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Gestão da Logística - Unidade 2 - Tópico 3

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15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade1.html?topico=3 1/21
LOGÍSTICA INTEGRADA
UNIDADE 1
ATIVIDADES DA LOGÍSTICA
TÓPICO 3
Neste último tópico da Unidade 1, veremos que existem dois tipos de atividades
dentro da cadeia logística: as atividades primárias e as atividades de apoio.
Estudaremos como se desenvolve cada uma delas.
As atividades que são consideradas primárias têm a função de contribuir com a
maior parcela do custo total da logística ou, no mínimo, são fundamentais para a
coordenação e cumprimento da tarefa logística. São muito importantes para a
obtenção dos objetivos logísticos de custo e qualidade de serviço adequado às
exigências do mercado.
As atividades logísticas absorvem uma parcela relevante dos custos totais
das empresas, representando em média 25% das vendas e 20% do Produto
Nacional Bruto. Para que se obtenha sucesso no processo lo gístico, é muito
importante ter um sistema de informações que possa atender e dar suporte
aos processos que compõem sua estrutura.
1 INTRODUÇÃO-
2 ATIVIDADES PRIMÁRIAS -
Unidade 1 - Tópico 3 
15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade1.html?topico=3 2/21
Estas atividades são denominadas da seguinte forma:
a) transportes;
b) manutenção de estoques;
c) processamento de pedidos.
Na �gura a seguir podemos observar a relação das etapas das atividades
primárias.
FIGURA 36 – CICLO DAS ATIVIDADES PRIMÁRIAS 
FONTE: Disponível em <https://bit.ly/3g8SNcS>. Acesso em: 20 out. 2012.
Na �gura a seguir, as atividades primárias estão em posição de destaque por sua
importância como ciclo crítico de atividade logística. As três atividades
mencionadas são centrais para cumprir a missão logística de disponibilizar
serviços e mercadorias para os clientes conforme o prazo e o lugar por eles
determinados.
FIGURA 37 – ATIVIDADES PRIMÁRIAS NO CICLO CRÍTICO DE ATIVIDADE
LOGÍSTICA
Unidade 1 - Tópico 3 
https://bit.ly/3g8SNcS
15/03/2021 Livro Digital - Logística Integrada
https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade1.html?topico=3 3/21
FONTE: Adaptado de: Ballou (2011)
Desta forma, as atividades-chave em logística estão relacionadas com a
identi�cação dos padrões do circuito de atendimento ao cliente. E estes padrões
devem estar correlacionados com a área de marketing com os seguintes objetivos:
a) identi�car e determinar necessidades e desejos de clientes quanto aos
serviços logísticos; 
b) identi�car a reação dos clientes aos serviços; 
c) estabelecer o nível de serviços aos clientes.
Vamos agora conhecer alguns aspectos sobre cada uma das atividades primárias
separadamente.
a) Transportes: é a atividade básica de movimentação de materiais, tanto no
ambiente interno de empresas como fora dela, chegando a absorver cerca de dois
terços dos custos logísticos. É considerada primária por ser essencial, isto é, as
organizações modernas precisam da movimentação de suas matérias-primas ou
de seus produtos acabados desde a origem até o consumidor �nal. Outro fator
importante é que os transportes agregam valor de “lugar” ao produto, por ser
posicionado adequadamente para atender a demanda.
S
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https://livrodigital.uniasselvi.com.br/CEX96_logistica_integrada/unidade1.html?topico=3 4/21
seleção do modal (rodoviário, ferroviário, aeroviário, aquaviário e dutoviário);
serviço de transportes;
consolidação de fretes;
roteiro do transporte;
programação de veículos;
seleção de equipamentos;
processamento de reclamações;
auditoria de tarifas.
Existem vários sistemas de transportes para se movimentar produtos: o
sistema rodoviário, o sistema ferroviário e o sistema aeroviário.
Para a maioria das empresas, o transporte é a atividade logística mais importante,
porque ela acaba absorvendo, em média, de um a dois terços dos custos logísticos.
O gerenciamento do transporte geralmente envolve a tomada de decisões em
atividades como:
De acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 51, grifo dos autores), existem
três fatores fundamentais que indicam o desempenho do transporte, que são o
custo, a velocidade e a consistência. Vejamos:
O transporte é a área operacional da logística que move e aloca, geogra�camente,
o inventário. Devido à sua importância fundamental e ao seu custo visível, o
transporte tem, tradicionalmente, recebido considerável atenção gerencial. Quase
todas as empresas, grandes ou pequenas, possuem gerentes responsáveis pelo
transporte. As necessidades de transporte podem ser satisfeitas de três modos
básicos. Primeiro, uma frota própria de equipamentos pode ser operada. Segundo,
contratos podem ser feitos com competentes especialistas em transportes.
