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Guia da Disciplina formaçao e desenvolvimento

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FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
COLEÇÃO, POLITICAS E PRESERVAÇÃO 
 Dra. Maria Eduarda dos Santos Puga 
 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 2021 
 
 
1 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
1. DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES 
 
Objetivo: 
Levar informação com intuito de capacitar e desenvolver conhecimentos quanto aos 
processos de formação e desenvolvimento de coleções. Conhecer as tipologias, mas 
sobretudo os processos e etapas do desenvolvimento de coleções em bibliotecas. 
Princípios para desenvolvimento de políticas de desenvolvimento e de preservação de 
coleções. A gestão dos acervos com adoção de padrões, normas em meio físico e em meio 
digital. 
 
Introdução 
É sabido que o homem desde os tempos da caverna procurou registrar informações 
(pinturas rupestres) que ele descobriu com o intuito que outros que viessem depois dele 
pudessem usar e evoluir a partir daquela informação já descoberta e registrada. 
 
 
 
O homem logo descobriu que era muito importante que essa informação estivesse 
disponível e acessível e mais ainda preservada, porque a informação era poder para os 
outros que a descobrissem. 
 
As maiores bibliotecas do mundo que nos conta a história (biblioteca de Alexandria) 
estavam sempre ligadas a um governante que tinha plena clareza em que reunindo toda 
informação possível e disponível no mundo, muito mais do que exércitos ele teria maior 
poder que seu inimigo. Isso também tornou a biblioteca da época o alvo em muitas guerras. 
 
 
 
2 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
Biblioteca de Alexandria 
https://www.todamateria.com.br/biblioteca-de-
alexandria/#:~:text=A%20Biblioteca%20de%20Alexandria%20foi,anos%20de
%20250%20a%20270) 
 
 
 
 
A importância do desenvolvimento de coleções vem da missão que ela coleção terá 
que cumprir quanto aos objetivos da comunidade a que se destina. No caso do exemplo 
dado era gerar conhecimento sobre tudo e todos para ter maior poder. 
 
Se recordarmos a história da escrita e do livro podemos verificar o quanto era difícil 
se obter um livro. O livro era um objeto de poder e considerado muitas vezes subversivo 
porque era capaz de mudar pensamentos, ele era muito bem guardado e muitas vezes 
escondido porque causava alegria. 
 
 
O livro de Umberto Eco “O Nome da Rosa” ou o filme. 
 
 
 
 
Ter um livro era um objeto de ostentação, como se hoje possuíssemos um carro 
altamente luxuoso, tanto que as famílias eram consideradas ricas quando possuíam um 
livro. O livro era deixado na sala para que todos que viessem visitar pudessem atestar 
aquela riqueza. Isso perdurou por muito tempo. 
 
3 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Com o marco no século XV da prensa de Johann Gutenberg esse processo de 
reprodução dos livros sofreu uma revolução sendo o livro não mais produzido de forma 
artesanal (manuscritos e copiados) para um processo industrial e comercial. Leia também: 
 
 
 
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funcionava-a-prensa-de-
gutenberg/#:~:text=Mas%20Gutenberg%20criou%20tipos%20m%C3%B3veis,
%2C%20Holanda%2C%20Inglaterra%20e%20Dinamarca . 
 
 
Portanto tínhamos um processo onde o livro por ser objeto raro, somente a alta 
sociedade possuía e ostentava e agora a produção e reprodução tornando esse objeto um 
pouco mais acessível, mas ainda muito caro. 
 
Durante muito tempo não havia preocupação com o processo de desenvolvimento 
de coleções e sim de um colecionismo de livros, quanto mais livros eu puder receber, ter 
e disponibilizar melhor. O objetivo era de armazenar o máximo que pudesse, portanto, a 
preocupação era com quantidades armazenadas (a biblioteca como um armazém de livros). 
Tudo isso sem muito critério, muito menos pensar na comunidade a qual iria se beneficiar 
com aquele acervo. 
 
Após todo esse período, que perdurou por muito tempo o processo de 
desenvolvimento de coleções estava ligado apenas a duas etapas: seleção e a aquisição 
de materiais de informação. 
 
Com tudo isso temos o conhecimento científico divulgado de forma mais rápida, mas 
que culminou em uma grande explosão bibliográfica. Surge o crescimento das publicações 
científicas, o desenvolvimento do processo de editoração e os avanços tecnológicos e de 
comunicação e informação. 
 
Entendendo isso estaremos prontos para entender todas as etapas a que se destina 
o nosso papel nesse desenvolvimento de coleção. Esse papel que perpassa por 
desenvolver, criar uma política para que esta se desenvolva e cumpra seus objetivos, como 
ela estará organizada, acessível e como ela deverá resistir e subsistir para outras gerações 
(preservação). 
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funcionava-a-prensa-de-gutenberg/#:~:text=Mas%20Gutenberg%20criou%20tipos%20m%C3%B3veis,%2C%20Holanda%2C%20Inglaterra%20e%20Dinamarca
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funcionava-a-prensa-de-gutenberg/#:~:text=Mas%20Gutenberg%20criou%20tipos%20m%C3%B3veis,%2C%20Holanda%2C%20Inglaterra%20e%20Dinamarca
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-funcionava-a-prensa-de-gutenberg/#:~:text=Mas%20Gutenberg%20criou%20tipos%20m%C3%B3veis,%2C%20Holanda%2C%20Inglaterra%20e%20Dinamarca
 
4 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
A construção de uma coleção consiste em coletar e organizar informações já 
existentes sobre o que se espera em ter reunido com o objetivo de disponibilizar 
informações a comunidade em foco. 
 
Quando nos deparamos com terminologias ou mesmo um assunto novo que vamos 
aprender é importante que procuremos entender incialmente o que cada um significa. E 
exercendo essa proposta de exercício de buscar sempre um dicionário e leiamos em pelo 
menos dois deles o que significa o termo para que tenhamos amplo entendimento do que 
vamos aprender. 
 
Encontramos no dicionário que o Desenvolvimento é toda ação ou efeito 
relacionado com o processo de crescimento, evolução de um objeto, pessoa ou situação 
em uma determinada condição. Neste caso estaremos lhe dando com algo que além de 
evoluir como vimos um pouco da história vai crescer. 
 
Para o termo Coleção encontramos no dicionário Michaelis da Língua portuguesa 
que: Coleção - objetos de mesma natureza. Para o plural, ou seja, Coleções no dicionário 
online o termo é definido como: acúmulos, arquivos, coletâneas, compilações, excessos, 
repositórios.https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=cole%C3%A7%C3%B5es 
 
Na wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecionismo – coleções remete ao termo 
Colecionismo 
 
 
“O colecionismo é a prática que as pessoas têm de guardar, organizar, 
selecionar, trocar e expor diversos itens por categoria, em função de seus 
interesses pessoais. Em todo o mundo, milhões de colecionadores organizam 
as mais diversas coleções de objetos. Dentre os benefícios que a atividade 
pode trazer para o colecionador, em especial os mais jovens, está o 
desenvolvimento dos sensos de classificação e organização, de interação e 
socialização com outros colecionadores, do poder de negociação, bem como o 
aumento do repertório cultural acerca do objeto colecionado. 
 
Importante que ao visitar a página da wikipedia no termo colecionismo ele traz 
exemplos dos mais variados tipos de coleções possíveis. O destaque é porque primeiro 
devemos conhecer todas as possibilidades do que se é possível de desenvolver sobre 
coleções. 
https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=cole%C3%A7%C3%B5es
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecionismo
 
5 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Na tabela .1 abaixo podemos verificar os mais variados tipos de itens colecionáveis 
e entender que requer daquele que coleciona selecionar, conhecer,organizar e encontrar 
formas de adquirir esses itens: 
 
• Autografomania - coleção de 
autógrafos 
• Bibliofilia - coleção de livros 
• Bricabraque - coleção de velhos 
objetos de arte e artesanato 
• Cartofilia - coleção de cartões 
postais 
• Filatelia - coleção de selos 
• Filumenia - coleção de caixas de 
fósforo 
• Marcofilia - coleção de carimbos 
postais 
• Maximafilia - coleção de máximos 
postais 
• Notafilia - coleção de cédulas 
• Numismática - coleção de moedas, 
embora possa refira-se também à 
coleção de cédulas 
• Periglicofilia - coleção de pacotes de 
açúcar 
• Tabacofilia - coleção de embalagens 
de cigarros 
• Telecartofilia - coleção de cartões 
telefônicos 
 
✓ Acessórios (buttons, chapéus,gra
vatas, óculos, relógios) 
✓ Armas (armas de 
fogo, espadas, facas) 
✓ Bonecas (de pano, matrioscas) 
✓ Brinquedos (Bruder, Lego, Kinder 
Ovo, Playmobil) 
✓ Caixas (de música, de pássaro 
cantor autômato) 
✓ Cromos (álbuns, Surpresa) 
✓ Die-cast (Hot Wheels, Jada 
Toys, Maisto, Matchbox) 
✓ Discos e cartuchos (Blu-
rays, CDs, DVDs, vinis, jogos 
eletrônicos) 
✓ Jogo de cartas 
colecionáveis (Magic, Spellfire) 
✓ Latas e 
garrafas (biscoitos, cervejas, refri
gerantes) 
✓ Material de 
escritório (apontadores, borracha
s, canetas, lápis) 
✓ Miniaturas de 
animais (Papo, Safari, Schleich) 
✓ Miniaturas de figuras de 
ação (Hot 
Toys, Kotobukiya, Neca, Sidesho
w) 
✓ Papel de carta 
✓ Videogames 
✓ Pequenos 
objetos (botões, chaveiros, dedai
s, isqueiros) 
✓ Plastimodelismo (Revell, Tamiya) 
✓ Revistas em quadrinhos (graphic 
novels, mangás) 
 
