Buscar

TIPOS DE PRECONCEITO - PSCOLOGIA DA SAÚDE

Prévia do material em texto

7
ALANA ARAUJO, BEATRIZ LENDRO, GRACY PINHO
MARIA CLARA BENTO, JAIRLA FERREIRA
PRECONCEITO:
RACIAL, CONTRA MULHERES, HOMOFOBIA, BULLYING E CYBERBULLYING, GORDOFOBIA
PATOS – PB
2020
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	3
2.	PRECONCEITO RACIAL	4
3.	PRECOCEITO COM MULHERES	4
3.1.	MISOGINIA, MAXISMO E SEXISMO	4
4.	HOMOFOBIA	5
4.1.	HOMOFOBIA NO MUNDO	6
4.2.	HOMFOBIA NO BRASIL	6
5.	BULLYING E CIBERBULLYING	7
5.1.	BULLYING	7
5.2.	5.2.CIBERBULLYING	7
6.	GORDOFOBIA	8
6.1.	O QUE CARACTERIZA A GORDOFOBIA?	8
7.	REFERÊNCIAS	10
 
1. INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo cada vez mais marcado pela diversidade, pelo multiculturalismo e pela convivência entre grupos étnicos diferentes. O preconceito caracterizado por uma opinião desfavorável que não é baseada em dados objetivos e sim em hábitos de julgamentos hostil e generalizado, sempre foi algo muito polêmico, tornando se um debate obrigatório, contraditório e relativo para uns, mais uma forma de expressão para outros.
 Desde a sociedade antiga, âmbitos sobre o preconceito tem sido transformado, como uma forma de convivência e consciência social, sendo que o objetivo sempre foi mudar essa realidade, para que a sociedade assume um papel importante em sua aceitação, pluralidade, diferenças e as suas singularidades. No contexto atual, está cada vez mais fácil e prático obter informações, falar, discutir e distinguir o que é preconceito ou o que não é. 
Essas práticas tem aumentado ao longo dos anos e se tornando algo maior no século 20, através de várias formas e de como expor, como os meios de comunicação. Alguns tipos de preconceitos são marcados por discursos de ódio e violência, são eles: racial, contra mulheres, homofobia, bullying, cyberbullying e gordo fobia. Entre outros, que são caracterizados como preconceito também, e que cada vez mais tem sido algo prático e comum na sociedade. 
2. PRECONCEITO RACIAL
Consiste na atribuição de uma relação direta entre características biológicas e qualidades morais, intelectuais ou comportamentais, implicando sempre em uma hierarquização que supõem a existência de raças humanas superiores e inferiores. Devemos lembrar que o racismo somente acontece quando há um sistema de poder que considera aquela raça, contra qual é praticado, inferior.
No século XVIII surgem as primeiras teorias racistas de cunho científico. Da mesma forma como já fazia com as plantas e os animais, a ciência passa a classificar a diversidade humana e, para tal, usa como critério principal a pigmentação da pele. O problema central dessa classificação é que ela conecta a essas características físicas atributos morais e comportamentais depreciativos ou valorativos, a depender de que “raça” se está tratando. Obviamente, o desenvolvimento da ciência foi completamente incapaz de provar qualquer tipo de ligação entre as quantidades de melanina de um ser humano e sua personalidade/capacidade intelectual. No entanto, elementos dessa hierarquização seguiram intactos nos imaginários coletivos e se expressam até os dias de hoje.
No Brasil e em outros países que utilizaram a mão de obra escrava, o racismo resulta, principalmente, da colonização e da escravidão. No dia 13 de maio de 1888, a promulgação da Lei Áurea proibiu a escravidão, mas não foram criadas políticas de inserção dos negros recém-libertos no mercado de trabalho e na educação.
A lei nº 7716, de janeiro de 1989, torna crime qualquer manifestação que exclua ou discrimine pessoas em função de sua cor, etnia ou raça. Conhecida como lei antirracismo, essa medida jurídica, que representa um enorme passo na luta pela igualdade racial no Brasil, prevê penas de prisão a quem cometer crimes de ódio ou intolerância racial.