Terceiro, uma empresa poderá contratar serviços de uma ampla variedade de
transportadoras, que ofereçam diferentes serviços de transportes, com base em
embarque. Do ponto de vista do sistema logístico, três fatores são fundamentais
para o desempenho do transporte: (1) custo, (2) velocidade e (3) consistência.
O custo do transporte é o pagamento por embarque entre duas localizações
geográ�cas e os gastos relacionados à manutenção do inventário em trânsito. Os
sistemas logísticos devem utilizar um transporte que minimize o custo total do
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sistema. Isso pode signi�car que o método de transporte menos caro pode não
resultar no mais baixo custo total de logística.
A velocidade do transporte é o tempo exigido para completar um movimento
especí�co. Velocidade e custo de transporte estão relacionados de duas formas.
Primeiro, as empresas de transporte, capazes de oferecer serviços mais rápidos,
comumente cobram tarifas mais altas. Segundo, quanto mais rápido o transporte,
mais curto é o intervalo de tempo em que o inventário está em trânsito e não
disponível. Assim, um aspecto crítico quanto à seleção do método de transporte
mais apropriado está no equilíbrio entre velocidade e custo de serviço.
A consistência do transporte refere-se às variações em tempo exigidas para se
desempenhar uma movimentação especí�ca através de um número de
embarques. A consistência re�ete a dependência ao transporte. Durante anos,
gestores de transportes reconheceram na consistência o mais importante atributo
de qualidade do transporte. Se há um embarque entre duas localizações, na
primeira vez, e seis, nas próximas, a variação inesperada pode criar sérios
problemas operacionais na cadeia de suprimentos. Quando falta consistência ao
transporte, são necessários estoques de segurança de inventário para proteção
contra paralisações de serviço, afetando o comprometimento geral de inventário,
tanto do vendedor como do comprador. Com o advento da nova tecnologia de
informação para controlar e registrar a situação de embarque, os gerentes
logísticos têm procurado movimentação mais rápida, enquanto mantêm a
consistência. Velocidade e consistência se combinam para criar o aspecto
qualitativo do transporte.
Os autores ainda ressaltam que, na projeção de um sistema logístico, um equilíbrio
delicado tem de manter-se entre o custo do transporte e a qualidade do serviço.
Em algumas situações, pode ser satisfatório um transporte de baixo custo e lento,
mas, em outras, pode ser necessário um serviço mais rápido. A responsabilidade
essencial da logística é justamente encontrar e gerenciar uma combinação de
transporte desejada dentro da cadeia de suprimentos.
b) Manutenção dos estoques ou inventário: esta atividade possibilita
disponibilizar as mercadorias aos clientes, incluindo o procedimento de
entrega imediata conforme a demanda, a partir da manutenção de níveis
mínimos de estoques dos produtos. Sendo assim, os estoques têm a função
de servir como “amortecedores” entre a oferta e a demanda existente,
prevenindoproblemas com o atendimento de pedidos de clientes. Podemos,
então, dizer que a manutenção de estoques pode agregar valor de tempo à
mercadoria, disponibilizando-a quando o cliente desejar. Mas, atenção:
estoques ou inventário em excesso podem gerar um alto custo de
manutenção e, por sua vez, comprometer o resultado �nanceiro da empresa.
Sobre esse assunto, Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 48) abordam que:
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quantidade, tamanho da área e local dos pontos de estocagem;
melhor combinação de produtos nos pontos de estocagem;
segurança;
As necessidades de inventário de uma empresa estão diretamente relacionadas à rede
de instalações e ao nível desejado de serviços aos consumidores. Teoricamente, uma
empresa poderia estocar qualquer item vendido em qualquer instalação dedicada ao
atendimento de cada cliente. Poucas operações comerciais podem pagar esse luxuoso
comprometimento de inventário, pois o risco e o custo total são proibitivos. O objetivo
na estratégia de inventário é o de alcançar o serviço desejado ao consumidor, com
comprometimento mínimo de inventário. Inventários excessivos podem compensar
de�ciências no projeto básico de um sistema logístico, mas, em última instância,
resultarão num custo logístico total superior ao necessário.
As estratégias logísticas devem ser projetadas para manter o investimento �nanceiro
em inventário o mais baixo possível. O objetivo é o de alcançar o giro de inventário
máximo, enquanto se satisfazem os compromissos de serviço. Uma estratégia saudável
de inventário baseia-se na combinação de cinco aspectos de distribuição seletiva: (1)
segmentação de clientes essenciais, (2) lucratividade de produtos, (3) integração de
transportes, (4) desempenho baseado em tempo, (5) desempenho competitivo.
Em síntese, o maior desa�o nesta área é o de manter o volume de estoque o mais
baixo possível, porém não pode chegar ao ponto de faltar mercadoria ao cliente.
