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Seguros_Previdencias- EAD SENAC

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Seguros e Previdência
Créditos
Centro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância
Diretor Regional Luciana Marcheze Miguel 
Luiz Francisco de Assis Salgado Luciana Saito 
Mariana Valeria Gulin Melcon Superintendente Universitário Mônica Maria Penalber de Menezes e de Desenvolvimento Mônica Rodrigues dos Santos Luiz Carlos Dourado Nathália Barros de Souza Santos 
Reitor Paula Cristina Bataglia Buratini 
Sidney Zaganin Latorre Renata Jessica Galdino 
Sueli Brianezi Carvalho Diretor de Graduação Thiago Martins Navarro Eduardo Mazzaferro Ehlers Wallace Roberto Bernardo
Diretor de Pós-Graduação e Extensão 
Equipe de Qualidade Daniel Garcia Correa Ana Paula Pigossi Papalia 
Gerentes de Desenvolvimento Aparecida Daniele Carvalho do Nascimento 
Claudio Luiz de Souza Silva Gabriela Souza da Silva 
Luciana Bon Duarte Vivian Martins Gonçalves
Roland Anton Zottele Coordenador Multimídia e Audiovisual Sandra Regina Mattos Abreu de Freitas Adriano Tanganeli
Coordenadora de Desenvolvimento Equipe de Design Visual Tecnologias Aplicadas à Educação Adriana Matsuda Regina Helena Ribeiro Caio Souza Santos 
Coordenador de Operação Camila Lazaresko Madrid 
Educação a Distância Carlos Eduardo Toshiaki Kokubo 
Alcir Vilela Junior Christian Ratajczyk Puig 
Danilo Dos Santos Netto Professor Autor Hugo Naoto Lázaro Cabral de Vasconcellos Filho Inácio de Assis Bento Nehme 
Revisor Técnico Karina de Morais Vaz Bonna 
Regina Galhardi de Camargo Lucas Monachesi Rodrigues 
Marcela Corrente Técnico de Desenvolvimento Marcio Rodrigo dos Reis Priscila dos Santos Renan Ferreira Alves 
Coordenadoras Pedagógicas Renata Mendes Ribeiro 
Ariádiny Carolina Brasileiro Silva Thalita de Cassia Mendasoli Gavetti 
Izabella Saadi Cerutti Leal Reis Thamires Lopes de Castro 
Nivia Pereira Maseri de Moraes Vandré Luiz dos Santos 
Victor Giriotas Marçon Equipe de Design Educacional William MordochAlexsandra Cristiane Santos da Silva 
Angélica Lúcia Kanô Equipe de Design Multimídia 
Cristina Yurie Takahashi Alexandre Lemes da Silva 
Diogo Maxwell Santos Felizardo Cláudia Antônia Guimarães Rett 
Elisangela Almeida de Souza Cristiane Marinho de Souza 
Flaviana Neri Eliane Katsumi Gushiken 
Francisco Shoiti Tanaka Elina Naomi Sakurabu Gizele Laranjeira de Oliveira Sepulvida Emília Correa Abreu João Francisco Correia de Souza 
Fernando Eduardo Castro da Silva Juliana Quitério Lopez Salvaia 
Jussara Cristina Cubbo Mayra Aoki Aniya 
Kamila Harumi Sakurai Simões Michel Iuiti Navarro Moreno 
Karen Helena Bueno Lanfranchi Renan Carlos Nunes De Souza 
Katya Martinez Almeida Rodrigo Benites Gonçalves da Silva 
Lilian Brito Santos Wagner Ferri
Seguros e Previdência
Aula 01
Seguro e Previdência: abordagem histórica e regulamentação
Objetivos Específicos
•	 Conhecer	 a	 origem	 do	 Seguro	 e	 da	 Previdência,	 o	 funcionamento,	 a	
regulamentação,	os	órgãos	normativos	e	a	formação	com	base	no	sistema	do	
mutualismo.
Temas
Introdução
1	A	história	do	Seguro	e	da	Previdência
2	O	desenvolvimento
3	Regulamentação	de	Seguros	e	Previdência	no	Brasil
4	Conceito	geral	de	Seguros
5	Finalidade	do	Seguro
6	Elementos	Básicos	do	Seguro	
7	Características	do	Seguro
8	Classificação	e	Divisão	do	Seguro
Considerações	finais
Referências
Lazaro Cabral de Vasconcellos Filho
Professor
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Seguros e Previdência
3
Introdução
Desde	os	primórdios	tempos,	o	homem	corria	riscos	de	perigos	existentes	também	
pela	falta	de	sensibilidade	e	de	meios	para	evitá-los.	Eram	atacados	por	animais	selvagens	
ou	 pelos	 próprios	 componentes	 do	 grupo,	 que	 agiam	 de	 forma	 selvagem,	 pois	 ainda	
não	haviam	desenvolvido	a	intelectualidade,	a	ética	e	o	respeito	mútuo	da	convivência	
coletiva.	Também	corriam	extremos	riscos	a	causa	da	instabilidade	do	tempo,	como:	o	
frio,	quedas	de	 raio,	perigos	de	 incêndio,	etc.,	pois	não	possuíam	moradias	 seguras	e	
confortáveis.
Hoje,	 apesar	 da	 tecnologia	 avançada,	 o	 homem	 continua	 a	 correr	 os	 riscos	 acima	
e	outros	de	vários	 tipos,	como	o	risco	de	contrair	doenças,	de	acidentes	com	veículos,	
aeronaves,	metrôs,	trens	e	outras	formas	modernas	de	se	locomover.
Com	o	desenvolvimento	intelectual	e	tecnológico,	o	homem	alcançou	novas	formas	de	
gerar	riquezas	e,	através	dos	processos	produtivos,	da	agregação	de	valores	aos	produtos	
e	 com	 interação	entre	pessoas	 e	povos	de	outras	origens,	 passou	a	 gerar	negócios	de	
compra	e	venda	de	mercadorias.	O	risco,	porém,	aumentou,	pois	além	dos	riscos	naturais	
há	o	 risco	da	perda	dessas	 riquezas	e	dos	patrimônios	ou	 até	mesmo	da	própria	 vida.	
Havia	também	a	visão	e	a	consciência	da	necessidade	de	assegurar	seu	futuro	através	dos	
fundos	de	previdência	privada.
A	partir	da	necessidade	de	proteger-se	diante	das	eventualidades,	no	decorrer	de	
sua	 existência,	 o	 homem	 agiu	 no	 sentido	 de	 neutralizar	 os	 efeitos	 que	 poderiam,	 de	
forma	fortuita,	acontecer	indiferente	de	sua	vontade.	
Dessa	preocupação,	surgiu	o	seguro.	No	início,	de	forma	rudimentar,	mas	modernizou-
se	 conforme	 a	 evolução	 da	 sociedade,	 a	 fim	 de	 atender	 às	 necessidades	 dos	 novos	
negócios,	 provocadas	 pela	 interação	 entre	 povos.	 Foram	 criadas	 diversas	 formas	 de	
cobertura	e	hoje	o	seguro	faz	parte	da	vida	cotidiana	de	todos	os	segmentos	da	sociedade.	
O	 seguro	 tem	 como	 função	 reestabelecer	 o	 equilíbrio	 econômico	 perdido	 por	
ocorrência	 de	 sinistro,	 pois	 repõe	 o	 capital	 perdido	 em	 um	 eventual	 sinistro.	 Passa,	
inclusive,	a	ter	grande	relevância	social,	pois	afasta	a	insegurança	e	permite	ao	homem	
a	dedicação	exclusiva	a	seus	negócios	e,	consequentemente,	o	aumento	da	possibilidade	
de	sucesso.
1 A história do Seguro e da Previdência
Há	várias	vertentes	a	respeito	da	origem	do	seguro.	Podemos	mencionar	a	iniciativa	dos	
cameleiros	da	Babilônia,	treze	séculos	antes	de	Cristo,	que	perdiam	camelos	em	suas	viagens	
pelo	deserto,	que	configuravam	na	época	a	principal	riqueza	do	individuo.	De	forma	criativa,	
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Seguros e Previdência
4
passaram	a	dividir	as	perdas	a	todos	os	integrantes	do	grupo	viajante,	que	dividiam	entre	si	
os	prejuízos,	adquirindo	novos	camelos	para	recompor	as	perdas	dos	proprietários	daqueles	
camelos	que	faleciam.
No	 império	 romano,	 adotou-se	 o	 sistema	 de	 socorro	 e	 ajuda	 mútua,	 denominadas	
collegia,	destinado	a	prestar	ajuda	na	enfermidade	ou	na	morte	de	um	de	seus	membros.	O	
collegia	era	mantido	por	contribuições	recolhidas	pelos	membros	dessa	sociedade,	criando	
um	fundo	para	cobertura	de	gastos	futuros.	
Também	em	Roma	foi	criada	a	tábua	de	anuidade,	baseadas	na	 idade	e	esperança	de	
vida	em	anos.	A	criação	das	tábuas	de	anuidades	romana	deu	origem	ao	que	hoje	chamamos	
de	seguro	destinado	à	previdência	privada.	
O	 seguro	 chamado	 de	 Contratos	 de	 Dinheiro	 a	 Risco	 Marítimo	 surgiu	 na	 época	 das	
grandes	navegações	e	consistia	no	financiamento	da	viagem	por	uma	pessoa	que	emprestava	
ao	navegador	 um	montante	 correspondente	 ao	 valor	 da	 embarcação.	 Caso	 a	 embarcação	
se	perdesse	ou	sofresse	naufrágio,	o	navegador	ficava	com	o	recurso	emprestado.	Caso	não	
houvesse	sinistro,	o	recurso	era	devolvido	acrescido	de	juros	ao	financiador.
A	adoção	dos	Contratos	de	Dinheiro	a	Risco	Marítimo	foi	proibida	em	1234	pelo	Papa	
Gregório	 IX,	surgindo	outra	forma	de	cobertura,	o	chamado	Feliz	Destino,	que	consistia	na	
compra	da	embarcação	e	das	mercadorias	por	um	banqueiro	e,	caso	a	embarcação	chegasse	
sem	 sofrer	 nenhum	 sinistro,	 a	 compra	 era	 anulada	 e	 o	 dinheiro	 devolvido	 ao	 banqueiro,	
acrescido	dos	juros	correspondentes.	Em	caso	de	sinistro,	a	indenização	seria	coberta	com	o	
dinheiro	adiantado.
2 O desenvolvimento
	 Dois	 acontecimentos	 ocorridos	 no	 século	 XVII	 provocaram	 uma	 nova	 fase	 no	
desenvolvimento	 do	 seguro:	 na	 Inglaterra,	 o	 surgimento	 da	 empresa	 de	 Edward	 Lloyd,	
chamada	Lloyd´s	Bolsa	de	Seguros,	a	qual	deu	origem	à	atual	Lloyd’sRegister of Shipping	
(Sociedade	 Classificadora	 de	Navios)	 e	 ao	 também	 atual	 Journal Lloyd List	 e	 à	 criação	 na	
França	da	Associação	de	seguro	denominada	“tontinas”,	cujos	membros	contribuíam	durante	
um	período	determinado	e,	após	esse	prazo,	distribuíam	entre	os	sobreviventes	os	recursos	
apurados,	dando	origem	à	previdência	privada	moderna.
	 O	 seguro	 no	 mundo	 apresentou	 grande	 desenvolvimento	 na	 época	 das	 grandes	
navegações	e	na	Era	Industrial,	que	desenvolveu	o	seguro	contra	incêndio	e	o	seguro	de	Vida.
	O	processo	de	aprimoramento	dos	seguros	foi	acontecendo	conforme	eram	adotadas	
novas	técnicas	e	procedimento	mais	modernos,	até	que,	em	1347,	surgiu	o	primeiro	contrato	
de	 seguro	marítimo	 em	Gênova	 –	 Itália,	 originando	 o	 conceito	 de	 emissão	 de	 apólice	 de	
seguro,	utilizado	até	hoje.
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Seguros e Previdência
5
2.1 A História do Seguro no Brasil
No	Brasil,	devemos	à	abertura	dos	portos	adotada	por	D.	João	VI	o	desenvolvimento	das	
grandes	navegações	e,	consequentemente,	o	desenvolvimento	dos	seguros	marítimos.
Em	1808,	foi	fundada	a	primeira	seguradora	brasileira	na	Bahia,	a	Companhia	de	Seguros	
Boa	Fé,	cuja	administração	era	dirigida	e	regulamentada	pela	casa	de	seguros	de	Lisboa.
A	criação	do	Montepio	Geral	de	Economia	dos	Serviços	–	MONGERAL,	em	1835,	foi	o	
início	dos	planos	de	previdência	privada	e	o	surgimento	dos	seguros	de	vida	com	a	Companhia	
de	Seguros	Tranquilidade.
Além	dos	fatos	citados,	destacam-se	também	na	história	do	seguro	do	Brasil:
•	 As	operações	de	seguros	de	transportes	marítimos	no	Brasil,	 regulamentadas	pelo	
Código	Comercial	Brasileiro.
•	 O	Código	Comercial,	em	1850,	estabelecendo	direitos	e	deveres	contratuais.
•	 O	surgimento	de	novas	seguradoras,	o	de	Incêndio,	o	de	Vida	e	o	de	Mortalidade.
•	 A	chegada	das	empresas	seguradoras	estrangeiras	no	país,	em	1860,	provocando	o	
crescimento	das	atividades.
•	 Com	o	Código	Civil	Brasileiro,	em	1916,	iniciou-se	a	era	moderna	do	seguro	que	se	
consolidou	com	o	Decreto-lei	nº	73,	em	1966.
3 Regulamentação de Seguros e Previdência no Brasil
3.1 Sistema Nacional de Seguros Privados – SNSP
Instituído	pelo	Governo	Federal,	através	do	Decreto-Lei	73,	de	1966,	com	o	objetivo	de	
promover	a	expansão	do	mercado	de	seguros	nacionais,	evitar	a	evasão	de	divisas	e	coordenar	
a	política	de	seguros	com	a	política	de	investimentos	do	Governo	Federal.	É	encabeçada	pelo	
Ministério	 da	 Fazenda.	 Subordinadas	 a	 ela,	 estão	o	CNSP,	 SUSEP,	 CRNSP,	 IRB	 e	 as	 empresas	
seguradoras.	Subordinadas	à	SUSEP	estão	as	corretoras	de	seguros,	as	entidades	de	previdência	
complementar	e	as	empresas	de	capitalização	e	possuem	a	seguinte	estrutura:
 Ministério da Fazenda 
CNSP 
 SUSEP 
CRSNSP 
 IRB-Brasil Re 
 
