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Sistema urinário

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Histologia do sistema urinário: 
 
 Introdução: O aparelho urinário é formado por: 
a) 02 rins 
b) 02 ureteres 
c) 01 bexiga urinária 
d) 01 uretra 
 
Os rins são estruturas filtradoras de sangue que, a partir da filtragem, vão produzir 
urina. 
Vão esvaziar esse conteúdo dentro da bexiga urinária através dos ureteres. 
Em determinado volume ocorre o reflexo de micção e a bexiga esvazia a urina através 
da uretra. 
Os rins produzem cerca de 1500ml de urina por dia. 
 
Funções do sistema urinário: 
 
a) Homeostase: São eliminados, através da urina, diversos resíduos metabólicos e 
água. Ou seja, o sistema urinário contribui para o equilíbrio eletrolítico do 
organismo. Tal função se realiza nos túbulos uriníferos (composto por néfron e 
túbulo coletor) em um processo complexo que envolve filtração, absorção ativa, 
absorção passiva e secreção. 
b) Produção e secreção hormonal: O rim produz e secreta a renina (enzima) que 
ajuda a controlar o volume de líquido e a pressão arterial do indivíduo, o 
colecalciferol (vitamina D), que ajuda na absorção de cálcio, e a eritropoetina 
(glicoproteína), que estimula a produção de eritrócitos na medula óssea. 
 
 
 
 
 
 
 Rim: 
 
1. É um órgão em formato de feijão (descrição anatômica). 
2. Apresenta uma borda convexa e outra borda côncava. 
3. No centro da borda côncava, temos o hilo renal. 
4. Hilo renal: Localiza-se na borda côncava e é o local de entrada e saída dos vasos 
sanguíneos. Além disso, é o local de entrada de nervos e saída do ureter. O hilo renal 
contém ainda: tecido adiposo; dois ou três cálices (que se reúnem para formar a pelve 
renal). 
5. Pelve renal: É a parte superior dilatada do ureter. 
 
6. Cálices renais: Vão se reunir formando a pelve renal que é a parte superior e dilatada 
do ureter. 
7. O rim é constituído por uma capsula fibrosa (tecido conjuntivo denso). Além disso, é 
formado por duas zonas: zona medular e zona cortical. 
- Observação: zona cortical, em qualquer órgão, é a parte periférica (externa) e a zona 
medular, em qualquer órgão, é a parte central (interna). 
 
a) Zona medular: Há a zona medula interna e a zona medula externa. 
1. Formada por 6 a 12 pirâmides medulares (Malpighi). 
2. Os vértices dessas pirâmides se esvaziam nos cálices renais. 
3. As papilas renais são formadas por esse “esvaziamento” dos vértices das 
pirâmides medulares nos cálices renais. 
4. Cada papila renal é formada por 10 a 25 orifícios denominada área crivosa. 
5. As papilas renais, na anatomia do rim, são saliências dos vértices das pirâmides 
medulares, sendo cada uma delas perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa) 
6. Entre cada pirâmide renal temos as colunas renais. 
- OBSERVAÇÃO: A associação de uma pirâmide medular e o tecido cortical que 
recobre sua base e seus lados forma cada lobo renal. 
 
- OBSERVAÇÃO: Um lóbulo renal é constituído por um raio medular e pelo tecido 
cortical que fica em volta, delimitado pelas artérias interlobulares. 
 
Túbulo urinífero: É composto por duas porções funcionais distintas (exercem funções 
diferentes): 
 
a) Néfron: Há cerca de 600 a 800k de néfrons em cada rim. É composto por: Corpúsculo 
renal (parte dilatada); túbulo contorcido proximal (início do néfron); alça de Henle 
(partes delgadas e espessas). 
b) Túbulo coletor: É constituído pelo túbulo contorcido distal (transição entre néfron e 
túbulo coletor) aos segmentos corticais ou medulares dos ductos coletores. 
O ducto coletor que está na parte cortical, é a porção cortical do túbulo coletor. 
O ducto coletor que está na parte medular, é a porção medular do túbulo coletor. 
 
