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INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA docx

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Letícia Andréa 105 – 2O 
 
O que é: Estudo da interação de compostos químicos com os organismos vivos e seus efeitos benéficos e 
desejáveis, e também a sua potencial toxicidade. 
Do Grego: Pharmakon (drogas e substâncias químicas) + Logos = (ciência) 
Droga: Qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico, isto é, provocar alterações 
somáticas ou funcionais, sejam elas fisiológicas ou patológicas, benéficas (droga-medicamento) ou maléficas 
(droga-tóxico). 
Fármaco: pode ser usado como um sinônimo de droga, mas apresenta uma estrutura química bem definida 
e é utilizada com finalidade benéfica (tratamento/prevenção). Podem ser obtidos de forma química sintética, 
química natural ou através da engenharia genética. 
Tóxico: substância química/droga que atua no organismo produzindo efeitos maléficos e que podem levar à 
dependência. 
 A palavra pharmakon não era usada apenas para a substância terapêutica, mas também veneno, feitiço e 
influência sobrenatural ou mística 
 Pelo sistema biológico é muito dinâmico o que torna esse estudo com várias variáveis 
 A farmacologia reflete a natureza que utiliza de compostos químicos como um intermediário indispensável 
 Quando a farmacologia se especializa no campo médico, a substância química recebe o nome de droga ou 
fármaco 
 Há o estudo da interação da droga com o sistema biológico 
 A palavra droga é usada de forma equivocada por leigos 
 Substâncias de efeitos maléfico são denominados tóxicos e são estudados pela toxicologia 
 Estuda principalmente os efeitos benéficos, porém também ocorre o estudo da potencialidade toxica 
daquela droga 
 Nosso corpo apresenta uma farmacologia intrínseca 
 As drogas podem ter diferentes origens, sendo elas vegetais, animais e minerais 
 Áreas de estudo: Geral, Aplicada, Farmácia, Farmacognosia, Farmacocinética, Farmacodinâmica, 
Farmacoterapia, Farmacologia Experimental, Farmacologia Clínica e Toxicologia 
 
Por que estudar farmacologia? Para entender como as substâncias químicas administradas irão afetar o 
funcionamento do organismo vivo, prezando para que se atinja a concentração, local e tempo ideal. Assim, 
ocorrerá a escolho do melhor medicamento para tratamento daquele paciente. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Uma divisão clara da farmacologia é sua divisão em experimental e clínica 
 A experimental é sobre os efeitos dos fármacos nos diferentes sistemas humanos de forma terapêutica 
racional 
 Quando as ações são estudadas sobre o ser humano é a farmacologia clínica 
 A parte clínica é importante pois nem tudo da experimentação é aplicável ao ser humano 
 A clínica se divide em duas partes: investigação de como o fármaco afeta o organismo e a investigação 
se o fármaco é útil para o tratamento da patologia 
Letícia Andréa 105 – 2O 
MEDICAMENTOS VS REMÉDIOS 
Remédio: vem do latim e significa cura. É qualquer 
dispositivo, inclusive o medicamento, que sirva para 
tratar e prevenir um mal corpóreo. 
Medicamento: substância química criada com o 
objetivo benéfico e que dentro dele, entre outras 
substâncias, vai estar presente o princípio ativo. 
 
 Os medicamentos são produzidos pela indústria farmacêutica 
 Os medicamentos apresentam três finalidades básicas: profilática, terapêutica e diagnóstico 
 Embora os medicamentos sejam produzidos com objetivos terapêuticos, eles podem provocar efeitos 
indesejáveis/toxicidade 
 Além do princípio ativo, o medicamento apresenta outros compostos para facilitar seu processamento, 
armazenagem e administração 
 
Mas o que é princípio ativo? 
A substância presente no fármaco responsável pela ação farmacológica do medicamento. Podendo o 
medicamento ter um (simples) ou mais de um (composto) princípio ativo. 
 
