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Coleção-Artigos-Webinar-PowerDental

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Prévia do material em texto

Cristian Higashi
João Carlos Gomes
Sidney Kina
Oswaldo Scopin de Andrade
Ronaldo Hirata
Planejamento estético 
em dentes anteriores
A odontologia estética encontra-se em contínuo avanço e tem sido cada vez mais pra-
ticada nos últimos anos em virtude dos procedimentos adesivos e do desenvolvimento 
de materiais restauradores que buscam a reprodução das características naturais das 
estruturas dentais.
A estética para o ser humano é um conceito altamente subjetivo, pois se encontra 
relacionada a fatores sociais, culturais e psicológicos que se alteram em função do 
tempo, dos valores de vida e da idade do indivíduo. Devido a isto, a avaliação das 
expectativas do paciente e o entendimento das possíveis soluções terapêuticas são 
essenciais antes de iniciar qualquer planejamento.
Atualmente o cirurgião-dentista possui diversas opções restauradoras para os 
dentes anteriores. Procedimentos diretos ou indiretos, com resinas compostas ou ce-
râmicas, variáveis que muitas vezes dificultam o correto diagnóstico de qual técnica 
e qual material são mais adequados para cada situação clínica.
O conceito da Odontologia Restauradora atual preconiza que, para qualquer 
tipo de procedimento, o profissional deve sempre optar pelo tratamento mais conser-
vador, isto é, com maior preservação de estrutura dental sadia.
O plano de tratamento deve ser realizado de modo que permita formular um 
bom prognóstico a médio e longo prazo, não apenas em termos de estética, como 
também considerando os aspectos biológicos e funcionais.
Nenhum tipo de tratamento poderá ter êxito sem o estabelecimento de um corre-
to diagnóstico e adequado planejamento. Esta etapa é, provavelmente, uma das mais 
7
140
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
importantes e imprescindíveis para a obtenção de 
excelência (Baratieri, 2002).
Este capítulo objetiva apresentar algumas 
estratégias clínicas que visam facilitar o planeja-
mento e execução das restaurações estéticas em 
dentes anteriores, possibilitando trabalhar com 
uma maior previsibilidade de resultados e máxima 
preservação da estrutura dental.
ABORDAGEM INICIAL
O primeiro contato com o paciente que 
procura um tratamento odontológico estético 
tem por finalidade compreender as necessidades 
primordiais deste paciente, isto é, entender qual 
é o principal problema que o incomoda. Assim, o 
profissional deve ouvir atentamente as explicações 
do mesmo, buscando definir a personalidade do 
paciente, o nível de expectativa e o grau de exi-
gência com relação ao tratamento a ser realizado 
(Fradeani, 2006).
Uma seqüência de procedimentos pode ser 
feita para obter informações essenciais para a 
elaboração de um planejamento estético indi-
vidualizado, a começar por um exame clínico 
detalhado, que deve ser complementado com a 
requisição de radiografias, fotografias e modelos 
de estudo.
Radiografia e fotografia digital
A requisição de um levantamento radiográfi-
co periapical é uma documentação extremamente 
importante, pois dentre as suas várias funções, 
possibilita a verificação de possíveis lesões cariosas, 
acompanhamento de restaurações ou próteses den-
tárias antigas, além de possibilitar a observação da 
situação endodôntica e periodontal do paciente.
Em uma análise estética de dentes anteriores 
existem muitas informações a serem observadas, 
que dificilmente podem ser anotadas durante a 
primeira consulta clínica. A obtenção de fotografias 
em diferentes ângulos pode auxiliar o profissional 
a analisar com tranqüilidade detalhes estéticos na 
ausência do paciente (Gürel, 2003). Além do au-
xílio na montagem do plano de tratamento inicial, 
as fotografias podem ser úteis para diversas outras 
situações. É uma forma muito interessante de trans-
mitir para o paciente, informações sobre os pro-
blemas clínicos encontrados, podendo ampliar as 
imagens para uma melhor visualização. Diante de 
um momento crítico de decisão, como previamente 
à cimentação de laminados cerâmicos, estas foto-
grafias podem auxiliar na decisão de escolhas quan-
to à cor e forma das peças protéticas. Observando 
as imagens o paciente consegue opinar com maior 
clareza sobre quais alterações serão necessárias. 
Pode ser um excelente meio de comunicação com 
o laboratório de prótese (Magne, Belser, 2003), em 
que permite ao ceramista ter a visualização da face, 
do sorriso e do contorno de lábios do paciente, 
favorecendo a confecção de restaurações perso-
nalizadas e algumas fotografias específicas podem 
ser importantes nas correções cerâmicas a serem 
feitas. Atualmente, com a evolução das câmeras 
digitais, esta etapa está bastante facilitada, pois 
permite a visualização e veiculação quase imediata 
das imagens registradas, no entanto é necessário 
objetividade e padronização do número e ângulos 
das fotografias, a fim de realizar somente o registro 
das imagens que realmente serão aproveitadas, pois 
ao contrário, esta etapa pode se um passo descon-
fortável e irritante para o paciente.
Algumas fotografias podem ser padronizadas 
para a análise estética inicial dos dentes anterio-
res. Desta forma, oito fotos deverão ser realizadas 
(Figuras 7.1 a 7.8).
As imagens registradas, juntamente com os 
modelos de estudo conferem uma condição mais 
favorável para uma análise estética minuciosa a 
ser conduzida sem a presença do paciente.
141
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
■ Figura 7.1
Lábio em repouso e a boca entreaberta, para avaliar a ex-
posição dos incisivos superiores.
■ Figura 7.2
Lábio em repouso e boca entreaberta (foto de perfil), para 
a visualização do posicionamento dos dentes e do volume 
dos lábios.
■ Figura 7.3
Sorriso frontal, de pré-molar a pré-molar, utilizada para 
observar a altura e largura do sorriso; inter-relação das bor-
das incisais dos dentes superiores com o lábio inferior.
■ Figura 7.4
Dentes em MIH (máxima intercuspidação habitual), de 
canino a canino com o auxílio de um afastador de lábios, 
para avaliar o posicionamento e simetria entre os dentes 
anteriores.
142
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
■ Figuras 7.5 a 7.7
Com o auxílio de um afastador de lábios e um fundo escuro, 
permitem avaliar as formas e os contornos dentais e verificar 
as proporções entre os dentes anteriores.
7.5 7.6
7.7
■ Figura 7.8
Fotografia em “close-up” dos incisivos superiores para reg-
istro de pequenos detalhes, como a textura, definição dos 
mamelos, cristas marginais e áreas de translucidez, presen-
tes principalmente nos dentes de pacientes jovens.
143
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
Modelos de estudo e 
enceramento diagnóstico
A obtenção de modelos de estudo da arcada 
superior e inferior permitem uma visualização 
tridimensional dos dentes e tecidos adjacentes, 
impossível de se obter clinicamente. Através dos 
modelos pode-se observar detalhes gengivais, posi-
cionamento, inclinações, formas dentais e relações 
dos dentes em conjunto e com os seus antagonis-
tas (Conceição, 2005).
Quando múltiplas alterações estiverem indi-
cadas, um enceramento diagnóstico deve ser rea-
lizado sobre os modelos de estudo para facilitar 
a visualização da forma, posição e proporção das 
futuras restaurações, que devem ser realizadas de 
acordo com o melhor arranjo funcional e estético 
possível. Este enceramento é muito interessante 
para os pacientes com dificuldade de imaginar 
todas as possíveis modificações que podem ser 
realizadas em seu sorriso após o tratamento res-
taurador. Além de facilitar a comunicação entre 
profissional e paciente, o enceramento diagnósti-
co pode ser muito útil durante os procedimentos 
diretos e indiretos. Sua aplicabilidade clínica será 
melhor comentada posteriormente.
Ensaios diagnósticos intra-orais 
ou mock-up
A previsão do resultado final de um tratamen-
to é essencial quando do planejamento de uma 
reabilitação estética substancial (Magne, 1999).
Um planejamento restauradorem modelos de 
estudo e um ensaio restaurador intra-oral permite 
ao profissional trabalhar com maior previsibilidade 
de resultados e conseqüentemente com uma menor 
margem de erros em casos mais difíceis, quando 
múltiplas alterações deverão ser realizadas. Even-
tualmente, pode não ser necessário para problemas 
isolados envolvendo apenas um ou dois dentes.
Inicialmente é extremamente importante re-
definir a morfologia dental desejada através do 
enceramento diagnóstico. Quando há a necessidade 
de alteração da forma, comprimento ou posição do 
dente no arco, o ensaio pode ter grande valia para 
a visualização prévia do resultado final desejado 
(Figuras 7.9 a 7.14). Dependendo da situação clí-
nica encontrada e dos conhecimentos e habilidades 
do profissional, esta simulação pode ser realizada 
diretamente sobre os dentes, inserindo resinas 
compostas em áreas específicas para obtenção do 
melhor resultado estético e funcional possível.
■ Figuras 7.9 e 7.10
Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados.
7.9 7.10
144
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
■ Figuras 7.11 a 7.14
Enceramento diagnóstico para redefinição da morfologia dos dentes a serem restaurados.
