncreas etc. Anáhata (cardíaco). Localizado entre a 4a e a 6a dorsal (área do cora- ção). Relacionado ao coração, aos pulmões, à traquéia, ao esôfago etc. Vishuddha (laríngeo). Localizado entre a 3a e 5a cervical (região da garganta). Relacionado à tiróide, às amígdalas, às glândulas salivares, aos ou- vidos etc. Ájna (frontal). Localizado entre a 2a e 3a cervical (entre os olhos). Relacionado ao cérebro, à hipófise, ao cerebelo, ao bulbo etc. Saháshara (coronário). Localizado entre a 1a e 2a cervical (região hi- pofisiária - coroa da cabeça). Relacionado ao cérebro, à pineal etc. E as lições morais que devemos aprender em cada chakra são, respec- tivamente: 1 - A Pureza. O chakra básico, por trata-se de um chakra físico, tem o seu aprendizado relacionado com a responsabilidade pelo uso e cuidado com o mundo material e com o corpo físico, superando a intolerância, os instintos, o egocentrismo... 2 - O uso correto dos sentimentos e emoções. O chakra umbilicar é um chakra emocional e, portanto, relacionado com a construção de uma Identidade pessoal e social saudável e emocionalmente equilibrada, no qual sentimentos como o ciúme e a inveja possam ser superados, assim como a possessividade, a cobiça e os medos intensos ou inconscientes. 3 - O uso do poder pessoal. Aprender a cooperar e liderar é o ensina- mento relacionado ao plexo solar. Este é o chakra da razão, daí o seu apren- 21 dizado estar simbolizado na expressão “Liberdade com Responsabilidade”, superando sentimentos de arrogância, falta de humildade, fervor religioso ou ideológico ou a racionalidade excessiva. 4 - A tolerância e o discernimento. A lição do chakra cardíaco é a crença na Justiça divina e a vivência do Amor Incondicional que não espera nada em troca. É o chakra da confiança, da amizade, da tolerância e da flexi- bilidade. O altruísmo é o melhor caminho para expandi-lo. 5 - O valor da criatividade, da vontade de se transformar e do en- sinar. A lição do chakra laríngeo está em perceber o Infinito. É o chakra da imaginação criativa e da alteridade. Para expandi-lo é preciso superar a fal- ta de comunicação interior e exterior, deixar de se importar com a opinião alheia, não ser duro ou insensível com aqueles que pensam e agem de forma diferente e buscar, através da Fé plena, a Verdade e a Luz que ilumina. 6 - A inteligência (em outras palavras, a Sabedoria e não, necessaria- mente, o Conhecimento). Aprender a projetar corretamente a mente para as formas superiores é o ensinamento do chakra frontal. Trata-se do chakra da comunhão ou da integração (religare). Para expandi-lo é preciso trabalhar nossa própria “sombra”, ou seja, nossa irracional necessidade de julgar e punir o outro, culpar alguém, criar bodes expiatórios. Agir, ver e falar com simplici- dade ilumina e expande esse chakra. 7 - Despertar o relacionamento com Deus. Trata-se da transmutação física, da busca por uma unidade cósmica o papel do chakra coronário. É o chakra da transmutação e da humildade sem ostentação. Ao se expandir a pessoa desperta os atributos espirituais na vida cotidiana e deixa de necessitar de “muletas”, sejam elas doutrinas, símbolos, rituais etc. A plenitude do Ser é alcançada quando este chakra se expande. *** Para se expandir ou iluminar cada um destes chakras temos um ver- dadeiro roteiro iniciático ou sete estágios para serem superados. Os símbolos do REIKI, assim como os Orixás da Umbanda, o Kundalini-Yoga ou qual- quer outro conhecimento esotérico são caminhos diferentes para se atingir o mesmo fim: despertar o Homo spiritualis que somos, libertando-nos da ilusão materialista e conduzir nossa existência material com segurança para a pleni- tude e realização das nossas provas e expiações, voluntariamente escolhidas antes da encarnação. 22 COMO FUNCIONA O REIKI O REIKI, assim como as demais técnicas psicoterapêuticas de imposi- ção das mãos, é um tratamento bioenergético e psíquico,mas também espiri- tual. Quatro tipos de energia são envolvidas em seu processo: a bioenergética (que corresponderia ao ectoplasma e que podemos identificá-la com o quan- tum), a psíquica (entendendo o termo psique como representando a mente e as emoções, logo, a energia qualitum) e o espírito (sede da consciência e dos sentimentos, que se manifesta através do Self - si-mesmo -, mas que está além dele, e representa a energia que identificamos com o termo conceitum, proveniente da dimensão noética, e a divinum, a energia espiritual mais pura, ou seja o amor). Porém, o REIKI, e nenhuma outra técnica similar, cura a causa da enfermidade. Esta deve ser “curada” com a “reforma íntima” (processo de animagogia), o que somente acontece com a mudança de sentimentos, pen- samentos e atitudes consideradas negativas. O REIKI, e as demais terapias, aliviam a carga vibracional deletéria que se encontra plasmada em nosso corpo físico e na psicosfera (que corresponde ao campo dos pensamentos e das emoções, uma vez que, as demais dimensões existenciais, a noosfera e a espiritual, propriamente dita, ou crística, não adoecem). Hojetemos muitas evidências da ação dos pensamentos, das emoções e das atitudes (intenções) como fatores de equilíbrio ou desequilíbrio da nos- sa constituição física. Portanto, para curar uma enfermidade já manifesta no corpo físico, deve-se ir à causa. O REIKI trata o que chamaremos de “sin- tomas primários”, mas continuam sendo sintomas e não a causa. Em outras palavras, uma mente descontrolada pode emitir fluido deletério que irá se concentrar no corpo energético (perispírito). Para ser drenado, chegará ao corpo físico podendo se constituir em