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DIREITO CIVIL VI - SUCESSÕES

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07/02/2019
DIREITO CIVIL VI – SUCESSÕES
	Professora: Cláudia Fialho
	E-mail: claudiafialho@gmail.com
	Plano de Ensino no SGA
	Distribuição de pontos:
	1ª Prova – 23/03 – 25 pontos – Sem Consulta – Prova Fechada
	Trabalho: Estudo dirigido oral – 30/03 – 5 pontos
	Conteúdo: Da sucessão em Geral; Da sucessão legítima; Conto “A herança” - Machado de Assis.
	Trabalho: Produção e apresentação de vídeo – 25/04 – 10 pontos
	Grupo de até 5 (cinco) alunos.
	Solidariedade familiar ou aprofundamento das desigualdades sociais e econômicas?
	Trabalho: Seminário (perguntas objetivas sobre sucessão testamentária, inventário e partilha) – 16/05 – 5 pontos
	2ª Prova – 25/05 – 25 pontos – Sem Consulta – Prova Fechada
	Prova Global – TBD – 30 pontos – Sem Consulta – Prova Fechada
	Prova de 2ª Chamada – 30/05
	Referências bibliográficas: Caio Mário.
09/02/2019
UNIDADE I – DA SUCESSÃO EM GERAL
I.	Das disposições gerais: noções introdutórias, síntese histórica, noção jurídica e princípios aplicáveis
	Noções introdutórias
	Herança é direito fundamental.
	A pessoa que faleceu é chamada de autor da herança, de cujus (de cuja sucessão se trata), falecido e, no campo processual, espólio.
	Herdeiros legítimos e/ou legatários que aceitem receber a herança. Caso não aceitem, a herança será declarada vacante e o poder público assumirá sua titularidade, uma vez que não pode existir patrimônio “acéfalo”, ou seja, sem dono.
	Observação: o Poder Público NÃO é herdeiro, ele somente assumirá no caso de herança vacante.
	O objetivo do direito das sucessões é apurar e transmitir o/as patrimônio/relações jurídicas patrimoniais de uma pessoa aos seus sucessores legítimos e/ou testamentários e, na ausência de herdeiros, recolher o patrimônio ao Poder Público.
	Sucessor legítimo é aquele que a Lei determina enquanto sucessor.
	Testamentário é aquele escolhido como herdeiro a partir vontade do de cujus enquanto ainda vivo.
	Síntese histórica
	Povos primitivos (clã ou tribos): a propriedade, nessa fase histórica, é comunal, ou seja, comum de todos, pelo que não se podia falar em direito sucessório.
	Sucessão na antiguidade
	Concepção religiosa
	Fortalecimento familiar
	Revolução Urbana: a maioria dos autores afirmam que o direito das sucessões iniciou sua existência, de fato, após a revolução urbana.
	Fortalecimento econômico
	Socialistas: contrários à propriedade privada e à herança, uma vez que eram instrumentos de manutenção da desigualdade socioeconômica.
	Acepção jurídica
	Sucessão em sentido amplo: aplica-se a sucessão em sentido amplo a todos os modos de aquisição derivados do domínio.
	Inter vivos: contrato, gratuito ou oneroso, mediante declaração de vontade (contrato) ou por uma imposição legal.
	Causa mortis: é a transferência ou a transmissão das relações jurídicas patrimoniais, no todo ou em parte, do autor da herança aos seus herdeiros legítimos e/ou testamentários.
	Sucessão em sentido estrito: é a sucessão causa mortis exclusivamente. Existem, por sua vez, algumas espécies de causa mortis, que darão origem à sucessão:
		Natural ou real
	Presumida
	Perigo de vida
	Desaparecido/prisioneiro de guerra
	Desaparecimento em atividade política (tem Lei específica sobre isso)
	Comoriência (art. 8º do Código Civil): é a presunção de morte simultânea quando duas ou mais pessoas, sucessíveis entre si, falecem sem que se possa precisar quem faleceu primeiro (premoriente).
	Efeitos da comoriência no direito sucessório: não existirá transmissão de herança entre os comorientes por não ser possível precisar quem é o premoriente para que se realize a transmissão dos bens ao seu herdeiro que faleceu depois.
	Exceção: Segundo Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald, deve ser afastada a presunção de simultaneidade de óbitos decorrente de comoriência, quando ela ocorrer entre pai e filho, tendo este filho comoriente deixado filhos sobreviventes. Nesse caso, os netos sucedem por representação do pai, afastando a presunção de simultaneidade de mortes para presumir que o avô é premoriente em relação ao pai, transmitindo-lhe a herança, que será recebida pelos netos.
	Presunção de comoriência é iures tantum, cabendo qualquer meio de prova idôneo em contrário.
	Tipos de sujeito da sucessão:
	Herdeiros – Universal: recebem a universalidade de bens.
	Legatários – Singular: quando é transmitido ao legatário um bem certo e determinado, sem que este tenha que responder por dívidas da herança, exceto quando referido legado houver sido onerado pelo autor da herança no testamento.
	Legitima ou ab intestato (subsidiária): é aquela que decorre da Lei, ou seja, quando não houver testamento ou se esse por alguma forma não prevalecer (art. 1.829 do CC). A indicação dos herdeiros se faz pela própria Lei, tendo prioridade os denominados os herdeiros necessários.
	Universal: quando todo patrimônio é transferido. Uma universalidade de direitos é um conjunto de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de valor econômico, que é transferida a outrem (art. 91 do Código Civil). Nessa hipótese, o herdeiro recolherá a totalidade do patrimônio ou uma fração.
	Sucessão Objetiva e Subjetiva
	Sentido objetivo: diz respeito à normativa aplicada à transmissão sucessória.
	Sentido subjetivo: tratará especificamente dos herdeiros e outros legatários, de receberem a herança até a parte lhes for cabível.
	Para melhor compreensão, é bom rememorar que a herança é um direito fundamental contemplado no art. 5º, inciso XXX da Constituição Federal.
	Princípios
	Princípio da função social da herança: a transmissão da herança encontra motivação na solidariedade familiar, que seria o espelho da função social.
	A herança é importante para a questão da subsistência daqueles que sobrevierem ao de cujus. 
	Observação: aquele que recebe um imóvel como herança deve manter a função social daquele bem, por natureza.
	Princípio da territorialidade: estabelece a legislação aplicável no direito sucessório e o juízo competente para a abertura do inventário (art. 48 do Código de Processo Civil). 
	A lei do domicílio do autor da herança é a que regula a sucessão por morte e também por ausência, quaisquer que sejam a natureza e a situação dos bens. 
	Inventário dos bens situados no Brasil será PROCESSADO no Brasil, com exclusão de qualquer outra autoridade judiciária (Art. 23, inciso II do CPC).
	A lei que regula a sucessão é a do país do domicílio do falecido, entretanto, a Constituição Federal, no art. 5º, inciso XXXI e a LINDB, no art. 10, § 1º, determinam que a Lei brasileira regulará a sucessão de bens de estrangeiros situados no Brasil, em benefício do cônjuge sobrevivente e filhos (se brasileiros), exceto se a Lei estrangeira lhes for mais favorável.
QUESTIONÁRIO
	Qual o ponto de partida para que ocorra a sucessão? 
	A morte, que pode ser classificada em natural, ficta ou presumida.
	Como se prova a morte? 
	Atestado de óbito ou através de sentença declaratória (art. 9º, inciso I e IV do Código Civil).
	O que é herança e qual a sua principal característica? 
	Universalidade de bens e indivisibilidade. Ocorre a indivisibilidade até a partilha, aplicando-se a ela as regras pertinentes ao condomínio.
	A herança é representada pelo espólio e pelo inventariante.
14/02/2019
	Continuação de Princípios
	Princípio da saisine (art. 1.784 do Código Civil): independentemente de ter ou não conhecimento da morte, os seus herdeiros entram automaticamente e imediatamente na posse e domínio daquela herança por uma ficção jurídica.
	Princípio non ultra vires hereditatis (art. 1.792 do Código Civil): os herdeiros não responderão pelas dívidas do falecido e a herança responde pelas dívidas do falecido até o limite de suas forças.
	Princípio da temporariedade (art. 1787 do Código Civil): por meio deste princípio, aplica-se o direito sucessório vigente no momento da morte do autor da herança.
	Princípio do respeito à vontade manifesta (arts. 1.788 e 1.789 do Código Civil): procura-se sempre respeitara vontade manifesta do titular da herança (testamentária), todavia, havendo desrespeito aos herdeiros necessários, a parte desses será decotada.
II.	Da Transmissão da Herança
	Herança em sentido amplo e estrito
	Amplo: universalidade de bens, direitos e obrigação do falecido, de caráter patrimonial e não personalíssimo, que são transferidos aos herdeiros.
	Herança em sentido amplo compreendo os legados. O legatário não é herdeiro, mas ele recebe o legado que consta de uma herança.
	Estrito: a quota-parte do herdeiro, ou seja, a parcela de bens da herança que será recebida.
	Havendo a penas um herdeiro, não tem formol de partilha, mas simples adjudicação, pelo que será recebida a universalidade dos bens.
	A herança é um bem imóvel por expressa determinação legal, conforme art. 80, inciso II do Código Civil.
	Duração da herança: tem início com a morte do autor da herança e termina com a conclusão da partilha.
