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Mentoria OAB - Inquérito Policial

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I N Q U É R I T O
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P R I N C I P A I S A R T I G O S
S Ú M U L A S
4 º , 5 º , 6 º , 7 º , 9 º . 1 0 , 1 3 - A , 1 3 -
B , 1 6 , 1 7 , 1 8 , 1 9 , 2 0
S ú m u l a v i n c u l a n t e 1 4 – S T F
S ú m u l a 5 2 4 – S T F
S ú m u l a 5 9 4 – S T F
A T E N Ç Ã O P A R A A S A L T E R A Ç Õ E S L E G I S L A T I V A S D A L E I
1 3 . 9 6 4 / 2 0 1 9 ( P A C O T E A N T I C R I M E )
I M P O R T A N T E : 
S a b e r q u a i s s ã o a s c a r a c t e r í s t i c a s d o I n q u é r i t o P o l i c i a l ,
p r i n c i p a l m e n t e o q u e é i n d i s p o n í v e l , e s c r i t o , s i g i l o s o ,
p r o c e d i m e n t o i n q u i s i t i v o e d i s p e n s á v e l . S e a t e n t a r p a r a a f o r m a
d e a r q u i v a m e n t o d o i n q u é r i t o p o l i c i a l ( s u s p e n s ã o d a a l t e r a ç ã o
d o P A C e m a n u t e n ç ã o d a f o r m a a n t e r i o r – e s t u d a r a s d u a s
m o d a l i d a d e s )
1.INTRODUÇÃO
Quando é cometido um delito, deve o Estado, por intermédio da polícia, buscar
provas iniciais acerca da autoria e da materialidade, para apresentá-las ao
titular da ação penal (Ministério Público ou ofendido), a fim de que este,
apreciando-as, decida se oferece a denúncia ou queixa-crime. Uma vez
oferecida a denúncia (ação penal pública) ou queixa-crime (ação privada), o
inquérito policial as acompanhará, para que o juiz possa avaliar se há indícios
suficientes de autoria e materialidade para recebê-las.
 Caso sejam recebidas, o inquérito policial acompanhará a ação penal, ficando
anexado aos autos. O inquérito policial é instaurado para apurar infrações
penais que tenham pena superior a 2 anos, já que, no caso das infrações de
menor potencial ofensivo, determina o Art. 69 da Lei n. 9.099/95 a mera
lavratura de termo circunstanciado de ocorrência (TCO). 
As infrações de menor potencial ofensivo são os crimes com pena máxima não
superior a 2 anos e as contravenções penais (Art. 61 da Lei n. 9.099/95).
I N Q U É R I T O
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IO I M E D I A T O
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CUIDADO! Sempre que uma infração de menor potencial ofensivo
se revestir de alguma complexidade, inviabilizando o TCO,
excepcionalmente será instaurado o inquérito policial que,
posteriormente, será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
Além disso, nos termos do Art. 41 da Lei Maria da Penha (Lei n.
11.340/2006), todas as infrações que envolvam violência doméstica
ou familiar contra a mulher se apuram mediante inquérito policial,
ainda que a pena máxima não seja superior a 2 anos. 
.
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O Processo penal oferece ao Estado as premissas que garantem a aplicação
da lei penal, visto que tal NÃO É AUTOAPLICÁVEL Desta forma, essa
disciplina esclarece dois momentos no Persecutio Criminis, uma etapa pré-
processual (Inquérito Policial) e outra etapa Processual Penal (Processo
Penal).
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i n q u é r i t o 
p o l i c i a l
P r o c e s s o 
p e n a l
02, POLÍCIA
Na Constituição Federal de 1988, a polícia foi disciplinada no artigo 144.
Doutrinariamente, as polícias podem ser divididas em Polícia Administrativa ou
Ostensiva e Polícia Judiciária ou Repressiva. 
A Polícia Ostensiva é aquela que deve ser vista e temida, é aquela que inibe o
comportamento criminoso ainda na “cabeça” das pessoas. Por isso, as viaturas
tendem a ser chamativas, com a pretensão de serem vistas por todos. Dentro
da Polícia Ostensiva insere-se a Polícia Militar, os Corpos de Bombeiros
Militares, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Ferroviária Federal.
