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DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

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O próprio envelhecimento faz com que o indivíduo tem um risco maior de 
desenvolver essa doença, um dos fatores são as mudanças morfológicas e 
fisiológicas normais do processo de envelhecimento. Outro aspecto que contribui 
para aparição dessas doenças no idoso é a má nutrição, tanto a desnutrição 
como também o baixo consumo de nutrientes que são antioxidantes, anti-
inflamatórios. Mas o principal fator de risco são: o tabagismo de longo prazo e 
também a poluição do ar. Juntamente com a depressão do sistema imune, que 
ocorre com o envelhecimento, tudo isso contribui para a ocorrência das DP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Essas doenças pulmonares na maioria vão se caracterizar, por levar a 1. 
Insuficiência respiratória, essa IR se caracteriza pôr, obstrução, essa obstrução 
provocada por secreção (as vezes produzidas pelas próprias células do SI e as 
vezes pelo próprio tecido pulmonar). O indivíduo 2. Menor resistência a esforços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DP Mudanças 
morfológicas e 
fisiológicas 
Má nutrição Sistema Imune 
Tabagismo e 
poluição do ar 
Levam Insuficiência 
respiratória 
Menor resistência a 
esforços 
Obstrução 
Secreção (muco) 
Células do SI 
Próprio 
tecido 
pulmonar 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA NO IDOSO (DPOC) 
 
 
 
 
 
Doenças pulmonares em idosos: 
Bronquite (52,6%); DPOC (18,4%), asma (12,8%) pneumonia (4,2%), entre 
outras. 
A maioria das doenças pulmonares vai levar a desnutrição, essa 
desnutrição é causada, por que determinadas sintomas que acometem os 
portadores da doença pulmonar, aumentam o gasto energético, aumentam o 
catabolismo proteico e as citocinas pró inflamatórias além de colaborar com os 
citados anterior, as citocinas pró infamatórias produzidas pelas células que estão 
no pulmão, elas vão levar a sintomas que dificultam o consumo de alimentos, 
por exemplo, a anorexia. 
Dificilmente essas doenças irão acontecer de forma isolada, o idoso 
adquire IR e como comorbidades associada a infecção do trato respiratório. 
 
EXEMPLIFICANDO: A pneumonia, é uma doença do TR, ela acomete 4,2% 
dos idosos, entretanto ele pode vim como complicação das outras doenças 
respiratórias, dessa forma a pneumonia como causa primária, como 
doença isolada no idoso será 4,2%, mas as demais doenças vão poder 
evoluir e como complicação causar pneumonia, ela seria secundária a uma 
primeira doença. 
As principais causas da doença pulmonar obstrutiva crônica são: 
tabagismo, em 1° lugar, e em 2° lugar a poluição do ar. Também pode ser uma 
consequência de outras doenças pulmonares, como: a bronquite crônica e o 
enfisema pulmonar. 
A bronquite crônica e o enfisema têm como causa principal: fumo, 
poluição do ar, condições que levam a processos inflamatórios no tecido 
pulmonar, agentes estranhos que estão no pulmão e o processo inflamatório vai 
acontecer em decorrência da presença desses agentes estranhos. 
 
• BRONQUITE CRÔNICA 
Característica: alta presença constante ou altamente recorrente de secreções 
nos brônquios, suficientes para causar expectorações. Comum em indivíduos 
bastante idosos e que fumam a bastante tempo (caracterizado pela “tosse 
cheia”) para o diagnóstico é necessário que o indivíduo tenha essa tosse com 
 
 
 
expectoração por pelo menos 3 meses no ano em 2 anos consecutivos. O local 
de inflamação é no brônquio. 
 
• O COR PULMONALE 
É uma complicação da bronquite crônica que pode rapidamente levar a morte do 
idoso. Ele é uma doença cardíaca que decorreu de uma doença pulmonar. A 
inflamação pulmonar vai gerar uma resistência de toda a musculatura pulmonar, 
essa resistência vai levar a hipertrofia do ventrículo direito e dessa forma com o 
avanço da doença, pode levar a hipertrofia da musculatura cardíaca e 
insuficiência da função cardíaca. 
 
 
• ENFISEMA 
É caracterizado pela inflamação dos bronquíolos terminais. A tosse com 
expectoração não é uma característica do enfisema, é uma característica da 
bronquite, dá mesma forma que a bronquite tardiamente essa doença vai levar 
à morte por insuficiência cardíaca pôr evoluir para o quadro de cor pulmonale. 
 
O QUE SERIA A DPOC???? 
É uma sobreposição das duas doenças anteriores, uma mistura dos 
sintomas da bronquite e do enfisema. 
Então se tem: 
 
 
 
▪ Brônquios inflamados e alguma destruição dos alvéolos; ou pode se ter: 
bronquíolos e alvéolos como sendo os pontos alvos de inflamação associado 
com tosse e secreção. 
 