	Herança e meação
	Meação é instituto do direito de família e é um direito próprio do cônjuge ou companheiro, em razão do regime de bens escolhido.
	O inventário costuma incluir todos os bens, sendo necessário que, havendo cônjuge viúvo, seja especificado o que é meação, até mesmo para fins tributários, uma vez que sob a meação não incide ITCD, já que não houve transmissão.
	Momento da transmissão da herança: momento da abertura da sucessão, que coincide com a morte do autor da herança, por uma ficção jurídica (princípio da saisine – art. 1.784 do Código Civil).
16/02/2019 – Próximo sábado (23/02) não haverá aula!
III.	Observações Sobre Comoriência
	Casos em que há morte real e morte presumida, conjuntamente, é possível a aplicação de comoriência?
	Necessário uma pesquisa jurisprudencial sobre o tema.
IV.	Da Aceitação e Renúncia da Herança
	Da aceitação ou adição
	Noções gerais
	Aceitação: “é um ato unilateral e necessário pelo qual o herdeiro, que ao tempo da abertura da sucessão houvera adquirido, ipso iure, a posse e a propriedade dos bens da herança, confirma sua intenção de receber este acervo que lhe é transmitido” (Francisco Catarle e Gisele Leonardi).
	Em outros ordenamentos existe a figura da delação, que é o oferecimento da herança de seu autor aos seus herdeiros. Esse período abarcaria da morte à aceitação. Em nosso ordenamento, a delação foi incorporada pela aceitação, de modo que esta é uma confirmação e seus efeitos são ex-tunc, operando-se desde o momento da morte.
	Apesar de o herdeiro entrar automaticamente na posse e propriedade do patrimônio e das relações patrimoniais do falecido (diferente do legatário, que só entra na propriedade), ainda é necessário que haja a figura da aceitação, por mais que soe incoerente a certo ponto.
	A aceitação se faz necessária pela ideia de que ninguém é obrigado a ser herdeiro, se não quiser. Hoje em dia, todavia, a herança sempre é aceita a benefício de inventário (art. 1.792 do Código Civil), motivo pelo qual não faz muito sentido não a aceitar.
	Aceitação do legado pelo legatário também é necessária e justifica-se pelo fato de que o legado pode estar acompanhado de encargo que o legatário não quer assumir.
	Espécies de aceitação
	Expressa (art. 1.805, 1ª parte, do Código Civil): quando a aceitação é feita por termo nos autos, por escritura pública ou por escrito particular.
	Não é admitida a forma oral, gestos, sinais. Não cabe aqui o princípio do “solu consensu”.
	Tácita (art. 1.805, 2ªparte, do Código Civil): quando resultar da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro, ou seja, resultante de um comportamento concludente de herdeiro, típico de quem aceitou ser herdeiro.
	Exemplos: contratação de advogado para abrir inventário é um comportamento típico de herdeiro; posse direta do acervo transmitido com sua administração continuada.
	A aceitação tácita deve ser interpretada de forma restritiva, tanto que o próprio Código Civil enumera situações em que não será reconhecida a aceitação tácita nos §§ 1º e 2º do art. 1805 do Código Civil.
	Além disso, o art. 114 do Código Civil determina que os negócios jurídicos benéficos devem ser interpretados restritivamente, assim como a renúncia.
	§ 1º: Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
	§ 2º: Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais coerdeiros.
	Presumida (art. 1.807 do Código Civil): decorre do silêncio do herdeiro ao ser notificado para manifestar se aceita a herança. Diante da inércia, qualquer herdeiro ou terceiro interessado pode acionar o outro, 20 (vinte) dias após a abertura da sucessão, para que no denominado prazo de deliberação, 30 (trinta) dias, declare se aceita a herança. Se permanecer silente, presume-se que aceitou.
	Quanto à titularidade do direito de aceitar
	Aceitação direta: quando a manifestação de vontade é efetuada pelo próprio sucessor.
	Aceitação indireta: quando, em situações específicas, a aceitação é efetuada por outrem que tenha a legitimidade para declará-la no lugar do sucessor.
	Através de mandatário (procurador), com poderes especiais.
	Gestor de negócios (art. 861 do Código Civil): controverso, uma vez que não se trata de negócio jurídico mas de ato unilateral de vontade. Diante disso, faz-se necessária a ratificação pelo herdeiro.
	Pelos sucessores do herdeiro (art. 1809 do Código Civil): se o sucessor falecer antes de aceitar a herança, a titularidade desse direito transmite-se aos seus herdeiros, considerando-se o pronunciamento destes como se daquele partisse, exceto se havia uma condição suspensiva que devesse ser implementada pelo sucessor.
	Pelo tutor ou curador do sucessor (art. 1.748 e 1.781 do Código Civil).
	Pelos credores do herdeiro renunciante (art. 1.813 do Código Civil): mediante autorização judicial, até o limite da dívida.
	Teoria da actio nata para arguir que o prazo de credor começa a fruir a partir da ciência da herança a receber.
28/02/2019
	Características da aceitação
	Irretratável: cão existe direito de arrependimento. 
	Se quiser doar tudo para alguém, vai pagar ITCMD de novo.
	Efeito retroativo (ex tunc) – Art. 1.804, 1.808 e 1.812 do Código Civil: contará desde o momento da abertura da sucessão, mesmo que ocorra posteriormente.
	Incondicional: não pode ser estabelecida mediante condição ou termo.
	Indivisibilidade: não se pode pretender apenas os créditos da herança e deixar os débitos de lado, ou seja, toda a composição da herança deve ser aceita (lembrar do princípio non ultra vires hereditatis).
	Exceções à regra da indivisibilidade da herança
	Herdeiro e legatário: quando o sucessor possuir, concomitantemente, dupla qualidade, uma como herdeiro e outra como legatário, poderá aceitar a herança ou somente o legado.
	Inventário conjunto (§2º do art. 1.808): herdeiro chamado à sucessão a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios distintos, poderá aceitar determinado título e repudiar o outro.
	DICA Se é do mesmo título sucessório deve-se aceitar tudo (é indivisível). Caos haja mais de um título sucessório, pode dividir.
	Renúncia ou repúdio
	Conceito: ato jurídico, em sentido estrito, unilateral, através do qual o herdeiro declara não aceitar o patrimônio do de cujus, repudiando a transmissão automática que a Lei operara em seu favor, despojando-a.
	Noções gerais
	A consequência imediata da renúncia é a escusa ao pagamento do ITCMD, o que difere da meação, que se renunciada, ainda ensejará o pagamento do imposto, pois ocorreria uma doação.
	Requisitos
	Subjetivo: é necessário que tenha capacidade plena (procurador com poderes especiais pode, porém representante NÃO PODE sem autorização judicial com interferência do Ministério Público).
	Não será exigido o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação absoluta. No caso do regime da participação final de aquestos, é possível, no pacto antinupcial, dispensar o consentimento.Nos demais regimes, precisa de consentimento.
	Pode haver suprimento judicial.
	Súmula 377 do STF: se o regime é da separação legal, há uma presunção de que os bens adquiridos na constância da união, comunicam-se, ou seja, far-se-á necessário o consentimento do cônjuge.
	Formal (art. 166, inciso IV, do Código Civil): a renúncia é um ato formal, expresso, solene, que pode ser feito por escritura pública ou por termo nos autos.
	Exceção à forma expressa (art. 1.913 do Código Civil): presume-se a renúncia no caso em que o autor do testamento determina condição para recebimento da herança e essa não é cumprida pelo testamentário/legatário. 
	Temporal: entre a abertura da sucessão e a partilha.
	Efeitos da renúncia
	Quinhão do renunciante (art. 1.810 do Código Civil): transmissão deste quinhão aos demais herdeiros da mesma classe e grau.
	Herdeiros do renunciante (art. 1811 do Código Civil): não haverá direito de representação dos herdeiros descendentes do renunciante, uma vez que não há herança de pessoa viva.
	Renúncia na sucessão testamentária: o testador não possuía herdeiros necessários e deixou tudo para o testamentário, que renuncia. Diante disso, o testamento caducará e a herança irá para o herdeiro legítimo (primos, na maioria das vezes).
	Administração e usufruto da herança remunerada pelo renunciante.
	Natureza jurídica da renúncia: ato jurídico unilateral de vontade, ou seja, decorre da manifestação da vontade do beneficiário da herança, traduzindo-se enquanto um direito potestativo desse.
	É um ato jurídico strictu sensu, ou seja, seus efeitos decorrem de Lei e não podem ser alterados.
	É irrevogável e irretratável.
	A renúncia deve ser pura e simples, não admitindo condições ou termo.
	A renúncia é INDIVISÍVEL, não sendo possível renunciar parte dela/aceitar só uma parte, exceto no caso de heranças por dois títulos distintos (vimos anteriormente).
07/03/2019
		Limitações à liberdade de renunciar
	A renúncia do insolvente civil não terá eficácia (não produzirá efeitos) perante os credores preteridos, apesar de ser existente e válida, uma vez que se caracterizaria fraude contra credores.
	Dentro do prazo de 30 (trinta) dias, o credor poderá se habilitar no inventário, realizando a aceitação indireta da herança (§ 1º do art. 1.813 do Código Civil).
	Pode se arguir aqui teoria da actio nata para contagem do termo inicial de trinta dias.
	Superado o prazo acima, caberá ao credor preterido ação pauliana para anulação da renúncia em relação a si.