Do outro lado, por mais exitosa que seja a Polícia Ostensiva, é fatídica a
existência de crimes em sociedade. Neste ponto, entra em ação a Polícia
Judiciária, a qual atua após o cometimento do crime, em processos
investigatórios. Dentre as Polícias Judiciárias, elas podem existir no âmbito
estadual sendo representada pela Polícia Civil e pela Polícia Penal, e na esfera
federal, pela Polícia Federal. Após isso, é instintivo o pensamento de que a
Polícia responsável pelos procedimentos investigatórios é a Polícia Judiciária.
Logo, é ela que titula o Inquérito Policial. Após a CF/88, a Polícia Judiciária
ganhou um crédito de tecnicidade importantíssimo. Essa Polícia deve ser gerida
por Delegados de Polícia, necessariamente bacharéis em Direito e concursados,
com tratamento protocolar similar ao dispensado aos Juízes, Promotores,
Defensores Públicos e Advogados (Art. 3º da Lei 12.830/13).
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CUIDADO! A Polícia Judiciária NÃO faz parte do Poder
Judiciário, mas do Executivo. Ela simplesmente funciona como
auxiliar do Poder Judiciário, cabendo a essa Polícia elaborar a
Investigação Criminal.
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3. INQUÉRITO POLICIAL
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P O L Í C I A P E N A L
C O N C E I T O
Trata-se de um PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
preliminar, de caráter INFORMATIVO, que objetiva
apurar indícios de AUTORIA E MATERIALIDADE,
sendo presidido por AUTORIDADE POLICIAL de
carreira (diga-se: delegados de Polícia). 
Essa é a definição de Aury Lopes Junior, e contextualiza a situação de que o
Inquérito Policial (IP) é um procedimento meramente administrativo, ou seja, é
uma formalidade, não se caracterizando como um processo. O caráter
informativo se materializa no sentido de o MP prescindir do IP para prestar a
denúncia, ou seja, o IP não é necessário para a denúncia. Além disso, o próprio
conceito estabelece o objetivo do IP, que é o de apurar indícios de autoria e
materialidade do crime. Tendo o exposto em vista, a natureza jurídica do IP é a de
procedimento administrativo preliminar de caráter informativo, sem rito, sendo
cada diligência determinada pela autoridade policial.
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AL É comum a doutrina apontar uma finalidadeexplícita do IP, que é a de contribuir com a Opinio
Delicti do MP na tentativa de convencê-lo a prestar a
denúncia. No entanto, o IP apresenta uma
finalidade dual, sendo em segundo lugar útil à
aplicação de medidas cautelares previstas no art.
319 do CPP.
3. 1. CARACTERÍSTICAS DO IP
SIGILOSO
DISPENSÁVEL
ESCRITO
INQUISITORIAL
OFICIAL
OFICIOSO
INDISPONÍVEL
F I N A L I D A D E
1. INQUISITIVO: o IP não admite o contraditório nem a ampla defesa, já que
se trata de Procedimento com concentração de poder em autoridade única
(delegado). Logo, NÃO HÁ PARTES NO IP, por isso não se admite a
formulação de quesitos por meio do ofendido ou do acusado. Não há
contraditório porque não há necessidade de a polícia avisar o suspeito de que
o está investigando. Não há ampla defesa porque o inquérito por si só não
fundamenta sentença condenatória.
Agora, o porquê de o IP não admitir contraditório nem ampla defesa se dá
pelo fato de como o Legislador tratou isso. Portanto, como o Poder Legislativo
definiu essa característica ao IP, ele também definiu procedimentos
investigativos (que neste caso é a exceção) que admitem o contraditório e a
ampla defesa, como o caso de expulsão de estrangeiro do país.
Com o advento da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), os agentes de segurança
passaram a ser subsidiados de autoridade advocatícia para a defesa ainda em
sede de investigação criminal ou administrativa, em casos em que foi
necessário o uso de força letal em situação de exercício. Repare o que nos
informa o novo artigo 14-A:
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Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições
dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares
e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a
investigação de fatos relacionadosao uso da força letal
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou
tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei
no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado
poderá constituir defensor.