 
Corretoras de Seguros 
Entidades de Previdência 
Complementar Aberta 
Empresas de Capitalização 
Empresas Seguradoras 
Figura	1	-	Estrutura	do	SNSP
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6
3.2 Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP
Órgão	 governamental	 encarregado	 da	 fixação	 das	 diretrizes	 e	 normas	 da	 política	 de	
seguros	 privado	 no	 Brasil,	 que	 tem	 como	 presidente,	 o	 ministro	 da	 Fazenda;	 como	 vice-
presidente,	 o	 superintendente	 da	 SUSEP	 e	 conselheiros-Membros	 representativos	 do	
Ministério	da	Justiça,	do	Banco	do	Brasil,	do	Ministério	da	Previdência	e	Assistência	Social	e	
da	CVM	–	Comissão	de	Valores	Mobiliários.
Figura	2	-	Composição	–	CNSP
Presidente Ministro	da	Fazenda
Vice	Presidente Superintendente	da	SUSEP
Conselheiros
Ministério	da	Justiça
Banco	Central
Ministério	da	Previdência	e	Assistência	
Social
CVM	–Comissão	de	Valores	Mobiliários
3.3 CRSNSP – Conselho Recursal do Sistema Nacional de Seguros 
Privados, da Previdência Privada Aberta e de Capitalização.
Entidade	subordinada	ao	Ministério	da	Fazenda,	que	tem	como	objetivo	julgar	em	última	
instância	administrativa	dos	recursos	de	decisões	da	Superintendência	da	Seguros	Privados	-	
SUSEP	e	do	IRB-Brasil	Resseguros	S/A.
Figura	3	-	Composição	–	CRSNSP
Presidente Representantedo	Ministério	da	Fazenda
Vice	Presidente Representanteda	SUSEP
Conselheiros
Representante	da	Secretária	de	Direito	Econômico	do	
Ministério	da	Justiça
Representante	da	FENASEG	–	Federação	Nacional	das	
Empresas	de	Seguros	Privados	e	de	Capitalização
Representante	da	FENACOR	–	Federação	Nacional	dos	
Corretores	Privados,	de	Capitalização	de	Previdência	Privada	e	
das	Empresas	Corretoras	de	Seguros.
Representante	da	ANAPP	–	Associação	Nacional	das	Entidades	
Abertas	de	Previdência	Privada
Procurador,	designado	pelo	Procurador-Geral	da	Fazenda	
Nacional.
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3.4 SUSEP – Superintendência de Seguros Privados
Entidade	responsável	pelo	controle	e	fiscalização	dos	mercados	de	seguro,	previdência	
privada	 aberta,	 capitalização	 e	 resseguros,	 sendo	 vinculada	 ao	 Ministério	 da	 Fazenda	 e	
responsável	pelo	recebimento	de	denuncias	dos	segurados,	sobre	os	descumprimentos	de	
clausulas	contratuais	de	seguros.
3.5 IRB-Brasil Resseguros S/A (IRB-Brasil Re)
Empresa	de	economia	mista	com	parte	do	capital	e	outra	parte	do	Governo	Federal	e	
das	Companhias	Seguradoras,	sendo	seu	objetivo	promover	operações	de	resseguro,	regular	
o	co-seguro,	o	resseguro	e	a	retrocessão.
3.6 Corretores de Seguros e Agenciadores
Pessoa	física	ou	jurídica	e	o	intermediário	legalmente	autorizado	a	angariar	e	a	promover	
contratos	de	Seguros	e	Previdência,	entre	as	 seguradoras	e	pessoas	físicas	ou	 jurídicas	de	
direito	privado.
3.7 Seguradoras
Sociedade	anônima	que	assume	e	administra	os	riscos	de	acordo	com	critérios	técnicos	
e	administrativos	regulamentados	pela	SUSEP.
3.8 Entidades de Previdência Complementar Aberta
Sociedades	 constituídas	 com	 objetivo	 de	 instituir	 e	 executar	 planos	 de	 benefícios	 de	
caráter	previdenciário.
3.9 Sociedade de Capitalização
Sociedade	anônima,	com	a	finalidade	de	captar	capitais	pagáveis	em	moeda	corrente	aos	
titulares	dos	Títulos	de	Capitalização.
4 Conceito geral de Seguros
Muitas	são	as	definições	para	o	seguro.	Para	Vilanova	(1969,	p.	15),	apud	Luccas	(2011,	
p.	2),	cita	como	uma	das	mais	completas	definições	sobre	seguros	a	de	Hemard:	“O	seguro	é	
uma	operação	pela	qual,	mediante	o	pagamento	de	uma	pequena	remuneração,	o	prêmio,	
uma	pessoa,	o	segurado,	se	faz	prometer	para	si	próprio	ou	para	outrem,	o	beneficiário,	no	
caso	de	realização	de	um	evento	determinado,	a	que	se	dá	o	nome	de	risco,	uma	prestação,	
a	indenização,	de	uma	terceira	pessoa,	o	segurado,	que	assumindo	um	conjunto	de	riscos,	os	
compensa	de	acordo	com	as	leis	da	estatística	e	o	princípio	do	mutualismo”.	
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8
Os	seguros	são	norteados	por	dois	princípios	básicos:	o	mutualismo	e	a	probabilidade.
• Mutualismo –	é	a	repartição	do	prejuízo	de	alguns	pelo	total	de	participantes	do	
grupo	de	risco.
• Probabilidade –	é	a	técnica	pela	qual	utilizando	dados	estatísticos,	pode-se	prever	
a	ocorrência	de	um	risco.
Santos	 (1959,	 p.	 9)	 afirma	 que,	 apesar	 de	 ambos	 os	 princípios	 serem	 importantes	 na	
formação	 estrutural	 do	 seguro,	 o	mutualismo	 é	 o	 dominante.	 O	 autor	 justifica	 a	 afirmação	
observando	que	a	aplicação	do	mutualismo	é	que	permite	a	repartição	do	risco	entre	um	grande	
número	de	pessoas,	diminuindo	deste	modo,	o	prejuízo	que	a	realização	do	risco	poderia	trazer.
Tendo	 como	 parâmetro	 a	 técnica	 da	 probabilidade,	 alguns	 matemáticos	 europeus,	
durante	a	construção	de	uma	tábua	de	mortalidade,	que	consiste	em	levantar	os	dados	de	um	
grupo	de	pessoas	desde	o	nascimento	até	a	data	sua	morte,	descobriram	que	o	percentual	de	
morte	entre	homens	e	mulheres	tendia	a	ser	constante	em	relação	ao	ano	de	nascimento,	se	
fosse	tabulado	um	número	suficiente	de	nascimentos,	surgindo	dessa	descoberta	o	princípio	
denominado	de	Lei	dos	Grandes	Números,que	utiliza	a	teoria	das	probabilidades	e	foi	um	
grande	impulso	na	implantação	dos	procedimentos	de	vida	e	previdência.
É	importante	salientar	que	na	utilização	do	mutualismo	e	da	probabilidade	há	necessidade	
que	 a	 amostragem	 seja	 feita,	 utilizando-se	 de	 um	 grande	 número	 homogêneo	 para	 ser	
alcançado	um	número	que	represente	o	máximo	a	realidade.	
5 Finalidade do Seguro
O	objetivo	do	seguro	é	retornar	o	equilíbrio	econômico	que	foi	modificado	por	perdas	
em	virtude	de	sinistro,	sendo	proibido	por	lei,	a	obtenção	de	lucro	ou	acréscimo	patrimonial	
ao	segurado.
O	 seguro	 foi	 criado	 em	 função	 da	 necessidade	 de	 proteção	 contra	 eventual	 sinistro,	
da	 possibilidade	 do	 acontecimento	 no	 futuro	 e	 da	 impassibilidade	 de	 prever	 eventuais	
acontecimentos.	Após	períodos	de	evolução,	hoje	aperfeiçoada,	o	seguro	está	presente	em	todo	
segmento	da	 sociedade,	promovendo	a	acumulação	de	 riqueza,	pois	promove	a	 formação	de	
reservas	e	contribui	para	a	reserva	econômica	e	para	gerar	recursos	destinados	aos	investimentos.
O	 seguro	 promove	 a	 proteção	 dos	 negócios,	 da	 família	 e	 do	 indivíduo,	 contribuindo	
para	a	evolução	da	sociedade	e	do	país.	Ao	proteger	um	indivíduo	que	pode	deixar	a	família	
desamparada	em	caso	de	morte	está	contribuindo	para	a	ordem	social	e	familiar.	
Dessa	forma,	no	contexto	mais	amplo	que	também	envolve	os	objetivos	de	seguro	de	
vida	e	previdência	privada,	podemos	afirmar	que	o	seguro	está	firmado	em	um	contrato	que	
obriga	 o	 segurador,	mediante	 o	 pagamento	 de	 um	prêmio	 a	 ressarcir	 o	 segurado,	 dentro	
do	 limite,	 se	convencionou	os	danos	produzidos	por	sinistro	ou	a	prestar	capital	ou	renda	
quando	ocorra	determinado	fato,	concernente	à	vida	humana	ou	ao	patrimônio.
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Seguros e Previdência
9
6 Elementos Básicos do Seguro
Na	sua	estrutura,	o	seguro	é	composto	de	cinco	elementos	básicos	e	essenciais	previstos	
no	contrato	de	seguro:	o	risco,	o	segurado,	o	segurador,	o	prêmio	e	a	indenização.
6.1 Risco
É	o	acontecimento	incerto	ou	de	data	incerta,	que	independe	da	vontade	do	segurado	
ou	do	segurador.	O	risco	é	a	expectativa	de	sinistro.	Na	inexistência	do	risco	não	poderá	ser	
contratado	o	seguro.
Sob	o	ponto	de	vista	legal,	o	risco	constitui	o	objeto	do	seguro,	pois	o	segurado	transfere	
à	 seguradora,	 através	do	 seguro,	o	 risco	e	não	o	bem.	Devemos	entender	que	não	 se	 faz	
seguro	de	vida	e	sim,	do	evento	morte.	Não	se	faz	seguro	do	automóvel	e	sim,	dos	riscos	que	
poderiam	causar	danos	ou	a	perda	do	veículo,	como	por	exemplo	a	colisão,	o	roubo,	etc.
6.1.1 Condições da Segurabilidade do Risco
Nas	operações	de	seguro,	as	condições	que	definem	o	risco,	como	sendo	segurável,	são:
• Ser possível	–	deve	poder	realizar-se,	pois	não	haveria	seguro	para	um	risco	impossível.	
Por	exemplo:	contratar	seguro	de	vida	de	pessoa	já	falecida.
• Ser futuro	–	o	risco	é	a	probabilidade	de	algo	ocorrer,	portanto,	o	risco	não	pode	ter	
ocorrido	ou	estar	em	curso	quando	da	contratação	do	seguro.	Por	exemplo:	contratar	
seguro	de	veículo,	tendo	o	mesmo	sido	roubado	um	dia	antes.
• Ser Incerto	 –	 a	 natureza	 aleatória	 do	 risco	 não	 pode	 ser	 dissociada	 do	 contrato	
do	seguro,	 logo	não	pode	haver	certeza	do	que	o	risco	ocorrerá.	Por	exemplo:	um	
motorista	 que	mesmo	 sabendo	 que	 a	 rua	 está	 alagada,	 avança	 com	 o	 veículo	 na	
tentativa	de	conseguir	passar	e	acaba	ficando	com	o	carro	no	meio	do	alagamento,	
provocando	risco	para	si	e	danos	ao	veículo.
• Ser Fortuito	–	o	risco	deve	ocorrer	de	forma	acidental	e	não	intencional.	Por	exemplo:	
um	 acidente	 provocado	 por	 veículo,	 com	 a	 clara	 intenção	 de	 destruí-lo	 visando	 a	
reposição	do	patrimônio	em	espécies	(dinheiro).
• Ter consequências negativas	–	a	ocorrência	do	risco	deve	comportar	uma	perda	ou	
prejuízo.	Por	exemplo:	a	ocorrência	de	um	raio,	danificando	o	imóvel	segurado.
• Ser mensurável	–	o	risco	deve	poder	ser	medido,	a	fim	de	possibilitar	a	avaliação	do	
impacto	de	sua	ocorrência	e	a	quantificação	do	custo	adequado	à	sua	aceitação	pela	
seguradora.	Por	exemplo:	o	risco	de	acidente	em	uma	obra.
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6.2 Segurado
Trata-se	da	pessoa	física	ou	jurídica,	que	possui	interesse	legítimo	relativo	à	pessoa	ou	
ao	bem,	e	que	estando	exposto	a	risco	segurável,	decide	transferi-lo	à	seguradora	mediante	
pagamento	de	prêmio.	Trata-se	da	pessoa	em	nome	de	quem	se	faz	o	seguro
Em	alguns	 casos,	 existe	 a	 figura	 do	 estipulante,	 que	 é	 a	 pessoa	física	 ou	 jurídica	 que	
contrata	o	 seguro	e	a	figura	do	beneficiário,	que	é	a	pessoa	física	ou	 jurídica	designada	a	
receber	indenizações	nos	seguros	de	danos	ou	de	valores	dos	capitais	segurados,	nos	seguros	
de	pessoas,	na	hipótese	de	ocorrência	de	sinistro,	de	acordo	com	as	normas	específicas	de	
cada	modalidade	de	seguro.
6.3 Segurador
É	 a	 pessoa	 jurídica	 que	 assume	 a	 responsabilidade	por	 riscos	 contratados	 e	 pagos,	 e	
a	 indenização	ao	 segurado	ou	beneficiário	no	 caso	de	ocorrência	de	 sinistro	 coberto.	 São	
empresas	legalmente	constituídas	para	assumir	e	gerir	coletividades	de	riscos.
As	obrigações	da	seguradora	são	administrar	corretamente	os	riscos	que	lhe	são	confiados	
e	pagar	o	prejuízo	resultante	de	risco	coberto	assumindo,	na	ocorrência	de	sinistro,	ou	seja,	
indenizar	o	beneficiário	de	acordo	com	as	condições	do	contrato.
6.4 Prêmio
Trata-se	do	pagamento	efetuado	pelo	segurado	à	seguradora,	ou	seja,	é	o	custo	do	seguro.	
Ao	contrário	do	significado	da	palavra,	o	prêmio	é	o	que	se	paga	e	não	o	que	se	recebe.
6.5 Indenização
Trata-se	do	pagamento	devido	pela	seguradora	ao	beneficiário	do	seguro,	na	ocorrência	
do	sinistro	e	no	caso	de	risco	coberto.	É	considerado	como	um	elemento	do	seguro,	por	ser	
a	contrapartida	da	seguradora	no	contrato	de	seguro.
Dessa	forma,	devemos	entender	que	a	obrigação	do	segurador	nasce,	na	medida	que	o	
segurado	contrata	e	paga	o	premio	de	seguro	correspondente	ao	objeto	segurado,	cabendo	
ao	segurador	indenizar	o	segurado	em	caso	de	ocorrência	de	sinistro.
7 Características do Seguro
São	características	básicas	do	seguro:	previdência,	incerteza	e	mutualismo:
• Previdência	 –	 oferece	 proteção	 às	 pessoas,	 com	 relação	 a	 perdas	 e	 danos	 que	
possam	sofrer	no	futuro,	atingindo	sua	propriedades	ou	bens	e	a	elas	mesmas.	Dessa	
forma	constatamos	que	uma	pessoa	que	se	preocupa	em	proteger	a	si	ou	seus	bens	
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dos	eventuais	riscos	a	que	estão	expostos,	optando	por	medidas	de	prevenção	e	ou	
contratação	seguro,	está	agindo	com	previdência.
• Incerteza	–	são	aspectos	aleatórios	à	ocorrência	do	evento	ou	à	época	em	que	esse	
virá	ocorrer.	A	base	do	seguro	é	a	duração	da	vida	humana,	a	incerteza	é	relativa,	pois	
trata	do	momento	da	ocorrência.	A	incerteza	é	característica	de	todo	tipo	de	seguro,	
mesmo	quando	se	trata	de	seguros	de	bens	(como	carros)	pois	se	houver	a	certeza	a	
seguradora	não	fará	o	seguro.
• Mutualismo	–	refere-se	a	um	grupo	de	pessoas	com	interesse	seguráveis	comuns,	
concorrendo	 para	 a	 formação	 de	 uma	massa	 econômica,	 para	 suportar	 eventuais	
necessidades	 individuais.	 O	 mutualismo	 é	 elemento	 fundamental	 na	 operação	
de	seguro,	pois	através	da	formação	dessa	massa	é	que	será	possíveis	estabelecer	
o	 equilíbrio	 aproximado	 entre	 os	 valores	 pagos	 pelos	 segurados	 (prêmios)	 e	 as	
responsabilidades	assumidas	pela	seguradora.
8 Classificação e Divisão do Seguro
8.1 Quanto à Responsabilidade por Exploração: 
• Seguros Sociais	–	são	aqueles	operados	pelo	Estado,	através	da	Previdência	Social	e	
incluem	a	assistência	médica,	a	aposentadoria,	a	pensão,	os	acidentes	de	trabalho	e	
outros	benefícios	como	os	concedidos	no	âmbito	do	Instituto	Nacional	de	Previdência	
Social	–	INSS.
• Seguros Privados	–	são	aqueles	operados	por	empresas	privadas	de	seguro,	podendo	
ou	não	ser	obrigatório.	Podem	apresentar	ainda	característicassociais.	Exemplo:	o	
Seguro	Obrigatório	de	Danos	Pessoais	Causados	por	Veículos	Automotores	de	Via	
Terrestre	–	DPVAT
8.2 Ramos ou Planos de Seguros:
• Vida	–	com	base	na	duração	da	vida	humana,	visa	garantir	o	pagamento	aos	segurados	
ou	aos	seus	beneficiários	em	prazo	pré-estabelecidos	e	condições,	de	quantia	certa,	
renda	ou	outros	benefícios.	
• Saúde	 –	 trata-se	 do	 pagamento	 em	 espécie	 ou	 reembolso,	 dentro	 dos	 limites	
estabelecidos	 no	 contrato,	 com	 a	 assistência	 médico-hospitalar	 das	 despesas	
decorrente	de	doenças	ou	acidentes	do	segurado	titular	e	de	seus	dependentes.
• Ramos Elementares	–	com	exceção	dos	seguros	de	vida,	são	os	demais	seguros.
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8.3 Quanto à Natureza:
• Seguro de dano – abrangendo os seguros de bens, direitos, responsabilidades, 
obrigações e destinados à reparação, compensação ou satisfação de um dano sofrido.
• Seguro de Pessoa – visa garantir as pessoas contra riscos a que estão expostas sua 
existência, sua integridade física e sua saúde, não havendo uma reparação de dano 
ou indenização propriamente dita.
8.4 Outras modalidades de Seguros:
• Co-seguro – é o seguro relativo ao mesmo bem, realizado por dois 
ou mais seguradores cotizantes, denominados co-seguradores. É 
portanto a distribuição de um seguro entre duas ou mais seguradoras. 
No seguro com cláusula de co-seguro, é emitida uma única apólice pela 
seguradora líder. A atribuição do líder é receber a proposta, emitir a apólice, 
receber e distribuir o prêmio e também, atender a liquidação do sinistro. 
Obrigatoriamente deve constar na apólice, a quota de participação de cada 
seguradora no total da importância segurada, garantindo-se que a responsabilidade 
seja assumida perante o segurado.
• Resseguro – é destinado a coberturas de seguros de grandes valores, 
que forma de atenuar o risco para o segurador. Na prática trata-se do 
seguro efetuado por um segurador em outra seguradora, como forma 
de garantir sua estabilidade financeira em caso de sinistro. Podemos 
citar os seguros de plataforma marítima, grandes aviões comerciais, etc. 
É também uma técnica utilizada para pulverizar as responsabilidades. 
Trata-se de um tipo de pulverização na qual a(s) seguradora(s) 
transfere(m) a outrem parte do risco assumido, ou seja, é a operação 
de que se valem as seguradoras para transferir à resseguradora o 
excesso de responsabilidade que ultrapassa o limite de sua capacidade 
econômica de indenizar. Em síntese, o resseguro é um seguro do seguro. 
As principais funções do resseguro são: ampliar a capacidade de 
aceitação da seguradora, estabilizar os resultados, além de proteger 
a seguradora contra catástrofes e prejuízos financeiros elevados. 
As partes contratantes do resseguro são o segurador e o ressegurador, 
sem conhecimento ou qualquer interferência do segurado. 
O ressegurador pode efetuar um repasse de partes das responsabilidades 
recebidas, procedendo assim a uma cessão que recebe o nome de retrocessão.
• Retrocessão – é o repasse ao Mercado Segurador Nacional dos excessos de 
responsabilidade que ultrapassarem os limites de sua capacidade de indenizar.
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Considerações finais
A	estabilidade	econômica	criou	condições	para	o	crescimento	do	seguro	no	Brasil.	Como	
recente	medida,	o	Brasil	abriu	o	mercado	e	permitiu	a	entrada	de	novas	empresas	de	seguros,	
promoveu	a	abertura	do	mercado	de	resseguros,	que	antes	era	centralizado	pelo	governo	
federal.	 Também	houve	 grande	 incentivo	 no	mercado	 de	 previdência	 privada,	 pois	 com	 a	
estabilidade	da	moeda	foi	possível	ao	profissional	da	área	atuarial	ter	visão	norteadora,	para	
a	criação	de	novos	produtos	que	trouxe	maior	incentivo	ao	investidor,	sem	o	antigo	receio	das	
perdas	provocadas	pela	desvalorização	da	moeda.
	Com	o	crescimento	do	mercado	segurador	foi	possível	a	formação	de	preços	com	base	
em	cálculos	de	maior	escala	de	participante,	tornando	mais	atrativos	as	taxas	administrativas	
cobradas	pelas	companhias	de	seguros	e	previdência	privada.
Hoje	 o	 desafio	 é	 continuar	 esse	 crescimento	 e	 aumentar	 a	 participação	 do	mercado	
abrangendo	 os	 seguros	 em	 toda	 a	 sua	 modalidade:	 patrimonial	 seguro	 de	 pessoas	 e	 de	
previdência	 privada,	 que	 ao	 ser	 comparado	 com	o	mercado	 da	 Europa	 e	 Estados	Unidos,	
ainda	é	pequeno.
O	 seguro	 exerce	 função	 social	 de	 grande	 relevância,	 sendo	 certo	 a	 sua	 importância	
no	 crescimento	 do	 país	 em	 todo	 o	 seguimento	 da	 economia,	 inclusive	 no	 mercado	 de	
agronegócios,	que	tem	apresentado	grande	crescimento	e	participação	mundial.
Referências
LUCCAS	FILHO,	O.	Seguros:	fundamentos,	formação	de	preço,	provisões	e	funções	biométricas.	
São	Paulo:	Atlas,	2011.	
MELLO,	S.	R.	B.	Seguros e Previdência	–	I	Congresso	Brasileiro.	São	Paulo:	Juruá,	2008.
CORDEIRO	FILHO,	A.	Cálculo Atuarial Aplicado:	teoria	e	aplicações.	São	Paulo:	Atlas,	2009.
SCHALCH,	D.	Seguros e Resseguros	–	Aspectos	Técnicos,	 Jurídicos	e	Econômicos.	São	Paulo:	
Saraiva,	2010.
Objetivos Específicos
Temas
•	 Compreender	 e	 calcular	 a	 formação	 de	 preços	 dos	 prêmios	 de	 seguros	 e	
previdência.	
Lazaro Cabral de Vasconcellos Filho
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Aula 02
Professor
Formação do Preço: prêmio de seguro e previdência(Parte I)
Introdução
1	Mutualismo	e	Probabilidade
2	Partes	Contratantes
3	Forma	de	Contratação
4	Risco
5	Sinistro	e	Indenização
6	Prêmio
Considerações	finais
Referências
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Introdução
O	prêmio	de	seguro	é	o	elemento	mais	importante	do	seguro	e	corresponde	à	importância	
paga	pelos	segurados,	como	remuneração	pela	troca	do	risco	que	ele	está	exposto.	
Ele	 está	 diretamente	 vinculado	 à	 importância	 segurada	 e	 a	 probabilidade	 do	 risco	
ocorrer,	 sendo	de	suma	 importância	a	precisão	de	seus	cálculos,	que	utilizam	fatores	de	
dados	históricos	que	são	ferramentas	fundamentais	de	uso	do	profissional	de	atuarias,	no	
cálculo	do	prêmio	do	seguro.
O	termo	prêmio	de	seguro,	na	verdade,	é	aplicado	aos	custos	diretos,	adicionados	de	
demais	custos	e	acrescido	da	margem	de	lucro	da	seguradora,	que	resultará	na	formação	do	
preço	final	do	seguro	e	demonstrará	a	viabilidade	do	produto	em	relação	à	comercialização	
ou	não	do	mesmo.	 Lembre-se	que	a	existência	da	 seguradora	está	 ligada	diretamente	a	
geração	de	lucro,	que	é	o	principal	fator	de	sua	existência.
Dessa	 forma,	 devemos	 entender	 que	 o	 termo	 prêmio,	 na	 verdade,	 é	 o	 preço	 do	
seguro	e	sua	utilização	tem	origem	nos	primórdios	do	surgimento	do	seguro,	quando	os	
navegadores	ao	 iniciarem	a	 jornada,	utilizando	o	conceito	do	mutualismo	 (repartição	do	
prejuízo	de	alguns	pelo	total	de	participantes	do	grupo	de	risco),	depositavam	valores	com	
indivíduos	ou	instituições	que	mais	tarde	viriam	a	ser	hoje	as	modernas	seguradoras.	Esses	
indivíduos	ou	 instituições	davam	garantia	 sobre	a	 viagem,	ou	 seja,	 caso	não	houvesse	o	
naufrágio,	o	valor	seria	devolvido	ao	depositante,	deduzido	claro	das	taxas	administrativas,	
correspondentes	aos	serviços	prestados.	
A	partir	desse	conceito	de	devolução,	os	viajantes	passaram	a	ser	cuidadosos	em	suas	
tarefas	cotidianas	durante	a	viagem,	visando	evitar	eventos	fortuitos	que	resultassem	em	
sinistro.	O	objetivo	era	receber	de	volta	os	valores	depositados	e	passaram	a	denominá-
lo	 “receber	 o	 prêmio”	 ao	 retorno	 da	 viagem,	 surgindo	 assim	o	 termo	 técnico	 “prêmio”,	
sendo	que	em	seguro	trata-se,	na	verdade,	de	pagamento	da	apólice	de	seguro	e	não	do	
recebimento	de	um	prêmio.	
A	técnica	utilizada	para	a	formação	do	prêmio,	está	diretamente	ligada	ao	mutualismo	
e	à	probabilidade,	porém	há	necessidade	de	dois	fatores	importantes	que	são	a	ordem	de	
grandeza	 e	 a	 homogeneidade	dos	 dados	 levantados,	 conforme	afirma	 a	 obra	Elementos 
del Seguro,	 publicada	pela	Mapfre	 (1973),	 p.	 20.	 Juntando	mutualismoe	 probabilidade,	
destaca	ser	necessário	um	grande	número	de	casos	homogêneos	para	ser	aplicada	a	teoria	
da	probabilidade.	Aliás,	com	respeito	a	isso	podemos	também	mencionar	a	lei	dos	grandes	
números,	que	considerava	o	levantamento	estatístico	de	dados,	fazendo	amostragem	em	
um	maior	número	de	pessoas	com	as	mesma	idade	(dados	homogêneos)	ou	com	os	mesmos	
referenciais,	que	aumentava	a	possibilidade	de	acerto,	que	é	importantíssimo	na	formação	
dos	levantamentos	de	dados	utilizados	principalmente	no	seguro	de	vida	e	previdência.	
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1 Mutualismo e probabilidade
1.1 Repartição dos prejuízos
Visando	melhor	entendimento,	aplicaremos	abaixo,	na	prática,	tomando	como	exemplo	
um	grupo	de	 1.000	proprietários	 do	mesmo	tipo	de	 veículo,	 do	mesmo	 ano	 e	 da	mesma	
marca,	e	que	resolveram	sem	utilizar	uma	companhia	de	seguro,	apurar	a	participação	de	
cada	indivíduo	em	caso	de	evento	de	sinistro,	conforme	exemplo	abaixo:
•	 Objeto	do	seguro:	veículo;
•	 Riscos	cobertos:	roubo,	incêndio	e	colisão;
•	 Grupo	segurado	(acordo	informal	entre	todos	os	participantes):	1.000
•	 Valor	de	cada	veículo:	R$	15.000,00.
A	cada	sinistro	ocorrido	decorrente	de	um	risco	coberto	é	necessário	dividir	o	prejuízo	
pelo	 total	 de	participantes.	Quando	efetuamos	a	divisão	do	prejuízo	 (sinistro)	 individual	
de	 R$	 15.000,00	 pelo	 total	 de	 1.000	 participantes	 do	 seguro,	 temos	 como	 resultante	 o	
valor	 de	R$	 15,00	 referente	 a	 divisão	de	 cada	participante	do	 grupo	 segurado.	 Este	 é	 o	
método	utilizado	no	conceito	de	Mutualismo,	que	é	a	divisão	do	prejuízo	entre	todos	os	
participantes.	Vejamos	abaixo:
Prejuízo	por	sinistro	=	 	=	R$	15,00R$	15.000,00
1.000
Na	ocorrência	de	40	sinistros	durante	o	ano,	basta	multiplicar	o	número	das	40	ocorrências	
de	sinistros	pelo	valor	de	R$	15,00	da	participação	de	cada	segurado,	resultando	para	cada	
segurado	a	participação	total	de	R$	600,00	que	terá	que	pagar:
Participação	de	cada	segurado	=	40	x	R$	15,00	=	R$	600,00
ou
Prejuízo	de	cada	proprietário	=	 	=	R$	600,00R$	15.000,00	x	40
1.000,00