	O § 2º do art. 1.813 atesta que, pagas as dívidas do renunciante, a renúncia prevalecerá quanto ao remanescentes, uma vez que existente e válida.
	Descaracterização da renúncia translativa
	Renúncia abdicativa/própria/autoexclusão: a renúncia é abdicativa, própria ou autoexclusão quando o renunciante não nomeia ninguém para receber a herança que lhe tocava.
	Renúncia translativa/in favorem/translatícia: a renúncia é translativa, in favorem ou translatícia quando o renunciante nomeia alguém para receber a herança que lhe tocava.
	Esse tipo de renúncia NÃO é considerada renúncia propriamente, uma vez que haverá a cobrança de ITCMD duplamente, pela “doação” que está ocorrendo.
	Quando o renunciante transmite os seus direitos sucessórios a alguém, caracteriza-se, em verdade, cessão de direitos hereditários, estando sujeita a nova tributação, ou seja, haverá incidência dos tributos pela aceitação e pela transmissão.
V. 	Cessão de direitos hereditários
	Conceito: a cessão de direitos hereditários é um negócio jurídico bilateral, translativo, oneroso (ITBI) ou gratuito (ITCMD) e aleatório que um herdeiro realiza com um terceiro, tendo por objeto a herança ou parte dela que lhe caiba.
	Cláusula restritiva
	É possível que o autor da herança grave a herança com uma cláusula de inalienabilidade, de forma que não será possível a cessão dos direitos hereditários. 
	A cláusula de inalienabilidade abrange a impenhorabilidade e incomunicabilidade.
	O autor da herança, no caso da parte legítima, precisará apresentar justa causa para gravá-la com cláusula de inalienabilidade. No caos da parte disponível, não precisa de justa causa.
	Objeto da cessão de direitos hereditários: os direitos patrimoniais de conteúdo econômico que tocarão ao cedente.
	Direito de preferência, prelação ou preempção (pressupõe pluralidade de herdeiros):
	Preferência de coerdeiros (art. 1794 do Código Civil): é o direito reconhecido aos demais coerdeiros, por determinação legal, de serem priorizados em relação a terceiros, aso um coerdeiro queira ceder onerosamente a sua quota-parte.
	Isso ocorre porque, antes da partilha, os herdeiros estão em composse e condomínio.
	A preterição dos coerdeiros gera a ineficácia do negócio jurídico em face dos coerdeiros prejudicados.
	Ação de preferência (art. 1.795 do Código Civil): ao coerdeiro que não for dado conhecimento da cessão (preterido), caberá o depósito do preço, acrescido das despesas com registro, para haver para si a quota cedida a estranho, se o fizer em até 180 (cento e oitenta dias) após a transmissão.
	§ único do art. 1.795 do Código Civil: concorrência de coerdeiros (quinhão dividido na proporção de suas respectivas quotas hereditárias).
	Teoria da actio nata cabe aqui também.
	Questões processuais: cautelar para gravar na matrícula do imóvel a indisponibilidade do bem + litisconsórcio passivo necessário entre cedente/alienante e cessionário/adquirente.
	Em regra, inexiste prelação legal quanto ao legado (sucessão a título singular). Entretanto, no caso de legado em favor de duas ou mais pessoas, o direito de prelação deverá ser observado, uma vez que haverá condomínio/composse.
09/03/2019
	Requisitos da cessão de direitos hereditários:
	Subjetivo: capacidade específica (plena) e legitimação.
	Menor precisa de representação e autorização judicial, lembrando que deve haver parecer do Ministério Público.
	Objetivo:
	Formal:
	Temporal:
	Responsabilidade do cedente e do cessionário
	O cedente só tem que responder pela sua qualidade de herdeiro (não pode ser considerado indigno ou deserdado após a cessão).
	Em regra, o cedente não responde por vício redibitório ou evicção, por se tratar de um contrato aleatório.
	Pode ser clausulada de garantia por vício redibitório e evicção.
	O cessionário, que opera como uma espécie de sub-rogação (tenho problemas com isso), NÃO terá direito ao que sobrevier à herança (sobrepartilha, por exemplo).
	O cessionário é responsável pelos custos do que foi cedido (impostos, emolumentos e afins).
	Efeitos da cessão de direitos hereditários
	A sub-rogação ocorrida, que abrange direitos e deveres, dá ao cessionário a característica de possuidor e proprietário, podendo interpor qualquer um dos interditos possessórios ou ação reivindicatória, se for o caso.
	O cessionário pode, também, abrir o inventário e tomar demais medidas processuais (art. 616, inciso I, do CPC).
VI.	Dos que não podem suceder – Da exclusão por indignidade e por deserdação
	Os efeitos da indignidade e da deserdação é o mesmo: exclusão do direito de receber a herança.
	Indignidade (art. 1.814 e subsequentes do Código Civil)
	A indignidade é uma pena civil que será aplicada a herdeiros e/ou legatários em razão da prática de determinados atos reputados ofensivos. 
	O herdeiro só será considerado indigno após sentença transitada e julgado.
	As hipóteses de indignidade são taxativas e estão previstas nos incisos do art. 1.814:
	Inciso I: “que houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente.”
	Homicídio DOLOSO (consumado ou tentado).
	Muito cuidado: Colaterais não estão inclusos, portanto, irmãos não entrem nesse caso.
	O Superior Tribunal De Justiça vem considerando que o abandono do autor da herança, deixando de prover necessidades básicas e afins, pode ser encaixado nesse inciso, porse tratar, de certa forma, de um homicídio “a longo prazo”. O rol permanece 
	Inciso II: “que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro.”
	Inciso III: “que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.”
	A responsabilidade civil independe da criminal, nos termos do art. 935 do criminal. Atenção, todavia, aos seguintes casos:
	Se houve sentença condenatória transitada em julgado no juízo criminal absolvendo o “indigno”, essa decisão poderá ser levada ao cível para que não haja exclusão por indignidade.
	Casos de absolvição imprópria e absolvição por AUSÊNCIA de provas: poderá ser excluído da mesma forma, uma vez que a consideração de indignidade é um juízo exclusivo cível (regras de capacidade e probatórias)
	Legitimidade para a propositura da ação declaratória de indignidade (art. 1.815 do Código Civil).
	A exclusão do herdeiro ou legatário só ocorrerá mediante sentença declaratória.
	Prazo decadencial para interposição da ação de declaração de indignidade: 4 (quatro) anos após a abertura da sucessão (art. 1.815, § 1º).
	A legitimidade para propositura da ação é de quem houver interesse, por se tratar de questão patrimonial particular. Todavia, no caos do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público terá legitimidade para propor a ação de declaração de indignidade, por se tratar de decorrência de matéria penal.
	O terceiro de boa-fé resta protegido quanto aos negócios que firmar, antes da sentença de exclusão, com o herdeiro aparente, que eventualmente venha a ser considerado indigno, podendo demandar-lhe as eventuais perdas e danos (art. 1.817 do Código Civil).
	Quanto aos frutos e rendimentos: todos deverão ser restituídos, sendo cabível a indenização pela conservação.
	Quanto às benfeitorias: serão ressarcidas somente as necessárias, por se tratar o indigno de possuidor de má-fé.
	A representação aqui é possível SIM. Os filhos do indigno poderão representar e receber quota-parte que cabia ao indigno, por se considerar que houve a “morte civil” desse. 
	Cuidado: é diferente da renúncia. Na renúncia não cabe representação por não ser possível a herança intervivos; o eventual recebimento da herança, na renúncia, pelos filhos, será por direito PRÓPRIO, caso não hajam outros herdeiros.
14/03/2019 – Aula Repositiva
		Reabilitação do indigno (art. 1.818 do Código Civil)
	Uma forma de perdão. Po ser em testamento ou qualquer outro documento válido. 
	Cabe em qualquer situação, até mesmo tentativa de homicídio, por exemplo.
	O perdão do indigno é indivisível, ou seja, para o todo. Habilita o indigno para todos os bens da herança.
	Exceção à indivisibilidade do perdão: é possível o recebimento da parte disponível que o testador deixou.
	Deserdação (art. 1.961 e subsequentes do Código Civil)
	Conceito: é um ato privativo do autor da herança, por declaração expressa de vontade, através de testamento, que exclui da sucessão um herdeiro necessário em razão da prática de um ato repugnante, previsto em lei e posteriormente confirmado em juízo.
	As causas da deserdação devem ser interpretadas de forma restritiva, conforme entendimento do STJ no RESP nº 878.694/MG.
	A deserdação exige justa causa, deve constar em testamento e, após a abertura desse, será oportunizado ao deserdado o contraditório, através de processo judicial. A deserdação só se confirma, de fato, com declaração em sentença.
	Por questões lógicas, a deserdação recai somente sobre os herdeiros necessários (arts. 1.829 e 1.845 do Código Civil), uma vez que os herdeiros facultativos estarão excluídos a partir de simples testamento que não os contemple.
	Pressupostos da deserdação:
	Herdeiros necessários;
	Testamento válido;
	Ato privativo do autor da herança;
	Sentença declaratória;
	Ajuizamento da ação no prazo legal;
	O prazo para propositura é decadencial de 4 (quatro) anos, contados a partir da abertura do testamento ou da abertura da sucessão, o que vier por último, conforme o § único do art. 1965 do Código Civil.
	Lembrar: o único testamento que é aberto em juízo, é o cerrado.
