Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Raquel Azevedo UNIDADE I Serviço Social e a Questão Social Trajetória profissional – docente. Por que aprender “questão social”? Apresentação Fonte: https://br.pinterest.com/pin/593701163358132493/ Intervenção do profissional Fonte: https://gazetadoestado.com.br/artigo/goiania-em-conflito-periferia-e-violencia-urbana Objeto Questão social Intervenção E x p r e s s õ e s As novas relações que se estabelecem na sociedade geram um novo sistema de produção econômica que se desdobra em uma forma de organização que modifica a vida social, econômica e cultural de grupos e pessoas em todas as dimensões. A humanidade e os modos de produção Fonte: https://brasilnosso.wordpress.com/2012/0 8/07/manufatura-x-maquinofatura/ A humanidade e os modos de produção Fonte: https://www.slideshare.net/gilbertocantu/mod os-de-produoppt/6?smtNoRedir=1 Modo de produção capitalista Industrial Comercial ou mercantil Propriedade privada Divisão de classes Relação de poder Controle estatal da economia Trabalho assalariado Lucro Violência Pobreza Favelização Fome Desemprego Analfabetismo Desregulamentação trabalhista Decadência do feudalismo Questão social Manifesta/ expressa Suas fases Surge Emerge Características Capitalismo Financeiro ou monopolista Fonte: autoria própria Quando vivemos em sociedade, automaticamente participamos da vida econômica dela. A humanidade e os modos de produção Fonte: autoria própria Distribuição Produção Consumo Nos modos de produção existentes no desenvolvimento da humanidade, como se dá a relação social entre os indivíduos? a) Em torno do sistema de produção. b) Em torno dos programas culturais. c) Em torno das relações familiares. d) Em torno das relações sociais. e) Em torno das normas reguladoras. Interatividade Nos modos de produção existentes no desenvolvimento da humanidade, como se dá a relação social entre os indivíduos? a) Em torno do sistema de produção. b) Em torno dos programas culturais. c) Em torno das relações familiares. d) Em torno das relações sociais. e) Em torno das normas reguladoras. Resposta Fases do capitalismo XV Absolutismo monárquico Liberalismo Keynesianismo Neoliberalismo Mercantilismo como sistema econômico; Surgimento da moeda como valor de troca; Produção de manufaturas; Protecionismo (taxas alfandegárias); Metalismo (acúmulo de metais preciosos); Divisão do trabalho. Capitalismo comercial Capitalismo industrial Nova forma de divisão internacional do trabalho; Trabalho assalariado; Surgimento da classe operária e dos sindicatos; Produção em grande escala; Supremacia da burguesia industrial; Aumento da desigualdade social. Capitalismo financeiro Controle da economia pelos bancos e pelas grandes corporações; Produtos financeiros (ações, moedas, empréstimos, financiamentos etc.); Surgimento de empresas globais; Revolução da comunicação e dos transportes; Surgimento de empresas globais. Há uma corrente de pensadores que afirma já existir uma nova fase – capitalismo informacional. XVIII XX É na materialidade da sociedade capitalista que se criam riquezas por meio do trabalho humano e é na geração financeira do setor produtivo, desenvolvido pelas indústrias, que os detentores de capital o valorizam e fazem que se torne mercadoria de troca. Exemplo: dinheiro investido para ganhar dinheiro. Desenvolvimento da sociedade capitalista Fonte: https://www.timetoast.com/timelines/a- evolucao-do-capitalismo--8/ D M D Marx descreve a lógica do lucro do capitalismo por meio da equação D – M – D’ (Dinheiro [D] é utilizado para produzir uma mercadoria [M], que será vendida em troca de mais dinheiro [D’]). Essa equação representa a lógica capitalista de produção para acumulação de capital. Acumulação de capital Por trás da “acumulação de capital”, geralmente se encontra uma grande demonstração de custos, levando os capitalistas a reduzi-los: reduzindo o número de empregados; diminuindo salários ou pagando salários miseráveis aos seus funcionários; não protegendo o meio ambiente etc. Acumulação de capital x redução de custos Tendência em transformar tudo em mercadoria, a vida, o tempo, as aposentadorias, a saúde pública, a saúde, a educação etc. Estendendo-se, inclusive, nas capacidades produtiva e criativa do homem. Mercadorização A mais-valia representa a diferença entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho. Exemplo: em 10 dias de trabalho, um trabalhador da indústria têxtil produz o valor equivalente a 50 peças de roupa (1000 reais, por exemplo). Em um mês de trabalho (22 dias), então, ele teria produzido um valor de 