alguma enfermidade catalogada pela medicina. É quando esse processo acontece que ela será tratada como uma “doença”. Mas, em uma perspectiva mais ampla e complexa, ao atingir o cor- po físico, a “doença” seria o “sintoma secundário” de uma enfermidade que está na alma. Em essência, não existem doenças; existem doentes. Por isso, a energia psíquica, que identificamos como qualitum, ao dese- quilibrar o perispírito (lembrando sempre que este conceito engloba o corpo astral e o mental inferior da teosofia), coloca-nos diante de um “sintoma primário”. É nesse nível que o REIKI pode melhor atuar, ajudando a eliminar essa toxidade energética sem que ela cause maiores prejuízos ao veiculo físi- co. Porém, o controle dos pensamentos e das emoções que geraram tal carga energética deletéria não está ao alcance do REIKI. É o próprio enfermo quem 23 deve fazer as transformações interiores necessárias, seja através do perdão, ou de outra mudança interior necessária. É por isso que a participação ativa do enfermo é sempre fundamental para que se possa obter a verdadeira “cura”. Normalmente, a pessoa que paga para receber REIKI ou outra técnica similar, joga a responsabilidade pela cura nas costas do terapeuta. É mais fácil pagar para alguém o tratar do que se esforçar para se transformar interior- mente. E como já foi salientado, não é o símbolo quem cura, não importando o valor que se pague por ele, mas o seu ensinamento possui uma lógica “ini- ciática” que favorece o autoconhecimento. Em outras palavras, os símbolos permitem que a pessoa se abra às realidades mais sublimes e, dessa forma, ative energias antes estagnadas ou adormecidas em seu corpo energético, que vibra em outra dimensão que chamamos de psicosfera. E como já apresen- tamos, o chakra básico está ligado à sobrevivência. E, normalmente, a pes- soa que se encontra deprimida ou com ideias suicidas possui este chakra sem energia ou desvitalizado. Pessoas insensíveis ou sem contato com a realidade material também. Por outro lado, pessoas violentas costumam ter o chakra umbilical superativado. O plexo solar costuma ser afetado, tornando-se supe- rativado por emoções ditas “inferiores”: ira, ódio, ressentimento, ansiedade, medo, egoísmo, etc. Por outro lado, costumam estar em harmonia em pessoas que sabem lidar com a coragem, a perseverança e o desejo de vencer. O chakra cardíaco permanece harmonizado em pessoas que manifes- tam os sentimentos mais elevados, tais como a serenidade, a paz, a bondade, a gentileza, a ternura, a prudência, a paciência, o perdão etc. E o chakra larín- geo funciona em harmonia em pessoas que se relacionam de forma sadia com o estudo, a arte, o planejamento etc. Ele favorece nossa capacidade mental concreta, mas pode ser utilizado para a criatividade superior/espiritual que vibra na dimensão por nós chamada de noética. Por sua vez, o chakra frontal relaciona-se à capacidade mental superior, integrando o ego com a consciência do si-mesmo (Self) e o chakra da coroa (coronário), vincula-se com a dimensão espiritual propriamente dita, que se encontra para alem do raciocínio dedutivo ou indutivo (psicosfera) e do ima- ginário (noosfera). Os chakras, portanto, além de centros de energia, são sedes de funções psicológicas e, portanto, nossas atitudes, pensamentos ou sentimentos podem produzir energias (vibrações) que favorecem ou dificultam seu funcionamen- to saudável. Nossos pensamentos e emoções são capazes de nos afetar como afetar outras pessoas, encarnadas ou não. Quantas pessoas morrem de medo de macumba e de feitiços, mas se esquecem da fonte de tudo isso: o pensa- mento e as emoções (a energia qualitum). A inveja, por exemplo, pode causar mais estragos em uma pessoa do que um trabalho de macumba em uma es- 24 quina, quando o macumbeiro se concentra mais na forma do ritual do que na intenção desejada. Nossa mente é uma grande “usina atômica” que pode ser utilizada para o Bem como para o Mal. A origem das enfermidades é um sistema complexo. Porém, ele pode ser esquematizado da seguinte maneira. Por exemplo, uma experiência trau- mática pode gerar pensamentos de medo, insegurança e desespero que, com o tempo, podem paralisar alguns chakras, levando a pessoa à depressão, à ansiedade etc. Estas enfermidades emocionais podem estimular outras en- fermidades físicas que passam a gerar novos pensamentos negativos, em uma roda que parece não ter fim. Daí a importância dos ensinamentos morais que cada símbolo do REI- KI traduz, uma vez que procuram indicar um caminho possível para superar esse ciclo doentio. Quando o REIKI passa a ser difundido apenas como mais uma terapia exterior, perde completamente o seu sentido profundo. Devemos nos lembrar que os verdadeiros mestres da Meditação, do Yoga e de outras práticas espiritualistas orientais ensinam que todas estas atividades devem ser precedidas por uma rigorosa preparação que inclui o estudo moral e o altru- ísmo. Sem esta base espiritual, tais práticas podem resultar em experiências desagradáveis. O mesmo acontece com o REIKI. O ENSINAMENTO MORAL DE CADA UM DOS SÍMBOLOS DO REIKI Os símbolos do REIKI não são necessários para se enviar energia. Na verdade, o papel dos símbolos é o de estimular a meditação. No Oriente, os símbolos são muito disseminados com esse objetivo. Trata-se de uma forma de concentrar o pensamento em uma realidade maior, transcendental. As- sim, o mais importante é o conteúdo que o símbolo tenta nos transmitir e não sua forma exterior, como costuma se enfatizar em vários cursos de REIKI. Mas importante do que a forma gráfica do símbolo é a boa