	Justa causa
	Os mesmos motivos da indignidade (art. 1814, incisos I, II e III) + aqueles listados nos arts. 1.962 (deserdação do descendente por seu ascendente) e 1.963 (deserdação do ascendente pelo descendente) do Código Civil:
	Em resumo, as causas dos artigos mencionados são: ofensa física; injúria grave; relações ilícitas com madrasta ou padrasto e desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade (1.962) ou relações ilícitas com mulher/companheira e marido/companheiro dos filhos ou netos, além de desemparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade (1.963).
	“Relações ilícitas” é eufemismo do Código Civil para aquilo que cê fez com aquele inferno de boy lixo que cê pensa com a xota toda vez que vê, @mores.
	A pessoa deserdada pode ser perdoada. Para tanto, é necessário que se faça um segundo testamento no qual se reabilite o deserdado e forma EXPRESSA.
	Diferença importantíssima: atos de INDIGNIDADE podem ser praticados mesmo APÓS A ABERTURA DA SUCESSÃO, como é o caso da calúnia, difamação ou injúria, uma vez que se prima pela preservação da memória do morto. 
	
14/03/2019
VII.	Herança Jacente e Herança Vacante
	Conceito de Herança Jacente: trata-se de um ente despersonalizado, constituído pelos vens de uma pessoa que faleceu sem deixar herdeiros ou legatários conhecidos e ainda, na hipótese de ter deixado testamento, este ter sido reputado como inválido.
	É possível que apenas uma parte da herança seja considerada jacente, no caso do testamento ser válido.
	A herança jacente é a fase na qual se tenta encontrar os herdeiros para que, eventualmente, habilitem-se e seja possível a conversão em inventário. Não ocorrendo, dento do prazo delimitado (visto a frente), a herança jacente será considerada vacante e passará a integrar o patrimônio público por definitivo.
	Procedimento:
	Arrecadação dos bens que não possuam herdeiros ou testamentários → Declaração de curador especial → Arrolamento detalhado de todos os bens encontrados pelo Oficial de Justiça → Publicação de Editais para noticiar a existência dos bens a possíveis herdeiros, por pelo menos 1 (um) ano → Sentença declaratória de vacância com propriedade resolúvel → Sentença declaratória de vacância com propriedade perpétua, após 5 (cinco) anos.
	Habilitação de herdeiros e legatários: antes do trânsito em julgado da decisão de vacância, é possível ao interessado habilitar-se nos próprios autos. Após o trânsito em julgado, no limite do prazo de 5 (cinco) anos, eventual herdeiro deverá propor uma ação pelo procedimento ordinário para pleitear a herança.
	Herdeiros legítimos ou colaterais até o 4º grau (§ único do art. 1.822 do Código Civil).
	O juiz divulgará a existência da herança (através de edital) e, caso haja algum herdeiro ou legatário, esse se habilitará no procedimento especial de vacância, no qual será verificada a procedência da alegação, com oitiva do Ministério Público.
	Declaração da vacância: é a transferência dos bens do titular da herança, que estavam em posse do curador especial, para o patrimônio do poder público. A declaração de vacância ocorre por meio de sentença, 1 (um) ano após a publicação do primeiro edital.
	Entre 1 (um) ano e 5 (cinco) anos, a propriedade da herança pelo poder público é resolúvel, ou seja, caso apareça algum herdeiro ou usucapiendo, esse fará jus à herança ou ao bem.
	Lembrar: até 1 (um) ano basta o simples requerimento de para integrar o inventário. Após 1 (um) anos, e até 5 (cinco) anos, faz-se necessário a propositura de ação pelo procedimento ordinário, conforme visto acima.
	 Após os 5 (cinco) anos, os bens passam a integrar o patrimônio público definitivamente. E não tem mais o que fazer
	De acordo com o novo CPC, os colaterais não mais sãoexcluídos definitivamente, diferente do que afirma o § único do art. 1.822 (revogado tacitamente). Ler os arts. 738 ao 743 do CPC.
	Abertura simplificada da vacância (art. 1.823 do Código Civil): quando todos os herdeiros renunciarem à herança
	Cobrança de créditos (art. 1.821 do Código Civil).
	Efeitos da Vacância: 
	Transferência dos bens para o poder público (município, DF ou união), a depender da localização dos bens, sendo que inicialmente o poder público titulariza uma propriedade resolúvel (até cinco anos da data da abertura da sucessão).
	Encerra-se a responsabilidade do curador especial.
	O surgimento de herdeiros ou credores não permitirá mais a habilitação no procedimento especial, devendo eles demandarem em ação própria para a obtenção da herança.
	Passados 5 (cinco) anos da abertura da sucessão, os bens se incorporam definitivamente ao patrimônio do poder público (propriedade perpétua).
VIII.	Petição de Herança
	Art. 1.824 ao 1.828 do Código Civil.
	Conceito: é a ação proposta pelo herdeiro legítimo ou testamentário, como a seus sucessores, a título universal ou singular, a fim de pleitear toda ou a parte da herança que lhe caiba ou do legado, acrescidos dos rendimentos e acessórios contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, esteja possuindo os bens.
 
	Objeto:
	Reconhecimento da qualidade de herdeiro do demandante; e
	A restituição da herança ou da parte devida.
	Natureza jurídica: em razão de ser a herança bem imóvel e universal (art. 80, inciso II do Código Civil), a ação de petição de herança possui natureza jurídica de ação real imobiliária.
	Legitimados
	Legitimidade ativa: a ação pode ser ajuizada por herdeiro, coerdeiros, legítimos ou testamentários, pelos sucessores dos herdeiros, pelos substitutos dos herdeiros testamentários.
	A jurisprudência vem admitindo que o cessionário dos direitos hereditários e o credor aceitante da herança nos limites do seu crédito PODEM ajuizar a ação, desde que demonstrem que não fazem jus à condição de herdeiro (objeto “a”).
	Legitimidade passiva: salvo se cumulada com investigatória de paternidade, em que são réus todos os herdeiros do falecido (e não o espólio), é ajuizada em face do herdeiro possuidor que detém a coisa, em face de cessionário que adquiriu a coisa e, ainda, em desfavor do poder público no caso de herança vacante antes dos 5 (cinco) anos.
	§ único do art. 1.826: a partir da citação válida, aquele que está na posse dos bens será considerado possuidor de má-fé, ele será considerado possuidor de má-fé.
	Prescrição da Ação de Petição de Herança: Súmula 149 do STF – O prazo prescricional é de 10 (dez) anos, do art. 205 do Código Civil.
	Termo inicial do prazo prescricional:
	Se o herdeiro já possuía a condição de sucessor reconhecida, o prazo prescricional se inicia no momento da abertura da sucessão.
	Pela teoria da actio nata, quando a qualidade de herdeiro depender do reconhecimento da paternidade, o prazo prescricional somente se inicia a partir do trânsito em julgado de referida ação em que ele toma conhecimento de sua qualidade de herdeiro.
21/03/2019
IX.	SUCESSÃO LEGÍTIMA
	A partir do Código Civil de 2002, os cônjuges foram elevados ao título de herdeiros necessários, passando a concorrer com os descendentes, independente do regime de bens, bem como com os ascendentes. Assim sendo, o códex civil estabelece que a sucessão legítima será deferida na seguinte ordem (art. 1.829 do Código Civil):
	I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal (nesse caso, o cônjuge já faz direito à meação), ou no da separação obrigatória de bens (também há direito à meação, conforme Súmula 377 do STF), ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.
	Art. 1.830: somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente e nem de fato há mais de dois anos, sendo possível prova que a convivência se tornou impossível sem culpa do sobrevivente.
	II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
	III – ao cônjuge sobrevivente;
	IV – aos colaterais.
	A sucessão pode se dar de duas formas:
	Por Direito próprio (por cabeça): quando o sucessor de fato herda o que efetivamente lhe cabe, em seu próprio nome.
	Por Direito de representação (por estirpe): quando o herdeiro recebe o que tocaria ao representado (seria o herdeiro do herdeiro).
	Arts. 1.851 a 1.856 do Código Civil.
28/03/2019 – Aula repositiva + Aula normal
X.	A SUCESSÃO DO CÔNJUGE
	O Código Civil de 2002 trouxe inúmeras inovações à ordem sucessória, elevando o cônjuge ao posto de herdeiro necessário, por exemplo, bem como estatuindo a sua condição de concorrente com os descendentes. Explica-se:
	Herdeiro necessário/Herdeiro único (art. 1.836, 1.845, 1.846 e subsequentes): o herdeiro necessário é aquele que tem direito à herança por força de lei e, por isso, não pode ser dela excluído, com exceção aos casos de indignidade e deserdação. A quota reservada por lei e destinada aos herdeiros necessários é denominada “legítima” e perfaz metade dos bens da herança.
	O Código Civil de 2002 elevou o cônjuge a essa posição, conforme art. 1.845.
		Cônjuge enquanto herdeiro concorrente: com o advento do códex civilista de 2002, o cônjuge deixou de ser excluído da sucessão na presença de descendentes ou ascendentes, isto é, houve alteração na ordem de vocação hereditária de forma a priorizar o cônjuge sobrevivente, uma vez que agora ostenta a mesma qualidade dos descendentes e ascendentes de herdeiro necessário. Em relação aos ascendentes sempre haverá concorrência (inciso II, do art. 1.829), todavia, com relação aos descendentes há ressalvas (inciso I do art. 1.829):
	Concorrem os cônjuges desde que NÃO casados nos regimes de: comunhão universal de bens, separação obrigatória ou comunhão parcial de bens no caso de não haver bens particulares. Isso ocorre em virtude de imposição legal (no caso da separação obrigatória) e por haver meação quanto aos bens nos outros dois regimes. Evita-se a concorrência para que não ocorra a “super herança” pelo cônjuge em detrimento dos descendentes.
