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Resenha Como educar crianças feministas

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	Universidade Federal Fluminense – UFF
Faculdade de Educação – Curso de Pedagogia
Disciplina: Filosofia da Educação II
Docente: Prof. Fernando de Sá Moreira
Discente: Victória Carolina Santos Frizieiro
Período: 2° Período	Turno: Noturno	Data: 01/11/2018
RESENHA DO LIVRO: PARA EDUCAR CRIANÇAS FEMINISTAS
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. Para educar crianças feministas: um manifesto. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. 
 Para educar crianças feministas: um manifesto, foi escrito por Chamamanda Ngozi Adichie, no entanto, em um primeiro momento, apenas como conselhos para uma amiga de infância que ao ficar grávida, pediu dicas sobre como educar uma criança feminista. Chamamanda, que ainda não tinha tido filhos quando escreveu, pensou que seria uma tarefa imensa, mas não recusou-se à tentar, visto que sempre se manifestara publicamente como mulher feminista. Por esse motivo, escreveu uma carta à sua amiga, com 15 sugestões que acreditava serem úteis à esse propósito. O livro é uma versão com algumas alterações desta carta. 
 A autora discorre ao longo do livro sobre o feminismo e suas principais questões à partir da premissa que não existem regras para o feminismo e que, para ela, ele tem que ser analisado perante o contexto da situação. Dessa maneira, utiliza duas do que ela chama de “Ferramentas feministas” como ponto de partida para suas observações. 
 Nesse sentido, nota-se ao longo da leitura que manifestações biológicas, sociais, culturais e econômicas que auxiliam a manutenção da misoginia, são criticadas e desconstruídas pela autora de maneira didática e informal, com exemplos simples, mas que tornam a compreensão de termos como papéis de gênero, misoginia, patriarcado e feminismo leve, menos densa e, por isso, o livro deveria ser visto como um instrumento para a transformação de um quadro social em que estes conceitos são deturpados e polemizados. 
 Além disso, em sua décima sugestão, a autora abordou uma contradição que é de demasiada importância para a retirada de um esteriótipo que tem-se perante mulheres feministas: a aparência. O porquê de feminilidade e feminismo não serem mutuamente excludentes. E, por qual razão, é misógino sugerir isto.
 Portanto, o livro torna-se importante para qualquer pessoa, meninos e meninas, crianças e adultos, de qualquer raça, classe e cor, profundos conhecedores do feminismo ou não, haja vista que apesar de ter sido escrito com um propósito, causa reflexões de necessidade expressiva para que a desconstrução de padrões seja feita e para que a construção de novos pensamentos acerca destes conceitos ocorra perante os argumentos apresentados e discutidos pela autora.

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