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DIR PENAL - CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL - ART 215 215A

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Malu Chaves 
Instagram @chavsdodireito 
DATA: 18/03/2021 
 
DIREITO PENAL 
CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
 
ARTIGO 215 CP – Violação Sexual Mediante Fraude 
ARTIGO 215-A – Importunação Sexual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ ARTIGO 215 
 
1. Núcleos: 
 
TER – conseguir, obter conjunção carnal. 
PRATICAR – realizar, executar, efetivar ato libidinoso. 
 
2. Fraude: artificio ou ardil do qual se vale o agente para lubridiar a vítima, afetando a livre 
manifestação de sua vontade. 
 
 OBS.: se a fraude causar completamente o discernimento da vítima terá o estupro de 
vulnerável. 
 
a) Conjunção carnal – relação hetero – crime próprio 
 
3. Outro meio: analogia (bebidas alcóolicas, rupinol...) 
 
OBS.: comportamento da vítima é passivo 
 
 
 
 
Artigo 215 TER conjunção carnal ou PRATICAR outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude 
ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: 
 
Pena: Reclusão de 2 a 6 anos 
 
Parágrafo único- Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também 
multa. 
 
Artigo 215-A PRATICAR contra alguém e SEM A SUA ANUÊNCIA ato libidinoso com o objetivo o 
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros: 
 
Pena: Reclusão de 1 a 5 anos, se o ato não constituir crime mais grave 
Malu Chaves 
Instagram @chavsdodireito 
DATA: 18/03/2021 
 
➢ ARTIGO 215-A 
 
1. Núcleo: 
 
PRATICAR – realizar, executar, efetuar 
 
OBS.: pessoa determinada – caso contrário será ato obsceno 
 
2. Sujeito: qualquer pessoa – crime comum 
 
3. Objetividade jurídica ou bem tutelado: liberdade sexual 
 
4. Objeto material: pessoa que recai em conduta do agente 
 
 *DOLO – não admite culpa 
 
5. Tipo Penal: elemento subjetivo do agente – subsidiária expressa 
 
6. Consumação: pratica do ato obsceno 
 
7. Tentativa: em tese admite tentativa, embora seja de difícil constatação 
 
8. Ação Penal Pública Incondicionada. 
 
OBSERVAÇÕES 
Stealthing: consiste na retirada do preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento 
da outra pessoa, pode caracterizar o crime de violação sexual mediante fraude. 
O ato pune a conduta de ter relação íntima com alguém, por meio de engano ou ato que 
dificulte a manifestação de vontade da vítima. 
“O autor desse crime leva a vítima a acreditar que está em um ato sexual seguro, mas de 
maneira escondida ou camuflada, retira o preservativo e passa a praticar ato em 
desconformidade com a vontade da vítima. Cabe ressaltar que mesmo que a o início da relação 
tenha sido consentido, a partir do momento em que há a falta de consentimento a conduta 
pode ser caracterizada como crime de estupro.” TJ-DF 
SUGESTÃO DE LEITURA 
Artigos 215 e 215-A CP 
 
Bons Estudos! 
Malu Chaves 😊

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