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Ocupação de Áreas de Risco

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OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO 
OCUPAÇÃO DAS ENCOSTAS E A FORMAÇÃO DE ÁREAS DE 
RISCO 
 
Márcio Barcellos Pivetta 
Maristela Alessandra Paula Vieira 
Sandro Fagundes 
Zenaide da Silva 
 
Tutora Externa: 
Denise Rufino 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso de Gestão Ambiental - GAM0471 
17/07/2020 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A ocupação de encostas se dá por meio do crescimento acelerado e desordenado de 
aglomerados humanos, mas também com a falta de planejamento. As consequências de tais 
atos apresentam diretamente impactos ambientais, como por exemplo, a modificação no uso e 
ocupação do solo. Desde a formação dos primeiros agrupamentos humanos até a concepção 
das cidades modernas, a sociedade convive com a ocorrência de eventos de ordem natural que 
geram perdas sociais e econômicas (VEYRET, 2007). Porém, o aumento da frequência e 
intensidade da ocorrência de eventos adversos tem se mostrado como tendência nos últimos 
anos, o que revela a importância de conhecer os fenômenos para minimizar os impactos 
gerados (TOMINAGA, 2009). 
Segundo Valencio et al (2005), os saberes baseiam-se no entrelaçamento de 
representações geradas a partir dos danos já vivenciados em eventos relacionados as chuvas. 
Esse conhecimento tradicional deve ser valorizado nas políticas de gestão de desastres, pois as 
populações submetidas a esses eventos podem contribuir com o seu conhecimento acerca da 
dinâmica da região, o que colabora para a elaboração de mitigação mais eficaz para manter a 
ocupação de áreas de risco. 
A alarmante necessidade de maior infraestrutura tem sido requisitada nos grandes 
centros populacionais. Uma estimativa quase alarmante, nesse aspecto é da Organização das 
Nações Unidas, prevendo que no ano de 2050, serão 5 bilhões de pessoas morando nas 
cidades. A previsão é que 80% das populações urbanas viverão em cidades de países 
subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Devem-se considerar as características naturais do 
meio ambiente, caso contrário ter-se-á gravíssimos problemas nas diferentes porções físicas 
do meio ambiente, em especial no solo e na água. A ocupação improvisada nas encostas, 
muitas vezes em áreas irregulares que ultrapassam o perímetro urbano municipal, constitui o 
maior desafio para o planejamento urbano municipal. 
 
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA 
PESQUISA 
 
A ocupação de encostas se da por meio do crescimento desordenado e é uma 
consequência de falta de políticas públicas e pela omissão de fiscalização destes ambientes. 
Quando os fatores de segurança não são considerados ocorrem os deslizamentos, que é um 
fenômeno comum em áreas de elevação acidentada. Além dos motivos geológicos, as ações 
humanas intensificam os deslizamentos através da retirada da cobertura vegetal e da ocupação 
inadequada, oferecendo condições propícias para o desenvolvimento desse fenômeno. 
 
1.2 OBJETIVO GERAL 
 
Realizar uma breve revisão de literatura acerca da ocupação das encostas e formação 
de áreas de risco. 
 
1.3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo baseado em revisão de literatura de abordagem qualitativa. As 
publicações utilizadas foram textos e artigos que contemplam o tema proposto. 
2 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O deslizamento é um fenômeno comum em áreas de relevo acidentado, sobretudo nas 
encostas. Esse processo pode ocorrer em locais onde não há ocupação humana e pode ser 
visualizado pela Figura 01. 
Figura 01 - Deslizamentos de encostas 
 
Fonte: Brasil Escola, 2020. 
 
No entanto, elas são mais comuns em terrenos onde houve a retirada da cobertura 
vegetal original, que é responsável pela consistência do solo e que impede, através das raízes, 
o escoamento das águas (FREITAS, 2020). 
 