3. PRECOCEITO COM MULHERES
3.1. MISOGINIA, MAXISMO E SEXISMO
Três palavras, que tem um significado enorme e que tomam uma proporção gigantesca de atitudes e situações. Misoginia: ódio ou aversão as mulheres. Machismo: homens que se sentem superiores as mulheres, ou mulheres que se sentem inferiores aos homens. Sexismo: atitude de discriminação fundamentada no sexo. O que elas tem em comum? O preconceito. 
Diretamente, ligado a mulher, que é considerado o mais sólido de todos os preconceitos, e que determina realidades modernas, não só no Brasil, mais no mundo. O preconceito contra a mulher, já vem de tradições antigas, e que foi sendo construída cada vez mais forte na sociedade moderna. Ao passar do tempo, a educação e o comportamento foram construídos com o indivíduo, assim atribuindo ética e valores próprios, liberdade de expressão e educação tradicional, abordando o “homem” com a ideia de que é quem trabalha fora e é sempre forte, e as mulheres instruídas a afazeres domésticos e maternidade.
A masculinidade toma uma proporção de que o homem sempre foi superior, ocasionando a diferença de gênero, e propondo a mulher como o ser frágil e sentimentalista. No Brasil as mulheres representam cerca de 51% da população, mais ainda dominam pouco espaço na sociedade, mesmo depois de muitas conquistas. Apesar de ter conquistado muitos direitos, alguns ainda são mais difíceis, e precisam ser vistos com muita luta e dedicação, mais já a violência contra a mulher vem aumentando cada vez mais. 
Feminicídio, assédio, estupros, piadas, não mudaram seus padrões, pelo contrário, tem mantido uma alta muito grande. O feminicidio, um ato de matar a mulher, pelo simples fato de ser mulher, sancionada uma lei 2015, e também a lei Maria da Penha, mesmo diante destas leis, não diminuiu índices desses crimes, é considerado um maiores crimes de violência no Brasil. Este ano subiu cerca de 10% de janeiro para junho, no meio de uma pandemia do novo corona vírus, deixando o Brasil no topo dos países com mais crimes contra mulheres, cerca de 15% dessas mulheres são Negras que moram em periferias, e 5% brancas, fatos que preocupam cada vez mais a população no Brasil. 
O preconceito contra a mulher aborda não só um tipo específico de preconceito, mais engloba diversos, temas que hoje na nossa sociedade não é tão raro de se ver. A mulher foi construída pelo “sexo frágil”, e não mulheres feministas, que lutam por seus direitos, para que ocupar cargos importantes, salários superiores aos dos homens, e representando uma legislação ou ocupando uma presidência. Sempre havendo uma repartição de tarefas e deveres, onde na constituição relata que todos somos iguais perante a lei. Infelizmente, não é assim na realidade. A educação abre portas e janelas para as pessoas, cria oportunidades, e transforma o pensamento humano, o que mais precisamos é corrigir essa sociedade e esse pensamento de que somos diferentes e que a igualdade só acontece para um dos lados. No entanto, enquanto isso não acontecer, não podemos mudar o comportamento de uma sociedade tóxica e nem extinguir esses preconceitos e essas violências que nos atinge há muito tempo, e mostrando infelizmente, uma realidade que não queremos. 
4. HOMOFOBIA
A palavra homofobia significa a repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade e/ou o homossexual. Esse termo teria sido utilizado pela primeira vez nos Estados Unidos em meados dos anos 70 e, a partir dos anos 90, teria sido difundido ao redor do mundo. No decorrer da história, inúmeras denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos, como: pecado mortal, perversão sexual, aberração.
Outro componente da homofobia é a projeção. Para a psicologia, a projeção é um mecanismo de defesa dos seres humanos, que coloca tudo aquilo que ameaça o ser humano como sendo algo externo a ele. Por exemplo, por muitos anos, acreditou-se que a AIDS era uma doença que contaminava exclusivamente homossexuais. Dessa forma, o “aidético” era aquele que tinha relações homossexuais. Assim, as pessoas podiam se sentir protegidas, uma vez que o mal da AIDS não chegaria até elas (heterossexuais). A homofobia implica ainda numa visão patológica da homossexualidade, submetida a olhares clínicos, terapias e tentativas de “cura”.