7.11 7.12
7.13 7.14
É importante salientar que estes ensaios intra-
orais ou “restaurações de diagnósticos” devem 
ser realizados sem o condicionamento dos tecidos 
dentais, para depois de cumprida a sua finalidade 
poder ser facilmente removido.
Uma outra forma de se realizar este ensaio 
é a utilização de uma resina composta para res-
taurações provisórias, genericamente denominada 
bis-acryl, que se polimeriza quimicamente ao ser 
automisturada em pistolas com pontas semelhan-
tes às utilizadas nos sistemas de silicone de adição. 
Algumas marcas comerciais com o Structur 2 SC 
(Voco), Ultra-Trim (Bosworth) e Systemp C&B 
(Ivoclar Vivadent) podem ser encontradas no mer-
cado odontológico, disponíveis em diversas cores. 
Primeiramente faz-se uma moldagem do encera-
mento diagnóstico com silicone por condensação 
de uso laboratorial, posteriormente, a matriz obti-
da desta moldagem (Figura 7.15) é preenchida 
com uma resina bis-acryl (Figura 7.16), levada aos 
dentes não preparados, e mantida em posição até 
a completa polimerização. Ao final do tempo de 
polimerização, remove-se a matriz e pode-se ava-
liar o ensaio diagnóstico em posição (Figuras 7.17 
e 7.18). Neste caso, se algum desgaste dental for 
necessário, será realizado somente após a aprova-
ção da forma, tamanho e comprimento dental por 
parte do profissional e do paciente. É muito válido 
principalmente para os casos em que apenas um 
aumento do volume dental é necessário, muito 
freqüente em pacientes adultos ou idosos com 
incisivos desgastados ou envelhecidos.
145
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
■ Figura 7.15
Matriz obtida pela moldagem do enceramento diagnóstico, 
utilizada para a confecção do ensaio intra-oral.
■ Figura 7.16
A matriz de silicone é preenchida com uma resina bis-acryl, 
que deve ser levada aos dentes e mantida em posição por 
um tempo de aproximadamente 5 minutos.
■ Figura 7.17
Situação inicial.
■ Figura 7.18
Situação logo após a confecção do ensaio diagnóstico, pre-
viamente aos procedimentos de acabamento e polimento. 
Observe que este ensaio permite uma correta visualização 
do resultado final esperado, sem a necessidade de des-
gastes dentais prévios.
Após a conclusão do ensaio restaurador é ne-
cessário que o paciente e o profissional avaliem o 
resultado obtido e havendo a necessidade, ajustes 
e modificações intra-orais poderão ser realizados 
de acordo com as características e anseios de cada 
paciente.
146
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA 
RESTAURAÇÃO EM DENTES 
ANTERIORES
A reprodução das características dos dentes 
naturais sempre foi um dos grandes objetivos das 
técnicas e materiais restauradores.
Após a preconização do condicionamento do 
esmalte dental com ácido fosfórico por Buonoco-
re, em 1955, e o advento das resinas compostas 
com Bowen, em 1963, soluções restauradoras 
extremamente conservadoras e reversíveis torna-
ram-se possíveis.
A busca constante da estética natural, jun-
tamente com a evolução continuada de técnicas 
adesivas avançadas e formulações poliméricas 
e cerâmicas garantiu ao clínico e ao paciente a 
oportunidade para alcançar resultados funcionais 
e estéticos em longo prazo (Christensen, 1991; 
Meijering, 1997; Rucker, 1990; Welbury, 1991). 
Várias são as alternativas de abordagem clí-
nica dos problemas relacionados com a forma, 
posição e alinhamento, simetria e proporção, 
textura superficial e cor dos dentes anteriores 
(Heymann, 1987).
As indicações atuais dos procedimentos ade-
sivos são relativas, não existe mais a possibilidade 
que ocorria com as técnicas e materiais mais anti-
gos de indicações e contra-indicações autoritárias 
e seguras. Hoje quem define a indicação é o pró-
prio profissional, em vista de cada situação clínica 
(que é extremamente particular) e com base em 
conhecimentos científicos (Hirata, 1999).
Dentro desta abordagem, o limite entre as 
indicações para facetas diretas e indiretas será 
tênue, variando de acordo com o caso clínico em 
questão.
Tratamento restaurador direto
O recontorno cosmético com resinas compos-
tas é a técnica mais simples de restauração direta, 
não requer qualquer espécie de preparo, exige 
simplesmente o condicionamento ácido total do 
dente. A resistência e retenção são providas pela 
adesão ao esmalte. Representa a alternativa de 
escolha em casos em que não existem alterações 
de cor profundas, ou dentes cujo posicionamento 
não exige correção por meio de desgastes. Essa 
técnica representa a base do recontorno cosmético 
por aposição de resinas compostas, cujo objetivo 
principal é o reposicionamento do dente no arco, 
podendo também esta técnica ser empregada para 
o fechamento de diastemas e restaurações de 
dentes conóides. Desde que respeitadas as suas 
limitações, principalmente com relação à seleção 
do caso e a sensibilidade da técnica, os recon-
tornos cosméticos são restaurações que podem 
proporcionar ou devolver a harmonia do sorriso 
de forma excepcional.
As resinas compostas oferecem resultados 
de tratamentos adequados para pacientes jovens. 
Em adultos são apropriadas quando o volume, a 
extensão ou o número de restaurações é limitado 
(Magne, Belser, 2003).
Aqueles casos em que já existe um comprome-
timento razoável da cor, com escurecimento médio 
ou elevado, a alternativa restauradora invariavel-
mente exigirá um preparo do remanescente dental, 
visando uma espessura e campo de trabalho para 
a execução de uma faceta. Outros casos que exi-
girão preparo são dentes com extrema vestibulari-
zação, onde para o correto alinhamento no arco, 
exige-se um desgaste da superfície vestibular.
Para os dentes escurecidos, o clareamento 
dental prévio sempre deve ser proposto como tra-
tamento inicial.
Em situações isoladas, com a presença de pro-
blemas localizados, referentes a apenas um dente 
conóide ou fraturado ou escurecido, com muita 
estrutura dental remanescente, talvez a técnica 
direta seja mais recomendada pela versatilidade e 
possibilidade de reprodução mais fiel dos dentes 
vizinhos.
As restaurações diretas possuem a grande 
vantagem de ser unicamente dependente do profis-
sional, um procedimento centralizado; o resultado 
será, portanto, diretamente proporcional à técnica 
e ao conhecimento daquele que estiver executan-
do, sendo também uma faca de dois gumes.
Outra vantagem do processo direto é o custo 
do procedimento, que é relativamente mais baixo 
do que aqueles que envolvem parte laboratorial. 
O número de sessões para execução (sessão única) 
também mostra ser uma vantagem importante, 
apesar de esta ser relativamente longa.
A resistência e a estabilidade de cor das resi-
nas compostas, apesarde inferiores em relação às 
cerâmicas, são satisfatórias e dependerão do caso 
em que as restaurações foram indicadas e como 
foram executadas e ajustadas. O tempo estimado 
de vida infelizmente não pode ser calculado devi-
do ao caráter multifatorial envolvido.
147
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
Tratamento restaurador indireto
Quando vários dentes anteriores apresentam 
perda significativa da estrutura coronal, as res-
taurações cerâmicas são indicadas (Magne, Belser, 
2003).
Casos clínicos em que problemas generaliza-
dos são observados, bem como grande número 
de restaurações extensas, com manchamentos, 
alterações de forma observados em vários dentes, 
estes são sérios candidatos ao facetamento indi-
reto. Descolorações por tetraciclina, resistentes 
ao clareamento, podem também ser efetivamente 
tratadas com laminados cerâmicos, podendo 
apresentar elevada satisfação com relação à 
cor após 2,5 anos de acompanhamento clínico 
(Chen, 2005).
Na necessidade de reposição de guia anterior, 
provavelmente as facetas indiretas sejam mais in-
dicadas, pela maior resistência mecânica oferecida. 
Lembre-se que um correto ajuste dos movimentos 
excursivos influencia diretamente a longevidade e 
preservação da área incisal.
Pacientes com expectativas altas, com senti-
dos apurados para estética, que apresentam face-
tas de resinas compostas insatisfatórias realizadas 
anteriormente, solicitando resultados com outros 
materiais mais estáveis, com menos manchamen-
tos e melhor estética são casos para facetamento 
indireto.
A grande vantagem da natureza da técnica 
indireta é a fabricação das peças de forma extra-
oral, otimizando os resultados estéticos e os pro-
cedimentos de acabamento e polimento.
Os laminados cerâmicos apresentam diversas 
vantagens, pois reúnem algumas das qualidades 
dos compósitos, como a capacidade de ser cola-
do ao substrato dental; e das cerâmicas, como a 
estabilidade de cor, alta resistência e durabilidade, 
expansão térmica e rigidez semelhante ao esmalte 
dental.
Estudos in vivo demonstram um elevado po-
tencial para o estabelecimento de uma excelente 
adaptação marginal, manutenção da integridade 
periodontal e alto grau de satisfação pelos pacien-
tes (Peumans et al., 2000).
UTILIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO 
INICIAL PARA O TRATAMENTO 
RESTAURADOR
O planejamento inicial é fundamental na bus-
ca pelos melhores resultados estéticos e funcionais 
dos procedimentos restauradores. A utilização de 
algumas técnicas aliadas a este planejamento per-
mite a execução do trabalho com maior previsi-
bilidade de resultados e com máxima preservação 
da estrutura dental.
Uso do enceramento diagnóstico 
e matriz palatina para confecção 
de restaurações diretas
Um bom tipo de matriz para dentes anteriores 
fraturados, restaurações classe IV extensas, redu-
ção e/ou fechamento de diastemas e recontornos 
cosméticos pode ser obtido a partir de um ensaio 
restaurador diagnóstico (Figura 7.19), por meio de 
uma moldagem com a parte densa de um silico-
ne por adição ou condensação. Essa matriz é na 
verdade um “guia de silicone”, que pode ser feita 
diretamente na boca ou a partir de um modelo 
de gesso (Baratieri et al., 2002). Para ambos os 
casos devem-se primeiramente realizar um ensaio 
diagnóstico, como citado anteriormente. Após a 
reconstrução dos dentes a serem restaurados, na 
boca ou no modelo de gesso (enceramento diagnós-
tico), uma moldagem, sem moldeira, com a parte 
densa de um silicone por adição ou condensação 
deverá ser feita, envolvendo todo o dente (Figura 
7.20). Pode-se também utilizar silicones polimeri-
zados por condensação, de uso laboratorial, como 
o Zetalabor (Zhermack), Silon IP (Dentsply) ou 
Perfil Lab (Vigodent), sendo estes muito rígidos e 
excelentes para este fim. Após a presa do material 
de moldagem, o molde deverá ser retirado e, com 
auxílio de uma lâmina de bisturi nº 12 ou 15 (fea-
ther), recortado no sentido mesio-distal, removendo 
apenas a porção vestibular, de modo que o rebordo 
incisal permaneça na matriz de silicone (Behle, 
2000) (Figura 7.21). Após o recorte do molde, este 
deve ser levado em posição para verificar e testar o 
assentamento correto (Figura 7.25).
148
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
■ Figura 7.19
Planejamento inicial com enceramento diagnóstico sobre os 
modelos de estudo do paciente.
■ Figura 7.20
Moldagem do enceramento diagnóstico com um silicone de 
uso laboratorial Zetalabor (Zhermack). Observe o completo 
envolvimento de todo o dente.
■ Figura 7.21
Recorte da matriz no sentido mesio-distal, preservando so-
mente a região palatina e incisal.
■ Figura 7.22
Posicionamento da matriz palatina no modelo de gesso 
encerado.
■ Figuras 7.23 e 7.24
Caso inicial antes e após a remoção das restaurações antigas, respectivamente. Foi utilizada uma técnica de isolamento abso-
luto modificado.
7.23 7.24
149
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
Uma das grandes vantagens de se trabalhar 
com este tipo de matriz é a segurança do correto 
posicionamento dos bordos incisais e proximais, 
onde a partir da região palatina outras camadas 
de resinas são inseridas pela técnica incremental 
policromática (Figuras 7.26 a 7.28).
■ Figura 7.25
Verificação intra-oral do correto assentamento da matriz 
palatina.
■ Figuras 7.26 a 7.28
Restauração pela técnica incremental policromática com 
inserção das resinas a partir da região palatina. Note que 
a utilização matriz permite a visualização prévia do cor-
reto posicionamento e comprimento da restauração final 
planejada.
7.26 7.27
7.28
150
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
7.29 7.30
7.31 7.32
■ Figuras 7.29 a 7.32
Resultado final obtido.
Uso do enceramento diagnóstico 
em preparos dentais para 
laminados cerâmicos
Para o desgaste da superfície do esmalte é 
essencial restabelecer o volume original do dente. 
Para isto, o uso de um enceramento diagnóstico e 
uma correspondente matriz de silicone é imperati-
vo a esta consideração (Magne, 1999).
Para os procedimentos indiretos, a forma 
e a espessura do preparo dental são variáveis 
possíveis para o sucesso das restaurações cerâ-
micas e diferentes geometrias de preparos podem 
ser encontradas na literatura. Dentre as várias 
técnicas de preparo descritas, independente do 
autor e tipo de tratamento proposto, um dos 
objetivos principais é a máxima preservação das 
estruturas dentais sadias, desta forma, pode-se 
utilizar uma matriz para nortear a espessura de 
desgaste. Esta matriz é obtida pela moldagem do 
enceramento diagnóstico e deve ser recortada no 
sentido horizontal, de forma a utilizar somente a 
face vestibular da mesma. Posiciona-se a matriz 
nos dentes antes de iniciar o procedimento de 
preparo para verificar sua estabilidade e correto 
assentamento, porém quando o posicionamento 
dos dentes não permitir que isto ocorra, alguns 
desgastes prévios serão necessários (Figuras 7.33 
a 7.35). Durante o preparo dental esta mesma 
matriz deve ser novamente posicionada para 
avaliar os locais específicos a serem desgastados, 
permitindo assim preparos mais conservadores. 
O espaço necessário na região incisal pode ser 
controlado com uma matriz palatal (Figura 7.36) 
e após a finalização de todo preparo é necessário 
o posicionamento da matriz para verificar se há 
uma espessura adequada para a confecção da res-
tauração (Figura 7.37). Portanto, a quantidade de 
desgaste da estrutura dental é calculada tendo em 
vista o resultado final da restauração cerâmica e 
não em relação ao que está presente no paciente, 
como era realizado na técnica convencional da 
silhueta. Resulta-se assim em preparos minima-
mente invasivos e com máxima preservação da 
estrutura dental sadia (Figura 7.38).
151
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
■ Figuras 7.33 a 7.35 *
Desgastes dentais necessários para o correto assentamento 
da matriz (setas).7.33 7.34
7.35
■ Figura 7.36*
Espaço de aproximadamente 2 mm necessários para a 
região incisal dos laminados cerâmicos.
■ Figura 7.37 *
Verificação da espessura necessária para a confecção da 
restauração. 
* (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).
■ Figura 7.38 *
Preparos dentais finalizados.
152
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
■ Figuras 7.40 e 7.41 *
Visão final dos provisórios para laminados cerâmicos, após a remoção dos excessos e glazeamento.
Uso do enceramento diagnóstico 
para confecção de provisórios 
diretos
Uma restauração provisória adequada é ne-
cessária para proteção dental contra as injúrias 
térmicas e infiltrações bacterianas. Para os casos 
de laminados cerâmicos, o objetivo dos provisó-
rios, além dos já citados acima, é prover a função 
e estética planejada no início do tratamento, pos-
sibilitando uma comunicação direta com o pa-
ciente e o laboratório a fim de melhorar pequenos 
detalhes que podem influenciar no resultado final 
da restauração.
Os provisórios diretos podem ser confeccio-
nados da mesma forma que os ensaios restaura-
dores de diagnóstico (Figuras 7.15 a 7.18), isto é, 
utilizando as resinas denominadas bis-acryl, com 
a mesma matriz obtida do enceramento diagnós-
tico. Ela é levada aos preparos e mantida em 
posição até a completa polimerização da resina. 
Ao final do tempo de polimerização, remove-se a 
matriz (Figura 7.39) e se realiza os acabamentos 
e polimentos necessários nas restaurações provisó-
rias, que estão unidas entre si e serão cimentadas 
provisoriamente com cimentos translúcidos como 
o Temp Bond Clear (SDS Kerr) ou Provitemp 
(Biodinâmica), proporcionando assim uma maior 
previsibilidade dos resultados finais relacionados 
à forma dos laminados cerâmicos a serem con-
feccionados. Um glazeamento final (polimento 
através da aplicação de uma resina líquida) des-
tes provisórios pode ser feito com uma resina 
fotopolimerizável própria para este procedimento, 
como o Biscover (Bisco) utilizado para aumentar o 
brilho, a estabilidade de cor e o polimento destas 
restaurações (Figuras 7.40 a 7.42). É importante 
salientar que este produto não se polimeriza com-
pletamente com ativação por algumas luzes de 
aparelhos LED, sendo necessário a fotoativação 
com luz halógena.
■ Figura 7.39 *
Após aproximadamente 5 minutos, tempo necessário para 
a polimerização da resina bis-acryl, remove-se a matriz e se 
realiza os acabamentos e correções necessárias.
7.40 7.41
* (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).
153
CAPÍTULO 7 • PLANEJAMENTO ESTÉTICO EM DENTES ANTERIORES
Após a cimentação dos provisórios, é normal 
o paciente queixar-se do excessivo volume dental. 
Para isto, ele deve ser informado que o objetivo 
da avaliação estética dos provisórios requer uma 
análise clínica de vários dias e conseqüentemente 
deve-se “provar” as restaurações provisórias por 1 
a 2 semanas, para em uma outra consulta discutir 
alterações possíveis a serem feitas.
Se alterações forem posteriormente realizadas, 
uma melhor forma de transferir estas alterações 
para o laboratório é por meio de uma moldagem 
final dos provisórios com alginato ou silicone por 
condensação. Este é o melhor meio de transferir 
a correta posição incisal, forma e posicionamento 
dos dentes para o laboratório e deve ser enviado 
juntamente com as fotografias intra e extra-orais 
do paciente.
ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES
Um correto conhecimento das técnicas e 
materiais restauradores é essencial para o plane-
jamento e execução de restaurações estéticas em 
dentes anteriores.
O protocolo de tratamento descrito neste 
capítulo possibilita uma melhor interação entre 
o profissional, o paciente e o laboratório, através 
das fotografias e dos modelos de estudo encera-
dos. Demonstrou que a utilização do enceramento 
diagnóstico com o auxílio das matrizes de silicone 
facilita a confecção de restaurações diretas, auxilia 
no planejamento de laminados cerâmicos e permi-
te a realização de preparos dentais tendo em vista 
o resultado final estético desejado.
■ Figura 7.42 *
Caso finalizado.
* (Mesmo paciente das Figuras 7.9 a 7.18).
154
O D O N T O L O G I A E S T É T I C A – P l a n e j a m e n t o e t é c n i c a
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Artigo Inédito
72 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
Utilização de imagem digital para 
diagnóstico e planejamento estético
Breno Carnevalli Franco de Carvalho*
 * Especialista em Prótese.
 Especialista em Periodontia.
 Mestre Profissional em Lasers em Odontologia IPEN-FOUSP. 
 Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da Efoa/Ceufe, Alfenas - MG. 
 Professor do Curso de Especialização em Prótese da ABO – Regional de Pouso Alegre - MG.
 Professor do Curso de Especialização em Prótese da ABO – Regional de Alfenas - MG.
Resumo
A fotografia digital no pré-operató-
rio, através da duplicação da imagem 
do lado direito e do lado esquerdo, 
oferece um correto diagnóstico dos 
problemas estéticos. A utilização da 
Proporção Áurea e da Porcentagem 
Áurea possibilitam a obtenção da 
excelência estética no tratamento 
PalavRas-Chave: Estética dentária. Planejamento. Sorriso.
dentário. A duplicação da imagem do 
enceramento de diagnóstico permi-
te definir corretamente a proposta 
de tratamento, bem como os bene-
fícios oferecidos. E a duplicaçãoda 
imagem do tratamento realizado 
pode confirmar o diagnóstico e man-
ter-se dentro do plano de tratamen-
to proposto.
Breno Carnevalli Franco de Carvalho
73R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
IntRodução
As propriedades dos materiais restauradores 
estéticos atuais, tanto das porcelanas quanto 
das resinas, têm permitido a restauração de to-
das as características dos dentes: matiz, opaci-
dade, translucidez, opalescência, fluorescência, 
textura e brilho. E a qualidade destes materiais 
proporciona uma relativa longevidade dos re-
sultados obtidos.
A Odontologia atual, com os recursos dispo-
níveis, adquiriu a responsabilidade de tornar-se 
estética.
A Odontologia Estética é um modo de exer-
cer a Odontologia. É uma filosofia de trabalho, 
em que todos os procedimentos, restauradores 
ou cirúrgicos, são sempre executados assegu-
rando-se funcionalidade e excelência estética.
As alterações de posição dos dentes podem 
ser corrigidas pelo tratamento ortodôntico. 
Entretanto, discrepâncias entre o tamanho dos 
dentes e o tamanho do hemi-arco podem ne-
cessitar de uma complementação em algumas 
situações.
Dentes com alterações severas na forma (den-
tes conóides e microdentes), ainda que não mui-
to freqüentes, impedem seu correto alinhamen-
to criando espaços entre os dentes adjacentes.
Naquelas situações em que são necessárias mais 
de uma restauração por dente, em todos os dentes 
anteriores, o tratamento deveria corrigir as altera-
ções nas formas e no alinhamento dos dentes. 
Os grandes defeitos estéticos são de fácil diag-
nóstico, os pequenos não. E somente a correção 
de ambos permitirá o melhor resultado possível.
Para tanto, o correto diagnóstico de todos os 
defeitos permitirá um planejamento preciso que 
resultará num tratamento com excelência estética.
A reconstrução de um sorriso deve observar 
e obedecer aos princípios estéticos de composi-
ção, unidade, simetria, proporção, razão repeti-
da, equilíbrio e linhas5.
Para melhor compreensão pelo paciente do 
tratamento proposto, 3 métodos permitem a 
visualização dos problemas estéticos2:
1) Aplicação de cera macia ou de resina dire-
tamente sobre os dentes;
2) Enceramento de diagnóstico em modelos 
de estudo;
3) Imagem e simulação computadorizada.
A análise dentária, visando o restabelecimen-
to da estética, é realizada de 2 maneiras: pelo 
tamanho real dos dentes e pela sua aparência, 
dada a distribuição em curvatura no arco dentá-
rio. Este último critério - a métrica da aparência 
ou dimensões dentários relativas - é feito apli-
cando-se a Proporção Áurea, também conhecida 
por Regra Áurea.
A razão entre o lado maior e lado menor de um 
retângulo sendo 1,618 (Proporção Áurea), para Pi-
tágoras, torna a figura particularmente bela.
A Proporção Áurea pode ser encontrada na 
natureza (na espiral do náutilus, na distribuição 
das folhas no caule de algumas plantas, no cor-
po humano, na seqüência de Fibonacci, etc), é 
também aplicada na Engenharia, na pintura e na 
Arquitetura. 
Na análise facial, várias medidas podem ser 
observadas guardando a Proporção Áurea2.
Para a métrica da aparência, dentro da Propor-
ção Áurea, numa vista frontal, a medida de apa-
rência da largura do incisivo lateral recebe o valor 
1, do incisivo central 1,6 e do canino 0,6 (Fig. 1).
A figura 2 apresenta alteração na Proporção 
Áurea resultando em um estreitamento do arco 
com aumento do espaço negativo bilateral. Dado 
o valor 1 para o incisivo lateral esquerdo, o incisi-
vo central apresenta o valor 2, ao invés de 1,6, e o 
canino apresenta o valor 0,8, ao invés de 0,6.
A figura 3 mostra a distribuição dos valores 
da Proporção Áurea nos dentes anteriores.
Utilização de imagem digital para diagnóstico e planejamento estético
74 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
O conceito de Porcentagem Áurea6, além de 
não depender da largura aparente dos dentes, 
permite que a assimetria seja claramente iden-
tificada e quantificada. 
Dentro deste conceito, a largura aparente de 
canino a canino é tomada como 100%. A partir 
desta medida:
- o incisivo central direito terá 25% do valor,
- o incisivo lateral direito terá 15% do valor,
- o canino direito terá 10% do valor,
- o incisivo central esquerdo terá 25% do valor,
- o incisivo lateral esquerdo terá 15% do valor,
- o canino esquerdo terá 10% do valor.
Por apresentarem-se com a face vestibular 
paralela ao plano frontal, numa vista frontal, os 
incisivos centrais ocuparão a metade da distân-
cia entre os caninos (Fig. 5).
Numa vista em 45o, a Proporção Áurea não 
deve ser aplicada, permanecendo as dimensões 
reais para os incisivos laterais (largura de 77% 
do comprimento) e caninos (largura de 80% do 
comprimento)3.
Relato da tÉCnICa
O planejamento para uma reabilitação esté-
tica deve seguir as seguintes etapas:
estabelecimento das dimensões dos incisivos 
centrais
Numa vista frontal, os incisivos centrais se-
Figura 1 - Proporção Áurea na métrica da aparên-
cia dos dentes anteriores.
Figura 2 - Proporção Áurea alterada. Figura 3 - Proporção Áurea aplicada corretamente.
Figura 4 - Porcentagem Áurea. Figura 5 - Incisivos centrais ocupando 50% da largura aparente de canino a 
canino, numa vista frontal.
0,6 1 1,6 2 1 0,8 0,6 1 1,6 1,6 1 0,6
10% 15% 25% 25% 15% 10%
100%
50%
100%
Breno Carnevalli Franco de Carvalho
75R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
rão o ponto da partida do planejamento, pois 
mostram suas dimensões reais e não as dimen-
sões aparentes.
Como os incisivos centrais estão lado a lado, 
deve existir simetria entre ambos. De um modo 
geral, quanto mais distante da linha mediana 
se encontre o dente, menos perceptível será a 
diferença entre ele e o mesmo dente do arco 
oposto. Sendo assim, os incisivos centrais, que 
estão lado a lado, não aceitam diferenças entre 
si, na forma, ou no tamanho, ou na cor. Diferen-
ças entre os caninos (seja na forma ou na posi-
ção dos dentes no arco) são menos perceptíveis 
que diferenças entre os laterais (Fig. 6).
As alterações ocasionadas pelo tempo são 
mais evidentes na diminuição do compri-
mento dos incisivos centrais. Para que a sua 
forma possa ser restabelecida, deve-se calcu-
lar o seu comprimento original, baseado em 
sua largura.
A largura do incisivo central corresponde, 
em média, a 80% do seu comprimento (Fig. 7); 
podendo variar de 75% a 85%3.
Portanto, a largura do incisivo central é 
igual ao seu comprimento multiplicado por 
Figura 6 - As diferenças na posição entre os caninos são menos perceptíveis que as diferenças entre os incisivos laterais.
Figura 7 - Proporção altura x largura do incisivo central.
80%100%
0,8, e o seu comprimento é igual à sua largura 
dividida por 0,8.
