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Embriologia do SNP

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BBPM III – ANATOMIA 
Letícia Fugita 
 
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO PERIFÉRICO 
INTRODUÇÃO 
Nas três primeiras semanas de desenvolvimento, 
o embrião passa por uma fase chamada de gastrulação, 
em que ele é formado por três camadas germinativas 
(antes, o disco germinativo era formado por apenas duas 
camadas) precursoras de todos os tecidos. Além disso, 
nesse período tem-se início a morfogênese e a orientação 
axial do embrião. 
 
ECTODERMA 
A placa neural é advinda do ectoderma, que é o tecido 
mais superficial que o embrião possui. Assim, sabe-se que 
do ectoderma surge o neuroectoderma, que é o que dá 
origem ao sistema nervoso. Conclui-se, portanto, que 
tanto o SNC quanto o SNP têm a mesma origem 
embriológica. 
Obs.: o ectoderma dá origem à pele, olhos, orelha interna 
e tecidos conjuntivos que tem relação com a cabeça. O 
mesoderma forma, principalmente, tecidos de 
sustentação do embrião, como fibroblastos, 
condroblastos e osteoblastos, que têm relação com o 
sistema locomotor. 
O ectoderma vai sendo estimulado (pela notocorda) a, na 
linha média, formar as estruturas que irão compor o 
sistema nervoso. Essa notocorda está posicionada 
rostralmente ao nó primitivo até ocupar o eixo rostro-
caudal. Além de estimular esse espessamento, ela sofre 
involução da linha primitiva. 
NEURULAÇÃO 
Na metade da terceira semana para o final da quarta 
semana, as pregas neurais se unem, formando uma crista 
neural e o sulco neural, os quais se desprendem e se 
fecham, dando origem, também, ao tubo neural. A crista 
neural dá origem às estruturas do sistema nervoso 
periférico, e o tubo neural, às do sistema nervoso central. 
 
EMBRIOLOGIA DO SNP 
As células da crista neural formam o SNP, que é composto 
por: 
 Gânglios: compostos por neurônios e células da 
glia, que possuem um revestimento conjuntivo 
(mesênquima); 
 Nervos: prolongamentos de neurônios e glia, do 
SNC ou dos gânglios (também possuem o 
revestimento conjuntivo); 
 Terminações nervosas. 
 
BBPM III – ANATOMIA 
Letícia Fugita 
 
GÂNGLIOS 
Localizados fora do SNC, podendo se encontrar 
dentro do crânio (trigeminal, por exemplo), ou 
paralelamente à coluna vertebral, chamados de gânglios 
espinais. Existe também o gânglio autônomo, que vai 
fazer parte da cadeia simpática (geralmente próximos ou 
dentro dos órgãos). Eles podem ser sensoriais (somente 
sensitivo), ou motores (participam de inervação de 
vísceras, geralmente). 
Dentro dos gânglios encontram-se neurônios, os 
quais podem ser multipolares (gânglio autônomo) ou 
pseudo-unipolares (gânglio craniano e espinal). Existem, 
também, células da glia (células satélites), que existem 
para manter o tecido saudável. 
Revestindo toda essa “cápsula”/estrutura, existe 
tecido conjuntivo (origem mesenquimal), contínuo com o 
tecido adjacente. 
Obs.: SISTEMA CROMAFIM = todos os gânglios que tem 
associação com o sistema simpático, dizemos que 
formam o sistema cromafim. A medula suprarrenal, os 
corpos carotídeo e aórtico (associados a gg. simpáticos) e 
o tronco simpático também têm origem das células da 
crista neural. 
NERVOS 
São prolongamentos de neurônios cujo corpo 
neuronal está dentro do SNC ou de um gânglio. No SNP, 
os axônios são revestidos pelas células de Schwann (com 
origem na crista neural) que formam a bainha de mielina 
– no SNC são os oligodendrócitos que apresentam essa 
função. Os nervos são revestidos por tecido conjuntivo. 
Eles são divididos segundo sua localização e 
função; sendo, quanto à localização, classificados em 
cranianos (12 pares), espinais (31 pares) e autônomos e, 
quanto à função, em motores, sensoriais e mistos (todos 
os nervos espinais são mistos). 
CÉLULAS DE SCHWANN 
A mielinização das fibras nervosas ocorre por 
volta da vigésima semana de desenvolvimento. Trata-se 
de uma célula envoltória, que se dispõe ao longo do 
prolongamento do axônio e que podem formar uma 
única dobra ou diversas delas. 
 
É importante que o desenvolvimento 
embriológico seja estudado porque a ausência 
(degeneração) congênita de células no plexo 
mioentérico, pode causar problemas de digestão, a 
acalasia esofágica, pode causar a obstrução funcional e o 
megacólon congênito, problemas de relaxamento do 
esfíncter interno.

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