Assim, os estoques devem ser mantidos com equilíbrio entre a oferta e a
demanda.
Como vimos anteriormente, o transporte agrega valor de “lugar” ao produto,
enquanto o estoque agrega valor de “tempo”. No estoque, o produto só tem
valor quando estiver sob a posse do cliente no tempo e local por ele
desejado. Para que este valor seja adicionado, o estoque deve permanecer
próximo ao consumidor ou aos pontos de manufatura. Contudo, o volume
destes pontos de estocagem e os altos custos com a armazenagem dos
produtos exigem uma e�ciente gestão.
Por isso, a gestão de estoques é uma atividade fundamental, uma vez que,
normalmente, é inviável providenciar produção ou entrega de modo instantâneo
aos clientes. Além de esta atividade envolver a manutenção dos estoques em um
nível mínimo possível, destaca-se a necessidade de tomada de decisões em
relação a (a):
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estratégias de suprimento;
diretrizes gerenciais para estocagem de matérias-primas e de produtos
acabados; e
outros tipos de estratégia, como just in time.
c) Processamento de pedidos: com essa atividade se inicia a movimentação
de materiais e produtos e a entrega desses serviços. Os custos geralmente
são menores que o transporte e a manutenção de estoques, mas é uma
atividade essencial, pela necessidade de organizar e levar o produto ao
cliente no prazo determinado.
O processamento de pedidos está associado ao transporte e à manutenção de
estoques, que forma o “Ciclo Crítico das Atividades Logísticas”, e está relacionado
ao dead-line (signi�ca limite do tempo utilizado em cada etapa do ciclo das
atividades primárias) de todas as etapas dessas atividades.
A �gura a seguir apresenta as etapas do processamento do pedido com base no
planejamento da produção, pois há necessidade de a empresa primeiramente
identi�car a disponibilidade dos produtos para então encaminhar a sua fabricação
(no caso da indústria) ou remessa (no caso do comércio). O �uxo do pedido deve
estar sincronizado com o �uxo dos materiais, para evitar possíveis perdas ou
parada de produção em decorrência da falta de materiais.
FIGURA 38 – PROCESSAMENTO DE PEDIDOS/PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO
FONTE: Silva (2013, p. 29)
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procedimentos de interface dos estoques com pedidos de venda.
regras de pedido.
métodos de transmissão de informação de pedido etc.
Quando comparados aos custos de transporte ou de manutenção de estoques, o
processamento de pedidos e seu �uxo de informação apresentam custos bem
menores. No entanto, se analisarmos o fator tempo necessário para encaminhar
bens e serviços aos clientes, o processamento de pedidos se constitui em uma
atividade crítica, sendo também uma atividade que marca o início da
movimentação de produtos e entrega de serviços.
Na administração do processamento de pedidos, deve-se �car atento para
decisões que envolvem:
A importância de informações precisas para o desempenho da logística não tem
sido historicamente reconhecida. Enquanto muitos aspectos da informação são
cruciais para as operações logísticas, o processamento de pedidos é de
importância fundamental. A falha em entender precisamente essa importância
resultou da incapacidade em entender como a distorção e a dinâmica in�uenciam
as operações logísticas.
A atual tecnologia de informação é capaz de lidar com a maioria das necessidades
do cliente exigente. Quando necessário, as informações do pedido podem ser
obtidas em tempo real.
O benefício de um �uxo rápido de informações está diretamente relacionado ao
equilíbrio dos trabalhos. Não tem sentido, para uma empresa, acumular pedidos
em um escritório de vendas local durante uma semana, enviá-los para um
escritório regional, processar os pedidos em bloco, destiná-los a um armazém de
distribuição e então embarcá-los via aérea, para obter uma entrega rápida. Ao
contrário, a transmissão de dados ou uma comunicação de pedidos baseada na
web (web-based communication), diretamente do escritório dos clientes,
combinada com um transporte terrestre mais lento e menos dispendioso, pode
obter um serviço de entrega ainda mais rápido, com um custo total menor. O
objetivo-chave é equilibrar os componentes do sistema logístico.
Previsão e comunicação das necessidades do cliente são as duas áreas do trabalho
logístico determinadas pela informação. A importância relativa de cada faceta da
informação operacional está diretamente relacionada ao grau com que a cadeia de
suprimentos está con�gurada, para funcionar com base na resposta ou de forma
antecipatória. Quanto mais a resposta estiver relacionada à cadeia de
suprimentos, maior a importância da informação precisa e em tempo, no que diz
respeito ao comportamento de compra dos clientes. [...], as cadeias de
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área operacional: voltada para os procedimentos internos, é um conjunto de
processos voltados para estocagem, movimentação e processamento de
produtos e informações;
suprimentos estão progressivamente re�etindo uma combinação de operações de
resposta e antecipatórias.