Comprimento do IC x 80% = largura
Largura do IC ÷ 80% = comprimento
A largura do incisivo também pode ser ob 
tida dividindo-se a distância interpupilar (ou a 
largura do sorriso) por 6,6.
Utilização de imagem digital para diagnóstico e planejamento estético
76 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
Figura 8a - Fotografia digital dos dentes. Figura 8B - Lado direito duplicado. Figura 8C - Lado esquerdo duplicado.
Sempre que se fizer necessário um aumen-
to do tamanho dos incisivos centrais, um teste 
fonético deverá ser realizado para confirma-
ção: durante a pronúncia dos sons com “s”, o 
lábio inferior aproxima-se das bordas incisais 
dos incisivos centrais, porém sem tocá-las. Du-
rante a pronúncia do “f”, o lábio inferior toca 
as bordas incisais dos incisivos centrais com 
uma explosão do ar para fora da boca. Quanto 
maior o espaço existente entre o lábio inferior 
e as bordas incisais dos incisivos centrais, du-
rante a pronúncia de sons com “s”, maior será 
o aumento permitido. Solicita-se ao paciente 
que conte em voz alta de sessenta a setenta, 
quando é feita a observação.Caso não haja es-
paço, não deverá ser feito nenhum aumento, 
pois os sons estarão alterados (por exemplo: 
sessenta será pronunciado como “fefenta”).
Uma vez estabelecidas as dimensões dos 
incisivos centrais, a largura de cada um deve 
corresponder a 25% da distância entre as por-
ções distais visíveis dos caninos. Na verdade, 
essa distância deve ser tomada inicialmente 
para verificar se os incisivos centrais poderão 
ocupar 50% desta distância (Porcentagem Áu-
rea).
diagnóstico das pequenas alterações estéticas
O princípio fundamental da estética é o da 
harmonia. Alterações significativas são de fácil 
percepção: um dente escuro quando todos são 
claros, ou um dente claro quando todos são es-
curos, quebram a harmonia do conjunto.
A fotografia digital tornou-se excelente fer-
ramenta para o desempenho da Odontologia4.
No diagnóstico de pequenas alterações, 
mais difícil, a fotografia digital mostra-se 
como excelente ferramenta de trabalho. Deve-
se fazer uma fotografia digital dos dentes an-
teriores e duplicar cada metade da imagem 
repetindo-se os lados: uma nova imagem será 
criada com duas metades direitas e outra com 
duas metades esquerdas (Fig. 8).
Nas figuras 8B e 8C é possível evidenciar a 
diferença na inclinação axial entre os dentes 
do lado direito e os do lado esquerdo.
As figuras 9A, B, C, e as figuras 10A, B, C mos-
tram diferenças bem mais sutis.
aplicação da porcentagem áurea
A Porcentagem Áurea deve então ser pla-
nejada para os dentes anteriores, observando-
se o valor de 10% para o canino, 15% para o 
incisivo lateral e 25% para o incisivo central, 
bilateralmente.
No caso de fechamento de diastema entre 
os incisivos centrais, suas larguras serão au-
mentadas. Conseqüentemente seus compri-
mentos também deverão sê-lo (Fig. 11A, B).
Muitas vezes o fechamento de um diastema 
Breno Carnevalli Franco de Carvalho
77R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
entre os incisivos centrais, ao mudar as medidas 
de suas larguras, exigirá a mudança das medi-
das de seus comprimentos, o que pode exigir 
mudança em todo segmento anterior superior: 
incisivos laterais e caninos (Fig. 12A, B).
 
Confirmação do diagnóstico
Quando necessária a modificação de todo 
segmento anterior superior, deve-se, antes do 
tratamento, fazer o enceramento de diagnós-
tico e submeter o enceramento ao mesmo tra-
tamento de duplicação da imagem.
As figuras 13A, B, C são fotografias digitais 
do enceramento de diagnóstico do paciente 
apresentado nas figuras 8A, B, C, submetidas 
ao mesmo tratamento.
Quanto menor a diferença entre as imagens 
duplicadas (direita e esquerda) e a imagem ori-
ginal, melhor será o resultado estético. 
tratamento
O tratamento será realizado após a confir-
mação do planejamento. E a confirmação do 
planejamento será feita após a avaliação dos 
resultados das imagens duplicadas do próprio 
enceramento.
As figuras 14A, B, C e 15A, B, C são do en-
ceramento e do tratamento, respectivamente, 
do caso apresentado nas figuras 9A, B, C.
As figuras 16A, B, C, 17A, B, C são do encera-
mento e do tratamento, respectivamente, do 
caso apresentado nas figuras 10A, B, C.
Figura 9a - Fotografia digital dos dentes. Figura 9B - Lado direito duplicado.
Figura 9C - Lado esquerdo duplicado.
Utilização de imagem digital para diagnóstico e planejamento estético
78 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
dIsCussão
O sorriso perfeito depende de vários fato-
res, que vão desde a forma e a função dos lá-
bios, até a forma, a cor e a posição dos dentes.
A correta distribuição dos dentes em arco 
é um fator importante na estética do sorriso.
Discrepâncias entre o tamanho dos dentes 
e o tamanho dos ossos alveolares alteram a 
estética. Desordens de crescimento, certos 
hábitos, mastigação unilateral, dentre outros, 
também podem influenciar na posição dos 
dentes e comprometer a beleza do sorriso.
A Proporção Áurea traz a percepção da be-
leza de forma inconsciente e direta. A Porcen-
tagem Áurea permite que os dentes anterio-
res sejam tratados no conjunto, facilitando a 
aplicação clínica da Proporção Áurea. 
Um tratamento ideal deveria aplicar a Pro-
porção Áurea a todas as situações. Entretan-
to, as alterações na forma e na posição dos 
dentes, nem sempre permitem tal realização.
O tratamento dentário, dentro da filoso-
fia da Odontologia Estética, deve diminuir ao 
máximo a distância entre as condições bucais 
atuais e o sorriso ideal (Proporção Áurea). Por-
tanto, quanto menor esta distância, melhor o 
resultado estético.
Para tanto, o enceramento de diagnóstico 
Figura 10a - Fotografia digital dos dentes. Figura 10B - Lado direito duplicado.
Figura 10C - Lado esquerdo duplicado.
Breno Carnevalli Franco de Carvalho
79R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
Figura 11a - Diastema presente entre os incisivos centrais, que também 
apresentam restaurações insatisfatórias em resina.
Figura 11B - O fechamento do diastema, aumentando a largura dos incisivos 
centrais, necessitou também de aumento em seus comprimentos para ma-
nutenção da proporção entre altura e largura em 10 x 8.
Figura 12a - Pré-operatório. Figura 12B - Reconstrução de todo segmento anterior superior com resina 
composta direta.
Figura 13a - Lado direito do enceramento dupli-
cado.
Figura 13B - Enceramento. Figura 13C - Lado esquerdo do enceramento du-
plicado.
Figura 14a - Lado direito do enceramento dupli-
cado.
Figura 14B - Enceramento. Figura 14C - Lado esquerdo do enceramento du-
plicado.
Utilização de imagem digital para diagnóstico e planejamento estético
80 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
Figura 15a - Tratamento realizado com restaurações diretas em resina nos dentes 12, 11, 21 e 22.
Figura 15C - Lado esquerdo duplicado.Figura 15B - Lado direito duplicado.
Figura 16a - Lado direito do enceramento dupli-
cado.
Figura 16B - Enceramento. Figura 16C - Lado esquerdo do enceramento du-
plicado.
Breno Carnevalli Franco de Carvalho
81R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
deve ser rotina para todos os pacientes. Pa-
cientes que necessitem de múltiplas restau-
rações, que apresentem diastemas – entre 2 
ou mais dentes – e que apresentem alteração 
na forma e na posição dos dentes se benefi-
ciarão ainda mais com os resultados do ence-
ramento de diagnóstico e da duplicação das 
imagens direita e esquerda.
A duplicação da imagem no pré-operatório, 
como demonstrado, facilita o diagnóstico.
A duplicação da imagem do enceramento 
permite avaliar quais serão os benefícios que 
o tratamento proposto trará, no que se refere 
ao encurtamento da distância entre a situa-
ção real e o sorriso ideal.
E, por fim, a duplicação da imagem do tra-
tamento realizado permitirá a comparação 
entre ele e o planejamento idealizado.
ConClusÕes
A fotografia digital, pela rapidez do resul-
tado e flexibilidade no tratamento da ima-
gem, é uma valiosa ferramenta para o exercí-
cio da Odontologia Estética.
A duplicação da imagem pré-operatória, do 
enceramento e do tratamento possibilita um 
diagnóstico correto, um planejamento comple-
to e um tratamento com excelência estética.
Figura 17B - Lado direito duplicado.Figura 17a - Tratamento: coroa total de porcelana no dente 11 e restaura-
ções diretas em resina nos dentes 13, 12, 21, 22 e 23.
Figura 17C - Lado esquerdo duplicado. 
Utilização de imagem digital para diagnóstico e planejamento estético
82 R Dental Press Estét - v. 3, n. 1, p. 72-82, jan./fev./mar. 2006
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Breno Carnevalli Franco de Carvalho
Rua Pres. Artur Bernardes, 880 - Centro 
Alfenas - MG - CEP 37130-000
e-mail: bcfc@pitnet.com.br
Endereço para correspondência
KEY WORDS: Dental esthetic. Planning. Smile.