“Os deslizamentos de encostas têm aumentado consideravelmente nas últimas 
décadas, principalmente nos centros urbanos dos países denominados emergentes, 
onde esses movimentos gravitacionais de massa são agravados em função da 
urbanização intensa e da construção de residências em encostas acentuadas. Os 
deslizamentos constituem riscos da natureza, que provocam consequências graves 
como o bloqueio de vias de circulação, o soterramento de casas e, 
consequentemente, a ocorrência de vítimas fatais” (FILHO, CORTEZ, 2010, p.33). 
 
No Brasil, as pessoas que vivem nos centros urbanos e que mais sofrem são as de baixo 
poder aquisitivo, pois as áreas de risco em que habitam são uma das únicas alternativas para 
essa classe residir, visto que são lugares de pequeno valor comercial. Em todos os anos, 
durante os períodos de chuva, veiculam notícias de enchentes e deslizamentos em áreas 
marginalizadas, produzindo prejuízos e mortes em diversas metrópoles brasileiras, e na Figura 
02 observamos este tipo de tragédia. 
 
Figura 02 - Deslizamentos de encostas em áreas urbanas. 
Fonte: Brasil Escola, 2020.
 
Segundo Filho e Cortez (2010, p. 35) “a intensa urbanização e o agravamento da crise 
econômica do Brasil têm reduzido as alternativas habitacionais da população de mais baixa 
renda, que passou a ocupar áreas geologicamente desfavoráveis, sem planejamento e 
infraestrutura. Esse quadro tem contribuído para o incremento das situações de risco 
associadas a processos do meio físico”. 
Para atendimento das necessidades dos cidadãos é necessário a elaboração de políticas, 
planejamento e ações governamentais no âmbito da proteção, defesa e segurança civil. É 
necessário ampliar o diálogo com as comunidades afetadas pelos desastres, a fim de conhecer 
a realidade das mesmas, para que se possam atender as reais necessidades desses grupos. 
O desenvolvimento técnico e cientifico relacionados aos desastres torna-se ainda mais 
eficaz quando aliado aos saberes tradicionais. 
Vedovello (2007) afirma que as principais causas da ocorrência de deslizamentos 
podem ser por causas primárias e secundárias. referem-se às causas primárias: terremotos, 
vulcanismo e ondas gigantes (tsunami) chuvas contínuas e ou intensas oscila es t rmicas 
eros o e intemperismo vegeta o (peso, a o radicular) a es humanas (cortes, dep sitos de 
materiais, estruturas construídas, aterros, tr fego, e plos es e sismos induzidos) oscila es 
naturais ou induzidas do nível d gua em su superfície e desmatamento. referem-se s causas 
secund rias remo o de massa so recarga solicita es din micas (vi ra es) press es em 
descontinuidades do terreno (por exemplo, entrada de gua ou crescimento de vegeta o em 
fraturas das rochas) diminui o nas propriedades de coes o e ngulo de atrito dos materiais 
presentes nas encostas e varia es nas rela es de tens es, estruturas e geometria dos 
materiais presentes nas encostas. 
 No Brasil a (lei n° 6766, de 19 dezembro de 1979,artigo 3° paragrafo único) proíbe 
que as áreas de risco sejam loteadas para fins urbanos. Apesar disso, muitas vezes o próprio 
poder público tem levado serviços públicos e infraestrutura a essas áreas, contribuindo assim, 
para o adensamento da ocupação. 
A atuação das prefeituras para a desapropriação das áreas de risco, a cada ano ocorre 
redução, alegado a crise econômica. 
O governo não apresentam projetos consistentes para a desocupação das encostas e 
quando fazem é um número reduzido. Enfrentam também dificuldades com a população, para 
que deixem a área de risco e se desloquem para outras locais indicado pela prefeitura. 
Mas antes de oferecerem uma casa segura, livre de deslizamento, necessitam oferecer 
para as pessoas condições de vida, para realizar seus anseios, muitas vezes as áreas oferecidas 
são distantes e carentes de possibilidades de trabalho e renda. 
Sabendo que a migração é um dos fatores que gera o crescimento urbano acelerado, 
gerando as ocupações desordenadas na áreas de risco, pela busca de trabalho e uma melhor 
qualidade de vida, é certo que ocorrera resistência no deslocamento das mesmas. 
O Plano Diretor está previsto na Lei 10.257/01,conhecida como Estatuto das Cidades, é 
um documento- base com orientações da política de desenvolvimento dos Munícipios 
brasileiros. 
É obrigatório em cidades com mas de 20 mil habitantes. A participação é democrática, 
uma vez que a elaboração é a fiscalizações são necessárias através de audiências públicas, 
com a participação de todos e a garantia do direto a informações. 
É um meio para se estabelecer a exigência de ações de vários assuntos direcionados as 
cidades. Através dessa ação popular, as pessoas e seus representantes comunitários devem se 
fazer ouvir e exigir políticas públicas, dos seus governantes. 
Contudo, é necessária a atuação do Estado na gestão dos riscos de desastres naturais, é preciso 
incluir essa necessidade nas políticas urbanas, os estados precisam desenvolver ações de 
apoio, e a União deve dar continuidade e ampliar seus programas e ações, adequando e 
modernizando a legislação federal relacionada ao planejamento urbano e à defesa civil. 
 
 
 
“A incorporação do gerenciamento de risco à agenda da política urbana, associada à 
efetiva implantação dos instrumentos de planejamento urbano que ampliem o acesso 
das camadas populares à terra urbanizada e a uma política habitacional que responda 
à necessidade de moradia de interesse social, é condição essencial para a construção 
de cidades mais seguras ante os desastres naturais” (CARVALHO, GALVÃO, sem 
data, p. 181) 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Os acidentes geológicos relacionados a deslizamentos vêm aumentando cada vez mais 
e sendo considerados como uns dos mais graves. Ocorrem especialmente em áreas urbanas, 
onde há perdas e danos para muitas famílias residentes. 
As condições precárias de submoradias e o baixo padrão de vida dos moradores desses 
locais acontecem, especialmente, do baixo padrão de remuneração que obtêm em 
subempregos, da localização de comunidades ou “favelas”, em relação à acessibilidade social, 
às vantagens urbanas e, também, das políticas públicas. 
Para atendimento das necessidades dos cidadãos é necessário a elaboração de políticas, 
planejamento e ações governamentais no âmbito da proteção, defesa e segurança civil. É 
necessário ampliar o diálogo com as comunidades afetadas pelos desastres, a fim de conhecer 
a realidade das mesmas, para que se possam atender as reais necessidades desses grupos. 
O desenvolvimento técnico e cientifico relacionados aos desastres torna-se ainda mais 
eficaz quando aliado aos saberes tradicionais. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, Celso Santos; Galvão, Thiago. Prevenção de riscos de deslizamentos em 
encostas em áreas urbanas. (Capítulo 7). Caracterização de Tipologia de Assentamentos 
precários: estudos de casos brasileiros. s.d., 169 – 185. 
 
FILHO, Arthur Rosa; CORTEZ, Ana Tereza Caceres. A problemática socioambiental da 
ocupação urbana em áreas de risco de deslizamento da “Suíça Brasileira”. Revista 
Brasileira de Geografia Física. V. 3, P. 33-40, 2010. 
 
FREITAS, Eduardo. "Deslizamentos de Encostas". Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/deslizamentos-encostas.htm. Acesso em 04 de maio 
de 2020. 
 
SILVA, Valencio. Manual Representações e Práticas Sociais, São Paulo, 2005. 
 
TOMINAGA, Lídia Keiko. Desastres Naturais, São Paulo,2009. 
 
VEDOVELLO, R.; MACEDO, E. Deslizamentos de encostas. In: SANTOS, R. F. (Org.). 
Vulnerabilidade ambiental: desastres naturais ou fenômenos induzidos? Brasília: MMA, 
2007. 
 
VEYRET, Yvette. Percepção de Riscos em Área Costeira, São Paulo,2007.

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