 
Não é muito diferente do que vamos aprender com as etapas e processos de um 
desenvolvimento de coleções e também com o cuidado da preservação. 
 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Autografomania&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bibliofilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bricabraque
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartofilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filatelia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Filumenia&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcofilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maximafilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Notafilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Numism%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Periglicofilia
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tabacofilia&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Telecartofilia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Button
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chap%C3%A9u
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravata
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gravata
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93culos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%B3gio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Colecionador_de_armas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Armas_de_fogo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Armas_de_fogo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Faca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boneca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Boneca_de_pano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriosca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruder_(empresa)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kinder_Ovo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kinder_Ovo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Playmobil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_de_m%C3%BAsica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_de_p%C3%A1ssaro_cantor_aut%C3%B4mato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caixa_de_p%C3%A1ssaro_cantor_aut%C3%B4mato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromo_(estampa)
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lbum_de_cromos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Surpresa_(chocolate)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Die-cast
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hot_Wheels
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jada_Toys
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jada_Toys
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Maisto&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Matchbox
https://pt.wikipedia.org/wiki/Blu-ray
https://pt.wikipedia.org/wiki/Blu-ray
https://pt.wikipedia.org/wiki/CD
https://pt.wikipedia.org/wiki/DVD
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disco_de_vinil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_eletr%C3%B4nicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_eletr%C3%B4nicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_cartas_colecion%C3%A1veis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_cartas_colecion%C3%A1veis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Magic:_The_Gathering
https://pt.wikipedia.org/wiki/Spellfire
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biscoito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
https://pt.wikipedia.org/wiki/Refrigerante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Refrigerante
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apontador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha_escolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Borracha_escolar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caneta
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A1pis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Safari
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Schleich&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Action_figure
https://pt.wikipedia.org/wiki/Action_figure
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hot_Toys&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hot_Toys&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kotobukiya
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sideshow
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sideshow
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papel_de_carta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Videogames
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chaveiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dedal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dedal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Isqueiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plastimodelismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revell
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tamiya&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banda_desenhada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Graphic_novel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Graphic_novel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mang%C3%A1
 
6 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
 
Com certeza você deve estar se perguntado o porquê de entender de outros 
tipos de coleções já que você se encontra em um curso de Biblioteconomia e 
você pretende ser um bibliotecário? Exatamente por isso porque o 
bibliotecário organiza qualquer tipo de informação e desenvolve coleções das 
mais variadas espécies, porque o foco está exatamente na necessidade de 
informação de sua comunidade. Portanto se a informação estiver suportada 
em outros formatos que não o livro você irá desenvolver a coleção da mesma 
forma para bem atender. 
 
 
Em um cenário que a coleção da biblioteca é foco de seu desenvolvimento o 
processo de construção dos materiais da biblioteca para atender às necessidades de 
informações dos usuários de maneira oportuna e econômica, usando recursos de 
informações mantidos localmente, bem como de outras organizações você pode ter não 
somente livros para atender a essa demanda. 
 
A primeira etapa é saber qual é a missão que se pretende cumprir com o acervo 
(coleção de livros e ou objetos) que se pretende desenvolver. Uma coleção de biblioteca é 
a reunião de vários materiais (livros, manuscritos, seriados, publicações governamentais, 
panfletos, catálogos, relatórios, gravações, rolos de microfilme, microfilmes, microfichas, 
etc.) para que se possa de maneira completa atender a indivíduos ou comunidade. 
 
O formato ou suporte em que estará a informação serão os mais variados possíveis, 
o que importa é que atendam aos anseios e necessidades a que se destinam. 
 
1.1 Princípios, conceitos e elementos para o Desenvolvimento de Coleções 
1.1.1 Princípios e conceitos 
Um dos princípios no desenvolvimento de coleções é da biblioteca com seu papel de 
intermediar nesse processo as necessidades informacionais de sua comunidade / 
instituição e os recursos informacionais. Considerada por Lancaster (2004), a primeira 
missão da biblioteca. 
 
7 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Elaborar políticas parao desenvolvimento de coleções é encontrar um equilíbrio 
entre as reais necessidades informacionais e os recursos possibilitados pela instituição 
(WEITZEL, 2013). 
 
O Desenvolvimento de coleções é um “processo” composto por pelo menos 6 
etapas descritas por Vergueiro (1989) interdependentes: 1. Estudo da comunidade, 2. 
Políticas de seleção, 3. Seleção, 4. Aquisição, 5. Avaliação, 6. Desbastamento incluindo o 
descarte. 
 
Na literatura é possível identificar mais elementos do que somente os mencionados 
por Vergueiro (1989) e que complementam os 6 processos básicos. 
 
 
 
“A Política de Desenvolvimento de Coleções é um instrumento importante para 
desencadear o processo de formação e desenvolvimento de coleções, garante o 
procedimento e aprimoramento“ (WEITZEL, 2013) 
 
 
 
A função estratégica da política vai além do processo somente, ela garante também 
a administração de conflitos, obtêm consensos, melhora o canal de comunicação com a 
comunidade e serve como um mecanismo de conquista institucional (VERGUEIRO, 1989). 
Portanto o que define o Desenvolvimento de Coleções são processo e política. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO POLÍTICA 
DESENVOLVIMENTO 
DE COLEÇÕES 
 
8 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
1.1.2 Elementos 
Como tudo que se pretende empreender para o desenvolvimento e construção de 
uma coleção perpassa por um planejamento sistemático que envolve: análise do 
contexto atual (o que já se tem), seleção e aquisição, investimentos financeiros 
(orçamento), equipe envolvida, espaço físico e virtual, politicas institucionais e locais, etc. 
(WEITZEL,2013). 
 
No quadro abaixo destacamos com maiores detalhes esses elementos do 
desenvolvimento. 
 
Desenvolvimento de Coleções Planejamento 
Análise do contexto atual Conhecer: a comunidade e suas 
necessidades, a missão e os objetivos 
institucionais. Analisar a coleção existente 
ou ausência de uma. 
Seleção e aquisição Selecionar o material ou os 
materiais que devem compor a coleção. 
Propor e verificar as mais variadas formas 
de adquirir os mesmos. 
Investimentos financeiros Verificar o quanto de recurso 
orçamentário encontra-se disponível para 
esse desenvolvimento. Buscar formas de 
ampliar, manter ou capitar recursos de 
maneira perene. 
Equipe Analisar a equipe com que já 
disponho, suas habilidades e aptidões e 
se necessário identificar quais outros 
requisitos necessito nestes profissionais 
para esse empreendimento. Contratar, 
capacitar. 
Espaço físico Onde e como pretendo dispor toda 
essa coleção de forma apropriada em 
condições de manutenção e crescimento 
preservando a integridade do material que 
comporá essa coleção. 
Espaço virtual Pensar e planejar todos os 
aspectos quanto as coleções digitais. 
Prever espaço suficiente para suportar 
todo o processo de composição e 
crescimento dessa coleção. O Catalogo. 
 
 
 
 
 
 
9 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Politicas institucionais Refletir em sua coleção a missão e 
metas institucionais. Cumprir os requisitos 
a que as políticas institucionais se 
comprometeram. Ex. Uma instituição 
pública, mantida com dinheiro público a 
que se destina tornar toda a produção 
intelectual (repositório institucional) 
pública, ou ainda, sendo publica aquela 
coleção se destina para a missão que não 
é tornar aquela coleção aberta (biblioteca 
universitária) a todos os públicos. 
 
Importante entender que o planejamento e o desenvolvimento de uma coleção nunca 
podem incorrer no erro de pensar que poderá guardar tudo e receber tudo de forma tão 
abrangente, porque pode se tornar em um grande depósito de coleções e não em um 
recurso útil na formação dos indivíduos. 
 
A tecnologia da informação veio agregar possibilidades e tornar o trabalho do 
bibliotecário e o acesso do usuário mais fácil e confortável e não podemos perder esse 
foco. Promover uma coleção hibrida atendendo a todos os públicos é parte importante do 
desenvolvimento de coleção. 
 
Pensar em uma coleção que seu usuário consiga facilmente acessar significa que 
ainda que não esteja fisicamente na biblioteca ou no centro de informação, de sua casa, ou 
no lugar onde ele se encontre ele possa adentrar aquela coleção de forma virtual e 
recuperar informações da mesma forma de quem estava fisicamente presente na biblioteca. 
 
Portanto nessa jornada do planejamento ao desenvolvimento de coleções 
precisamos estar preparados para oferecer aqueles que virão buscar essas informações 
desde as tabuletas de argila a folhas de papiro, documentos em papel e chips de silício, 
discos ópticos e magnéticos e assim por diante. 
 