 
Corpúsculo renal: Desempenha a função de filtragem do sangue. 
1. Tem cerca de 200 um de diâmetro. 
2. Constituído por um emaranhado de capilares: glomérulo. 
3. Este glomérulo é envolto pela Capsula de Bowman. 
4. A Capsula de Bowman possui dois folhetos: Visceral (interno) que está aderido 
junto aos capilares que formam o glomérulo e outro parietal (externo) que forma 
os limites do corpúsculo renal. 
 
 
a) Folheto parietal (externo): Forma os limites do corpúsculo renal. É formado 
por um epitélio simples pavimentoso que se apoia na lâmina basal e numa fina 
camada de fibras reticulares. (servem como rede para sustentação de células e 
é formado por colágeno tipo III em associação a glicídios) 
Simples: Uma camada 
Pavimentoso: É a forma, que neste caso, vai ser achatado. 
Como já sabemos, na base de todo epitélio há uma lâmina basal. (delimita o 
epitélio do tecido conjuntivo subjacente – rico em proteínas e polissacarídeos) 
Em alguns casos a membrana basal (“tapete molecular” entre o polo basal do 
extrato germinativo (células basais do epitélio) e elementos do tecido 
conjuntivo) é constituída por uma lâmina basal e fibras reticulares, como neste 
caso. 
 
b) Folheto visceral (interno): Vai estar em contato com o emaranhado de 
capilares que forma o glomérulo de Malpigh. As células do folheto visceral vão 
se modificar durante o desenvolvimento embrionário, adquirindo 
características próprias (individualizadas). Essas células são os podócitos 
(células do epitélio visceral do rim). 
Os podócitos são formados por: Corpo celular de onde partem diversos 
prolongamentos primários que dão origem a prolongamentos secundários. 
 
 
Podócitos em torno dos capilares que formam os glomérulos. 
 
5. Podócitos: Vão partir do citoplasma prolongamentos primários. Formam-se 
projeções destes prolongamentos primários, denominados prolongamentos 
secundários. 
Os prolongamentos secundários entram em contato com a membrana basal do 
endotélio dos capilares glomerulares. 
Vale ressaltar que os espaços entre as projeções secundarias dos podócitos são as 
fendas de filtração. 
 
Essas fendas de filtração que são espaços entre os prolongamentos secundários 
dos podócitos são fechadas por uma membrana com cerca de 6nm de espessura. 
Acredita-se que os podócitos estejam envolvidos na permeabilidade seletiva de 
filtração, porém ainda não se sabe, de fato, a sua função. 
 
- OBSERVAÇÃO: Cada corpúsculo renal tem dois polos: polo vascular e o polo 
urinário. 
a) Polo vascular: Onde a arteríola aferente penetra e de onde sai a arteríola 
eferente. 
b) Polo urinário: Onde é o início do túbulo contorcido proximal, estrutura 
subsequente do néfron. 
Polo vascular: 
 
Ao penetrar no corpúsculo renal, a arteríola aferente divide-se em vários capilares, 
que vão constituir alças do glomérulo. 
Além disso, há conexões diretas entre os vasos aferentes e eferentes, pelos quais o 
sangue pode circular mesmo sem passar pelas alças do glomérulo. Ou seja, nem 
todo sangue que entrar no corpúsculo renal será filtrado. 
6. Capilares glomerulares: Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado e sem 
diafragma nos poros das células endoteliais. 
Fenestras são orifícios presentes no endotélio desses vasos. Às vezes, nestes 
orifícios, há uma membrana (diafragma). No caso dos capilares glomerulares, há 
orifícios nas células endoteliais (fenestrado), porém não há membrana nestes 
poros (sem diafragma). Se não há diafragma (membrana) nestas fenestras, quem 
ajuda no processo de filtração é a própria membrana basal deste endotélio. (entre 
as células endoteliais e os prolongamentos secundários dos podócitos). 
Admite-se que esta membrana basal (lâmina basal do endotélio + lâmina basal dos 
podócitos) é a principal barreira de filtração do glomérulo pra este sangue 
circulante ali. 
7. Membrana basal: Constituída de lâmina basal do endotélio dos capilares mais 
lâmina basal dos podócitos. É a principal barreira de filtração do glomérulo pro 
sangue circulante. É constituída de 3 camadas. 
a) Lâmina rara interna: Situada próxima as células do endotélio (claras nas 
micrografias eletrônicas). 
b) Lâmina densa: É elétron-densa (por isso mais escura nas micrografias 
eletrônicas) e é uma lâmina intermediaria. 
c) Lâmina rara externa: É clara nas micrografias eletrônicas. Está localizada mais 
externamenteao lúmen do capilar, portanto, em contato com os podócitos. 
 