Evidentemente	 o	 cálculo	 acima	 é	 uma	 demonstração	 simplificada	 que	 não	 leva	 em	
consideração	os	demais	encargos	e	o	lucro	visado	pela	seguradora.	
A	outra	dificuldade	é	que	o	cálculo	somente	era	possível	na	medida	da	ocorrência	do	
sinistro,	 o	 que	 se	 tornaria	 inviável,	 uma	 vez	 que	 a	 cobrança	 dos	 valores	 de	 R$	 600,00	 só	
poderia	ser	efetuada	na	medida	da	ocorrência.	Imagine	o	quanto	seria	impossibilitado	essa	
prática	com	o	volume	atual	de	veículos	da	frota	nacional.
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Visando	tornar	este	processo	possível,	com	base	em	experiência	passada,	utilizou-se	do	
princípio	da	probabilidade,	tendo	como	base	as	taxas	apuradas	reais	e	aplicando	a	projeção	
destas,	para	o	fechamento	de	seguros	futuros,	recolhendo	antecipadamente	a	participação	de	
cada	segurado,	cobrando	na	ocasião	da	contratação	do	seguro	e	não	na	medida	da	ocorrência	
do	sinistro.	
Este	 procedimento	 do	 levantamento	 estatístico	 de	 sinistro	 ocorrido,	 que	 tem	 como	
resultado	 a	 probabilidade	 do	 acontecimento	 no	 futuro,	 resulta	 na	 chamada	 “taxa	 de	
sinistralidade”	 e,	 na	 medida	 de	 sua	 ocorrência,	 o	 novo	 grupo	 formado	 terá	 seus	 valores	
onerados	para	a	cobertura	desse	aumento.	Por	exemplo:	caso	o	grupo	de	1.000	proprietários	
de	veículos	ultrapasse	a	taxa	de	sinistralidade,	o	próximo	grupo	teria	uma	oneração	em	seus	
prêmios	de	seguros	ao	contratá-lo,	pois	seria	antecipadamente	apurado	pelo	profissional	de	
atuarias,	funcionário	da	seguradora.
Ainda	com	base	em	nosso	exemplo,	vejamos	o	cálculo	da	taxa	abaixo:
Taxa	=	0,04	ou	(x	100)	=	4%
Taxa	=	 	=	
Soma	dos	prejuízos	
Soma	dos	valores
R$	600.000,00
R$	15.000.000,00
Se	 tratarmos	 individualmente	os	valores	pagos	durante	o	ano	com	o	valor	que	estava	
segurado	teremos	o	mesmo	resultado	apurado	para	a	taxa	do	grupo	total	de	proprietários,	já	
que	todos	os	veículos	têm	valores	idênticos.	Veja	abaixo:
Taxa	=	 	=	0,04	ou	4%	
R$	15.000,00
R$	600,00
A	freqüência	de	ocorrência	é	calculada	dividindo	a	quantidade	de	sinistro	ocorrido	pela	
quantidade	de	itens	expostos	ao	risco,	conforme	abaixo:
Taxa	=	 	=	0,04	ou	4%	
1 000
40
A	taxa	calculada	é	chamada	de	taxa	de	risco	ou	de	taxa	estatística,	não	representando	
ainda	 os	 demais	 carregamentos	 de	 segurança	 e	 outros	 encargos,	 que	 serão	 acrescidos	 à	
medida	que	aproximarmos	do	cálculo	final	do	prêmio	do	seguro.	
Outro	fator	importante	a	mencionar	é	que	o	grupo	formado	acima	tem	como	objetivo	
facilitar	o	entendimento	do	tema,	sendo	impraticável	a	adoção	da	prática	sem	a	participação	
de	uma	seguradora	legalmente	habilitada.	
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2 Partes contratantes
2.1 Seguradora e segurado:
As	seguradoras	e	os	segurados	são	os	elementos	fundamentais	dos	processos	de	seguro.	
As	seguradoras	somente	são	pessoas	jurídicas,	empresas	nacionais	ou	de	capital	estrangeiros	
autorizadas	a	funcionar	no	país,	sendo	fiscalizadas	pela	SUSEP	(Superintendência	de	seguros	
privados),	 não	 estando	 sujeito	 a	 recuperação	 judicial,	 falência	 ou	 liquidação.	 Em	 caso	 de	
dificuldade	financeira,	haverá	a	 intervenção	da	SUSEP,	que	fará	a	 liquidação	extrajudicial	e	
incorporará	 o	 patrimônio	 desta	 empresa	 em	 outro	 grupo	 segurador	 através	 de	 oferta	 de	
aquisição	no	mercado,	sem	prejuízo	do	segurado.	Essas	medidas	foram	adotadas	no	Brasil,	
pelo	Ministério	da	Fazenda,	após	grandes	“quebras”	de	seguradoras	e	empresas	de	seguro	
privado,	que	traziam	insegurança	ao	mercado.
Não	 há	 veto	 de	 aceitação	 de	 seguros	 às	 seguradoras,	 podendo	 as	 mesmas	 aceitar	
seguros	 de	 quaisquer	 valores,	mesmo	 caso	 superem	 a	 capacidade	 econômica,	 que	 tem	
como	 base	 o	 patrimônio	 líquido	 da	 seguradora	 e	 suas	 reservas	 econômicas	 no	 Banco	
Central.	Caso	ultrapassem	os	limites,	os	seguros	deverão	ser	pulverizados,	distribuindo	para	
outras	companhias	e	em	menor	escala	amenizar	com	as	franquias,	que	é	a	participação	do	
segurado	no	risco.
Para	a	distribuição	das	 importâncias	seguradas	que	ultrapassem	o	 limite,	o	segurador	
deverá	 utilizar	 o	 resseguro,	 conhecido	 popularmente	 como	 o	 “seguro	 do	 seguro”	 e	 o	 co-
seguro.
O	 resseguro	 é	 o	 repasse	 do	 risco	 de	 uma	 seguradora	 para	 uma	 instituição	 de	
resseguro,	que	trabalha	com	grandes	riscos,	assumindo	riscos	somente	de	seguradoras.	
Aliás,	 com	relação	a	 isso,	podemos	mencionar	os	grandes	 sinistros	como	a	queda	das	
torres	gêmeas,	as	tragédias	com	vazamentos	de	petróleo	em	alto	mar,	o	afundamento	
da	 plataforma	 marítima	 P40	 da	 Petrobrás,	 entre	 outros	 que	 foram	 cobertos	 pelas	
instituições	globais	de	resseguros.
O	co-seguro,	por	sua	vez,	é	a	operação	que	o	seguro	principal	ou	líder	passa	parte	do	
seguro	para	outras	empresas	seguradoras,	diluindo	desta	forma	seu	próprio	risco.	Nesse	caso	
cada	seguradora	participante	emite	a	apólice	direta	ao	segurado	e	há	necessidade	de	nomear	
uma	seguradora	líder	do	processo.	
As	 diferenças	 básicas	 entre	 o	 resseguro	 e	 o	 co-seguro	 estão	 na	 aplicabilidade	 do	
produto,	pois	o	 resseguro,	somente	pode	ser	contratado	por	uma	empresa	seguradora	
junto	a	uma	empresa	resseguradora	e	são	utilizados	visando	coberturas	de	grandes	vultos.	
Enquanto	o	co-seguro	é	contratado	pelo	segurado	pessoa	física	ou	jurídica	e	que	não	atua	
no	mercado	 segurador,	 sendo	 o	 co-seguro	 uma	 forma	da	 seguradora	 distribuir	 o	 risco	
entre	outras	seguradoras.	Porém	a	contratação	é	 feita	entre	o	segurado	e	seguradores	
individualmente.
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O	 papel	 das	 seguradoras	 é	 importante	 no	 mercado	 	 já	 que	 elas	 trazem	 segurança	
econômica	às	empresas,	às	pessoas	e	ao	país.	Também	liberam	o	tempo	dedicado	à	segurança,	
para	que	cada	segurado	exerça	com	maior	afinco	suasatividades,	dedicando-se	totalmente		
à	produtividade.
O	segurado	é	a	pessoa	física	ou	jurídica	que	transfere	um	risco	segurável	para	uma	ou	
várias	instituições	seguradoras,	mediante	pagamento	prévio	de	um	prêmio.
No	caso	de	um	contrato	de	seguro	com	outro	beneficiário,	o	contratante	é	chamado	de	
estipulante	e	o	beneficiário	de	segurado.
2.2 O Contrato de seguro
A	apólice	é	o	documento	de	formalização	do	contrato	de	seguro	entre	o	segurador	e	o	
segurado.	Na	apólice	constam	os	direitos	e	obrigações	da	seguradora	e	do	segurado.
O	contrato	de	seguro	deve	ser:
• Bilateral	 –	 expressar	 as	 vontades	 das	 partes	 participantes	 e	 contratantes,	 não	
podendo	ser	abusivas	em	suas	cláusulas,	que	também	são	normalizadas	e	fiscalizadas	
pela	SUSEP.
• Aleatório	–	a	ocorrência	do	risco	é	incerta,	isto	é,	pode	ou	não	ocorrer.
• Oneroso	 –	 a	 contratação	 está	 vinculada	 ao	 pagamento	 do	 prêmio,	 o	 segurador	 a	
indenização,	se	ocorrer	o	risco	coberto	pela	apólice.
• Solene	–	é	um	ato	formal,	que	tem	seus	efeitos	na	medida	da	assinatura	do	contrato.
• Nominativo	–	é	disciplinado	por	lei,	portanto	expressamente	mencionado	e	de	forma	
clara.
• De boa fé	–	a	boa	fé	deve	prevalecer	em	qualquer	ato	da	vida,	porém	é	imprescindível	
no	caso	de	contrato	de	seguro.	A	declaração	do	segurado	deve	revestir	de	clareza	e	
abranger	todos	os	possíveis	aspectos	para	análise	e	aceitação	do	risco,	bem	como	
para	a	formação	do	prêmio	a	ser	pago.	
3 Forma de contratação 
3.1 Corretagem e agenciamento
Denomina-se	 corretagem	o	 valor	 a	 pagar	 pela	 seguradora	 ao	 corretor	 de	 seguros	 do	
ramo	elementar,	que	 são	 todos	os	 seguros,	exceto	o	 seguro	de	vida	e	de	pessoa	física	ou	
jurídica	pela	intermediação	de	contratos	de	seguro.
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Nos	seguros	de	vida	em	grupos	e/ou	de	acidentes	pessoais,	a	figura	intermediadora	de	
negócios	é	denominado	agenciador	de	seguro.
4 Risco
O	risco	faz	parte	da	vida.	Para	Vilanova	apud	Luccas	(2011),	risco	é	um	acontecimento	
aleatório	em	sua	realização	na	época	de	sua	realização	e,	ainda,	no	grau	em	que	se	realiza,	
mas	nem	todos	os	riscos	são	objetos	de	seguro,	somente	os	seguráveis.	Assim	considerando,	
o	autor	conceitua	risco	segurável	como	todo	acontecimento	futuro	e	incerto	que	independe	
da	vontade	humana	e	que	não	obedece	à	nenhuma	lei	conhecida.
Para	Vilanova	apud	Luccas	(2011),	as	características	de	risco	segurável	são:
a.	 Afetar	por	igual	a	todos	os	componentes	do	grupo	podendo	atingir	a	alguns,	mas	não	
a	todos	simultaneamente;
b.	 Existir	homogeneidade	dos	componentes	do	grupo,	que	deve	ser	o	mais	numeroso	
possível;
c.	 Ocasionar	uma	necessidade	econômica	em	sua	realização;
d.	 Ressarcir	tão	somente	os	prejuízos	sofridos,	não	devendo	constituir-se	em	lucro;
e.	 Através	das	estatíticas	de	experiência	passadas,	possibilitar	cálculos	que	permitam	
prever	 situações	 iguais	 no	 futuro,	 desde	 que	 persistam	 as	 mesmas	 situações	 e	
circunstancias.	
f.	 Existir	 independência	 na	 realização	 dos	 acontecimentos	 e	 essa	 realização	 deve	
ocasionar	necessidade	econômica,	jurídica	e	ser	efetivamente		indenizável.
5 Sinistro e indenização
O	sinistro	é	a	ocorrência	de	um	risco	segurado.	É	a	concretização,	de	fato,	de	um	evento	
segurado.
A	 indenização	 é	 o	 pagamento	 que	 a	 seguradora	 faz	 ao	 segurado	 em	 decorrência	 do	
sinistro.	Tem	como	finalidade	a	reposição	do	patrimônio	afetado	ou	em	caso	de	seguro	de	
vida,	 amenizar	a	dor	da	perda	de	um	membro	da	 família	e	 também	as	perdas	financeiras	
causadas	pela	ausência	do	indivíduo	provedor	da	família.
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6 Prêmio
Os	prêmios	de	seguros	são	os	pagamentos	por	ocasião	da	contratação	de	seguro.	Como	
já	mencionado	 na	 introdução,	 o	 termo	 prêmio	 tem	 uma	 utilização	 técnica	 própria	 para	 a	
área	 de	 seguros,	 que	 na	 verdade	 são	 pagamentos	 e	 não	 recebimentos	 como	 usualmente	
utilizamos	o	termo.
Para	Castiglione	 apud	 Luccas	 (2011),	 o	 prêmio	 é	 o	 preço	 a	 ser	 pago	pelos	 segurados	
ao	segurador	pelos	serviços	que	este	presta	àqueles	e	que,	como	todo	o	preço,	tem	de	ser	
remunerado	para	um	e	 justo	e	exequível	para	o	outro.	Castiglione	acrescenta	ainda	que	o	
prêmio	deve	compensar	 suficientemente	os	gastos	do	segurador	e,	ao	mesmo	tempo,	 ser	
competitivo	e	equivalente	ao	serviço	oferecido	em	troca	dele.
Para	Silva	apud	Luccas	(2011)	os	seguintes	itens	devem	ser	considerados	e	dimensionados	
para	a	formação	dos	preços:
•	 Valor	esperado	do	sinistro;
•	 Despesas	de	comercialização	a	ser	pagas;
•	 Despesas	administrativas	esperadas;
•	 Lucro	a	ser	atingido;
•	 Impostos;
•	 Despesas	esperadas	com	a	cessão	do	risco,	através	do	co-seguro	e	ou	resseguro;
•	 Resultado	financeiro	esperado;
•	 Oscilação	do	risco.
O	 prêmio	 efetivamente	 pago	 pelo	 segurado	 antes	 do	 cálculo	 da	 IOF	 (Imposto	 sobre	
operações	financeiras)	e	sem	os	custos	da	apólice	é	chamado	prêmio	comercial.
O	prêmio	é	um	dos	elementos	essenciais	do	seguro	correspondendo	à	importância	paga	
pelo	segurado	(ou	estipulante)	à	seguradora,	em	troca	da	transferência	do	risco	a	que	este	
está	exposto.	Tem	como	parâmetro:	o	prazo,	a	importância	segurada	ou	o	limite	máximo	de	
indenização	e	a	exposição	aos	riscos.
O	 prêmio	 configura	 uma	 cota-parte	 cabível	 ao	 segurado	 na	 repartição	 do	 montante	
global	dos	riscos	que	pesam	sobre	a	mutualidade.
São	 considerados	 no	 custo	 final	 do	 prêmio	 do	 seguro,	 além	 da	 parte	 destinada	 à	
mensuração	do	 risco,	 também	àqueles	necessários	 à	 administração	e	 comercialização	das	
apólices,	o	lucro	do	segurador,	encargos	e	impostos,	assim	definidos	no	quadro	abaixo,	que	
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se	apresentarão	na	medida	que	avançarmos	nas	principais	etapas	do	cálculo	do	prêmio	de	
seguros,	que	parte	de	uma	base	e	paulatinamente	são	agregados	gastos	internos	e	externo,	
remuneração	 do	 capital,	 além	 de	 considerar	 os	 encargos	 com	 emissão	 da	 apólice,	 juros	
adicionais	de	fracionamento	e	o	imposto	decorrente	de	obrigação	tributária.	
Figura 1 – Ocorrência da formação dos prêmios
Prêmio Acréscimo Composição
Prêmio	Comercial	
ou	prêmio	
líquido	ou	prêmio	
tarifário
PE
Prêmio	estatístico	
ou	Prêmio	puro	
(mensuração	do	
risco)
Valor	matemático	do	risco	(VM)
Custo	médio	do	sinistro	(CM)
C Carregamento	comercial
Despesas	administrativas	ou	
gastas	de	gestão	Interna
Despesas	de	aquisição	e	produção	
ou	gastos	de	gestão	externa
remuneração	do	capital
prêmio	bruto	ou	
prêmio	total
Encargos Custo	de	emissão	da	apólice,	juros	ou	adicionais	de	fracionamento
IOF Imposto Imposto	sobre	Operações	Financeiras.
Chamamos	 de	 prêmio	 estatístico	 (PE)	 a	 primeira	 fase	 da	 estrutura	 de	 custos	 para	 a	
formação	 do	 prêmio	 a	 ser	 cobrado	 do	 segurado.	 Nessa	 fase	 são	 adicionados	 os	 custos	
diretos	da	seguradora,	tais	como	gastos	com	salários	e	encargos,	despesas	de	estrutura	de	
funcionamento	da	empresa	etc.
É	importante	mencionar	que	se	trata	de	parte	do	prêmio,	que	está	ainda	em	formação,	
sendo	calculado	a	partir	da	mensuração	(da	medida)	do	risco.	
Para	o	cálculo	do	Prêmio	Estatístico	(PE),	necessitaremos	primeiramente	apurar	o	Valor	
Matemático	do	Risco	(VM)	e	o	Custo	Médio	de	Sinistro	(CM).
A	mensuração	do	risco	é	a	análise	de	risco	semelhante,	prelo	qual	apuramos	o	índice	de	
freqüência	e	de	probabilidade	de	ocorrência	de	sinistro	e	o	índice	de	intensidade	ou	severidade	
do	valor	gerado	pela	ocorrência.	São	representados	conforme	abaixo:
6.1 Valor Matemático do Risco (VM)
Tratando-se	 de	 uma	 medida	 de	 frequência	 de	 acontecimento	 de	 sinistro,	 o	 valor	
matemático	é	obtido	após	a	análise	de	determinado	número	de	riscos	semelhantes,	conforme	
Valor	Matemático	do	Risco	(VM)
x
Custo	Médio	de	Sinistro	(CM)
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a	fórmula	abaixo:
O	resultado	dessa	fórmula	poderáser	expresso	em	percentagem,	bastando	multiplicá-la	
por	100:
Com	a	análise	de	frequência,	poderá	ser	estabelecido	o	cálculo	das	probabilidades	da	
ocorrência	do	risco	num	grupo	semelhante	ao	analisado.
São	 observadas	 e	 tabuladas	 300.000	 pessoas	 (riscos	 pesquisados),	 com	
idade	 entre	 50	 e	 60	 anos,	 num	 período	 de	 doze	 meses.	 Ao	 término	 desse	
período	apurou-se	a	ocorrência	de	seiscentas		mortes	(sinistros	ocorridos).
Em	posse	desses	dados	é	possível	calcular	o	Valor	Matemático,	obtendo	o	
índice	de	freqüência	de	morte	dessa	amostragem:
6.2 Custo Médio dos Sinistros (CM)
Com	o	cálculo	do	valor	matemático	do	risco,	obtivemos	o	índice	de	freqüência	em	que	o	
sinistro	pode	ocorrer,	 agora	poderemos	 calcular	 a	 severidade	do	 sinistro	que	 servirá	 para	
avaliar	e	estimar	o	valor	do	prêmio	a	ser	cobrado	de	cada	segurado	a	título	de	mensuração	do	
risco.	 Esse	 número	 é	 obtido	 através	 do	 cálculo	 do	 Custo	Médio	 de	 Sinistro,	 resultado	 da	
divisão	do	Prejuízo	Total	pelo	número	de	sinistros	ocorridos	conforme	demonstrado	abaixo:
VM	=	 	=	
Nº	
nº
de	Sinistro	Ocorrido	(NS)
de	Riscos	Pesquisados	(NR)
VM	=	 	=	 	x	100
Nº	
nº
de	Sinistro	Ocorrido	(NS)
de	Riscos	Pesquisados	(NR)
VM	=	 	=	x	0,002	ou	0,002	x	100	=	0,20%600	
300.000
CM	=		=	
Prejuízo	Total		Indenizado	(PT)
Número	de	Sinistro	(NS)
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Uma	seguradora	indenizou	seiscentos	sinistros	de	morte,	sendo:
Trezentas	 mortes	 com	 capital	 segurado	 de	 R$	 200.000,00	 =	 R$	
60.000.000,00
Duzentas	mortes	com	capital	segurado	de	R$	140.000,00	=	R$	28.000.000,00
Cem	mortes	com	capital	segurado	de	R$	80.000,00	=	R$	8.000.000,00
Prejuízo	Total	=	R$	96.000.000,00
Obs.:	Custo	Médio	de	Sinistro	–	CM	desta	amostragem	foi	de	R$	160.000,00
6.3 Prêmio Estatístico (PE)
Após	a	apuração	do	Valor	Matemático	do	Risco	(VM)	e	do	Custo	Médio	do	Sinistro	(CM),	
através	da	multiplicação	dos	dois	elementos,	obteremos	o	valor	do	Prêmio	Estatístico	(PE):
Utilizando	os	dados	das	aplicações	práticas	anteriores	teremos:
•	Valor	Matemático	do	Risco	(VM)	=	0,002
•	Custo	Médio	de	Sinistro	(CM)	=	R$	160.000,00
Neste	caso	o	prêmio	estatístico	seria:
•	PE	=	0,002	x	R$	160.000,00	=	R$	320,00
Nota:	 em	 um	 cálculo	 mais	 direto,	 o	 prêmio	 estatístico	 poderá	 ser	 encontrado	 pela	
repartição	do	Prejuízo	Total	(PT)	pelo	Número	de	Riscos	Pesquisados	(NR).
CM	=	 	=	 	=	R$	160.000,00
Prejuízo		Total	(PT)	
Número	de	sinistros	(NS) 600
R$	96.000.000,00
PE	=			VM	X	CM
PE				=	
(PT)
(NR)
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Também	utilizando	os	dados,	das	aplicações	práticas	anteriores	teremos:
Prejuízo	Total	=	R$	96.000.000,00
•	Número	de	Riscos	=	300.000	pessoas
Considerações finais
O	 cálculo	 do	 Prêmio	 Estatístico	 é	 a	 fase	 inicial	 do	 cálculo	 do	 Prêmio	 final,	 que	 em	
sua	 sequência	 será	 agregado	 de	 outros	 custos,	 encargos,	 impostos,	 lucro	 almejado	 pela	
seguradora,	até	chegar	ao	valor	final	cobrado	pelo	segurado.
Dessa	forma,	devemos	entender	que	o	Prêmio	Estatístico	é	base	de	cálculo	para	as	verbas	
que	serão	agregadas	ao	valor	final	do	Prêmio	de	Seguro.	Poderá	a	seguradora	a	seu	critério,	
adicionar	margem	percentual	de	segurança	e	este	procedimento	estará	diretamente	ligado	
às	 taxas	 de	 sinistralidade.	 Se	 a	 taxa	 estiver	 elevada,	 o	 novo	 grupo	 de	 seguro	 semelhante	
fatalmente	terá	um	valor	adicional	em	seus	custos,	reembolsando	as	perdas	do	grupo	anterior.
Podemos	concluir	que	os	produtos	seguro	e	previdência	são	produtos	comercializáveis	
que	não	sofrem	os	efeitos	da	lei	de	oferta	e	procura,	que	criam	oscilações	nos	preços,	mas	
sim	da	 taxa	de	 sinistralidade,	que	é	o	percentual	de	ocorrência	de	 sinistro,	dentro	de	um	
mesmo	grupo	segurado,	que	caso	esteja	acima	do	limite	estabelecido	para	um	determinado	
grupo	de	segurados,	irá	provocar	aumento	na	formação	de	grupos	futuro.
Referências
LUCCAS	FILHO,	O.	Seguros:	fundamentos,	formação	de	preço,	provisões	e	funções	biométricas.	
São	Paulo:	Atlas,	2011.	
MELLO,	S.	R.	B.	Seguros e Previdência	–	I	Congresso	Brasileiro.	São	Paulo:	Juruá,	2008.
CORDEIRO	FILHO,	A.	Cálculo Atuarial Aplicado:	teoria	e	aplicações.	São	Paulo:	Atlas,	2009.
SCHALCH,	D.	Seguros e Resseguros	–	Aspectos	Técnicos,	 Jurídicos	e	Econômicos.	São	Paulo:	
Saraiva,	2010.
Prêmio	Estatístico	=	 	=	 	=	R$320,00
Prejuízo	Total	(PT)	
Número	de	Riscos	(NR)
R$	96.000.000,00
300.000
Seguro e Previdência
Aula 03
Formação do Preço: Prêmio de Seguro e Previdência (parte II)
Objetivos Específicos
•	 Compreender	 e	 calcular	 a	 formação	 de	 preços	 dos	 prêmios	 de	 Seguros	 e	
Previdência.		
Temas
Introdução
1	Prêmio	Puro	
2	Taxa	Estatística	
3	Prêmio	Comercial
4	Cálculo	do	Prêmio	Comercial
5	Cálculo	do	Prêmio	Comercial	Net
6	Cálculo	da	Taxa	Comercial
7	Termologia	dos	Prêmios	de	Seguros
8	Encargos,	impostos	e	outros	custos
9	Formas	de	cobrança	e	prazos	de	vigência
Considerações	Finais
Referências
Professor
Lazaro Cabral de Vasconcellos Filho
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2
Introdução
Neste	 capítulo,	 abordaremos	 as	 várias	 fases	 do	 cálculo	 do	 prêmio	 do	 seguro,	 bem	
como	os	procedimentos	adotados	pelas	seguradoras	para	fazer	absorção	dos	custeios	para	
formação	do	valor	final	da	apólice.	
A	seguradora	poderá	obter	o	cálculo	com	base	nos	valores	envolvidos	ou	com	base	em	
percentual,	previamente	conhecidos,	que	servirão	como	fator	referencial	para	aplicação	dos	
cálculos	dentro	de	cada	fase	da	formação	do	prêmio.
Na	fase	do	Prêmio	Estatístico,	são	registrados	os	custos	indiretos,	os	quais	são	os	custos	
estruturais	da	seguradora,	já	na	fase	seguinte	são	acrescidos	os	valores	de	custeio	indireto,	
tais	como	custeio	do	pessoal	comercial,	do	administrativo	e	o	lucro	esperado	pelo	segurado,	
configurando-se	no	Prêmio	Comercial.	Será	abordada	ainda	a	formação	do	Prêmio	Net,	que	
considera	a	taxa	referente	à	comissão	do	corretor	ou	agenciador	de	seguro.
As	 atividades	 de	 seguros	 e	 previdência	 utilizam	 vários	 termos	 técnicos,	 próprios	 da	
área	 de	 atuação,	 por	 este	motivo	 serão	 também	 abordadas,	 neste	 capítulo,	 as	 principais	
terminologias	utilizadas,	visando	facilitar	a	compreensão	destes	termos.
Os	seguros	apresentam	particularidades	quanto	a	sua	forma	de	cobrança	e	vigência,	os	
parcelamentos	para	pagamentos,	os	seguros	parciais	e	seus	efeitos	no	preço	final	do	prêmio	
de	seguro,	que	acabam	elevando	o	custo	final	do	seguro.
Toda	esta	fase	da	formação	do	prêmio	de	seguro	dará	a	visão	do	seu	custeio	e	permitirá	
o	conhecimento	da	viabilidade	de	contratar	o	seguro	por	períodos	parciais	ou	por	período	de	
um	ano	ou	mais.	
1 Prêmio Puro 
O	Prêmio	Estatístico	é	base	de	cálculo	para	as	verbas	que	serão	adicionadas	ao	valor	do	
Prêmio	de	Seguro,	que	poderá	também	ser	agregado	da	margem	percentual	de	segurança	ou	
carregamento	de	segurança,	para	fazer	face	aos	desvios	desfavoráveis	do	valor	do	risco.	
Caso	 a	 empresa	 seguradora	 adote	 a	 margem	 percentual	 de	 segurança,	 que	 é	 o	 ato	
de	 adicionar	 um	percentual	 no	 cálculo	 básico	 do	 seguro,	 correspondente	 ao	 PE	 –	 Prêmio	
Estatístico,	este	passará	a	se	chamar	Prêmio	Puro	e	visa	aumentar	a	segurança,	evitando	a	
geração	de	prejuízo.
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Veja	o	exemplo	abaixo:
Uma	 seguradora	 apurou	 em	 uma	 amostragem	 de	 1.000	 riscos,	 o	
acontecimento	de	10	mortes	com	acidente	de	veículos,	apresentando	o	Prejuízo	
Total	de	R$	4.760.000,00.	A	ocorrência	deste	tipo	de	sinistro	indica	uma	projeção	
de	crescimento	para	o	futuro.
A	 segurada,	 adotando	um	critério	 de	 segurança,	 adicionou	 como	margem	
percentual	de	segurança	o	percentual	de	50%,	em	seus	cálculos,	como	forma	de	
evitar	perdas	e	prejuízos	nas	negociações	de	seu	seguro	de	vida.	
Número	de	Riscos:	1.000
Número	de	Sinistro:	10	
Prejuízo	Total:	R$	4.760.000,00	
1ª Situação– sem a margem de segurança
Prejuízo	total	(PT) R$	4.760.000,00
Prêmio	Estatístico	=	 	=	 		=	R$	4.760.000,00	
Número	de	Riscos	(NR) 1.000,00
O	Prêmio	Estatístico:	de	R$	4.760,00
2 a Situação – com a margem de segurança
Margem	de	 segurança	de	50%	do	valor	dos	prejuízos	=	R$	4.760.000,00	x	
50%	=	R$	7.140.000,00.
Prejuízo	total	(PT) R$	7.140.000,00
Prêmio	Estatístico	=	 	=	 		=	R$	7.140.000,00	
Número	de	Riscos	(NR) 1.000,00
Obs.:	Note	que	a	fórmula	é	a	mesma	do	Prêmio	Estatístico,	porém,	como	foi	
acrescido	de	margem	de	segurança,	este	passa	a	ser	chamado	de	Prêmio	PUro.
O	Prêmio	Puro	é	de	R$	7.140,00.
2 Taxa Estatística 
Após	o	cálculo	do	Prêmio	Estatístico	e	do	Prêmio	Puro,	é	possível	conferir	qual	será	a	Taxa	
Estatística	para	utilização	nos	negócios	de	seguro	e	Previdência.
A	 Taxa	 Estatística	 é	 a	 relação	 entre	 o	 Prêmio	 Estatístico	 e	 a	 Importância	 Segurada,	
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existindo	variáveis	a	respeito	da	apresentação	destas	taxas.
2.1 Primeira forma
É	 dividido	 o	 Prêmio	 Estatístico	 –	 PE	 pela	 Importância	 Segurada,	 multiplicando	 seu	
resultado	por	100,	a	fim	de	representá-la	em	percentual	conforme	a	fórmula:
Onde:
•	 PE	–	Prêmio	Estatístico
•	 IS	–	Importância	Segurada
•	 TE	–	Taxa	Estatística
PETE	=(	 		x	100	)	%	
IST
Em	determinada	amostragem	de	150	mil	seguros	de	objetos	iguais,	considerando-se	
que	o	valor	de	cada	objeto	(segurado)	é	de	R$	20.000,00	sendo	o	Prêmio	Estatístico	de	R$	
100,00,	a	Taxa	Estatística	será	de:
TE =( x 100 ) %
IS
PE	 	 		 	 	 	 	
TE =( x 100) = 0,50%
R$ 20.000,00
R$ 100,00	 	 	 	 	 	
	