O resultado refletirá sempre na importância e no sucesso da coleção da biblioteca 
ou do centro de informação na satisfação das necessidades de informação dos seus 
usuários e ao cumprimento dos objetivos institucionais. 
 
Vamos imaginar que estamos falando do desenvolvimento de bibliotecas 
acadêmicas (universitárias) e que com certeza possuem um acervo variado para atender 
 
10 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
às suas necessidades. Podemos vislumbrar aqui uma coleção dividida em uma parte para 
atender as necessidades dos cursos de graduação e a outra parte dessa coleção para 
atender a pós-graduação e a pesquisa. Duas coleções com focos e objetivos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os livros não são comprados pelo mérito do título individual, mas com base nas 
necessidades e requisitos Individuais dos usuários em potencial. Os recursos financeiros 
em declínio, o problema de espaço na área de armazenamento, os problemas 
administrativos de um lado e o crescimento exponencial do documento junto com a 
demanda dos leitores, por outro lado, obrigam as bibliotecas a formular políticas e princípios 
para o desenvolvimento de coleções mais rigorosos. 
 
A palavra Desenvolvimento está sendo usada com uma conotação mais ampla. A 
coleção inclui livros, periódicos, material de leitura impresso e não impresso, gráfico, 
material de áudio e vídeo, materiais de arquivo, manuscritos, microfilmes, microfichas e 
banco de dados em CD-ROM e recursos, incluindo coleção de história local. Isso significa 
um desenvolvimento de coleção equilibrado. 
 
A avaliação da coleção e as atividades de estudos do usuário são os principais 
componentes quando tratamos de uma coleção que precisa se desenvolver e que já tem 
uma formação inicial presente. 
COLEÇÃO DA BIBLIOTECA 
UNIVERSITÁRIA 
COLEÇÃO 
GRADUAÇÃO 
COLEÇÃO 
PÓS-GRADUAÇÃO 
E PESQUISA 
 
Coleção de cada 
curso de 
graduação 
Coleção de cada 
curso de pós-
graduação 
 
11 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
A gestão desta coleção significa um novo plano de desenvolvimento considerando 
diferentes aspectos da construção desta coleção: uso da coleção, armazenamento e 
organização, circulação, serviço de informação, alocação de recursos, acesso aos recursos 
da biblioteca, etc. 
 
No caso o bibliotecário gestor desta coleção precisará encontrar um equilíbrio 
pautado na constatação de como a coleção existente está atendendo aos usuários 
(avaliação da coleção e estudos do usuário) para propor então um desenvolvimento a 
partir do resultado encontrado. 
 
1.1.3 OBJETIVOS 
Os Objetivos no Desenvolvimento de Coleção de Bibliotecas, Centros de 
informação, Arquivos, Bibliotecas de Pesquisa, Repositórios institucionais 
 
Objetivos gerais – Armazenar, disponibilizar, disseminar, proporcionar novos 
conhecimentos. 
 
Importante ter claro quanto ao objetivo que se deseja com o desenvolvimento da 
coleção em relação a: formar ou agregar novas informações para gerar novos 
conhecimento, atrair o leitorter um fluxo contínuo de usuários leitores, ou somente ter como 
objetivo disseminar a informação armazenada. O objetivo está diretamente relacionado a 
tipologia do local a que se pretende desenvolver a coleção. Exemplos: 
 
 
 
Bibliotecas: 
Biblioteca Pública – tem como objetivo atender a comunidade ao seu 
entorno e tem seu foco em atrair o leitor ou prover informação de interesse 
para o desenvolvimento da comunidade onde está inserida. 
Biblioteca Escolar – prover a leitura afim de formar leitores e ser 
recurso educacional a comunidade escolar a qual pertence. 
Biblioteca Universitária ou Acadêmica – disponibilizar bibliografia 
básica e complementar para a formação de seus graduandos e pós-
graduandos. Duplo objetivo atrair o leitor e disseminar informação a 
comunidade. 
Bibliotecas de Pesquisa – Disseminar o maior número de informação 
aos seus pesquisadores para que possa cada vez mais suportar as pesquisas 
desenvolvidas. 
 
12 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
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Centros de informação: dar suporte a comunidade a qual pertence. 
Arquivos: Atrair pesquisadores, registrar história e disseminar a informação 
armazenada. 
Repositórios Institucionais: Tornar pública e disseminar o máximo possível a 
produção intelectual desenvolvida pela comunidade a qual pertence. 
 
1.1.4 Fatores 
Fatores que influenciam no desenvolvimento de coleções e gestão dos acervos 
 
Vários fatores influenciam diretamente a forma como as coleções são desenvolvidas 
e geridas nas bibliotecas acadêmicas (universitárias) e centros de informação. Esses 
fatores incluem metas de desenvolvimento de coleção e políticas e procedimentos de 
gestão. 
 
As necessidades do usuário, políticas de desenvolvimento de coleção, orçamentos, 
avaliação de coleção para determinar os pontos fortes e fracos dos vários assuntos nas 
coleções, seleção de materiais de leitura, formatos em que os materiais são selecionados, 
as questões de acesso versus propriedade, desenvolvimento de coleção cooperativa, 
programas de compartilhamento de recursos e questões legais no desenvolvimento e 
gerenciamento de coleção são alguns dos fatores mais comuns. 
 
Esses fatores devem sempre ser considerados para a construção de coleções 
eficazes nas bibliotecas acadêmicas. 
 
Para Vergueiro (1989) o desenvolvimento de coleções é um trabalho de 
planejamento, ininterrupto e que serve a uma determinada comunidade, é também uma 
atividade rotineira que passa por várias etapas, e é um processo que deve ser desenvolvido 
em todas as bibliotecas de acordo com os objetivos de cada uma delas e suas 
comunidades. 
 
O desenvolvimento da coleção é um ciclo constante que continua enquanto a 
biblioteca ou centro de informações existirem. 
 
O processo de desenvolvimento de coleções é uma das etapas do planejamento e 
da administração de bibliotecas e que está totalmente ligado com os objetivos das 
bibliotecas e centros de pesquisa. A coleção está voltada a seus usuários, que ditam 
 
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suas necessidades e que determinara o processo de seleção do que pode ou não compor 
o acervo. Importante que todo esse processo esteja sempre formalizado e documentado e 
sempre revisitado para as futuras observações e alterações necessárias. 
 
As dificuldades surgem então em relação a selecionar materiais relevantes, não há 
como controlar tudo aquilo que está sendo publicado, sendo impossível absorver tudo que 
se é produzido, quanto mais acompanhar a velocidade das informações que surgiam a todo 
o momento. 
 
 Esse fenômeno na verdade é fruto da impossibilidade humana de absorver todas as 
informações produzidas no mundo e necessário para que possa dominar todas áreas do 
conhecimento (WEITZEL, 2002). 
 
Durante muito tempo as bibliotecas adotavam uma política para as coleções de 
armazenar toda produção documental produzida, causando um grande caos bibliográfico 
(MILANESI,2002). 
 
As bibliotecas tinham como parâmetro quanto maior e mais volumosas, ou seja, com 
grandes acervos, era sinal de status e prestígio, entendiam na época que as bibliotecas 
grandes e com acervos amplos, poderiam ofertar uma grande variedade de documentos 
que atendesse todas as necessidades informacionais de cada pessoa. Além de ser 
impossível ter tudo, o tudo que se tinha em sua grande maioria nem mesmo era utilizado. 
Muitas obras nunca foram retiradas da prateleira e outras em muitos anos na biblioteca 
foram consultadas uma única vez. 
 
Esse pensamento em manter tudo nas bibliotecas, fez com que aparecessem 
grandes problemas como: a dificuldade de localizar uma informação específica, problemas 
com a falta de espaços físicos, a falta de profissionais para processamento técnico do 
acervo e falta de orçamentos para definir os recursos necessários. Com isso as bibliotecas 
começaram a se preocuparem em selecionar os materiais que podiam compor o acervo. 
 
O processo de desenvolvimento de coleções nas décadas de 60 e 70 passou a ser 
estudado e analisado. Os bibliotecários começaram a desenvolver coleções por meio das 
seleções e do descarte (análise do acervo), transformando as coleções em algo mais 
coerente. A partir de então, vários estudos passaram a serem feitos sobre o 
 
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desenvolvimento de coleções em bibliotecas e todo o processo para esse desenvolvimento 
foi sendo aplicado (VERGUEIRO,1989). 
 
Não era mais possível com toda essa explosão do conhecimento deter em um único 
lugar e espaço toda informação gerada no mundo e os bibliotecários perceberam que não 
eram e nem poderiam ser os guardiões do conhecimento humano produzido e registrado. 
 
O desenvolvimento de coleções é um processo que não acontece uma única vez 
ele precisa ser revisitado a todo o momento de forma aleatória, onde se fizer necessário 
dentro de suas seis etapas interdependentes (VERGUIERO, 1989). Alguns autores relatam 
seis ou mais etapas e caberá ao bibliotecário aplicar o que lhe for mais adequado a suas 
necessidades. Veja a tabela abaixo com uma lista de etapas segundo seus autores: 
 
Desenvolvimento 
de Coleções 
ETAPAS 
VERGUEIRO, 1989 WEITZEL, 2013 
1.Estudo da comunidade, 
2.Política de Desenvolvimento de 
Coleções, 
3.Seleção, 
4.Aquisição, 
5.Desbastamento 
6.Avaliação. 
1.Identificar a missão e os objetivos 
institucionais, 
2.Perfil da comunidade 
3.Perfil da coleção 
4. Descrição das áreas e formatos cobertos pela 
biblioteca local, 
5.Política de desenvolvimento da coleção, 
6. Política de seleção, 
7. Processo de seleção 
8. Processo e política de aquisição 
9. Processo e política de descarte ou desbaste 
da coleção, 
10.Processo e política de avaliação. 
 