			Observação: nos casos de separação obrigatória/legal, em regra, não há concorrência, conforme visto acima, todavia, grande parte da doutrina e algumas jurisprudências já entendem que, havendo prova de esforço comum, poderá o cônjuge ser herdeiro, habilitar e participar da herança.
	Reserva de ¼ da herança benefício previsto ao cônjuge que também seja ascendente dos descendentes, no caso de subsistirem mais de quatro herdeiros (art. 1.832 do Código Civil).
	Havendo somente descendentes do falecido, independentemente do número de herdeiros: todos receberão a mesma quota, em igualdade de quinhões. O cônjuge, nesse caso, costuma ser chamado de “supérstite”.
	Havendo somente descendentes comuns: aplica-se a reserva de ¼ do art. 1.832, se subsistir número total de herdeiros superiores a quatro (se for menor que isso, a reserva é prejudicial ao cônjuge e não é aplicada).
	Havendo filiação híbrida: existem três correntes doutrinárias a respeito dessa situação. 
	A primeira delas afirma que não é possível a reserva, uma vez que a interpretação é restritiva e o dispositivo legal somente menciona sua aplicação na existência de filhos comuns.
	A segunda, por sua vez, entende que deve ser reservado o ¼ normalmente, com base na ideia de que não diferenciação entre a filiação (isonomia entre os filhos).
	A terceira, extremamente criticada por desafiar o princípio da isonomia entre os filhos, sustenta que devem ser formados dois blocos, com divisão por cabeça, um relativo à parcela da herança cabível aos filhos comuns e outro à parte cabível aos filhos exclusivos. Feito isso, propõe-se que seja reservado o ¼ dentro do bloco dos filhos comuns, enquanto os exclusivos recebem por cabeça.
		Culpa mortuária (art. 1.830do Código Civil): a culpa mortuária ainda é prevista, mas sua preocupação gira estritamente em torno do patrimônio no atual Código Civil. O referido instituto conceitua-se pela atribuição de culpa ao cônjuge que deu causa à separação, o que restringe seus direitos, o que será visto no próximo tópico, que trata da sucessão do cônjuge separado de fato.
	Direito real de habitação (art. 1.831 do Código Civil): é garantido ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens e sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação do imóvel destinado à residência da família, dede que seja o único daquela natureza a inventariar (requisitos).
	Acerca do direito real de habitação (arts. 1.414 a 1.416 do Código Civil), imprescindível lembrar: sendo gratuito, como é o caso, o titular não poderá alugar e nem emprestar o imóvel, podendo apenas ocupá-lo com sua respectiva família (personalíssimo); trata-se de direito vitalício; cabe a renúncia pelo cônjuge sobrevivente; e aplicam-se as normas relativas ao usufruto no que couber.
	Existem duas exceções à vitaliciedade, com base no entendimento do Superior Tribunal de Justiça: nos casos em que o cônjuge adquiriu o imóvel com outros irmãos, que não possuem obrigação de garantir o referido direito, e nos casos em que houver relação de maus tratos do cônjuge sobrevivente para com os filhos exclusivos do falecido.
	Peculiaridades da sucessão do cônjuge separado de fato:
	A separação judicial ou o divórcio colocam fim ao direito sucessório por completo. A possibilidade de suceder ocorre somente nos casos em que houver separação de fato, ou seja, quando não houver ocorrido o divórcio, mas o casal não mais coabitar no sentido lato, conforme art. 1830 do Código Civil.
	Nos termos do referido dispositivo, limita-se que, em até 02 (dois) anos, independente de culpa, os cônjuges sucederão um ao outro. 
	Todavia, ultrapassados os 02 (dois) anos, surge a figura da culpa mortuária, vista anteriormente, que consiste na culpa do de cujus pela separação de fato. 
	Assim sendo, para que seja possível a sucessão, após o prazo de 02 (dois anos) de separação de fato, caberá ao cônjuge sobrevivente comprar que a convivência se tornou impossível SEM a sua culpa, ou seja, por culpa exclusiva do falecido.
	O REsp 1.264.478/RS, baseando-se nos incisos do art. 1.573 do Código Civil (ler), solidificou o entendimento jurisprudencial no que se refere às causas/hipóteses que tornam impossível a convivência e, por conseguinte, dão subsídio à separação de fato, qualificando a culpa mortuária.
	Importante lembrar que o divórcio, a partir da Emenda Constitucional nº 66/10, deixou de exigir prazo (02 anos de separação de fato) e justa causa, ou seja, tornou-se um direito potestativo, que pode ser exercido a qualquer momento e sem justificativa prévia.
	Assim sendo, fala-se em culpa mortuária somente para fins sucessórios, em nada afetando o direito de se divorciar. Costuma cair bastante em concursos, uma vez que o Código Civil mantém os dispositivos que tratam do tema, mas eles simplesmente não têm aplicação prática.
	Outro ponto relevante é o fato de que, conforme o § 1º do art. 1.723, a separação judicial ou de fato não é causa de impedimento da constituição de União Estável. 
	Diante disso, questiona-se: como seria a sucessão no caso de cônjuge separado de fato por culpa mortuária do falecido que, por sua vez, possui companheiro, não havendo ascendente ou descendente do de cujus? 
	A Lei não prevê a concorrência do companheiro com o cônjuge separado de fato, o que torna nebulosa a solução da situação. Todavia, o Superior Tribunal de Justiça vem entendendo que os direitos do companheiro e do cônjuge são semelhantes, de forma que haverá concorrência entre eles e cada um receberá a metade nesse caso.
XI.	A SUCESSÃO DOS COMPANHEIROS
	O Recurso Extraordinário 878.694/MG (Tema 809) considerou inconstitucional o art. 1.790 do Código Civil, de forma que o regramento previsto nos incisos, quantificador das quotas, não possui mais vez no ordenamento jurídico. Deve-se tomar cuidado porque não houve revogação do dispositivo, ou seja, ele continua lá, tendo sido declarada a sua inconstitucionalidade e, por conseguinte, inaplicabilidade na prática.
	Dessa forma, a sucessão dos companheiros operar-se-á da mesma forma que a do cônjuge (regime jurídico estabelecido no art. 1.829 do Código Civil), não havendo que se falar em qualquer espécie de dedução do quinhão nos casos de concorrência.
	Tese fixada no RExt: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros, prevista no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002.”
	A sucessão dos companheiros homoafetivos, em teoria, deve seguir o mesmo padrão determinado no RExt. Ainda não há posicionamento firmado nesse sentido, mas acredita-se que não haverá oposição ou ressalvas do STF/STJ nesses casos.
XII.	SUCESSÃO NA LINHA COLATERAL
	Parentesco ocorre até o 4º grau, nos termos do Código Civil. No direito sucessório, a sucessão vai até esse limite, de acordo com a ordem de vocação hereditária (art. 1.831, incisos, do Código Civil), de forma que, não havendo ninguém até o 4º grau, o município poderá litigar pela sucessão
	Importante rememorar que a linha colateral começa no 2º grau, pelo irmão.
30/03/2019 + 06/04/2019
XIII.	SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
	Testamento conjuntivo: decorre de ato personalíssimo do testamento e ocorre quando é feito de forma conjunta em uma mesma cédula/cártula testamentária, na qual os indivíduos disporão acerca do testamento. 
	Trata-se de modalidade EXPRESSAMENTE PROIBIDA pela Lei (art. 1.863 do Código Civil).
	Não confundir testamento conjuntivo com:
	Simultâneo: quando duas partes desejam beneficiar uma mesma terceira pessoa, na mesma cédula (também é vedado, pois configuraria uma “submodalidade” de testamento conjuntivo).
	Sucessivo: quando duas pessoas se beneficiam em um mesmo testamento, ou seja, subsistem benefícios comuns (totalmente possível).
	Correspectivo: além de benefícios comuns, eles são proporcionalmente idênticos (também possível).
	Formalidades do testamento – Princípio da continuação/conservação dos contratos: conforme visto, há algumas modalidades de testamento que exigem solenidade específica para o ato, como por exemplo o testamento público que precisa ser assinado pelo notário. Nos termos do art. 109 do Código Civil, a previsão de determinada formalidade/solenidade gera a sua condição de essência do ato, que será invalidado no caso de descumprimento. 
o	Diante do quadro acima, apresenta-se o princípio da continuação/conservação dos contratos, que busca justamente valorar mais o conteúdo interno que o externo (solenidade/formalidade). Com a incidência desse princípio, o desrespeito a alguma das formalidades não gera a invalidade imediata do testamento (primazia do conteúdo sobre a forma).
o	O Código Civil, aderindo essa teoria, previu formas de “reparo” ou “aproveitamento da parte válida” do testamento que, porventura, não tenha observado alguma formalidade, sendo elas:
	Retificação ou convalescimento: possível diante de uma anulabilidade, ou seja, um vício possível de ser consertado (art. 172 do Código Civil).