§ 1o Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado
deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório,
podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito)
horas a contar do recebimento da citação.
§ 2o Esgotado o prazo disposto no § 1o deste artigo com ausência
de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique
defensor para a representação do investigado.
§ 3o (VETADO).
§ 4o (VETADO).
§ 5o (VETADO).
§ 6o As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
servidores militares vinculados às instituições dispostas no art.
142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados
digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
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2. DISCRICIONÁRIO: trata-se da margem de conveniência e oportunidade,
ou seja, liberdade dentro da lei. O delegado não tem o dever de seguir uma
sequência de atos, ele deve estrategicamente determinar diligências de
acordo com o que o delegado imagina. O Artigo 6º do CPP determina um
rol exemplificativo de diligências a serem seguidas, mas ordinariamente
não há um rito específico para ser seguido pelo delegado. No caso de um
Juiz ou Promotor requisitar a realização de uma diligência ao delegado de
polícia, não pode o delegado negar, visto que requisição é sinônimo de
ordem (Art. 13, II do CPP). Mas cuidado, não há hierarquia entre Juiz ou
Promotor e delegado, o que acontece é que a norma legal determina isso.
Outra exceção à discricionariedade do delegado diz respeito aos crimes
vestigiais, que deverão de pronto ser investigados, nos termos do Art. 158
do CPP.
3. SIGILOSO: o princípio da publicidade não atinge o inquérito policial por
se tratar de procedimento administrativo. De acordo com o Art. 20 do
Código de Processo Penal, a autoridade assegurará no inquérito o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Além disso, o sigilo tem como função garantir a eficiência da diligência e
preservar a intimidade, privacidade e segurança do investigado.
Esse sigilo pode ser dividido em sigilo externo, o qual abrange os terceiros
desinteressados, diga-se, a imprensa. 
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Esse tipo de sigilo ocorre em decorrência do preconceito existente
naturalmente na sociedade brasileira. Já o sigilo interno é aquele aplicado
aos interessados, entre eles o Juiz, Ministério Público e o Advogado. Visto
isso, é percebida uma fragilidade do sigilo interno, pois não atinge o acesso
aos autos, ou seja, o Juiz e o Promotor têm acesso aos autos, ainda que não
reduzidos a termo. Vale dizer, o advogado também tem direito à análise
dos autos, mas apenas aos autos já documentados (Art. 7o, XIV, EOAB).
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E X T E R N O
I N T E R N O
A t i n g e a i m p r e n s a
N ã o a t i n g e o
a c e s s o a o s a u t o s
p e l o j u i z , M P e
a d v o g a d o s ( e s t e
a p e n a s p o s s u i
a c e s s o a o s a u t o s
j á d o c u m e n t a d o s )
4. ESCRITO: Todos os atos do inquérito devem ser reduzidos a termo para
que haja segurança em relação ao seu conteúdo. É o que diz a regra do Art.
9o do Código de Processo Penal, de modo que não se admite, por ora, que
o delegado se limite a filmar os depoimentos e encaminhar cópia das
gravações ao Ministério Público. Segundo o Art. 9o do CPP, todas as peças
do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade
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AL CUIDADO! De acordo com o Art. 405 do CPP, existem diligências quenão são realizadas por escrito, portanto, no caso de um interrogatório,
pode-se utilizar meio audiovisual e ser encaminhado junto com o
Relatório ao MP, no entanto, ainda assim, deve-se reduzir tudo a
termo.
5. INDISPONÍVEL: a autoridade policial, ao perceber nas diligências que se
trata de uma causa de exclusão de ilicitude, não pode simplesmente
desistir do Inquérito, tendo em vista que tal ato deverá ser finalizado por
meio de um Relatório. Sendo assim, toda investigação iniciada deverá ser
finalizada e introduzida à autoridade competente (Art. 17 do CPP). Da
mesma forma, em nenhuma hipótese, poderá a autoridade policial arquivar
o Inquérito, fato cabível apenas ao MP.
