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Biossegurança tele aula 1

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INTRODUÇÃO 
 
● Toda e qualquer atividade humana expõe a esforços físicos e riscos de acidentes = 
passa-se mais tempo no ambiente de trabalho que em qualquer outro = levar em 
consideração os efeitos que a atividade profissional causa à saúde humana. 
● Trabalhador é exposto a produtos químicos, radiações, doenças e solicitações 
físicas repetitivas em níveis acima do aceitável, que provocam deteriorações no 
corpo em curto, médio e longo prazos; muitas vezes incapacitando o indivíduo para 
exercer sua profissão. 
● Biossegurança: é uma ciência interdisciplinar cujo objetivo é proteger tanto o 
trabalhador como o objeto de trabalho dos riscos inerentes à atividade do 
profissional. Entenda como objetos de trabalho o paciente, o material de pesquisa, o 
alimento processado, os animais e as plantas tratados, e o meio ambiente. 
● Biossegurança e bioética possuem relação = objetiva a proteção de indivíduos (Lei 
n. 11.105/2005). 
● É um estudo que visa à prevenção de riscos ou, se não for possível, à contenção 
dos agentes perigosos. Para isso, busca-se o estudo dos mecanismos de ação 
desses agentes e, então, estabelecem-se procedimentos seguros de ação. 
● A maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de imperícia, negligência e, até 
mesmo, imprudência dos operadores, portanto, a regra de ouro na prevenção de 
acidentes é atenção e bom senso. 
● Boas práticas: procedimentos seguros de trabalho. Esses procedimentos são 
estabelecidos com antecedência, baseando-se em normas técnicas, na legislação 
vigente, no histórico da atividade ou, simplesmente, na prática e no bom senso. 
● Boas práticas: antecedência – função principal de qualquer procedimento de 
segurança é evitar o acidente. As atividades profissionais na área da saúde 
possuem riscos inerentes ao ramo, já que frequentemente o profissional está 
exposto a microrganismos patogênicos, substâncias perigosas ou animais 
agressivos. 
● Executar o trabalho seguindo rigorosamente os procedimentos estabelecidos pelas 
boas práticas, além de tornar a atividade segura, torna-a repetitiva, reduzindo a 
variação nos resultados. 
 
PERIGOS 
Diferença entre perigo e risco: 
 
● Perigo é qualquer agente que cause dano à saúde ou à integridade física das 
pessoas. 
● Risco é um conceito que combina a probabilidade de ocorrência com a severidade 
da ocorrência. 
● Exemplo: ao se atravessar a rua, existe o perigo do atropelamento. Se for uma rua 
com pouco movimento (probabilidade baixa), na qual os carros passam em baixa 
velocidade (severidade de atropelamento baixa), o risco de se atravessar a rua é 
baixo. 
● Se for uma rodovia muito movimentada, com carros em alta velocidade, o risco da 
travessia é alto. 
● A Norma Regulamentadora n. 9 do Ministério do Trabalho indica como riscos 
ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de 
trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de 
exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. 
 
 
 
