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1 FUNDAÇÃO MATIAS MACHLINE CURSO TÉCNICO DE ELETRÔNICA Biotecnologia e os Transgênicos no Brasil MANAUS - AM NOVEMBRO / 2020 2 FUNDAÇÃO MATIAS MACHLINE CURSO TÉCNICO DE ELETRÔNICA JULIANNE CASTRO DOS SANTOS,19 Biotecnologia e os Transgênicos no Brasil Trabalho solicitado pela professora: Aldilene Alves, da disciplina de Geografia, como forma de obtenção de nota parcial do 4º bimestre. MANAUS - AM NOVEMBRO/ 2020 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................4 DESENVOLVIMENTO: 2. Biotecnologia...............................................................................................5 3. Biotecnologia Moderna................................................................................5 4. Tipos de Biotecnologia.................................................................................6 5. Aplicações da Biotecnologia........................................................................6 1. Saúde ............................................................................................7 2. Agricultura.....................................................................................7 3. Indústrias........................................................................................8 4. Meio Ambiente ...............................................................................9 6. Bioeconomia no Brasil..................................................................................9 7. Transgênicos...............................................................................................12 8. CONCLUSÃO.............................................................................................15 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................16 4 1. INTRODUÇÃO A biotecnologia traz enormes benefícios à agricultura, desde o aumento de produtividade nas lavouras, redução de perdas e custos na produção, otimização do uso de agroquímicos, até a possibilidade de ganhos nutricionais nos alimentos. Mas seu impacto positivo não se restringe ao setor alimentício. A manipulação de organismos ocorre, por exemplo, em atividades como a produção de biocombustíveis e o tratamento de rejeitos de minérios (no caso da técnica chamada de bio lixiviação bacteriana), e até para fabricar produtos aparentemente triviais, como o sabão-em-pó, em que bactérias geneticamente modificadas são usadas para produzir enzimas que removem manchas de gordura. Outra aplicação, está mais controversa, são os alimentos transgênicos, alimentos modificados com o objetivo de melhora da qualidade e aumento da produção e da resistência às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias e outros) e herbicidas. Neste trabalho entenderemos um pouco mais destes métodos, ciências, tecnologia e biologia, que trazem tantos lucros para o Brasil e facilidade para todos. 5 2. Biotecnologia Área de estudo e desenvolvimento de seres modificados em laboratório com o intuito de promover o aprimoramento de técnicas em vários setores da sociedade (indústria, saúde, meio ambiente, etc.). Segundo a ONU, “biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica. ” (ONU, Convenção de Biodiversidade 1992, Art. 2). Ou seja, biotecnologia nada mais é a ciência que, a partir de organismos vivos, cria produtos para melhorar a forma como vivemos, usando de conhecimentos acadêmicos, experimentação e constante inovação. 3. Biotecnologia Moderna Os estudos da genética, da biologia molecular e celular deram suporte para o desenvolvimento da engenharia genética – tecnologia que controla o DNA recombinante (modificação dos genomas) das espécies. Essa inovação permite a criação de produtos chamados de transgênicos. Os transgênicos são organismos que sofrem modificações no seu código genético. Os alimentos transgênicos, por exemplo, são derivados de sementes e plantas cuja as configurações foram alteradas com o objetivo de suprir as demandas das plantações (plantas mais resistentes) e dos compradores (diminuição dos preços e variação das taxas nutricionais). Por isso, o cultivo de alimentos transgênicos tornou-se uma tendência mundial. Grande parte das lavouras de soja e milho são dessa categoria. 6 4. Tipos de Biotecnologia Para facilitar a identificação, a Biotecnologia é classificada em 10 cores de acordo com a área de atuação. Biotecnologia vermelha: tecnologias desenvolvidas para medicina e saúde humana. Biotecnologia branca: tecnologias para melhorar os processos industriais. Biotecnologia verde: tecnologias para a agricultura. Biotecnologia azul: tecnologias para o aproveitamento dos recursos marinhos. Biotecnologia amarela: tecnologias para nutrição e produção de alimentos. Biotecnologia cinza: tecnologias para a proteção e recuperação do meio ambiente. Biotecnologia marrom: tecnologias para o tratamento do solo. Biotecnologia dourada: tecnologias para bioinformática e nanobiotecnologia. Biotecnologia roxa: tecnologias para propriedade intelectual e biossegurança. Biotecnologia preta: tecnologias utilizadas como armamento biológico. 5. Aplicação da Biotecnologia Como já vimos no código de cores, a biotecnologia promove benefícios em diversos campos e vem sendo aliada da humanidade nos momentos de escassez ou nas novas formas de reaproveitamento dos recursos naturais. 