6. DISPENSÁVEL: a existência do inquérito policial não é obrigatória e nem
necessária para o desencadeamento da ação penal. Há diversos
dispositivos no CPP permitindo que a denúncia ou queixa sejam
apresentadas com base nas chamadas PEÇAS DE INFORMAÇÃO que, em
verdade, podem ser quaisquer documentos que demonstrem a existência
de indícios suficientes de autoria e de materialidade da infração penal. Ex.:
sindicâncias instauradas no âmbito da Administração Pública para apurar
infrações administrativas, onde acabam também sendo apurados ilícitos
penais, de modo que os documentos são encaminhados diretamente ao
Ministério Público. Ora, como a finalidade do inquérito é justamente colher
indícios, torna-se desnecessária sua instauração quando o titular da ação já
possui peças que permitam sua imediata propositura. 
O Art. 28 do Código de Processo Penal expressamente menciona que o
Ministério Público, se entender que não há elementos para oferecer a
denúncia, deverá comunicar a vítima, o delegado e o investigado, e ainda
encaminhará os autos para a instância revisional do MP (após a mudança
do Pacote Anticrime – Lei 13.964/19). Entretanto, se o Ministério Público
considerar que as provas contidas nas peças de informação são
insuficientes, mas que novos elementos de convicção podem ser obtidos
pela autoridade policial em diligências, poderá requisitar a instauração de
inquérito policial, remetendo à autoridade as peças que estão em seu
poder.
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ATENÇÃO! O Art. 39, § 4o do CPP prevê que o órgão do Ministério
Público dispensará o inquérito, nos crimes de ação pública
condicionada, se com a representação forem apresentados
documentos que habilitem o imediato desencadeamento da ação
Por fim, o Art. 40 do CPP prevê que os juízes e os tribunais encaminharão
cópias e documentos ao Ministério Público quando, nos autos ou papéis
que conhecerem no desempenho da jurisdição, verificarem a ocorrência de
crime de ação pública. O Ministério Público, ao receber tais peças, poderá
de imediato, oferecer denúncia, ou, se entender que são necessárias
diligências complementares, requisitá-las diretamente ou requisitar a
instauração de inquérito policial, remetendo à autoridade as peças que se
encontram em seu poder
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R E C E B E R O
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D I L I G Ê N C I A S
R E A L I Z A R A D E N Ú N C I A
S O L I C I T A R O
A R Q U I V A M E N T O D O I P
7 e 8. OFICIAL E OFICIOSO: a oficialidade e a oficiosidade são princípios
importantes a serem analisados. O primeiro relaciona o entendimento de que a
realização do Inquérito Policial é atribuição de órgão oficial do Estado. (Polícia
Judiciária). Já a oficiosidade afirma que a polícia, ao tomar conhecimento de
uma infração penal, agirá de ofício, ou seja, sem provocação
3.2. INCOMUNICABILIDADE DO PRESO
O Art. 21, parágrafo único, do Código de Processo Penal prevê a possibilidade
de o juiz decretar a incomunicabilidade do indiciado por prazo não superior a 3
dias, visando com isso evitar que ele prejudique o andamento das
investigações. Tal dispositivo, entretanto, apesar de não ter sido revogado
expressamente, tornou-se inaplicável em razão do disposto no Art. 136,§ 3o, IV,
da Constituição Federal, que veda a incomunicabilidade, até mesmo quando
decretado o estado de defesa. No entanto, ainda nos dias atuais as bancas
cobram algumas características da incomunicabilidade. São elas:
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I N C O M U N I C A B I L I D A D E
C A B I M E N T O N O I N T E R E S S E D A S O C I E D A D E
C O N V E N I Ê N C I A D A I N V E S T I G A Ç Ã O
P R A Z O 3 D I A S
M E D I A N T E D E C R E T O F U N D A M E N T A D O
P E L O J U I Z , A R E Q U E R I M E N T O D O
D E L E G A D O O U D O M P
F O I R E V O G A D O -
I N C O N S T I T U C I O N A L
3.3 VALOR PROBATÓRIO DO IP
Tendo em vista a autoridade dada ao delegado de polícia no Inquérito Policial,
esse procedimento tem caráter relativo, pois não tem força para embasar
sozinha uma condenação criminal. Ora, sabe-se que o Inquérito não produz
provas, mas elementos de informação. No processo, esses elementos devem
passar pelo filtro do contraditório e da ampla defesa para que seja validado
como prova. 