Na maioria das cadeias de suprimentos, as exigências do cliente são transmitidas
na forma de pedidos. O processamento desses pedidos envolve todos os aspectos
do gerenciamento das necessidades dos clientes, desde o recebimento inicial do
pedido, entrega, faturamento e cobrança. As capacitações logísticas de uma
empresa só podem ser tão boas quanto a sua competência no processamento de
pedidos.
FONTE: Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 48)
As atividades de apoio são complementares às atividadesprimárias e lhes dão o
devido suporte em relação à criação e manutenção da carteira de clientes, de
forma a contribuir para otimizar os resultados da empresa.
As atividades de apoio podem ser assim de�nidas:
a) Armazenagem: esta atividade está relacionada com a gestão dos espaços
físicos mínimos e necessários para manter os materiais em estoque, tanto
em locais cobertos (armazéns internos), como em espaços abertos (armazéns
externos). E isso tem a ver com dimensionamento de área, arranjo físico,
recuperação de estoques, projeto de docas ou baias de atracação e
con�guração do armazém.
Os armazéns internos são utilizados na estocagem de materiais perecíveis ou
sujeitos às ações do tempo, como a chuva, principalmente, e os armazéns externos
lidam com materiais que não necessitam dessa preocupação em curto espaço de
tempo, como estocagem de ferro, ou contêineres. Contudo, os armazéns devem
estar situados próximo dos clientes.
Para Ballou (2006), esta atividade está relacionada com a administração do espaço
necessário para manter os estoques. Sua antiga missão de “guardar estoques” era
considerada como um custo a mais no negócio. Atualmente, a armazenagem está
com uma nova função, que é a de gerenciar o �uxo físico e de informações. Dentre
os fatores que foram determinantes para essa mudança de visão, citam-se as
exigências de qualidade e as reduções de desperdício.
Assim, a atividade de armazenagem possui dois focos de atuação, que são:
3 ATIVIDADES DE APOIO-
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área estratégica: Voltada para a visão externa, com a função de ligar e
coordenar os processos no canal de distribuição e atender com e�cácia e
mercados distantes, procurando criar valor para os clientes;
armazém primário: responsável pelo armazenamento de UNIMOV –
Unidades de Movimentação.
armazém secundário: responsável pelo armazenamento de UNICOM –
Unidades de Comercialização ou módulo mínimo de vendas.
armazém terciário: responsável pelo armazenamento de UNIAP – Unidades
de Apresentação, embalagens de apresentação com as quais os usuários têm
contato direto.
A armazenagem da área operacional e da área estratégica pode ser dividida
conforme os seguintes tipos de armazém:
Para que se proceda à e�ciente gestão de armazenagem, é necessário adotar um
sistema de gerenciamento de armazéns ou WMS (Warehouse Management
Systems – Sistemas de Gereciamento de Armazéns). Este sistema tem a função de
gerenciar as operações do dia a dia de um armazém, assegurando a qualidade e a
velocidade das informações. Sua utilização está voltada à área operacional e
compreende atividades dentre as quais podemos citar: recebimento, inspeção,
endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição,
emissão de documentos e inventário. As atividades são realizadas de forma
integrada, de modo a atender as necessidades logísticas, prevenir problemas e
maximizar os recursos da empresa.
O sistema de gerenciamento agiliza o �uxo de informações na armazenagem,
melhora sua operacionalidade e otimiza o processo, permitindo à empresa tirar o
máximo proveito dessa atividade.
b) Manuseio de materiais: o manuseio dos materiais possui forte relação com
a armazenagem e a manutenção dos estoques. Também está relacionado ao
processo de movimentação dos materiais.
Ching (2009) enfatiza que o manuseio de materiais refere-se à movimentação dos
produtos no local da armazenagem. O processo envolve desde o recebimento de
mercadorias, no ponto de recebimento do depósito, sua movimentação até o local
de armazenagem e, por �m, a movimentação do ponto de armazenagem até o
ponto de despacho. Além disso, envolve todos os cuidados necessários para a
transferência aos processos produtivos ou ainda para os outros depósitos,
dependendo da localização do cliente ou espaços geográ�cos para seu
deslocamento.
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Alguns dos problemas existentes no manuseio de materiais e que utilizam
observação especial no seu planejamento de atividades são a seleção do
equipamento adequado para a movimentação e os procedimentos para a
formação e efetivação dos pedidos e balanceamento de carga. 
c) Embalagem: os serviços que envolvem a embalagem têm como objetivo
cuidar da movimentação dos produtos com todo o zelo necessário, conforme
o tipo de produto. Há produtos perecíveis que necessitam de
acondicionamentos especiais para evitar que se deteriorem. E há outros tipos
de produtos que, por sua vez, necessitam de grandes espaços físicos para
seu acondicionamento, por exemplo, o algodão, que não é perecível, mas
necessita de local seco e ocupa bastante espaço físico. Os estudos da logística
contribuem para de�nir o melhor tipo de embalagem para o manuseio e
armazenagem e�cientes, sem dani�cá-los e que sejam de ordem econômica
(baixos custos).