Observação: Somando-se o fluxo sanguíneo nos dois rins, por minuto, temos 1 
litro. Logo, em 4 ou 5 minutos, todo o sangue do nosso corpo passa pelo rim 
(quanto maior o indivíduo, mais sangue e, portanto, maior o intervalo de 
tempo para isso ocorrer). 
8. Os glomérulos de Malpigh são formados por capilares arteriais cuja pressão 
hidrostática é de 45mmHg. 45mmHg é uma pressão muito elevada em 
comparação com os outros capilares. 
9. O filtrado glomerular (FG), forma-se pela pressão hidrostática do sangue, que, no 
entanto, se opõe a pressão osmótica dos coloides do plasma (20mmHg) e a 
pressão do líquido contido na capsula de Bowman (10mmHg). 
10. Já que a pressão hidrostática do sangue é de 45mmHg, a pressão osmótica dos 
coloides do plasma é de 20mmHg e a pressão do líquido contido na capsula de 
Bowman é de 10mmHg, dizemos que a força de filtração glomerular é de 
15mmHg. 
11. O filtrado glomerular tem composição semelhante à do plasma sanguíneo (cloreto, 
glicose, ureia, fosfato) porém quase não possui proteínas, pois as macromoléculas 
não atravessam a barreira de filtração glomerular. 
12. Células mesangiais: Presentes em certas regiões nas paredes dos capilares 
glomerulares. Nem estão presentes em todos os capilares, nem em toda a 
extensão dos capilares que a contém. 
13. Há pontos no glomérulo que a lâmina basal não envolve a circunferência de um só 
capilar, constituindo uma membrana comum a dois ou mais alças de capilares. É 
principalmente neste espaço que são encontradas as células mesangiais. 
 
14. As células mesangiais são células contráteis e receptoras para angiotensina II 
(hormônio que reduz o fluxo sanguíneo glomerular). Além disso, as células 
mesangiais vão possuir receptores para o fator natriurético atrial (hormônio 
produzido por cardiomiócitos do átrio direito). O fator natriurético atrial é um 
potente vasodilatador que vai relaxar as células mesangiais (vão deixar de 
contrair), aumentando assim o volume de sangue nos capilares e 
consequentemente a área disponível para filtração. 
15. As células mesangiais também produzem a matriz extracelular, ou seja, promovem 
o suporte do glomérulo. 
16. As células mesangiais também promovem a digestão de células danificadas 
normais que precisam ser substituídas e também digerem complexos de antígeno 
+ anticorpos. 
17. As células mesangiais também produzirão as prostaglandinas estruturais que 
causam a contração da musculatura lisa das arteríolas aferentes e eferentes. 
 
 Polo urinário: O folheto parietal da capsula de Bowman se continua com o epitélio 
cuboide ou colunar baixo do túbulo contorcido proximal. 
1. O túbulo contorcido proximal é maior que o distal. 
2. Suas células tem citoplasma basal fortemente acidófilo (cora fortemente por corantes 
ácidos) devido a presença de grande quantidade de mitocôndrias. (sempre que uma 
célula for corada fortemente por corante ácido, vamos desconfiar disso: grande 
quantidade de mitocôndrias. 
 
3. O citoplasma apical (região voltada ao lúmen) das células epiteliais cuboides ou 
colunar baixo do túbulo contorcido proximal apresenta grande quantidade de 
microvilosidades. 
4. Os microvilos são projeções do citoplasma em formato de dedos de uma luva que 
aumentam a superfície de contato da célula com algo a ser absorvido. 
5. Esse processo de absorção demanda muita energia e, por isso, a presença de todas 
aquelas mitocôndrias que caracterizam a coloração mais escura do túbulo contorcido 
proximal. 
6. Orla em escova: Grande quantidade de projeções citoplasmáticas. 
7. Os túbulos proximais possuem lúmen amplo e são circundados por muitos capilares 
sanguíneos. 
8. Dos microvilos do TCP, saem canalículos que vão, de fato, aumentar a capacidade 
absortiva das células desta estrutura. 
9. É no túbulo proximal que ocorrem os processos de absorção e de excreção. 
10. Absorve aminoácidos, glicose (quase totalidade do FG), íons cálcio, fosfato, 
bicarbonato e NaCl (70%) todos ativamente (uso de mitocôndrias) já a água é 
absorvida por transporte passivo 70% do FG). 
 