	Redução da invalidade: nos termos do art. 184 do Código Civil, aproveita-se a parte válida da disposição. Um exemplo seria o caso do pai que testa 70% do seu patrimônio em favor de alguém, sem observar seus herdeiros necessários (o que limita o disponível a 50%). Nesse caso, aplica-se a disposição legal (reserva de 50% ao herdeiro necessário) e aproveita parte do testamento, entregando os outros 50% de acordo com a vontade do testador.
	Recategorização ou conversão substancial do negócio jurídico: se a manifestação de vontade do testador for válida, mas não se encaixar em uma disposição efetivamente testamentária ou não apresentar as formalidades necessárias, é possível a conversãoem outro instrumento jurídico capaz de receber essa manifestação. Um exemplo dessa situação é a conversão de testamento em doação, para resguardar a autonomia privada.
	O REsp nº 302.767 firmou entendimento no sentido de que o conteúdo deve prevalecer sobre a forma, bem como inovou com a tese de que, ainda que o testamento seja absolutamente inválido, caos haja reconhecimento de filiação nele, essa parte DEVERÁ ser aproveitada.
	Cláusula derrogatória: consiste em uma cláusula de renúncia ao direito de revogar o testamento. É nula de pleno direito, seja total ou parcial, uma vez que na maioria dos cenários nos quais a parte renuncia ao direito de mudar o testamento o que está ocorrendo é um vício de consentimento (alguém forçando o testador a testar naqueles termos).
	A proibição do pacto sucessório/da partilha em vida: o testamento não pode dispor de herança de pessoa viva, por expressa vedação do art. 426 c/c 166, inciso II, que determinam que não pode ser objeto de negócio jurídico de qualquer natureza a herança de pessoa viva. 
O	“Pacto sucessório” é a denominação que se dá ao negócio jurídico bilateral que delibera sobre a herança de pessoa viva, com consentimento dos herdeiros e/ou legatários, o que é vedado no ordenamento jurídico brasileiro, conforme visto acima.
O	A “partilha em vida”, por sua vez, é instituto completamente diferente e PERMITIDO pelo ordenamento jurídico brasileiro, conforme art. 2.018 do Código Civil. Nesse caso, o que ocorre é a partilha em vida (ato inter vivos), visando dispensar futuro inventário, o que se materializa através de um contrato de doação (adiantamento de herança).
	O principal limite desse instituto é o art. 548 do Código Civil, que determina que o doador não pode doar de forma a comprometer a sua dignidade ou subsistência (usufruto é sempre uma boa saída), bem como a obrigação de respeito à legítima dos herdeiros necessários.
	Se o herdeiro necessário, conhecido, for preterido na partilha em vida, ela é considerada inválida, uma vez que desrespeita a legítima.
	Se o herdeiro necessário surgir após a partilha em vida, ela será válida, mas não produzirá efeitos em relação a ele, sendo ineficaz somente quando ao novo herdeiro necessário.
	Da capacidade para testar:
O	Noções gerais: à capacidade de testar não interessa apenas a capacidade civil plena, mas sim a legitimidade para tanto, ou seja, uma capacidade e condição específica de exprimir vontade. Assim sendo, a regra é a presença da legitimidade e possibilidade de expressão de vontade.
	Cuidado: Pessoas com deficiência podem sim testar, depois do advento do 	Estatuto do Deficiente, desde que seja capaz de exprimir sua vontade com 	sanidade. Curatelados seguem a mesma lógica.
O 	Pessoas que podem testar (capacidade testamentária ativa): arts. 1.857, 1.858 e 1.860 do Código Civil e arts. 84 e 85 do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) indicam as pessoas que podem testar, sendo EXCLUÍDOS somente:
	Os incapazes juridicamente: absolutamente incapazes (pessoas menores de 16 	anos apenas) e relativamente incapazes, com as seguintes exceções:
	Pessoas entre 16 e 18 anos podem testar.
	Pródigos, uma vez que quando da sua morte seu patrimônio não mais 	correrá o risco da condição de pródigo do detentor.
	Ébrios habituais e viciados em tóxicos, uma vez que a Lei não valorizou 	os intervalos de lucidez, o que prescinde uma análise do caso concreto, 	não sendo possível reputar inválido de imediato o testamento.
	Aqueles que não dispuserem de pleno discernimento: com o advento do EDP, 	só serão considerados absolutamente incapazes aqueles que não puderem 	exprimir validamente a sua vontade, não sendo qualquer outra característica 	capaz de reputar alguém nessa categoria (além da idade, claro). Assim sendo, 	é necessário cuidado na análise do tópico acima, já que apesar das 3 (três) 	exceções delimitadas, em verdade, nenhum dos relativamente incapazes se 	encontra definitivamente excluído de testar.
	Momento de aferição da capacidade testamentária ativa: tempus regit actum – ou seja, afere-se a 	capacidade no momento da elaboração do testamento.
O	Se a pessoa foi considerada incapaz quando da feitura do testamento e, posteriormente, tornou-se capaz, é possível aproveitar o testamento com base no princípio da continuação/conservação dos contratos? NÃO, uma vez que a ratificação só tem lugar para questões de anulabilidade e, neste caso, estamos diante de ato nulo (vício de capacidade).
	A capacidade testamentária passiva: a legitimação para suceder é aferida ou apreciada no 	momento da abertura da sucessão, e diz respeito àqueles que podem figurar como sucessores 	em 	um testamento, demonstrando ter aptidão para ser herdeiro ou legatário. 
O	Na regra da sucessão, quem pode suceder são as pessoas nascidas ou já concebidas, mas no que tange à legitimação passiva testamentária, há uma regra complementar: “a prole eventual, pessoa jurídica ou fundações que serão criadas, terão legitimação da sucessão legítima, tendo capacidade testamentária passiva”.
o	Assim sendo, aplica-se à sucessão testamentária as duas regras: legitimação para suceder das pessoas nascidas ou já concebidas (art. 1.798 do Código Civil) + legitimação sucessória complementar da prole eventual, pessoas jurídicas já existentes e daquelas a serem constituídos com patrimônio transmitido/fundações (art. 1.799 do Código Civil).
o 	As pessoas listadas nos arts. 1.801 e 1.802 NÃO PODEM RECEBER TESTAMENTO.
11/04/2019
13/04/2019
	Formas de testamento são taxativas, previstas em Lei.
	Comuns ou ordinárias: são aqueles testamentos elaborados em circunstâncias regulares, nas quais inexiste um evento específico que possa comprometer a declaração de vontade do testador.
	Público ou aberto (Art. 1.864 a 1.867 do Código Civil): é a modalidade de disposição de última vontade lavrada em conformidade com as declarações do testador perante uma autoridade pública (o tabelião de notas ou seu substituto legal – art. 164, inciso I, bem como as autoridades brasileiras consulares fora do território nacional – art. 18 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
	É considerado como o testamento mais seguro, uma vez que fica registrado em cartório, bem como ocorre mediante o cumprimento do maior número de formalidades.
	A pessoa analfabeta, cega, surda (considerando que sejam aptos a falar) ou que por algum motivo não possa assinar tem que testar OBRIGATORIAMENTE nessa modalidade, por expressa previsão legal.
	Os surdos-mudos, por outro lado, estão impedidos de testar pela forma pública, uma vez que não podem falar e a oralidade é elemento essencial dessa forma de testamento.
	É uma to público ao qual, todavia, só será dado publicidade após a morte do testador, uma vez que só a partir de então que passará a surtir efeitos. 
	Existem tabeliães que entendem que, por ser público, pode ser entregue a quem solicitar (cópia) para eventual insurgência. 
	Outros, por sua vez, não permitem a entrega de cópia a terceiro em nenhuma circunstância, somente após a abertura da sucessão, por ser a partir desta data que o testamento produzirá seus efeitos.
	Observação: o Oficial de Notas é OBRIGADO a comunicar a lavratura do testamento público ao oficial de registro de distribuição designado pela respectiva organização judiciária do Estado (CENSEC).
	Requisitos: 
	Declaração expressa do testador em língua nacional (art. 13 da Constituição Federal + § 3ºdo art. 215 do Código Civil)
	Testamento público é feito mediante escritura pública, ou seja, deve seguir as disposições legais desse documento.
	Perante autoridade pública (aquelas já faladas).
	Notário competente.
	Duas testemunhas 
	Princípio da unidade/unicidade do testamento: diz respeito à cronologia dos atos para lavratura do testamento. É necessária a presença de todos os envolvidos durante o ato, contínua e simultaneamente (testador, testemunhas e tabelião) Ou seja, devem estar presentes da manifestação de vontade, da leitura do ato à lavratura do testamentoseguida das assinaturas.
	A função principal da testemunha é garantir que não tenha ocorrido intervenção ou influência do notário na livre declaração de vontade do testador.
	Lavratura ou redação do ato em livro de notas
	Procedimento: art. 757 e 758 do Código de Processo Civil.
	Cerrado (Art. 1.868 a 18.75 do Código Civil)
	Também denominado secreto ou místico, é aquele lavrado e assinado pelo próprio testador ou por alguém a seu rogo, desde que saiba ler e assine, em qualquer língua (não é uma escritura pública) e complementado por instrumento lavrado por oficial público, na presença de duas testemunhas, confirmando sua autenticidade.
	O testador faz o testamento, em segredo, sozinho. Com isso, levará o documento ao cartório de notas para que, na presença de duas testemunhas, seja comprovada a entrega do testamento, bem como que seja lacrado (cerrado).