Digital image in esthetic diagnostic and planning
The digital photograph, by means of the 
duplication of the right and the left side image, 
makes it easy to make a correct diagnosis of the 
aesthetical problems at the preoperative phase. 
The application of the Golden Proportion and 
Golden Percentage to dental treatment results in 
aesthetic excellence. The duplicated image of the 
waxing diagnosis enables the professional to define 
the treatment proposition as well as its benefit. 
The treatment duplicated image allows to confirm 
the diagnosis and keep the professional within the 
planning proposed.
Abstract
 1 QDT 2012
T
o obtain consistent esthetic outcomes, the de-
sign of dental restorations should be defined as 
soon as possible. The importance of gathering 
diagnostic data from questionnaires and checklists1–7 
cannot be overlooked; however, much of this informa-
tion may be lost if it is not transferred adequately to the 
design of the restorations. The diagnostic data must 
guide the subsequent treatment phases,8 integrating 
all of the patient’s needs, desires, and functional and 
biologic issues into an esthetic treatment design.9,10
The Digital Smile Design (DSD) is a multi-use con-
ceptual tool that can strengthen diagnostic vision, 
improve communication, and enhance predictabil-
ity throughout treatment. The DSD allows for careful 
analysis of the patient’s facial and dental characteris-
tics along with any critical factors that may have been 
overlooked during clinical, photographic, or diagnos-
tic cast–based evaluation procedures. The drawing of 
reference lines and shapes over extra- and intraoral 
digital photographs in a predetermined sequence 
can widen diagnostic visualization and help the restor-
ative team evaluate the limitations and risk factors of a 
given case, including asymmetries, disharmonies, and 
violations of esthetic principles.1 DSD sketches can be 
performed in presentation software such as Keynote 
(iWork, Apple, Cupertino, California, USA) or Microsoft 
PowerPoint (Microsoft Office, Microsoft, Redmond, 
Washington, USA). This improved visualization makes 
it easier to select the ideal restorative technique. 
The DSD protocol is characterized by effective com-
munication between the interdisciplinary dental team, 
including the dental technician. Team members can 
identify and highlight discrepancies in soft or hard tis-
sue morphology and discuss the best available solu-
tions using the amplified images. Every team member 
can add information directly on the slides in writing 
or using voice-over, thus simplifying the process even 
more. All team members can access this information 
whenever necessary to review, alter, or add elements 
during the diagnostic and treatment phases.
Digital Smile Design: 
A Tool for Treatment Planning and 
Communication in Esthetic Dentistry
Christian Coachman, DDS, CDT1 
Marcelo Calamita, DDS, MSD, PhD2
[Au: Please provide professional affiliations for both authors.]
Correspondence to: Dr Christian Coachman, Oral Esthetic 
Rehabilitation, Well Clinic, Rua Bento de Andrade, 116, Sao Paulo, 
SP, Brazil, 04503-000. Email: ccoachman@hotmail.com; 
www.wellclinic.com.br 
COACHMAN/CALAMITA
QDT 2012 2
The adoption of the DSD protocol can make di-
agnosis more effective and treatment planning more 
consistent. The efforts required to implement DSD are 
rewarded by more logical and straightforward treat-
ment sequencing, leading to savings in time, materi-
als, and cost during treatment.
DIGITAL SMILE DESIGN 
The DSD protocol offers advantages in the following 
areas: 
•  Esthetic diagnosis
•  Communication
•  Feedback
•  Patient management
•  Education
Esthetic Diagnosis
When the dentist first evaluates a new patient with 
esthetic concerns, many critical factors may be over-
looked. A digital photography and digital analysis 
protocol enables the dentist to visualize and analyze 
issues that he or she may not notice clinically. Drawing 
of reference lines and shapes over extra- and intraoral 
digital photographs can easily be performed using 
presentation software. 
Communication
Traditionally, smile design has been instituted by the 
dental technician. The technician performs the restor-
ative wax-up, creates the tooth shapes and dental ar-
rangements, and follows the instructions and guide-
lines provided by the dentist in writing or by phone. In 
many cases, however, insufficient information is given 
to the dental technician to utilize his or her skills to 
maximum potential. As a result, the final restoration is 
less likely to fully satisfy the patient’s desires. 
When the treatment coordinator or whichever mem-
ber of the restorative team has developed a personal 
relationship with the patient takes responsibility for the 
smile design, the results are likely to be far superior. 
This individual has the ability to better communicate 
the patient’s personal preferences and/or morpho-
psychologic features to the technician, elevating the 
excellence of the restoration from acceptable to ex-
ceptional.7,8,11
Successful restorative treatment involves control-
ling the four dimensions of treatment: esthetics, func-
tion, structure, and biology. In relation to esthetics, 
there are four main issues that must be controlled to 
improve predictability and meet patient expectations: 
the horizontal reference plane, facial midline, smile 
design (tooth shape and arrangement), and color. The 
question is how to precisely transfer this information 
from the face to the mouth, to the cast, and to the final 
restoration. The primary goal of the DSD protocol is to 
facilitate this process.
With this valuable information in hand, the dental 
technician can more efficiently fabricate a three-di-
mensional wax-up, focusing on developing anatomical 
features within the parameters provided, including the 
planes of reference, facial and dental midlines, rec-
ommended incisal edge position, lip dynamics, basic 
tooth arrangement, and incisal plane.
This information is transferred from the wax-up to 
the try-in phase through a mock-up or provisional res-
toration.4,6,12 The design of the definitive esthetic res-
torations should be developed and tried-in as soon as 
possible to guide the treatment sequence. Efficient 
treatment planning helps the entire dental team iden-
tify any challenges and reduce total treatment time.8
Feedback
The DSD allows for precise evaluation of the results 
obtained in every treatment phase. The sequence of 
treatment is organized on the slides with photographs, 
videos, notes, graphics, and drawings. At any time, 
team members can access the slide presentation to 
track and analyze the treatment provided. With the 
digital ruler, drawings, and reference lines, easy com-
parisons can be made between pre- and posttreat-
ment photographs. These comparisons help deter-
mine whether the treatment has successfully followed 
the original plan or if other adjunctive procedures are 
necessary to improve the final outcome. The dental 
technician also gains feedback related to tooth shape, 
arrangement, and color to facilitate any necessary re-
Digital Smile Design:A Tool for Treatment Planning and Communication in Esthetic Dentistry
 QDT 2012 3
finements. This constant double-checking ensures the 
excellence of the final result and provides a great learn-
ing tool for the entire interdisciplinary team. The DSD 
tool also serves as a useful library of treatment pro-
cedures. Clinicians can revisit treatments performed 
years ago and learn from past results.
Patient Management
The DSD can be used as a marketing tool to motivate 
the patient, an educational tool to help explain issues 
related to treatment, and an evaluative tool by com-
paring before and after photographs. Further, the li-
brary of slides from past treatments can be used to 
demonstrate treatment possibilities during patient 
consultation. The treatment planning presentation 
will be much more effective because the DSD allows 
patients to visualize the multiple factors responsible 
for their orofacial issues. The problems presented in 
each case can be superimposed in list form directly 
over the patient’s own photographs. The clinician can 
express the severity of the case, introduce treatment 
strategies, discuss the prognosis, and make case man-
agement recommendations. In addition, DSD aids in 
patient acceptance by helping them visualize and un-
derstand both past and future treatments. 
Education
This personal library of clinical cases can also be shared 
with patients and colleagues, and the most appropri-
ate cases can be transformed into a slideshow for den-
tal presentations and lectures. DSD can increase the 
visual impact of a lecture by incorporating the slides 
from clinical cases. The audience can better under-
stand the concepts discussed, and the presenter can 
minimize the use of a laser pointer.
DSD Workflow
The authors carry out the DSD protocol using Key-
note software (iWork); however, similar software such 
as Microsoft PowerPoint can be used with minor ad-
justments to the technique. Keynote allows for simple 
manipulation of the digital images and the addition of 
lines, shapes, and measurements over the clinical and 
laboratory images. 
Three basic photographic views are necessary: full 
face with a wide smile and the teeth apart, full face at 
rest, and retracted view of the full maxillary arch with 
teeth apart. A short video is also recommended in 
which the patient is prompted by the clinician to ex-
plain his or her treatment concerns and expectations. 
Simultaneously, the video should capture all possible 
dental and smile positions, including 45-degree and 
profile views. The photographs and videos are down-
loaded and inserted into the slide presentation. The 
DSD workflow then proceeds as follows: 
1. The cross: Two lines must be placed on the center 
of the slide, forming a cross (Fig 1). The facial pho-
tograph with the teeth apart should be positioned 
behind these lines.
2. Digital facebow: Relating the full-face smile image 
to the horizontal reference line is the most impor-
tant step in the smile design process. The inter-
pupillary line should be the first reference line to 
establish the horizontal plane, but it should not be 
the only one. The face as a whole must be analyzed 
before determining the best horizontal reference to 
achieve harmony. After determining the horizontal 
reference line, the facial midline is outlined accord-
ing to facial features such as the glabella, nose, and 
chin (Fig 2). 