11. Quando a quantidade de glicose no filtrado excede a capacidade de reabsorção dos 
túbulos proximais, a urina se torna mais abundante e com mais glicose. (diabetes – 
urina com formigas). 
12. Insulina não está sendo produzida adequadamente; glicose não entra nas células pra 
ser metabolizada; mais glicose no FG; excede a capacidade de reabsorção dos túbulos 
proximais; excesso é excretado pela urina. 
13. O túbulo contorcido proximal recebe (secretado) creatinina e substancias estranhas 
aos organismos (ácido úrico; ácido para-amino-hipúrico; penicilina). 
 
A secreção tubular é um processo ativo: A avaliação da secreção renal de creatinina é 
útil observar a função renal. 
 Alça de Henle: Estrutura em U que apresenta segmentos ascendentes e descendentes, 
espessos e delgados. O segmento espesso é muito parecido com o túbulo contorcido distal. 
 
1. Na parte mais externa da medula (parte mais interna do parênquima renal (tecido 
renal)) a parte espessa descendente da alça de henle, estreita-se para parte 
descendente delgada da alça de henle. 
2. O lúmen dessa estrutura é largo pois é formado por epitélio simples pavimentoso. 
 
Néfrons justamedulares e corticais: 
 
1. 1/7 dos corpúsculos estão localizadas próximos a região cortico-medular, estes 
néfrons são chamados de néfrons justamedulares. 
 
2. O restante está localizado na região cortical do rim e, portanto, são os néfrons 
corticais. 
3. Todos os néfrons participam dos processos de filtração, absorção e secreção 
independente de onde estejam localizados. 
4. Néfrons justamedulares: Papel importante ao promover um gradiente de 
hipertonicidade no interstício da medula renal. Esse mecanismo é a base para o 
rim produzir urina hipertônica. (equilíbrio eletrolítico – função do sistema renal). 
Tem uma alça de henle muito mais alongada, indo do início até o fim. Seus 
segmentos espessos, tanto descendentes quanto ascendentes, são curtos e os 
segmentos delgados são longos. 
5. Néfrons corticais: Não apresentes segmento delgado ascendente e os segmentos 
delgados (descendentes) são curtos. 
6. Como diferenciar: Os néfrons corticais não terão alça com segmento delgado 
ascendente e o delgado descendente é curto. Já os justamedulares tem alça de 
henle muito profunda e tanto os segmentos ascendentes e descendente espessos 
são curtos. Já os segmentos delgados são longos. 
7. O papel da alça de henle é na retenção de água (apenas animais com essa 
estrutura conseguem produzir urina hipertônica). 
8. O segmento descendente delgado da alça de henle é completamente permeável a 
água. 
9. O segmento ascendente inteiro é impermeável a água. Mas transporta nacl pro 
interstício visando promover gradiente de hipertonicidade no interstício medular e 
urina se manter concentrada. 
Túbulo contorcido distal: Primeira porção do túbulo coletor. 
1. Após uma breve passagem da alça de henle (parte ascendente espessa) pela zona 
cortical, esta parte ascendente da alça torna-se tortuosa e passa a se chamar 
túbulo contorcido distal. 
 