● Já a Portaria n. 25/1994, do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1994), ao regulamentar 
a elaboração do mapa de riscos, considera a existência de cinco categorias de 
riscos: agentes físicos, agentes químicos, agentes biológicos, agentes ergonômicos 
e agentes de acidentes. 
● Perigos físicos são: qualquer sólido estranho à atividade exercida em níveis e 
dimensões inaceitáveis; objetos e ferramentas perfurocortantes; ruídos intensos, 
radiações ionizantes, temperaturas excessivas, pressão ambiente anormal; insetos e 
animais. 
● Essa classe de perigos tem como característica principal provocar a ruptura da pele 
e de tecidos. A pele é a principal barreira de proteção do corpo humano, sendo 
impermeável tanto a fluidos quanto a microrganismos. 
● Com a ruptura da pele = contaminações por esses perigos = grave. 
● Prevenção: barreiras físicas que impedem a ação do agente: telas nas janelas 
impedem a entrada de insetos, superfícies espelhadas impedem a propagação da 
radiação, luvas grossas impedem que as mãos se queimem. 
● Perigo químico: a substância deve penetrar no organismo. São incluídos nessa 
análise os riscos de explosão e incêndios provocados pela má manipulação dos 
produtos químicos 
● Se os perigos químicos são originados de manipulação errada de produtos 
químicos, então, para se prevenir dessa classe de perigos, é muito importante que o 
trabalhador conheça as características dos produtos manipulados 
● A Lei n. 6.514/77, no art. 197, estabelece que os materiais e as substâncias 
empregados, manipulados ou transportados nos locais de trabalho, quando 
perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, 
recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo 
a padronização internacional (BRASIL, 1977). 
● Binsfeld (2004) sugere que os perigos químicos sejam avaliados de acordo com as 
características físico-químicas, reatividade, toxicidade, condições de manipulação, 
possibilidade de exposição e vias de penetração no organismo. 
● Perigos biológicos: são aqueles que causam infecções, caracterizadas pela invasão 
e pela multiplicação de organismos indesejáveis no objeto de trabalho ou no próprio 
trabalhador. 
● Para que a infecção seja identificada como tal, vários fatores precisam ser avaliados: 
o tipo de agente infeccioso, a quantidade inoculada desse agente, a resistência 
natural do ambiente a esse agente e o estado de saúde do sujeito contaminado. 
● Somente a presença do organismo indesejável não é suficiente para caracterizar 
uma infecção. O problema maior é a multiplicação desse organismo. 
● Prevenção dos perigos biológicos está concentrada em se evitarem a multiplicação 
dos microrganismos e a inoculação. 
● O Manual de Segurança em Laboratório, da Organização Mundial da Saúde (OMS, 
2004), sugere que sejam levados em consideração os seguintes parâmetros na 
avaliação dos perigos biológicos: patogenicidade do agente, dose infecciosa, via de 
exposição, concentração do agente, informação disponível, tipo de atividade 
executada e disponibilidade de profilaxia. 
 
 
 
 
 
 
 
Os microrganismos também são classificados de acordo com o potencial de 
risco que apresentam: 
 
Classe 1: são os microrganismos que não apresentam nenhum risco de causar doenças. 
Contudo, isso não significa que eles não possuam riscos, pois, no caso de alimentos, por 
exemplo, eles podem ser deteriorantes. 
Classe 2: são agentes patogênicos que não causam doenças graves em humanos ou 
animais. Essas doenças possuem um tratamento eficaz, e o risco de a infecção se alastrar 
é pequeno. 
Classe 3: são os microrganismos que causam doenças graves que podem levar à morte 
tanto homens como animais, mas cuja propagação é limitada. Existem tratamentos e 
medidas de prevenção. 
Classe 4: são os agentes patogênicos que causam doenças graves, com risco de morte 
para humanos ou animais, e que são transmitidos facilmente, principalmente por via aérea. 
 
● Perigos ergonômicos: uma disciplina científica relacionada ao entendimento das 
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação 
de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar 
humano e o desempenho global do sistema (ABERGO, 2010). 
● A análise ergonômica não pode ser restrita apenas a um aspecto = tem que ser 
multidisciplinar e deve incluir as características pessoais de cada trabalhador. 
● A NR-17 (1978), MT, trata da ergonomia no ambiente de trabalho e estabelece 
parâmetros que permitam adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto, 
segurança e desempenho eficiente. 
● Parâmetros de controle: levantamento, transporte e descarga de materiais pesados, 
mobiliários, equipamentos e organização do trabalho. 
 
LER/DORT 
 
● A expressão LER = Lesões por Esforços Repetitivos = surgiu oficialmente no Brasil 
em 1997, com a publicaçãoda Portaria n. 4.062, que reconheceu a tenossinovite 
como uma doença relacionada ao trabalho. 
● A tenossinovite é uma inflamação dos tendões e das membranas que recobrem os 
tendões, provocando dor, falta de força e inchaço no local. Essa doença foi 
chamada, mitas vezes, de tenossinovite do digitador (BRASIL, 2001). 
● OMS: classifica os distúrbios de saúde relacionados à atividade laboral em: 
Doença profissional. 
Doença relacionada ao trabalho. 
 
● As doenças profissionais são aquelas inerentes à atividade profissional, pois não há 
como o trabalhador atuar sem estar exposto ao agente causador da doença. 
● Ex.: cantor de rock: não é possível cantar em uma apresentação sem estar exposto 
a um som extremamente alto, o que ocasiona perdas auditivas. 
● Relação direta entre causa e efeito. Já as doenças relacionadas ao trabalho: não é 
possível identificar um agente específico entre os que estão relacionados à atividade 
profissional. 
● Ex.: professor que usa a voz como instrumento de trabalho. A utilização da voz está 
condicionada ao comportamento da classe, à matéria dada, à hidratação da 
garganta, à umidade relativa do ar, ao seu período de descanso; enfim, a uma gama 
enorme de fatores. 
 