7 1. Saúde Tecnologias capazes de criar antibióticos ou suprir a falta de moléculas importantes para o pleno funcionamento do corpo humano, como no caso da insulina - hormônio com a funcionalidade metabólica de quebrar as moléculas de açúcar no sangue. Além disso, os avanços na saúde, principalmente na medicina, foram: Terapia celular com uso de moléculas • Transplantes com órgãos de animais geneticamente alterados • Uso de células-tronco para o combate de doenças degenerativas • Criação de vacinas, hormônios e anticorpos em laboratório 2. Agricultura Na vertente agrícola, a biotecnologia atua na produção de sementes e plantas transgênicas que demandam poucas quantidades de agrotóxicos para se desenvolverem. São mais fortes, resistentes e, principalmente, mais nutritivas. Na pecuária, a criação de embriões e de animais modificados têm contribuído com o aumento significativo de testes para novos medicamentos e na descoberta de tratamentos. 8 As plantações de trigo e soja são as que sofrem maiores modificações biotecnológicas. Porém, já existem pesquisas com outros tipos de alimento, como batata, laranja, mandioca, entre outros. Essas práticas visam à sustentabilidade e poucos efeitos danosos ao meio ambiente e seres humanos. 3. Indústrias Outra aplicação está no uso de ferramentas biológicas para intensificar a produção industrial. A fabricação de combustíveis renováveis a partir de resíduos agrícolas (bagaço de cana, sementes, entre outros), deixando de lado as fontes vindas do petróleo, é exemplo de como certas aplicações podem reduzir a exploração de recursos naturais, emissão de gases na 9 atmosfera e consumo excessivo de água. O etanol e o biodiesel são os principais biocombustíveis de origem agrícola produzidosno Brasil. A indústria química utiliza as práticas biotecnológicas para a fabricação de álcoois, acetonas e enzimas capazes de quebrar moléculas de carboidrato e proteína de tecidos, além de atuar nas fibras sintéticas das roupas sem o auxílio de ácidos, que descartados de forma incorreta causam sérios danos ao ecossistema terrestre e marinho. 4. Meio Ambiente A biotecnologia, na parte ambiental, auxilia no controle ou melhora do cenário de degradação deixado pelo homem. A produção de microrganismos voltados para o tratamento de águas poluídas por esgotos, dejetos de empresas ou outros poluentes é um dos exemplos aplicados nesta área. A prevenção contra a extinção de espécies também é outra funcionalidade da biotecnologia. Com o conhecimento do código genético dos seres, pode-se acompanhar as etapas de extinção, gerar novas espécies através do cruzamento entre organismos diferentes ou até mesmo impedir a perda de propriedades específicas de animais (incluindo o ser humano) e vegetais. 6. Bioeconomia no Brasil No Brasil, programas de apoio à biotecnologia começaram a surgir por volta da década de 1980. Um exemplo foi a criação do Fundo Setorial de Biotecnologia que, de acordo com o site do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), tem como foco “promover a formação e 10 capacitação de recursos humanos, fortalecer a infraestrutura nacional de pesquisas e serviços de suporte, expandir a base de conhecimento da área, estimular a formação de empresas de base biotecnológica e a transferência de tecnologias para empresas consolidadas, realizar estudos de prospecção e monitoramento do avanço do conhecimento no setor”. A biotecnologia é considerada prioridade estratégica no Brasil desde 2003, e em 2007 foi criado o decreto Nº 6.041 que estabeleceu a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia. Alguns dados sobre economia e empreendedorismo na área de biotecnologia no Brasil: Segundo o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) de 2013, o Brasil ocupa a 12° colocação no ranking mundial em relação ao número de empresas de biotecnologia. Em 2011, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) realizou a pesquisa Brazil Biotech Map. O levantamento apontou que 86,1% das bioempresas no Brasil estavam concentradas em São Paulo (40,5 %), seguido de Minas Gerais (24,5%), Rio de Janeiro (13,1 %) e Rio Grande do Sul (8 %). Segundo a última Pesquisa de Inovação (PINTEC) realizada pelo IBGE, o número de companhias que utilizam biotecnologia no Brasil cresceu 41,9% de 2011 a 2014. O Brasil se destaca por ser pioneiro na pesquisa e utilização de produtos agrícolas geneticamente modificados, além de desenvolver e comercializar conhecimentos de biotecnologia agrícola de ponta. 11 Cada vez mais a biotecnologia tem adquirido grande importância do ponto de vista econômico e o Brasil tem se posicionado como um grande mercado desse segmento. Um dos motivos é o tamanho de sua população pois, quanto maior o número de habitantes de um país, maior é o consumo de medicamentos, alimentos, vacinas, entre outros bioprodutos. Porém, para que a produção de conhecimento em biotecnologia no país alcance o mesmo potencial consumidor, há uma série de investimentos que precisam acontecer: Educação, para aumento da capacitação profissional; Infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento; Proteção à propriedade intelectual; Regulamentação adequada; Regras para transferência de tecnologia; Incentivos comerciais e de mercado; Marco legal que garanta segurança jurídica 12 7. Transgênicos O Brasil é o segundo maior produtor mundial. A última safra colocou o Brasil em lugar de destaque na lista dos maiores produtores mundiais de alimentos geneticamente modificados. Perde apenas para os Estados Unidos. São 30 milhões de hectares destinados à cultura de transgênicos, especialmente