Ainda nesse sentido, o Art. 155 do CPP salienta que o Juiz não pode condenar
baseado exclusivamente nos elementos colhidos no Inquérito, e ainda
excepciona 3 casos:
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P R O V A S C A U T E L A R E S
S ã o a q u e l e s o b j e t o s c o l h i d o s p a r a
q u e f u t u r a m e n t e s e j a m a p r e s e n t a d o s
e m j u í z o . 
e x : I N T E R C E P T A Ç Ã O T E L E F Ô N I C A
P R O V A S I R R E P E T Í V E I S
S ã o d i l i g ê n c i a s r e a l i z a d a s d u r a n t e o
i n q u é r i t o p o l i c i a l q u e , p o r s u a n a t u r e z a ,
n ã o s e r ã o r e p e t i d a s n o p r o c e s s o .
E X : P E R Í C I A S
P R O V A S A N T E C I P A D A S
S ã o a q u e l a s c o l h i d a s s e m p r e q u e h o u v e r
r i s c o d e n ã o p o d e r e m s e r r e a l i z a d a s
f u t u r a m e n t e . 
E X : O I T I V A D E T E S T E M U N H A C O M I D A D E
A V A N Ç A D A O U D O E N T E .
S e i n s t a u r a c o m a c o n v o c a ç ã o d o
j u i z e c o m a p r e s e n ç a d a s f u t u r a s
p a r t e s p r o c e s s u a i s , c o m o r e s p e i t o
a o c o n t r a d i t ó r i o e à a m p l a d e f e s a .
3.4. VÍCIOS OCORRIDOS NO IP
Os vícios do Inquérito Policial, digam-se, erros ou informalidades ou até mesmo
diligências NÃO contaminam a ação penal, pois se trata de procedimento
dispensável. O que pode acontecer é o MP requisitar o suprimento daquele
vício, ou apenas utilizar parte do Inquérito para embasar a denúncia.
3.5. PRAZOS NO IP
Uma vez iniciado o inquérito, a autoridade policial tem prazos para concluí-lo,
mas estes prazos dependem de estar o indiciado solto ou preso.
4.5. PROCEDIMENTOS NO IP
Os procedimentos relacionados à realização do inquérito policial se dividem em
três grandes passos: NOTÍCIA DO CRIME, DILIGÊNCIAS E DESFECHO.
 
 NOTITIA CRIMINIS
Consiste em informar as autoridades competentes a respeito do crime. Pode
ser:
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ATENÇÃO! De acordo com o STJ, é possível a abertura de IP com base
em notícias veiculadas na mídia!
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A T I V I D A D E S P O L I C I A I S O U P O R
M E I O D A I M P R E N S A .
É O N O T I C I A M E N T O R E A L I Z A D O
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I N D I R E T A
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Delatio Criminis Postulatória é a comunicação da ocorrência da infração
penal ou de seu autor, feita pela vítima à autoridade competente,
solicitando providências, como a instauração do inquérito. Pode ser ainda,
a comunicação da vítima, nos mesmos termos, fornecendo a
representação para que o Ministério Público possa agir nos crimes de
ação pública condicionada.
 ABERTURA DO IP
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A U T O D E P R I S Ã O E M
F L A G R A N T E
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R E Q U I S I Ç Ã O D O M P O U
D A M A G I S T R A T U R A
CUIDADO! Não é possível dar abertura ao inquérito unicamente com
elementos provenientes da denúncia, a não ser que constitua prova
vestigial.
 
 
ABERTURA DA IP POR QUALQUER UM DO POVO
Art. 5º, §3º, CPP: Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de
infração penal em que caiba ação pública poderá verbalmente ou por escrito,
comunica-la à autoridade policial e esta, verificada a procedência das informações
mandará instaurar inquérito.
 
 
 DILIGÊNCIAS EM IP
 No curso do IP uma série de diligências podem ser tomadas pelo
delegado com a finalidade de elucidar a eventual prática da infração penal
e sua respectiva autoria. Como, por exemplo, a oitiva do indiciado,
realização do exame de corpo de delito, identificação do indiciado e a
reprodução simulada dos fatos.