Fig 1 Slide presentation software (Keynote, iWork, Apple) 
with crossing lines placed on the middle of the slide.
COACHMAN/CALAMITA
QDT 2012 4
3. Smile analysis: Dragging the horizontal line over 
the mouth will allow for initial evaluation of the rela-
tionship of the facial lines with the smile. Grouping 
the lines and the facial photographs will allow the 
clinician to zoom in on the image without loosing 
the reference between the lines and photograph. 
Midline and occlusal plane shifting and canting can 
be easily detected (Fig 3). 
4. Smile simulation: Simulations can be performed to 
fix the incisal edge position, canting, shifting, tooth 
proportions, and soft tissue outline (Fig 4).
5. Transferring the cross to the intraoral images: To 
analyze the intraoral photographs in accordance 
with the facial references, the cross must be trans-
ferred to the retracted view using three transferring 
lines drawn over the smile view as follows (Fig 5): 
 a) Line 1: from the tip of one canine to the tip of 
the contralateral canine.
 b) Line 2: from the middle of the incisal edge of 
one central incisor to the middle of the incisal 
edge of the contralateral central incisor.
 c) Line 3: over the dental midline, from the tip 
of the midline interdental papillae to the incisal 
embrasure. 
 It is necessary to calibrate four features on the 
photograph: size, canting, incisal edge position, 
and midline position. Line 1 will guide the two first 
aspects (size and canting), line 2 will guide the inci-
sal edge position, and line 3 will guide the midline 
position (Fig 6). 
Fig 2 The facial photograph with a wide smile and the 
teeth apart is moved behind the cross to determine the 
ideal horizontal plane and vertical midline (ie, the digital 
facebow).
Fig 4 Basic dental simulation performed by cropping 
the images of the teeth and placing them over the smile 
photograph, correcting the gingival levels, length, and the 
canting of the anterior teeth.
Fig 3 Transferring the cross to the smile: grouping the 
lines with the facial photograph and zooming in to analyze 
the relationship between the facial lines, lips, teeth, and 
gingiva. 
Fig 5 Drawing the three reference lines that will allow for 
transferring of the cross to the intraoral photograph.
Digital Smile Design: A Tool for Treatment Planning and Communication in Esthetic Dentistry
 QDT 2012 5
6. Measuring tooth proportion: Measuring the width/
length proportion of the central incisors is the first 
step toward understanding how to best redesign the 
smile. A rectangle is then placed over the edges of 
both central incisors (Fig 7). The proportions of the 
patient’s central incisors can be compared to the ide-
al proportions described in the literature (Fig 8). 2–8 
7. Tooth outline: From this step on, all drawings may 
be performed depending on what needs to be vi-
sualized or communicated for each specific case. 
For example, tooth outlines can be drawn over 
the photograph, or premade tooth outlines can be 
copied and pasted. The selection of tooth shape 
will depend on factors such as the morphopsycho-
logic interview and the patient’s desires, facial fea-
tures, and esthetic expectations (Figs 9 and 10).11,13
Fig 6 Intraoral photograph adjusted to the three reference 
lines.
Fig 8 A rectangle with ideal length/width proportion (80%) 
is placed over the central incisor to compare the actual 
pretreatment proportion with the ideal one.
Fig 7 Intraoral photograph with the cross used to measure 
the actual length/width proportion of the right central inci-
sor.
Fig 9 Drawing the tooth outline, as guided by the cross 
and by the rectangle proportion. 
Fig 10 Final teeth outline showing the relationship be-
tween the preoperative situation and the ideal design.
COACHMAN/CALAMITA
QDT 2012 6
8. White and pink esthetic evaluation: After all refer-
ence lines and drawings have been provided, the 
clinician should have a clear understanding of the 
esthetic issues involved in the patient’s maxillary 
arch, including the tooth proportions, interdental 
relationship, relationship between the teeth and 
smile line, discrepancy between facial and dental 
midlines, midline and occlusal plane canting, soft 
tissue disharmony, relationship between the soft 
tissues and teeth, papillae heights, gingival margin 
levels, incisal edge design, and tooth axis (Fig 11).
9. Digital ruler calibration: The digital ruler can be 
calibrated over the intraoralphotograph by mea-
suring the length of one of the central incisors on 
 the cast (Fig 12) and transferring this measurement 
to the computer (Fig 13). Once the digital ruler 
is calibrated, the clinician can make any measure-
ments needed over the anterior area of the image 
(Fig 14).
10. Transferring the cross to the cast: First, the hori-
zontal line over the intraoral photograph should 
be moved above the gingival margin of the six 
anterior teeth. The distance between the horizon-
tal line and the gingival margin of each tooth is 
measured using the digital ruler, and these mea-
surements are written down on the slide (Fig 15). 
The measurements are then transferred to the cast 
with the aid of a caliper. Pencil marks are made on 
Fig 11 Other drawings and lines can be added as needed 
to help visualize the esthetic issues and improve the ef-
ficiency of communication.
Fig 13 Calibrating the digital ruler on the slide by shrink-
ing/stretching until it matches the measurement done on 
the cast. The digital ruler is a photograph of a ruler (JPEG 
file) that is dragged on top of the slide and can be posi-
tioned as necessary.
Fig 12 Measuring the length of the left central incisor (10.6 
mm) on the cast. This measurement will be transferred to 
the computer for calibration of the digital ruler.
Fig 14 Measurements can be taken of the difference be-
tween the preoperative location of the cervical areas of the 
canines compared to the ideal location. In this case, one 
maxillary canine needed crown lengthening and the other 
required root coverage. 
Digital Smile Design: A Tool for Treatment Planning and Communication in Esthetic Dentistry
 QDT 2012 7
the cast at the same distances above the gingi-
val margins as shown on the digital images. Those 
dots are then connected, creating a horizontal line 
above the teeth. The next step is to transfer the 
vertical midline. Because the vertical line must 
be perpendicular to the horizontal line, only one 
point is necessary to determine its location. The 
distance between the dental midline and the fa-
cial midline at the incisal edge is measured on the 
computer, and the distance is then transferred to 
the cast with the caliper (Fig 16). Subsequently, 
the line can be drawn perpendicular to the hori-
zontal line passing over this reference point. After 
drawing the cross on the cast (Fig 17), it is possible 
to transfer any necessary information, such as gin-
gival margins, root coverage, crown lengthening, 
incisal edge reduction, and tooth width. At this 
stage, all information the technician will need to 
develop a precise wax-up is available on both the 
slides and cast (Fig 18).
The guided diagnostic wax-up will be an important 
reference for any surgical, orthodontic, and restorative 
procedures. Several guides can be produced over 
this wax-up to control the procedures, such as surgi-
cal stents, orthodontic guides, implant guides, crown 
lengthening guides, and tooth preparation guides. 
The next important step to evaluate the precision of 
Fig 15 The horizontal line is placed randomly above the 
gingival margin of the anterior teeth. This distance is then 
measured and transferred to the stone cast using the digital 
ruler. 
Fig 17 All the measurements are transferred to the cast, 
and the cross is drawn.
Fig 16 Measuring the discrepancy between the facial mid-
line and dental midline.
Fig 18 The diagnostic wax-up is fabricated using the cross 
and morphopsychologic design as guides. The new incisal 
length is measured on the computer and transferred to the 
wax-up with a caliper.
COACHMAN/CALAMITA
QDT 2012 8
the DSD protocol and the wax-up is to perform a clini-
cal try-in (Fig 19). The clinical try-in can be carried out 
using a direct mock-up or a provisional restoration de-
pending on the complexity of the case. After patient 
approval, the restorative procedures can be adjusted 
as necessary. Tooth preparation should be minimally 
invasive, allowing just enough clearance to create 
proper space for ceramic restorations (Fig 20). Fabri-
cation of the final restorations should be a controlled 
process with minimal final adjustments (Fig 21). If all of 
these steps are carried out properly and carefully, the 
final result will likely exceed the patient’s expectations 
(Figs 22 and 23). 
Fig 19 Try-in provisional made with bis-acrylic resin is 
obtained from a silicone index fabricated on top of the 
diagnostic wax-up.
Fig 21 Final ceramic veneers (IPS e.max, Ivoclar Vivadent, 
Schaan, Liechtenstein) fabricated according to the silicone 
indexes.
Fig 23 Final outcome after 6 months.
Fig 20 Final minimally invasive tooth preparation guided 
by the silicone indexes.
Fig 22 Ceramic veneers after bonding.
Digital Smile Design: A Tool for Treatment Planning and Communication in Esthetic Dentistry
 QDT 2012 9
CONCLUSIONS
The Digital Smile Design is a multi-use tool that can 
assist the restorative team throughout treatment, im-
proving the dental team’s understanding of the es-
thetic issues and increasing patient acceptance of 
the final result. The placement of references lines and 
other shapes over extra- and intraoral digital photo-
graphs widens the dental team’s diagnostic vision and 
helps to evaluate the limitations, risk factors, and es-
thetic principles of a given case. These critical data will 
lead to improved results in all phases of treatment.