soja, milho e algodão. E entre os produtos cultivados, a soja é um dos campões de produtividade. Segundo a economista do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Jovir Vicente Esser, 89% da soja produzida no País é geneticamente modificada. Mas ela não está sozinha nos campos cultivados. De acordo com o presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão responsável pela regulação da biotecnologia no Brasil, também são plantados milho e algodão com alterações genéticas. A principal explicação para a preferência por estas culturas está no mercado. Desenvolver um novo organismo geneticamente modificado leva anos de pesquisas e custa milhões. Então, é melhor investir em culturas extensivas, porque a venda de sementes garante lucro maior e mais rápido para as empresas, como explica o engenheiro agrônomo e assessor técnico da Agricultura Familiar e Agroecologia Gabriel Biancone Fernandes. "O que acontece é que as empresas de biotecnologia, que detêm as patentes sobre essa tecnologia, elas acabam investindo em três ou quatro espécies só, que são exatamente essas espécies cultivadas em grande escala, em monocultura, e, no geral, voltadas para o mercado internacional. No nosso caso aqui, principalmente milho, soja e algodão. Então são três 13 commodities que acabam interessando mais às empresas porque é justamente onde tem o plantio em larga escala". Mas o que caracteriza exatamente um transgênico? Simples. Trata-se de uma espécie que recebeu material genético de outra, quase sempre vírus ou bactéria. Quem esclarece melhor essa tecnologia é o coordenador do Projeto de Desenvolvimento de Plantas Resistentes a Estresse Hídrico da Embrapa, Eduardo Romano. "O organismo geneticamente modificado é o organismo vivo que recebeu um gene de uma outra espécie por uma técnica chamada engenharia genética. É, por exemplo, uma planta de milho, por exemplo, que recebeu um gene de uma outra espécie que é mais resistente à seca, aí, esse, recebendo esse gene, incorpora essa característica. Ou seja, você tem um milho mais resistente à seca." A Lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, representou o fim da polêmica em torno do assunto. Além de criar regras gerais sobre as pesquisas em biotecnologia no País, a lei criou a CTNBio, comissão que passou a ser responsável por toda regulação do setor de biotecnologia. Desde então, o órgão já aprovou a utilização comercial de cerca de 50 organismos geneticamente modificados, dos quais aproximadamente 35 são plantas. As regras de liberação desses organismos no País, conforme o presidente da CTNBio, Flávio Finardi, estão entre as mais rigorosas do mundo. Principais pontos positivos dos alimentos transgênicos: 1º) desenvolvimento de culturas (como soja e milho) com características desejáveis para a região de plantio. 2º) o alimento transgênico pode ser armazenado por mais tempo; 3º) a produção de alimentos é realizada em larga escala, bem diferente do modelo convencional (orgânico). Na prática, 14 vimos isso através dos plantios de soja e milho por todo o território nacional. Principais pontos negativos dos alimentos transgênicos: 1º) surgimento de doenças (reações adversas, alergias) por conta do consumo desses alimentos no longo prazo. 2º) não existe uma opinião formada da comunidade científica sobre as consequências do consumo de alimentos transgênicos. 3º) aparecimento de novos predadores (por conta da modificação genética), fato que causa equilíbrio ecológico na região em que o alimento transgênico é produzido. 15 8. CONCLUSÃO A biotecnologia é muito importante e apreciada por todos os meios; como alimentos, remédios, agricultura, entre outros, pois assimcompreende o estudo das técnicas e dos processos biológicos associados com a obtenção de produtos de interesse humano. Porém há duas conclusões importantes obtidas a partir da análise dos dados discutidos acima. A primeira é a de que os transgênicos são desnecessários à agricultura. Existem disponíveis técnicas de produção muito mais baratas, ecológicas e apropriadas capazes de atender às reais demandas da agricultura, que não trazem nenhum impacto negativo, a não ser para os monopólios multinacionais que sobrevivem às custas da dependência dos agricultores. A segunda é a de que, além de não trazerem reais benefícios aos brasileiros, os transgênicos trarão verdadeiros prejuízos para a economia nacional, para o meio ambiente e para os próprios agricultores, cuja situação de crise será agravada e acelerada. Isso tudo sem falar nos riscos que os alimentos transgênicos colocam para a saúde da população. Não há até hoje, no mundo inteiro, estudos independentes que comprovem a segurança destes novos alimentos para a saúde humana e animal. Devemos, portanto, em defesa do nosso País e de nossa população, lutar por um Brasil livre de transgênicos. 16 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://pt.wikipedia.org/wiki/Biotecnologia https://biotechtown.com/biotecnologia/o-que-e-biotecnologia/ https://www.todamateria.com.br/biotecnologia/ https://redacaonline.com.br/temas-de-redacao/transgenicos-no-brasil/306438 https://pt.wikipedia.org/wiki/Biotecnologia https://biotechtown.com/biotecnologia/o-que-e-biotecnologia/ https://www.todamateria.com.br/biotecnologia/ https://redacaonline.com.br/temas-de-redacao/transgenicos-no-brasil/306438 1. INTRODUÇÃO 8. CONCLUSÃO 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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