Art. 7º salienta a reprodução simulada dos fatos, o qual possui natureza
jurídica de meio de prova. Ela não deve contrariar a ordem ou moralidade
pública, o suspeito não é obrigado a participar, mas sua presença é
obrigatória.
.
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 DILIGÊNCIAS DO DELEGADO EM IP
 A inovação vem nos Arts. 13-A e 13-B, os quais fornecem um rol de crimes em
que a autoridade policial ou o Ministério Público poderão requisitar
diretamente de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos,
sem a necessidade de tramitar pelo Poder Judiciário. Isso em decorrência da
autonomia dada a essas autoridades (cláusula de jurisdição relativa), tendo
em visto o melhor desempenho funcional. Nesses crimes, a autoridade
policial pode requisitar diretamente e de imediato dados e informações
cadastrais de vítimas e suspeitos. 
Quando o Art. 13-A se refere aos dados cadastrais, a doutrina entende que se
trata de dados pessoais como RG, CPF, endereço, o que não se confunde com
dados sigilosos, de acordo com o STF. Vale lembrar que esses dados poderão
ser tanto da vítima quanto de suspeitos.
O prazo para o cumprimento dessa requisição é de 24 horas e deverá
explicitar quem é a autoridade solicitante, o número de registro do Inquérito
Policial e delegacia responsável pelo Inquérito
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
 Quando envolver dados sigilosos necessários à prevenção ou repressão
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, tais como serviços de
telecomunicação e dados telemáticos, será necessário que o delegado ou o
Ministério Público solicite autorização judicial para requisitar esses dados.
Caso o juiz se omita em um prazo de 12 horas, ainda assim a polícia ou o
Ministério Público poderão requisitar esses dados à empresa prestadora
de serviços de telecomunicação, com comunicação imediata à autoridade
judiciária.
A lei define que sinais de telecomunicação ou telemáticos são sinais que
identificam posicionamento, setorização e intensidade de radiofrequência
emitida pelo equipamento eletrônico, tudo isso para auxiliar no
descobrimento da posição em que se encontra o suspeito ou a vítima. Por
exemplo, cada antena de celular possui um dispositivo chamado ERB
(estação rádio-base), o qual no Brasil já é utilizado para triangular e
determinar a distância de certo ponto em relação a uma referência.
O parágrafo 2º, inciso I salienta que o acesso é somente ao sinal, não
abrangendo o conteúdo da mensagem. Caso haja recusa do fornecimento
desses dados, a empresa responderá pelo Art. 21 da Lei 12.850 de 2013.
O prazo máximo de emissão do sinal é de 30 dias, renovável uma única vez
por igual período. Caso o prazo necessário seja maior, será necessária
autorização judicial. Já o Inquérito Policial deverá ser instaurado no prazo
máximo de 72 horas quando envolver a diligênciade identificação de sinal,
contado a partir da ocorrência policial
PR
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CE
SS
O
 P
EN
AL
 DESFECHO DO IP
Inquérito Policial não é um procedimento oral, mas escrito. Toda a
diligência deve ser reportada por meio do Relatório, que é uma descrição
minuciosa dos procedimentos realizados. Após a confecção desse
documento, ele será encaminhado, de acordo com o CPP, ao Juiz.
 
Art. 10, § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado
e enviará autos ao juiz competente.
3.6. ARQUIVAMENTO DO IP
Na prática, o que ocorre é direcionamento do relatório ao Ministério
Público, sem passar pelo trâmite judicial. O MP, ao receber o relatório,
poderá incorrer em 3 hipóteses:
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
O M P A O
R E C E B E R O
R E L A T Ó R I O
P O D E R Á
R E A L I Z A R N O V A S
D I L I G Ê N C I A S
R E A L I Z A R A D E N Ú N C I A
O R D E N A R O A R Q U I V A M E N T O
D O I P
 ALTERAÇÃO DO PACOTE ANTICRIME
No Brasil, com o advento da Lei 13.964/19, o MP passou a ser competente
para arquivar Inquérito Policial. Sendo assim, não havendo indícios razoáveis
de autoria e materialidade, deverá o MP comunicar o delegado, a vítima e o
investigado em que haverá arquivamento, encaminhando assim os autos
para instância revisional do MP. Havendo discordância com o órgão do MP, a
vítima (ou o chefe de repartição em crimes em detrimento da União, Estados
e Municípios) poderá implementar recurso administrativa às instâncias
revisionais do MP, num prazo de 30 dias
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer
elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público
comunicará à VÍTIMA, AO INVESTIGADO E À AUTORIDADE POLICIAL e
encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de
homologação, na forma da lei.