A �nalidade principal da embalagem é a proteção dos produtos e das mercadorias.
Ela deve garantir a sua movimentação sem problemas, ter a dimensão adequada
de empacotamento do produto para facilitar o manuseio ergonômico e otimizar ao
máximo a utilização de espaço no local de armazenagem e durante o transporte. 
d) Suprimentos: esta área se utiliza do sistema logístico para disponibilizar o
produto ao cliente no momento exato. Sua função é conhecer e selecionar as
melhores fontes de fornecimento dos produtos, assim como as quantidades
necessárias para a sua aquisição. Também são utilizados sistemas que
auxiliam na programação das datas para a realização das compras e da
forma como o produto será comprado, por exemplo, via aérea ou via
marítima. A atividade de suprimentos está ligada à aquisição de insumos dos
fornecedores.
Portanto, na área de suprimentos existem os procedimentos de obtenção dos
recursos da empresa, que é a atividade que trata do �uxo de entrada dos
produtos, deixando-os disponíveis para o sistema logístico. Segundo Ballou (2006),
a obtenção trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem
adquiridas, da programação das compras e da forma pela qual o produto é
comprado.
e) Planejamento: está relacionado com a avaliação e previsão das
quantidades de produtos a serem adquiridos pela produção e veri�cação das
principais fontes de fornecedores desses produtos. Um bom planejamento
contribui na identi�cação dos melhores fornecedores para oferecer os
produtos necessários para a empresa. Desta forma, o planejamento
permitirá programar os prazos exigidos pelo mercado.
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O objetivo principal do planejamento/coordenação é identi�car a informação
operacional exigida e facilitar a integração da cadeia de suprimentos via (1)
objetivos estratégicos, (2) restrições de capacidade, (3) necessidades logísticas, (4)
disposição de inventário, (5) exigências de produção, (6) exigências de compras e
(7) previsão. A menos que um alto nível de planejamento/coordenação seja
atingido, existirá um potencial para ine�ciências operacionais e excesso de
inventário. O desa�o é alcançar tal planejamento/coordenação, ao longo do
conjunto de empresas participantes de uma cadeia de suprimentos, para reduzir
duplicações e redundâncias desnecessárias.
Os direcionadores fundamentais das operações da cadeia de suprimentos são os
objetivos estratégicos, oriundos da meta de marketing e �nanceiras. Essas
iniciativas detalham a natureza e a localização dos clientes, que as operações da
cadeia de suprimentos procuram adequar aos produtos e serviços planejados. Os
aspectos �nanceiros dos planos estratégicos detalham recursos exigidos para
apoiar o inventário, mercadorias, instalações, equipamentos e capacidade.
As restrições de capacidade identi�cam as limitaçõesinternas e externas da
produção e da distribuição ao mercado. Dados os objetivos estratégicos, as
restrições de capacidade identi�cam limitações, barreiras ou pontos de
estrangulamento das instalações de produção e de distribuição. Também ajudam
a identi�car quando um trabalho especí�co da produção ou da distribuição deve
ser terceirizado. Para exempli�car, enquanto Kellogg é proprietária da marca e
distribui o Cracklin’ OatBran, toda a produção é realizada por um terceiro
contratado. O resultado do planejamento das restrições de capacidade implica
objetivos distribuídos no tempo, que detalham e programam a utilização da
instalação, dos recursos �nanceiros e das necessidades de pessoal.
As necessidades logísticas identi�cam instalações de trabalho, equipamentos e
força de trabalho especí�cos, exigidos para apoiar o planejamento estratégico,
utilizando informações oriundas de previsões, programações promocionais,
pedidos de clientes e situação de inventários.
A disposição de inventário faz interface com a gestão do inventário e o
planejamento/coordenação e operações [...]. O plano de disposição detalha o
tempo adequado para posicionamento de inventário, movimentando-o
e�cientemente ao longo da cadeia de suprimentos. De uma perspectiva de
informação, a disposição especi�ca o que, onde e quando para os processos
logísticos. Do ponto de vista operacional, a gestão do inventário é desempenhada
no dia a dia.
Em situação de produção, as exigências de produção determinam as
programações planejadas. A saída tradicional é uma declaração das necessidades
de inventário dispostas no tempo, que é utilizada para direcionar a Programação
Mestre da Produção (MPS – Master Production Scheduling) e o Planejamento das
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1. f) Sistema de informação: esta atividade é essencial para o correto
planejamento e controle logístico. É uma das ferramentas que permite o
alcance do sucesso da empresa. Conforme Ching (2009), ter um sistema de
informação é ter uma base de dados para o planejamento e o controle da
logística.