	 	
2.2 Segunda forma
Em	 caso	 de	 avaliação	 da	 experiência	 de	 um	 conjunto	 de	 seguros,	 cujos	 seguros	 tem	
importância	 seguradas	 diferentes,	 a	 Taxa	 Estatística	 será	 encontrada	 pela	 relação	 entre	 o	
Prejuízo	Total	(PT)	e	o	Total	das	Importâncias	Seguradas	(IST)	em	uma	determinada	amostra.
Onde:
•	 PT	–	Prejuízo	Total
•	 IST	–	Importância	Segurada	Total
•	 TE	–	Taxa	Estatística
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5
PETE	=(	 		x	100	)	%	
IS
	Após	a	apuração	percentual	da	medida	do	risco,	basta	aplicá-la	à	importância	segurada	
que	encontraremos	o	valor	do	Prêmio	Estatístico.
PE	=	TE	x	IS
Em	um	período	de	um	ano,	foram	apresentados	e	analisados	riscos	 iguais,	
em	um	total	de	R$	2.000.000,00	de	Importância	Segurada	Total	e	apresentados	
sinistros	com	Prejuízo
TE =( x 100 ) %
IST
PT	 	 		 	 	 	 	
TE =( x 100) % = 2,50%
R$ 2.0000.000,00
R$ 50.000,00	 	 	 	 	 	 	
	
