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Prefeitura Municipal de Itaboraí Escola Municipal Jornalista Alberto Torres Disciplina: História Professor(a): Doris / Marcelo Aluno(a): Nº: Turma: 701 .702,703.704 Data: Povos e culturas Africanas: Malineses, Bantos e Iorubas. Durante o período que chamamos de Idade Média (séculos V ao XV), poderosos Estados se desenvolveram na África Ocidental - e por sua enorme riqueza, tornaram-se o principal eixo de comércio entre o mar Mediterrâneo e o interior da África. ÁFRICA: ASPECTOS FÍSICOS Quando observamos o mapa da África, vemos ao norte um imenso mar de areia que tem nome de deserto do Saara. Neste deserto viviam povos nômades, chamados berberes, que controlavam as importantes rotas comerciais do norte africano. Ao sul do Saara está Sahel, uma faixa de terra que vai desde o oceano Atlântico ate o Mar vermelho. No Sahel viviam povos negros chamados, genericamente de sudaneses, como os bambaras, os fulas, os mandingas, os hauçás, entre outros. A extensa área habitada por eles era chamada de Sudão (em árabe, Biladal-Sudan, que significa “terras de negros”). O Sudão ocidental é cortado por dois importantes rios: o Senegal e o Níger. Esses rios permitiam que os povos do Sahel tivessem água para suas necessidades básicas e também para fertilizar a terra e cultivar cereais, legumes e verduras. Além disso, serviam como via de locomoção e transporte. Em canoas ágeis feitas com troncos de árvores, os povos do Sahel transportavam as mercadorias, como sal, ouro e noz-de-cola, que chegavam em lombos de camelos, saídos dos portos do Mar Mediterrâneo, ou que para lá seguiam. O IMPÉRIO DO MALI Foi justamente no Sudão ocidental, entre os rios Senegal e Níger, nas terras habitadas pelos mandingas que se formou o império do Mali um dos maiores e mais duradouros da história da África. Boa parte do que sabemos sobre o império Mandinga (ou do Mali) chegou até nós através do griôs. No passado um griô falecia, o seu corpo era enterrado dentro de um baobá, árvore considerada sagrada e cujos troncos são ocos. Acredita-se que, ao enterrar o corpo de um griô nessas árvores, suas histórias e canções continuariam sendo divulgadas e conhecidas por muitos. Para você saber mais: as tradições orais fazem parte de todas as culturas do mundo. É através dela que ficamos conhecendo fatos corriqueiros que constroem a história e a identidade cultural de um povo, afinal a história não é feita somente de heróis e grandes revoluções. As tradições orais enriquecem o conhecimento popular e o deixam mais forte. Dentro da oralidade surge um termo o griô, que em linhas gerais é o contador de histórias. Para saber mais sobre os griôs Acesse o link: http://www.processocom.org/2016/06/01/a-importancia-de-grios-na-socializacao-de-saberes-e-de-fazeres-da-cultura/. A FORMAÇÃO DO IMPERIO DO MALI Contam os griôs que tudo começou com o príncipe de etnia mandinga chamado Sundiata Keita. Ele e seus guerreiros venceram os sossos, seus opressores, na batalha de Kirina, em 1235. E depois de vencer também outros povos vizinhos, fundaram o Império do Mali. No poder, Sundiata Keita converteu-se ao islamismo, religião criada por Maomé e cujo princípio fundamental é a crença num único Deus. Segundo alguns historiadores, ele se converteu movido pela ideia de poder participar do comércio que, na época, era controlado pelos árabes islâmicos. No Mali, o imperador era a maior autoridade, mais ele ouvia seus auxiliares (o conselho); e, sempre que precisava tomar uma decisão importante, ouvia também dois altos funcionários: o chefe das forças armadas e o senhor do tesouro, que era responsável pela guarda dos depósitos de ouro, marfim, cobre e pedras preciosas. Eram os maiores produtores de ouro da África Ocidental, praticavam agropecuária, artesanato e comércio, além de serem habilidosos no trabalho com metal e madeira. Apreciavam também o sal que era muito valioso Leia atentamente o texto. Império Mali Com o declínio de Gana diversas disputas por influência ocorreram entre estados menores, paralelos e independentes, no século XII. Um desses estados era formado pelo povo conhecido por sosso, de etnia Soninke. Foi por meio das armas que estes se impuseram e alcançaram hegemonia no século XIII. O Império Mali era formado por povos presentes na região situada entre o Rio Senegal e o Rio Níger. Dentre esses povos o mais importante eram os mandingas, conhecedores do Islã desde o século XI. Mas, além deles, outros povos formavam este império, como os soninkês, os fulas, os sossos e os bozos. Sundjata Keita foi o maior representante do Império Mali, e estendeu sua autoridade para unidades políticas próximas, formando um estado unificado e hegemônico até o século XV. A hegemonia do Mali na África Ocidental ocorreu por alguns importantes fatores, como a formação de um exército poderoso, o controle na extração do ouro e a existência de uma administração eficiente. Esses pontos fizeram do Mali um dos impérios mais bem-sucedidos do continente africano. Seu representante supremo era chamado de Mansa, e residia na cidade de Niani, ao norte da atual República da Guiné. O apogeu da dinastia Keita ocorreu no século XIV, durante o governo de Kankan Mussa, o Mansa Mussa. No final do século XIV o império enfrenta dificuldades em manter uma área tão grande e entra em processo de declínio. MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto, 2013. Sobre o Império Mali responda: 1 - Onde se desenvolveu esta população? 2 - Como se constituía sua organização política e social? 3 - Quais eram suas atividades econômica? 4 - Esse império localizava em qual continente?
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