vontade e o desejo real e sincero de ajudar alguém. Nada adianta, por exemplo, traçar o símbolo e, durante a sessão, passar o tempo pensando: “tenho que acabar logo essa sessão. Preciso ir ao banco. Está na hora de buscar as crianças na escola, levar o cachorro no veterinário...” etc. O símbolo é impotente diante de nosso pensamento. É esse que deve ser vigiado e valorizado e não a forma do símbolo. Muitos se preocupam se 25 estão desenhando corretamente o símbolo. Discutem se a energia irá até o enfermo se ele errar a forma de o desenhar. Todas essas preocupações são desnecessárias. Aliás, se compararmos livros e apostilas de REIKI, de dife- rentes mestres, veremos que os símbolos, apesar de terem os mesmos nomes, costumam ser diferentes na forma. Além disso, há um livro chamado Reiki Essencial, cuja autora nos informa que “sintonizava” outros reikianos sem ser ainda “mestre”. Ou seja, será que é necessário, realmente, ser sintonizado por um “mestre”? Essencialmente, os símbolos compõem uma “viagem arquetípica”. Eles podem ser estudados a partir da perspectiva junguiana (processo de individu- ação), ou para se alcançar a Iluminação Budista ou a Salvação dos Cristãos. Trata-se de uma viagem interior que visa ao próprio aprimoramento moral e intelectual do praticante. Como todo processo iniciático, os símbolos pos- suem uma psicosofia que estimula as mudanças internas (a animagogia), pois estas precipitam mudanças exteriores em nossas vidas. Recursivamente, estas impulsionam novas mudanças internas. Esse fluxo contínuo é o objetivo do REIKI, consequentemente, o aprimoramento espiritual para que possamos alcançar o estado de Buda (iluminação). Dentro dessa perspectiva, cada símbolo procura transmitir ou evocar experiências de vida pertencentes à condição humana com o objetivode al- cançarmos a Iluminação e a libertação do samsara (roda das encarnações). Podemos até dizer que cada símbolo está associado a um “rito de passagem”. Eles sugerem provas dinâmicas que mexem profundamente em nossa Psique, ajudando-nos em nossa tomada de consciência a respeito destes padrões ar- quetípicos ou correntes energéticas (vibracionais) que atuam diuturnamente em nossas vidas. Assim, nosso foco deve se centrar no ensinamento moral que cada um possui. Colocá-los em prática em nosso dia-a-dia é o que real- mente importa. Abordaremos cada um dos símbolos. Não vamos reproduzir os desenhos, uma vez que, atualmente, todos eles se encontram difundidos na internet. Apenas os dois últimos, transmitidos pelo espírito que se identi- ficou como dr. Felipe, vamos desenhá-los. CHO-KU-REI - Simboliza o início da caminhada espiritual. Trata- se do momento em que a ilusão de Maya se desfaz e o discípulo descobre a existência do mundo espiritual. Advém, daí, a consciência de que a vida não se restringe ao corpo físico. Assim, temos a pessoa dando o seu primeiro passo rumo à libertação espiritual. Ele representa a “saída da caverna” ou das trevas. Esse despertar pode ser chamado de um renascimento (consciência de que existe a vida espiritual). Mas de que adianta descobrir a existência do mundo espiritual se não nos transformarmos interiormente? SEI-HE-KI - Simboliza o início da purificação espiritual e a tomada 26 de consciência de que tal purificação só se processa por meio do amor uni- versal, ou seja, da doação desinteressada. No símbolo anterior, o discípulo foi impelido para o desconhecido (mundo espiritual), mas ainda falta o impulso para a mudança interior. Sem esta, a viagem espiritual pode ser perigosa. Sem mudanças morais, a jornada pode deixar de ser celestial e se transformar em uma viagem sombria e tenebrosa. É por isso que as verdadeiras escolas de meditação costumam ensinar que antes de se partir para a prática, o iniciante deve se envolver com atividades altruístas e com estudos morais. É preciso antes aumentar nosso padrão vibratório e nos conectarmos com as consciên- cias incorpóreas mais elevadas. Este símbolo trata também da sabedoria de que poucos estão prepara- dos para atingir a Iluminação (o estado de Buda) ou a salvação dos Cristãos, justamente porque se esquecem de praticar atividades altruístas desinteres- sadas. Na mentalidade cristã temos a parábola da “porta estreita” que seria similar ao ensinamento deste símbolo. Ou seja, é somente através da prática do amor universal que nos libertamos. Não é, necessariamente, a verdade ou as religiões que libertam. Toma-se consciência, portanto, da existência da ambiguidade espiritual, ou seja, que a Luz e as Trevas existem e que, o iniciante, está de frente a uma encruzilhada precisando decidir qual caminho deseja seguir. Se optar pelo caminho da Luz necessitará praticar o amor universal, a doação desinteressada. É preciso, portanto, ter o autocontrole das emoções, não ser impulsivo ou desesperado. HON-SHA-ZE-SHO-NEM - Simboliza, finalmente, a tomada de consciência de que somos os únicos responsáveis pela nossa felicidade ou sofrimento. Este símbolo representa a Lei do Carma e o caminho para superar o samsara (a roda da encarnação). A homologia com a mentalidade Cristã pode ser encontrada em Paulo, quando afirma que “cada um colherá o que semear”. O iniciante descobre que somos governados pelo livre arbítrio e que, quanto maior o conhecimento, maior a responsabilidade. DAI-KO-MYO - Trata-se da Iluminação propriamente dita. Repre- senta a unificação com o Cosmos e a dedicação à vida espiritual através do Amor universal. Sua simbologia aponta para a necessidade de orar e vigiar (os pensamentos, os sentimentos e as atitudes), visando à caridade (cristia- nismo) ou