	
s	Totais	de	50.000,00,	desta	forma	teremos:
Utilizando	o	percentual	 apurado	 acima,	 em	um	 seguro	dessa	modalidade,	
com	Importância	Segurada	de	R$	150.000,00	teria	o	seguinte	Prêmio	Estatístico:
PE	=TE	x	IS
Descrição	de	acessibilidade:	Prêmio	Estatístico	igual	a	Taxa	Estatística,	vezes	
a	Importância	Segurada.
PE	=	R$	150.000,00	x	2,50%	=	R$	3.750,00	(Prêmio	Estatístico)
Lembre-se	 que	 a	 Taxa	 Estatística	 é	 também	 chamada	 de	 Taxa	 Pura,	 caso	 a	 apuração	
ocorra	a	partir	do	Prêmio	Puro,	do	também	chamado	Prêmio	Estatístico	com	a	inclusão	de	
parcelas	aditivas,	por	 conta	de	uma	possível	 variação	do	valor	matemático	do	 risco	ou	do	
custo	médio	do	sinistro.
3 Prêmio Comercial
O	Prêmio	Comercial	é	o	valor	cobrado	pela	seguradora,	por	assumir	o	eventual	risco	do	
segurado,	firmado	em	contrato.	
O	Prêmio	comercial,	chamado	de	prêmio	tarifário	ou	prêmio	líquido	é	alcançado	após	
ser	adicionado	ao	Prêmio	Estatístico,	o	carregamento	comercial,	sendo	compreendido	pelos	
gastos	de	gestão	interna,	os	gastos	de	gestão	externa	e	o	lucro	almejado	ou	retorno	do	capital	
investido	pelo	acionista	da	seguradora.
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Figura 1 - Carregamento Comercial
Denominação Destinação
Despesas	Administrativas	–	DA	ou	Gastos	de	
Gestão	Interna
Destinado	à	administração	da	seguradora,	
como	pagamento	de	folha	salarial,	aluguéis,	
comunicação	etc.
Despesas	de	Aquisição	e	Produção	DP	ou	
Gastos	de	Gestão	Externa
São	aqueles	originados	pelo	processo	
comercial	de	distribuição	e	venda	do	seguro,	
englobando	comissão	de	corretagem,	material	
de	propaganda	etc.
Remuneração	do	Capital	
Empregado	(retorno	de	capital)
ou	Lucro	Esperado.
É	o	lucro	do	acionista	do	segurador,	destinado	
à	constituição	de	reservas	patrimoniais.
Para	Luccas,	(2011,	p.29),	o	modelo	simples	de	formação	do	Prêmio	Comercial,	que	será	
utilizado	no	texto,	de	formação	do	Prêmio	Comercial	compõem	as	seguintes	variáveis:
•	 Prêmio	Puro;
•	 Despesas	de	comercialização;
•	 Despesas	administrativas	(DA);
•	 Remuneração	do	capital	empregado	na	empresa.
Tomamos,	como	exemplo,	uma	seguradora	que,	após	levantamento	de	dados	econômico-
financeiros,	 concluiu-se	 que	 havia	 a	 necessidade	 de	 adicionar	 45%	 como	 carregamento	
comercial,	para	sua	formação	de	preço	de	seguro,	assim	distribuído:
Despesas	Administrativas	(DA)	=	16%	do	Prêmio	Comercial;
Despesas	de	Produção	(DP)	=	25%	do	Prêmio	Comercial;
Remuneração	do	Capital	(Retorno	do	Capital	Investido)	=	4%	do	Prêmio	Comercial.
Carregamento		=	45%	do	Prêmio	Comercial.
4 Cálculo do Prêmio Comercial
Aplica-se	a	seguinte	fórmula:	
Prêmio	Comercial	(PC)	=	 	
Prêmio	Estatístico	(PE)
	1-	Carregamento	(c)
Na	fórmula,	a	letra	“c”	representa	a	soma	das	gastos	departamentais,	que	irá	compor	o	
carregamento	comercial	da	seguradora	(DA	+	DP	+	Retorno	do	Capital).
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7
O	 Prêmio	 Estatístico	 de	 uma	 amostra	 de	 um	 grupo	 40	 segurado,	 cuja	 Importância	
Segurada	seja	R$	60.000,00,	é	de	R$	1.650,00	e	será	necessário	um	carregamento	de	45%,	
assim	distribuído:
•	 Despesas	Administrativas	(DA)	=	16%	do	Prêmio	Comercial;
•	 Despesas	de	Produção	(DP)	=	25%	do	Prêmio	Comercial;
•	 Remuneração	do	Capital	(Retorno	do	Capital	Investido)	=	4%	do	Prêmio	Comercial.
Convertendo-se	o	Carregamento	Comercial	em	número	decimal,	temos	0,45.
Logo,	o	Prêmio	Comercial	será:
PE
1-C
R$1.650,00
1- 0,45
R$1.650,00
0,55
PC = –––––– = –––––––––– = –––––––––– ou R$ 3.000,00
	 	