ACKNOWLEDGMENT
The authors would like to thank Dr Marcos Pitta, Oral Surgeon; Dr 
Milton Missaka, Orthodontist, and Adriano Shayder, CDT, members 
of the interdisciplinary team, for their remarkable contributions to 
the results obtained and for all dental laboratory support.
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Sorriso. São Paulo: VM Cultural, 2011.
36
v.1, n.2, 2012
55
Digital smile design:
uma ferramenta para 
planejamento e 
comunicação em 
odontologia estética
CoaChman, Christian 
Calamita, marcelo
SChayder, adriano
Por que é importante?
O objetivo de todo tratamento estético dental 
deve ser o de criar um design que se integre com 
as necessidades funcionais, estéticas e emocio-
nais do paciente. 
Técnicas e materiais modernos podem ser inú-
teis se o resultado final não atingir as expectati-
vas estéticasdo paciente.
Por esse motivo, a equipe interdisciplinar deve 
munir-se de todas as ferramentas possíveis 
para melhorar a visualização dos problemas es-
téticos, criar possíveis soluções, apresentar es-
sas soluções de forma eficaz para o paciente e 
guiar com precisão os procedimentos clínicos e 
laboratoriais para atingir resultados previsíveis.
A utilização de ferramentas digitais para aprimo-
rar e facilitar o trabalho em equipe e a comunica-
ção com o paciente passa a ser fundamental. A 
chave do sucesso é a comunicação visual! Como 
sabemos, “uma imagem vale por mil palavras”.
O protocolo DSD proposto irá melhorar:
•	 o diagnóstico estético;
•	 a comunicação interdisciplinar;
•	 a análise estética crítica durante e/ou pós-tra-
tamento e a reavaliação; e
•	 a relação dentista-paciente, o gerenciamento 
de expectativas, educação, motivação, ferra-
menta de marketing, fechamento de trata-
mento.
Do que se trata?
Colocação de linhas e desenhos digitais sobre 
fotos de face e intraorais do paciente, seguindo 
uma sequência específica para melhor avaliar a 
relação estética entre dentes, gengiva, sorriso 
Cirurgião-dentista, técnico em Prótese dentária
Cirurgião-dentista pela USP
mestre e doutor em Prótese dentária pela USP
especialista em Prótese dentária pelo CFo
Presidente da academia Brasileira de odontologia estética (aBoe)
Cirurgião-dentista
e face, permitindo ao dentista e ao paciente um 
melhor entendimento dos problemas e a criação 
de possíveis soluções.
O que é necessário?
A técnica é simples e não exige equipamentos 
ou softwares especiais. Fotografias digitais bá-
sicas, específicas para o DSD, podem ser feitas 
com equipamentos simples. Até mesmo um 
iPhone, da Apple, pode ser utilizado para isso. 
Um vídeo rápido da face do paciente também 
é importante para melhorar e complementar a 
análise fotográfica e potencializar o resultado do 
protocolo DSD. 
As fotos serão trabalhadas no computador 
usando-se um software simples de apresenta-
ção de slides. Tanto o PowerPoint 2012 quanto o 
Keynote ‘09 podem ser usados.
DICAS DE PRÓTESE LABORATORIAL
Software de apresentação de slide (Keynote, iWork, apple) com a “cruz” no centro do slide (A). Foto facial em sua posição de harmonia em relação à cruz (B). transferindo a cruz para o sorriso (C). Simulação 
dental básica (D). as três linhas de transferência para calibragem da foto intraoral (E). Foto intraoral calibrada (F).
A C
FE
B
D
Como fazer?
Três fotos são necessárias: foto de face com sor-
riso amplo e dentes entreabertos; foto de face 
em repouso; e foto intraoral do arco superior. 
Sequência DSD em 10 etapas
1. Cruz: 2 linhas são colocadas no centro do slide 
formando uma cruz (Fig. A). A foto facial é colo-
cada atrás das linhas.
2. Arco Facial Digital: a foto facial é movimentada 
atrás das linhas até que uma posição estética-
mente harmônica seja atingida (Fig. B).
3. Análise do Sorriso: a cruz é transferida para a 
região do sorriso, permitindo uma análise com-
parativa entre dentes e face (Fig. C).
4. Simulação Dental: simulações podem ser fei-
tas para melhorar o entendimento da posição/
proporção ideal dos incisivos (Fig. D). 
5. Transferência da Cruz para a Imagem Intra-
oral: 3 linhas são utilizadas para transferir as li-
nhas faciais para a foto intraoral e calibrá-la. Isso 
permitirá uma análise dentogengival efetiva em 
relação à face (Fig. E-F).
6. Proporcao Dental: medir a relação largura-
-altura dental no slide é muito simples e permite 
38
v.1, n.2, 2012
57
Foto intraoral em relação à cruz facial e com a análise de proporção dental (G). Colocação de um retângulo com proporção ideal (80%) (H). desenho dental efetuado, guiado pela cruz facial e pelo retângulo 
de proporção ideal (I). desenho dental mostrando a relação pré-operatória com o design ideal (J). outros desenhos podem ser efetuados para melhorar o entendimento estético e a comuncição (K). medindo 
o comprimento do incisivo central no modelo. essa medida será transferida para o computador para a calibragem da régua digital (L). Calibragem da régua digital (M). Utilização da régua digital para medir 
as discrepâncias entre o estado atual e o ideal (N). transferência da cruz do computador para o modelo utilizando a régua digital e um paquímetro (O-Q). Confecção do enceramento de diagnóstico guiado 
pela cruz, desenhada no modelo, e pelas demais medidas provenientes do dSd (R).
J L
ON
K
M
H IG
Q
RP
uma análise da proporção atual e uma compara-
ção com a proporção ideal (Fig. G-H).
7. Desenho Dental: o contorno dental pode ser 
inserido, podendo ser copiado de uma biblioteca 
de formas dentais para agilizar o processo (Fig. 
I-J). 
A partir desse momento, todos os desenhos de-
verão ser feitos de acordo com aquilo que que-
remos visualizar e/ou comunicar, não havendo 
uma regra, mas sim uma análise individualizada 
de cada caso. 
8. Avaliação Estética Dentogengival: com a cruz 
facial, os desenhos sobrepostos e a foto intra-
oral, a visualização de problemas estéticos fica 
simplificada (Fig. K).
9. Régua Digital: a régua digital pode ser calibra-
da sobre a foto, de forma a permitir a medição 
das relações importantes evidenciadas pelos 
desenhos (Fig. L-N).
10. Transferência da Cruz para o Modelo: utili-
zando a régua digital e um paquímetro, podemos 
transferir a cruz facial para o modelo, guiando o 
enceramento de diagnóstico de forma a evitar 
problemas de desvio da linha média e inclinação 
do plano oclusal (Fig. O-R). 
40
40
v.1, n.2, 2012
mock-up (S). Preparos minimamente invasivos (T). restaurações cerâmicas (iPS e.max, ivoclar Vivadent) fabricadas de acordo com o projeto de design do Sorriso (U). restaurações logo após a cimentação 
(V). resultado final após 6 meses (X).
V
XT
U
S
O enceramento de diagnóstico estético guiado 
será uma importante referência para todos os 
procedimentos cirúrgicos, ortodônticos e res-
tauradores. Vários guias podem ser produzidos 
sobre esse enceramento para controlar esses 
passos. 
O próximo passo para avaliar a precisão do DSD 
e do enceramento de diagnóstico é criar um tes-
te intraoral através de um “mock-up” feito com 
Bis-Acril e uma muralha de silicone (Fig. S).
Após avaliação estética final e aprovação do pa-
ciente, o tratamento pode seguir de forma con-
trolada e previsível (Fig. T-X). 
Considerações finais
O DSD é uma ferramenta multiúso que pode au-
xiliar o time restaurador mediante o tratamento, 
melhorando o entendimento dos problemas es-
téticos e aumentando a aceitação do tratamento 
pelo paciente. A colocação de linhas de referên-
cia e desenhos sobre as fotos facial e intraoral 
amplia a visão diagnóstica e ajuda a avaliar as li-
mitações, fatores de risco e princípios estéticos. 
Esses dados críticos irão guiar o tratamento em 
todas as suas fases, garantindo melhores resul-
tados.
Referências
1. Coachman C, Van Dooren E, Gürel G, Landsberg 
CJ, Calamita MA, Bichacho N. Smile design: 
from digital treatment planning to clinical reality. 
In: Cohen M (Ed.). Interdisciplinary Treatment 
Planning. Vol 2: Comprehensive Case Studies. 
Chicago: Quintessence; 2012. p. 119-74.
2. Goldstein RE. Esthetics in dentistry. Vol 1: 
Principles, Communication, Treatment Methods, 
ed 2. Ontario: BC Decker; 1998.
3. Chiche GJ, Pinault A. Esthetics of Anterior Fixed 
Prosthodon- tics. Chicago: Quintessence; 1996.
4. Magne P, Belser U. Bonded Porcelain Restorations 
in the Anterior Dentition: a biomimetic approach. 
Chicago: Quintessence; 2002.
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Systematic Approach to Prosthetic Treat- ment. 
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2003.
7. Rufenacht CR. Fundamentals of Esthetics. 
Chicago: Quintes- sence, 1990.
8. Dawson PE. Functional Occlusion: From TMJ to 
Smile Design.

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