	Os surdos-mudos poderão fazer testamento cerrado desde que o escreva e o assine de próprio punho e que, ao entregá-lo ao tabelião, na presença de duas testemunhas, escreva na face externa do papel ou do envoltório, que aquele é o seu testamento cuja aprovação lhe pede.
	Requisitos:
	Escrito pelo testador ou por terceiro a seu rogo.
	Entrega do testamento ou cédula testamentária em qualquer língua.
	Se escrito em língua estrangeira, quando da abertura pelo juiz, será necessária a tradução por tradutor juramentado.
	Duas testemunhas instrumentárias (somente conferem a realização do ato, mas não do conteúdo).
	O testador tem que declarar que aquele é o seu testamento, em documento externo (ou na capa).
	Lavratura do auto de aprovação e leitura deste pelo notário.
	CUIDADO: a leitura é do AUTO DE APROVAÇÃO e não do TESTAMENTO.
	Assinatura do notário, das testemunhas e do testador no auto de aprovação.
	Por fim, o notário vai lacrar (serrar/cozer/costurar) o testamento e o armazenará com o devido zelo.
	Abertura em juízo, especificamente pelo juiz, sem qualquer exceção. 
	Particular (Art. 1.876 a 1.880 do Código Civil)
	Também denominado hológrafo, é aquele escrito e assinado pelo próprio testador ou mediante processo mecânico, desde que não contenha rasuras ou espaços em branco para evitar fraudes, e lido perante pelo menos três testemunhas, que também o assinam. 
	Requisitos:
	Escrito e assinado pelo próprio testador.
	Leitura do testamento pelo testador na presença de três testemunhas, em todas as folhas, se por processo mecânico, para comprovar a veracidade de todas elas, evitando que sejam substituídas ou incluídas folhas diversas.
	Ao menos uma das testemunhas deve estar viva para confirmar a veracidade quando da abertura.
	Procedimento: art. 733 do Código de Processo Civil
	Particular excepcional (Art. 1.879 do Código Civil): 
	Aquele escrito de próprio punho pelo testado assinado sem a presença de testemunhas, em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula pelo testador.
	Não existe previsão de caducidade por ser o testamento particular simplificado uma forma ordinária de testar, assim como o testamento militar cerrado, que produzirá todos os efeitos após confirmação judicial.
	Traduzindo: a pessoa não morreu na hora que achou que ia lá, mas o testamento em si permanece válido.
	O testamento, em regra, é solene. Todavia, no caso do excepcional, dispensa-se a formalidade da presença de testemunhas.
25/04/2019
		Formas Especiais de testamento
	Testamento marítimo: é um testamento excepcional feito por quem estiver a bordo de navio nacional de guerra ou mercante.
	Observação: se o navio estiver atracado, não é possível testar na forma especial.
	Testamento aeronáutico: é o testamento especial, celebrado por quem estiver em viagem a bordo de aeronave militar ou comercial.
	Atenção: Caducidade (Art. 1.891 do Código Civil) – Prazo de 90 (noventa) dias para fazer a conversão do testamento especial em uma das formas ordinária, sob pena de perda da eficácia do testamento.
	“Assim que o testador chegar em terra firme, ele terá o prazo de 90 (noventa) dias para converter o testamento especial em uma das formas ordinárias, sob pena de perda da eficácia do testamento especial”.
	Requisitos do testamento público marítimo ou aeronáutico
	Declaração de vontade do testador, que ditará as disposições testamentárias para a autoridade competente.
	Autoridade competente: comandante do navio ou da aeronave ou a pessoa que estas funções (lavrar o testamento) forem atribuídas.
	Testemunhas: 2 (duas) idôneas, assim como no público ordinário.
	Registro no diário de bordo: lançamento das declarações do testador.
	Assinatura por todos os presentes no instrumento de aprovação.
	Assinatura a rogo é possível, sendo feita por uma testemunha, o que levará ao aumento do número de testemunhas para 3 (=1).
	Requisitos do testamento cerrado marítimo ou aeronáutico
	Declaração de vontade do testador, de próprio punho ou a rogo, caso em que o testador deve declarar expressamente no envoltório tal fato e entregá-lo à autoridade competente para autenticação.
	Assinaturas de todos no instrumento de aprovação.
	Guarda do testamento: uma vez finalizado o testamento, ele será guardado pela autoridade competente que, na primeira oportunidade que tiver, deverá entregá-lo à autoridade administrativa do porto ou aeroporto nacional, mediante recibo no diário de bordo (é depositário fiel).
	Requisitos do testamento público militar: é o testamento feito por militares e pessoas a serviço das forças armadas (qualquer civil), em campanha dentro do paí sou fora dele, bem como em praça sitiada ou com as comunicações cortadas, ferido ou em combate.
	Declaração de vontade do testador, que pode ser militar ou qualquer civil a serviço das forças armadas.
	Pode ser feito a rogo também, por uma das testemunhas.
	Autoridade competente: comandante, oficial substituto ou, ainda, oficial de saúde ou diretor do hospital quando o testador estiver internado, devendo a redação constar em livro próprio nesse último caso.
	Testemunhas: 2 (duas) testemunhas devem presenciar todo o ato.
	Caso uma das testemunhas tenha assinado o testamento a rogo, serão necessárias três testemunhas.
	Assinatura de todos os presentes no instrumento de aprovação.
	Caducidade: na primeira oportunidade que o testador tiver, ele deve converter esse testamento em uma das formas de testamento ordinário, sob pena de perda superveniente da eficácia do testamento.
	Requisitos do testamento cerrado militar (art. 1.894 do Código Civil):
	Declaração de vontade de próprio punho pelo testador.
	NÃO PODE SER ESCRITO A ROGO.
	Autoridade competente: o testamento deverá ser entregue aberto ou fechado ao comandante.
	Autenticação e auto de afirmação: verificação da data e da autenticidade do testamento.
	Entrega do testamento ao testador: o comandante lacra, convalida e entrega o documento ao testador para que esse leve à autoridade competente em terra.
	Não incidência de caducidade (parte final do art. 1.895 do Código Civil)
27/04/2019
			Requisitos do testamento nuncupativo militar, também denominado “in extremas” ou em iminente risco de vida” é a única modalidade de testamento que admite a forma verbal.
	O testador deve estar ferido ou em combate, de forma que impossibilite a adoção de qualquer outro tipo de testamento.
	Duas testemunhas que, assim que possível, deverão reduzir a termo o testamento do testador.
	As testemunhas deverão assinar, datar o documento (redução do teor do testamento a termo) e levá-lo à presença do comandante ou auditor responsável.
	Vindo a óbito o testador, o testamento deverá ser confirmado (homologado) judicialmente.
	Caducidade: 90 (noventa) dias para conversão do testamento nas formas ordinária, sob pena de perda de eficácia.
	Codicilos (pequeno código)
	Conceito: é negócio unilateral de última vontade, sendo o ato simplificado escrito, datado e assinado pela própria pessoa capaz de testar.
	Objeto do codicilo:
	Disposições sobre o enterro do codicilante.
	Esmolas depequena monta (o conceito será aferido conforme patrimônio do codicilante)
	Legar móveis, roupar e joias de pequeno valor de seu uso pessoal.
	Nomear ou substituir testamenteiro
	Ordenar as despesas de interseção religiosa
	Características do codicilo
	Não pode ser a rogo, ou seja, tem que ser escrito pelo próprio codicilante
	Autonomia com relação ao testamento
	Possibilidade de convivência simultânea de codicilio e testamento
	Revogação é possível por outro codicilo ou por outro testamento
	Zeno Veloso entende que codicilo pode revogar testamento a depender do objeto. Uma coisa é certa, o testamento é mais amplo e por isso pode revogar o codicilo no todo ou em parte. Já o codicilo, só pode revogar o testamento em parte e limitado às questões patrimoniais e aquelas próprias do codicilo.
	Homologação judicial: assim como todos os outros tipos, precisa de homologação judicial.
	Disposições testamentárias em geral ou cláusulas testamentárias
	Conceito: são declarações unilaterais de vontade respeitantes aos elementos intrínsecos do testamento (internos), sendo elas: objeto, conteúdo, nomeação/instituição de herdeiros ou legatários.
	Princípios regentes (observância obrigatória)
	Animais e/ou coisas: impossibilidade de o testador beneficiar diretamente animais e/ou coisas.
	Declaração unilateral expressa: o testamento deve ser escrito.
	Nomeação decorre do testamento: a nomeação de herdeiros ou legatários deve decorrer diretamente do testamento. Este princípio será relativizado quando, apesar da clareza e da certeza da nomeação for necessário recurso externo para elucidar o beneficiado.
	Determinação dos herdeiros e/ou legatários: o testador deve designar determinada pessoa ou pessoas que receberão a deixa testamentária, o que não impede a nomeação de herdeiro determinável.
	Exemplos de herdeiro determinável: prole eventual, fideicomisso e nomeações condicionais. 
	Modalidades de nomeação de herdeiros e/ou legatários (art. 1.897 do Código Civil)
	Puro e simples
	Condição
	Suspensiva: efeito é ex tunc.
	Se o beneficiário falecer ANTES do implemento da condição, os bens não poderão ser passados ao herdeiro do beneficiário, uma vez que ele não tinha o direito subjetivo sobre a coisa, mas mera expectativa de direito. O bem seguirá a ordem de vocação hereditária.