Necessidades da Produção (MRP – Manufacturing Requirements Planning). Em
situações caracterizadas por um alto grau de resposta, Sistemas de Planejamento
Avançado (APS – Advanced Planning Systems) são mais comumente utilizados para
produção disposta no tempo.
As exigências de compras (procurement) representam uma programação em
sequência temporal de materiais e componentes necessários para atender as
exigências da produção. Em estabelecimentos de varejo e de atacado, a aquisição
determina a recepção de mercadorias. Em situações de produção, compras
estabelecem a chegada de materiais e de peças de componentes dos
fornecedores. Independentemente da situação de negócios, informações de
compras são utilizadas para coordenar decisões relativas a quali�cações do
fornecedor, grau de especulação desejada, arranjos terceirizados e praticabilidade
de contratos de longo prazo.
A previsão utiliza dados históricos, níveis atuais de atividades e hipóteses de
planejamento para prever futuros níveis de atividades. A previsão logística
geralmente diz respeito a previsões de prazos relativamente curtos. Horizontes
comuns de previsão são de 30 a 90 dias. O desa�o da previsão é o de quanti�car
as vendas esperadas para produtos especí�cos. Tais previsões formam a base das
necessidades logísticas e dos planos operacionais.
FONTE: Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 55 - 56, grifos dos autores)
De modo geral, o planejamento lida com a distribuição (�uxo de saída) e trata das
quantidades agregadas que devem ser produzidas, onde e quando devem ser
fabricadas, ou seja, em que sequência e tempo de produção.
Custos logísticos, planejamento de rotas de distribuição, sistemas de controle de
estoques são algumas atividades que, através do Sistema de Informação, poderão
contribuir para a otimização das atividades da logística. Outras atividades com que
o Sistema de Informação pode contribuir para a melhoria da gestão das empresas
estão voltadas ao planejamento da produção dos produtos para o atendimento à
carteira dos clientes (administração do volume de vendas) e ao melhor controle
dos níveis de estoques e dos controles �nanceiros da empresa. As informações
geradas através do sistema devem responder a perguntas como: Onde estão os
clientes da empresa? Qual é o melhor volume de estoques que deve ser mantido
na empresa?
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Veja na �gura a seguir como todas estas atividades, se combinadas de forma
harmoniosa, podem agregar valor ao ciclo das atividades primárias e de apoio.
FIGURA 39 – CICLO DAS ATIVIDADES PRIMÁRIAS E DE APOIO
FONTE: Disponível em: <https://bit.ly/3g8SNcS>. Acesso em: 20 out. 2012.
As atividades logísticas de apoio (armazenagem, manuseio de materiais,
embalagem de proteção, obtenção, programação do produto e manutenção da
informação) dão suporte indispensável às atividades primárias da logística
(transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos). Desta forma,
o trabalho integrado através do sistema de informação, juntamente com o bom
desempenho de ambas, é responsável pela excelência logística de qualquer
organização.
O aperto da logística no Brasil
Com falta de mão de obra, de equipamentos e de centros de distribuição,
o setor logístico no Brasil está à beira do estrangulamento
SÃO PAULO - O mineiro Urubatan Helou, de 61 anos, começou a trabalhar no ramo
de logística quando essa palavra nem era usada para o setor. Quando fundou a
Braspress, em 1977, ele mesmo dirigia uma Kombi e um caminhão, com os quais
fazia entregas. Quase 35 anos depois, sua frota é composta de 1.100 caminhões,
todos estampados na cor azul royal.
LEITURA COMPLEMENTAR-
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Desse total, 80 veículos estão parados na garagem da transportadora na zona
norte da cidade de São Paulo. Não é por falta de serviço ou demanda no mercado
– o maior dinamismo da economia brasileira tem garantido o aumento das vendas
de quase todos os setores. Faltam, sim, motoristas para conduzir os veículos.
Nos últimos três meses, Helou contratou imigrantes bolivianos (antes ilegais, mas
agora regularizados pelo governo brasileiro) para suprir a carência de
pro�ssionais. Mas não foi o su�ciente. "Se eu não consigo formar motoristas, vou
tomar dos outros", a�rma Helou.
Ele passou a oferecer salários melhores e caminhões mais novos – com no máximo
dois anos de uso – para atrair motoristas. "Ambiente de trabalho para um
motorista é dentro do caminhão", diz. Foi assim que a Braspress, em março de
2011, convenceu o baiano Aílton Ferreira de Souza a deixar a transportadora na
qual ele trabalhou por dois anos.