 Por serem substâncias químicas, quando o medicamento interage com o sistema biológico, o efeito dessa 
interação pode apresentar diversas gradações, benéficas ou maléficas 
 Um mesmo medicamento pode ter efeito benéfico e maléfico, dependendo da quantidade ingerida, o 
período que é tomado e com o que é tomado 
 Os remédios apresentam três origens diferentes: naturais, sintéticos e semi-sintéticos 
 Os naturais são obtidos através de matéria prima animal, vegetal ou mineral, os sintéticos são fabricados 
através de manipulações químicas, e os semi-sintéticos são substâncias naturais com características e ações 
modificadas 
 
 
SELETIVIDADE DA DROGA 
 Determina os efeitos indesejáveis da droga, dependendo da natureza química, dose ou via administrativa 
 Quanto mais específico a zona de atuação do fármaco, menos adverso esse fármaco se torna 
 
ÁREAS DE ESTUDO 
Farmacocinética: estuda a absorção, distribuição, metabolismo, biotransformação e eliminação do fármaco, 
ou seja, todo o seu trajeto no sistema biológico. Ajuda a tornar os efeitos da droga ainda mais previsíveis. 
Imagem do livro Penildon S. Farmacologia. 8a ed 
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Farmacodinâmica: estuda as ações e efeitos fisiológicos e bioquímicos das drogas nos organismos e seus 
mecanismos de ação; ajuda a prever a relação risco benefício ao se usar um medicamento. 
Toxicologia: estuda a origem, ação, investigação, diagnóstico e tratamento das substâncias que sua interação 
com o sistema biológico produz efeito maléfico para o sistema vivo. Importante ressaltar que alguns 
medicamentos apresentam efeito nocivo em quantidades exacerbadas, mas eles não se tornam 
necessariamente tóxicos. 
Farmacovigilância: detecção de reações adversas, validade, concentração, apresentação, eficácia, 
industrialização, comercialização, custo, controle de qualidade de medicamentos. 
Posologia: a relação da dosagem e frequência de forma correta e específica. 
Farmacologia clínica: estuda a eficácia e Reações Adversas dos Medicamentos (RAM). 
Farmacognosia: estudo das substâncias ativas animais, vegetais e minerais no seu estado natural e suas 
fontes. 
Fitoterapia: uso de plantas com finalidade medicinal. 
Farmacoterapia: estada a orientação do uso racional dos medicamentos. 
Farmacotécnica: estuda o preparo e conservação do medicamento na forma farmacêutica. 
Farmacoepidemiologia: estuda o risco/benefício, valor e reações adversas do medicamento para uma 
população. 
 
TIPOS DE MEDICAMENTO 
Referência/Marca 
 É o produto inovador 
 Primeiro a ser disponibilizado 
 Produto pertence ao laboratório que o 
descobriu 
 Apresenta o nome comercial 
 Registrado no órgão federal responsável pela 
vigilância sanitária 
 Possui eficácia, segurança e qualidade 
comprovada 
 Patente vigente ou não 
 
Genérico 
 Igual ao produto inovador 
 Mesmo produto ativo e características 
 Produzido após a expiração do período de 
patente 
 Passa por testes que garantem sua eficácia, 
segurança e qualidade 
 Deve vir indicado na caixa que é um 
medicamento genérico 
 O seu nome é o nome do princípio ativo 
 
Similar Equivalente 
 Possui o mesmo princípio ativo, concentração, 
forma farmacêutica, via administrativa, 
posologia e indicação terapêutica 
 Deve apresentar testes de biodisponibilidade 
relativa e equivalência farmacêutica para 
obtenção do registro 
 Pode apresentar modificações na “hora da 
cópia” 
 Difere por nome comercial 
 Não passou pelos testes de patente da Anvisa 
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FDA (Food and Drug Administration): Repartição do governo norte-americano que regula o uso dos 
alimentos e das drogas. Suas decisões assumem importância internacional. 
 
TESTES DA ANVISA 
Biodisponibilidade: a mesma quantidade necessária de genérico para ter o efeito deve ser a mesma 
quantidade necessário do medicamento referência. Apresentando-se a mesma quantidade e no mesmo 
período de tempo na corrente sanguínea. 
Equivalência Farmacêutica: relação dose x tempo, o medicamento deve ter a mesma distância de tempo 
para ser tomado e fazer efeito. 
Bioequivalência: deve apresentar os mesmos ricos e efeitos
adversos que o medicamento referência. 
Obs: O similar não é testado pela ANVISA, e sim pela própria empresa que o fabrica. 
Obs₁: idêntica composição de princípio ativo, qualitativa e quantitativa, são absorvidos em igual quantidade 
e na mesma velocidade pelo organismo apresentando os mesmos efeitos e riscos. 
 