Podemos entenderentão que a homofobia compreende duas dimensões fundamentais: de um lado a questão afetiva, de uma rejeição ao homossexual; de outro, a dimensão cultural que destaca a questão cognitiva, onde o objeto do preconceito é a homossexualidade como fenômeno, e não o homossexual enquanto indivíduo.
4.1. HOMOFOBIA NO MUNDO
Alguns países da África e Ásia, o tema da homossexualidade está longe de ser tratado com naturalidade, de maneira que cerca de 80 países a relação homossexual é considerada crime e, nos casos mais extremos, levados à prisão perpétua ou pena de morte (cerca de 7 países); em detrimento de 113 países que autorizam a homossexualidade.
Essas leis homofóbicas fazem parte do código de diversos países como: Irã, Arábia Saudita, Afeganistão, Mauritânia, Sudão, Nigéria, Uganda, Iémen, Paquistão, Líbano, Emirados Árabes, Indonésia, Egito, Zâmbia, Rússia, dentre outros.
Se por um lado nota-se a intolerância extrema por esse tipo de relação, outras nações do mundo se demonstram a frente dos preconceitos de forma que a partir de 2001, ficou estabelecido a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo nos seguintes países: África do Sul, Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Nova Zelândia, Noruega, Islândia, Suécia, Canadá, Argentina e o Reino Unido.
4.2. HOMFOBIA NO BRASIL
No caso brasileiro, as uniões civis, desde maio de 2011 são permitidas por lei, com direitos similares aos casais heterossexuais.
Contudo, pesquisas recentes apontam para o Brasil como um dos países mais homofóbicos do mundo, as quais, levam em consideração, os ataques violentos aos homossexuais.
Dessa forma, o grupo LGBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais), que cresce a cada ano, lutam por reivindicações legítimas de reconhecimento da sociedade e regulação da Legislação de Políticas Públicas, como a criação de leis para a comunidade LGBT, a fim de oferecer a cidadania plena para todos os cidadãos.
Por fim, o Projeto de Lei da Câmara n.º 122/06, conhecido como PLC 122, visa incluir a homofobia no artigo sobre racismo, ao mesmo tempo que propõe alterar a lei 7.716, criminalizando atos homofóbicos.
5. BULLYING E CIBERBULLYING
5.1. BULLYING
O bullying é a intimação utilizada a atos de violência física ou psicológica contra alguém. Sendo causador de desvantagem, desmotivação, dor e humilhação a vítima. A violência que mais cresce no mundo, ocorrendo em qualquer contexto social, atingindo escolas, universidades, famílias, vizinhos e em áreas de trabalho, ele pode existir em todas as sociedades e idades, mas tendo como principais vítimas atingidas crianças e adolescentes. 
 Após a violência do bullying as vítimas podem ser afetadas a baixo autoestima, ansiedade, abandono dos estudos, depressão. Geralmente os principais alvos são pessoas mais retraídas, inseguras. E com essas características faz com impeçam de buscarem ajuda, e em geral elas se sentem inferiores e desamparadas e encontram dificuldades de aceitação. 
E com isso o seu psicológico atraem suas sequelas. E podendo aqui citar algumas particularidade dos alvos, como estatura, obesidade, deficiência física, cultura, étnicos e religião. 
Algumas medidas que devem ser tomadas para prevenir:
- Incentive a solidariedade, generosidade e o respeito às diferenças, em meio as conversas;
- Ambiente escolar ou institucional. A responsabilidade é, sim, da escola, instituição, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos envolvidos. Observar com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e percebera se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar;
- Aos pais, mostre - se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos. Fique atento a bruscas mudanças de comportamento;
- E se precisar de ajuda, entre em contato imediatamente com a direção escolar e procure profissionais especializadas.
5.2. 5.2.CIBERBULLYING
A prática de violência acontece na internet, com a difamação da vítima, humilhação, nas redes sócias e aplicativos de celular. 
Nos meios utilizar para disseminar e calúnias são as comunidades, e-mails, blogs e fotoblogs. 