à compaixão (budismo), sempre de forma desinteressada. O sím- bolo está relacionado, também, às mudanças de pensamentos, sentimentos e atitudes para que o próximo não seja prejudicado, livrando-nos de novos carmas negativos e para que possamos servir com devoção. RAKU - É considerado o símbolo do “mestre” ou do Bodhissattva. Este símbolo representa que o verdadeiro Mestre é aquele que, após ter aprendido 27 o caminho, volta ao mundo profano para ensiná-lo, desinteressadamente, para outras pessoas. Representa, portanto, a necessidade de ajudar o próximo a alcançar também a iluminação. Em outras palavras, “ensinar a pescar, ao invés de apenas dar o peixe”. Em suma, sua psicosofia nos ensina que o Espí- rito não envelhece, apenas adquire novas responsabilidades. Estes cinco símbolos representam, na tradição oriental, os cinco ele- mentos: Terra, Água, Fogo, Ar e Éter, respectivamente. Como já dizia Eins- tein, a imaginação é mais importante que o conhecimento e, os símbolos, no Oriente, tinham como objetivo ajudar no processo de treinamento da mente, através de visualizações complexas e concentração. Os símbolos, também chamados de Yantras, favorecem o controle mental e a capacidade de criar imagens mentais e alcançar verdadeiros estados ampliados de consciência. Conforme o iniciado medita no primeiro símbolo e incorpora em sua vida o ensinamento moral que ele traz, ele vai, gradativamente, deixando de emitir fluidos deletérios para o seu corpo físico, pois passa a se concentrar em realidades superiores. Por sua vez, o ensinamento do segundo símbolo está ligado ao controle das emoções e, portanto, associado à ideia de que é capaz de curar emoções e de transformar sentimentos negativos em positivos. O ensinamento do terceiro símbolo está associado à ideia de que a mente é tudo. O poder mental é importante para mudar nossa vida. Ou seja, quanto mais consciência mais responsabilidade possui o Espírito. E o quarto símbolo ensina que somente através da doação desinteres- sada é possível alcançar a Iluminação, enquanto, o quinto, representa o papel do Bodhissattva, ou seja, da pessoa que é capaz de se doar, praticar o amor uni- versal sem exigir nada em troca. Trata-se daquele Ser que tem compaixão por todos, independente de idade, sexo, classe social, religião etc. A imagem do Bodhissattva representa, no Budismo Tibetano, o Iluminado que não neces- sita mais reencarnar, mas que decide não se dirigir ao Nirvana. Ao contrário, por livre e espontânea vontade, decide ficar na Terra e ajudar na libertação daqueles que se encontram presos na dor, no ego e na ilusão (maya). Em suma, representa aquele que alcançou a união entre a sabedoria e a compai- xão, ou entre o aprimoramento intelectual e o moral. Estes são os símbolos que se aprendem em um curso de REIKI. Po- rém, com a espiritualidade, através do contato mediúnico com o dr. Felipe, aprendemos mais dois símbolos relacionados, respectivamente, ao sexto e ao sétimo chakras. Estes símbolos nos foram transmitidos com nomes em portu- guês: comunhão e união, respectivamente. Vamos apresentar a sua simbologia e também o seu desenho, uma vez que eles não fazem parte dos sistemas REIKI mais conhecidos. COMUNHÃO - É o símbolo do “pontífice” (o construtor de pontes, 28 religare). Trata-se do intérprete que esclarece a natureza das Leis que nos co- nectam ou sintonizam com o Divino. Ou seja, com as Leis que dizem respeito à boa conduta aos “olhos de Deus”. Trata-se da visão Universalista, livre das amarras doutrinárias ou dogmáticas. Neste nível iniciático, o mestre é capaz de compreender e avaliar a dor dos outros com compaixão e sem julgamento. Ele é compelido a servir, sem ser piegas ou sentimental, respeitando a Lei numinosa do Carma e o merecimento de cada um. UNIÃO - É o símbolo do servidor humilde ou do espírito esclarecido (bodhicitta). Daquele que venceu a servidão do corpo e da natureza, a arro- gância, a inflexibilidade e o orgulho. É o símbolo da verdadeira humildade. Esta vibração amorosa que corresponde ao Orixá Oxalá da Umbanda nos leva a “lutar” por princípios e não mais por paixões. Os desafios da vida são enfrentadosa partir de uma base espiritual sólida (a Fé de Jó). Trata-se da manifestação de confiança incondicional nos desígnios da Providência. União lembra o mantra OM (aum), que tem correspondência com os nossos famosos “Amém” e ao “Assim seja!”. Em sânscrito o OM significa a centelha divina, ou seja, a parcela divina que carregamos em nosso ser. Seu ensinamento moral é o seguinte: o de nos elevar acima do domínio da vida mundana para que passemos a construir formas-pensamento que nos libertem do samsara, eliminando os detritos energéticos que se encontram acumulados em nosso perispírito. Seu objetivo é de nos ensinar que somos nós mesmos os responsáveis para expurgar as energias deletérias que nos apri- sionam ao plano material e vivenciar expressões superiores de energia ou vibrações. Em resumo, trata-se do próprio dharma. Em suma, purificamos nosso Ser eterno quando sublimamos (o que não significa reprimir) os chamados “baixos instintos” e passamos a viver em serviço abnegado, em trabalho altruísta. É possível verificar que o “caminho iniciático” acima é similar ao da Umbanda e de tantas outras práticas espiritualistas: a descoberta do plano espiritual, a lei do Carma, o livre-arbítrio, a caridade etc. até se chegar a plenitude do Ser. É este caminho que deve ser percorrido para realizarmos nossa Animagogia, aumentando o nosso padrão vibratório e fortalecendo nossa imunidade física e psíquica, além de nos colocar como instrumentos humildes das consciências superiores, levando mais paz, saúde e equilíbrio para quem necessita. *** Abaixo apresentamos questões que foram discutidas com os espíritos comunicantes, através de diferentes médiuns. Elas complementam os ensina- mentos até aqui apresentados. 