	 	 	 	 		 	 	 	 	
5 Cálculo do Prêmio Comercial Net
Prêmio	 Net	 é	 o	 valor	 do	 prêmio	 apurado	 pela	 seguradora,	 sem	 o	 carregamento	 de	
comissão	de	corretagem.	Lembra-se	que	os	produtos	seguro	e	previdência	somente	podem	
ser	negociados	através	da	figura	do	corretor	e	agenciador	de	seguros.
A	comissão	é	a	remuneração	destes	representantes	de	vendas	e	tem	que	ser	embutidos	
nos	cálculos	do	Prêmio	Comercial.	
É	importante	mencionar	que	este	cálculo	caberá	ao	corretor	ou	ao	agenciador	de	seguro	
e	previdência	fazê-lo,	imediatamente	antes	do	fechamento	do	negócio.	
Veja	o	cálculo	abaixo:
C	=	 	=	0,45	
1 00
45
Prêmio	Comercial	(PC)	=	 	
Prêmio	NET
	1-	Comissão	de	Corretagem
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Cálculo	de	comissão	de	10%,	com	base	no	Prêmio	Comercial,	 já	mencionado.	Neste	
cálculo,	o	valor	já	está	adicionado	no	valor	da	base	(R$	3.000,00	x	(-10%)	=	R$	2.700,00).
•	 Prêmio	Comercial	(Net)	=	R$	2.700,00
•	 Comissão	de	Corretagem	=	10%	=	0,10
R$2.700,00
1- 0,10
R$2.700,00
0,90
Prêmio comercial = –––––––––– = –––––––––– ou R$ 3.000,00
	 	