● A expressão LER passou a ser usada indiscriminadamente, abrangendo os 
distúrbios ou as doenças do sistema músculo-esquelético-ligamentar, relacionadas 
ou não ao trabalho. 
● A expressão se tornou imprecisa e os diagnósticos muitas vezes deixaram de ser 
tendinite ou bursite e passaram a ser LER (BARBOSA, 2002). 
● Em 1998, por meio da Ordem de Serviço INSS/DSS n. 606, foi adotada a 
terminologia Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (Dort). 
● Equiparando-a à LER para respeitar a literatura já existente na época. 
A partir daí, as expressões LER e Dort aparecem juntas, na forma LER/Dort. 
 
● As doenças enquadradas nesse grupo compreendem uma heterogeneidade de 
distúrbios funcionais e/ou orgânicos, que manifestam em seu portador sintomas 
comuns, muitas vezes inespecíficos, como: 
fadiga muscular; 
dor; 
parestesia; 
sensação de peso; 
mal-estar; 
processos inflamatórios em tendões, 
ligamentos e bursas sinoviais; 
contraturas musculares, entre outros. 
● O desenvolvimento da LER/Dort está relacionado a diversas causas. Então, é muito 
importante analisar cada caso e determinar quais os fatores de risco envolvidos de 
forma direta ou indireta na ocorrência. 
● Esses fatores de riscos são determinados por meio de anamnese feita pelo médico 
do trabalho, procurando identificar as interações entre os possíveis fatores de riscos 
e se essa interação é capaz de ultrapassar a capacidade de regeneração do tecido 
muscular, mesmo se o funcionamento dele esteja parcialmente mantido. 
● Nessa caracterização, é importante observar alguns elementos, como: 
a região anatômica e a biomecânica associada a ela; 
a intensidade do esforço; 
a organização temporal do trabalho (a duração do ciclo de trabalho e a distribuição das 
pausas); 
a adequação do posto de trabalho; 
o conforto ambiental; 
a carga estática; 
a invariabilidade da tarefa; 
as exigências de atenção, 
provocando aumento de tensão muscular ou reação mais generalizada de estresse; 
os fatores psicossociais ligados ao trabalho, como percepções relativas à carreira, à carga e 
ao ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho. 
● As LER/Dort são doenças de notificação obrigatória. Quando o médico do trabalho 
suspeitar de uma LER/Dort, deve emitir uma Comunicação de Acidente de Trabalho 
(CAT) para o INSS, mesmo que a doença não provoque a incapacitação do 
trabalhador ou gere o seu afastamento. 
 
 
 
 
 
 
 
● A CAT é um documento utilizado pelo INSS para a obtenção de dados relativos aos 
acidentes do trabalho e às doenças ocupacionais: 
● O objetivo dessa captação é fornecer informações para o enquadramento das 
empresas segundo os graus de risco no ambiente do trabalho, para o cálculo da 
contribuição da empresa ao INSS, destinada ao financiamento dos benefícios 
concedidos em razão do grau de incidência dos acidentes e subsidiar políticas de 
prevenção e fiscalização das empresas 
● A ginástica laboral começou na indústria com o objetivo de dar repouso ativo aos 
operários por alguns períodos durante sua jornada de trabalho. 
 
● Esse repouso impactou substancialmente a qualidade do trabalho desenvolvido e o 
desenvolvimento de competências por parte dos trabalhadores. 
● Melhorou os índices de afastamento por acidentes de trabalho. 
● Melhora na linha de produção 
 
A ginástica laboral visa à promoção da saúde e melhora das condições de trabalho, 
além da preparação biopsicossocial dos participantes: 
 
Contribui direta ou indiretamente para a redução de lesões por esforços repetitivos, 
consequentemente proporcionando aumento da produtividade com qualidade. 
 
● Três tipos de ginásticas utilizadas pelas empresas: 
ginástica compensatória: praticada antes do expediente, tem como objetivo 
proporcionar aquecimento para o trabalhador; 
ginástica de pausa: praticada no meio do expediente, tem como meta aliviar as 
tensões e fortalecer os músculos do trabalhador; 
ginástica de relaxamento ou compensatória: praticada após o expediente, tem como 
alvo proporcionar relaxamento muscular e mental aos trabalhadores. 
 