29 APÊNDICE 1 Exercício de respiração para reikianos Este exercício básico de respiração e relaxamento pode ser feito quinze minutos antes do início de cada sessão. Se houver uma área verde no local onde você aplica REIKI, faça o exercício lá. Respirar ar puro e de forma cor- reta aumenta a quantidade de energia (prâna) e melhora a qualidade dos fluidos que você irá doar durante a sessão. Procure se sentar em uma posição confortável. Lembre-se que a respiração deve ser realizada sempre através das narinas e nunca pela boca. Esta costuma enfraquecer nosso organismo e pode causar a inflamação dos órgãos respiratórios, pois leva o ar frio di- retamente para os pulmões. Nesse exercício, porém, pratique a respiração abdominal, a respiração dos bebês. Alternadamente, iremos inspirar por uma narina e expirar pela outra. Utilize o polegar e um outro dedo da mesma mão para fazer o exercício. Tampe sua narina direita e inspire pela esquerda. Se- gure a respiração pelo mesmo período de tempo que inspirou e, em seguida, feche com o dedo a narina esquerda e expire pela direita. Agora faça o inver- so. Inspire pela narina direita, retenha o ar pelo mesmo período e o solte pela narina esquerda. Faça esse exercício por alguns minutos. Mantenha os olhos fechados e procure manter o pensamento elevado (pensamentos positivos ou preces) ou concentre-se no mecanismo da respiração para ir se desligando de outros compromissos cotidianos e ir se centrando no trabalho espiritual que irá realizar. Faça uma prece agradecendo pelo dia que teve, pelas provas que a Providência colocou em seu caminho para ajudá-lo em seu aperfeiçoamento intelectual e moral. Peça pela presença dos bons espíritos para cooperar no trabalho caritativo e agradeça pela oportunidade de praticar o Bem. 30 APÊNDICE 2 Aplicação de REIKI em Hospitais, Asilos e outros locais O ideal para a aplicação de REIKI é se ter uma sala específica. A frequ- ência de aplicações em um único local facilita a organização da espiritualidade socorrista e esse local se transforma em uma “sala cirúrgica”. Infelizmente, nem sempre isso é possível e a pessoa de boa vontade que deseja ajudar costuma cor- rer alguns riscos. O ambiente astral dos asilos, dos hospitais e de outros locais similares não costuma ser dos melhores. Além do sofrimento dos encarnados, o número de desencarnados nestes locais também é significativo. Há aqueles que lá se encontram sem saber que já não mais possuem um corpo físico, há aqueles que lá estão para se vingar ou para aumentar o sofrimento de alguma pessoa por quem nutrem ódio etc. A situação é muito delicada e complexa. Um caso comum que costuma acontecer é o do praticante imbuído de boa vontade que entra de quarto em quarto para enviar energia para o enfermo. Aqui te- mos uma série de problemas. Raramente ele explica o que irá fazer e não pede permissão ao enfermo. Isso faz com que o enfermo não fique aberto e receptivo a energia curativa. Mas pode também acontecer problemas mais graves. Se o enfermo estiver sob a vigilância de espíritos obsessores, estes, possivelmente, não ficarão felizes com o “intruso” que foi ajudar sua vítima. Se este último não estiver vigilante e com a vibração alta e equilibrada, corre o sério risco de sair de lá também obsedado ou receber uma forte dose de energia negativa que o leve a passar o resto do dia vomitando e com dores de cabeça ou pelo corpo todo. Quando enfatizamos a necessidade de se ter um local especifico para o atendimento é porque lá a espiritualidade socorrista costuma também ter um “serviço” para atendimentos dos obsessores. O paciente que sofre o assédio extrafísico, ao ingressar na sala, será imediatamente desligado do obsessor. Este último costuma ser adormecido ou levado para sessões de esclarecimento em casas espiritualistas que realizam esse tipo de atendimento fraterno. Outro risco é o do enfermo, caso este seja médium, incorporar alguma entidade durante a sessão. Este risco é praticamente zero na sala preparada para esse fim, mas pode acontecer em situações adversas. Nesse sentido, o ideal seria que cada asilo, hospital, pronto-socorro tivesse uma sala para ora- ções e para atendimentos com REIKI. Somente nesse local o atendimento seria realizado. Os pacientes que podem se locomover seriam levados até essa sala; os pacientes em coma ou em UTI, que não poderiam ser levados até a sala, receberiam REIKI a distância, com os atendentes, devidamente prepa- rados, enviando energia daquela sala destinada para esse fim. 31 APÊNDICE 3 Florais e REIKI Os espíritos que encarnam com a missão de ajudar a humanidade se caracterizam por seu total desapego aos bens materiais e pela dedicação amo- rosa e fraterna a causa que abraçaram antes de mais uma encarnação. Porém, nem sempre aquilo que estes espíritos deixaram para a humanidade segue na mão de seus divulgadores o objetivo original. O sagrado se profana com muita rapidez. Mas temos que saber perdoar os que assim agem, pois ainda estamos todos engatinhando em nossa evolução espiritual e não nos encontramos à altura dos verdadeiros mestres para atuarmos de forma desinteressada e amo- rosa. Sem julgar aqueles que traem a essência dos ensinamentos de E. Bach, procuramos compreender, a partir dos próprios escritos do pesquisador e cria- dor da terapia floral, seus fundamentos