§ 1o Se a vítima, ou seu representante legal, NÃO CONCORDAR com o
arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do
recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância
competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
orgânica.
§ 2o Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União,
Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá
ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
 ARQUIVAMENTO VIGENTE DURANTE A SUSPENSÃO
O arquivamento do inquérito policial somente se dará por decisão da
autoridade judiciária. É ato do juiz, que determinará o arquivamento de
forma motivada somente se houver pedido do Ministério Público que é o
titular da ação penal pública.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
O M P A O
R E C E B E R O
R E L A T Ó R I O
P O D E R Á
R E A L I Z A R N O V A S
D I L I G Ê N C I A S
R E A L I Z A R A D E N Ú N C I A
O R D E N A R O A R Q U I V A M E N T O
D O I P
C O M U N I C A Ç Ã O A O
D E L E G A D O , V Í T I M A E
I N D I C I A D O
C A B E R E C U R S O
A D M I N I S T R A T I V O À
I N S T Â N C I A R E V I S I O N A L
D O M P ;
S E N D O C H E F E D E
R E P A R T I Ç Ã O P Ú B L I C A ,
C A B E R Á R E C U R S O
A D M I N I S T R A T I V O A O
M P .
S E A V Í T I M A D I S C O R D A R :
H O M O L O G A Ç Ã O
D E N T R O D O
M P
 O arquivamento do inquérito policial somente se dará por decisão da
autoridade judiciária. É ato do juiz, que determinará o arquivamento de
forma motivada somente se houver pedido do Ministério Público que é o
titular da ação penal pública.
A autoridade policial, verificando a ausência de justa causa, deverá/poderá
deixar de instaurar o IP, mas uma vez já o tendo instaurado, não poderá
arquivá-lo, conforme disposto no art. 17 do CPP, devendo remeter os autos
ao MP para que este decida.
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
O arquivamento do inquérito policial é um ato administrativo complexo se
dando por meio de uma dupla manifestação:
O requerimento do MP pode embasar-se em diversos motivos. Por
exemplo, atipicidade da conduta do indiciado, desconhecimento da autoria
do crime, inexistência de elementos mínimos de prova para denunciar o
indiciado, ausência de representação (nos crimes que exigem essa), etc
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
P E D I D O D O M P H O M O L O G A Ç Ã O
D O J U I Z
Sendo hipótese de arquivamento, o MP deverá formular pedido
fundamentado nesse sentido, ao magistrado, que também decidirá de
maneira fundamentada sobre o caso. Havendo discordância quanto ao
pedido de arquivamento (CASO O JUIZ NÃO CONCORDE COM O
ARQUIVAMENTO), o juiz deve remeter os autos ao Procurador Geral, nos
termos do art. 28 do CPP. Ocorrendo esta hipótese, o Procurador Geral
tem 03 possibilidades:
A decisão do magistrado que determina o arquivamento do inquérito é
irrecorrível.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL
O P R O C U R A D O R
G E R A L P O D E R Á :
P E S S O A L M E N T E O F E R E C E R A
D E N Ú N C I A
I N D I C A R O U T R O P R O M O T O R
P A R A O F E R E C E R
 I N S I S T I R N O P E D I D O D E
A R Q U I V A M E N T O
N E S S E C A S O , O J U I Z F I C A R Á
O B R I G A D O A A R Q U I V A R O S
A U T O S
 ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO
Majoritariamente da doutrina e na jurisprudência entende-se de que não
há arquivamento implícito em nosso ordenamento jurídico, já que não há
previsão legal e o próprio art. 28 do CPP exige que o pedido de
arquivamento de inquérito seja expresso e fundamentado e siga toda a
complexidade exigida na leI.