● É de grande importância que a maioria das empresas adote o programa para 
melhoria da qualidade de vida (ginástica laboral) dos funcionários por um 
profissional: 
melhor produtividade; 
melhor relacionamento recíproco nas atividades diárias 
 
Rotulagem, simbologia de risco e infecção hospitalar 
 
● Conforme discutimos, quando um laboratório adquire um produto químico no 
Brasil, o recipiente desse produto deve possuir um rótulo contendo 
informações de acordo com o especificado na norma NBR 14725; 
● Rotulagem em fracionamento: o laboratório faz aquisição de frascos de 
grande porte e em muita quantidade = inviável o uso na rotina e nas 
bancadas de trabalho. 
● O trabalhador precisará fracionar o material e acondicioná-lo em um novo 
frasco. Da mesma forma, quando é necessário fazer uma mistura, uma 
solução ou qualquer outro tipo de preparação, também pode ser preciso o 
acondicionamento dos produtos em frascos específicos para uso posterior. 
● Perigo: trabalhador com dificuldades em identificar os diversos conteúdos. 
● Cada laboratório possui, especificado nas suas rotinas de trabalho, algum 
procedimento de rotulagem de fracionamentos, porém algumas informações 
são fundamentais. 
 
● Todos esses frascos devem conter um rótulo com as seguintes informações: nome 
do produto, responsável pelo produto, datas do preparo e validade. 
● Riscos de acidentes: reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar 
qualquer outro diferente, ou mesmo colocar outra etiqueta sobre a original. 
● Caso seja encontrado um frasco sem rótulo de identificação, não se deve tentar 
adivinhar o que há em seu interior; se não houver possibilidade de identificação, o 
produto deve ser descartado. 
 
 
Diamante de Hommel: ​Outra simbologia bastante aplicada = diferentemente das 
placas de identificação, ele não informa qual é a substância, mas indica todos os 
graus de risco. 
● Essa simbologia foi proposta pela NFPA (Associação Nacional dos EUA) 
para proteção contra incêndios – por meio da norma NFPA 704 – e é 
adotada internacionalmente. 
● Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel 
variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química 
perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa 
substância: 
 
Riscos à saúde: 
4 – Substância letal (cianureto de potássio). 
3 – Substância severamente perigosa (gás cloro). 
2 – Substância moderadamente perigosa (amônia). 
1 – Substância levemente perigosa (aguarrás). 
0 – Substância não perigosa ou de risco mínimo (óleo de cozinha). 
 
OXY – oxidante forte. 
ACID – ácido forte. 
ALK – alcalino (base) forte. 
COR – corrosivo.W – não misture com água. 
 
Inflamabilidade: 
4 – Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis (ponto de fulgor abaixo de 23 
ºC, gás propano). 
3 – Substâncias que entram em ignição à temperatura ambiente (ponto de 
fulgor abaixo de 38 ºC, gasolina). 
2 – Substâncias que entram em ignição quando aquecidas moderadamente 
(ponto de fulgor abaixo de 93 ºC, diesel). 
1 – Substâncias que precisam ser aquecidas para entrar em ignição (ponto 
de fulgor acima de 93 ºC, óleo de milho). 
0 – Substâncias que não queimam (água) 
 
Reatividade: 
4 – Pode explodir. 
3 – Pode explodir com choque mecânico ou calor. 
2 – Reação química violenta. 
1 – Instável se aquecido (fósforo branco ou vermelho). 
0 – Estável (nitrogênio líquido). Exemplo: 
 
 
 