 
É possível visualizar na figura abaixo as 6 etapas que ocorrem o desenvolvimento 
em atividades rotineiras nas bibliotecas, geralmente está sobre a direção do bibliotecário, 
onde deverá possuir conhecimentos de todo o processo do desenvolvimento de coleções 
e política de sua biblioteca para melhor acompanhar sua equipe distribuída em cada uma 
das seções. 
 
 
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O ciclo pode ser demandado pelo bibliotecário responsável a todo instante e em 
qualquer uma das etapas que se faça necessário e que o processo necessite ser retomado. 
 
Estudo ou Análise da Comunidade 
Ponto de partida para todo o desenvolvimento de coleções. Saber e conhecer para 
que comunidade você desenvolverá uma coleção, além de ser o ponto de partida é também 
o fator que trará sucesso na avalição de todo o processo. Não é possível conduzir as outras 
etapas sem saber o que se pretende ou quem se pretende atender. 
 
Primeiropasso identificar qual o tipo de comunidade que será atendida com a 
formação do acervo. Segundo passo conhecer os interesses e expectativas que a 
comunidade espera e busca da biblioteca (DIAS & PIRES, 2004). 
 
Conhecer essa comunidade, as necessidades informacionais que devem ser 
atendidas, constituir um ponto de partida no planejamento de um serviço de informação e 
uma constante avaliação no decorrer da prestação dos serviços para que possa sempre 
melhor atender. Isso significa atrair membros da comunidade que possam colaborar na 
construção do planejamento, além claro de todo staff da biblioteca. 
 
BIBLIOTECÁRIO 
e EQUIPE
Análise da 
comunidade
Política de 
Seleção
Seleção
Aquisição
Descarte
Avaliação
 
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A equipe responsável pelo desenvolvimento de coleção deve iniciar realizando um 
estudo de usuários para melhor identificar o perfil desta comunidade. 
 
Com o estudo de usuários aplicado pode-se identificar quais os usuários que 
frequentam a biblioteca, mas também identificar quais não frequentam e entender o porquê 
está biblioteca não atende suas necessidades informacionais. Muitos estudos de usuários 
têm como foco somente a comunidade frequentadora de seus serviços e não vislumbram 
um potencial do que ainda pode atingir na totalidade da comunidade e possíveis lacunas a 
serem preenchidas em sua coleção. 
 
Os usuários podem ser divididos em: usuários Reais (que utilizam os serviços da 
biblioteca) e usuários Potenciais (que podem utilizar os serviços da biblioteca, mas não 
utilizam). 
 
Política de Desenvolvimento de Coleções 
Para que o desenvolvimento de coleções se desenvolva com continuidade, é 
necessário que seja elaborado um plano que aborde todos os passos do processo, no qual 
deve estar estabelecido todos os critérios que a biblioteca deverá abordar na parte de 
seleção e aquisição de materiais, além de constar a missão da biblioteca e os objetivos da 
instituição mantedora. 
 
A política de desenvolvimento de coleções segundo Lima e Figueiredo se refere: ao 
conjunto de diretrizes e normas que visa estabelecer ações, delinear estratégias gerais, 
determinar instrumentos e limitar critérios para facilitar a tomada de decisão na composição 
e no desenvolvimento de coleções, em consonância com os objetivos da instituição, dos 
diferentes tipos de serviços de informação e dos usuários do sistema. (DIAS e PIRES, 1984) 
 
A política de desenvolvimento de coleções trata-se de um documento planejado por 
uma comissão, que regulamenta todo o processo do começo ao fim. Essa política possui 
semelhanças a de um manual, onde qualquer pessoa envolvida na atividade possa 
compreender todos os passos do processo, pois esse documento deve ter como principais 
características a simplicidade, a clareza e a veracidade das informações contidas. 
 
 
 
 
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Seleção 
A seleção é uma atividade de decisão, onde se determina os itens que irão compor 
o acervo, através de critérios pré-estabelecidos por uma comissão responsável. 
 
Os materiais selecionados também devem estar de acordo com os objetivos da 
instituição mantenedora. A etapa de seleção não é uma atividade simples e fácil de realizar, 
é necessário muito estudo e pesquisa dos materiais que serão selecionados, por isso 
geralmente em cada unidade de informação existe uma comissão responsável pela 
seleção dos materiais. 
 
A seleção é uma atividade que ocorre diariamente, onde os itens selecionados estão 
de acordo com as exigências dos usuários, do movimento editorial e dos recursos 
disponíveis (Ranganathan, 2009). 
 
✓ Seleção de livros e outros recursos para compor a coleção está relacionada ao 
processo e atividades de aquisição, mas também com os processos de doação 
onde os acervos doados também são avaliados a cada título e se for levado em 
consideração o quanto se vai fortalecer ou não o acervo existente. 
 
A comissão que auxilia e apoia o processo de seleção deve ser composta no 
mínimo pelos seguintes integrantes: 
 
✓ 1 bibliotecário, responsável pela unidade de informação, ou mesmo um 
bibliotecário que esteja engajado com o processo de composição da coleção e 
alinhado com a proposta institucional; 
✓ 1 representante das principais áreas de conhecimento ou atuação 
(departamentos) da entidade à qual está diretamente subordinada. 
✓ 1 representante da área administrativa (setor de compras) ou que entenda o 
processo administrativo institucional. 
 
Essa comissão é responsável em elaborar uma lista de materiais que a biblioteca 
almeja incluir no acervo para que seja avaliada, essa lista conhecida, como lista desiderata, 
será encaminhada para os responsáveis das aquisições. 
 
 
 
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#BiblioTermos – Desiderata é um termo do latim que significa “coisas 
desejadas”. Na área de Biblioteconomia é usado para designar uma “lista de 
livros e outros documentos desejados pela biblioteca para possível aquisição.” 
(CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p. 120). Weitzel (2012) afunila um pouco mais 
essa definição ao considerar a desiderata como uma lista de itens que foram 
aprovados para incorporação ao acervo por cumprirem os critérios 
estabelecidos previamente pela biblioteca. 
https://estantedebibliotecaria.com/2018/03/16/bibliotermos-desiderata/ 
 
 
A comissão deve utilizar instrumentos auxiliares para a seleção, como por exemplos 
lista de sugestões dos usuários, atualização de edições de bibliografia de grande uso, 
consulta a bibliografia básica e complementar dos cursos e disciplinas da instituição. 
 
Importante ter entendimento que a comissão não tem conhecimento de todas as 
áreas de interesse, pois sem essas sugestões poderiam ocorrer erros nas aquisições de 
itens que não interessam a ninguém e isso seria um desperdício de dinheiro, de tempo, de 
espaço e de serviços dos profissionais envolvidos com o processamento técnico. 
 
Aquisição 
A aquisição é uma sequência da atividade de seleção que implementa e executa a 
lista elaborada e desejada para o desenvolvimento da coleção. Este é o momento que se 
decide as formas de adquirir os itens que vão compor o acervo (VERGUIERO,1996). 
A concretização do planejamento amplo do desenvolvimento de coleções se dá por 
meio da aquisição. As principais modalidades de aquisição ocorrem das seguintes formas: 
compra, permuta e doação (Vergueiro,1996). 
 
 
 
Aquisição atividade que inclui avaliação de necessidades, políticas de 
desenvolvimento de coleção, processo de seleção de livros, compra de livros, 
adesão e acréscimo de livros ao acervo existente. 
 
 
 
https://estantedebibliotecaria.com/2018/03/16/bibliotermos-desiderata/
 
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Compra 
O processo de compra envolve a administração de recursos financeiros, que muitas 
vezes são escassos e limitados. A identificação e controle dos itens que serão adquiridos 
deve ser criterioso e rigoroso. Essa atividade desencadeia uma prévia de orçamento que 
será encaminhado a sua aprovação pela instituição. Recomenda-se aqui que a lista 
contemple o orçamento coletado em pelo menos três livrarias ou fornecedores. 
 
No orçamento, além da lista da coleção de obras, deve-se destacar também segundo 
os recursos destinados a outras atividades ligadas a compra ou contratação de serviços, 
como o local de armazenamento, processamento técnico, encadernações, conferência, 
pessoal habilitado, serviços de manutenção e equipamentos, essas atividades são 
importantes para evitar comprometimento com a atividade de compra. 
 
Permuta 
A permuta (troca) envolve uma solução para aquisição semdispor de recursos 
financeiros, instituições tem encontrado na permuta grande economia, podendo realocar os 
recursos em outras necessidades. As instituições ambas trocam materiais informacionais, 
geralmente esses materiais são produzidos nas instituições, muitas vezes disponíveis para 
compra, mas com opção de permuta. 
 