2200 reais. No entanto, o salário que ele recebe é de apenas mil. Isso significa que, durante 12 dias de trabalho, ele produz um valor que fica inteiramente com o capitalista (patrão). Trabalho necessário: 10 dias. Trabalho excedente: 12 dias. O que é a mais-valia? Quanto maiores forem a produção e a riqueza produzidas, tanto em poder quanto em extensão, menor será a valorização do trabalhador. O conflito presente na relação contraditória entre capital e trabalho reside no fato de que, ao mesmo tempo que se apropria da força de trabalho, substitui-a por máquinas. Relação capital x trabalho Por alienação, Marx se refere ao afastamento do trabalhador do produto final de seu trabalho. No sistema capitalista, o trabalho é dividido ao longo de uma cadeia de produção e os proletários participam apenas de uma parte da construção ou montagem, sem ter conhecimento do produto completo. Esse afastamento do trabalhador do produto final é essencial para a exploração da mais-valia, como veremos a seguir. Alienação A diferença entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho, segundo Marx, é chamado de: a) Acumulação de capital. b) Mais-valia. c) Investimento. d) Aplicação financeira. e) Custo. Interatividade A diferença entre o salário pago e o valor produzido pelo trabalho, segundo Marx, é chamado de: a) Acumulação de capital. b) Mais-valia. c) Investimento. d) Aplicação financeira. e) Custo. Resposta No modo de produção capitalista, a economia é cíclica, apresentando momentos de crescimento e em outros há queda da atividade econômica, ou seja, é inevitável passarmos por crises de tempos em tempos. O que pode variar são as razões que levam às crises, os setores da economia que serão mais afetados. Crises no capitalismo Esgotamento do consumo; crescimento das taxas de lucro; valorização ou desvalorização do capital e das mercadorias, atuando como barreira à acumulação de capital e aos processos de produção; questões climáticas. Motivadores de crise Fonte: http://partiuplanob.com.br/como-quem-partiu-plano-b-esta- enfrentado-a-crise/ O Estado em tempos de crise assume funções mínimas: com diminuição de investimento com gastos sociais; desconsideração dos direitos sociais historicamente conquistados; alia-se aos interesses da mundialização do capital; apoia a flexibilização do trabalho e a sua precarização. Funções do Estado em tempos de crise acentuando as desigualdades sociais A questão social adquire novos significados e características, com dimensões globais, expressando-se, por exemplo: Crises capitalistas e a questão social Questão social Desemprego Desmonte das garantias de proteção social Desregulamentação generalizada do trabalho Características Fonte: autoria própria A concorrência entre capitais é um processo violento, e os capitalistas, para não enfrentarem individualmente esse processo, evitando a falência, criam mecanismos econômicos de reestruturação produtiva – buscam nutrir todo um complexo político-ideológico, valorativo e fictício, dentro e fora da sociedade, fomentando relações que corroboremseu projeto de sociabilidade, com objetivos de acumulação capitalistas bem delineados. Formas de enfrentamento Fonte: https://brainly.com.br/tarefa/2053838// Capitalismo O projeto de sociabilidade do capital para enfrentamento da crise leva a uma reestruturação de acordo com a lógica neoliberal: reduzindo o tamanho do Estado; alicia-o para alocação de recursos e investimentos (nessa política ideológica de acumulação, financeirização do capital). Formas de enfrentamento É considerada neoliberal toda ação estatal que: “contribua para o desmonte das políticas de incentivo à independência econômica nacional, de promoção do bem-estar (welfare state), de instauração do pleno emprego (keynesianismo) e de mediação dos conflitos socioeconômicos” (CHESNAIS, 1996, p. 28). Conceituação de neoliberalismo As reformas do Estado nessa fase: condicionam atração do capital financeiro em detrimento das demandas da classe trabalhadora pelas reformas previdenciária e trabalhista; reconfiguram os mercados financeiros e os grupos industriais, impactados pelas altas taxas de juros sobre títulos da dívida e sobre o nível de lucros industriais. Reforma do Estado Os Estados neoliberais, inclusive o Brasil, trata a questão social assumindo: a) Funções mínimas. b) Funções máximas. c) Negando-se a tratar da questão social. d) Ignorando completamente a questão social. e) Delegando toda a responsabilidade para as prefeituras municipais. Interatividade Os Estados neoliberais, inclusive o Brasil, trata a questão social assumindo: a) Funções