	 	 	 		 	 	 	 	
6 Cálculo da Taxa Comercial
Imediatamente	após	o	cálculo	do	Prêmio	Comercial,	será	calculada	a	Taxa	Comercial.	A	
Taxa	Comercial,	na	verdade	é	a	inclusão	da	taxa	correspondente	ao	Lucro	Esperado	ou	retorno	
do	Capital	Investido	pela	Seguradora.
TC	=		 	x	100	
IS
PC
Tomamos	 com	 base	 uma	 amostra	 de	 20	 seguros,	 cuja	 importância	 segurada	 é	 R$	
60.000,00	e	Prêmio	Comercial	de	R$	3.000,00	obteremos	a	Taxa	Comercial	de:
TC	=	(	––––	x	100)	%	=	(––––––––––––	x	100)	%	=	5,00%
TC =( x 100) % = ( x 100) % =5,00%
R$ 60.000,00
R$ 3.000,00
IS
PC	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	
	
	
7 Termologia dos Prêmios de Seguros
	A	formação	do	Prêmio	de	Seguros,	passa	pelas	fases	de	composição	dos	cálculos	que	
são	denominados	como:	
•	 PrêmioEstatístico	 –	 Refere-se	 ao	 custo,	 à	 primeira	 formação	 de	 custos,	 sendo	
identificado	como	o	custo	direto	sobre	a	operação;
•	 Prêmio	Puro	–	Tem	como	base	o	Prêmio	Estatístico,	que	é	um	agregado	de	taxas	de	
segurança,	caso	faça-se	necessário,	em	garantia	de	reposição	de	riscos	que	venham	
agravar	a	operação.
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•	 Prêmio	Comercial	–	Trata-se	da	fase	onde	são	incluídos	os	custos	indiretos	destinados	a	
garantir	a	operação,	tais	como	custos	administrativos,	custos	de	aquisição	e	produção	
(comercialização),	custos	da	reposição	do	capital	investido.
•	 Prêmio	Bruto	–	Trata-se	do	valor	efetivamente	pago	pelo	segurado,	ou	seja,	o	Prêmio	
Comercial	acrescido	dos	encargos	e	do	respectivo	imposto.
•	 Para	Luccas,	(2011,	p.37),	outros	termos	utilizados	para	o	Prêmio	de	Seguros,	fazem	
parte	 de	 fases	 do	 processo	 e	 são	 mais	 utilizados	 no	 processo	 de	 contabilização,	
conforme	veremos	abaixo.
•	 Prêmio	Emitido	–	Trata-se	da	emissão	de	uma	apólice	ou	fatura,	o	prêmio	comercial	
sem	custo	de	apólice	e	sem	IOF.
•	 Prêmio	Direto	–	São	os	prêmios	emitidos,	deduzidos	de	cancelamentos,	restituições	
e	descontos.
•	 Prêmio	de	Seguros	–	É	o	Prêmio	Direto,	porém	deduzido	de	eventual	cobertura	em	
cosseguro	cedido	e	mais	cosseguro	aceito.
•	 Prêmio	Retido	–	É	o	Prêmio	de	Seguro,	menos	resseguro	cedido.
•	 Prêmio	Ganho	–	É	o	prêmio	efetivo	ganho,	ou	seja,	o	prêmio	retido	menos	os	prêmios	
não	ganhos,	que	é	reconhecido	efetivamente	na	contabilidade	como	receita.
8 Encargos, impostos e outros custos
Os	 valores	 que	 efetivamente	 são	pagos	 pelos	 segurados	 às	 seguradoras	 denomina-se	
Prêmio	Bruto.
Os	encargos	mais	comuns	são:
•	 Custos	de	Emissão	–	Atualmente	a	SUSEP	vetou	o	repasse	do	custo	de	emissão	de	
apólice	e	emissão	de	endosso	para	o	segurado,	ficando	vetada	também	a	cobrança	
nos	casos	de	seguros	em	moeda	estrangeira,	seguros	de	pessoas	com	pagamentos	
mensais	 e	 sucessivos	 e	 endossos	de	 restituição	ou	 sem	movimentação	de	prêmio	
(valores).
Nota:	O	termo	endosso	é	a	prática	da	seguradora,	em	atendimento	de	solicitação	
do	segurado,	alterar	a	apólice	após	a	emissão	original	por	diversos	motivos,	 tais	
como	alteração	do	objeto	segurado,	valores,	endereço	e	outras	cláusulas.
•	 Custo	de	Cadastro	–	Típico	somente	de	alguns	tipos	de	seguros,	que	necessitam	de	
prévia	análise	cadastral,	para	avaliar	a	aceitação	ou	não	do	risco,	exemplo	seguro-
fiança	de	aluguel,	que	depende	da	análise	de	crédito	do	segurado.
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•	 Adicional	de	 Fracionamento	–	O	prêmio	do	 seguro	é	 calculado	para	pagamento	à	
vista,	sendo	praxe	no	mercado	a	não	cobrança	de	juros,	no	parcelamento	até	quatro	
parcelas,	 porém	 parcelamento	 acima	 de	 quatro	 vezes,	 é	 cobrado	 adicional	 de	
fracionamento,	com	base	nos	juros	praticados	pelo	mercado	financeiro.
•	 Impostos	–	IOF	–	Imposto	sobre	Operações	Financeiras,	incide	sobre	o	valor	da	apólice,	
tendo	 como	 parâmetro	 o	 momento	 do	 pagamento	 à	 vista	 ou	 sobre	 as	 parcelas,	
quando	da	ocorrência	do	pagamento	de	cada	uma	e	também	sobre	os	endossos	e	
sobre	outras	alterações	que	envolvam	valores.
9 Formas de cobrança e prazos de vigência
O	método	de	cobrança	da	apólice	de	seguros	é	através	de	boleto	bancário,	que	poderá	
ser	pago	nas	redes	bancárias	ou	através	de	débito	em	conta	corrente	ou	pela	internet.
Cabe	 à	 seguradora	 proceder	 com	 a	 emissão	 e	 o	 envio	 dos	 boletos,	 necessários	 para	
pagamento	dos	prêmios.
Os	prazos	para	vigência,	normalmente	são	de	um	ano,	porém	poderá	haver	cobertura	
inferior	a	um	ano,	que	é	reconhecido	como	“curto	prazo”	e	agrava	(torna	o	seguro	mais	caro)	
o	prêmio,	pois	é	utilizada	uma	tabela	de	prazo	curto,	que	aumenta	o	custo	deste.
O	seguro	também	poderá	ser	contratado	por	Pró-rata-temporis	que	não	agrava	o	prêmio,	
pois	não	é	utilizada	a	tabela	de	agravamento	do	seguro.
A	decisão	das	opções	acima	é	critério	da	seguradora	e	não	cabe	ao	segurador	a	opção	de	
um	ou	outro	sistema	de	vigência.
O	seguro	também	poderá	ser	contratado	por	prazo	maior	que	12	meses,	que	embora	
seja	uma	técnica	eficaz	de	redução	de	custo,	não	é	uma	prática	usual	do	mercado.
Considerações Finais
Neste	capítulo,	verificamos	as	várias	fases	do	cálculo	dos	Prêmios	de	seguros.	
O	prêmio	de	seguros	é	a	forma	de	remuneração	que	o	segurado	faz	ao	segurador,	para	
que	este	assuma	os	riscos	contratados.	
Constamos	que	a	diversas	fases	do	custeio	do	seguro,	sendo	a	base	o	Prêmio	Estatístico,	
as	quais	consistem		nos	custos	iniciais	do	seguro,	tidos	como	custos	diretos,	e	poderão	ser	
adicionados	de	 índices	de	agravamento	de	riscos	que,	neste	caso,	será	denominado	como	
Prêmio	Puro.
Após	 a	 fase	 de	 apuração	 do	 Prêmio	 Estatístico	 ou	 Puro,	 serão	 adicionados	 os	 custos	
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tidos	como	custos	indiretos,	referente	a	aquisição	e	produção,	vale	mencionar	que	nesta	fase	
são	 adicionados	os	 custos,	 voltados	 à	produção	 (venda	do	produto)	 no	mercado,	ou	 seja,	
a	produção	da	equipe	de	venda,	sendo	adicionado	também	nesta	 fase	o	custo	do	pessoal	
administrativo	e	o	lucro	esperado	pela	seguradora.
Após	esta	fase,	chega-se	ao	Prêmio	Comercial,	que	é	a	fase	do	produto	para	negociação.	
Nesta	 fase,	 é	 calculada	a	 comissão	do	 corretor	ou	agenciador	e	depois	 são	adicionados	o	
encargo	e	o	imposto	sobre	a	apólice.
Atualmente,	as	seguradoras	estão	proibidas	de	cobrar	os	custos	sobre	emissão	de	apólice,	
exceção	feita	apenas	para	as	apólices	de	seguro-fiança,	que	envolvem	elevados	custos	com	
o	levantamento	de	informações	cadastrais	do	segurado.	Os	seguros-fiança	são	contratações	
de	garantia	ao	dono	do	imóvel	que,	ao	alugá-lo	a	terceiro,	terá	a	garantia	de	receber	o	valor	
correspondente	ao	aluguel	por	determinados	meses	(conforme	contratação)	caso	o	individuo	
ou	a	empresa	que	contratou	o	aluguel	não	faça	o	pagamento.	.
	Como	podemos	acompanhar,	a	formação	do	Prêmio	(preço	final)	do	seguro	é	simples	
e	de	certa	forma	padronizada	a	todos	os	tipos	de	seguros,	além	de	ser	utilizado,	de	forma	
geral,	por	todas	as	instituições	de	seguros	e	previdência,	pois	nelas	são	respeitadas	as	normas	
institucionais	(legais)	para	o	ramo	de	seguros	e	previdência.
Referências
LUCCAS	FILHO,	O.	Seguros:	fundamentos,	formação	de	preço,	provisões	e	funções	biométricas.	
São	Paulo:	Atlas,	2011.	
MELLO,	S.	R.	B.	de.	Seguros e Previdência	–	I	Congresso	Brasileiro.	São	Paulo:	Juruá,	2008.
CORDEIRO	FILHO,	A.	Cálculo Atuarial Aplicado:	teoria	e	aplicações.	São	Paulo:	Atlas,	2009.
SCHALCH,	D.	Seguros e Resseguros	–	Aspectos	Técnicos,	 Jurídicos	e	Econômicos.	São	Paulo:	
Saraiva,	2010.
Seguro e Previdência
Aula 04
Técnicas e Estatística (parte I)
Objetivos Específicos
•	 Conhecer	 as	 técnicas	 estatísticas,	 para	 obter	 dados	 a	 serem	 utilizados	 na	
elaboração	dos	cálculos	dos	prêmios	de	seguro	e	previdência.
Temas
Introdução
1	Período	de	Competência	–	Fixação	das	taxas	e	prêmios
2	Seguros	–	Tipos	e	formas	de	Contratação	
Considerações	Finais
Referências
Professor
Lazaro Cabral de Vasconcellos Filho
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Introdução
As	 seguradoras	 são	 regulamentadas	 por	 normas	 do	 Banco	 Central	 e,	 neste	 contexto,	
devem	respeitar	às	normas	estabelecidas	por	este	órgão	público.	Devem	observar	os	períodos	
de	competência	contábil,	a	fim	de	manter	informações	padronizadas	e	transparentes	em	seus	
relatórios	de	demonstrativo	econômico-financeiro	e	para	formação	das	provisões	técnicas,	a	
fim	de	passar	para	o	mercado	segurador	total	segurança	das	operações.
Quando	efetuamos	os	cálculos	do	prêmio	de	seguro,	a	base	de	dados	para	este	cálculo	
são	 os	 registros	 contábeis,	 portanto	 sendo	 de	 extrema	 importância	 o	 cumprimento	 dos	
procedimentos	uniforme	para	todo	mercado	segurador.
Iremos	também	abordar	os	tipos	de	contratação	existente	no	mercado	segurador,que	
são	produtos	autorizados,	ofertados	e	fiscalizado	pela	SUSEP,	bem	como	os	vários	tipos	de	
apólice	de	seguros	e	os	endossos	que	são	os	procedimentos	de	alterar	ou	complementar	as	
apólices	originais,	abordando	os	endossos:	de	cobrança,	de	restituição	e	os	sem	movimentação	
financeira.
1 Período de Competência – Fixação das taxas e prêmios
Já	vimos	os	cálculos	destinados	à	fixação	das	taxas	e	prêmios,	porém,	devemos	salientar	
a	necessidade	de	obedecer	ao	período	de	competência,	que	é	o	reconhecimento	dos	sinistros	
ocorridos	naquele	mesmo	período.	Devemos,	então,	desta	forma	entender	o	relacionamento	
existente	 entre	 o	 sinistro	 ocorrido	 naquele	 período,	 com	 o	 total	 dos	 sinistros	 exposto	 no	
mesmo	período.
	Para	facilitar	o	entendimento	vamos	exemplificar	através	dos	dados	abaixo	os	cálculos,	
considerando	o	período	de	competência	da	ocorrência	tanto	para	a	exposição	do	risco	frente	
à	efetivação	do	risco.	
Acompanhe	o	exemplo,	no	qual:
•	 Período	de	vigência:	1	ano
•	 F	=	Frequência
•	 NER	–	Número	de	Exposição	ao	Risco:	1.000
•	 NSO	–	Número	de	Sinistros	Ocorridos:	40
•	 ISE	–	Importância	Segurada	Exposta:	R$	2.500.000,00
•	 MSO	–	Montante	dos	Sinistros	Ocorridos:	R$	100.000,00
	Um	grupo	de	segurados	adquiriu	1.000	televisores,	passando	a	fazer	parte	do	mesmo	
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3
grupo	 segurado,	 ficando	 exposto	 ao	 mesmo	 risco	 de	 roubo	 ou	 furto,	 configurando	 uma	
exposição	de	100%	em	todo	risco	e	período.	Os	televisores	foram	segurados	pela	Importância	
Segurada	de	R$	2.500,00	cada,	estando	todos	expostos	ao	risco,	ao	mesmo	tempo,	resultando	
em	uma	ISE	–	Importância	Segurada	de	Exposta	de	R$	2.500.000,00,	resultado	desta	forma	
na	 exposição	 diária	 de	 1.000	 unidades	 e	 uma	 importância	 total	 segurada	 exposta	 de	 R$	
2.500.000,00.
	Ocorreram	40	sinistros,	entre	o	período	inicial	até	o	final,	equivalente	a	um	ano,	que	
resultou	 no	 total	 de	 sinistros	 de	 R$	 100.000,00	 representado	 neste	 exemplo	 pelo	MSO	 –	
Montante	dos	Sinistros	Ocorridos.
	Nos	demais	parâmetros,	os	riscos	ficaram	vigentes	juntos,	começaram	na	mesma	data	
e	terminaram	na	mesma	data.
	Com	base	nestes	dados,	podemos	desta	forma	calcular	as	frequências	e	taxas	estatísticas,	
para	o	mesmo	período:	
F = = = 0,04 ou 4%
NSO
NER
40
1.000
	 	 	 	 		 		 	 	