	Possível a tomada de atos conservatórios do direito.
	Resolutiva: tem, por fim, extinguir o direito criado com o advento da condição. Ou seja, na condição resolutiva o ato deixa de produzir efeitos com o referido advento, resolvendo-se a partir de então (efeito ex nunc).
	O não implemento da condição resolutiva, gera o entendimento da modalidade como pura e simples desde o seu início, desde que não haja intuito de fraudar terceiros.
	Se o beneficiário falecer ANTES dos implementos da condição, os bens serão passados aos seus herdeiros.
	Nomeação com encargo/Nomeação modal/”Caução Murciana”
	 Neste caso, o beneficiário terá que cumprir uma contraprestação, devendo portanto aceitar o encargo, que não suspende a eficácia do negócio jurídico, exceto se conjugado com uma condição suspensiva.
	Falecimento antes do cumprimento do encargo: o bem vai para os herdeiros normalmente, da mesma forma.
	Nomeação com certo motivo: em regra, não há a necessidade de se justificar as razões pela indicação do herdeiro ou legatário, a menos que seja da substância do ato.
	Se provada a falsidade do motivo ou erro de pessoa, posteriormente, a disposição não prevalecerá em face desta
	Nomeação a termo: não pode ser feita, em regra, exceto no caso de fideicomisso (substituições fideicomissárias). A disposição nesse sentido não é nula, mas simplesmente considerada como não escrita.
	Cláusula derrogatória ou derrogativa: impede a revogação do testamento, sendo, portanto, nula de pleno direito.
02/05/2019
	Cláusulas restritivas
	Conceito: são limitações ou restrições impostas À herança ou ao legado pelo testador, que não permitirão o livre exercício dos poderes dominiais e do direito de propriedade.
	Modalidades:
	Inalienabilidade: 
	Não pode ser absoluta, uma vez que o Código Civil não admite (parágrafo único do art. 1.911 prevê hipóteses de sub-rogação):
	Desapropriação: gera aquisição originária, ou seja, independente da existência da cláusula de inalienabilidade, a desapropriação ocorrerá;
	IPTU e ITR podem gerar a perda do bem para eventual pagamento da dívida inadimplida, independentemente da existência da cláusula, uma vez que são obrigações propter rem.
	Extinção do condomínio em que o bem clausulado fazia parte (Art. 1.320 e 1.322): sem e tratando de bem indivisível, a partilha das quotas-parte só será possível coma venda e assim será operado.
	Quando a venda for conveniente e economicamente vantajosa para o herdeiro, a sub-rogação se fará apenas na parte correspondente ao imóvel clausulado.
	A presença desta cláusula presume, de forma absoluta, a presença das outras duas (estudadas abaixo), mas o contrário não ocorre (cuidado com a pegadinha) – Sumula 49 do STF.
	Incomunicabilidade:
	Independente do regime de bens escolhido, o patrimônio não se comunicará entre os cônjuges.
	Impenhorabilidade:
	O bem não pode sofrer penhoras decorrentes de processo em que o titular da herança ou legado seja devedor.
	Pode ser absoluta, relativa e temporária (no máximo vitalícia, nesta última modalidade).
	Impede a penhora dos bens, mas não dos frutos! (Importantíssimo).
09/05/2019
XIV.	Dos legados
	De coisa singularizada (Art. 1.916 do Código Civil)
	Neste tipo de legado, o testador individua, nomeia e determina a coisa,. A especificação em suas características individuais e somente valerá se, quando da abertura da sucessão, existir ainda que parcialmente.
	Legado de coisa localizada (art. 1.917 do Código Civil)
	Quando o legante determinar um lugar em que a coisa ou quantidade deva ser retirada. É necessário que a coisa ou quantidade atribuída esteja na localidade de forma contínua assim, ocorrendo mudanças constantes das coisas, as quais variam na espécia e quantidade, nenhum direito fica assegurado ao legatário, em regra.
	O deslocamento temporário e justificado não desnatura essa modalidade de legado.
	Legado de crédito (art. 1.918, § 1º e § 2º do Código Civil)
	Testador transfere um crédito, ao legatário, que deverá recebê-lo de uma terceira pessoa. 
	O legado de crédito é pro soluto e não pro solvendo.
	Legado de quitação de dívida (art. 1.918)
	O legado consiste na quitação de dívidas que o legatário possuía para com o testador. Considera-se remida apenas a dívida existente quando da confecção do testamento ou a ele anteriores, em regra (não se perdoa o que não existe).
	Legado de dívida do testador:
	Nesta espécie de legado, encarrega o testador alguém (que pode ser o testamenteiro, legatário ou até o herdeiro), a incumbência de quitar uma dívida sua para com terceira pessoa, para com o próprio legatário ou para quitar dívida de outrem.
	O legado de dívida não é bem um legado, é um encargo e, assim sendo, não pode ser deixado sozinho., uma vez que não apresenta nenhum benefício para o legatário. É imprescindível que o legado de dívida seja acompanhado de algum outro, que de fato beneficie o legatário.
	Legado compensatório de dívida
	Compensa dívidas e não pode ser de 100% de compensação, porque se não a pessoa sai com absolutamente nadinha e aí é meio que sem tempo irmão.
	Legado de alimentos (art. 1.921 do Código Civil)
	Admite-se o legado de alimentos, que pode ser inclusive por meio de bens, que não necessariamente dinheiro, para o sustento de uma pessoa. São prestações periódicas que serão entregues ao legatário com as forças da herança, respeitada a legítima dos herdeiros necessários.
	Alimentos são pagos com a força da herança e, se tiverem herdeiros necessários, com a parte disponível.
	Se o legante não tiver estabelecido o quantum, este será fixado pelo juiz tendo em vista o binômio necessidade versus possibilidade, conforme determinao direito civil.
	Lembrando que os alimentos são irrenunciáveis.
	Legado de usufruto (art. 1.921 do Código Civil)
	Nessa modalidade, o legado é o direito real de usufruto sobre determinado bem.
	Acerca do prazo, rememora-se: nos casos de pessoas físicas, se não estabelecido limite, o usufruto é vitalícios. Nos casos de pessoas jurídicas, o prazo máximo é de 30 (trinta) anos.
	Todos os direitos reais se sujeitam ao legado de usufruto.
	Legado de imóvel (art. 1.921 do Código Civil)
	Quando o testador atribui, mediante testamento, um imóvel ao legatário, as novas aquisições levadas a efeito pelo testador, contíguas ou não, ao imóvel legado, após a confecção do testamento, não aderem ao legado, salvo expressa disposição do testador.
	Caso o testador tenha realizado benfeitorias após a elaboração do testamento, o legatário fará jus a elas em razão do princípio da gravitação jurídica.
	Se as benfeitorias forem feitas após a abertura da sucessão, de boa-fé, deve o legatário indenizar os herdeiros, nos casos das necessárias e úteis.
	Caducidade dos legados (Art. 1.939 e 1940).
25/05/2019
	Do direito de acrescer entre herdeiros e legatários
	Hipóteses de não recebimento de herança ou legado.
	Fundamento do direito de acrescer: o legislador, com o direito de acrescer, cria uma espécie de solidariedade entre os beneficiários.
	Condições para que ocorra o direito de acrescer
	Instituição conjunta do mesmo bem para um herdeiro ou legatário, sem que se determine a parte que cabe a cada um
	Não ocorre o direito de acrescer
	Se o testador determinar a quota-parte de cada um dos contemplados
	O beneficiário do acréscimo não poderá repudiá-lo separadamente da herança ou legado, exceto se houver algum encargo especial que ele não possa cumprir.
	Usufruto
	No caso de usufruto simultâneo (conjunto), a parte daquele que não puder ou não quiser a contemplação será acrescida a do outro. Todavia, caso o testador tenha determinado o percentual de cada um dos usufrutuários, a parte do que repudiar ou não puder aceitar será incorporada pelo nuproprietário (consolidação da propriedade).
XV.	Substituições
	Conceito: são indicações feitas pelo testador, em testamento, para que outrem recolha a herança ou legado na falta ou depois de outra pessoa, nomeada em primeiro lugar em razão de alguma circunstância relacionada à impossibilidade de aquisição da herança ou do legado pela primeira instituída ou em caso de implementos de condição ou termo.
	Espécies de substituições
	Substituição vulgar ordinária ou direta
	Conceito: ocorre somente quando o herdeiro ou legatário nomeado primeiro não quiser ou não puder herdar e pode haver sucessivas substituições nesta espécie.
	Modalidades
	Recíproca: quando os nomeados se substituem mutuamente.
	Recíproca simples (singular): pode fazer várias substituições.
	Recíproca geral: quando o testador determinar a substituição envolvendo todos os herdeiros ou legatários.
	Recíproca particular: quando o testador determinar a substituição envolvendo apenas alguns dos herdeiros ou legatários para substituir os outros.
	Simples ou singularizada: um só nomeado e um só substituto.
	Coletiva ou plural: quando substitui-se muitas pessoas 
	Efeitos da substituição vulgar
	Manutenção dos indicados
	Inclusão de não herdeiro ou não legatários
	Compendiosa
	Fideicomisso
	Finalidade
	Propriedade resolúvel do fiduciário
	Morte do fiduciário antes de verificada a condição
	Extinção do fideicomisso
	Nulidade
	Caducidade

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