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AV3 - PROCESSO CIVIL I - NOITE 1 - CCJ0035

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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAPÁ
	Rubrica do Professor(a):
	
	Prova: AV2 Data: 23/11/2020
	
	Curso: DIREITO
	Turma: CCJ0035 - 3001
	Valor da Prova:
 10,0 pontos
	Disciplina: PROCESSO CIVIL I
	
	
	Professor: HIGOR BARBOSA
	Grau Obtido:-
	Aluno (a):
Emerson Leandro Ferreira da silva
	
Orientações: 
· Desligue seu aparelho celular ou qualquer outro aparelho eletrônico e mantenha-os desligados. 
· Não serão toleradas consultas de nenhuma natureza a colegas, livros, anotações ou aparelhos eletrônicos caso tenha alguma dúvida levante a mão e aguarde a vinda da professora.
· Mantenha sobre a mesa apenas a prova, lápis, caneta e borracha.
· A prova é um documento, portanto seu preenchimento deverá ser realizado exclusivamente a caneta. 
1- João ingressou com uma ação de cobrança em face da Empresa CDC/MAX, no curso da relação processual, o autor conseguiu juntar provas que houve uma dissolução irregular da empresa, logo em seguida, surge confusão patrimonial visível entre o patrimônio da empresa e dos respectivos sócios, ou seja, o intuito da empresa era simplesmente fraudar eventual responsabilização dos sócios com seus respectivos patrimônios em eventual processo judicial.
Ao consultar seus advogados, esses alegam que não existe mais nenhuma possibilidade de responsabilizar os sócios, uma vez que o CPC/15 não permite mais qualquer tipo de intervenção de terceiros no processo. Estão corretas as informações dos advogados. Fundamente sua resposta. (2,5). 
Encontra-se diametralmente oposta à luz do direito, as informações feitas pelos advogados. Por amor ao de debate, adentremos ao mérito. 
Para que os bens dos sócios sejam alcançados e respondam pelos atos da pessoa jurídica, deve-se incidir sobre o processo o que dispõe o artigo 133 ao 137 do Código Civil de 2015, ou seja, a chamada despersonalização da pessoa jurídica. 
A desconsideração da personalidade jurídica não visa extinguir a pessoa jurídica, mas preservá-la, afastando momentaneamente a sua personalidade e consequentemente a autonomia patrimonial, para que sócios respondam pelos atos praticados indevidamente.
Assim também preceitua o art. 50 do Código Civil, que para que haja a desconsideração da personalidade jurídica deve haver abuso da personalidade, caracterizado (i) pelo desvio de finalidade ou (ii) pela confusão patrimonial, in verbis:
"Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica."
2 – Com o advento da Constituição Federal de 1988, a Defensoria Púbica passou integra o rol das instituições consideradas essenciais para o desenvolvimento da justiça, quer dizer, instituição criada para desenvolver o fortalecimento da dignidade da pessoa humana, promovendo cidadania, e visando sempre proteger direitos e garantias fundamentais ao povo brasileiro. Conforme preceitua Elpídio Donizetti em suas lições: “O texto promulgado pelo constituinte originário de 1988 conferiu ao Estado o dever de prestar assistência jurídica integral e gratuita a todas as pessoas que comprovem insuficiência de recursos, nos termos do art. 5º, LXXIV”. 
Diante o exposto, indique as principais caraterísticas da Defensoria Pública como Função Essencial da Justiça, e qual o prazo para suas manifestações no processo civil brasileiro. Fundamente sua resposta. (2,5)
A Defensoria Pública presta atendimento jurídico em sentido amplo, de natureza judicial e extrajudicial, de educação em direitos, e tem legitimidade para atuar não só individualmente, mas também por meio da tutela coletiva.
O enquadramento da Defensoria Pública como garantia fundamental constitucional, incumbida, principalmente, da promoção do acesso à justiça – direito fundamental consubstanciado no art. 5º, XXXV, da Constituição de 1988 – faz com que essa instituição seja considerada pela maioria da doutrina como integrante do núcleo essencial de um Estado Democrático de Direito.
Tal constatação se deve ao fato de que o direito de acesso à Justiça faz parte do assim chamado mínimo existencial, núcleo essencial do princípio da dignidade humana, não podendo de forma alguma ser suprimido mediante reforma constitucional.
Em relação aos prazos, a Defensoria goza de prazo em dobro (art186, NCPC), exceto os casos em que a lei prevê, expressamente, os prazos para suas manifestações.
Já o artigo 187 do mesmo Código dispõe que membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
3 - À função de compor os litígios, de declarar e realizar o Direito, dá-se o nome de jurisdição (do latim juris dictio, que significa dizer o Direito). Uma vez provocada, atua no sentido de, em caráter definitivo, compor litígios ou simplesmente realizar direitos materiais previamente acertados, o que inclui a função de acautelar os direitos a serem definidos ou realizados, substituindo, para tanto, a vontade das pessoas ou entes envolvidos no conflito. Para aplicar a lei ao caso concreto, o Estado se utiliza do Processo, e suas estruturas.
Diante dessa circunstância indaga-se: Qual a definição de Processo? E principal finalidade?
Processo é uma palavra com origem no latim procedere, que significa método, sistema, maneira de agir ou conjunto de medidas tomadas para atingir algum objetivo.
No âmbito do direito, um processo pode ser uma ação judicial, a sequência de atos predefinidos de acordo com a lei, com o objetivo de alcançar um resultado com relevância jurídica. Além disso, um processo pode ser o conjunto de todos os documentos apresentados no decorrer de um litígio.
O processo civil tem um objetivo instrumental, buscando a efetividade das leis materiais. Designa o meio legal para acesso das partes aos tribunais comuns, em um determinado litígio de ordem privada e, também guia a tramitação do acesso à jurisdição. Este processo é regulado pelas regras comuns do direito civil (designadamente pelo Código de Processo Civil e supletivamente pelo Código Civil).
4 - Uma empresa amapaense celebra um contrato de prestação de serviços com uma empresa alemã para a instalação de equipamentos essenciais para o funcionamento de água e esgoto no Estado do Amapá/ Brasil. A empresa alemã, recebeu o pagamento de forma integral, porém, no dia combinado para começar a execução da obra, alega que não irá cumprir a obrigação.
Diante do exposto, e sobre os estudos de competência, indaga-se: A justiça brasileira é competente para processar e julgar um conflito de interesses envolvendo este contrato? Fundamente sua resposta.
O artigo 21, inciso II do Código de Processo Civil disciplina que compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações nos caos em que a obrigação tiver de se cumprida no Brasil.
Independentemente do domicílio e da nacionalidade é competente a Justiça Brasileira quando o local de cumprimento das obrigações seja o Brasil.

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