O sistema de permuta estabelece um acordo entre duas instituições ou mais, com o 
compromisso mútuo de fornecimento de publicações das próprias entidades, de obras 
duplicadas ou retiradas do acervo ou de obras recebidas em doação, mas sem interesse 
para incorporação ao acervo. 
 
Como nem todas as instituições possuem publicações disponíveis para a troca, nem 
todas as bibliotecas realizam aquisições por permuta. Essa modalidade tem ocorrência 
maior em bibliotecas especializadas e universitárias. As bibliotecas que realizam permutas 
devem elaborar listas de duplicatas que facilitam o processo. 
 
Doação 
A doação é a forma com que muitos acervos (coleções) são iniciados. Essa forma 
de adquirir materiais informacionais de forma espontânea ou solicitadas deve estar 
envolvida na política de desenvolvimento de coleções. 
 
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Os critérios (politica) para o recebimento das doações precisam ser muito claros, 
pois nessa modalidade caso a biblioteca ou a unidade de informação não possua fica sujeita 
ao recebimento de todo tipo de doação, fazendo com que o crescimento deste acervo seja 
descontrolado e perca a sua missão a que se destina, tornando-se meramente um estoque 
de livros com pouca usabilidade e causando um esgotamento do espaço físico local. 
 
Neste caso sempre os materiais doados devem passar por um processo de seleção, 
pois eles podem não corresponder aos objetivos da biblioteca e antes que seja processado 
e incorporado deve ser descartado ou recusado. 
 
A doação na maioria das vezes ocorre por meio de alguns doadores que descartam 
livros que estão ocupando espaço em casa ou porque estão desatualizados. 
 
Avaliação 
Etapa importante do desenvolvimento de coleções onde é possível detectar e 
constatar se a formação do acervo correspondeu às expectativas e necessidades 
esperadas. 
 
A avaliação deve ser feita sempre com o objetivo de melhorar as políticas de 
desenvolvimento de coleções, melhorar as políticas relacionadas com períodos de 
empréstimos e taxas de duplicação, ou embasar decisões relacionadas com o uso do 
espaço (LANCASTER,1996) 
 
Realizada com determinada regularidade a avaliação consegue detectar possíveis 
erros que ocorreram na seleção de materiais, e impedir com essa atividade mais erros ou 
descontroles que ainda poderiam ocorrer. 
 
Importante que a atividade de avaliação deva ser realizada pela comissão 
responsável pela formação do acervo. Na avaliação os usuários devem sempre ser 
convidados a participar, a opinião deles demonstra se suas necessidades informacionais 
relacionadas ao acervo foram correspondidas (FIGUEIREDO, 1979). 
 
 
 
 
 
21 
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Desbastamento 
O desbastamento ou descarte é o processo de retirada de materiais da coleção. Isso 
não significa jogar fora simplesmente, mas propor um remanejamento, disponibilizar para 
permuta e doação ou ainda para restauração. 
 
A atividade de desbastamento acontece logo após a avaliação, onde a sua maior 
importância é adequar o espaço físico da biblioteca de acordo com as necessidades. É 
preciso para a manutenção de acervos vivos que essa atividade ocorra com uma 
periodicidade suficiente para não gerar acúmulos. 
 
O desbaste pode melhorar a qualidade e a funcionalidade do acervo. Quando dele 
se retiram livros velhos (desatualizados) e sem uso, as estantes mostram-se mais atraentes 
para os usuários que terão mais facilidade em encontrar os itens mais novos (atualizados) 
ou mais populares (LANCASTER, 1996). 
 
Através do desbaste é possível identificar livros pouco utilizado ou até muito utilizado, 
porém bastante desgastados e enviá-los para a restauração e ampliar o número de 
exemplares para melhor atender. É possível também remanejar para outros locais de pouco 
acesso (acervo histórico) fora do acervo circulante, ou pode-se retirá-los de forma definitiva 
do acervo. No processo de desbaste também é possível encontrar livros enfestados com 
cupins e outros e nesse momento aplicado o descarte definitivo para que não haja uma 
infestação em toda a coleção. 
 
Quando não há uma política de desenvolvimento de coleções a administração e 
gestão dos acervos, bem como o planejamento para a manutenção e desenvolvimento das 
coleções ficam estagnados. A falta de uma Política de Desenvolvimento de Coleções na 
biblioteca direciona as necessidades para um fluxo de demanda quando os usuários 
sugerem títulos de maneira esporádica. Isso transforma o acervo em estoque e não uma 
célula viva que corresponde as necessidades de sua comunidade. 
 
Eliminando a coleção 
Eliminar significa descartar do acervo da biblioteca porque não é adequado, isso é 
uma forma de selecionar, só que a grande maioria foca muito mais no eliminar. Descartar 
também é selecionar é retirar o que é útil e necessário e excluir o que já não funciona mais. 
 
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Antes que um programa de eliminação seja implementado, uma avaliação das 
políticas e metas da biblioteca deve ser realizada. Esta avaliação deve incluir: 
 
• análise da situação atual, 
• consideração de alternativas possíveis, 
• viabilidade de um programa de eliminação em termos de todas as operações 
da biblioteca, 
• cooperação do corpo docente, 
• tipos de bibliotecas envolvidas, 
• tipos de materiais coletados 
• custo 
• economizar espaço, 
• melhorar o acesso 
• abrir espaço para novos materiais. 
 
Os critérios para eliminar podem ser baseados em: 
 
• cópias duplicadas, 
• doações indesejadas, 
• livros obsoletos, 
• edições substituídas, 
• livros que estão infestados, sujos, surrados, gastos, etc., 
• livros com papel quebradiço e páginas faltando, não usados ou desnecessários 
volumes de jogos, periódicos sem índices. 
 
Avaliação da coleção 
A avaliação completa do ciclo de desenvolvimento de coleção está intimamente 
ligada às atividades de avaliação de necessidades. A avaliação da coleção envolve valores 
quantitativos e qualitativos. Os principais objetivos da avaliação são: 1.quão útil é a coleção, 
2. pontos fortes da coleção e 3. quão efetivamente o dinheiro deve ou precisa ser gasto. 
Para atingir os objetivos da avaliação, os seguintes pontos devem ser mantidos: 
 
1. Qual é o verdadeiro escopo da coleção (assuntos abordados) 
2. Qual é a profundidade da coleção (tipo de material) 
 
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3. Como a coleção é usada 
4. Quais são as áreas fortes de uso 
5. Quais são as áreas fracas de uso 
6. A biblioteca está servindo a uma comunidade? Qual? Como? 
7. A coleção é o grau de temporalidade da coleção (muito antiga) 
8. Quantos livros são solicitados de outras bibliotecas ou unidades 
 
Os pontos acima podem ser avaliados por meio de cinco abordagens gerais, como 
compilar estatísticas sobre acervos, verificar bibliografias, obter opinião de usuários 
regulares, examinar a coleção diretamente e listar a capacidade de entrega de 
documentos da biblioteca. 
 
1.2 Política Para o Desenvolvimento de Coleções 
Não basta aplicar todos os processos e etapas para o desenvolvimento de coleções 
se não registrarmos tudo de forma que não se perca todo o processo de trabalho 
desempenhado e que a qualquer momento sempre possa ser retomado para qualquer 
mudança, ajustes e atualizações que se fizeremnecessários. 
 
Para que esse trem não saia dos trilhos a locomotiva que faz com que todos os 
vagões continuem desempenhando o bom funcionamento e desenvolvimento 
transcrevemos tudo em uma política. 
 
É a política que ditara o fluxo contínuo de manutenção e vida do acervo em relação 
a sua missão e comunidade. 
 
1.2.1 Elementos da Política de Desenvolvimento de Coleção 
As bibliotecas e centros de informação em sua grande maioria, que até mesmo 
possuem excelentes coleções, muitas vezes, quando consultados não possuem uma 
política de desenvolvimento de coleções. As políticas não são desenvolvidas muitas vezes 
porque exigem de seu gestor empenho e muita reflexão e nem todos estão dispostos a 
empreender. 
 
Uma política precisa refletir um organismo vivo e uma imagem de sua comunidade 
em mudança que contemple suas reais necessidades. 
 
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A política declarada fornece uma estrutura dentro da qual os indivíduos 
(bibliotecários, usuários e comunidade em geral) podem exercer seu próprio julgamento e 
ação. Quando as políticas não possuem diretrizes escritas, surge muitas visões diferentes 
sobre o propósito da biblioteca. 
 
Sem a declaração (documento) por escrito de uma política, a divergência de opinião 
cria confusão gerando assim uma desgovernança no processo de desenvolvimento e 
gestão dos acervos. Com um documento de política, todos têm um ponto de referência 
central evitando os descompassos nos processos. 
 
Um documento de política preveni com que muitos problemas sejam evitados, mas 
eles devem informar: a natureza e o escopo da coleção, forças e metas organizacionais, 
mais que um elemento no processo de seleção, como lhe dar com as reclamações e 
orientar a remoção demandadas pela avaliação da coleção. Além dos elementos já 
descritos devem conter no documento de declaração da política de desenvolvimento de 
coleção os seguintes: 
 
✓ Objetivos institucionais 
✓ Detalhes da área de assunto 
✓ Questões diversas, como doações, eliminação, avaliação, reclamações e 
censura 
✓ Processo de aprovação da política após a realização de consulta pública. 
 