● Infecções hospitalares são as infecções adquiridas durante a internação do paciente 
em um hospital ou depois, se essas infecções tiverem relação com algum 
procedimento executado na internação. 
● Segundo Lacerda et al. (1992), historicamente, a prática no controle de infecções 
está focada em ações exógenas, isto é, considerando-se causas externas, o que 
resultou na criação de inúmeras técnicas de assepsia, desinfecção e esterilização. 
● Além disso, as causas exógenas não são as únicas que podem provocar infecções 
hospitalares. Então, a questão das doenças infecciosas não é a simples falta de 
higiene. 
● O perigo biológico não é a presença de microrganismos, mas dessa população de 
microrganismos se desenvolver acima de um nível aceitável. 
● Cerca de 70% das infecções hospitalares têm causas endógenas (TURRINI, 2000) 
e, dentro do ambiente hospitalar, o controle das infecções de origem exógena é 
quase sempre possível com a utilização de boas práticas no ambiente de trabalho. 
● Infecções em cirurgias: a pele é a principal barreira que o organismo tem para se 
proteger contra a invasão de microrganismos. Então, as cirurgias podem ser 
classificadas de acordo com o potencial de contaminação da incisão (Portaria n. 
2.616/98): 
● Cirurgias limpas: são realizadas em tecidos que puderam ser descontaminados 
previamente e que não tenham nenhum processo infeccioso ou inflamatório local 
prévio. Não são incluídas as cirurgias com penetrações nos tratos digestivo, 
respiratório ou urinário. 
● Cirurgias potencialmente contaminadas: são realizadas em tecidos com flora 
microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Também são 
incluídas as cirurgias com penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário 
sem contaminação significativa. 
● Cirurgias contaminadas: são realizadas em tecido com flora microbiana abundante e 
cuja descontaminação seja difícil ou quando existe a presença de inflamação aguda 
na incisão. 
● Cirurgias infectadas: são as cirurgias realizadas em tecidos com processo infeccioso 
(supuração local) ou tecidos necróticos. 
● Essa classificação, feita pelo Ministério da Saúde, mostra claramente que, muitas 
vezes, o profissional da área da saúde precisa conviver com a possibilidade de não 
conseguir eliminar a flora microbiana existente no paciente. 
 
Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH): 
● A Portaria n. 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998, da Anvisa, estabeleceu 
o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, com o objetivo de reduzir 
a incidência e a gravidade das infecções hospitalares. 
● Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): os hospitais foram 
obrigados a estabelecer uma comissão técnica, formada por profissionais de 
nível superior, da área da saúde, com o objetivo de assessorar a alta 
administração do hospital a estabelecer ações de controle de infecção 
hospitalar. 
● O número de membros executores é aumentado se o hospital atender a 
pacientes em UTIs, pacientes queimados, submetidos a transplantes de 
órgãos, de oncologia ou com Aids. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● CCIH tem como função elaborar e implementar um programa para controlar as 
infecções hospitalares, contendo: 
um sistema de vigilância epidemiológica das infecções hospitalares. Esse sistema é a 
observação sistemática da ocorrência da infecção hospitalar, a distribuição entre pacientes 
e das condições que afetam sua ocorrência; 
normas internas e rotinas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares; 
ações para treinamento de funcionários para a prevenção de infecções hospitalares; 
a garantia do uso racional de produtos antimicrobianos, germicidas e materiais 
médico-hospitalares; 
a realização da investigação epidemiológica de casos e implantação de medidas de 
controle. 
 
 Boas práticas, equipamentos de proteção e níveis de segurança laboratorial 
 
Boas práticas são procedimentos seguros de trabalho, tanto para o trabalhador quanto para 
o objeto de trabalho. 
Todas as atividades relacionadas à saúde possuem riscos inerentes, pois expõem tanto o 
profissional quanto o objeto de trabalho a microrganismos patogênicos, substâncias 
perigosas ou animais agressivos. 
A expressão “boas práticas” vem, geralmente, associada a uma identificação do ramo de 
trabalho: boas práticas de fabricação, boas práticas de laboratório, boas práticas de 
preparação, entre outros. 
● Essas práticas são sempre preventivas e incluem todos os aspectos da cadeia 
operacional e, apesar de alguns procedimentos serem específicos de cada tipo de 
operação, alguns fatores são universais e sempre devem ser observados, como: 
higiene pessoal; uso de roupas adequadas; 
limpeza de equipamentos e utensílios; 
controle de pragas, como baratas, ratos, entre outros; 
controle da qualidade da água. 
 
● Boas práticas de laboratório: regras de segurança que devem ser rigorosamente 
seguidas, a fim de se evitarem prejuízos materiais e, principalmente, riscos à 
integridade física sua e dos outros à sua volta 
● Isso porque há diversos elementos de risco tais como: máquinas, manuseio de 
material de vidro, uso da eletricidade, incêndio, explosão e exposição a substâncias 
químicas nocivas ao organismo humano. 
● O profissional em ação deve, portanto, adotar sempre uma atitude atenciosa, 
cuidadosa e metódica em tudo o que faz. Deve, particularmente, concentrar-se no 
seu trabalho e não permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma forma, 
não deve distrair os demais desnecessariamente. 
● Um acidente em um laboratório químico quase nunca fica restrito apenas a uma 
pessoa. O trabalhador deve estar ciente de que é responsável pela segurança tanto 
sua quanto da dos seus colegas. 
 