psicosóficos. Comecemos divulgando uma carta de Bach para um de seus pacientes, escrita em 1935: “Em sua pri- meira visita, o senhor mencionou a questão da remuneração e eu creio que lhe disse para esperar pela presente carta. Nosso princípio é o seguinte: como estamos usando apenas as Flores dadas a nós pela Divina Providência e a Arte da Cura é muito sagrada para ser comercializada, não se devendo ter lucros com ela, vivemos da generosidade de nossos pacientes, dos quais dependemos totalmente, não só no que se refere a nós mesmos, mas também quanto à as- sistência que damos aos outros. Mesmos as casas em que trabalhamos nos são emprestadas por uma senhora caridosa. Podemos, contudo, assegurar-lhe que somos realmente gratos pela menor das doações, pois ela aumenta nossa ca- pacidade de ajudar aos muitos pobres que atualmente contamos às centenas” (Escritos selecionados de Edward Bach.Ed. Ground, 1991). O próprio Bach não se cansava de dizer que cada pessoa se encontra em um nível de aprimoramento espiritual diferente, o que relativiza as chamadas virtudes. Se servir é uma virtude para um espírito mais consciente e desapega- do, para um outro pode ser algo inconcebível e distante da sua “realidade”, pois ainda se encontra muito preso aos bens terrestres e ao sucesso material. Quan- tas pessoas ávidas por dinheiro não acreditam que atuar com uma Terapia que utiliza energias sutis é um caminho “fácil” para se “ganhar a vida” sem precisar passar pelos tortuosos e espinhosos estudos e avaliações que envolvem a medi- cina oficial? Essas pessoas ajudam a desacreditar tais terapias, abrindo brechas para o charlatanismo e descaracterizando toda a dimensão sagrada e espiritual que possuem. Mas é a própria consciência, com o decorrer das encarnações, que irá se punir e buscar a reparação de tais “erros”. 32 Outra questão importante em sua Psicosofia está na compreensão do que seriam as doenças e o papel dos florais. Encontraremos significati- vas diferenças entre o que Bach escreveu e o que os chamados “terapeutas florais” difundem hoje em dia. Para ele, estamos no mundo para aprender a transformar o ego em abnegação, a separação em unidade, obter conheci- mento e experiência para que possamos viver em harmonia com os ditames de nossa alma eterna. Nesse sentido, a doença “é o resultado de um conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer aos ditames da alma e há desarmonia ente o Eu espiritual e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos”. Em outras palavras “a doença serve para nos fazer parar de praticar ações erradas”. Podemos compreender pelas citações acima que, para Bach, a cura não vem do exterior. A cura depende do próprio enfermo aprender a lição que a doença lhe traz e fazer uma mudança interior, o que denominamos como “reforma íntima”, ou seja, mudando o padrão de nossas atitudes, sentimentos e pensamentos. A doença, em sua compreensão, tem uma natureza benéfica e o papel do médico é o de também assistir espiritu- almente o enfermo, ajudando-o a compreender quais atitudes ele necessita abandonar e quais ele necessita abraçar em sua jornada de crescimento. Sem a transformação interior, nenhuma cura irá se processar. Essa questão, inclusive, é levantada pelo médico alemão Rüdiger Dahlke, em seu livro “A doença como caminho”, quando afirma que, filo- soficamente, a medicina acadêmica e a medicina alternativa caminham de mãos dadas. Ambas pensam a cura como algo vindo do exterior, mudando-se apenas o remédio. Na primeira, ministra-se remédios químicos e, na segunda, remédios “naturais”, mas evita-se falar na necessidade do paciente mudar sua forma de encarar a vida, seus pensamentos, sentimentos e atitudes. Dito isso, podemos nos perguntar: então, qual é o papel dos remédios florais? Eles curam? Na verdade não. Eles são apenas vivificantes. Ou seja, sua vibra- ção ajuda no processo de recuperação do enfermo, elevando sua vibração e, consequentemente, ajuda a eliminar energias negativas presentes em nosso corpo astral ou perispírito, criados por pensamentos, sentimentos ou atitudes equivocados. Em linhas gerais, seguem o mesmo princípio de outras terapias vibra- cionais, como o REIKI, a Musicoterapia e a Cromoterapia. Todas elas obe- decem a Lei do Carma e do merecimento e, portanto, não fazem milagres. Com o enfermo recebendo uma dose de vibrações positivas, seja por meio da cor, do som, da bioenergia de um reikiniano ou pela energia sutil de flores, o enfermo estará sendo auxiliado, mas deverá se comprometer com sua própria cura, realizando sua reformulação interior se quiser, de fato, se ver livre da- quela enfermidade que lhe traz sofrimento e dor. Poucos terapeutas alterna- 33 tivos enfocam a importância da reforma interior para seus pacientes, seja por medo de vincular sua profissão com “religião”, seja por medo de perder um “cliente”. Daí encontrarmos com freqüência pessoas indo de consultório em consultório, passando por muitas “alternativas” terapêuticas, mas sem nunca obter a cura. Quando cada um tomar consciência de que a cura está tão próxima, dentro dela mesma e que, do exterior, encontrará, no máximo, um auxílio para retomar o seu caminho, as pessoas serão mais saudáveis. A reforma íntima é um caminho que ninguém está autorizado ou pode percorrer pelo outro. A própria pessoa é que tem capacidade para percorrê -lo. É por isso que cada um possui sua Cruz, adequada em peso e tamanho, para si próprio. APÊNDICE 4 Algumas enfermidades e as emoções correspondentes Abaixo apresentamos um quadro genérico que deve ser utilizado como Hipótese de trabalho