Macula densa 
 
 
1. Histologicamente, diferenciam-se dos proximais pelas seguintes 
características: 
a) Células menores: maior quantidade de núcleos em cada corte transversal. 
b) Orla em escova: Não apresenta orla em escova, ou seja, tem pouca 
quantidade de microvilos na superfície livre do polo apical (parte voltada 
ao lúmen). Ou seja, não tem grande área de contato pra absorção. 
Também são menos acidófilas já que não precisam ter a mesma 
quantidade de mitocôndrias. 
c) Invaginações da membrana baso-lateral: Nessas invaginações vão ter 
mitocôndrias (característica de células que transportam íons e não de 
células que absorvem como nos tcp). 
d) Encosta-se ao corpúsculo renal do mesmo néfron: Nesse local, a parede 
dos túbulos contorcidos distais se modifica.As células se tornam mais 
cilíndricas e altas com núcleos alongados e bastante próximos um do 
outro. Essa estrutura modificada aparece mais corada no corte histológico 
é chamada de mácula densa. (denso é visto mais escuro no microscópio 
eletrônico). 
2. Macula densa: Estrutura modificada da parede do túbulo contorcido distal que 
encosta no corpúsculo renal do mesmo néfron. Suas células ficam cilíndricas 
altas, núcleos mais alongados e próximos e é bastante corada. Além disso, a 
macula densa é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido 
tubular. É sensível, pois produzem moléculas que secretam renina na 
circulação. 
3. O túbulo contorcido distal é, portanto, o local que ocorre a troca iônica na 
presença de quantidade suficiente de aldosterona. Na+ e água são 
reabsorvidos e K+ é secretado. Além disso, são secretados também H+ e 
amônia pra urina, o que é importantíssimo pro equilíbrio ácido-base. (olhar 
gasometria) 
4. Depois de passar pelo TCD, a urina passa para tubos mais calibrosos 
(desembocam) nos ductos coletores. 
 Ductos coletores: Se originam das papilas renais (saliências do esvaziamento dos 
vértices das pirâmides medulares nos cálices). Tanto os túbulos distais quanto os ductos 
coletores seguem trajetórias retilíneas. 
1. A espessura do túbulo coletor adjacente é menor do que a espessura do ducto coletor. 
2. O ducto coletor se esvazia na papila renal que está abaixo. 
3. Os túbulos coletores que vão desembocar no ducto coletor são formados por epitélio 
cúbico, à medida que se esvaziam nas papilas ficam mais altas e as células passam a 
ser epitélio cilíndrico. 
4. Os túbulos coletores se coram fracamente a eosina, isso se deve a pequena 
quantidade de organelas já que são células apenas de revestimento (tem a tarefa de 
conduzir a urina). 
 
5. Os ductos coletores participam dos mecanismos de concentração da urina, retendo 
água, quando precisa. 
Aparelho justaglomerular: Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (e as 
vezes a eferente também) não terão membrana elástica interna e apresentarão células 
musculares modificadas. Estas células musculares modificadas são chamadas de 
justaglomerulares (JG). As células JG vão apresentar núcleos esféricos com citoplasma 
contendo grânulos de secreção. 
1. A secreção desses grânulos participa do controle da pressão arterial do indivíduo. 
 
 
2. O aparelho justaglomerular é formado pela mácula densa e células justaglomerulares. 
 
3. Também fazem parte do aparelho justaglomerular, células com função pouco 
conhecidas, células mesangiais extraglomerulares. (Estrutura de celula produtor de 
proteina: Golgi e REG bem desenvolvidos).
 
Osmolaridade: Concentração de soluto em um volume de solvente 
4. O aparelho justaglomerular tem papel importante no: 
a) Controle do balanço hídrico. 
b) Controle do equilíbrio iônico do meio interno. 
 Circulação sanguínea: 
1. Cada rim recebe sangue por uma arterial renal que antes de penetrar no órgão divide-
se em dois ramos. 
2. Ou seja, a artéria renal (uma), vai entrar no hilo renal, mas antes de entrar no hilo 
renal, divide-se em dois ramos. 
3. Um ramo vai irrigar a parte anterior do rim (ventral) e a outra vai irrigar a parte 
posterior do rim (dorsal). 
4. No hilo renal, estes dois ramos, cada qual em sua parte, vão dar origem as artérias 
interlobares que seguem entre as pirâmides renais. 
5. Na base das pirâmides medulares (junção cortico-medular) as artérias interlobares 
formam as artérias arciformes. 
 
6. As artérias arciformes seguem um trajeto paralelo à capsula fibrosa (tecido conjuntivo 
denso), percorrendo o limite entre a medula e o córtex renal. 
 