1.2.2 Conceitos condutores e formadores 
Os materiais a serem adquiridos pelas bibliotecas são em sua grande maioria no 
suporte impresso (livros) e também não impresso. Quando pensamos nas coleções boa 
parte dela, ou mesmo, a maior parte dela são os livros. O bibliotecário é o principal 
responsável por conduzir e orientar todo esse processo. 
 
A seleção dos livros, mesmo que haja uma comissão de especialistas representando 
as mais diversas áreas da comunidade e também os usuários do assunto o bibliotecário 
deve seguir certos princípios orientadores e teorias para a seleção de livros. 
 
 
 
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Podemos identificar abaixo um quadro com princípios propostos por alguns dos 
maiores defensores do campo da Biblioteconomia: 
 
Autores Princípios 
Francis Drury Princípio de seleção de livros de Drury 1930: declarou o princípio de que 
segundo ele, o objetivo da seleção de livros é fornecer o livro certo 
para o leitor certo no momento certo. 
Melvil Dewey Princípio de seleção de livros de Dewey 1876: afirmou que, os livros 
selecionados para uma biblioteca devem ser a melhor leitura para o maior 
número com o menor custo. 
Lionel McColvin Princípios de McColvin: apresentou sua teoria para a seleção de livros em 
bibliotecas públicas. Seu princípio baseava-se na teoria da oferta e 
demanda de seleção de livros. Sua teoria enfatiza que devem ser 
selecionados somente os documentos que são exigidos pelos 
usuários para suas necessidades e requisitos específicos. A demanda 
deve ser avaliada pelo bibliotecário com base em seu valor, volume e 
variedade. 
S.R. Ranganathan Princípios de Ranganathan: Os princípios da seleção de livros foram 
declarados em 1952. Considerados as cinco leis da Biblioteconomia. 
 
1. Livros são para uso: apenas devem ser selecionados aqueles 
documentos que sejam amplamente úteis para os usuários de uma 
determinada biblioteca. 
2. Cada leitor seu livro: Isso implica que as necessidades dos usuários 
são as principais considerações na seleção do livro. 
3. Para cada livro seu leitor: A lei determina que cada leitor na biblioteca 
deve obter livros como e quando necessário. 
4. Economize tempo do leitor: A implicação desta lei é que os livros 
devem ser selecionados antecipando-se à demanda dos leitores e devem 
ser processados e enviados às estantes para economizar tempo dos 
leitores. 
5.A biblioteca é um organismo em crescimento: Isso implica que a 
biblioteca deve cuidar da eliminação e a coleção existente deve ser 
dividida em duas partes com base no seu uso, ou seja, coleção ativa e 
coleção passiva. 
 
 
 
 
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1.2.3 O que preciso para escrever uma política de desenvolvimento de coleção? 
Abaixo uma diretriz com uma estrutura mínima para elaboração de um documento 
da Política de Desenvolvimento de Coleções – PDC. 
 
Estrutura mínima para a documentação 
da Política de Desenvolvimento de 
Coleções – PDC 
 
Missão 
Objetivos 
Contexto institucional 
Outras documentações 
 
Documentar bem a missão da biblioteca 
com a missão institucional e seus 
objetivos. Levar em consideração 
regimentos e portarias relativas a tipologia 
de instituição se refere (publica, privada, 
mista etc.). 
Definindo os usuários 
Categorias de usuário 
Políticas de acesso e empréstimo 
 
Pautar com base em estudo de usuários. 
Definindo a coleção 
Escopo da coleção 
Formatos de coleção 
 
Caso haja um acervo pré-existente fazer 
avaliação do mesmo para bem definir o 
que se pretende. Caso não desenhe o 
escopo do que se pretende com a 
coleção. 
Selecionando os materiais da coleção 
Critério de seleção 
Processos de Seleção 
 
Documentar bem os critérios utilizados 
para a seleção e não esquecer da 
comissão e o processo de composição da 
comissão. 
Manutenção e Avaliação da Coleção 
Desbaste (Descarte) 
Substituição 
Doação 
Avaliação da coleção 
 
Assim como nas outras partes do 
documento se atentar para a missão e 
tipologia institucional porque a política de 
descarte de uma instituição pública, onde 
o livro é considerado um material 
permanente terá outros critérios para o 
descarte que uma instituição particular. 
 
 
 
 
 
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Alguns Exemplos de políticas de desenvolvimento de coleções. 
 
 
 
 
 
1.2.4 Técnicas e procedimentos de desenvolvimento de coleção 
Dentre as técnicas adotadas para o desenvolvimento do acervo está o procedimento 
de identificar os tipos de documentos que devem ser adquiridos. É necessário identificar o 
valor do orçamento destinado para tal fim e desenhar as várias características aplicadas 
aos tipos de documentos como: publicações convencionais e não convencionais, de 
referência geral, básicas e especiais, nativas (em língua materna) ou somente em línguas 
estrangeiras. 
 
Uma vez que os tipos de documentos a serem selecionados são conhecidos, o 
próximo passo é descobrir os níveis de seleção. 
 
Importante que o bibliotecário tenha conhecimento das diretrizes disponíveis que 
estão na literatura e faça uso delas para este processo, uma delas é a diretriz da American 
Library Association – ALA http://www.ala.org/tools/guidelines/standardsguidelines que 
descreve cinco níveis de desenvolvimento: nível abrangente, nível de pesquisa, nível de 
estudo, nível básico e nível mínimo. 
 
Os critérios de seleção para os livros e outros materiais estarão organizados quanto 
a tipologia como: livros,livros de referência, livros didáticos, materiais de ficção, não ficção, 
e não livros (importante ressaltar que tem bibliotecas que possuem acervos dos mais 
variados) e o bibliotecário deve ter muito cuidado ao selecionar e incorporar todos esses 
itens. 
 
Importante levar em consideração na seleção dos livros, critérios desempenham um 
papel importante como de autoridade do autor e do editor, a apresentação do conteúdo, o 
valor da biblioteca e o preço. Enquanto que para a seleção de um livro de referência é saber 
o valor bibliográfico do documento e se complementa ou não a coleção existente. 
 
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As práticas desempenhadas pelo bibliotecário quanto a critérios de seleção para um 
livro didático, é verificar a aplicabilidade ao curso de estudo, vocabulário e índice analítico, 
juntamente com outras características físicas do documento. Ao selecionar um título de 
ficção, o bibliotecário deve enfatizar a popularidade do autor, o estilo da obra e a crítica do 
revisor. A seleção de não-ficções deve ser baseada na exatidão e nas credenciais do autor, 
juntamente com o escopo e autenticidade do livro. 
 
No caso de selecionar materiais não contidos em livros e ofertá-los para empréstimo 
também conhecido como Biblioteca das Coisas, e tarefa complexa, pois é necessário 
verificar a autenticidade, adequação, escopo, interesse, organização, aspectos técnicos, 
recursos especiais e características físicas do material. 
 
 
 
A Biblioteca das coisas – que consiste no empréstimo de materiais não 
bibliográficos aos alunos tem aspectos dos mais variados e tem claro total 
conexão com o perfil e missão institucional e com os cursos ofertados por 
exemplo: Curso de Moda (tecido, croqui, roupas, chapéus sapatos) importante 
que elementos do aprendizado e do ensino estejam disponíveis a comunidade. 
Um outro exemplo seria um curso de Gastronomia (que pode dispor de uma 
biblioteca de temperos), os Curso técnicos (Ferramentas, calculadoras e 
acessórios). 
 
A política de seleção de material deve seguir instruções dos bibliotecários e 
seguidas de informações adicionais a saber: 
 
• conhecer sobre o material de pesquisa, pois a aquisição de livros estrangeiros 
tem um custo muito alto e pode somente nessa modalidade consumir todo 
orçamento disponível. 
• cuidar para que os livros de referência essenciais estejam contemplados. 
• priorizar as edições atuais sempre as últimas edições (garantir um acervo 
atualizado) 
• examinar o número suficiente de exemplares a serem adquiridas (equilíbrio). 
• garantir que os títulos populares possam ser adquiridos. 
• A aquisição de livros raros ou clássicos de determinadas áreas devem estar na 
política de seleção 
 
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• deve conter critérios para os devidos procedimentos de substituição ou mesmo 
aquisição das publicações esgotadas (sebo) que são imprescindíveis. 
• deve cuidar para contemplar materiais que não sejam de livros de acordo com 
os requisitos dos usuários e do curso. 
 
1.2.5 Comissão ou Comitê para os assuntos de Biblioteca 
O comitê ou comissão de biblioteca deve estar configurado (membros) no regimento 
interno da biblioteca e ter definido se o mesmo será um órgão meramente consultivo ou 
deliberativo, e no caso de deliberar ter um equilíbrio dos votantes. 
 
O órgão formalmente constituído é muito importante na governança de uma 
biblioteca, pois de acordo com sua constituição pode contribuir de maneira significativa e 
eficaz quanto da seleção da coleção. Em uma configuração universitária, o comitê de 
biblioteca é o órgão do conselho executivo ou conselho acadêmico. As funções de um 
comitê podem ser as seguintes: 
 
• Formular política para o desenvolvimento de recursos para a biblioteca, 
• Aconselhar na alocação de orçamento, 
• Desenvolver um programa de serviços de biblioteca para o interesse da 
comunidade, 
• Garantir a comunicação entre a coordenação de biblioteca e os vários 
departamentos, 
• Estabelecer políticas amplas. 
 