PR
O
CE
SS
O
 P
EN
AL M P A O R E C E B E RO R E L A T Ó R I O
J U I Z
R E L A T Ó R I O
 D O I P
 
D E N U N C I A R
R E Q U I S I T A R D I L I G Ê N C I A S
S O L I C I T A R A R Q U I V A M E N T O
C O N C O R D A
D I S C O R D A
A R Q U I V A
P R O C U R A D O R
 G E R A L
P E S S O A L M E N T E O F E R E C E R A
D E N Ú N C I A
I N D I C A R O U T R O P R O M O T O R
P A R A O F E R E C E R
 I N S I S T I R N O P E D I D O D E
A R Q U I V A M E N T O
3.7. DESARQUIVAMENTO DO IP
A atribuição para desarquivar o Inquérito Policial é do Ministério Público.
Surgindo fatos novos, deve a autoridade policial representar neste sentido,
mostrando-lhe que existem fatos novos que podem dar ensejo a nova
investigação. (Sumula 524 STF).
Em regra, o arquivamento do I.P faz apenas coisa julgada Formal. Pode ser
desarquivado e rediscutir o assunto, desde que surjam novas provas
(requisito obrigatório). Em exceção, faz coisa julgada Material, de forma
que não poderá ser desarquivado, nem que surjam novas provas, e não
poderá ser ofertada denúncia pelo mesmo fato, seja na mesma ou em
outra relação processual. Segundo STJ e Doutrina Majoritária: O
Arquivamento que faz coisa julgada material nos casos de:
PR
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CE
SS
O
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AL
F A Z C O I S A J U L G A D A
M A T E R I A L
O S T F N Ã O R E C O N H E C E Q U E E X C L U D E N T E
D E I L I C I T U D E F A Ç A C O I S A J U L G A D A
M A T E R I A L
 
E X T I N Ç Ã O D E P U N I B I L I D A D E
E X T I N Ç Ã O D E C U L P A B I D A D E
E X C L U D E N T E D E I L I C I T U D E
CUIDADO! 
Não confunda Arquivamento Implícito e Arquivamento Indireto
ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO é quando não há a proposição da ação penal
em face de algum ou de alguns dos sujeitos investigados ou em face de
algum ou alguns dos fatos investigados. O Ministério Público denuncia
alguns dos indiciados e fica silente quanto a outros que também, de alguma
maneira, estão relacionados aos fatos investigados como suspeitos; ou
ainda, quando o Ministério Público denuncia alguém por algum fato e fica
silente sobre outros fatos também investigados. 
Obs: o STF já se manifestou contrário ao arquivamento implícito no RHC
95141/RJi,
.
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ARQUIVAMENTO INDIRETO seria quando o Ministério Público declina
explicitamente da atribuição de oferecer a denúncia por entender queo
juiz/próprio Ministério Público são incompetentes para aquela ação penal e
o juiz acata a opinião e determina a remessa ao juiz competente ou,
discordando, aplica o previsto no art. 28 do CPP. Observem que na questão
o Juiz Estadual discorda da manifestação do membro do Ministério Público
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PR
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CE
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O
 P
EN
AL
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L I M A , R e n a t o B r a s i l e i r o d e . M a n u a l d e p r o c e s s o p e n a l : v o l u m e
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L O P E S J U N I O R , A u r y . D i r e i t o p r o c e s s u a l p e n a l . 1 7 . e d . – S ã o P a u l o
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S a r a i v a E d u c a ç ã o , 2 0 1 9 .
N U C C I , G u i l h e r m e d e S o u z a . C ó d i g o d e P r o c e s s o P e n a l . 1 9 . e d . –
R i o d e J a n e i r o : F o r e n s e , 2 0 2 0 .
_ _ _ _ _ . C u r s o d e d i r e i t o p r o c e s s u a l p e n a l . 1 7 . e d . R i o d e J a n e i r o :
F o r e n s e , 2 0 2 0 .
P A C E L L I , E u g ê n i o ; C A L L E G A R I . M a n u a l d e D i r e i t o P e n a l . 5 . e d . –
S ã o P a u l o : A t l a s , 2 0 1 9 .
T R I N D A D E , D a n i e l M e s s i a s d a . C ó d i g o d e P r o c e s s o P e n a l
d e s t a c a d o e a n o t a d o . E d i t o r a T r y a d .

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