Souza teve seu salário aumentado de 1.157 para 1.320 reais e hoje faz de duas a
três viagens por semana entre a capital paulista e Curitiba. Depois que chegou à
Braspress, Souza foi sondado por outra empresa do ramo para trocar de emprego.
"O mercado de trabalho está muito bom para o motorista, mas preferi �car", diz.
A falta de motoristas é mais um problema na lista de carências do setor logístico. O
Brasil padece há muito tempo com rodovias precárias, portos ine�cientes e uma
malha ferroviária mirrada.
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Agora, sofre também com a falta de centros de distribuição, com a carência de
equipamentos para operar estoques e com a insu�ciência de pro�ssionais de
diferentes calibres – do engenheiro de logística ao operador de empilhadeira.
A combinação de infraestrutura ruim como crescimento da economia brasileira
exige das empresas um superdimensionamento de quase tudo. É preciso ter mais
frota, mais estoque, mais gente e mais tempo para fazer o negócio girar – o que se
traduz em ine�ciência e eleva os custos.
O conceito de logística – como a integração do transporte com a produção, o
armazenamento e a distribuição – é relativamente novo no Brasil. Nos anos 90, a
estabilidade econômica impôs a redução das operações industriais, e a
terceirização do transporte foi adotada como medida para ganhar
competitividade.
A partir do ano 2000, as grandes companhias passaram a delegar todo o entra e
sai das fábricas aos operadores de carga. "Logística de verdade existe no Brasil há
menos de dez anos", diz Fernando Simões, presidente do grupo JSL, o maior
operador logístico do Brasil.
O que acontece agora é que a necessidade de processos mais e�cientes de
distribuição tem sido exigida também das médias empresas – apertando ainda
mais o �uxo de distribuição no país.
"O problema do Brasil não é falta de caminhão. Faltam mesmo empresas capazes
de fazer a distribuição de uma forma segura e e�ciente”, diz Marise Barroso,
presidente da Mexichem Brasil, empresa de tubos e conexões, dona da marca
Amanco.
Estima-se que não haja mais de 30 empresas de logística realmente preparadas
para atender o mercado brasileiro. "A competição é tão intensa que já tem
transportadora escolhendo cliente", diz Adalberto Panzan, presidente da
Associação Brasileira de Logística.
A ine�ciência logística custa caro para o país. De acordo com o Banco Mundial, o
custo no Brasil equivale a 20% do PIB – o dobro dos países ricos.
"Todos os modais de transporte, rodoviário, ferroviário e aquaviário, estão
estrangulados, e qualquer expansão de atividade vai signi�car piores serviços de
transporte para as empresas", diz Peter Wanke, coordenador do Centro de
Estudos em Logística, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A falta de infraestrutura explica parte do problema. A escassez de mão de obra,
que atinge quase toda a economia, também penaliza o setor – como no caso da
Braspress. Calcula-se que faltem 100.000 motoristas de caminhão no Brasil. Uma
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parcela signi�cativa daqueles que no passado trabalhavam como autônomos
acabou migrando para a construção civil ou para a indústria.
É fato também que a carreira de motorista não tem o mesmo apelo do passado - o
antigo desbravador ao volante encara agora o trânsito caótico e as restrições de
circulação nos centros urbanos.
No �nal de junho, a Confederação Nacional dos Transportes entregou ao ministro
Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, um plano de formação de
caminhoneiros que pretende treinar 150.000 motoristas nos próximos três anos.
Isso cobriria o dé�cit atual e ainda atenderia a expansão futura da atividade. A
entidade pede que o governo solucione um dos maiores obstáculos à formação de
novos motoristas: a habilitação pro�ssional custa 2.400 reais.
Nas empresas usuárias do transporte, a ordem do dia é criar saídas para
contornar os obstáculos logísticos e continuar atendendo o cliente. A Kimberly-
Clark, fabricante de produtos de higiene pessoal, opera com estoque 30% acima
do que seria ideal para evitar eventuais desabastecimentos. O envio de uma carga
de São Paulo a Manaus pode levar até 30 dias — o prazo aceitável seria de no
máximo dez dias.
"O custo �nanceiro de carregar um estoque tão grande é enorme", diz João
Damato, presidente da Kimberly-Clark. A fabricante de eletroeletrônicos Samsung
mantém uma verdadeira operação de guerra diária em Manaus para conseguir a
liberação dos contêineres com componentes importados que chegam da Ásia.
"Como há apenas três �scais agropecuários que liberam os contêineres,
precisamos caçá-los todos os dias nos três portos da cidade", diz Benjamin Sicsu,
vice-presidente de novos negócios da Samsung. "Às vezes, colocamos a carga no
caminhão e vamos atrás deles."
A liberação no prazo pode signi�car custo mais competitivo para a empresa – e
preço menor para o consumidor. Na divisão de TVs da Samsung, a logística
representa 10% do custo �nal do produto.