TE = = = 0,04 ou 4%
MSO
ISE
R$ 100.000,00
R$ 2.500.000,00
	 	 	 	 		 		 	 	
	
	
Note	que	houve	uma	coincidência	da	 frequência	e	da	 taxa	estatística,	 isso	ocorre	em	
função	da	igualdade	entre	os	valores	segurados	e	da	igualdade	na	ocorrência	dos	sinistros.
	 Para	melhor	 entendimento,	 suponhamos	uma	 situação	diferente,	 em	que	500	 riscos	
tiveram	suas	coberturas	a	partir	do	primeiro	dia	da	vigência	do	contrato,	e	outros	500	riscos	
iniciaram	no	meio	do	ano	da	vigência	do	contrato	e	a	sinistralidade	se	manteve	na	base	de	40	
ocorrências.	Nesse	caso,	não	devemos	fazer	uso	do	fator	acima	em	virtude	da	exposição	do	
risco	ser	diferente.
Se	500	 riscos	ficaram	expostos	100%	do	 tempo	do	período	segurado,	então	devemos	
considerar:
•	 NER	–	Número	de	Exposição	ao	Risco:	500
•	 ISE	–	Importância	Segurada	Exposta:	R$	1.250.000,00	(500	x	R$	2.500,00)
•	 500	 riscos	 ficaram	 somente	 50%	 do	 tempo	 do	 período	 segurado,	 então	 devemos	
considerar:
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4
•	 NER	–	Número	de	Exposição	ao	Risco:	500	(50%	do	tempo	do	período	segurado)	=	
250
•	 ISE	–	Importância	Segurada	Exposta:	R$	625.000,00	(250	x	R$	2.500,00)
•	 	NSO	–	Número	de	Sinistros	Ocorridos:	40
•	 Desta	feita,	para	o	período	de	vigência	do	seguro,	considerando	os	períodos	diferentes	
de	exposição	ao	risco,	tivemos:
•	 NER	–	Número	de	Exposição	ao	Risco:	750	(500	+	250)
•	 ISE	–	Importância	Segurada	Exposta:	R$	1.875.000	(R$	1.250.000,00	+R$	625.000,00)
•	 Ou	seja:	
•	 NER	=	750
•	 ISE	=	R$	1.875.000,00
Os	cálculos	de	frequência	e	taxa	estatística	ficaram	assim:
F = = = 0,053333 ou 5,3333%
NSO
NER
40
750
	 	 	 	 		 		 	 	
TE = = = 0,053333 ou 5,3333%
MSO
ISE
R$ 100.000,00
R$ 1.875.000,00
	 	 	 	 		 		 	 	
	
	
	Note	que	a	coincidência	da	frequência	e	da	taxa	estatística	é	a	mesma,	porém	em	virtude	
de	exposição	do	 risco	não	ser	o	mesmo	para	 todo	o	grupo	segurado,	o	 índice	se	altera.	É	
importante	mencionar	 que	 o	 período	 de	 estudo	 continua	 sendo	 de	 um	 ano	 e	 representa	
100%	de	exposição	ao	risco.	Desta	 forma	é	necessário	contar	os	dias	que	o	seguro	esteve	
vigente	no	período	de	seguro.
	Conforme	a	fórmula	abaixo:
NER =
Nº de dias de vigência no período do seguro
Nº de dias do período do seguro (total)
	 	 	
	 	 	 	 	 	 	 	
Devemos	tomar	como	base,	o	denominador	da	 fração	que	é	a	quantidade	de	dias	do	
período	do	seguro,	qualquer	que	seja	a	vigência.
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Vejamos	nos	exemplos	a	seguir:
Exemplo 1:
•	 Ano	de	vigência:	2013	=	365	dias
•	 Risco:	1	risco	emitido	com	vigência	de	31/12/2012	a	31/12/2013
•	 Nº	de	dias	vigentes	no	período	do	seguro:	365
•	 NSO	(Número	de	Sinistro	Ocorrido):	1
•	 NER	–	Número	de	Exposição	ao	Risco:	1
NER	=	 	=	1	
365
365
(O	seguro	ficou	vigente	100%	no	período,	por	isso	o	NER	é	igual	a	1)
F	=	 	=	 		=		1	ou	100%
NSO
NER
1
1
Observe	que	é	apresentado	1	sinistro	para	1	risco:	100%	de	frequência.
Exemplo 2: 
O	segurado	do	primeiro	exemplo	poderia	ter	feito	durante	o	ano	12	apólices	mensais	e	
não	somente	uma	com	validade	para	12	meses.	Neste	caso,	o	NER	seria	o	somatório	de	todos	
os	12	riscos:
•	 Ano	de	vigência:	2013	=	365	dias
•	 1	apólice:	31/12/2012	a	31/1/2013
•	 Nº	de	dias	vigentes	no	período	do	seguro:	31
Neste	caso,	há	necessidade	da	emissão	de	uma	apólice	a	cada	mês	de	vigência,	durante	
o	ano	de	2013.
NER	=	 	=		0,08493151	
31
365
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Apólice Vigência NER
1 31 0,08493151
2 28 0,07671233
3 31 0,08493151
4 30 0,08219178
5 31 0,08493151
6 30 0,08219178
7 31 0,08493151
8 31 0,08493151
9 30 0,08219178
10 31 0,08493151
11 30 0,08219178
12 31 0,08493151
Note	que	cada	NER	corresponde	a	uma	fração	mensal	do	ano.	Adicionando	todo	ele	tem	
1,	já	que	o	risco	corresponde	ao	período	de	cobertura	do	ano.
Assim	temos:
F	=	 	=		1	ou	100%
1
1
Note:	o	total	de	dias	do	ano	para	cálculos	de	seguros	é	padronizado	em	365	dias.
1.1 Exemplo de Cálculo do NER – Número de Exposição ao Risco
•	 Período	do	seguro:	ano	de	2010
Nº	de	dias	vigentes	no	período	do	seguro•	 NER	=	 	
365
Importante:	Pode-se	contar	os	dias	através	do	calendário,	com	uma	simples	contagem	
dos	meses,	contudo	temos	também	a	facilidade	de	efetuar	a	contagem	de	dias	na	HP-12C	(o	
primeiro	dia	não	é	considerado	nos	intervalos	das	datas).
No	visor	da	HP-12C	deve	estar	aparecendo:
•	 D.MY	(day.month.year)	–––––>	(dia.mês.ano)
Exemplo:	Quantos	dias	têm	o	ano	de	2013?
•	 31.122012	Enter	(o	dia	31	não	é	contado)
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•	 31.122013	g	Δ	DYS
•	 VPE:	Nº	de	dias	de	Vigência	no	Período	de	Estudo.	
Exemplo 1:
•	 Vigência	do	seguro	de:	01/01/2012	a	31/01/2013
•	 01.012013	Enter
•	 31.012013	g	Δ	DYS	=	30	dias
•	 VPE	=	30
30
•	 NER	=	 	=		0,08219178
365
Exemplo 2:
•	 Vigência	do	seguro	de:	16/04/2013	a	25/05/2013
•	 16.042013	Enter
•	 25.052013	g	Δ	DYS	=	39	dias
•	 VPE	=	39
39
•	 NER	=	 	=		0,10684932
365
Exemplo 3:
•	 Vigência	do	seguro	de:	01/10/2013	a	10/10/2013
•	 01.102013	Enter
•	 10.102013	g	Δ	DYS	=	9	dias
•	 VPE	=	9
9
•	 NER	=	 	=		0,02465753
365
Como	podemos	verificar,	para	a	contratação	de	seguro	para	períodos	que	são	deslocados	
do	 ano-calendário	 (Janeiro	 a	 Dezembro)	 ou	 para	 curto	 período	 de	 cobertura,	 temos	 a	
apuração	 de	 um	 índice	 diferente,	 que	 deverá	 ser	 aplicado	 sobre	 os	 valores	 segurados	 e	
resultará	no	prêmio	do	seguro	contratado,	conforme	técnicas	de	alocação	de	rateio	de	custos	
departamentais	e	retorno	do	capital	investido.

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