Outros sintomas: 
▪ Presença de obstrução das vias áreas; 
▪ Dispneia a esforço; 
▪ Secreção; 
▪ Fadiga (cansaço físico); 
▪ Flatulência (como a frequência respiratória do indivíduo aumenta, ele tende 
a deglutir mais gases); 
▪ Tosse; 
▪ Anorexia; 
▪ Saciedade precoce; 
▪ Chiados (sibilos muito característico nas pessoas asmáticas, quando 
elas respiram fazem um chiado, assobio). 
É uma doença que é diagnosticada mais comumente na quinta e na sexta 
década de vida. Após o histórico de sintomas a pergunta que se faz para concluir 
se é DPOC é, se existe histórico de tabagismo. 
 
• FATORES QUE INTERFEREM NO EN 
 
▪ A dispneia porque vai dificultar o consumo alimentar; 
▪ O aumento do trabalho respiratório; 
▪ Infecção crônica, se é DPOC acaba tendo como comorbidade uma 
pneumonia, por exemplo, e o fator de necrose tumoral que é característico 
das infecções aumenta o gasto energético total, aumenta catabolismo 
proteico e a utilização de aa e causando anorexia; 
▪ Redução na saturação de oxigênio (SaO2) durante a hora da alimentação (Se 
para alimentar-se o indivíduo cansar muito ele vai ter uma desaturar, <SaO2); 
▪ A fadiga é uma situação que pode contribuir com o comprometimento do EN, 
principalmente se o idoso morar com outro idoso ou sozinho, porque 
dependendo do que for planejado para ele se alimentar, ele pode pelo 
 
 
 
cansaço físico ter dificuldade de preparar o alimento. A dificuldade de 
preparar o alimento pode comprometer o EN. 
Por conta de todos esses fatores, a desnutrição vai acometer os pacientes 
com DPOC que vivem em casa (10 a 26% deles) e dos hospitalizados (47%). 
 
• OUTROS CONTRIBUINTES PARA O COMPROMETIMENTO DO EN... 
 
▪ Efeitos colaterais dos medicamentos que são usados no tratamento 
(náuseas, vômitos, diarreia, xerostomia, irritação gástrica); 
Exemplo de medicamento utilizado: corticoides: podem causar catabolismo 
proteico. Pessoas que usam corticoides pela vida toda (ex. pessoas que fizeram 
transplantes) uma conduta adequada é o fornecimento de uma dieta 
hiperproteica, pois o corticoide a longo prazo intensifica o catabolismo proteico. 
Dá mesma forma ocorre no idoso com DPOC, facilmente o idoso perde 
musculatura assessória, a musculatura gástrica é importante no processo 
respiratório, e é uma musculatura que o idoso facilmente perde. 
Os corticoides que são inalados (as bombinhas) podem causar fungos na 
cavidade oral, que podem causar dor (odinofagia), dificultando a alimentação. 
Existe ainda a Teofilina e os antibióticos que podem causar diarreia, a 
Teofilina é um relaxante de musculatura pulmonar e da própria vasculatura 
pulmonar (facilitando a entrada e saída de ar). 
 
• OBJETIVOS DO CUIDADO NUTRICIONAL NA DPOC 
 
▪ Evitar ou tratar a desnutrição; 
▪ Manter força, massa e função respiratória; 
▪ Atingir a demanda de atividades diárias (atingir as necessidades diárias de 
nutrientes); 
▪ Ofertar antioxidantes e anti-inflamatórios; 
▪ Corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos (DHE); 
▪ Controlar as interações droga-nutriente. 
 
 
 
 
 
• CÁLCULO DAS NECESSIDADES 
 
Existem sugestões para se realizar kcal/kg e sugestões que usem as 
equações para cálculo de gasto energético. Uma das sugestões é usar a 
equação de Harris-Benedict, com FI 1,7. Para paciente ambulatorial pode-se 
trabalhar com as equações de EER ou TEE, mas fazendo o acréscimo ou a 
redução de kcal dependendo do EN do paciente. 
▪ Desnutrido:EER- acréscimo de 500-1000 kcal 
▪ Obeso: TEE- redução de 500 kcal 
Se o idoso além da DPOC apresenta pneumonia ou outra infecção do 
trato respiratório usa-se 40 a 45 kcal/kg, entretanto quando se oxida os 
macronutrientes, acaba por gerar o dióxido de carbono, no entanto alguns 
nutrientes irão contribuir mais com a contribuição de CO2 do que outros, dessa 
forma quando se pensa nos macros que tem propriedade puramente energética, 
o CHO tem o cociente respiratório 1 e o lipídio de 0,71, ou seja o CHO contribui 
com uma maior produção de CO2 do que o lipídio, então é por isso que é 
sugerido que nesses casos que tem que ser oferecido dietas hiper calórica, deve-
se monitorar a glicemia, pois a glicemia é um marcador de hiper alimentação, 
quando começa-se oferecer kcal além do que a pessoa consegue metabolizar, 
a glicemia vai aumentar, à medida que se a aumenta a kcal a glicemia vão 
aumentando indicando que provavelmente se está oferecendo kcal demais, a 
glicemia é um marcador importante. 
Outra possibilidade de monitorar se a kcal oferecida está certa é pela 
produção de CO2, existe um aparelho próprio, a equipe coleta um pouco de 
sangue arterial e colocam no aparelho de gasometria que mostra a composição 
detalhada do sangue. 
IMPORTANTE: acompanhar a glicemia e a produção de dióxido de carbono é 
uma alternativa importante para quem está hospitalizado. 
Cociente respiratório: uma relação entre a produção de dióxido de carbono 
e o consumo de oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
• OFERTA DE MACROS 
 