e nunca como tabela para diagnóstico. Ele deve ser utilizado para orientar a consulta ou a triagem das pessoas que procuram por atendimento. Como há sempre muitas causas envolvidas, a enfermidade é uma tra- ma complexa na qual entra os carmas de vidas passadas, as imprudências da vida atual, os efeitos que se transformam em novas causas etc. O objetivo é levar a pessoa a se autoconhecer e refletir se ela vivencia tais sentimentos e atitudes em sua vida diária. Em caso afirmativo, ela deve buscar ajuda de um profissional qualificado para superá-los. Abscesso - emoções reprimidas por medo, culpa, paternalismo, repres- são social etc. na região genital (emoções sexuais e afetivas), pulmões/cora- ção (sensações afetivas sublimadas), na cabeça (espiritualidade sublimada). Sentimento de culpa ou inveja. Acnes - timidez exagerada, medo de ser descoberto (traição, segredos que não deveriam ser revelados, etc.). Espinhas: energia sexual reprimida. Afonia (engolir em seco, engolir sapos) - não dizer o que pensa para não receber represálias. Forma de sufocar palavras, opiniões e até palavrões que gostaria de dizer, mas não pode, por alguma razão. Repressão por motivos morais, educativos, familiares etc. 34 Alergia - necessidade de se defender do meio em que vive (família, trabalho, escola etc.), tensão e infelicidade, rejeição de ajuda externa. Amnésia - perda de interessa pela vida, desânimo. Anemia - medos e receios conduzindo para uma diminuição do prazer, da euforia. Cansaço, angústia sexual ou afetiva, mudança ideológica ou para- digmática (processo de derrelição). A anemia pode representar a necessidade de mudanças no campo afetivo, econômico, ideológico etc. Arteriosclerose - ciúmes, inveja (dor de cotovelo), possessividade. Asma - autodesaprovação, superproteção dos pais, medo, inseguran- ça, sufocamento dos desejos e paixões, medo de entrar em contato com suas próprias necessidades e desejos para não contrariar as pessoas com quem con- vive, conservadorismo, rigidez. O mesmo vale para bronquite. Bursite - necessidade de carregar os outros nos ombros, sentir-se res- ponsável pela felicidade alheia. Necessidade de agradar a todos. Câncer - estagnação da energia vital. Deve-se relacionar com o órgão atingido. Ausência de resignação (lembrar que resignação não é conformis- mo, mas compreensão do problema e respectiva aceitação ativa das provas ou expiações), depressão, conformismo. Ciático - nervo sexual por excelência. Sexualidade contida ou mal conduzida. Sublimação negativa do sexo (repressão sexual). Colesterol - mágoas, amarguras e tristeza não superadas. Coração - hiperatividade, perfeccionismo, falso otimismo, pouca ima- ginação, ego narcísico. Dificuldade para controlar as emoções que sente. Costuma preceder um infarto as situações de humilhação ou desonra. Dismenorreia (menstruação dolorosa) - não conseguir soltar as ten- sões e a raiva acumulada no dia-a-dia. Sentimentos de culpa, ressentimento ou ciúmes. Repressão sexual por motivos religiosos ou culturais. Esclerose - perfeccionismo com os outros e indulgente consigo mes- ma. Estômago - dificuldade em aceitar e digerir as próprias emoções ou re- lacionadas a outras pessoas. Aceitam tudo, mas perdoam pouco. Possessivi- dade,perfeccionismo em relação aos outros (falta doçura, ternura e carinho nas opiniões sobre os erros de outras pessoas). Inveja. Fadiga - falta de amor à atividade exercida, dificuldades afetivas. Fígado - defesa das posses matérias ou psicológicas, tendências às ex- plosões emocionais, autocrítica, auto-rejeição, emoções instintuais exacerba- das (sexo, alimento, excesso de preocupação com a sobrevivência material). Garganta - sufocamento das emoções e vontades por medo de repre- sálias. “Nós na garganta”: emoções sufocadas ou reprimidas. Engolir a raiva, as opiniões, os desejos. Impotência - falta de confiança, auto-rejeição, difi- culdades econômicas ou profissionais. Miomas - sexualidade confusa, medo 35 exagerado da maternidade, sufocamento de fantasias e desejos sexuais. Vícios (álcool, cigarro, drogas etc.) - em geral relaciona-se com o vazio interior, não encontrar sentido para a vida. Insegurança, auto-rejeição. APÊNDICE 5 Alguns princípios da Cura prânica que o reikiniano deve conhecer 1 - Os movimentos da mão em sentido horário favorece a absorção de prâna pelo organismo da pessoa enferma. 2 - Os movimentos da mão em sentido anti-horário favorece a remo- ção de energia estagnada do organismo da pessoa enferma. 3 - A varredura (passar a mão sobre a aura do enfermo antes de iniciar o processo de energização) tem duas funções: 3.1 - A varredura de cima para baixo causa sonolência na pessoa. Aju- da em pacientes hiperativos. 3.2 - A varredura de baixo para cima ajuda a pessoa a se reanimar. Ajuda, no término da sessão, para que a pessoa volte ao estado de vigília. 4 - Pontos do corpo físico que transmitem calor estão com excesso de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o calor ou a vibração diminua. 5 - Pontos do corpo físico que se encontram gelados estão com falta de energia. O reikiniano deverá ficar com as mãos nesses locais até que o frio ou a vibração aumente. 6 - Limpeza após a sessão: sempre tomar banho, fazer um lanche leve, ter contato com a natureza, realizar uma prece de agradecimento. Obs.: a prece nunca deve ser realizada com orações decoradas. Deve ser feita com humildade, sinceridade, reverência e concentração. 