mínimas. b) Funções máximas. c) Negando-se a tratar da questão social. d) Ignorando completamente a questão social. e) Delegando toda a responsabilidade para as prefeituras municipais. Resposta Historicamente, o neoliberalismo procura reverter as reformas obtidas por pressão e lutas sociais dos trabalhadores. Exemplo: as conquistas consagradas na Constituição de 1988, que enfatiza a redemocratização da sociedade, a universalização dos direitos básicos e a elevação dos patamares da cidadania. Estado neoliberal brasileiro Na década de 1980, os brasileiros, em suas lutas sociais, consolidaram uma cultura política combativa e reivindicadora de direitos sociais e estruturas políticas para a criação da seguridade social. O Estado neoliberal criou barreiras para esse processo de enfrentamento da questão social, e o que marcam as iniciativas políticas são os processos de desresponsabilização do Estado no tocante às políticas públicas, que passam a ter como características as ações focalizadas, descentralizadas e privatizadas. Brasil na década de 1980 O Estado passa por um processo de reconstrução, com vistas a superar a grande crise econômica dos anos 1980. Transfere o processo de regulação social para a sociedade e a torna corresponsável, em uma pretensa lógica de emancipação cidadã, para que esta se organize e crie, por si, os processos para enfrentamento da questão social. Brasil na década de 1990 Esse Estado neoliberal participa ativamente dos processos: de privatização, liberalização, desregulamentação e flexibilização dos mercados de trabalho. Limitando-se: a garantir a propriedade e os contratos; desobrigando-se de todas as suas funções de intervenção nos planos econômico e social do país, especialmente a questão social. Estado neoliberal Para tanto, transfere para os setores privado e público não estatal as atividades que, na visão neoliberal, não são suas funções específicas. Mantém exclusividade em atividades jurídicas, policiais e políticas apenas em seu núcleo estratégico. Estado neoliberal Fonte: http://revista.algomais.com/economi a/idec-cobra-mudancas-em-reajuste- dos-planos-coletivos-de-saude-em- audiencia-publica-da-ans Fonte: https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/educ acao-sp-publica-resolucao-diretrizes-expansao- pei-88367 Fonte: http://www.ihac.ufba.br/co urse/politicas-e-gestao-da- cultura/ Os capitalistas, historicamente, atuam no enfrentamento da questão social por meio: As ações beneficentes se caracterizam como uma estratégia para contenção das manifestações de indignação, das revoltas e das possibilidades de organização da classe trabalhadora contra as opressões do sistema. Capitalistas e o enfrentamento da questão social Caridade Benevolência Compaixão Na realidade brasileira, as ações filantrópicas, baseadas na cultura do favor caracterizada na década de 1930, começaram por iniciativa das grandes fábricas ao prestarem: serviços de assistência e creche aos trabalhadores; formar vilas operárias; doar alimentos. Visando a obter reciprocidade submissa para o processo de trabalho capitalista e postura devedora dos trabalhadores a seus patrões. Capitalistas e o enfrentamento da questão social O capitalismo globalizado ou o chamado neoliberalismo deixa como contribuição: “[...] sério impacto na sociedade, apontando desigualdades no campo social, restringindo a prática da cidadania. A concessão de cidadania, para além, das linhas divisórias das classes desiguais, parece significar que a possibilidade prática de exercer os direitos ou as capacidades legais que constituem o status do cidadão não está ao alcance de todos os que os possuem” (CHESNAIS, 1996, p. 92). Transformações político-econômicas e sociais e a questão social No Estado neoliberal, as políticas públicas passam a ter como características ações: a) Universais, centralizadas e públicas. b) Coletivas, descentralizadas e públicas. c) Focalizadas, centralizadas e privatizadas. d) Desfocalizadas, descentralizadas e públicas. e) Focalizadas, descentralizadas e privatizadas. Interatividade No Estado neoliberal, as políticas públicas passam a ter como características ações: a) Universais, centralizadas e públicas. b) Coletivas, descentralizadas e públicas. c) Focalizadas, centralizadas e privatizadas. d) Desfocalizadas, descentralizadas e públicas. e) Focalizadas, descentralizadas e privatizadas. Resposta CHESNAIS, François; DUMÉNIL, Gérard; LÉVY, Dominique; WALLERSTEIN, Immanuel. Uma nova fase do capitalismo? São Paulo: Xamã, 2003. Referência bibliográfica ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar