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46 - Expansão e colonização holandesa

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Módulo 46 - Expansão e colonização holandesa
História - 4º Bimestre - 1ª Série - Ensino Médio
1. Antecedentes
Na Baixa Idade Média, a região da Flandres (ou Países Baixos), correspondente à Bélgica e à Holanda
atuais, era um importante centro mercantil e manufatureiro, principalmente no setor têxtil. Politicamente,
era formada por um aglomerado de feudos com extensão variável, submetidos sucessivamente à suserania
da França, do Ducado da Borgonha, da Áustria e, a partir de 1556, da Espanha (então governada por um
ramo da Dinastia de Habsburgo).
Na época, a Reforma Protestante provocara uma cisão entre os flamengos: os habitantes da porção
setentrional (atual Holanda) aderiram ao calvinismo, enquanto os moradores do sul (Bélgica de hoje)
permaneceram católicos. Felipe II, rei da Espanha (1556-98) e senhor dos Países Baixos, era um católico
inflexível e o principal líder leigo da reação antiprotestante (Contrarreforma). Tentando forçar os flamengos
do norte* a retornar ao catolicismo, ele iniciou uma série de perseguições que levaram os protestantes a se
revoltar contra o domínio espanhol, em 1568. Em 1581, os rebelados proclamaram a independência da
República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (comumente conhecida como Holanda), sob a forma
de uma república burguesa.
* Inicialmente, o termo flamengo designava todos os habitantes da Flandres. Atualmente, aplica-se apenas
aos belgas que falam holandês (os belgas que falam francês são conhecidos pelo nome de valões). Por outro
lado, a denominação Países Baixos, antes extensiva a toda a Flandres, hoje se restringe à Holanda.
Mesmo durante o período em que esteve subordi nada à Espanha, a Holanda desenvolveu-se como um
Estado capitalista, e, como já foi dito, com a burguesia professando uma religião protestante calvinista.
Assim, os flamengos já tinham uma participação expressiva no comércio marítimo europeu, possuindo uma
grande frota mercante, desenvolvendo uma poderosa marinha de guerra e tornando-se rapidamente uma
das maiores potências navais da época, comparável à Espanha e à Inglaterra. Além disso, naquela época,
os holandeses tornaram-se parceiros de Portugal na comercialização do açúcar brasileiro, realizando
grandes investimentos nos engenhos de cana-de-açúcar.
Em 1580, com a extinção da Dinastia de Avis, a Coroa Portuguesa passou para a Espanha, formando a
União Ibérica (1580-1640). Obrigados a seguir a política externa espanhola, os portugueses romperam suas
relações mercantis com os flamengos, contra os quais passaram a combater.
Em 1599, os holandeses tentaram uma primeira penetração no Rio de Janeiro, mas não obtiveram sucesso.
Em 1602, fundaram a Companhia das Índias Orientais e iniciaram a penetração no Oriente (Índia,
Ceilão, hoje Sri Lanka, e Ilhas Molucas), além de realizarem o tráfico negreiro com a África.
De 1609 a 1621, foi firmada e vigorou a Trégua dos Doze Anos, período em que se intensificaram as
compras de açúcar e Amsterdã tornou-se um dos grandes centros refinadores e distribuidores do produto.
Os êxitos da Companhia das Índias Orientais estimularam a criação, em 1621, de uma empresa congênere
para atuar no Oceano Atlântico: a Companhia das Índias Ocidentais (sigla em holandês: WIC), estruturada
nos moldes de sua antecessora. A WIC atuou nas três Américas e também na costa ocidental da África, onde

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chegou a dominar Angola, importante centro fornecedor de escravos.
Na América do Sul, os holandeses invadiram o Brasil em duas ocasiões, visando apoderar-se dos centros
produtores de açúcar, mas foram expulsos nas duas tentativas (Guerras do açúcar). Em 1624-25,
atacaram a Bahia. Na segunda vez, invadiram Pernambuco (1630-54), tendo chegado a dominar o litoral
nordestino desde Alagoas até o Mara nhão. Mesmo derrotados, conseguiram transplantar o cultivo da cana e
as técnicas da produção açucareira para as possessões que haviam conquistado nas Antilhas, estabelecendo
uma concorrência que prejudicou o açúcar brasileiro. Aliás, algumas dessas colônias insulares permanecem
até hoje sob a soberania dos Países Baixos.
A Companhia das Índias Ocidentais também tentou fixar-se na América do Norte, fundando em 1625, na
Ilha de Manhattan, a cidade de Nova Amsterdam, capital da colônia da Nova Holanda. A região recebeu
numerosos imigrantes e prosperou, mas não conseguiu resistir ao crescente poderio da Inglaterra. A
Guerra de Navegação dos holandeses contra os ingleses de Oliver Cromwell (1651-54), devido à
decretação do Ato de Navegação (1651) pela Inglaterra, contri buiu para enfraquecer ainda mais os
flamengos. Em 1674, Nova Amsterdam passou definitivamente para o domínio inglês, com o nome de Nova
York.
Área sob controle de Portugal
Área sob controle da Espanha
Área sob controle da França
Área sob controle da Inglaterra
Área sob controle da Holanda
O mundo dividido entre as potências europeias.
 
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Pieter Stuyvesant (1612-72), governador da Nova
Holanda, defendendo a cidade de Nova Amsterdam
(futura Nova York) contra os ingleses.
 
Ainda no século XVII, a Holanda estabeleceu-se na região da Guiana, mas perdeu para a Grã-Bretanha boa
parte desse território (1796). A área restante (com exclusão da Guiana Francesa) permaneceu em poder da
Holanda até 1975, quando obteve sua independência, com o nome de Suriname.
Exercícios Propostos
1. Que foi a Guerra do Açúcar?
2. Como se deu a atuação da Holanda na competição por áreas coloniais?
3. Qual a principal consequência do Ato de Navegação de 1651 para a Holanda?
4. (UFV) – Durante a segunda metade do século XVII, os portugueses perderiam grande parte do controle
do comércio do Oriente e das rotas do Oceano Índico para os holandeses, que, por sua vez, logo se veriam
superados pelos ingleses. Holandeses e ingleses deviam seu sucesso à capacidade de organizar e financiar
seus empreendimentos simultaneamente militares e comerciais.
a) Qual o principal instrumento de política colonial dos holandeses e ingleses?
b) Aponte um evento que indique os desdobramentos da concorrência entre as grandes potências na
América Portuguesa.
5. (FUVEST – MODELO ENEM) 
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Este quadro, pintado por Frans Post por volta de 1660, pode ser corretamente relacionado
a) à iniciativa pioneira dos holandeses de construção dos primeiros engenhos no Nordeste.
b) à riqueza do açúcar, alvo principal do interesse dos holandeses no Nordeste.
c) à condição especial dispensada pelos holandeses aos escravos africanos.
d) ao início da exportação do açúcar para a Europa por determinação de Maurício de Nassau.
e) ao incentivo à vinda de holandeses para a constituição de pequenas propriedades rurais.
Gabarito
1. RESOLUÇÃO:
Conflitos em que a Holanda buscou apoderar-se das regiões produtoras de açúcar no Nordeste brasileiro.
2. RESOLUÇÃO:
Através da tentativa de conquista de territórios do Novo Mundo, atacando justamente possessões
habsburgas no contexto da União Ibérica.
3. RESOLUÇÃO:
A não aceitação do "Ato" levou à guerra as duas nações e a Holanda foi retirada do lucrativo comércio
colonial pelos ingleses.
4. RESOLUÇÃO:
a) As companhias de comércio.
b) A decretação dos Atos de Navegação pela Inglaterra.
5. RESOLUÇÃO:
A União Ibérica (1580-1640) fez com que Portugal rompesse relações com a Holanda, a qual, até então,
comercializava o açúcar brasileiro, mas se encontrava em guerra com a Espanha. Em consequência, a
Companhia das Índias Ocidentais, formada por capitais holandeses, atacou o Nordeste brasileiro, principal
região produtora de açúcar. Durante a dominação holandesa em Pernambuco, ocorreu a administração de
Maurício de Nassau (1637-1644), que trouxe para o Brasil o pintor Frans Post, autor da tela reproduzida na
questão.
Resposta: B
Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservadosProfessor: Artur
Favaro Lucchesi
Aula: Expansão e
colonização holandesa
 
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