Um comitê de biblioteca é um recurso comum nas bibliotecas acadêmicas e muito 
utilizado em todo o mundo, porque amplia de maneira significativa o desenvolvimento não 
somente das coleções, mas da biblioteca como um todo. É atribuído como consultivo, e não 
administrativo. No entanto, as políticas aprovadas pelo comitê da biblioteca estão sujeitas 
à aprovação pela direção e pela comunidade. 
 
Os membros do comitê de biblioteca são principalmente aqueles que estão 
diretamente envolvidos com os serviços da biblioteca, o bibliotecário e da administração e 
organização da instituição e de seus departamentos. O Comitê da Biblioteca: 
 
 
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• Atua como uma agência intermediária entre a biblioteca e a comunidade, 
• Serve como um intérprete dos requisitos e necessidades da comunidade, 
• Intermedia por mais recursos financeiros demonstrando junto com o 
bibliotecário as necessidades, 
• Ajuda na seleção e aquisição de livros, periódicos e outros materiais e na 
formulação de diretrizes políticas, 
• Aconselha a melhoria necessária no serviço do usuário, 
• Aconselha para cooperação em rede de bibliotecas, 
• Estabelece junto com o bibliotecário a política de descarte de livros, 
 
O comitê de biblioteca atua como consultor e fórmula as políticas da biblioteca em 
cooperação com o Bibliotecário para o desenvolvimento e sucesso no ensino superior e da 
pesquisa. 
 
1.2.6 Orçamentos na biblioteca 
Esse é sempre um tema muito polêmico e controverso. Existem muitas instituições 
que possuem recursos fixos dedicados ao desenvolvimento das Bibliotecas e outras que 
não possuem orçamento algum para esse fim. 
 
A visão da gestão institucional quanto a esse assunto é que alguns gestores 
entendem o orçamento como gastos e outros como investimento. 
 
Diante disso o bibliotecário deve depender da organização e de suas instâncias para 
receber aporte orçamentário para colocar em prática a política e consequentemente o 
desenvolvimento de coleção. Nessa administração dos recursos financeiros o bibliotecário 
depende hierarquicamente da alta gestão institucional para a liberação do orçamento. 
 
A biblioteca que conta com orçamento fixo espontâneo sem ter que todas as 
necessidades de desenvolvimento da coleção buscar recursos (demanda induzida) 
conseguem com verba adequada, desempenhar um crescimento contínuo adequado, já dá 
outra maneira existem anos que não há nenhum investimento. 
 
 
 
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Quando a necessidade de corte orçamentário a biblioteca se torna a primeira a 
enfrentar tal situação. O orçamento da biblioteca pode ser planejado e os recursos podem 
ser advindos de várias fontes, como projetos e investimentos advindos de outras formas 
que não a receita institucional. 
 
O impacto orçamentário também recai sobre o custo com pessoal e também com a 
quantidade de pessoas alocadas na equipe das bibliotecas. O orçamento impacta de forma 
considerável o bom desempenho de todo sistema da biblioteca, quanto mais o 
desenvolvimento de coleções. 
 
Um bom plano orçamentário contempla a compra de materiais de biblioteca, artigos 
de papelaria, orçamento encadernação e claro novas aquisições, mas a manutenção de 
tudo que já tenha sido adquirido. 
 
Uma vez que o orçamento da biblioteca é alocado, torna-se responsabilidade do 
bibliotecário fazer uma boa gestão do orçamento em diferentes áreas, como compra de 
livros, periódicos, material não-livro e o próprio mobiliário da biblioteca, sem deixar de lado 
provisões para encadernação, restauro e contingência. 
 
A alocação orçamentária paracompra de livros varia de biblioteca para biblioteca e 
também com relação a área do conhecimento que se pretende adquirir os livros. Existem 
áreas onde os custos das obras são 10 vezes mais caros do que outras, então dividir o 
orçamento em partes iguais entra as bibliotecas pode causar vantagem e desvantagens 
entre elas. 
 
Existe também uma forma de distribuição orçamentária que ocorre muito nas 
bibliotecas universitárias que é a disponibilidade do orçamento por diferentes 
departamentos e estes parametrizam os gastos de acordo com suas necessidades 
informacionais. 
 
Esse modelo utilizado para distribuição do orçamento por departamentos funciona 
com a nomeação de um membro para a seleção dos materiais da biblioteca e o membro 
nomeado atua como elemento de ligação entre outros membros do corpo docente do 
departamento e a biblioteca. 
 
 
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O orçamento deve ser administrado de forma meticulosamente, e cada instituição 
tem que encontrar o melhor modelo que garanta de fato uma boa empregabilidade dos 
recursos sem desperdícios e de sustentabilidade para o crescimento e desenvolvimento 
das coleções. 
 
1.2.7 Fornecedores 
Importante contar com o contato e acesso a uma lista diversificada de fornecedores 
e editores. Ter conhecimento do que cada um tem para oferecer em sua opção de produtos 
e o que podem ofertar. 
 
Sem dúvida o plano de negócio que cada um pode ofertar deve ser consultado 
sempre e com antecedência pelo o Bibliotecário para que possa juntamente com o comitê 
de biblioteca possa tomar melhores decisões em suas aquisições. 
 
Uma estratégia é uma consulta prévia as livrarias virtuais na internet obtendo sempre 
pelos três orçamentos para que sempre tenha uma média de custo de cada item e também 
da lista inteira e até por partes e especialidades para que possa negociar junto aos 
fornecedores sempre um melhor preço. 
 
1.2.8 Subcomitês 
Os subcomitês podem e devem ser constituídos sempre que necessário para a 
seleção, avaliação e retirada de livros da biblioteca. Esses subcomitês apoiam todo o plano 
e o processo de desenvolvimento da coleção em atuações especificas (especialidades) e 
também preparam juntamente com o bibliotecário a política de aquisição. Contar com o 
apoio dos membros do subcomitê para auxiliar na implementação do mesmo é fundamental 
para o sucesso na cooperação com o bibliotecário e o pessoal da biblioteca. 
 
1.2.9 Materiais não contidos em livros 
Uma biblioteca hoje não se limita somente a organizar e disponibilizar livros. 
Chamada biblioteca das coisas ela organiza e disponibiliza aos seus usuários todos os 
recursos necessários para o desenvolvimento e aprendizado de seus usuários. 
 
 
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Além dos livros é comum na Biblioteca ter materiais com vários tipos de 
características físicas, como folhetos, materiais cartográficos, materiais gráficos, materiais 
audiovisuais, materiais em mídia eletrônica e assim por diante. 
 
Os materiais da biblioteca em várias formas físicas precisam ser coletados pelas 
bibliotecas de acordo com os seus requisitos. A seleção desse tipo de material também 
deve ser feita com base na demanda e especificações solicitadas por seus usuários. 
 
Os princípios da seleção precisam ser baseados na autoridade, precisão, eficácia da 
apresentação, utilidade para um propósito específico e assim por diante. 
 
O tipo específico de material é escolhido para um determinado tipo de propósito e 
para a apresentação de um determinado tópico. Exemplo uma biblioteca para a faculdade 
de música que irá disponibilizar os mais variados instrumentos musicais para as atividades 
de estudo de seus usuários, como descrevemos em tópicos anteriores o Bibliotecário 
contará com o apoio do comitê de especialista para melhor descrever, selecionar e adquirir 
esses materiais. 
 
A seleção e aquisição de materiais que não sejam de livros dependem de fatores 
como o tipo de biblioteca e a sua comunidade usuária. Deve haver uma política de 
desenvolvimento de coleção para os materiais que não sejam livros. Além dos tradicionais 
materiais não-livros, a biblioteca tem iniciativa para o desenvolvimento de coleções digitais 
que terá uma seção sobre essa modalidade. 
 
1.2.10 Publicações periódicas 
Conhecidos como periódicos científicos ou Journals são materiais imprescindíveis 
para as bibliotecas de pesquisa e também de instituições que ofertam cursos de pós-
graduação e de pesquisa. A comunicação da ciência especializada informa de forma rápida 
suas descobertas em formatos de artigo científico que estão nesses periódicos. 
 
São chamados de periódicos porque todo tem uma periodicidade (intervalos 
regulares), portanto a biblioteca terá que manter uma assinatura perene para que o 
pesquisador tenha total acesso sempre. 
 
 
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Existem bibliotecas que seu acervo de maior desenvolvimento são as publicações 
periódicas e onde o aporte orçamentário será fixo para a manutenção dessa coleção 
especializada porque são de caráter contínuo. Exemplo é uma biblioteca médica essa área 
do conhecimento publica toda as suas descobertas de forma rápida em periódicos 
especializados. 
 
Os critérios qualitativos devem ser seguidos durante o processo de seleção. Os 
bibliotecários enfrentam diferentes tipos de problemas durante as diferentes etapas de 
aquisição, como seleção, pedido e recebimento. A seção recebe muita demanda para 
aquisição de diferentes títulos em diferentes áreas centrais pertencentes a diferentes 
assuntos. 
 
Como resultado, a seção enfrenta dificuldades financeiras. Por outro lado, os 
periódicos são a fonte mais importante de informação, pois contém as informações mais 
recentes na forma de resultados de pesquisas, relatórios de pesquisas e relatórios de 
estudos de campo, etc. 
 
