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Charles Darwin e a Teoria da Evolução

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Vida do naturalista Charles Darwin, pesquisador que mudou a forma como entendemos a evolução
O naturalista inglês Charles Robert Darwin (Figura 1) nasceu em Shrewsburry no dia 12 de fevereiro de 1809. Filho de médico renomado de família rica, mudou-se para Edimburgo em 1825 com intuito de seguir a carreira do pai na medicina, mas logo a abandonou (TEIXEIRA, 2009).
Figura 1 Charles Robert Darwin, naturalista inglês (1809-1882)
Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/charles-robert-darwin.htm
Após ficar amigo do botânico John Stevens Henslow (1796-1861) na cidade de Cambridge, aprofundou seus conhecimentos em história natural. Em 27 de dezembro de 1831, como naturalista, subiu a bordo do famoso navio Beagle, rumo à América do Sul, numa viagem de durou aproximadamente cinco anos (Figura 2). Em suas pesquisas, observou diferenças (variações) entre animais da mesma espécie de uma região para outra e entre os fósseis. Quando voltou da viagem, em 1836, estava convicto de que os animais se modificam ao longo do tempo e conforme o local onde vivem. Com a leitura da obra de Thomas Malthus (1766-1834), que demonstrava que as populações crescem em progressão geométrica e o alimento, em 4 progressão linear, encontrou resposta para a ocorrência da variação: a luta pela sobrevivência (TEIXEIRA, 2009). 
Figura 1Roteiro da viagem de Darwin (linha vermelha), a bordo do navio H.M.S. Beagle 
Fonte http://ead.hemocentro.fmrp.usp.br/joomla/index.php/programa/adote-um-cientista/170-a-viagem-de-darwin
Com a viajem três observações constituem o ponto de partida para Darwin começar a pensar na Teoria da Evolução: fósseis encontrados na Patagônia, a distribuição geográfica da Ema e a diversidade da vida animal no Arquipélago de Galápagos. Até então, acreditava-se que as espécies eram imutáveis, mas, depois de concluir a viagem, Darwin começou a crer que as espécies mudavam com o passar do tempo. Ele observou que às vezes era possível encontrar uma concha do mar no alto de uma montanha. Então, provavelmente, aquele local teria sido mar em alguma época remota. Para ele, a Terra não foi sempre igual, pois acreditava que ela sofria modificações com o passar do tempo e com isso algumas espécies poderiam de se adaptar a esses novos ambientes e dar origem a uma nova espécie (CIÊNCIA, 2020).
Embora bem definidas na mente de Darwin, ele demorou a publicar suas descobertas, pois elas entravam em choque com a “versão bíblica da criação”, e as ideias evolucionistas eram discutidas apenas num círculo íntimo de amigos. Somente ao conhecer o trabalho do zoólogo Alfred Russell Wallace (1823-1913), que chegava a conclusões semelhantes às suas, foi que Darwin se animou a publicar sua obra, em 1859, cujo título completo era “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida”. As ideias de Darwin, de início refutadas por serem controversas e polêmicas, foram confirmadas e reconhecidas por inúmeros cientistas, e até hoje os princípios básicos de sua teoria não foram derrubados (CIÊNCIA, 2020).
Charles Darwin morreu em 1882, aos 73 anos em Downe, Kent, Inglaterra, e, a pedido do parlamento inglês, foi enterrado na Abadia de Westminster, ao lado de Isaac Newton (1643-1727) (UOL Educação, 2014).
As principais ideias de Darwin, embasadas em pesquisas e observações de como surgiram e se modificam os seres vivos, são que os indivíduos de uma mesma espécie não são idênticos entre si, pois apresentam variações em suas características, os organismos produzem muitos descendentes devido à sua grande capacidade de se reproduzir; porém, poucos deles chegam à idade adulta e, por esta razão, o número de indivíduos de uma espécie se mantém constante ao longo das gerações, os organismos com variações favoráveis às condições do ambiente em que vivem têm mais chances de sobreviver em relação àqueles com variações menos favoráveis, os organismos com variações vantajosas ou favoráveis têm maiores chances de deixar descendentes, que herdam essas condições favoráveis e a seleção natural atua sobre os indivíduos o longo das gerações, e mantém ou melhora o grau de adaptação destes aos ambientes (USP/IB, 2014).
Relação entre a evolução elaborada por Charles Darwin
e o novo vírus SARS-CoV-2
A descoberta de Charles Darwin, onde a evolução dos seres vivos ocorre por meio de um processo chamado seleção natural, onde baseado nesse processo nossa espécie, Homo sapiens, está constantemente sob pressão da seleção natural, mas geralmente a pressão é tão sutil que não nos damos conta. Com o novo vírus SARVS-CoV isso mudou, estudos mostram os graves sintomas pulmonares que o vírus causa (SANTOS, 2020). 
A pressão seletiva sobre uma espécie ocorre quando o ambiente se modifica. Essa alteração faz com que alguns membros da espécie tenham maior dificuldade de se adaptar a essas novas condições. Essa dificuldade se reflete na capacidade desses indivíduos de sobreviver (eles podem ter taxas de mortalidade maiores) ou maior dificuldade de se reproduzir (por morrerem antes ou durante a idade reprodutiva) e passar adiante seus genes. Quando isso ocorre os indivíduos que têm genes e características mais adequadas a esse novo ambiente vão aos poucos aumentando sua participação na população e isso, após diversas gerações, acaba modificando as características da espécie. O que Darwin descobriu é que as características que favorecem os indivíduos mais adaptados ao novo ambiente surgem ao acaso e já estão presentes na população antes da modificação no ambiente ocorrer. Mas é a modificação no ambiente que favorece o aumento de sua frequência na população, o que resulta na evolução da espécie (REINACH, 2020). 
Referências:
UOL, Educação. Charles Robert Darwin – naturalista britânico. Biografia. [s.d.]. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/charles-robert-darwin.jhtm. Acesso em: 21ago. 2014.
USP. Instituto de Biociências. Seleção natural. [s.d.]. Disponível em https://evosite.ib.usp.br/evo101/IIIENaturalSelection.shtml. Acesso em: 20out. 2014.
TEIXEIRA, Ricardo Roberto Plaza. Argumentação e estilo em “A origem das espécies. La Salle, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 11-27, jun. 2009. Disponível em: https://revistas.unilasalle.edu.br/documentos/Educacao/V14_1_2009/01_Ricardo_Teixeira.pdf. Acesso em: 27 nov. 2020.
CIÊNCIA, Casa da (ed.). A viagem de Darwin. Disponível em: http://ead.hemocentro.fmrp.usp.br/joomla/index.php/programa/adote-um-cientista/170-a-viagem-de-darwin. Acesso em: 27 nov. 2020.
SANTOS, Luís Plácido dos. Coronavirus e a lição escondida de Darwin. 2020. Disponível em: https://www.publico.pt/2020/03/23/sociedade/opiniao/coronavirus-licao-escondida-darwin-1908939. Acesso em: 28 nov. 2020.
REINACH, Fernando. Coronavírus exerce pressão evolutiva sobre o 'Home sapiens'. 2020. Disponível em: https://www.estadao.com.br/infograficos/saude,coronavirus-exerce-pressao-evolutiva-sobre-o-homo-sapiens,1091113. Acesso em: 28 nov. 2020.
CIÊNCIA, Ufrgs. O salto genético que transformou o novo coronavírus em um especialista em infectar humanos. 2020. Disponível em: http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/o-salto-genetico-que-transformou-o-novo-coronavirus-em-um-especialista-em-infectar-humanos-1. Acesso em: 28 nov. 2020.

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