36 APÊNDICE 6 Aromaterapia e o REIKI A aromaterapia se baseia no uso de aromas naturais que interagem com o nosso organismo, estimulando ou inibindo certas áreas da região cere- bral. Apesar de não curar, a aromaterapia facilita a cura de certas enfermida- des quando associada com outras técnicas. Ela pode, assim, ser utilizada em conjunto com o REIKI. A melhor água é a fluidificada, mas pode ser utili- zada água comum. Utilize os aromas com parcimônia. Não é necessário que o paciente saiba qual é o aroma. O rechaut ideal é o de pedra sabão ou com prato de vidro. Outros acumulam fuligem no fundo ou trincam facilmente. A fuligem acumulada prejudica a saúde. Os incensos devem ser evitados devido ao carvão. O ideal é sempre usar essências. Duas ou mais essências podem ser utilizadas em conjunto. O rechaut deve ser lavado antes de um novo uso. Algumas essências e sua atuação: ALFAZEMA contra alergia. ALGAS inibidor do apetite sexual. BENJOIM auxilia como estimulante nervoso. ERVA-DOCE age no sistema respiratório e no nervoso. ERVA-RAIZ expectorante. Age no sistema respiratório. FRUTAS VERDES calmante e relaxante. GARDÊNIA relaxa o sistema nervoso. GIRASSOL problemas pulmonares. HORTELÃ tratamento do estômago, gastrite e úlcera. IMANACÁ artrite e artrose. JASMIM problemas circulatórios. LAVANDA problemas respiratórios. LARANJA estimula a clarividência. MAÇÃ-VERDE aumenta a energia sexual. MADEIRA aumenta a sensibilidade emocional. MANJERONA facilita a circulação. MENTA atua na bexiga e o esôfago. MUSGO-SELVAGEM enfermidades nos olhos (catarata, miopia etc.) PÊSSEGO atua nos rins, intestinos e fígado. PINHO atua sobre a garganta e no nariz RAÍZES estimulante. ROSA BRANCA atua no fígado. SÂNDALO/LÓTUS anti-estresse. Estimulante. 37 SAY-FLORA atua nos rins. VETIVER relaxante. Em excesso, causa sonolência em demasia. APÊNDICE 7 Perguntas à espiritualidade sobre o REIKI Na ONG Círculo de São Francisco o trabalho é orientado por en- tidades orientais, indígenas, pretos-velhos e por médicos famosos no meio espirítico brasileiro. Todos preferem servir de forma anônima. Assim, não identificamos as entidades que responderam às perguntas abaixo. Como se processa a sintonização no REIKI? Resposta da espiritualidade - Quando o processo de iniciação ou de sintonização no REIKI for realizado em um local seguro e protegido pela espiritualidade, o que acontece é uma “auto-iniciação”. Algumas pessoas presunçosas e arrogantes se consideram “mestres” e cobram para “iniciar” alguém no REIKI. Utilizam-se de vários rituais, a maioria sem necessidade, para capacitar a pessoa a ser um “canal” de energia. Passar por um ritual desse tipo não garante que a pessoa estará capacitada para ser um doador de ener- gia curativa. Há sempre exceções, mas a maioria das pessoas que ajudarão a espiritualidade em tratamentos com o REIKI ou outras técnicas, assumiu tal compromisso no Além, antes de encarnar. São pessoas que produzem quan- tidade considerável de fluidos animalizados (ectoplasma) e foram preparadas para este trabalho. Todos sabem que se comprometeram a doar gratuitamen- te essa sagrada energia e terão que prestar contas ao retornarem ao Lar. Fazer um número determinado de iniciações (I, II, III-A e III-B) não significa que, “do lado de cá”, esta pessoa se transformará em um instrumento adequado. O que mais importa é a condição moral do praticante. Se este comprometimen- to não aconteceu antes de reencarnar, ou seja, se a pessoa não foi preparada para ser um doador fluídico, não importa a quantidade de iniciações que faça ou sistemas que aprenda. Esta pessoa não terá condições de participar ativa- mente de um trabalho de cura espiritual. O melhor trabalhador é aquele que age com amor e humildade. Aque- le que se preocupa com títulos, graus, certificados etc. nem sempre são os que possuem o amparo dos bons guias e protetores espirituais. Em suma, as “iniciações” só funcionarão naqueles que já possuem o “Dom”, ou seja, o 38 compromisso de trabalhar e auxiliar a espiritualidade socorrista. Para estes, as “iniciações” fortalecem o campo energético e “firmam” as vibrações com as entidades também anteriormente programadas para trabalhar com aque- le reikiniano. Porém, mais importante que as “iniciações”, é a busca pela transformação interior, a conduta reta e o sentimento de doação, a vontade de exercitar a caridade desinteressada. Durante a iniciação, em um espaço protegido, a espiritualidade imprime no corpo astral do neófito uma vibra- ção capaz de liberar agregados astrais destrutivos, regularizar seus chakras, entre outras coisas. Esta intervenção do além é importante para o iniciante abrir seus campos energéticos. Mas, em seguida, ele deve aprender através dos ensinamentos morais de cada símbolo a se livrar sozinho dessas cargas deletérias, renovando-se intimamente, ou seja, mudando o padrão de seus pensamentos, sentimentos e atitudes. E qual é o verdadeiro papel do símbolo nesse processo? Resposta da espiritualidade - Na realidade todos nós, encarnados ou não, somos energia e magnetismo. As vibrações provenientes de cada um dos chakras favorecem funções psíquicas distintas. Cada um dos sete símbolos do REIKI representa um chakra. Os símbolos identificam tais vibrações. Ou seja, eles demonstram qual caminho o praticante irá seguir. Ou seja, qual a linha vibratória que ele pretende movimentar. Trata-se de um código de acesso que demonstra o resultado que o praticante deseja alcançar. Daí a necessidade de se trabalhar com um símbolo por vez. Mas o praticante pode também se comunicar através do pensamento com a equipe médica espiritual que ali se encontra. Mas é a prece, sincera e pura, que eleva a vibração do local e facilita
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