Além de discriminar as pessoas visando mexer com o psicológico o intuito é deixar as vítimas abatidas e desmoralizada perante os demais. E muitos desses agressores são incapaz de se identificar, com a face do famoso “fake” pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. Porém é importante ressaltar que mesmo anônimos, os responsável sempre são descobertos. 
A tecnologia vêm progredido sempre mais, entretanto o objetivo maior seria pra melhoria e facilitação de comunicação em todas as áreas mas muitos utilizam para menosprezar e insultar outras pessoas. 
Os alvos de agressores de cyberbullying normalmente são de adolescentes insensatos, sem limites e não empáticos. Casos como esses podem ser processado por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização. É fundamental ressaltar a importância do trabalho de um psicólogo, com equipes escolares, pais, alunos, comunidade. A real importância da comunidade educativa de promover projetos solidários, desenvolver programas buscando proporcionar formas de prevenções.
6. GORDOFOBIA 
A gordofobia é um substantivo feminino aversão a pessoa gordas que se efetiva pelo preconceito, intolerância ou pela exclusão dessas pessoas. 
Diariamente, pessoas gordas e obesas saem de casa logo cedo e sabem que vão encontrar pela frente desafios de todos os tipos: Em transporte público, escritório, restaurantes e outros ambientes que não estão preparados para acomoda-los. Ainda pior: Sabem também que vão ser alvos de piadas, julgamentos e ouvir de muita gente que precisam emagrecer. Esse preconceito tem nome. Gordofobia é um neologismo para o comportamento de pessoas que julgam alguém inferior, desprezível ou repugnante por ser gorda. Em um mundo pouco adaptado a corpos gordos e em uma sociedade que institucionaliza o preconceito contra os donos desses corpos, navegar pelo cotidiano traz desafios de diversas naturezas, dos mais simples aos mais complexos. Comprar roupa, por exemplo, pode ser uma experiência desgastante emocionante. A jornalista santista Flávia durante a faculdade e ao longo de dez anos, ganhou 30 quilos. Mesmo bem resolvida com seu corpo, ela tinha dificuldade em encontrar roupas do seu agrado na pouca oferta do mercado. 
6.1. O QUE CARACTERIZA A GORDOFOBIA?
Na ausência de lei que regule esse tipo de preconceito e com a constante presença de stand- ups, programas de TV e filmes em que pessoas acima do peso viram alvo de chacota, a gordofobia está tão entranhada na sociedade que as vezes somos preconceituosos sem perceber. 
· Não usar a característica física para identificar uma pessoa falando coisas como: “fulano é aquele gordinho alí”;
· Evite termos como: Fofinho, gordinho ou maiorzinho;
· Ser gordo não tem nada a ver com ser preguiçoso. Não associe as duas características;
· Evite frases como “você emagreceu e ficou bonito”. A beleza não está só na magreza e muita gente perde peso de forma pouco saudável, por causa de distúrbios alimentares ou até mesmo depressão.
7. REFERÊNCIAS 
PORFÍRIO, Francisco. Racismo. Mundo educação. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/racismo.htm. Acesso em: 09 de setembro de 2020;
BETONI, Camila. Racismo. Info escola. Disponível em: https://www.infoescola.com/sociologia/racismo/. Acesso em: 09 de setembro de 2020;
FERRARI, Juliana Spinelli. "O que é homofobia?". Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/homofobia.htm. Acesso em: 10 de setembro de 2020;
Homofobia. Toda matéria conteúdos escolares, 17 de fevereiro de 2020. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/homofobia/. Acesso em: 10 de setembro de 2020;
“O que é bullying e cyberbullying?”. Instituto inclusão Brasil, 16 de julho de 2017. Disponível em: https://institutoinclusaobrasil.com.br/o-que-e-bullying-e-ciberbullying/. Acesso em: 10 de setembro de 2020;
RODROGUES, Stella. Precisamos falar de gordofobia. Revista Leve do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,setembro de 2018. Disponível em: https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/precisamos-falar-de-gordofobia. Acesso em: 10 de setembro de 2020.

Continue navegando