LEI DOS GENÉRICOS 
 Lei nº 9.787 de 10/02/99 
 Refere-se a queda de patente – período de 10 anos 
 Os genéricos devem ter a mesma forma farmacêutica, ser a mesma via, indicação e segurança 
 Os profissionais da rede pública devem receitar através do nome do princípio ativo 
 
Obs: Os medicamentos são responsáveis por 30,5% das intoxicações humanas. Dessa forma, a OMS criou o 
uso racional. 
 
USO RACIONAL 
 ↑ qualidade de vida 
 ↓ morbilidade 
 Fácil administração 
 Inconvenientes de administração 
 Efeitos adversos 
 Custos
 
 Medicações de acordo com necessidades clínicas 
 Doses adequadas de acordo com individualidades 
 Tempo 
 Custo 
 
Cuidados na Prescrição 
 Instruções 
 Explicar efeitos do medicamento 
 Explicar efeitos indesejáveis 
 Advertências 
 
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FÁRMACO IDEAL 
Ele deve ser: 
Efetivo → cumprir o seu objetivo de administração 
Seguro → sem toxicidade 
Reversível → sendo eliminado por completo após a ação 
Seletivo → maior grau de especificidade 
Fácil administração → deixa o tratamento mais prático 
Mínimo de interações e reações adversas 
Ação previsível 
 
DOSE 
O que é: Quantidade do medicamento administrada capaz de exercer um efeito benéfico. 
 Os testes para garantir que a dose seja o máximo efetiva e segura são feitos na etapa pré-clínica pelas 
indústrias e laboratórios farmacêuticos 
 Há uma relação quantitativa da dose administrada e a resposta fisiológica obtida 
 Quanto maior a dose → maior o efeito obtido 
 Determina-se para segurança e efetividade a dose letal (DL50) e a dose efetiva (DL50) 
Dose Letal (DL 50): dose administrada com capacidade de causa a morte de 50% da população estudada. 
Quanto mais baixa a DL50 de um medicamento, mais perigoso este é. 
Dose Efetiva (DE 50): dose administrada com capacidade de causar o efeito benéfico esperado em 50% da 
população estudada. 
Índice Terapêutico (IT): relação entre a dose letal e a dose efetiva (DL50/DE50), que é usado como forma de 
expressar o grau de segurança daquele medicamento. Quanto maior seu valor mais seguro o medicamento, 
ou seja, apresentará uma maior janela terapêutica. 
Janela terapêutica: intervalo compreendido entre a dose eficaz mínima (CEM) e a dose tóxica mínima (CTM) 
de um fármaco. São as quantidades de fármacos que, se administradas, irão causa um resultado sem causa 
nenhum fator tóxico. 
Margem de segurança: é o limite existente entre a dose terapêutica e a dose tóxica da droga. 
 As drogas podem agir como medicamento ou como tóxico, dependendo de diversos fatores, tais como 
dose administrada, a via de administração utilizada, a condição do paciente 
 Dentro das doses que podem ser administradas, existirá uma dose mínima capaz de causar um efeito 
desejado e uma dose máxima que é uma quantidade que causará o efeito benéfico no limite de causa um 
efeito tóxico 
 As doses podem apresentar diferentes finalidades e podem ser divididas em dose terapêutica, dose de 
manutenção e dose de ataque 
Dose terapêutica: é a dose com capacidade de atingir o efeito terapêutico esperado, com nível sanguíneo 
desejado e sem causar um efeito tóxico. 
Dose de manutenção: dose administrada em intervalos regulares capaz de manter uma concentração 
desejada para se alcançar um efeito terapêutico. 
Dose de ataque: uma dose que é maior do que a dose geralmente administrada, de 2 a 4 vezes maiores, com 
a finalidade de obter uma resposta mais rápida e efetiva, seguido por doses terapêuticas preconizadas. 
 
Efeito farmacológico: efeito do medicamento no organismo resultante da interação entre o fármaco e o seu 
local/sítio/receptor de ação. Dependerá da concentração plasmática e da faixa terapêutica do fármaco.

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