 
7. Dos vasos arciformes teremos os vasos interlobulares que seguem trajeto 
perpendicular a capsula fibrosa. 
 
 
8. Das artérias interlobulares surgem as arteríolas aferentes que vão penetrar os 
glomérulos renais levando sangue pros capilares. 
9. Os capilares peritubulares são responsáveis pela nutrição e oxigenação da cortical, 
além de retirar os refugos do metabolismo. 
10. As arteríolas eferentes dos glomérulos justamedulares também irão formar vasos 
longos e retilíneos denominados vasos retos. 
11. O trajeto dos vasos retos é aprofundamento da camada medular, onde dobram e 
retornam para a cortical. 
12. O endotélio do ramo descendente (descendo em direção a medula) é do tipo continuo 
e o endotélio do ascendente (retornando a cortical) é do tipo fenestrado. 
13. Os vasos retos, por ter filtrado glomerular (vem das arteríolas eferentes), não modifica 
gradiente de hipertonicidade e tem a função de nutrição e oxigenação da camada 
medular. 
14. Os capilares da parte cortical se reúnem para formar as veias estreladas, que darão 
origem as arciformes (quando se unem as interlobulares) que darão origem as veias 
interlobares e posteriormente a veia renal. 
Interstício renal: É o espaço entre os néfrons e o vasos (sanguíneos e linfáticos). 
1. O interstício renal é muito escasso na cortical e mais abundante na medular. 
2. Como todo interstício contêm pequena quantidade de tecido conjuntivo. 
3. Contêm algumas fibras colágenas, principalmente na medula. 
4. Possui substância fundamental muito hidratada e rica em proteoglicanos. 
 
 
5. No interstício há células secretoras: células intersticiais. 
6. As células intersticiais participam na produção de: Eritropoetina (85%, o resto é 
produzido pelo fígado) e medulipina I (vasodilatação (medulipina II)) – é convertida 
em medulipina II no fígado. 
7. Lesão no rim pode levar a uma anemia, já que o fígado não seria capaz de suprir 
suficiente a eritropoetina para formação de eritrócitos. 
Bexigas e vias urinárias: Armazenam por um tempo (reflexo de micção) e conduzem a 
urina para fora do corpo. 
 
 
1. Cálices renais; pelve renal; ureter; bexigas – Todos tem a mesma estrutura básica, 
embora a parede se torne mais espessa à medida que se aproxima da bexiga. 
 
2. O epitélio da bexiga é de transição justamente por isso: Sua forma e espessura 
depende da quantidade de urina que está abrigando. 
3. Logo: A mucosa da bexiga é formada por epitelio de transição e por lâmina própria 
de tecido conjuntivo que varia do frouxo pro denso. 
4. As células superficiais do epitelio de transição da bexiga são responsaveis pela 
barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais. Essas celulas impedem que a 
urina ultrapasse a barreira e chegue ao tec conjuntivo, por exemplo, já que a urina 
é uma excreção (resíduo metabólico). 
5. A túnica muscular desse órgão é formada por uma camada longitudinal interna e 
uma camada circular externa. - Essas camadas musculares são mal definidas. 
6. Na parte próxima da uretra, a musculatura da bexiga forma esfíncter interno (da 
própria bexiga). Esse esfíncter vai reter urina até que se atinja 50% da capacidade 
de volume. - Esse esfíncter é constituído de músculo liso. 
7. O ureter atravessa obliquamente a parede da bexiga, de modo que se forme uma 
válvula que impede o refluxo de urina da bexiga para os rins. 
8. As vias urinarias são envoltas externamente por uma membrana adventícia, exceto 
a parte superior da bexiga que é envolta por uma camada serosa (peritônio). 
9. Uretra: Tubo que leva a urina para o exterior através da micção. 
10. Nos homens a uretra é comum nos sistemas urinário e reprodutor, já na mulher 
difere. 
11. Uretra masculina: É comum ao sistema reprodutor e ao sistema urinário. É 
formado pela porção prostática (dentro da glândula próstata – epitélio de 
transição) e porção membranosa (epitélio pseudoestratificado). Na porção 
membranosa (epitélio pseudoestratificado) tem um aglomerado de músculo 
esquelético (esfíncter externo da uretra). É devido ao esfíncter externo da uretra 
que conseguimos segurar voluntariamente a urina (criança urina a noite pois não 
aprendeu a controlar de forma adequada esta estrutura). Além disso, é formado 
pela porção cavernosatambém (dentro do próprio corpo do pênis), é constituído 
por epitélio pseudoestratificado colunar com áreas de epitélio pseudoestratificado 
pavimentoso. O tamanho da uretra masculina varia com o tamanho da porção 
cavernosa. 
12. Uretra feminina: Formada por epitélio plano estratificado com áreas de epitélio 
pseudoestratificado colunar. É, obviamente, menor que a masculina. Próximo a 
sua abertura no exterior, a uretra feminina possui esfíncter de musculo estriado 
esquelético, que permite segurar voluntariamente a urina, igual ao homem 
(esfíncter externo da uretra). 
	Histologia do sistema urinário:

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