Isso atua como a fonte primária para os pesquisadores acadêmicos. Mas os preços 
das assinaturas dos periódicos estão sempre aumentando devido ao aumento do preço do 
papel, impressão etc. 
 
As características de mudança dos periódicos são mudança no título, fusão de títulos 
/ questões etc. As piores situações são o aumento do anual orçamento, aumento do custo 
da rúpia para moeda estrangeira, demanda por mais títulos por parte dos leitores, lacuna 
na oferta no recebimento das edições por motivos diversos, perda em trânsito e não 
recebimento de reposição de edições perdidas. 
 
O bibliotecário da seção de periódicos deve ser atento quanto em alguns aspectos 
como: 
✓ Alocação de verba para novas aquisições de títulos e continuidade dos já 
existentes, 
✓ Preparar e manter a lista de assinaturas atualizada e sempre fazer revisões 
periódicas, 
✓ Procurar fazer o pedido direto ao editor para não encarecer o processo, 
✓ Desenvolver caso haja oportunidade a permuta com outras instituições. 
 
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Claro que em qualquer processo existe vantagens e desvantagens em ambos os 
sistemas. Porém, é melhor escolher sempre os formatos de aquisição que permita sempre 
economia ao orçamento para que possa manter e ampliar sempre que possível atendendo 
a mais pedidos de seus usuários e anseios de sua comunidade. 
 
Estar atento as formalidades administrativas de acordo com os processos requeridos 
por sua instituição, após finalização sempre pedir o desconto comercial, calcular despesas 
de entrega e postagem e suas opções de taxas por via terrestre ou aérea, taxas de 
conversão para moedas estrangeiras, garantia de reposição de emissões não recebidas ou 
devolução do custo dos fascículos não fornecidos, acesso a periódicos online gratuitoou 
não. 
 
1.2.11 Materiais gráficos e cartográficos 
Essa categoria de materiais gráficos são os documentos disponível na biblioteca 
como recurso visual e incluem: ilustrações, cartões pictóricos, fotografias, gravuras, 
representações pictóricas e descrições visuais. Gráficos, planos, slides e outras 
representações visuais também podem ser agrupados nesta categoria. 
 
Eles complementam os materiais de leitura para o avanço da aprendizagem. Os 
materiais incluem: globos, mapas, atlas etc. Um globo é uma representação física da Terra, 
enquanto os mapas podem ser divididos em finalidades físicas, políticas e especiais (que 
representam assuntos específicos). Um mapa é o mais importante para o tema que 
representa. 
 
Outros 
Os materiais de leitura que não são livros devem seguir os critérios para avaliação 
de materiais considerando: relevância para as necessidades e requisitos do grupo de 
usuários. 
 
1.3 Desenvolvimento de Coleções Eletrônicas 
O foco do desenvolvimento de coleções tem acompanhado toda a mudança dos 
conteúdos que antes encontravam – se somente disponível em formato ou suporte de papel 
e que agora com as novas tecnologias e mudanças de paradigmas muitos encontram – se 
nos dois formatos e muitos migraram para somente no formato digital online. 
 
36 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
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Essa mudança na construção de coleções locais para empreendimentos de bases 
de dados, periódicos científicos, plataformas de livros digitais. 
 
Na era digital, os bibliotecários mudaram seu papel e agora eles devem atuar como 
mediadores da informação atuando como intermediador de acesso a informação seja digital 
ou em papel. 
 
Portanto o valor agregado que os bibliotecários podem contribuir aos sistemas de 
organização, recuperação e acesso é imprescindível. Encontrar solução como consórcio de 
assinatura de periódicos, implantar e manter os repositórios institucionais nas instituições 
tornou-se um dos maiores desafios para os profissionais de bibliotecários. 
 
A aquisição de base de dados bibliográficas em formato on-line tornou-se parte do 
desenvolvimento de coleção em ambiente eletrônico. Importante mencionar plataformas 
com livros totalmente em formato digital. 
 
No ambiente eletrônico, os sistemas baseados em computador apresentam as 
vantagens de acesso a bancos de dados externos que podem ser explorados. O acesso 
bibliográfico ao acervo de uma biblioteca individual, sobre um assunto específico ou o 
acesso ao catálogo. 
 
Os bibliotecários têm que se preparar e se adaptar a essas novas mudanças. No 
entanto, existem muitos desafios e novos custos no gerenciamento eletrônico de 
documentos em formato digital como: sistemas de aquisição e preservação, obsolescência 
tecnológica, não compatibilidade da cultura organizacional com o ambiente digital, 
resistência à mudança, certificação e verificação da confiabilidade e autenticidade das 
informações digitais, controle de copyright. 
 
A necessidade de investimento em sistemas e máquinas capazes de suportar toda 
informação armazenada, internet veloz e ao mesmo tempo preocupar-se com a 
preservação, além do que tudo esteja acessível e compatível. 
 
1.3.1 O FORMATO DIGITAL E OS REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS 
Repositórios institucionais grandes bibliotecas em formato digital que organiza e 
disponibiliza em acesso aberto toda a produção intelectual de uma instituição. Uma missão 
 
37 
Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
depositada neste formato, mas que também precisa ser pensado como uma grande coleção 
que deve ser organizada e desenvolvida de forma contínua. 
 
O desenvolvimento de coleções na construção de repositórios institucionais tem sido 
uma nova solução para os bibliotecários no gerenciamento dessas coleções que agora são 
depositadas em meio digital. Da mesma forma que as bibliotecas tiveram que repensar 
suas coleções em relação a missão institucional e as necessidades de seus usuários, o 
repositório também tem sido moldado por esses processos. Portanto os repositórios não 
podem ser como as antigas bibliotecas que armazenavam tudo sem uma política. 
 
Adotar um conjunto de critérios, estratégias e metas para coleta, seleção, descarte 
etc. dos objetos de informação que pretende incorporar à sua coleção, de forma dinâmica 
e constante – Política do que será armazenado sem esquecer que deverá ser preservado. 
 
Por mais que pareça simples e de maior facilidade por estar em meio digital tem as 
mesmas preocupações que a coleção de papel, também necessita de tratamento 
(metadados), espaço em máquina, de equipamentos suficiente para um bom acesso e 
também para armazenar, e claro dos processos de seleção, armazenamento, tratamento 
da informação. 
 
Os processos que tomamos como diretrizes também adotamos para o meio digital: 
análise e estudo da comunidade a ser atendida, estudo do acervo existente seus pontos 
fortes e fracos; definição das metas de desenvolvimento deste acervo; estudo e 
planejamento quanto à conservação e preservação de forma que aqui esse item será 
guardar para sempre ou para que futuras gerações consigam acessar todo esse conteúdo 
da mesma forma que fazia a quem sabe 50 ou 100 anos atrás. 
 
Desafios como o que relatamos quanto a preservação é apenas um deles temos 
também: definição dos tipos de materiais que serão incluídos no acervo; atenção para os 
problemas legais, de direito autoral, licenças de uso, preocupação com aspectos 
relacionados à censura, à liberdade de expressão e intelectual e com minorias sociais; 
avaliação do acervo (veracidade, plágio, similaridade); definição de critérios de descarte e 
manutenção. 
 
 
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Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
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Os critérios gerais adotados para todo e qualquer tipo de material em uma unidade 
de informação são semelhantes, incluindo os recursos eletrônicos. 
 
 
 
Considerações finais sobre o desenvolvimento de coleções 
Todos os esforços empreendidos com o desenvolvimento de coleções se todos 
equipe, direção e usuários estiverem alinhados nessa direção. Porque para o sucesso 
deste processo é necessário o envolvimento de todos. 
 
Sem os usuários não há justificativa para a existência de uma biblioteca, quanto mais 
uma coleção, portanto o usuário é sempre seu objetivo principal. Ele demandará sempre 
solicitações e suas necessidades. 
 
O bibliotecário desempenha um papel fundamental para que depois de formado um 
acervo e uma política para o desenvolvimento, o uso desse material seja de fato efetivo e 
eficiente. 
 
A organização e manutenção dos materiais desempenham um papel importante, isso 
é tarefa árdua de toda a equipe de biblioteca. 
 
É preciso o conhecimento especializado, técnico e claro das novas tecnologias para 
cumprir os objetivos de compartilhamento de recursos e gerenciamento cooperativo de 
coleções e em rede. A eficiência dos serviços de biblioteca atrai cada vez mais leitores e 
os recursos de biblioteca. 
 
Os desafios do desenvolvimento de coleção para a equipe de desenvolvimento deve 
ser responder às necessidades totais da comunidade, não apenas aos usuários atuais ou 
mais ativos, deve ser feito de forma participativa. 
 
O desenvolvimento de coleções não é algo que se aprende lendo. Somente através 
da prática, alguém pode se tornar um especialista. 
 
 
 
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Formação e Desenvolvimento de Coleções 
 
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Diretrizes rápidas e práticas para se começar um desenvolvimento de coleções 
em bibliotecas. 
➢ Comece com as remoções – isso fará com que você conheça o seu acervo de 
forma mais profunda e saber o que ele tem de melhor (pontos fortes) e o que 
tem de pior (pontos fracos). Retire tudo que potencialmente limite a

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