Seguem algumas recomendações básicas de boas práticas de laboratório: 
1. Use um avental com mangas compridas, na altura dos joelhos e fechado; calças 
compridas e calçados fechados de modo a proteger, pelo menos, até o peito do pé e 
nunca trabalhe sozinho. 
2. Não use relógios, pulseiras, anéis ou quaisquer ornamentos durante o trabalho no 
laboratório. Cabelos compridos devem ser presos na forma de coque ou recobertos 
por touca. Nunca use lentes de contato em laboratórios. 
3. Não use avental, luvas ou qualquer outro EPI fora do lugar de trabalho. 
4. Não teste produtos utilizando o tato, o olfato ou o paladar. 
 
 
5. Todos os produtos devem ser muito bem identificados. 
6. Cuidados com processos de aquecimento: certifique-se, ao acender uma chama, 
de que não existem solventes próximos e destampados, especialmente aqueles 
mais voláteis (éter etílico, éter de petróleo, hexano, dissulfeto de carbono, benzeno, 
acetona, álcool etílico, acetato de etila). Mesmo uma chapa ou manta de 
aquecimento pode ocasionar incêndios quando em contato com esses solventes. 
Carbono 
● Boas práticas no atendimento à saúde: Riscos biológicos = trabalhador, na 
área da saúde, está sempre exposto a uma carga contaminante enorme, o 
que acaba acarretando um desgaste psicológico. Esse desgaste psicológico 
pode ser agravado, dependendo de crenças pessoais e nível de informação 
do profissional. 
 
Recomendações básicas de boas práticas de atendimento na saúde: 
1. Recomendações quanto àhigiene e ao asseio pessoal. 
2. Recomendações quanto ao uso de toucas, luvas e outros EPIs: esses EPIs, 
juntamente com o avental, devem ser vestidos imediatamente antes de se entrar na 
área de trabalho e retirados imediatamente após a saída. Não se deve circular com 
EPIs fora das áreas de trabalho. 
3. Recomendações quanto à manipulação de perfurocortantes: agulhas, cacos de 
vidro, escalpes, conexões, lâminas e diversos dispositivos de uso odontológico como 
brocas e limas fazem parte desse grupo. 
 
Todo objeto perfurocortante deve ser descartado em um recipiente rígido e 
corretamente identificado. O profissional deve estar sempre atento à capacidade 
máxima desse recipiente. 
Nunca reencape agulhas, não devem ser removidas ou entortadas. Caso o 
procedimento exija manipulação mais prolongada de agulhas, ele deve ser feito com 
o máximo de atenção, evitando distrações. 
Cacos de vidro devem ser recolhidos com o auxílio de vassouras. Nunca utilize 
panos ou as mãos, mesmo que protegidas por luvas. Os cacos de vidro cortam a 
borracha facilmente. 
 
Manual de Boas Práticas e Procedimento Operacional Padrão: 
 
O Manual de Boas Práticas é um documento que descreve, em linhas gerais, o 
trabalho executado no estabelecimento e as diretrizes para a forma correta de 
fazê-lo. Nele, podemse ter informações gerais sobre como é feita a limpeza, o 
controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de 
saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e 
como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis. 
O Procedimento Operacional Padronizado, também chamado de POP, é um 
documento que descreve passo a passo como executar as tarefas no 
estabelecimento. O POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, 
os materiais necessários e a frequência com que deve ser feita. Obrigação de seguir 
e necessidade de atualização. 
Equipamentos de proteção: as Normas Regulamentadoras, também conhecidas 
como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios 
relacionados à medicina e à segurança no trabalho no Brasil e são de observância 
obrigatória por todas as empresas. NR-6 = regulamenta os equipamentos de 
proteção individual (EPI). 
 
 
É considerado equipamento de proteção individual todo dispositivo ou produto de 
uso individual utilizado pelo trabalhador e destinado à proteção de riscos suscetíveis 
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (BRASIL, 1978). 
A empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos empregados EPIs adequados ao 
risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento. 
Empregador deve orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e 
a conservação e, principalmente, exigir seu uso. 
 
● Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC): 
dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a 
determinado risco. 
Exemplos: o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de 
trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização 
de segurança, a cabine de segurança biológica, as capelas químicas, a cabine para 
manipulação de radioisótopos, os extintores de incêndio, entre outros. 
 
● Níveis de biossegurança laboratorial: 
A avaliação do perigo biológico é composta pela identificação do agente biológico e 
pelo dano que esse agente pode causar 
 
Para uma avaliação correta, diversos fatores têm que ser analisados, como a via de 
transmissão disponível, o treinamento dos profissionais que vão ter contato com 
esse agente, o tipo de trabalho a ser executado, as espécies animais afetadas pelo 
agente infeccioso, o nível de conhecimento sobre esse agente, a existência de 
alguma profilaxia, a infraestrutura no local de trabalho; enfim, fatores que não dizem 
respeito apenas ao agente infeccioso. 
 
Classes de risco biológico: ​dois fatores: o primeiro é que a classificação se refere 
à fase mais perigosa da vida do organismo contaminante e o segundo é que essa 
contaminação é avaliada em indivíduos adultos e sadios. 
Classe de risco 1: são os agentes biológicos que não provocam doenças em 
pessoas ou animais sadios. Estão nesse grupo os probióticos, o fermento biológico e 
os microrganismos empregados na produção de iogurtes e queijos. 
Classe de risco 2: são os microrganismos das doenças não letais mais comuns, para 
as quais já existe tratamento, vacina ou que não são transmitidas por via aérea. 
Exemplos: Ascaris lumbricoides, Clostridium tetani, Aspergillus flavus e HPV. 
Classe de risco 3: estão nesse grupo os agentes transmitidos por via respiratória e 
que causam doenças possivelmente letais, mas que possuem tratamento. Esses 
patógenos representam um risco grande se forem disseminados no meio ambiente e 
podem ser transmitidos de indivíduo para indivíduo por via aérea. Exemplos: 
Histoplasma capsulatum e Brucella ssp. 
Classe de risco 4: são os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade 
por via respiratória ou agentes biológicos exóticos e pouco conhecidos. Não existe 
nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra esses agentes biológicos. 
 
Exemplos da classe de risco 4: arena vírus, vírus ebola, entre outros 
Classe de risco especial: são os agentes biológicos não existentes no país e que, 
embora não obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem 
gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos. Um agente de 
classe de risco especial deverá ser manipulado seguindo os mesmos critérios da 
classe de risco 4 enquanto ainda não circular em território nacional. Após o primeiro 
caso diagnosticado no país, deverá ser classificado dentro das demais categorias. 
 
 
Níveis de biossegurança: os quatro níveis de biossegurança (NB) consistem em 
combinações de práticas e técnicas de laboratório, equipamento de segurança e 
instalações do laboratório. 
 
Nível de biossegurança 1 (NB-1): os laboratórios classificados como NB-1 são 
projetados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 1. São locais 
apropriados para o treinamento educacional ou para o treinamento de técnicos e 
professores de técnicas laboratoriais. 
Nível de biossegurança 2 (NB-2): é aplicável aos laboratórios clínicos, de 
diagnóstico e outros laboratórios em que o trabalho é realizado com maior espectro 
de agentes nativos de risco moderado, presentes na comunidade e que estejam 
associados a uma patologia humana de gravidade variável. Os laboratórios NB-2 
são projetados para trabalhar com agentes biológicos de classe de risco 2. 
Nível de biossegurança 3 (NB-3): são os laboratórios preparados para trabalhos com 
agentes biológicos de classe de risco 3. É aplicável para laboratórios clínicos, de 
diagnósticos, de pesquisa ou de produções. Possui requisitos intensificados em 
relação aos níveis 1 e 2. 
Nível de biossegurança 4 (NB-4): os laboratórios com nível de biossegurança 4 são 
projetados para manipular agentes biológicos com classe de risco 4 
 
Quanto mais grave a potencialidade da doença adquirida, maior será o risco. Por 
exemplo, o Sthaphilococcus aureus raramente provoca uma doença grave ou fatal 
em um indivíduo contaminado em um laboratório e está relegado ao NB-2. Por outro 
lado, vírus como o ebola, que provocam doenças com alta taxa de mortalidade e 
para as quais não existem vacinas ou tratamentos, são trabalhados em um NB-4.

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