Com as empresas tentando reduzir os riscos de desabastecimento, não é para
menos que o setor logístico esteja num aperto. Hoje, a busca por centros para a
estocagem e a distribuição é intensa. No cinturão que liga as cidades de São Paulo,
Sorocaba e Campinas estão em construção 40 centros logísticos de grande porte.
Todos os espaços já estão pré-locados ou vendidos.
"Quem quiser um novo armazém tem de esperar de seis a sete meses", a�rma
Pedro Candreva, diretor da consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle. O re�exo da
situação é que o preço médio real do metro quadrado para aluguel dessas
estruturas aumentou quase 70% desde 2005.
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RESUMO DO TÓPICO
Existem dois tipos de atividades dentro da cadeia logística: as atividades
primárias e as atividades de apoio.
Atividades primárias são consideradas primárias porque têm a função de
contribuir com uma maior parcela do custo total da logística, ou, no mínimo,
são fundamentais para a coordenação e cumprimento da tarefa logística.
Nestas atividades temos os: transportes: é a atividade básica de
movimentação de materiais, tanto no ambiente interno de empresas como
fora dela, chegando a absorver cerca de dois terços dos custos logísticos.
Manutenção dos estoques: tem o desa�o de manter o volume de estoque o
mais baixo possível, porém não pode chegar ao ponto de faltar mercadoria
ao cliente. Processamento de pedidos: com essa atividade se inicia a
movimentação de materiais e produtos e a entrega desses serviços.
Atividades de apoio são aquelas que dão suporte ao desempenho das
atividades primárias, no sentido de manter e criar clientes com pleno
atendimento do mercado em busca do maior lucro possível. São elas:
armazenagem: envolve a administração dos espaços necessários para
manter os materiais estocados, tanto internamente como em locais externos,
mais próximo dos clientes. Manuseio de materiais: associado à
armazenagem/manutenção de estoques, envolve a movimentação de
materiais no local da estocagem, bem como quando da sua transferência
E mesmo quem consegue lugar ainda tem de enfrentar os tradicionais problemas
de infraestrutura no Brasil. Em maio de 2011, a operadora logística americana
Penske inaugurou um centro de distribuição na cidade de Cajamar, na região
metropolitana de São Paulo.
Até o �nal de junho, o centro operava com gerador – a concessionária de energia
não havia feito a conexão à rede elétrica. Também não havia chegado lá o cabo de
telefone �xo. No Brasil que cresce sem infraestrutura, as carências não se limitam
à logística.
FONTE: STEFANO, Fabiane. O aperto da logística no Brasil. Revista Exame, São
Paulo, ed. 099502, 6 jul. 2011. Disponível em: <https://bit.ly/2XOQWTo>. Acesso
em: 24 fev. 2013.
Neste tópico, estudamos que:
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diretamente ao processo produtivo ou, ainda, para os outros depósitos.
Embalagem: tem por objetivo movimentar produtos com toda a proteção,
sem dani�cá-los, observando os aspectos econômicos. Suprimentos:
responsável por disponibilizar o produto no momento exato, para ser
utilizado pelo sistema logístico. Planejamento: refere-se primariamente às
quantidades agregadas que devem ser produzidas, bem como quando, onde
e por quem devem ser fabricadas. Sistema de informação: função que
permitirá o sucesso da ação logística na organização.
AUTOATIVIDADES
A) Sistema de informação.
B) Planejamento.
C) Transporte.
D) Embalagem.
Responder
UNIDADE 1 - TÓPICO3
1  Assinale a alternativa correta:
Função que permitirá o sucesso da ação logística na organização. As informações
necessárias de custos, procedimentos e desempenho são essenciais para o correto
planejamento e controle logístico.
2   Assinale a alternativa correta:
Estas atividades são consideradas desta maneira porque têm a função de
contribuir com uma maior parcela do custo total da logística ou, no mínimo, são
fundamentais para a coordenação e cumprimento da tarefa logística.
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A) Atividades secundárias.
B) Administração de materiais.
C) Atividades primárias.
D) Atividades terciárias.
Responder
A) Atividades primárias.
B) Atividades de logística integrada.
C) Atividades de administração de materiais mais distribuição.
D) Atividades de apoio.
Responder
A) Atividades de logística integrada.
B) Processamento de pedidos.
C) Transporte intermodal.
3   Assinale a alternativa correta:
São aquelas que dão suporte ao desempenho das atividades primárias no sentido
de manter e criar clientes com pleno atendimento do mercado em busca do maior
lucro possível.
4   Assinale a alternativa correta:
Com esta atividade se inicia a movimentação de materiais e produtos e a entrega
destes serviços.
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D) Manutenção dos estoques.
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