▪ HC:50 a 60% Dieta normo 
▪ PTN: 15 a 20% Hiper proteica 
▪ LIP: 25 a 30% Dieta normo (CUPPARI, 2005;AMB/CFM,2011) 
 
Também existe a recomendação da Krause de g/kg 1,2 – 1,7g/kg, em 
relação aos outros macros é sugerido que as calorias não proteicas sejam 
utilizadas como base para a distribuição de CHO e LIP, ou seja calorias não 
proteicas são calorias que não correspondem a PTN. 
Depois de calcular o VET e retirar o que será correspondente as PTN e 
restante será divido em 40 a 55% em CHO e 30 a 45% em LIP. Esse cálculo é 
importante para que não seja ofertado PTN em excesso e também não se 
ofereça kcal a partir dos nutrientes que realmente tem que ser fonte de energia 
de menos, ou seja o objetivo é: não oferecer pouca kcal e ter que utilizar a PTN 
como fonte e energia, já que o propósito é preservar a massa muscular e a força 
muscular do idoso, então dessa forma a PTN será utilizada com esse objetivo e 
não como fonte energética. 
 
OBSERVAÇÃO: quando se soma as kcal (CHO e LIP) da dieta e divide pelas 
gramas de nitrogênio o valor tem que ser entre 100 e 150, para se ter a 
garantia que a PTN está sendo usada para ganho de massa e não como 
fonte energética. 
 
CÁLCULO DAS GRAMAS DE NITROGENIO: 
A relação deve ser: 100-150 de kcal não PTN p/ 1g de nitrogênio (N2) 
EX: 1 gN2 6,25g de ptn 
 X 100kcal de ptn da dieta x=16 
 
1000kcal não pnt = 62,5:1 errado 
 16 
 
 
 
 
 
• CONSISTÊNCIA DA DIETA 
 
A consistência indicada é de acordo com o hábito e a preferência do idoso, 
mas também ficar atento a dentição, se o idoso não de satura, também de acordo 
se ele se sente fadigado ao se alimentar, se ele tem uma frequência respiratória 
muito alta durante a alimentação, e a consistência também será pensada se o 
idoso apresenta algum problema no TGI. Em resumo a consistência será de 
acordo com esses critérios. Nos casos mais graves da doença a dieta por sonda 
pode ser a única alternativa. 
Se o idoso apresenta anorexia ofertar primeiramente os alimentos mais 
calóricos e os preferidos dele, se for possível ao plano alimentar. E se ele tem 
saciedade precoce fornecer liquido 1h antes após as refeições ou até mais, e os 
alimentos frios parecem levar menos a saciedade do que os quentes. Se ele tem 
um aumento da frequência respiratória o descanso antes das refeições ou o uso 
de broncodilatador (mas não é recomendação do nutricionista) das refeições 
pode ajudar. Orientar ao idoso a comer devagar. Se ele apresenta cansaço físico 
indicar o descanso antes das refeições e indicar alimentos de fáceis preparação, 
se ele que prepara as refeições. Se ele apresentar flatulência orientá-lo a 
fracionar mais as refeições e comer devagar e evitar os alimentos gases 
formadores. Orientá-lo a consumir os alimentos de todos os grupos dando 
prioridade aos que apresentam mais compostos bioativos, anti-inflamatório e 
antioxidante, que irão auxiliar no fortalecimento do SI e prevenir a ocorrência de 
infecções ou até tratar uma já presente. Evitar o excesso de liquido, (nos casos 
mais graves da doença quando existe o caso de cor pulmonale) porque quanto 
mais liquido ofertar mais sangue o indivíduo tem e mais o coração vai ter que 
trabalhar para bombear o sangue. 
Evitar as fontes de kcal vazias, tratar as comorbidades, se for prescrito 
oxigênio-terapia o ideal é que ela acontece, antes, durante e após as refeições. 
Evitar a constipação, comer sentado e ereto.

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